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Toca é o nome dado à habitação de certos animais, apontando desde logo para o
carácter animalesco do relacionamento amoroso entre Carlos e Maria Eduarda, em
que o prazer se sobrepõe à racionalidade e aos valores morais. Os aposentos de
Maria Eduarda simbolizam a tragédia da relação.
O ramalhete
Ramalhete está simbolicamente ligado à decadência moral do Portugal da
Regeneração. O percurso da familia Os Maias, está relacionado com as modificações
existentes no Ramalhete. Quando Afonso vive em Santa Olávia, após a morte de
Pedro, está desabitado
Este espaço, desde o início, ganha uma grande importância pois a decoração exótica
surge como pressagística do desfecho trágico. Aí aparecem alusões à infidelidade de
Vénus, a um "tabernáculo profanado", à "paixão trágica do tempo de Lucrécia ou de
Romeu", a "uma cabeça degolada, lívida, gelada no seu sangue, dentro de um prato
de cobre" e a dois olhos "redondos e agoirentos" que "uma enorme coruja empalhada
fixava no leito de amor". Os "amarelos excessivos", que não agradaram a Maria
Eduarda, pressagiam, também, as sensações fortes mas fatais.
10 anos do ramalhete
O jardim do ramalhete
Santa olavia
Simboliza a vida e a regeneração dos dois varões da família. É um espaço
natural, conotado positivamente. Opõe-se ao espaço citadino degradado –
Lisboa – local da regeneração da família.