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Nas últimas aulas que tivemos falamos sobre a vinda da família real portuguesa ao Brasil em 1808,
fugindo da expansão Napoleônica na Europa continental, MAS precisamos voltar um pouco na
história aqui do Brasil para poder explicar alguns acontecimentos muito importantes locais e que
deram início ao processo de INDEPENDÊNCIA DO BRASIL.
INCONFIDENCIA MINEIRA:
Ocorrida em 1789, em Minas Gerais, a inconfidência mineira tinha como objetivo promover a
independência do Brasil em relação a Portugal, esse movimento foi influenciado pelos ideais
ILUMINISTAS DE IGUALDADE, LIBERDADE E DIREITO.
A questão está mais relacionada com a insatisfação da elite local com a cobrança de impostos
pelos metais preciosos captados na região, esses impostos iam para Portugal, e quase nada era
investido no Brasil.
Nesse cenário surgem os “INCONFIDENTES”, grupo da elite intelectual e financeira de Minas
Gerais, que queria a independência do Brasil, e daí surge o TIRADENTES, considerado um dos
“GRANDES HERÓIS
NACIONAIS”, por supostamente
ter sido assassinado em nome dos
ideais de independência do Brasil.
Por ser um membro de uma família que não tinha mais tanto prestígio financeiro e político em Minas
Gerais, Joaquim José da Silva Xavier viu na inconfidência mineira a oportunidade de retomar um
lugar junto com a elite, então resolveu aderir ao movimento. Há registros que ele era apenas um
“panfleteiro” do movimento inconfidente, mas como era um dos poucos membros empobrecidos do
movimento foi morto para servir de exemplo de como a coroa portuguesa trataria os “separatistas”.
Tiradentes foi morto em 21 de abril de 1792,
Após a delação (x9) por José Silveiro Reis, um dos inconfidentes, muitos dos inconfidentes foram
presos, temendo severas punições, não confessaram seus crimes. O único a fazê-lo foi Tiradentes,
que, por isso mesmo, recebeu a pena mais dura, em um processo transcorrido na cidade do Rio
de Janeiro, que só teve fim em 21 de abril de 1792. Tiradentes foi “enforcado, decapitado e
esquartejado. Para que os súditos da Coroa nunca se esquecessem da lição, a cabeça de
Tiradentes foi encravada numa estaca e exposta em praça pública em Vila Rica, e seus membros,
espalhados pela estrada que levava ao Rio de Janeiro.”
Vale notar que, tanto no período imperial quanto no período republicano, a imagem de Tiradentes
passou a ser tomada como um ícone da liberdade e da independência do Brasil, como um herói
da nação. Essa imagem foi constantemente reforçada por pinturas (como a imagem no início deste
texto, de autoria de Pedro Américo) e monumentos (como a instalação do primeiro
monumento dedicado a ele na cidade de Ouro Preto, em 1867). No ano de 1965, já na primeira
fase do Regime Militar no Brasil, o marechal Castelo Branco, então presidente da República,
contribuiu para o reforço dessa imagem de Tiradentes, sancionando a Lei Nº 4. 897, de 9 de
dezembro, que instituía o dia 21 de abril como feriado nacional e Tiradentes como,
oficialmente, Patrono da Nação Brasileira.
Curiosidades
• Na primeira noite em que a cabeça de Tiradentes foi exposta em Vila Rica, foi furtada, sendo
o seu paradeiro desconhecido até aos nossos dias.
• Tratando-se de uma condenação por inconfidência (traição à Coroa), os sinos das igrejas
não poderiam tocar quando da execução. Afirma a lenda que, mesmo assim, no momento
do enforcamento, o sino da igreja local soou cinco badaladas.
• A casa de Tiradentes foi arrasada, o seu local foi salgado para que mais nada ali nascesse,
e as autoridades declararam infames todos os seus descendentes.
• Tiradentes jamais teve barba e cabelos grandes. Como alferes, o máximo permitido pelo
Exército Português seria um discreto bigode. Durante o tempo que passou na prisão,
Tiradentes, assim como todos os presos, tinha periodicamente os cabelos e a barba
aparados, para evitar a proliferação de piolhos, e, durante a execução estava careca com a
barba feita, pois o cabelo e a barba poderiam interferir na ação da corda.
OBSERVE A IMAGEM DE TIRADENTES ESQUARTEJADO, PINTADA PELO ARTISTA PEDRO
AMÉRICO E OBSERVE OS COMENTÁRIOS E SUAS REFERENCIAS:
CONJURAÇÃO BAIANA:
“[...] A escassez de gêneros alimentícios e a carestia deram origem a vários motins na cidade,
entre 1797 e 1798. No sábado de aleluia de 1797, por exemplo, os escravos que transportavam
grandes quantidades de carne destinada ao general-comandante de Salvador foram atacados pela
multidão faminta e seu fardo dividido entre os atacantes e as negras que vendiam quitute na
rua”. [1]
Essa descrição de Boris Fausto deixa evidente a situação de privação extrema que assolava a
Bahia à época. Os conspiradores, inspirados pelas ideias iluministas e pela luta por direitos
empreendida pelos revolucionários franceses, procuravam levantar a bandeira da proclamação da
República, do fim do sistema escravagista, da adoção do livre-comércio, dentre outras pautas.
Apesar de possuírem uma organização de ideias com sustentação, a conjuração não chegou a
culminar em nenhum ato político importante, pois seus líderes foram logo presos pelo governo da
Bahia, julgados e condenados.