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Porto Velho
2023
Resumo
Abstract
1 - INTRODUÇÃO
Devido a isso, há expectativa de que o estado intervenha, valendo-se dos artigos 215 e 231 da
Constituição Federal, que rompem, em tese, com a postura assimilacionista do estado.
Entretanto, a recíproca entre a expectativa e a produção concreta de resultados não é
verdadeira, posto que eventos como o desligamento da professora Márcia Mura, docente de
uma escola pública em Porto Velho (RO) devido à atenção destinada à problemática indígena,
foi simbólico quanto á antipolítica estatal. Portanto, entende-se que enquanto a
constitucionalização do direito traz uma série de garantias e princípios inerentes à pessoa
humana, bem como sua dignidade e a manutenção de suas peculiares formas de ser, as práticas
assimiladoras flagelam e vilipendiam a consagração desses direitos na região amazônica.
Essa região, no que lhe concerne, tem suas demarcações estabelecidas num primeiro momento
com algumas concessões aos poderes políticos locais, por meio de uma estratégia que
destinava percentual fixo dos recursos tributários da União para os estados então existentes.
Os recursos disponíveis deveriam ser utilizados para a realização de estudos técnicos e
tomadas de decisões políticas que considerassem os problemas ambientais e a ocupação
territorial da região. Portanto, a Constituição Federal de 1946 em seu artigo 199 previa
concessões anuais num valor de até 3% da receita tributária da União, para que assim, em ao
menos 20 anos, fosse estabelecido um programa de investimentos na Amazônia por meio de
um conjunto de iniciativas conhecido como “Plano de Valorização Econômica da Amazônia”
(SANTOS, 2014). Consequentemente, com a tomada de poder pelo golpe militar que pôs fim
à quarta república, o primeiro presidente militar Marechal Castelo Branco deu início à
“Operação Amazônia”, que visava transformar a economia da região, fortalecer as áreas de
fronteira e integrar o espaço amazônico ao restante do país.
Nesse panorama, surge a Funai (Fundação Nacional do Índio), que se manteve alinhada aos
aparelhos responsáveis por implementar essas políticas: Conselho de Segurança Nacional
(CSN), Plano de Integração Nacional (PIN), Instituto Nacional de Colonização e Reforma
Agrária (INCRA) e Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM). Durante a
ditadura, a Funai tentou fazer com que os ”índios se integrassem à sociedade” em vez de
manterem sua cultura e modos de vida, que claramente estavam em desacordo com a formação
da identidade cultural brasileira objetivada pelo regime militar, pautada especificamente na
valorização do capitalismo. O Estatuto do Índio, que ainda está em vigor, foi aprovado em
1973 e reforçou essa ideia. Os militares queriam que os índios ficassem próximos a batalhões
de fronteira, aeroportos, colônias, postos indígenas e missões religiosas. Porém, eles também
queriam afastá-los de áreas importantes para o país. Para fazer isso, os militares controlavam
tudo o que acontecia nas comunidades indígenas, como saúde, educação, alimentação e
moradia. Eles também escolhiam líderes que concordavam com eles e limitavam o acesso de
pesquisadores, organizações de apoio e setores da Igreja às áreas indígenas.
2 - OBJETIVOS
2.1 Geral: Analisar o legado outorgado pela ditadura militar aos povos originários.
2.2 Específicos: 1.Identificar a antipolítica estatal ; 2. Contrapor a constitucionalização do
direito e a política assimilacionista; 3. Constatar não haver políticas públicas baseadas
na mudança desse cenário
3 – METODOLOGIA
Escolha do Objeto x
Levantamento bibliográfico x
Organização do roteiro/partes x
Redação do trabalho x
5 – CONCLUSÕES
HARRIS, Marvin. Introdução à antropologia geral. São Paulo: Cia. Editora Nacional,
1979..
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2 Referências