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CRÍTICA MODERNA

(Georg W. F. Hegel)

Heráclito de Éfeso

Heráclito concebe o próprio absoluto como processo, como a própria dialética. A


dialética é a) dialética exterior, um raciocinar de cá para lá e não a alma da coisa dissolvendo-
se a si mesma; b) dialética imanente do objeto, situando-se, porém, na contemplação do
sujeito; c) objetividade de Heráclito, isto é, compreender a própria dialética como princípio.

1. O PRINCÍPIO LÓGICO

“O ser não é mais que o não-ser”. O verdadeiro é apenas como a unidade dos opostos.
“Tudo flui (panta rei), nada persiste, nem permanece o mesmo.” O que é, ao mesmo tempo já
novamente não é. O verdadeiro é o devir, não o ser. Os eleatas diziam: ser é o primeiro
pensamento enquanto imediato. Heráclito diz: Tudo é devir; este devir é o princípio. Isto está
na expressão: “O ser é tão pouco como o não-ser; o devir é e também não é.” É isto que
Heráclito expressou com suas sentenças. O ser não é, por isso é o não-ser, e o não-ser é, por
isso é o ser; isto é a verdade da identidade de ambos.

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