Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
a) Não ocorreu intertextualidade, pois os textos são muito diferentes entre si;
b) Não ocorreu intertextualidade, pois os títulos dos poemas são diferentes;
c) Não ocorreu intertextualidade, pois o segundo texto brinca excessivamente com
elementos do primeiro;
d) Não ocorreu intertextualidade, pois o segundo texto brinca excessivamente com
elementos do primeiro;
e) Só pode ocorrer intertextualidade se por seus conhecimentos prévios, o leitor distinguir
qual é o gênero textual.
Ela só, quando amena e marchetada Ela só viu meus dedos nos teus dedos
saía, dando ao m undo claridade, meu nome no teu nome. E demorados
viu apartar-se de ua outra vontade, viu nossos olhos juntos nos segredos
que nunca poderá ver-se apartada. que em silêncio dissemos separados.
Ela viu as palavras magoadas E viu que a pátria estava toda em ti.
que puderam tornar o fogo frio, E ouviu dizer-me adeus: essa palavra
e dar descanso às almas condenadas. que fez tão triste a clara madrugada.
Questão da objetividade
As Ciências Humanas invadem hoje todo o nosso espaço mental. Até parece que nossa cultura
assinou um contrato com tais disciplinas, estipulando que lhes compete resolver tecnicamente
boa parte dos conflitos gerados pela aceleração das atuais mudanças sociais. É em nome do
conhecimento objetivo que elas se julgam no direito de explicar os fenômenos humanos e de
propor soluções de ordem ética, política, ideológica ou simplesmente humanitária, sem se
darem conta de que, fazendo isso, podem facilmente converter-se em "comodidades teóricas"
para seus autores e em "comodidades práticas" para sua clientela. Também é em nome do
rigor científico que tentam construir todo o seu campo teórico do fenôm eno humano, mas
através da idéia que gostariam de ter dele, visto terem renunciado aos seus apelos e às suas
significações. O equívoco olhar de Narciso, fascinado por sua própria beleza, estaria
substituído por um olhar frio, objetivo, escrupuloso, calculista e calculador: e as disciplinas
humanas seriam científicas!
(Introdução às Ciências Humanas. Hilton Japiassu. São Paulo, Letras e Letras, 1994, pp.89/90)
No meio do caminho
Carlos Drummond de
Andrade
No meio do caminho tinha
uma pedra
tinha uma pedra no meio do
c aminho
tinha uma pedra
no meio do caminho tinha
uma pedra.
Nunc a me esquecerei
desse acontecimento
na vida de minhas retinas
tão fatigadas.
Nunc a me esquecerei que
no meio do caminho
tinha uma pedra
Tinha uma pedra no meio
do caminho
no meio do caminho tinha
uma pedra.
Caulos. Um passarinho
nada prático, 1989.
28- Observe atentamente o cartaz vencedor, em 1991, do I Grande Prêmio Central de Outdoor.
Nele observamos que o autor trabalha utilizando como marcador de pressuposição: a palavra
“mais”. A partir dessa informação você diria que:
29 -
Nela observamos que o autor trabalha utilizando como marcador de pressuposição: a palavra
“agora”. A partir dessa informação e sua relação com o produto anunciado, você diria que:
a) O autor subentende que antes a beleza não estava nas mãos das mulheres;
b) O autor indica para o leitor a responsabilidade que a mulher sempre teve com a beleza;
c) A palavra "agora" indica que antes não havia um produto que proporcionava
beleza para as mãos;
d) A palavra "agora" indica que antes as mulheres não se preocupavam com a beleza das
mãos;
e) O autor deve sempre dizer tudo para facilitar a compreensão do leitor, por isso a
escolha da palavra "agora" não interfere na argumentatividade do referido texto.
32- Na figura a seguir, tem-se o outdoor vencedor do II Grande Prêmio Cent ral de Outdoor, em
1992. Pode-se detectar no enunciado dessa peça publicitária uma associação texto-imagem
que leva o interlocutor a um subentendido.
33- O texto que segue é uma charge publicada no jornal Gazeta do Povo (PR), em 12 de abril
de 2004, da autoria de Paixão. Trata-se de uma peça comunicativa que geralmente apresenta
um fato cotidiano com pinceladas de humor ou ironia e forte dependência de informações,
inseridas num contexto marcado preferencialmente pela atualidade.
34- No relato:
“Ela diz ter certeza da relação do seu câncer com problemas emocionais que enfrentou durante
a vida, principalmente em decorrência da depressão e seus efeitos”, é possível identificar:
36- Entendemos como elementos implícitos subtendidos numa frase ou num conjunto de frases
quando:
a) Este s elementos não são marcados linguisticamente mas sugerem alguma coisa
de modo sutil. O falante esconde-se atrás do sentido literal (real) das palavras. O
subtendido diz sem dizer; sugere, mas não diz.
b) Estes elementos são marcados linguisticamente e utilizam-se de recursos
argumentativos que levam o leitor a ac eitar certas ideias.
c) Uma informação é estabelecida como indiscutível tanto para o falante quanto para o
ouvinte. Decorre de algum elemento linguístico (ma rcad or); uma ideia implícita nunca
é posta em discussão, transformando o ouvinte em cúmplice.
d) Estes elementos são marcados linguísticamente mas não utilizando -se de recursos
argumentativos que levam o leitor a aceitar determinadas ideias.
Impresso por luca severo, E-mail lucaoliveirasevero@gmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por
direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 11/11/2022 11:25:57
e) O falante não pode esconder-se atrás do sentido literal (real) das palavras e negar o
que o ouvinte depreendeu de suas palavras.
Os muitos fantasmas
O encontro de ontem entre o pres idente da Federação das Indústrias
do Estado de São Paulo. Mário Amato, e o presidente da Central Única
dos Trabalhadores. Jair Meneguelli, em torno de uma pauta comum de
combate à inflação, é revelador do tamanho que ganhou o fantasma
da disparada de preços.
Meneguelli e Amato, representantes de um pedaço expressivo da sociedade, têm
tão tremendas diferenças de opinião a respeito de quase tudo que seria
inimaginável vê-los di scutindo com proveito qualquer coisa. Mas a presença de um
inimigo comum, externo a ambos, colocou-os lado a lado, o que é um primeiro
passo positivo.
O problema é que subsistem outros fanta smas, além da inflação, a travar o
aprofundamento dos contatos entre sindi calista s e empresários. Vicente Paulo da
Silva, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo, aponta um deles:
"Os empresários são contraditórios. Falam em pacto, mas gastam um dinheirão
para tentar remover da Constituição direitos sociais mínimos".
Vicentinho pede "um gesto concreto" de Mário Amato na direção do atendimento
de reivindicações dos sindicatos.
Entre os doi s outros interlocutores da mesa tripartite de um pacto contra a inflação
- empresários e o governo - pe sa a mesma sombra de desconfiança. Os
empresários acham que o governo não faz o que deve, em matéria de corte do
déficit público, enquanto o governo jura que está fazendo tudo oque pode.
Também entre governo e sindicalistas. há uma óbvia desconfiança, a ponto de
Vicentinho generalizar: "Falta credibilidade tanto por parte do governo como por
parte do empresariado". É muito possível que os empresários e o governo achem
que a mesma credibilidade deles exigida falte aos líderes sindicais.
Fica difícil, nesse terreno pantanoso, caminhar na direção de um acordo que abata
oinimigo comum, a inflação. A única perspectiva é a constatação de que algo
precisa ser feito, porque mesmo as mais negras previsões feitas até o fim do
primeiro semestre começam a ser atropeladas por uma realidade ainda mais feia.
(ROSSI. Clóvis. -. Folha de S. Paulo. :A-2. 20 jul. 1988.)