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Curso de Eng.

Mecânica
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Processo de Fresamento
Prof. André L Klafke Prof. André L Klafke

1ª fresadora: 1818, Eng. Eli Whitney


Teoria Assuntos abordados nesta aula:
usinagem de peças para armamento
Fresamento
da Usinagem Classificação: tipos de fresamento
Parâmetros
Força e Potência
Fresadora: partes, tipos, acessórios
Fresa
 peças prismáticas
 fresa: ferramenta multi-cortante com
movimento de corte (rotação)
 movimento de avanço, realizado pela
mesa da máquina, onde é fixada a peça
a ser usinada
corte normal ou oblíquo a direção de
rotação da ferramenta
Objetivo desta aula:

Fresamento
conhecer e avaliar os processos de fresamento, suas características

Fresamento Prof. André L. Klafke


alklafke@unisc.br
1
específicas e suas aplicações
fresamento 2

Processo de Fresamento Classificação


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Parâmetros de Corte: ap: profundidade de corte medida Conforme a disposição dos dentes ativos da fresa:
perpendicularmente ao plano de trabalho Fresamento Tangencial:
e (ou ae): espessura de corte eixo da fresa é paralelo a superfície que está sendo gerada
medida no plano de trabalho dentes posicionados na superfície cilíndrica da ferramenta
(perpendicular a direção de chamada de fresa cilíndrica ou tangencial, pode ser:
concordante

avanço)
força decrescente
Movimento de Corte no Fresamento:
Tangencial: Frontal:
eixo de rotação da ferramenta é eixo de rotação da ferramenta é
paralelo a perpendicular 1- deslocamento da mesa
formação
superfície a superfície do cavaco 2- força de avanço
discordante

da peça da peça 3- força no fuso


4- fuso
5- porca
6- folga

força crescente

classificação 3 classificação 4

Classificação Classificação
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Fresamento Fresamento Conforme a disposição dos dentes ativos da fresa: reta


Concordante Discordante Fresamento Frontal:
rotação da fresa tem avanço contrário a eixo perpendicular à superfície gerada
mesmo sentido do rotação da fresa dentes na superfície frontal, fresa de topo esférica
movimento de avanço assimétrico: não acontece
variação de forças
 é sempre preferível (intensidade, direção e simétrico: deslocamento do eixo sobre o eixo de simetria da peça;
a peça sempre será empurrada em sentido) da fresa sobre eixo da peça; Concordante (cavaco
direção a mesa da fresadora de rasgo (peça maior que fresa) ou decrescente)
comum (fresa maior que peça) Discordante (cavaco crescente)
Características: Características:
fixação mais simples vibrações
melhor acabamento acabamento superficial e
corte inicia c/máxima espessura tolerância dimensional + pobres
força de impacto na entrada da melhores sistemas de fixação
ferramenta melhor distribuição de esforços

classificação 5 classificação 6

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Classificação Parâmetros de Processo
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Conforme a posição do eixo-árvore da máquina:  Avanço por Dente (fz):


Horizontal Vertical percurso percorrido por um dente em
fresamento tangencial fresamento frontal
uma revolução da ferramenta;
distância entre duas superfícies
consecutivas na direção de avanço
 Avanço de corte (fc):
distância entre duas superfícies
consecutivas em usinagem,
medida no plano de trabalho e
perpendicular à direção de corte. fz

 Ângulo da direção de avanço (Φ):


ângulo entre as direções de corte e de avanço; tem variação contínua
durante o processo.
a mesa da máquina, normalmente, é  Ângulo da direção efetiva (η):
dotada dos movimentos nos três eixos; ângulo entre a direção de corte e a direção efetiva.
a ferramenta é fixa no cabeçote
classificação 7 parâmetros 8

Acabamento Superfície Fresada Cavaco


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O fresamento tangencial produz uma ondulação Fresamento Tangencial Fresamento Frontal


superficial, responsável pela definição da forma de vírgula fresamento de rasgo:
rugosidade máxima teórica fresamento concordante: zero – máximo – zero
espessura varia de um valor fresamento comum:
A rugosidade real (sempre maior que a teórica) depende de: máximo, no início do corte, até valor inicial – máximo – valor inicial
- posicionamento irregular das pastilhas no sentido radial, zero; fresamento frontal assimétrico:
- desgaste não-uniforme das arestas, fresamento discordante: vírgula, concordante ou discordante
- fluxo de saída do cavaco irregular, espessura começa em zero,
- excentricidade da ferramenta, aumentando até o seu valor
- rigidez do sistema. máximo no final do corte
Fatores que podem melhorar o acabamento da peça:
- pastilha de facear com aresta secundária plana
(pastilhas alisadoras),
- diminuição da espessura de fresamento,
- uso adequado de fluido de corte,
- fresamento concordante,

parâmetros 9 parâmetros 10

Parâmetros de Usinagem Parâmetros de Usinagem


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Avanço: depende tipo da fresa, material da ferramenta,


ap Profundidade de Corte (perpendicular ao plano de trabalho)
pequena influência no desgaste  maior valor possível f acabamento superficial requerido, potência da máquina, número de
limite: 2/3 do comprimento da aresta (evitar vibrações) dentes da fresa (avanço por dente)
rigidez do sistema, acabamento superficial da peça - fresa de passo grande, poucos dentes, potência menor,
- fresa de passo pequeno, avanço por dente maior.
Controle espessura cavaco (hch)  manter Ks baixo
-fresamento tangencial: 0,04 < hch < 0,2mm
(depende da dureza do material e da geometria de corte);
- para fresamento frontal, hch > 0,1mm.
Velocidade de Corte
Vc O aumento de Vc no fresamento acarreta aumento de pressão
específica e a força de impacto da aresta de corte c/ a peça;
assim,
e Espessura de Corte
(medida no plano de trabalho)
a especificação de Vc deve ser feita em consideração a vida da
ferramenta requerida
+ espessura: - vida da ferramenta
parâmetros 11 parâmetros 12

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Número de Dentes Força e Potência de Corte
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Considerações sobre a Força de Corte:


- passo: Número de Dentes Espessura do cavaco é variável
passo grande  potência -Fresa de passo Largo: Fresamento frontal e fresamento periférico
menor desbaste pesado são diferentes
- material da peça: cavaco longo (aço) Vários dentes (ferramenta multicortante)
cavaco longo  maior p/bx potência, maq antigas
espaço entre dentes - Fresa de passo Fino: espessura média do cavaco:
- tamanho da peça: acabamento
manter 2 dentes simultâneos cavacos longos (pequeno
no corte avanço por dente)
- acabamento superficial: FoFo  para uso com Vc
+ dentes  - avanço/dente: baixas (ligas de Titânio);
melhor o acabamento - Fresa de passo Médio:
superficial desbaste médio aço,
- rigidez do sistema. desbaste pesado de FoFo.

parâmetros 13 força/potência 14

Força e Potência de Corte Potência de Corte


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número de dentes em contato com a Potência de corte varia instantaneamente devido à variação do
peça: número de dentes em corte e a espessura variável do cavaco
Usar potência média para dimensionamento
mais efetivo quanto maior no de dentes em corte
volante preso ao eixo-árvore (acúmulo de energia em baixa
potência, para devolução ao corte quando requerido potências
maiores).
Ângulo de Contato: Para o cálculo da potência média (fresamento frontal ou
tangencial), utiliza-se um valor médio para o Ks, calculado a partir da
fresamento periférico: fresamento frontal: espessura média do cavaco:

força/potência 15 força/potência 16

Força e Potência de Corte Fresadoras


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Operações Básicas
Valores de Ks1 e z para fresamento As fresadoras podem gerar diversos tipos de geometria
peças, baseadas na variedade de tipo e forma das fresas,
tais como:
- superfícies planas,
- superfícies curvas e irregulares,
- chanfros e rebaixos,
- canais (simples, em forma de “T”, cauda de andorinha),
- eixos com seção de formato poligonal,
- furos,
- cavidades,
- rasgos de chaveta,
- roscas,
- engrenagens,
- cremalheiras.

força/potência 17 fresadora 18

3
Operações possíveis c/Fresamento Partes de uma Fresadora
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fresadora 19 fresadora 20

Partes de uma Fresadora Partes de uma Fresadora


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- Base: suporte da máquina, pode servir como reservatório de fluido - Mesa: desliza pelas guias da sela
de corte. superior realiza o movimento horizontal
- Coluna: estrutura principal da máquina, aloja longitudinal; possui rasgos em T para
o sistema de acionamento e os motores; possui fixação das peças e acessórios e
as guias (barramento) do movimento vertical. canalizar o fluxo de fluido refrigerante
- Console: desliza pelas guias da coluna, - Torpedo: montado sobre a coluna,
realizando o movimento vertical da peça; aloja recebe o suporte do mandril, quando a
os mecanismos de acionamento da sela e da fresadora estiver na configuração
mesa; possui as guias do movimento horizontal horizontal e com ferramenta longa.
transversal. - Cabeçote vertical: fixado na coluna da
- Sela: dividida em sela inferior e sela superior; fresadora e conecta-se ao eixo-árvore,
a sela inferior desliza pelas guias do console, altera a configuração de horizontal para
realizando o movimento horizontal transversal; vertical
a sela superior gira em um plano horizontal em - Árvore: recebe a potência do motor e
relação a sela inferior, permitindo-se inclinar a peça, possui as guias fornece o movimento de giro para a
do movimento horizontal longitudinal. ferramenta;
fresadora 21 fresadora 22

Tipos de Fresadora Tipos de Fresadora


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Quanto ao avanço: Conforme a posição do eixo-árvore da máquina:


- Manual; horizontal vertical
- Automático (hidráulico ou elétrico).
Quanto a posição do eixo-árvore:
- Vertical (eixo árvore perpendicular a mesa);
- Horizontal (eixo árvore paralelo a mesa);
- Universal (pode ser configurada para vertical ou
horizontal);
- Omniversal
(universal com a mesa inclinada);
- Duplex
(dois eixos-árvore simultâneos);
- Triplex;
- Multiplex;
- Especiais.
fresadora 23 classificação 24

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Tipos de Fresadora Tipos de Fresadora
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Conforme a posição do eixo-árvore da máquina: Especiais:


universal - Pantográfica (fresadora gravadora);
- Copiadora (apalpador toca um modelo e a
ferramenta o reproduz na peça);
cabeçote - Chaveteira (específica para fazer chavetas internas
vertical e/ou externas);

cabeçote Fresadora de Portal


(Gantry)
horizontal Fresadora Pantográfica

Fresadora
Hexapod Fresadora Copiadora

classificação 25 fresadora 26

Tipos de Fresadora Acessórios


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Dentadoras  específicas para usinar engrenagens Cabeçotes


Fellows adaptados a qualquer tipo de fresadora
Renânia
Cabeçotes acionados pela
árvore da fresadora
específicos para cada fresadora,
acoplados ao eixo-árvore.
Alguns tipos:
angular, chaveteiro,
cabeçote de rosquear, cabeçote
de broquear
e facear
Mesa Divisora

fresadora 27 fresadora 28

Dispositivos de Fixação Dispositivos de Fixação


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Mandril Morsas
O eixo árvore possui em sua extremidade um cone e chavetas,
no qual são fixados os dispositivos de sujeição das ferramentas
três tipos de mandril: Tipos de Mandril Porta-fresa
- universal,
- porta-pinça,
- porta-fresa.
morsa angular

Mandril Porta-pinça morsa pneumática morsa de precisão


Universal (Jacobs)

fresadora 29 fresadora 30

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Dispositivos de Fixação Dispositivos de Fixação
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Pinças Grampos, Calços, Cantoneiras Sistema Modular de Fixação

fresadora 31 fresadora 32

Divisor Universal Divisor Universal


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divide uma circunferência em n partes iguais divisão indireta


usinar peças com seções na forma de polígonos regulares transmissão por
(quadrados, hexágonos, etc.), parafuso sem-fim
executar sulcos regularmente espaçados (canais de lubrificação, (relação 40:1)
dentes de engrenagem, etc.), maior no divisões
usinar cavidades circulares, etc.
possibilita a usinagem helicoidal, divisão diferencial
a ferramenta ou a mesa devem inclinar trem engrenagens conectado entre
um ângulo em relação a peça e a peça árvore e cabeçote divisor
deve girar durante o avanço

divisão direta
executada direto no divisão indireta
eixo usinado cabeçote divisor
fresadora 33 fresadora 34

Fresa (ferramenta) Fresa (ferramenta)


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Inteiriça Calçada Dentes Postiços Pastilhada

passo
ferramentas rotativas, de múltiplas arestas de corte, dispostas diferencial
simetricamente em relação a um eixo, com capacidade de remoção
de material de forma intermitente.

fresa 35 fresa 36

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Fresa (ferramenta) Fresamento Tangencial Helicoidal
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Fresas Fresas de Forma dentes retos  força de corte (e a secção do cavaco),


Angulares aumenta rapidamente quando a ferramenta atinge a
peça, caindo bruscamente a zero quando Φ = Φo.
dentes helicoidais  espessura do cavaco cresce de
zero até seu valor máximo e mantém este valor por fresa espinha-de-peixe

alguns instantes (deslocamento dente na larg. da fresa), em


seguida, a secção vai diminuindo (de forma lenta) enquanto o
dente sai da peça (e não volta necessariamente a zero).
Fresas Cilíndricas

fresa 37 fresa 38

Tipos de Dentes
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Bibliografia Recomendada:

retos helicoidais
FERRARESI, D. Fundamentos da Usinagem dos Metais, São Paulo: Editora
bi-helicoidais Blücher, 1977.
DINIZ, A.; MARCONDES, F.; COPPINI, N. Tecnologia da Usinagem dos Materiais,
São Paulo: Artliber, 2003.
SANTOS, S. C.; WISLEY, F. S. Aspectos Tribológicos da Usinagem dos Materiais,
São Paulo: Artliber, 2007.
MACHADO et al Teoria da Usinagem dos Materiais, São Paulo: Editora Blücher,
2009.
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W = materiais de dureza baixa (alumínio, bronze, plásticos)
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Fresamento
N = aços até 700N/mm2 Teoria
H = aços acima 700N/mm2 Prof. André L. Klafke
da Usinagem alklafke@unisc.br

fresa 39 40

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