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Etica Social - A Justiça e A Ética Social
Etica Social - A Justiça e A Ética Social
1. Introdução..................................................................................................................4
2. A justiça e a ética social.............................................................................................5
2.1. Conceitos................................................................................................................5
2.1.1. Justiça..................................................................................................................5
2.1.2. Ética....................................................................................................................6
2.2. Acção do tribunal e o seu valor ético.....................................................................7
2.3. Acção do advogado e o seu valor ético..................................................................8
2.4. Acção do arguido e o seu valor ético....................................................................10
3. Conclusão.................................................................................................................12
4. Referências bibliográfica.........................................................................................13
1. Introdução
O presente estudo tem por finalidade abordar sobre a justiça e a sua inafastabilidade em
relação a ética social. As normas éticas dizem respeito ao bem comum e ao interesse
alheio, e são essencialmente altruístas. A alteridade é uma das características
fundamentais da justiça, juntamente com a igualdade e a noção de dar o que é devido.
Assim sendo, ética e justiça estão intimamente relacionadas.
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2. A justiça e a ética social
2.1. Conceitos
2.1.1. Justiça
Aristóteles define a justiça como uma virtude da pessoa humana, sendo que a ética,
como ciência prática, incumbir-se-ia em definir o que é justo e o que é injusto. Mas
apenas o conhecimento em abstracto do conteúdo da virtude não basta para se chegar à
felicidade, necessária a realização da virtude, que se adquire pelo hábito.
Imprescindível, pois, a prática ética. Segundo ele, cumpre ao juiz equalizador as
diferenças surgidas das desigualdades, atentando-se para os diversos tipos particulares
de justiça, como destacam Bittar e Almeida (2001, p. 119):
Platão identificava justiça como sinônimo de virtude, ao passo que Aristóteles amplia o
conceito de Platão e o torna aplicável ao mundo real, aproximando justiça e virtude sem
torná-las sinônimos (PACHECO, 2013, p. 19-20).
De acordo com Nader (2006, p. 110), os estudos de Aristóteles acerca da justiça foram
tão completos que pouco foi acrescentado desde sua época. O grande mérito do filósofo
grego foi ter chegado à conclusão de que a justiça pressupõe a alteridade (REALE,
1999, p. 344), de modo que se atribui a Aristóteles a identificação da alteridade como
significado básico e específico de justiça (MELO, 1998, p. 37).
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A alteridade significa que uma das características essenciais da justiça, no sentido
estrito de sua acepção subjetiva, é a pluralidade de pessoas, ou seja, a existência de um
outro, pois é impossível ser justo ou injusto consigo mesmo (MONTORO, 2011, p.
168).
De acordo com lição de Leal (2013, p. 20), Aristóteles defendia que é impossível estar
bem consigo quando isolado do universo, pois o que é bom em si para outrem importa
mais do que aquilo que é bom pragmaticamente para o próprio indivíduo.
A função da teoria da justiça, portanto, está relacionada intimamente com a ética, pois
ambas lidam com valores e dependem do ser humano. Cabe à teoria da justiça
determinar, segundo ensinamento de Montoro (2011, p. 162), qual o valor fundamental
que orienta o dever-ser.
2.1.2. Ética
O termo ética provém da palavra grega éthos, que é o hábito ou comportamento pessoal
decorrente da natureza, das convenções sociais ou da educação. O plural de éthos é éthe,
conjunto desses hábitos e comportamentos da coletividade, incluindo os próprios
costumes da civilização (BITTAR; ALMEIDA, 2001, p. 445).
A ética é doutrina da boa vida ou da vida correta, aquela digna de imitação pelo
indivíduo e pela comunidade política.
Nalini (2013, p. 24-25) denuncia que a ética teve seu conteúdo banalizado e perdeu sua
substância semântica como consequência à repetição excessiva. Em analogia, o autor
afirma que muitas pessoas servem-se de regras morais “como se estivessem diante de
um self service e pudessem compor a sua refeição ética a la carte” (2013, p. 46).
Diante desta realidade, é preciso aprofundar os estudos sobre a ética e disseminar a sua
verdadeira essência. Se a “ética impõe a consecução do bem e o banimento do mal”
(NALINI, 2013, p. 500), é preciso saber discernir aquilo que é bom daquilo que é mau,
a fim de saber como proceder diante das situações fácticas com as quais nos deparamos
diariamente.
Borges Nhamirre defende que o julgamento deve passar uma mensagem clara aos
presentes e futuros dirigentes de que a corrupção não compensa. E não tem dúvidas de
que haverá interferência política por causa do perfil dos sujeitos em julgamento por
causa do perfil dos sujeitos em julgamento por causa do perfil dos sujeitos em
julgamento.
Ainda assim, o Prof Adriano Nuvunga garante que o FMO vai apoiar o juiz Epifânio
Baptista na expectativa de que ele conduza o processo com transparência, seriedade e,
acima de tudo, com justiça. “Neste caso, não está apenas em causa o resultado, mas o
processo. Poderia ter sido o presidente do Tribunal Judicial da Cidade de Maputo a
dirigir o julgamento. Isso iria transmitir uma ideia de seriedade do caso”.
O chair do FMO critica a Procuradoria- -geral da República por não ter feito o arresto
preventivo de todos os bens e activos das pessoas que receberam o dinheiro das “dívidas
ocultas”. “Não houve a recuperação de todos os bens adquiridos com o dinheiro
roubado do Estado. O que está em julgamento é um grupo de pessoas que defraudou o
Estado e a sociedade e comeu o futuro dos moçambicanos. Este não é um caso de
tecnicalidades, é um caso que empurrou milhões de moçambicanos para a pobreza. Este
não é um caso em que as elites dos poderes executivos, legislativos e judiciários vão
sentar e consertar a decisão a tomar. Este caso é do povo moçambicano, interessa a
todos os moçambicanos”.
Se por um lado tal distinção pode soar cínica (e, em alguma medida, ela de fato o é), por
outro denuncia a existência de um conjunto de práticas sociais (no caso, pertinentes a
um grupo específico, congregado por meio de uma profissão) que se impõe aos
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advogados, constituindo, por vezes, uma ética de grupo distinta da ética de cada um de
seus membros tomados individualmente.
Nessa linha de raciocínio leva-nos a citar aqui a visão do grande académico francês
Molière que diz:
Isso não implica dizer que a prática profissional dos advogados não possa ser objeto de
uma análise ética a partir de uma perspectiva mais “pessoal”, no sentido de
tomar a conduta de cada um de seus membros e daí extrair até um quadro estatístico.
Também é possível. No entanto, a crítica então resultante seria uma crítica menor, e por
duas razões.
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De uma forma ou de outra, tomados esses profissionais seja sob um ponto de vista
“pessoal”, seja “estrutural”, quando se trata de ética é importante considerar que os
advogados não gozam de uma boa imagem na sociedade, conforme atestam um sem
número de chistes associando-os às ideias de desonestidade, venalidade, deslealdade,
etc..
Numa passado muito recente, vimos uma contradição do juiz da causa contra a ordem
dos advogados, mostrando-se ofendidos pelo juiz, alegando algumas irregularidades que
o juiz vem cometendo para com os advogados. Partindo dum pressuposto que a
finalidade de um advogado é de defender os interesses do seu cliente, dá-se a perceber
que no que tange a essência de um julgamento transparente e que por regra segue os
procedimentos apropriados, chega-se a conclusão de que o advogado mesmo
conhecimento a ética da advogacia, por fim ele tende lutar para obter espaço para sua
audição em detrimento dos interesses do seu cliente. Em fim, diria aqui que o advogado
neste caso das dívidas ocultas, torna-se anti-ético perante a sua profissão não só mas
também para a sociedade em geral.
Os arguidos são pessoas com muito dinheiro e certamente irão recorrer das decisões que
lhes forem desfavoráveis.
Portanto, queremos apresentar um dos arguidos que se esqueceu, não sabia, não se
lembrou e não quis falar quase de nada, na razão do Armando Ndambi Guebuza. Foi
com recurso a expressões como “esqueci-me”, “não me recordo”, “não me lembro
meritíssimo”, “não quero falar”, que Ndambi reagiu quando confrontado com elementos
constantes da acusação, pelo juiz Efigénio Baptista. Em meio à audição, Ndambi
Guebuza chegou mesmo a dizer que não tinha “memória de elefante”, por isso, não
estava em condições de responder com a precisão que se “exigia”, isto porque já
passava “muito tempo”.
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que estava em tribunal. Baptista teve mesmo que recordar ao arguido que não havia pior
vergonha para um pai que ter um “filho mal-educado”.
Buscando o valor ético do arguido, chegamos observar que através dos seus padrões de
vida que leva desde a sua existência, o levou a faltar-se de modos e do bem comum, ou
seja, da ética social e do comunismo. Portanto, a causa mais provável é de que o arguido
esteja tramando alguma coisa para usar da sua ultima carta.
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3. Conclusão
O assunto abordado neste artigo se mostra relevante, pois além de permear a vida em
sociedade, é um tema intimamente ligado a organização do Estado. Ademais, frente às
complexas e inesgotáveis necessidades da sociedade moderna e ao desafio de instituir
um Estado politicamente organizado, pautado nas garantias constitucionais de
igualdade, solidariedade e justiça social, mister o estudo da filosofia, que corresponde
ao ramo do saber que, entre outras funções, se ocupa em buscar a razão e a verdade
sobre aqueles questionamentos desconhecidos ou inexplicáveis pelos demais ramos do
saber.
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4. Referências bibliográfica
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