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1.1.1) Antecedentes
A Guerra dos Sete anos (1756-1763) terminou com a vitória inglesa sobre
a França, tendo proporcionado aos ingleses a liderança marítima e
colonial e aos colonos americanos a possibilidade de expansão para o
Oeste, em territórios que pertenciam a franceses. Na América do Norte,
às suas 13 colónias da costa Atlântica acrescentou o Canadá, o vale do
Oaio, a margem esquerda do Mississípi. Na África, apoderou-se de
feitorias no Senegal e, na Ásia, tomou conta de boa parte da Índia.
Apesar de vitoriosa, a Inglaterra apresentava-se com dificuldades
económicas provocadas pela guerra, tendo assim resolvido exigir um
contributo financeiro às 13 colónias da América do Norte, alegando que a
guerra fora travada para defender os colonos das cobiças francesas.
Assim este mesmo contributo consistiu no lançamento, em
1764/1765, de um conjunto de taxas alfandegárias/aduaneiras
votadas pelo Parlamento britânico, que recaíram no açúcar, no
papel, no vidro, no chumbo e no chá importados pelas 13 colónias.
Decretou-se um imposto de selo sobre os documentos legais e as
publicações periódicas.
A agravar a situação das 13 colónias, concedeu-se o monopólio da
venda do chá à companhia das Índias inglesa, privando assim, os
comerciantes americanos dos lucros com a revenda daquele
apreciado produto.
O controlo da Inglaterra traduziu-se ainda, na proibição de
negociarem diretamente com outros territórios, que não a
metrópole ou as restantes colónias inglesas.
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1.1.2) A reação das colónias - conflitos
Da contestação aos impostos à declaração de independência
Embora reconhecendo ao Parlamento de Londres o direito de regulamentar o
comércio colonial, os americanos lamentavam que, na sua qualidade de
cidadãos britânicos, não estivessem representados naquela assembleia. Em tais
circunstâncias, os impostos votados afiguravam-se-lhes ilegais e ameaçadores,
tanto para a vida económica do país, como para os seus direitos políticos.
Em 1765, num congresso em Nova Iorque proclamou-se que aos cidadãos
ingleses, residentes ou não em Inglaterra, não se poderia impor nenhuma
contribuição que não tivesse sido aprovada pelos seus representantes.
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Pela primeira vez na história, os ideais iluministas da liberdade e da igualdade
entre os Homens, da soberania popular e do contrato social eram aplicados na
libertação de um povo.
1.1.3) Da Guerra da independência à criação da república federal dos EUA
Face ao bem armado e disciplinado exército britânico, as milícias dos
revoltosos não estavam à altura de travar uma guerra de independência. Assim,
George Washington foi escolhido para comandante-chefe do futuro exército-
americano, ao mesmo tempo que se iniciou na Europa uma forte ação
diplomática, a fim de angariar apoios.
- Os franceses, apesar de não esquecerem a derrota que Inglaterra lhes infligira
na Guerra dos Sete Anos, não se quiseram comprometer de imediato com os
revoltosos.
- Só após a batalha de Saratoga, na qual os americanos capitularam um
pequeno exército britânico, a França de inclinou para uma aliança oficial, tendo
enviado homens, barcos, armas e dinheiro.
- Ao apoio de França somou-se o da sua aliada, Espanha, que também
contribuiu com dinheiro e uma esquadra para a causa americana. Estas ajudas
revelaram-se decisivas no desfecho da guerra.
Em 1781, o principal exército inglês capitulou em Yorktown.
Atacada por franceses e espanhóis no Mediterrâneo e com derrotas navais na
costa da Índia, a Inglaterra infligiu-se pelas negociações de paz.
Pelo tratado de Versalhes, assinado em 1783, reconheceu a independência das
13 colónias, de futura transformadas em 13 Estados.
Para eles ficou o território compreendido entre Grandes Lagos, o Oaio,
Mississípi e os Montes Apalaches.