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Pandur II
VBTP-MR Guarani
Local de origem Brasil
História operacional
Em serviço 2012–presente
Utilizadores Brasil
Líbano
Filipinas
Gana
Histórico de produção
Data de criação 2009
Fabricante Iveco
Custo unitário R$3.644.076,17
Especificações
Peso 14.3 t
Comprimento 6.91 m
Largura 2,7 m
Altura 2.34 m
Tripulação 11 tripulantes
Desenvolvimento
Os estudos de concepção do que viria a ser o Guarani remontam ao final da década de 1990,
ainda com nome de NFBR - Nova Família de Blindados sobre Rodas, posteriormente sendo
apelidado de Urutu III. Em diversos documentos emitidos pelo Exército, eram discutidas as
versões que integrariam sua família, que seriam nas configurações 6x6 com ao menos uma 8x8,
falando-se também em uma 4x4 leve. Previa-se, para as versões 6x6 e 8x8, a utilização de
canhões 90 mm e 105 mm.
Em 1999, o Exército Brasileiro emitiu um pedido (ROB # 09/99) para uma nova família de veículos
blindados de combate com capacidade anfíbia, capaz de substituir os EE-9 Cascavel e EE-11
Urutu, desenvolvidos na década de 1970. A principal característica desta nova família é o design
modular, permitindo a incorporação de diferentes torres, armas, sensores e sistemas de
comunicações para o mesmo carro, incluindo uma versão de comunicações, uma versão
ambulância e versões diferentes de apoio de fogo, armados com morteiros de grosso calibre e
sistemas de armas.
O desenho conceitual do veículo foi apresentado na Inovatec 2007, em São Paulo. Em 12 de
abril do mesmo ano, ocorreu uma reunião no Departamento de Ciência e Tecnologia (DCT),
no Rio de Janeiro, para a solicitação formal às empresas Agrale, Avibras, EDAG, Fiat e IESA que
elaborassem propostas financeiras. As empresas tiveram um prazo máximo de 80 dias para a
entrega de informações e documentações necessárias à elaboração da proposta financeira, de
onde sairia um vencedor com o objetivo de elaborar um protótipo de veículo blindado de
transporte de tropas médio sobre rodas (VBTP-MSR).
Produção
A produção do Guarani é realizada na fábrica da Iveco em Sete Lagoas (MG), construída com
investimento de R$ 55 milhões, gerando 200 empregos diretos e 1400 indiretos. A expectativa é
produzir 115 unidades por ano, mas tendo capacidade para 200. Possui cerca de 90% de
componentes brasileiros.
O aço da blindagem é fabricado no Brasil pela Usiminas, no centro de pesquisa e
desenvolvimento, mantido em Ipatinga para produzir aço balístico.
Descrição
O Guarani tem um chassi formado por duas longarinas na base do veículo, o qual abriga toda a
suspensão, os elementos de transmissão com sua respectiva caixa e dois diferenciais, um
dianteiro e outro traseiro. Sobre este conjunto foi montado a estrutura blindada do veículo, em
forma de V capaz de resistir a minas de até 6 kg.
Armamento
Torre UT-30BR criada pela AEL Sistemas para canhão automático de 30 mm ou
REMAX (Reparo de Metralhadora automatizada X) para metralhadora
de 7,62x51mm e 12,7x99mm NATO ou
possivelmente um morteiro de 120 mm raiado, na versão porta-morteiros.
Variantes
Primeiras unidades entregues
14. Viatura Blindada Especial Observador Avançado - Leve de Rodas (VBE OA LR)
15. Viatura Blindada de Combate Morteiro - Leve de Rodas (VBC Mrt LR)
16. Viatura Blindada Especial Radar - Leve de Rodas (VBE Rdr LR)
17. Viatura Blindada Especial Posto de Comando - Leve de Rodas (VBEPC LR)
Operadores
Filipinas: 28 unidades, no valor total de US$ 47 milhões. Essa venda foi intermediada
por Israel, que está vendendo um pacote maior de blindados e sistemas C2 para o Exército
Filipino. No total, o Exército emitiu proposta para 114 APCs, dos quais 28 unidades serão o
Guarani selecionado. Existe a possibilidade de que os 86 APCs faltantes sejam um novo lote de
VBTP Guarani. A negociação estava em curso desde 2020, porém somente esse ano foi
oficializada pelo governo Filipino.
Operadores potenciais
Argentina: Quantidade não revelada. Em outubro de 2020, o então ministro da defesa
da Argentina, Fernando Azevedo, visitou a fábrica da IVECO e manifestou a possibilidade de
aquisição de uma quantidade não revelada de veículos para o Exército Argentino. No dia 4 de
junho de 2021, seu sucessor, Agustín Rossi, declarou que a “A possibilidade de nosso Exército
adquirir o mesmo veículo blindado Guarani que o Brasil possui e produz é um condimento
geopoliticamente estratégico”. Em junho do mesmo ano, um exemplar do blindado foi emprestado
aos argentinos para testes de campo, por 30 dias. Estima-se a compra de 180 veículos, por 300
milhões de dólares, podendo ser incluída na negociação a fabricação de partes do blindado na
unidade da Iveco, em Córdoba, além de serviços pós-venda.
Malásia: Ciro Nappi informou que o Guarani participará de um concurso para substituir
o Condor e o SIBMAS AFSV90 contra o K806, Anoa 2, LAVII e o FNSS Pars.
Características
Capacidade para transporte da guarnição e de um GC
Proteção blindada de 30 mm para tiro de fuzil 7,62 mm M1 (ECD receber blindagem
adicional)
Peso máximo de até 25 Ton em condições de combate (podendo ser transportado pelo KC-
390 ou C-130)
Trem de rolamento 6x6, com possibilidade de ser 8x8 (duplo esterçamento)
Autonomia de 600 km