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Fabricante: Engesa - Brasil
Tripulação: 3 (Comandante, Atirador e Motorista)
Quantidade produzida: 1.738
Variantes: 4
Comprimento: 5.2
Incluindo canhão: 6.2M
Largura: 2.64M
Altura: 2.68M
Peso vazio: 10900Kg.
Peso preparado para combate: 13400Kg.
Sistema de tracção: Tração 6 X 6, Boomerang
Motor: Detroit Diesel 6V-53N 6cyl
Potência: 212 cv
Peso/potência: 19.449
Velocidade máxima: 100 Km/h
Velocidade em terreno irregular: 75 Km/h
Tanque de combustível: 390 Litros
Autonomia máxima: 880Km
Armamento
1 x 90mm CM90 Mk.3 (Calibre: 90mm - Alcance estimado de 1.6Km a 3.5Km)
1 x Mag 7,62 milímetros (coaxial)
Munição da arma principal:
44 Projetil
Armamento
Sistema de suprimento:
Cinto de munição não desintegrável DM1
Cinto de munição desintegrável M13.
Mira: alça e massa de mira regulável.
O EE-9 Cascavel, foi desenvolvido no Brasil pela empresa ENGESA, de S. José dos Campos
(São Paulo), conforme especificações do exército brasileiro. O EE-9 não esconde a grande
influência que recebeu do carro de reconhecimento M-8 de fabrico norte-americano, que na
prática veio substituir.
O EE-9 foi um enorme sucesso de exportação e foi vendido para a Bolívia, Burkina Faso, Chade,
Chile, Colômbia, Chipre, Equador, Gabão, Gana, Irã, Iraque, Líbia, Nigéria, Paraguai, Suriname,
Togo, Tunísia, Uruguai e Zimbabwe, além de outros países não referidos. No total foram
fabricados 1.738 destes veículos.
O Cascavel, é um veículo de reconhecimento e foi feito para poder ser "incrementado" à medida
do cliente, podia ser armado, por exemplo, com telêmetro a LASER, manga de supressão de
fumaça, sistema eletrônico de controle de tiro, entre outras sofisticações para a altura (anos
1980). Ainda se encontra em serviço em vários países e decorre neste momento um programa de
modernização dos EE-9, bem assim como dos EE-11, que lhes permitirá continuar ao serviço pelo
menos até á segunda década do século XXI.
Foram fabricados ao todo 1738 veículos, 409 para o Brasil. As outras unidades foram exportadas
para Bolívia, Burkina Faso, Chade, Chile, Colômbia, Chipre, Equador, Gabão, Gana, Irã, Iraque,
Líbia, Nigéria, Paraguai, Suriname, Togo, Tunísia, Uruguai e Zimbabwe.
Com alta velocidade e boa direção em estradas pavimentadas, esse carro foi muito requisitado na
Guerra do golfo. O Exército Brasileiro está desenvolvendo um programa de revitalização destes
veículos, de modo a estender sua vida útil.
Historia
Família de carros de combate ligeiros de origem brasileira, inspirada no M-8 Greyhound, que deu
origem ao veículo Cascavel, fabricado no Brasil pela empresa ENGESA. Além do Cascavel, foi
igualmente produzido o URUTU, que compartilha com o Cascavel grande parte dos componentes
mecânicos, embora se trate na realidade de veículos com utilizações completamente diferentes.
Quer os carros Urutu, quer os Cascavel, foram sucessos de vendas no mercado internacional de
armamentos, onde o seu principal argumento de vendas foi a simplicidade de operação e
manutenção, conjugada com um preço mais baixo que alguns dos seus congêneres.
Com base nesta plataforma foi ainda desenhado o veículo Sucuri-I, armado com um canhão de
105mm para a função antitanque, cujo projeto evoluiu posteriormente para o Sucuri-II, o qual já se
afastava consideravelmente da sua matriz original. Este veículo não chegou porém a entrar em
produção.
Guerra do Golfo
O Cascavel foi amplamente empregado durante a Guerra do Golfo pelo Iraque, que não soube
utilizar o carro em combate, em virtude do não aproveitamento de sua mobilidade e armamento
do 90 mm, mesmo sendo um veículo de blindagem fraca e não podendo se opor a Grandes
carros de combate como o M1 Abrams ou Challenger 1. O grande erro das forças Iraquianas foi o
de enterrar os Blindados na areia do Deserto, deixando apenas a torre a mostra, reduzindo suas
chances de sobrevivência no campo de batalha, já que o ponto forte deste veículo era mobilidade.
Poderia ter sido utilizado como apoio de fogo, disparando e se locomovendo com rapidez contra
esses veículos maiores.
Munições
O cascavel pode disparar uma quantidade considerável de espécies de Munições pelo seu
canhão de 90 mm.
HE-T
Tiro completo,, engastado, com granada de alto explosivo, traçante.
EMPREGO
Contra pessoal ou alvos leves
HEAT-T
Tiro completo, engastado, com granada inerte, traçante.
EMPREGO
Exercício
Smoke WP-T
Tiro completo, engastado, com granada fumígena incendiária, traçante.
EMPREGO
Fumígena, incendiária
HESH-T
Tiro completo, engastado, com granada de alto explosivo plástico, traçante.
EMPREGO
Contra blindagens leves, edificações, etc.
Utilizadores
Brasil
Designação Local:EE-9 Cascavel
Quantidade Máxima: 409
Quantidade em serviço: 243
Situação operacional: Em serviço
O EE-9 foi desenvolvido quase simultaneamente com o blindado de transporte anfíbio EE-11 Urutu,
com o qual partilha grande parte dos sistemas. Os primeiros EE-9 foram equipados com uma torre com
peça de 37mm, como a dos M-8 americanos ao serviço do exército brasileiro, sendo que posteriormente lhe
foi adicionada a torre de 90m que equipou os AML Panhard franceses. Mais tarde a peça de 90mm seria
completamente nacionalizada e produzida no Brasil pela Engesa.
Brasil
Iraque
Designação Local: EE-9 Cascavel
Quantidade Máxima: 364
Quantidade em serviço: 35
Situação operacional: Em serviço
O Iraque foi o principal cliente do veículo de reconhecimento Cascavel, antes da primeira guerra no golfo
que se seguiu à invasão do Kuwait. Os iraquianos utilizaram este veículo com sucesso no conflito contra o
Irã e posteriormente na invasão do Kuwait. O Cascavel foi aliás o veículo mais visível numa das imagens
mais conhecidas da invasão daquele pequeno país.
Durante a operação que levou à libertação do Kuwait vários foram destruídos pelos norte-americanos, para
o que contribuiu a sua deficiente blindagem, mas também a utilização táctica que os iraquianos deram ao
veículo.
Sendo essencialmente um carro de reconhecimento, ainda que poderosamente armado, ele tem a sua
principal vantagem na sua elevada velocidade, que lhe permite quebrar o contato com o inimigo. Ora os
iraquianos utilizaram o Cascavel como peça de artilharia fixa, enterrando o veículo. O objetivo dos
iraquianos era o de proteger as laterais do Cascavel enterrando o veículo e oferecendo um alvo tão
pequeno quanto possível. O Iraque também utilizou os Cascavel restantes durante a segunda guerra do
golfo em 2003.
Líbia
Designação Local: EE-9 Cascavel
Quantidade Máxima: 200
Quantidade em serviço: 100
Situação operacional: Desconhecido
A Líbia foi um dos primeiros países a adquirir este veículo blindado, e também a primeira a utiliza-lo do
ponto de vista operacional, em confrontos fronteiriços com o Egito, em que foi utilizada a rapidez dos
Cascavel, para cercar as tropas aerotransportadas egípcias com o superior poder de fogo dado pelos
canhões de 90mm.
Embora não haja dados concretos, no início de 2006 estimava-se que ainda estivessem ao serviço metade
dos Cascavel adquiridos. Um dos problemas do Cascavel continua a ser a deficiente proteção do motor
contra a areia do deserto.
Líbia
Colômbia
Designação Local: EE-9 Cascavel Mk.IV
Quantidade Máxima: 126
Quantidade em serviço: 120
Situação operacional: Em serviço
Grande parte dos EE-9 Cascavel da Colômbia ainda estão ao serviço. Cerca de 1/3 deles foram
modernizados e existem planos para proceder à modernização de um número não discriminado.
Além da encomenda inicial, foram recebidas mais algumas unidades.
Chipre
Bolívia : 24
Burkina Faso : 2
Chile : 80 (aposentado)
República Dominicana : 20
Equador : 50
Guiana : 6
Irã : 189 (A maioria deles capturado na Guerra Irã-Iraque )
Paraguai : 28
Qatar : 30
Suriname : 45
Togo: 36
Tunísia: 24
Uruguai : 15
Zimbabwe : 90
Versões
Equador Iran
Iraque Líbia
Togo Suriname
FOTOS