Você está na página 1de 4

14-X

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

O 14-X é um protótipo de veículo aéreo não tripulado


(VANT) hipersônico brasileiro em desenvolvimento,
14-X
nomeado em homenagem ao 14-Bis de Alberto Santos-
Dumont.[2] Esta aeronave será equipada com um motor
scramjet, que é integrado na fuselagem e não tem partes
móveis. O princípio de funcionamento é que, durante o
voo, o ar é comprimido pela geometria e velocidade do
veículo dirigido para o motor na parte inferior da
aeronave. O hidrogênio é utilizado como combustível. O
veículo irá utilizar o "conceito waverider". Uma onda de
atrito, na parte inferior da aeronave fornece
sustentabilidade. Tanto a aeronave quanto o motor são de
construção totalmente brasileira.[1]
Concepção artística do 14-X em órbita.
A previsão é que o 14-X faça seu primeiro voo teste em
Descrição
2020.[3][4] A aeronave será lançada por um foguete, isso
porque os motores scramjet necessitam de um impulso Tipo / Missão Drone de uso militar
inicial até que atinjam o ponto de combustão,[1] que é País de origem Brasil
uma velocidade de 7.000 km/h.[2] Ele será capaz de Fabricante Instituto de Estudos
atingir dez vezes a velocidade do som (12.258 km/h).[5][6] Avançados (IEAv)
Força Aérea Brasileira
Com o desenvolvimento desta tecnologia, o Brasil passa a Período de Em desenvolvimento
ter a oportunidade inédita de seguir na dianteira de uma produção
linha de pesquisa avançada em um momento estratégico, Especificações
pois atualmente nenhum país no mundo domina a Dimensões
tecnologia dos motores hipersônicos. Os outros países que
Comprimento 2 m (6,56 ft)
buscam dominar essa tecnologia são hoje os Estados
Unidos, Japão, Austrália, Rússia,França e China.[1] Envergadura 0,83 m (2,72 ft)
Peso(s)
Peso vazio 250 kg (551 lb)

Índice Peso carregado 400 kg (882 lb)


Propulsão
História
Motor(es) 3 x Scramjet
Características Performance
Objetivo Velocidade 11 000 km/h (5 930 kn)
máxima
Referências
Velocidade máx. 10 Ma
em Mach

História Teto máximo 30 480 m (100 000 ft)


Notas
Dados de: O 14-X HIPERSÔNICO -
defesabr.com[1]
Aviso
O projeto foi concebido no ano de 2007, quando o
capitão-engenheiro Tiago Cavalcanti Rolim iniciou um
mestrado no ITA e foi aprovado com uma tese sobre a configuração
“waverider”. Atualmente, a teoria encontra-se prestes a tornar
realidade. O primeiro teste do 14-X em um voo, ainda sem a
separação do foguete utilizado para a aceleração inicial, ocorrerá nos
próximos anos. Nas próximas etapas, a Força Aérea Brasileira planeja
outros dois experimentos: um com acionamento dos motores scramjet,
mas com a aeronave ainda acoplada, e outro com funcionamento total,
quando a velocidade máxima deve ser atingida. Segundo o coronel-
engenheiro Marco Antonio Sala Minucci, que foi diretor do IEAv
Modelo de 80 cm do 14-X em teste
durante quatro anos e é um dos pais do 14-X, “se os testes forem
no túnel de vento no T3
bem-sucedidos, o Brasil chegará no topo da tecnologia, embora com
um programa muito mais modesto do que o dos estadunidenses”.[1][2]

No segundo semestre de 2007, o Instituto de Estudos Avançados (IEAv) iniciou os testes com um modelo
experimental reduzido do 14-X.

Trata-se de uma aeronave com 80 cm de comprimento, construída em aço inoxidável, que é equipada com
sensores de pressão, fluxo de calor e força para uma série de testes no T3.[1]

Os testes em túnel de vento simulam as condições de voo do modelo experimental em pequena escala, sobre o
qual são instalados sensores de pressão e temperatura para recolher os dados. Uma câmera filmadora de alta
velocidade (com dois milhões de quadros por segundo) permite a visualização do escoamento de ar sobre a
fuselagem.[1]

A próxima etapa será a construção de um modelo para voo. Será uma aeronave com 2,5 m de comprimento e
com um peso em torno de 300 quilos. Ela será lançada por um foguete até atingir o ponto de combustão
hipersônica. Isso porque o motor não terá capacidade de aceleração a partir do zero. O lançamento do 14-X
poderá ser realizado por um foguete de sondagem brasileiro VS-40 ou um foguete do tipo do Pegasus, que
colocou em órbita os satélites SCD-1 e SCD-2, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).[1]

Características
O 14-X está sendo desenvolvido pelo IEAv
(Instituto de Estudos Avançados), mais
especificamente no Laboratório de
Aerotermodinâmica e Hipersônica Prof. Henry T.
Nagamatsu[7] em São José dos Campos, São
Paulo. Ele utilizará o próprio ar atmosférico
como oxidante, ou seja, para a queima do 14-X
hidrogênio líquido (combustível). E só levará o
oxigênio necessário para a queima do
combustível no trajeto fora da atmosfera terrestre.[1]

Ele será lançado por um foguete VSB-30 e ao atingir 100 mil pés de altitude será acionado e deverá chegar a
Mach 10 (10 vezes a velocidade do som).[5]

O motor do 14-X não será uma peça à parte, como é habitual atualmente. Ele só funcionará integrado à
aeronave. Os testes desse motor hipersônico tiveram início no mês de outubro de 2009.[1]
A nave como um todo puxa o ar da atmosfera para a queima do combustível pelo motor. Com isso, o 14-X
será uma formidável plataforma de testes para conceitos inovadores.[1]

Durante o voo, o ar será comprimido pela própria geometria e velocidade do veículo e será direcionado para
uma câmara na parte inferior do veículo, onde também será injetado gás hidrogênio, que entra em combustão
supersônica.[1]

Objetivo
As aplicações práticas de uma aeronave hipersônica são bastante variadas. Sendo considerada um dos meios
mais eficientes de acesso ao espaço para um futuro próximo, podendo ser utilizada para colocar satélites em
órbita e fazer voos suborbitais.[2][1][8] Além disso, essa tecnologia pode ser usada em outras áreas: como por
exemplo, os Estados Unidos, que atualmente testam sua aeronave batizada de X-51, pretendem utilizá-la em
mísseis intercontinentais. Outra expectativa, é que o voo hipersônico possa ser também empregado na aviação
civil. Uma viagem de São Paulo a Londres com essa tecnologia seria realizada em torno de uma hora.[2]

Referências
1. «O 14-X HIPERSÔNICO UM FUTURO PARA A FAB» (https://web.archive.org/web/200703051
61441/http://www.defesabr.com/Tecno/tecno_14X.htm). DEFESABR. Consultado em 10 de
outubro de 2014. Arquivado do original (http://www.defesabr.com/Tecno/tecno_14X.htm) em 5
de março de 2007
2. «Do 14-bis ao 14-X» (http://istoe.com.br/286707_DO+14+BIS+AO+14+X/). ISTOÉ. Consultado
em 10 de outubro de 2014
3. «Brasil testará avião hipersônico em 2020» (http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/no
ticia.php?artigo=brasil-testara-aviao-hipersonico-2020&id=010170170412#.WQZXkjFtmM_).
Inovação Tecnológica. 10 de abril de 2017. Consultado em 30 de abril de 2017
4. Airway (12 de abril de 2017). «FAB planeja avião hipersônico não-tripulado para 2020» (http://
airway.uol.com.br/fab-planeja-aviao-hipersonico-nao-tripulado-para-2020/). UOL. Consultado
em 30 de abril de 2017
5. «Brasil prepara 14-X, uma nave hipersônica, para voar em 2013» (http://radioalo.com.br/brasil-
prepara-14-x-uma-nave-hipersonica-para-voar-em-2013/#.VDg3VDY-iM8). Consultado em 10
de outubro de 2014
6. «Brasil prepara 14-X, uma nave hipersônica, para voar em 2013» (http://gizmodo.uol.com.br/br
asil-prepara-14-x-uma-nave-hipersonica-para-voar-em-2013/). Consultado em 10 de outubro
de 2014
7. «O Laboratório – Histórico: Laboratório de Aerotermonidâmica e Hipersônica Prof. Henry T.
Nagamatsu» (https://web.archive.org/web/20141219223255/http://www.henrynagamatsu.com/).
Consultado em 10 de outubro de 2014. Arquivado do original (http://www.henrynagamatsu.co
m/) em 19 de dezembro de 2014
8. «Brasil desenvolve seu primeiro avião hipersônico» (https://web.archive.org/web/20141015150
602/http://correio.rac.com.br/_conteudo/2013/10/capa/projetos_correio/cenario_xxi/108980-bra
sil-desenvolve-seu-primeiro-aviao-hipersonico.html). Consultado em 10 de outubro de 2014.
Arquivado do original (http://correio.rac.com.br/_conteudo/2013/10/capa/projetos_correio/cenari
o_xxi/108980-brasil-desenvolve-seu-primeiro-aviao-hipersonico.html) em 15 de outubro de
2014

Obtida de "https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=14-X&oldid=58361510"

Esta página foi editada pela última vez às 11h55min de 27 de maio de 2020.
Este texto é disponibilizado nos termos da licença Atribuição-CompartilhaIgual 3.0 Não Adaptada (CC BY-SA 3.0) da
Creative Commons; pode estar sujeito a condições adicionais. Para mais detalhes, consulte as condições de utilização.

Você também pode gostar