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MT 2355-005-12

MINISTÉRIO DA DEFESA
EXÉRCITO BRASILEIRO
ESTADO-MAIOR DO EXÉRCITO

Manual Técnico

LOGÍSTICA

VIATURA BLINDADA DE TRANSPORTE DE


PESSOAL - GUARANI
(VBTP 6X6 - MR)

12ª PARTE
(DESCRIÇÃO E OPERAÇÃO)

1ª Edição
2015
Manual Técnico 2355-005-12

12ª Parte

DESCRIÇÃO E OPERAÇÃO

Viatura Blindada de Transporte de Pessoal 6X6


Guarani – Média Sobre Rodas

CHASSI
Manual Técnico 2355-005-12

12ª Parte – DESCRIÇÃO E OPERAÇÃO

Viatura Blindada de Transporte de Pessoal 6X6


Guarani – Média Sobre Rodas

CHASSI

NOVEMBRO DE 2015
Os Direitos Autorais deste documento, bem com o seu uso e divulgação são
exclusivos do Exército Brasileiro, incluindo seus agentes e somente com o
consentimento expresso do Governo Brasileiro.

Qualquer divulgação a terceiros é proibida.

O não cumprimento obriga à indenização por danos.

Este manual técnico é válido para


Nome do item de suprimento NSN
VBTP 6X6 – MR PLATT 2355-19-005-7486
VBTP 6X6 – MR REMAX 2355-19-005-7487
VBTP 6X6 – MR UT30-BR 2355-19-005-7485
Outros manuais correlatos:

MT 2355-005-22 Manutenção Preventiva


MT 2355-005-31 Posição, Escalões e Tempo de Trabalho
MT 2355-005-34 Manutenção de campanha
MT 2355-005-50 Catalogo de Peças Integrado
MT 2355-005-80 Inspeções Técnicas
MT 2355-005-90 Livro Registro de Viatura

Manual Técnico 2350/008-12 BRA


MINISTÉRIO DA DEFESA - EXÉRCITO BRASILEIRO
MT2355-005-12 VBTP GUARANI6X6 MR DESCRIÇÃO E OPERAÇÃO

Nota Introdutória

1. Este manual técnico contém as descrições dos equipamentos, instruções de


Operações e normas de segurança e convervação para a VBTP Guarani 6x6
MR.
2. Todos os manuais técnicos válidos para a VBTP Guarani 6x6 MR estão
contidos na listagem da página anterior.
3. O índice contém os números de página dos capítulos principais, itens e
subitens.

4. VERIFICAÇÕES TÉCNICAS DE SEGURANÇA


a. Visão geral dos equipamentos de acolhimento de carga a serem
verificados
b. Folhas de dados dos meios de acolhimento de carga e dos dispositivos
de tração a serem verificados.
c. Lista de verificação (referência), equipamento técnico de socorro.
Neste manual, as palavras de advertência PERIGO, ATENÇÃO E AVISO
são usadas para indicar instruções de segurança e outras instruções
importantes. As palavras de advertência e seus significados estão definidos
a seguir. Compreenda estes significados antes da leitura deste manual:

Indica uma situação iminente de perigo que, se não


PERIGO for evitada, poderá resultar em morte ou sérios
ferimentos.

Indica uma situação iminente de perigo que, se não


ATENÇÃO for evitada, poderá resultar em ferimentos
moderados ou leves.

Indica uma situação potencialmente perigosa que,


NOTA se não for evitada, poderá resultar em dano à
propriedade.

5. As normas de segurança, operação e conservação para passagens por


cursos d’água estão incluídas neste Manual.
6. Devem ser observadas as normas de segurança, proteção ambiental e
segurança operacional válidas.
7. Modificações ou sugestões adicionais devem ser apresentadas via canal de
Comando em documentos impressos.
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8. Ferramentas

SISTEMA EscalaoFerramenta DESCRICAO PN FIGURA


CHAVE COMBINADA BOCA ESTRIA
S5-03-10-01A Ferramenta de Bordo 5801823638 -----
16

CHAVE COMBINADA BOCA ESTRIA


S5-03-10-01A Ferramenta de Bordo 5801822952 -----
17

CHAVE COMBINADA BOCA ESTRIA


S5-03-10-01A Ferramenta de Bordo 5801822953 -----
18

BOLSA DE FERRAMENTAS -
S5-03-10-01A Ferramenta de Bordo 5801697864 -----
COMPLETA

CHAVE COMBINADA BOCA ESTRIA


S5-03-10-01A Ferramenta de Bordo 5801822955 -----
21

S5-03-10-01A Ferramenta de Bordo HASTE COMPLETO 504351272 -----

CHAVE COMBINADA BOCA ESTRIA


S5-03-10-01A Ferramenta de Bordo 5801822949 -----
12

CAIXA DE LÂMPADAS PARA


S5-03-10-01A Ferramenta de Bordo 5801931091 -----
REPOSIÇÃO, COMPLETA

S5-03-10-01A Ferramenta de Bordo EXTINTOR, 4 KG 93980071 -----

S5-03-10-01A Ferramenta de Bordo EXTINTOR, 4 KG 93980071 -----


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SISTEMA EscalaoFerramenta DESCRICAO PN FIGURA

CABO ELÉTRICO, COM TOMADA DE


S5-03-10-01A Ferramenta de Bordo 504242407 -----
ALIMENTAÇÃO PARA GUINCHO

S5-03-10-01A Ferramenta de Bordo LUVAS DE PROTEÇÃO 5801572314


-----

Cj Fer Esp Guarani - 1 Esc Turma Mnt CINTA PARA REMOÇÃO FILTRO DE
S5-03-20-01A 99366960
Subunidade COMBUSTÍVEL

Cj Fer Esp Guarani - 1 Esc Turma Mnt CINTA PARA REMOÇÃO FILTRO DA 99360605
S5-03-20-01A
Subunidade APU

Cj Fer Esp Guarani - 1 Esc Turma Mnt CINTA PARA REMOÇÃO PRÉ-FILTRO
S5-03-20-01A 99363280 -----
Subunidade SEDIMENTADOR
Cj Fer Esp Guarani - 1 Esc Turma Mnt ELEVADOR DO CONJUNTO RODA-
S5-03-20-01A 99321024 -----
Subunidade PNEU
FUNIL PARA RECOMPLETAMENTO
Cj Fer Esp Guarani - 1 Esc Turma Mnt
S5-03-20-01A DO FLUIDO DA DIREÇÃO ----- -----
Subunidade
HIDRÁUILACA
Cj Fer Esp Guarani - 1 Esc Turma Mnt
S5-03-20-01A Cambão de segurança 3 m ----- -----
Subunidade
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SISTEMA EscalaoFerramenta DESCRICAO PN FIGURA

Cj Fer Esp Guarani - 1 Esc Turma Mnt


S5-03-20-01A TORQUÍMETRO 20-120 NM 5801945185
Subunidade

Cj Fer Esp Guarani - 1 Esc Turma Mnt


S5-03-20-01A MULTIPLICADOR DE TORQUE 5801961469
Subunidade

Cj Fer Esp Guarani - 1 Esc Turma Mnt


S5-03-20-01A TORQUÍMETRO 150-800 NM 5801945184
Subunidade

Cj Fer Esp Guarani - 1 Esc Turma Mnt


S5-03-20-01A TORQUÍMETRO 60-320 NM 5801945183
Subunidade

Cj Fer Esp Guarani - 1 Esc Turma Mnt CJ. MACACO HIDR. P/ TROCA DE
S5-03-20-01A 5801881021
Subunidade RODAS

Cj Fer Esp Guarani - 1 Esc Turma Mnt MACACO HIDR. TIPO GARRAFA C/
S5-03-20-01A 5801881023
Subunidade ACIONAMENTO REMOTO - 12.000KG

Cj Fer Esp Guarani - 1 Esc Turma Mnt BASE DA HASTE MACACO HIDR.
S5-03-20-01A 5801881022
Subunidade TROCA DE RODAS

Cj Fer Esp Guarani - 1 Esc Turma Mnt


S5-03-20-01A EQUIPAMENTO P/ IÇAMENTO - 2 TON 5801945177
Subunidade
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SISTEMA EscalaoFerramenta DESCRICAO PN FIGURA

Cj Fer Esp Guarani - 1 Esc Turma Mnt FUNIL PARA RECOMPLETAMENTO


S5-03-20-01A ----- -----
Subunidade DO ÓLEO DO MOTOR

9. Volumes de abastecimento, dados técnicos, dados de regulagem e tolerâncias

Componentes a
Produtos Originais Código
Nº abastecer Descrição Código OTAN Quantidade
Recomendados IVECO
/ Substituir
DONALDSON
Filtro de Ar de Segurança 5801649081 1unidade
P601560
DONALDSON
Filtro de ar 5801649082 1unidade
P605538
Filtro de combustível UFI 24.008.00 5801364481 1unidade

Filtro de óleo UFI 25.051.00 504179764 1unidade


(1) Motor (*)
Filtro de respiro PALL PA06C07EV1 504127720 1unidade

URANIA TURBO LD7


Óleo lubrificante 66133211 29L (***)
SAE 15W40

PARAFLU 11 ou 60 L + 60
Anticongelante 45500000
PARAFLU HT Lágua
Caixa de câmbio ZF 4139 298
(2) Conjunto (filtro e anéis) 5801649092 1unidade
(*) 936
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Componentes a
Produtos Originais Código
Nº abastecer Descrição Código OTAN Quantidade
Recomendados IVECO
/ Substituir
ZF ECOFLUID
Óleo lubrificante 5801649080 30L(**)
A PLUS (14E)

Caixa de TUTELA W140/M-DA


(3) Óleo lubrificante 45500013 20,2L
transferência SAE 85W140

Diferencial (1º e 3º TUTELA W140/M-DA


(4) Óleo lubrificante 45500013 15 (2 x 7,5L
eixos) SAE 85W140

Filtro MANN P 919/7 2992056 2unidades


Sistema de direção
(5)
(reservatórios) (*)
Óleo hidráulico TUTELA GI/A 45500012 10L
Juntas esféricas da
(6) direção e Graxa TUTELA MRM 2 45500015 0,5kg
suspensão
Articulações
(7) simples da Graxa TUTELA ZETA 2 45500020 2kg
suspensão
Sistema de freios TUTELA TOP 4/S
Fluido hidráulico 7143776 4L
(*) (DOT4)
(8)
BREMBO 207.A254.11
Jogo de pastilhas 504303079 20unidades
(5 conj.)
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Componentes a
Produtos Originais Código
Nº abastecer Descrição Código OTAN Quantidade
Recomendados IVECO
/ Substituir
HYDAC 0201
Filtro 5801649079 1unidade
Sistema hidráulico RK 015 MM
(9)
de serviço (*)
Óleo hidráulico TUTELA GI/A 45500012 100L
Limpador dos
(10) Detergente AREXONS DP1 66187813 4,5L
visores
Árvores de
(11) Graxa TUTELA MR 2 4550019 2kg
transmissão
Juntas
OPTIMOL OPTITEMP
(12) homocinéticas dos Graxa 60169483 4,8 (6 x 0,8)kg
PU 035
semieixos
TUTELA W90/M-DA
(13) Redução de roda Óleo lubrificante 45500026 42 (6 x 7)L
SAE 80W90

PS22 PIRELLI 164/160


504131747
G
Pneu 14.00R20 Off-Road
6unidades
Tubeless
XZL MICHELIN 164G 504002571
(14) Rodas
Anel de vedação HUTCHINSON 50016 5801649083 6unidades
HUTCHINSON VF-
Toróide 60148936 6unidades
0290
HUTCHINSON 24 (8,4)tubos
Graxa (toróide) 5801649084
D528235H1 (kg)
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Componentes a
Produtos Originais Código
Nº abastecer Descrição Código OTAN Quantidade
Recomendados IVECO
/ Substituir
29926
Sistema de Pré-filtro UFI 24.999.01 1unidade
(15) 62
combustível
Diesel / Querosene QAV1 + 10% de Diesel B5 280L

KNORR- BREMSE II
Sistema pneumático Filtro 2992261 1unidade
39878F / II40100F

HUTCHINSON
Alternador Correia 504383746 1unidade
10PK1747

EXIDE D07110V01-
Sistema elétrico Bateria (seca) 98457497 4unidades
AIV4C

Gás refrigerante R-134a 45500192 1,45kg

Sistema de ar-condicionado Óleo lubrificante SANDEN SP-20 45500232 0,2L


HUTCHINSON
Correia 504383749 1unidade
4PK1096
(*) Verificar o nível após o abastecimento. (**) Para troca: 14 a 17 litros.
(***) Para troca: 19,5 litros (nível mínimo); 27,5 litros (nível máximo)
NOTA: Observação 1: As setas referem-se à posição 6.
NOTA: Observação 2: Onde couber, aplicar nos componentes nos dois lados da viatura.
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4. Material de trabalho e de consumo

CUIDADO -Para materiais de trabalho perigosos, consulte a lista de substâncias perigosas.


Os avisos de perigo indicados e outras observações deverão ser observadas, as medidas de segurança deverão ser executadas.

CONSUMÍVEIS
SISTEMA DESCRIÇÃO PN
00-50-01-01A -
CAIXA DE LÂMPADAS PARA REPOSIÇÃO, COMPLETA 5801931091
CONSUMÍVEIS

00-50-01-01A -
ÓLEO LUBRIFICANTE DO MOTOR, SAE 15W40 (CLASSE T2) 504377674
CONSUMÍVEIS

00-50-01-01A -
ÓLEO DE FREIO DE SERVIÇO, TUTELA TOP 4/S (DOT 4) 7143776
CONSUMÍVEIS

00-50-01-01A - ÓLEO DA CAIXA DE TRANSFERÊNCIA E DIFERENCIAL 1° E 3°


45500013
CONSUMÍVEIS EIXO, TUTELA W140/MDA

00-50-01-01A -
ÓLEO DA REDUÇÃO DAS RODAS, TUTELA W90/MDA 45500026
CONSUMÍVEIS

00-50-01-01A -
ÓLEO DA CAIXA DE TRANSMISSÃO, ZF ECOFLUID 5801657351
CONSUMÍVEIS

00-50-01-01A - ÓLEO DA DIREÇÃO HIDRÁULICA E SISTEMA HIDRÁULICO DE


45500012
CONSUMÍVEIS SERVIÇO, TUTELA GI/A
00-50-01-01A - ÓLEO LUBRIFICANTE COMPRESSOR AR CONDICIONADO,
45500232
CONSUMÍVEIS PAG SP-20
00-50-01-01A -
ÁGUA DESMINERALIZADA 5801690482
CONSUMÍVEIS
00-50-01-01A -
LÍQUIDO DETERGENTE DP1 66187813
CONSUMÍVEIS
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SISTEMA DESCRIÇÃO PN

00-50-01-01A - CONSUMÍVEIS GÁS REFRIGERANTE R134 A 45500192

00-50-01-01A - CONSUMÍVEIS GRAXA TUTELA MRM2, TIRANTERIA 45500015

00-50-01-01A - CONSUMÍVEIS GRAXA TUTELA MR2, TRANSMISSÃO 45500019

00-50-01-01A - CONSUMÍVEIS GRAXA DA JUNTA HOMOCINÉTICA, SEMI-EIXO 60169483

GRAXA PARA ARTICULAÇÕES EXTERNAS,


00-50-01-01A - CONSUMÍVEIS 45500020
TUTELA ZETA 2

00-50-01-01A - CONSUMÍVEIS DESENGRAXANTE PROGRAX-500 722034328

05 - 20 - 03 - 01A - KIT PARA MANUTENÇÃO A CADA


CARTUCHO DO FILTRO DO ÓLEO 504179764
400 HORAS OU ANUALMENTE (M3)

05 - 20 - 03 - 01A - KIT PARA MANUTENÇÃO A CADA


FILTRO CENTRÍFUGO 504127720
400 HORAS OU ANUALMENTE (M3)

05 - 20 - 03 - 01A - KIT PARA MANUTENÇÃO A CADA


FILTRO DA APU 5801945178
400 HORAS OU ANUALMENTE (M3)

05 - 20 - 03 - 01A - KIT PARA MANUTENÇÃO A CADA ÓLEO LUBRIFICANTE DO MOTOR, SAE 15W40
504377674
400 HORAS OU ANUALMENTE (M3) (CLASSE T2)
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SISTEMA DESCRIÇÃO PN

05 - 20 - 04 - 01A - KIT PARA MANUTENÇÃO A CADA


FILTRO DE COMBUSTÍVEL 5801364481
400 HORAS DE FUNCIONAMENTO (M4)

05 - 20 - 04 - 01A - KIT PARA MANUTENÇÃO A CADA


FILTRO PRIMÁRIO ADMISSÃO DE AR 5801649082
400 HORAS DE FUNCIONAMENTO (M4)

05 - 20 - 04 - 01A - KIT PARA MANUTENÇÃO A CADA


ELEMENTO FILTRANTE 5801649079
400 HORAS DE FUNCIONAMENTO (M4)

05 - 20 - 04 - 01A - KIT PARA MANUTENÇÃO A CADA ELEMENTO FILTRANTE PRÉ-FILTRO DE


2992662
400 HORAS DE FUNCIONAMENTO (M4) COMBUSTÍVEL

A2-10-01-03A -CABEÇOTE DO MOTOR LOCTITE 2992695

A2-10-01-03A -CABEÇOTE DO MOTOR LOCTITE 2992695

A7-62-00-01A - SEMIEIXOS FIO DE SEGURANÇA, DIAM=1.5MM 60163543

A7-62-00-01A - SEMIEIXOS FIO DE SEGURANÇA, DIAM=1,5MM 7143367


Materiais de pintura CIS Marrom couro, fosco RAL 80
Materiais de pintura CIS 64 Marrom couro, fosco RAL 8027
Materiais de pintura CIS Preto alcatrão, fosco RAL 9021
Materiais de pintura CIS Primer de resina sintética bicomponente, verde
junco, RAL 6013
Materiais de pintura CIS Branco pérola RAL 1013
Talco técnico
Nitrogênio, em forma de gás CIS
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Índice

SEÇÃO 01 - INTRODUÇÃO DO MANUAL


Código Tarefa
00-40-15-01-A-013- A-A Objetivo do Manual
00-40-31-01-A-006- A-A Glossário
00-40-33-01-A-017- A-A Convenções e Unidades de Medida
00-40-51-01-A-009- A-A Sumário

SEÇÃO 02 - CARACTERÍSTICAS E ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS


Código Tarefa
00-01-11-01-A-040- A-A Vistas da Viatura
00-01-13-01-A-030- A-A Especificações Técnicas da Viatura
00-01-15-01-A-050- A-A Esquema da Viatura

SEÇÃO 03 - DESCRIÇÃO DOS SISTEMAS


Código Tarefa
A0-00-00-01-A-040-A-D Conjunto Motopropulsor - Descrição
A2-00-00-01-A-040-A-D Motor - Descrição
A2-50-00-01-A-040-A-D Lubrificação do Motor - Descrição
A3-00-00-01-A-040-A-D Sistema de Arrefecimento do Motor - Descrição
A4-00-00-01-A-040-A-D Sistema de Combustível - Descrição
A5-00-00-01-A-040-A-D Admissão e Exaustão - Descrição
A7-00-00-01-A-040-A-D Câmbio Automático - Descrição
A7-80-00-01-A-040-A-D Tração e Bloqueio - Descrição
A7-90-00-01-A-040-A-D Caixa de Transferência - Descrição
A9-30-00-01-A-040-A-D Periscópios e Parabrisa - Descrição
B1-01-00-01-A-040-A-D Chassi - Descrição
B1-02-00-01-A-040-A-D Carcaça - Descrição
B1-30-00-01-A-040-A-D Escotilhas e Portas - Descrição
B1-34-00-01-A-040-A-D Rampa Traseira - Descrição
B3-10-00-01-A-040-A-D Suspensão - Descrição
B3-20-00-01-A-040-A-D Conjunto Roda/Pneu - Descrição
D0-00-00-01-A-040-A-D Sistema Elétrico - Descrição
E1-00-00-01-A-040-A-D Sistema de Comunicação - Descrição
H0-00-00-01-A-040-A-D Sistema de Direção Hidráulica - Descrição
J1-00-00-01-A-040-A-D Sistema de Climatização, Ventilação e Pressurização -
Descrição
K1-10-00-01-A-040-A-D Sistema Hidráulico de Serviço - Descrição
K2-10-00-01-A-040-A-D Sistema Pneumático de Serviço - Descrição
K2-41-00-01-A-040-A-D Sistema de Controle da Pressão dos Pneus - Descrição
K2-42-00-01-A-040-A-D Pressurização dos Sistemas Mecânicos - Descrição
K3-00-00-01-A-040-A-D Sistema de Freios - Descrição
L0-00-00-01-A-040-A-D Sistema Eletrônico Multiplexado (MUX) - Descrição
N1-00-00-01-A-040-A-D Sistema Automático de Detecção e Extinção de Incêndio -
Descrição
P5-01-00-01-A-040-A-D Sistema de Navegação Anfíbia - Descrição
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SEÇÃO 04 - ORIENTAÇÕES GERAIS PARA OPERAÇÃO


Código Tarefa
15-33-01-01-A-100- A-A Orientações no Uso da Viatura
15-33-03-01-A-100- A-A Conduta na Direção em Vias Públicas

SEÇÃO 05 - ACESSO À VIATURA


Código Tarefa
15-34-01-01-A-100- A-A Acesso à Viatura
15-34-11-01-A-100- A-A Operação das Escotilhas do Motorista e Comandante
15-34-21-01-A-100- A-A Operação das Escotilhas da Tropa
15-34-31-01-A-100- A-A Operação da Rampa Traseira
15-34-33-01-A-100- A-A Operação da Escotilha de Emergência da Rampa

SEÇÃO 06 - INTRODUÇÃO À OPERAÇÃO


Código Tarefa
15-35-01-01-A-100- A-A Preparação para Operação da Viatura
15-35-03-01-A-100- A-A Localização dos Comandos do Motorista
15-35-05-01-A-100- A-A Frenagem e Imobilização
15-35-07-01-A-100- A-A Ajustes de Posição do Motorista e do Comandante
15-35-09-01-A-100- A-A Uso do Cinto de Segurança
15-35-11-01-A-100- A-A Painel de Comando do Motorista
15-35-13-01-A-100- A-A Acionamento da Viatura e Partida do Motor
15-35-15-01-A-100- A-A Desligamento da Viatura
15-35-21-01-A-100- A-A Monitor Primário (CP10)
15-35-23-01-A-100- A-A Monitor Secundário (CP6)
15-35-25-01-A-100- A-A Indicações, Mensagens e Alarmes
15-35-31-01-A-100- A-A Iluminação Externa
15-35-33-01-A-100- A-A Iluminação Interna
15-35-35-01-A-100- A-A Disciplina de Luzes e Modo "Black-Out"
15-35-41-01-A-100- A-A Parabrisa
15-35-43-01-A-100- A-A Lavador dos Periscópios do Motorista
15-35-45-01-A-100- A-A Corta-Fios
15-35-47-01-A-100- A-A Buzina e Sirene

SEÇÃO 07 - OPERAÇÃO DOS SISTEMAS DA VIATURA


Código Tarefa
15-36-11-01-A-100- A-A Câmbio Automático
15-36-13-01-A-100- A-A Retardador do Câmbio
15-36-15-01-A-100- A-A Direção Hidráulica
15-36-17-01-A-100- A-A Ar Condicionado e Ventilação Forçada
15-36-19-01-A-100- A-A Sistema de Controle de Pressão dos Pneus (CTIS)
15-36-21-01-A-100- A-A Tração e Bloqueio
15-36-23-01-A-100- A-A Sistema ABS e Modo "Off-Road"
15-36-25-01-A-100- A-A Sistema Anti-Incêndio
15-36-27-01-A-100- A-A Sistema de Proteção Contra Agentes Químicos, Bacteriológicos
e Nucleares (QBN)
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MT2355-005-12 VBTP GUARANI6X6 MR DESCRIÇÃO E OPERAÇÃO

SEÇÃO 08 - OPERAÇÃO ANFÍBIA


Código Tarefa
15-51-01-01-A-100- A-A Segurança na Operação Anfíbia
15-51-11-01-A-100- A-A Comandos e Instrumentos para Operação Anfíbia
15-51-13-01-A-100- A-A Bombas de Porão
15-51-21-01-A-100- A-A Procedimentos para Entrada na Água
15-51-23-01-A-100- A-A Procedimentos para Saída da Água
15-51-25-01-A-100- A-A Operação de Vau

SEÇÃO 09 - OPERAÇÃO NOTURNA


Código Tarefa
15-52-11-01-A-100- A-A Operação do Visor Noturno
15-52-13-01-A-100- A-A Limpeza e Manutenção do Visor Noturno

SEÇÃO 10 - OPERAÇÕES ESPECIAIS DIVERSAS


Código Tarefa
15-53-01-01-A-100- A-A Transposição de Campos Possivelmente Minados

SEÇÃO 11 - PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS DE EMERGÊNCIA


Código Tarefa
15-41-11-01-A-140- A-A Operação da Rampa em Emergência
15-41-13-01-A-140- A-A Reboque da Viatura
15-41-15-01-A-140- A-A Verificações Após a Utilização da Viatura
15-41-17-01-A-140- A-A Verificações Antes de Operações Noturnas
15-41-19-01-A-140- A-A Verificações Antes de Operações Anfíbias
15-41-31-01-A-140- A-A Verificações Após Operações Anfíbias
15-41-31-01-A-990- A-A

SEÇÃO 12 - IDENTIFICAÇÃO E SOLUÇÃO DE FALHAS


Código Tarefa
15-48-01-01-A-420- A-A Identificação e Solução de Falhas

ANEXOS
Código Tarefa
00-10-00-01-A-050- A-A Diagramas
00-50-01-01-A-060- A-A Material de Dotação da Viatura
00-50-02-01-A-070- A-A Material de Abastecimento e Consumíveis
00-60-01-01-A-010- A-A Condições de Garantia
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MT2355-005-12 VBTP GUARANI6X6 MR DESCRIÇÃO E OPERAÇÃO

Página
Intencionalmente
Deixada em Branco
SEÇÃO 01

INTRODUÇÃO DO
MANUAL
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MANUAL TÉCNICO 2355-005-12 - VBTP GUARANI 6X6 MR - DESCRIÇÃO E OPERAÇÃO

00-40-15-01-A-013-A-A — Objetivo do Manual


O presente manual contém as instruções relativas ao uso da Viatura Blindada Transporte de Pessoal
VBTP-MR Guarani 6x6, especialmente as informações referentes ao funcionamento e à manutenção
de primeiro escalão. Em caso de necessidade de intervenções de nível superior será necessária a
solicitação de ações de manutenção aos órgãos competentes.

Encontram-se anexos a este manual a lista de procedimentos a ser verificada na operação da viatura,
programa de manutenção preventiva, a relação de material de dotação da viatura, a relação de material
de abastecimento e consumíveis e o formulário para proposta de modificação da documentação.

Todos os documentos que compõem este manual devem estar a bordo quando a viatura estiver em
operação.

Neste manual, as palavras de advertência PERIGO, ATENÇÃO E AVISO são usadas para indicar
instruções de segurança e outras instruções importantes. As palavras de advertência e seus significados
estão definidos a seguir. Compreenda estes significados antes da leitura deste manual:

Palavra de advertência Significado


Indica uma situação iminente de perigo que, se não for evitada, poderá
resultar em morte ou sérios ferimentos.
PERIGO
Indica uma situação iminente de perigo que, se não for evitada, poderá
resultar em ferimentos moderados ou leves.
ATENÇÃO
Indica uma situação potencialmente perigosa que, se não for evitada,
AVISO
poderá resultar em dano à propriedade.

Além disso, a palavra NOTA é usada para indicar outras informações importantes.
Nota: A Viatura Blindada Transporte de Pessoal Guarani 6x6 encontra-se em fase de
desenvolvimento e testes; portanto os dados técnicos contidos neste manual são fornecidos a
título indicativo e poderão ficar desatualizados em consequência de eventuais modificações
realizadas a qualquer momento pelo fabricante, em decorrência de razões de natureza técnica,
porém sem prejudicar as características básicas do veículo.

1
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MANUAL TÉCNICO 2355-005-12 - VBTP GUARANI 6X6 MR - DESCRIÇÃO E OPERAÇÃO

00-40-31-01-A-006-A-A — Glossário
A lista abaixo contém termos e abreviaturas utilizadas no presente manual:

Termo Significado
ABS Antiblockiersystem (Sistema Antibloqueio dos Freios)
AFSS Automatic Fire Sensing and Supression System (Sistema automático
de detecção e extinção de incêndio)
AoH Air over hydraulic (conversor hidropneumático)
BC Body Computer (Unidade de Controle Eletrônico responsável por monitorar
e controlar vários componentes eletrônicos no “corpo” do veículo)
CAN Controller Area Network (Rede automotiva de dados controlados por área)
CEE Certification of Electrotechnical Equipment (Norma europeia de
certificação de equipamentos eletrotécnicos)
Cmt GC Comandante do Grupo de Combate
Cmt Vtr Comandante da Viatura
Common rail Sistema de injeção de combustível com tubo único de alimen-
tação para os bicos injetores
CONTRAN Conselho Nacional de Trânsito
C.T.I.S. Central Tire Inflation System (Sistema Central de Controle de Pressão dos Pneus)
Diesel B5 Diesel composto por 5 % de biodiesel
DIN Deutsches Institut für Normung (Instituto Alemão para Normatização)
ECU Electronic Control Unit (Unidade Eletrônica de Controle)
EDC Electronic Diesel Control (Central Eletrônica do Motor)
EMC Eletromagnetic Compatibility (Compatibilidade Eletromagnética)
EMI Eletromagnetic Interference (Interferência Eletromagnética)
Fig. Figura
Filtro anti spikes Filtro para picos de tensão
HFC Hidrofluorcarbono
HMI Human Machine Interface (Interface Homem-Máquina - IHM)
HVAC Heating and Ventilation Air Conditioning (Unidade de Controle
do Ar-condicionado)
Ind. Indicador
IR Infra-Red (Infravermelho)
LRF Laser Rangefinder(Telêmetro a laser)
m.c.a. Metro de coluna d'água (unidade de pressão)
Max. Máximo
Min. Mínimo
MIV Módulo de Interface Veicular
Mtr. Metralhadora
MUX Multiplexador
NATO OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte)
NBC Nuclear, Biological and Chemical (o mesmo que QBN)

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MANUAL TÉCNICO 2355-005-12 - VBTP GUARANI 6X6 MR - DESCRIÇÃO E OPERAÇÃO

Termo Significado
OS Ordem de Serviço
Pág. Página
PCU Pneumatic Control Unit (Unidade Pneumática de Controle)
P.max Potência máxima
PTO Power Take-Off (Tomada de força)
QAV Querosene de aviação
QBN Proteção Química, Bacteriológica e Nuclear
REC Ramp Electronic Control (Unidade de Controle da Rampa)
Ref. Referência
RPM Rotações por minuto
RUC Remote Unit Central (Unidade Remota Central)
RUFL Remote Unit Front Left (Unidade Remota Frontal Esquerda)
RUFR Remote Unit Front Right (Unidade Remota Frontal Direita)
RUM Regime de Utilização Média
RUR Remote Unit Rear (Unidade Remota Traseira)
RWS Remote Weapon Station (Estação Remota de Armamento)
STANAG Standardization Agreement (Normas OTAN)
Tab. Tabela
TCU Transmission Control Unit (Unidade de Controle de Transmissão)
TGC Teleruttore Generalli di Corrente (Contator Geral de Alimentação)
T.max Torque máximo
VBTP Viatura Blindada Transporte de Pessoal
VCM Vehicle Control Module (Módulo de Controle do Veículo)
VREG Voltage Regulator(Regulador de Tensão)

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00-40-33-01-A-017-A-A — Convenções e Unidades de Medida


Convenções

As definições utilizadas no presente manual para referência à localização dos componentes no veículo
compreendem os termos:

• dianteiro;

• traseiro;

• direito;

• esquerdo;
As indicações acima se referem à posição de um observador ocupando o posto do motorista.

Unidade de Medida (segundo o Sistema Internacional de Unidades)

Potencia em kW (quilowatt)

1 kW = 1,36 cv (cavalo vapor)

1 cv = 735,5 W (Watt)

Temperatura em °C (graus Celsius)

Unidade de Temperatura Absoluta: K (Kelvin)

0°C = 273,15 K

0 K = -273,15 °C

Torque em Nm (Newton x metro)

Unidade precedente: kgf.m (quilograma-força x metro)

1 Nm = 0,102 kgf.m

1 kgf.m = 9,81 Nm

Pressão em Pascal (N/m2)

1 bar = 105 Pa

Pressão em bar

1 bar = 1,02 kgf/cm2

1 kgf/cm2 = 0,981 bar

1 kgf/cm2 = 10 m.c.a. (metro de coluna d'água)

Obs.: Para simplificação, as unidades Nm, bar e Celsius serão convertidas da seguinte forma:

1 kgf.m = 10 Nm

1 kgf/cm2 = 1bar

273 K = 0°C

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Valores de Conversão para Unidades Inglesas

1 kW = 1.34 hp (horse power)

1 cv = 0.9863 hp

0,1 mm = 3.937 mils (milésimos de polegada)

1 mm = 0.039 inch (polegada)

1 m = 3.281 ft (pé)

1 km = 0.621 mile (milha)

1 g = 0.035 oz (onça)

1 kg = 2.205 lb (libra)

1 bar = 14.5 PSI (lbf/in2)

21°C = 70°F {°C = (°F – 32) / 1,8)}

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SEÇÃO 02

CARACTERÍSTICAS
E ESPECIFICAÇÕES
TÉCNICAS
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00-01-11-01-A-040-A-A
00-01-11-01-A-040-A-A — Vistas da Viatura

Vista de ¾ dianteira esquerda

Vista de ¾ dianteira direita

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Vista lateral esquerda

Vista lateral direita

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Vista superior

Vista traseira e Vista frontal

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00-01-13-01-A-030-A-A — Especificações Técnicas da Viatura

Motorização

Componente Especificação
Tipo FPT Cursor 9 F2C – Diesel / QAV-1 + 10% Diesel B5
Potência máxima (DIN) 282 kW (383 cv)
Rotação correspondente (P.max) 2100 rpm
Torque máximo (DIN) 1514 Nm (154 kgf.m)
Rotação correspondente (T.max) 1100 rpm
Cilindros 6 em linha
Diâmetro 117 mm
Curso 135 mm
Cilindrada total 8710 cm3
Taxa de Compressão 15,9:1

Transmissão

Componente Especificação
Tipo F 6HP 602S automática de 6 velocidades
Relações de transmissão:
1ª 1:5,600
2ª 1:3,450
3ª 1:2,000
4ª 1:1,430
5ª 1:1,000
6ª 1:0,830
Ré 1:4,760

Tração

Componente Especificação
Tipo 6x4 e 6x6 com sistema de bloqueio
Caixa de transferência GHM IVECO
Diferenciais FPT AK-240 23/36
Redutores de roda ZF IVECO RP3000

Suspensão

Componente Especificação
independente nas seis rodas com elementos
Tipo
hidropneumáticos
Geometria “McPherson”
Curso total 320 mm

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Freios

Componente Especificação
Tipo AoH (conversor hidropneumático)
1º eixo 2 pinças por roda com ABS
2º eixo 2 pinças por roda com ABS
3º eixo 1 pinça por roda com corretor de frenagem
Freio de imobilização (hidropneumático) frenagem nas 6 rodas
Freio de estacionamento (mecânico) 2 pinças no disco da caixa de transferência

Direção

Componente Especificação
Tipo Hidráulica com 2 bombas

Pneus e Rodas

Componente Especificação
Pneus 14.00R20 Off-Road sem câmara
2 peças (alumínio) com anel toroidal e
Rodas
válvulas do C.T.I.S.

Sistema Elétrico

Componente Especificação
Tensão nominal 24 V
Alternador 28 V / 310 A (Niehoff)
Bateria (4 ligadas em série/paralelo) 12 V / 110 Ah (Exide)
Motor de partida 24 V / 7,5 kW (Denso)

Sistemas Hidráulico e Pneumático

Componente Especificação
Bombas Hidráulicas de Serviço (02 unidades) 420 bar (B. Rexroth A4VG71)
Bomba Hidráulica Auxiliar 280 bar (B. Rexroth AZPS)
Propulsor Marinho Bosch Rexroth A2FM80
Ventilador de Arrefecimento Behr Y2991001
Compressor 14 bar (Knorr Bremse IK4974)

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Sistema de Controle do Ambiente Interno

Componente Especificação
Ar-condicionado
Máxima temperatura ambiente operacional
44º C
(com HFC-134a)
Potência térmica do ar-condicionado 12 kW
Potência térmica do aquecedor 10 kW
Pressurização
Pressão diferencial interna 400 a 600 Pa
QBN — Defesa Química, Biológica e Nuclear (opcional)
Vazão nominal 220 m3/h

Pesos Aproximados

Componente Especificação
Peso total em ordem de marcha (ELBIT) 18,0 t
Peso total em ordem de marcha (REMAX) 16,3 t
Peso total em ordem de marcha (PLATT) 16,0 t
Peso total máximo admissível para manter capacidade
17,7 t
anfíbia (sem flutuadores)
Peso da proteção adicional (ADD-ON) 1,20 t
Peso do grupo motopropulsor (motor e caixa de câmbio) 1,27 t

Dimensões

Componente Especificação
Altura máxima sem torre (para-brisa e
2600 mm
corta-fios recolhidos)
Altura máxima (ELBIT) 4286 mm
Altura máxima (ELBIT em modo de transporte) 3256 mm
Altura máxima (REMAX) 3330 mm
Altura máxima (PLATT) 3496 mm
Largura máxima (com retrovisores recolhidos) 2770 mm
Largura máxima (com retrovisores estendidos) 3300 mm
Largura máxima (com flutuadores) 3350 mm
Comprimento máximo 7100 mm
Distância entre eixos (1º para o 2º e 2º para o 3º) 1.700 - 2.000 mm
Vão Livre 430 mm
Bitola 2260 mm

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Desempenho

Componente Especificação
Velocidade máxima em estrada 95 km/h
Velocidade na água 9 km/h
Velocidade mínima 3,5 km/h
Rampa longitudinal 60%
Rampa transversal 30%
Autonomia (estrada, 70 km/h) 600 km
Degrau vertical 0,5 m
Trincheira 1,3 m
Ângulo de Entrada 41º
Ângulo de Saída 41º
Raio de giro (meio-fio a meio-fio / parede a parede) 9,0 / 9,9 m
Potência / peso 17,5 t (anfíbio) 22 cv/t

Transporte de Pessoal

Componente Especificação
Número de lugares 1+1+1+8 (11)
Carga útil aproximada 2300 kg

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00-01-15-01-A-050-A-A — Esquema da Viatura

Esquema da viatura

Item Descrição Item Descrição


(1) Sistema anti-incêndio (9) Diferencial (3º eixo)
(2) Sistema de ventilação (10) Caixa de transferência
(3) Abastecimento de (11) Caixa de câmbio automática
combustível
(4) QBN (12) Motor
(5) Sistema de arrefecimento (13) Amortecedor hidropneumático
(6) Sistema de exaustão (14) Pinça de freio
(silencioso)
(7) Sistema de ar-condicionado (15) Redutor do cubo de roda
(8) Baterias (16) Diferencial (1º eixo)

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Página
Intencionalmente
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SEÇÃO 03

DESCRIÇÃO
DOS
SISTEMAS
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A0-00-00-01-A-040-A-D Conjunto Motopropulsor - Descrição

Conjunto motopropulsor

O conjunto motopropulsor é composto por:

• Motor FPT Cursor 9;

• Câmbio ZF 6HP 602S;

• Sistema de arrefecimento com ventilador;

• Tubulações de admissão e exaustão;

• Caixa de transferência;

• Dois diferenciais;

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A2-00-00-01-A-040-A-D — Motor - Descrição


Motor diesel dotado de turbocompressor e intercooler, permitindo ao veículo, em ordem de marcha, uma
relação potência/massa superior a 22 cv/t. Este motor possui sistema de injeção do tipo “Common
Rail” e admite também como combustível o querosene de aviação QAV.1 (NATO F-34) na proporção
de 90% de querosene para 10% de diesel B5.

Motor Cursor 9 e seus componentes

Item Descrição Item Descrição


(1) Filtro de combustível (6) Coletor de admissão
(2) Bomba de alta pressão (7) Alternador
(3) Compressor de ar (8) Compressor do ar condicionado
Unidade de controle eletrônico
(4) Motor de arranque (9)
do motor ECU
(5) Linha de alimentação

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Motor Cursor 9 e seus componentes

Item Descrição Item Descrição


Sensor de temperatura do líquido
(1) (6) Bomba d’água
de arrefecimento
(2) Blow-by (7) Trocador de calor do óleo
(3) Alternador (8) Filtro de óleo
(4) Válvula termostática (9) Linha de retorno de óleo ao cárter
(5) Compressor do ar condicionado (10) Suporte do filtro de óleo

Especificações

Tipo FPT Cursor 9 F2C


Ciclo Diesel 4 tempos
Potência máxima (DIN) 282kW 383cv
Rotação correspondente (P.max) 2100rpm
Torque máximo (DIN) 1514Nm 154kgm
Rotação correspondente (T.max) 1100rpm
Cilindros 6 em linha
Diâmetro 117mm
Curso 135mm
Cilindrada total 8710cm3
Taxa de Compressão 15,9 : 1

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A3-00-00-01-A-040-A-D — Sistema de Arrefecimento do Motor - Descrição

O sistema de arrefecimento é capaz de efetuar o arrefecimento de sistemas da viatura em dois ambientes:

• Terrestre: o conjunto de radiadores é posicionado a 45° do plano longitudinal do veículo. O ar


frio captado do exterior mistura-se aos gases de escapamento, proporcionando uma redução da
assinatura térmica do veículo. A aspiração do ar de arrefecimento é realizada por um ventilador
acionado por um motor hidráulico pela parte superior do veículo, enquanto o escapamento ocorre
lateralmente;

• Aquático: Durante operação anfíbia, o radiador é parcialmente submerso e o ventilador se mantêm


ligado, porém com velocidade reduzida. Em operação anfíbia, o ventilador é acionado pela bomba
auxiliar do sistema hidráulico;

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O grupo radiador, cujo fornecedor é a Behr, é constituído por diversos elementos com a função de
arrefecer diversos sistemas.

Item Descrição
Radiadores de óleo
• 2 para caixa de transferência
(1)
• 1 para direção hidráulica
• 2 para hidráulico de serviço
(2) Radiador de água
(3) Radiador para diesel
(4) Condensador
(5) Aftercooler

O sistema de arrefecimento também é auxiliado por 2 (duas) tomadas de ar dianteiras que permitem
a entrada de ar para o vão do motor pela parte frontal da viatura.

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A4-00-00-01-A-040-A-D — Sistema de Combustível - Descrição


A alimentação de combustível foi dimensionada para garantir a autonomia de 600km com a viatura
a 70km/h.

O sistema conta com dois tanques protegidos com espuma antiexplosão: um localizado no
compartimento da tropa e outro no compartimento do motor.

Tanques de Combustível

Item Descrição Item Descrição


(1) Reservatório de Combustíveis (2) Reservatório dianteiro de combustível

A capacidade total dos tanques de combustível é de 270 litros, enquanto a capacidade efetivamente
utilizável é de 260 litros.

O circuito de combustível possui também um aquecedor para operar em temperaturas baixas (inferiores
a 0 ºC).

O sistema de alimentação de combustível é constituído pelos seguintes componentes:

• 2 tanques de combustível com espuma antiexplosão;

• Tubulação de alimentação com filtro;

• Bomba elétrica de combustível, com controle da temperatura para refrigeração do retorno de


combustível e refrigeração da central eletrônica do motor;

• Trocador de calor;

• Pré-filtro sedimentador com sensor de água e aquecedor elétrico;

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A5-00-00-01-A-040-A-D Admissão e Exaustão - Descrição

A alimentação de ar do motor ocorre em meio a uma saída protegida colocada na parte superior central
do casco (seta grande). O ar admitido passa pelo filtro de ar e pelo turbocompressor.

A partir do turbocompressor, o ar admitido atravessa o trocador e o coletor de admissão com um pressão


superior à pressão atmosférica e proporcional à carga exigida pelo motor.

No meio da tubulação de admissão de ar , é colocado o dispositivo de expulsão de pó. Este dispositivo é


acionado por um motor elétrico que expulsa o pó por uma tubulação própria.

O último trecho da tubulação aloja a conexão de aspiração de ar do compressor para o sistema de


frenagem e a tubulação para a coleta dos gases de vazamento dos produtos da combustão dentro do
motor (Blow-by).

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Exaustão

Os gases residuais da combustão produzidos pelos seis cilindros são expulsos pelo coletor de escape
através de uma única saída na qual o turbocompressor é colocado. A turbina do turbocompressor é
acionada pela pressão dos gases de escape e, com seu eixo integrado no compressor, gera sobre
alimentação no motor quando a pressão dos gases produzidos pela combustão devido à carga excessiva
do motor supera o limite de intervenção da válvula Waste-gate (colocada no turbocompressor).

A tubulação é conectado diretamente ao sistema de escape com um coletor de ferro fundido. O sistema
de escape é composto por um coletor, por um compensador de dilatação e por uma tubulação rígida.
Sua função é transportar os gases para o interior do silenciador colocado no compartimento do motor de
onde um segundo compensador e uma tubulação sai do casco ultrapassando a grade do compartimento
de radiadores.

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MANUAL TÉCNICO 2355-005-12 - VBTP GUARANI 6X6 MR - DESCRIÇÃO E OPERAÇÃO

A7-00-00-01-A-040-A-D — Câmbio Automático - Descrição


A caixa de câmbio automática é controlada eletronicamente com 6 marchas à frente e 1 à ré. Possui
conversor de torque hidrodinâmico com embreagem de lock-up (acoplamento mecânico) sendo capaz
de assegurar velocidades contínuas na faixa de 3,5 a mais de 95 km/h. Válvulas eletro-hidráulicas do
câmbio são comandadas pela central eletrônica de controle que recebe informações do seletor eletrônico
de marchas e dados de regime de operação como posição do pedal do acelerador e rotação do motor.
O câmbio também é equipado com alavanca de emergência (1ª marcha e ré) e com retardador (freio
hidrodinâmico) que é comandado pela central eletrônica através da posição do pedal de freio.

Caixa de cambio

Item Descrição Item Descrição


(1) Bocal de abastecimento e vareta de óleo (5) Bomba secundária da direção hidráulica
(2) Bomba hidráulica principal esquerda (6) Acoplamento da caixa de transferência
(3) Bomba hidráulica principal direita (7) Acoplamento do motor
(4) Bomba hidráulica de serviço auxiliar (8) Radiador de óleo

A caixa de câmbio possui as seguintes relações de mudanças:

Marcha Relação de Redução Marcha Relação de Redução


1ª 1:5,600 4ª 1:1,420
2ª 1:3,450 5ª 1:1,000
3ª 1:2,010 6ª 1:0,830
4ª 1:1,420 Ré 1:4,760

O câmbio possui também duas tomadas de força (PTO) para o acionamento de quatro bombas
hidráulicas.

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A7-80-00-01-A-040-A-D — Tração e Bloqueio - Descrição


O sistema de transmissão da VBTP sem a caixa de câmbio e o motor. É possível identificar a caixa de
transferência, os diferenciais e os redutores e roda.

Sistema de transmissão

Item Descrição Item Descrição


(1) Diferencial 3º eixo (3) Diferencial 1º eixo
(2) Redutor (4) Caixa de transferência

Este sistema é composto por todos os componentes do trem de força, exceto o motor e a caixa de
câmbio. Portanto, compõem o sistema:

• Conjunto caixa de transferência com diferencial longitudinal (árvore do 3º eixo) e diferencial


transversal (2º eixo);

• Diferenciais do 1º e 3º eixos;

• Reduções finais nos cubos das rodas;

• Árvores de transmissão e semieixos;

O sistema de transmissão 6x6 permite a interrupção da tração do primeiro eixo (tração 6x4) e várias
combinações de bloqueio de modo a permitir maior economia de combustível em pisos pavimentados
e máxima tração em terrenos fora de estrada.

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A7-90-00-01-A-040-A-D — Caixa de Transferência - Descrição

Caixa de transferência e diferencial do 2º eixo

O fabricante deste componente é a IVECO e este modelo foi desenvolvido especificamente para a VBTP.
O intuito deste conceito é transmitir o torque de saída da caixa de câmbio para os eixos de tração
através de engrenagens montadas em cascata de cinco estágios com desacoplamento do eixo cardã
dianteiro. O conjunto também possui um diferencial longitudinal com bloqueio para o eixo cardã traseiro
e diferencial transversal com bloqueio para os semieixos intermediários.

A lubrificação do conjunto é do tipo mista (forçada e por salpico) com bomba de óleo operacional em
ambos os sentidos de rotação.

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Diferenciais do 1º e 3º eixos

São 2 (dois) diferenciais transversais, além do conjunto da caixa de transferência no 2º eixo. O


fabricante do conjunto de engrenagens é a FPT e o fornecedor da carcaça é a Arvin Meritor. O modelo
denomina-se AK-240. Pode-se ver imagens do diferencial usado no 1º e 3º eixos.

Diferenciais do 1º e 3º Eixos

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A9-30-00-01-A-040-A-D — Periscópios, Parabrisa, Limpadores e Lavadores


- Descrição

Este item refere-se aos seguintes componentes: para-brisa com esguicho (1), limpador (2), três
esguichos dos periscópios do motorista (3).

O para-brisa é composto por uma chapa de Lexan® Margard® MR5E, da GE Plastics, com alta
resistência a impactos, porém sem oferecer proteção balística.

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B1-01-00-01-A-040-A-D — Chassi - Descrição

Chassi

Imagem do chassi com os componentes que prendem este elemento à carcaça de aço balístico. O
propósito do chassi é sustentar os conjuntos mecânicos de transmissão e suspensão.

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B1-02-00-01-A-040-A-D Carcaça - Descrição

Carcaça

A carcaça possui na traseira uma rampa com porta de escape e, no teto, uma escotilha para o motorista,
uma para o comandante e duas para a tropa transportada.

A estrutura é fabricada em aço balístico homogêneo com os níveis de proteção balística e antiminas
especificados pelo Exército Brasileiro. A carcaça é revestida internamente com material spall liner e,
externamente, com proteção antiminas na parte inferior. Além disso, é prevista a instalação opcional de
placas de blindagem adicional externa.

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B1-30-00-01-A-040-A-D — Escotilhas e Portas - Descrição

Visão Geral

Tampas e escotilhas da viatura

Ite-
Descrição Item Descrição
m
(1) Escotilha de abastecimento combustível (7) Tampa da bateria
(2) Escotilha do comandante (8) Tampa do motor
(3) Escotilha do telefone externo (9) Escotilha de enchimento água do radiador
(4) Escotilha da rampa (10) Tampa QBN
(5) Escotilha do motorista (11) Escotilha da tropa
(6) Escotilhas de acesso ao motor

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Escotilhas do motorista, do comandante e da tropa embarcada (traseiras).

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B1-34-00-01-A-040-A-D Rampa Traseira - Descrição

Rampa traseira fechada

Rampa traseira aberta

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Atentar para a escotilha da rampa localizada na parte central da rampa.

Escotilha da rampa

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B3-10-00-01-A-040-A-D — Suspensão - Descrição

Suspensões

A viatura é dotada de suspensão independente nas seis rodas, geometria McPherson, com um elemento
de mola-amortecedor hidropneumático em cada roda (sujeito ao ajuste de pressão de nitrogênio).

O sistema assegura adaptabilidade ao terreno por meio de compressão de 120 mm e de distensão de


200 mm constituindo um curso de 320 mm. Em operação anfíbia, com as rodas estendidas, 1 tonelada
de empuxo e proporcionada pelo volume ocupado pelas suspensões abaixo d’água.

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B3-20-00-01-A-040-A-D — Conjunto Roda/Pneu - Descrição


As rodas são montadas com pneus tamanho 14.00-R20, sem câmara, com anel toroidal montado no aro
para garantir a movimentação da viatura mesmo com pneus vazios.
As válvulas do sistema de enchimento central (Central Tyre Inflation System), comandado pelo motorista,
também são montadas nos pneus. A seguir, alguns dados da roda:

Conjunto roda/pneu

Rodas
Aro 20 polegadas
Material Liga de Aluminio

Pneus
Modelo 14R20 Off-road Tubeless
Raio estático livre ~629 mm
Raio estático sob carga * ~580 mm
Circunferência de rolamento * ~3800 mm
Largura do pneu livre 384 mm
Peso do pneu** 108kg
Peso do anel toroidal** 40kg
Peso roda (Pneu, Toróide, Aro, Redutor, 415kg
Cubo e Amortecedor)**
Fabricantes Michelin/Pirelli
Especificação XZL MICHELIN 164 G ou PS22 PIRELLI 164/160G
(*) Parâmetros em função da carga e do tipo de piso onde a viatura é empregada.
(**) Somente para referência.

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D0-00-00-01-A-040-A-D — Sistema Elétrico - Descrição

Localização dos componentes do sistema elétrico

Item Descrição
CP Caixa de potência
B Bateria
ALT Alternador
PS Painel de segurança
MP Motor de Partida

A viatura é equipada com quatro baterias, divididas em dois conjuntos: um de alimentação principal, e
outro de alimentação extra. Cada um desses conjuntos é composto por duas baterias ligadas em série.
As chaves de alimentação elétrica principal (1) e de alimentação extra (2) da viatura estão localizadas no
Painel de Segurança. Em condições de uso normal, a chave de alimentação principal (1) deve estar
acionada, enquanto a chave de alimentação extra (2) permanece desligada.

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E1-00-00-01-A-040-A-D — Sistema de Comunicação - Descrição


O sistema de comunicações é composto de um transceptor (transmissor / receptor) VHF; uma base
veicular amortecida com amplificador de potência; um acoplador de antena; bases para antenas
VHF e GPS; um conjunto intercomunicador para a tripulação da viatura e um ponto de conexão para
conjunto telefônico externo.

Sistema de comunicação

Item Descrição Item Descrição


(1) Radio VHF (9) Chicote de alimentação do sistema
(2) Base veicular amplificada (10) Cabo GPS / Rádio
(3) Antena Whip veícular (A) Combatente desembarcado
(4) Intercomunicador (B) Motorista
(5) Rádio remoto (C) Comandante
(6) Antena intercom (D) Atirador
(7) Headset rádio remoto (E) CMT QC
(8) Telefone

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H0-00-00-01-A-040-A-D — Sistema de Direção Hidráulica - Descrição


A viatura é equipada com um sistema de direção hidráulica apto a realizar a direção do 1º e 2º eixos.

Sistema de direção

O sistema de direção é assistido hidraulicamente e atua mecanicamente no 1º e no 2º eixo. É composto,


entre outros equipamentos hidráulicos, de:

• Reservatório hidráulico do sistema primário localizado a direita do motor;

• Reservatório hidráulico do sistema secundário localizado a direita do motor;

• Bomba hidráulica acionada pelo motor;

• Bomba hidráulica acionada pela caixa de câmbio;

• Caixa de direção hidráulica (servo atuador principal). Ver figura “Sistema de Direção”, item (2);

• Cilindro servo atuador auxiliar. Ver figura “Sistema de Direção”, item (1);

• Trocador de calor;

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O sistema hidráulico da direção é assistido por duas bombas, uma montada no motor e outra no câmbio.
A bomba acionada pelo motor alimenta o circuito primário, fornecendo pressão hidráulica ao servo
atuador da caixa de direção e ao cilindro servo atuador auxiliar. Neste caso, ambos os atuadores
trabalham simultaneamente para diminuir ao máximo a força necessária na condução da viatura.

Assim, com o sistema primário em condições normais de funcionamento, o sistema secundário fica em
modo de espera, ou seja, o óleo que passa pela bomba montada na saída da caixa de câmbio circula
sem carga. Caso o óleo deixe de circular pelas linhas hidráulicas do sistema secundário, um sensor
de fluxo acusará a falha através da luz espia especificada ao lado.

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Em situações de emergência (falha no motor ou falha da bomba do circuito primário) a luz espia (indicada
ao lado) é acesa. Neste caso, o servo atuador auxiliar deixa de receber pressão hidráulica, e o servo
atuador da caixa da direção passa a ser alimentado apenas pela bomba montada no câmbio (sistema
secundário), desde que a viatura esteja em movimento com velocidade de, no mínimo, 5 km/h. Essa
configuração permite que o motorista manobre com segurança nas condições de falha apresentadas.

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J1-00-00-01-A-040-A-D — Sistema de Climatização, Ventilação e


Pressurização - Descrição
O condicionador de ar consiste em um sistema ciclo de vapor com gás refrigerante HFC-134a para
refrigeração do compartimento da tropa. Este sistema está também ligado ao circuito de arrefecimento
do motor para aquecimento do interior da viatura. A renovação do ar com o ambiente externo é feito
pelo dispositivo de ventilação e pressurização.

Sistema de ar-condicionado

• Compressor: Dispositivo acionado mecanicamente pelo motor do veículo através de sistema de


polias responsável por provocar um diferencial de pressão no gás, criando um fluxo de refrigerante e
fazendo o mesmo circular por todo o sistema. O compressor utiliza óleo lubrificante PAG SP-20;

• Condensador: Tem a função de retirar calor do gás refrigerante que vem do compressor na fase
gasosa sob condições de alta pressão e alta temperatura. Durante o processo de transferência de
calor ocorre uma mudança da fase: o gás refrigerante se liquefaz;

• Filtro Secador: Responsável por filtrar, acumular e retirar a umidade do refrigerante;

• Válvula de expansão: É o elemento que regula o fluxo de refrigerante em função da taxa de


evaporação. É também o elemento que provoca a redução de alta para uma de baixa pressão do
fluido refrigerante durante o ciclo de refrigeração;

• Evaporador: Este trocador de calor, que representa o elemento de refrigeração, faz a troca térmica,
entre o gás que passa por seu interior à baixa temperatura e pressão, e o ar do compartimento da
tropa. Para tal, o ar do ambiente é forçado a circular através da caixa evaporadora e daí vai para os
difusores para resfriar o compartimento da tropa;

• Válvula de ar quente: Válvula de solenoide que bloqueia ou desvia a passagem de água quente do
motor para o elemento de ar quente;

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• Elemento de ar quente: Este trocador de calor faz a troca térmica entre a água vinda do sistema de
arrefecimento do motor e o ar do compartimento da tropa. Da mesma forma, o ar do ambiente
é forçado a circular através da caixa evaporadora e daí vai para os difusores para esquentar
o compartimento da tropa;

• Sistema de distribuição: O ar resfriado pelo evaporador ou aquecido pelo elemento de ar quente é


distribuído no compartimento da tropa através de dutos de ventilação e difusores pela ação de um
ventilador de recirculação;

A seguir , alguns dados técnicos do sistema:


Máxima temperatura ambiente operacional (com HFC-134a) 44ºC
Potência nominal 9,5kW
Tensão nominal 24Vdc
Corrente máxima admissivel 16A
Potência térmica do ar condicionado 12kW
Potência térmica do aquecedor 10kW
Vazão de ar do ventilador 1200m3 / h

Ventilação e Pressurização

O sistema de ventilação e pressurização permite a ventilação forçada com renovação do ar e a exaustão


de gases anti-incêndio do interior da VBTP-MR.

Para a função ventilação, o sistema dispõe de uma caixa de ventilação forçada acionada por comando
interno no veículo, dotada de pré-filtro com expulsão contínua de partículas de poeira (capaz de filtrar
partículas até 15 microns) , eletroventilador, filtro antipólen e dutos.

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Visão geral da caixa de ventilação e pressurização

Item Descrição Item Descrição


(1) Conexão para saída de ar (6) Ventilador
(2) Ventilador (exaustão) (7) Pré-filtro
(3) Conexão para o interior do veículo (8) Conexão para entrada de ar
Sistema de portinhola para Tubulação para saída de partículas
(4) (9)
controlar fluxo de poeira
(5) Filtro

A função exaustão, acionada automaticamente pelo sistema anti-incêndio em caso de emergência, é


obtida pela entrada em funcionamento do eletroventilador centrífugo responsável pela aspiração do gás
anti-incêndio do interior do veículo. Outro eletroventilador expulsa esse gás para o ambiente externo. A
função exaustão não está disponível caso o sistema QBN esteja instalado.

Completam o sistema de ventilação e pressurização os seguintes componentes: filtro para partículas


até 5 microns, sensor de entupimento do filtro, chicote elétrico, central eletrônica e filtros anti spikes
para componentes elétricos.

O sistema de ventilação opera de forma independente do sistema de climatização.

A vazão do sistema na função aspiração é de 380m3/h, enquanto na função exaustão é de 1400m3/h.

O sistema de ventilação forçada dispõe ainda de um sensor de vazão, que efetua a leitura da passagem
do ar após o filtro, detectando eventuais quedas de vazão que sinalizem um entupimento do filtro. A
indicação é feita através do acionamento de uma luz-espia específica no monitor.

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K1-10-00-01-A-040-A-D — Sistema Hidráulico de Serviço - Descrição


Além da direção hidráulica H0-00-00-01-A-040-A-D — Sistema de Direção Hidráulica - Descrição e dos
circuitos hidráulicos para atuação direta nas pinças de freio A2-12-00-01-A-040-A-D — Sistema de Freios
- Descrição, a viatura dispões de um sistema hidráulico de serviço.

O sistema hidráulico é alimentado por três bombas hidráulicas instaladas nas duas tomadas de força
(PTO) da caixa de transmissão automática:

Bomba principal esquerda (acoplamento direto no PTO esquerdo):

• Aciona o ventilador do sistema de arrefecimento.

• Aciona a hélice esquerda para propulsão anfíbia.

Bomba principal direita (acoplamento acionado no PTO direito):

• Aciona a hélice direita para propulsão anfíbia.

Bomba auxiliar (acoplamento através da bomba principal esquerda:):

• Aciona a rampa traseira.

• Aciona o quebra-ondas.

• Aciona o ventilador de arrefecimento em modo anfíbio.

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K2-10-00-01-A-040-A-D — Sistema Pneumático de Serviço - Descrição


Além do sistema ABS e do freio auxiliar de imobilização consulte A2-12-00-01-A-040-A-D — Sistema
de Freios - Descrição, há na viatura um sistema pneumático de serviços responsável por executar
as seguintes funções:

• Esguicho dos periscópios do motorista;

• Abertura e fechamento das válvulas dianteiras para fluxo de ar no compartimento do motor;

• Bloqueio da rampa traseira;

• Pressurização positiva dos componentes mecânicos (caixa de transferência, diferenciais e redutores).


Esta etapa é particularmente importante para a navegação anfíbia ou travessia de vau.

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K2-41-00-01-A-040-A-D — Sistema de Controle da Pressão dos Pneus -


Descrição
O CTIS(Central Tyre Inflation System) permite ao condutor ajustar a pressão dos pneus do veículo
enquanto o mesmo estiver em movimento. Utilizando este sistema, a VBTP-MR pode ser operada
com a pressão dos pneus adequada para a velocidade, a condição do percurso a ser percorrido e
a carga a ser transportada.

Sistema C.T.I.S.

O sistema é centralizado e controlado eletricamente a partir do posto do motorista, o qual permite


o ajuste da pressão dos pneus em quatro níveis diferentes, dependendo do tipo de terreno: estrada
pavimentada, off-road, terra inconsistente (areia, lama) e emergência (em condições de aderência
muito baixa). veja diagrama.

Além do controle manual, o sistema prevê um controle automático para detectar, regular e manter
a pressão em dois intervalos de controle periódico: normal e rápido. A função do intervalo rápido
de controle é útil em condições críticas de terreno e de superfícies que possam danificar os pneus.
Controlando a pressão a intervalos mais curtos, é possível identificar mais precocemente eventuais danos
dos pneus. Contudo, o intervalo de controle rápido é acionado automaticamente em duas situações:

• Ao término de cada modificação de terreno com esvaziamento: trata-se de uma função que permite
um ajuste fino da pressão após o esvaziamento. O intervalo de controle rápido é ativado por 2 (dois)
ciclos e, em seguida, o sistema restaura o ciclo normal.

• A cada verificação onde se constate perda de ar: neste caso o sistema automaticamente controla a
pressão a intervalos mais curtos, identificando mais rapidamente os pneus que apresentam perda
de ar.

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Características do CTIS

• Aumento da mobilidade do veículo;

• Custos reduzidos na operação do veículo (substituição de pneus e as despesas de reparação, etc.);

• Seleção da pressão ideal;

• Melhoria da dirigibilidade do veículo;

• Redução da fadiga do condutor;

A área de contato do pneu com o solo é afetada conforme a pressão selecionada.

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K2-42-00-01-A-040-A-D — Pressurização dos Sistemas Mecânicos - Descrição

Ao selecionar o modo de operação anfíbia, as indicações de habilitação de pressurização dos grupos


mecânicos (1) deve ser acionado.

Pressurização dos seguintes grupos mecânicos:

• Caixa de transferência, diferenciais, e redutores dos cubos de roda;

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K3-00-00-01-A-040-A-D — Sistema de Freios - Descrição


O sistema de freios é constituído por três tipos de frenagem: frenagem de serviço, frenagem de
imobilização e frenagem de estacionamento.

Freio de Serviço

O freio de serviço é do tipo hidropneumático (AoH: Air-over-Hydraulic).

O sistema pneumático da viatura é dotado de um compressor, acionado pelo motor, que tem a função
de encher os 4 reservatórios pneumáticos. Na situação de frenagem, o ar armazenado é direcionado
aos conversores pneumo-hidráulicos que acionam as dez pinças instaladas nos seis discos de freio,
duas em cada roda do 1º e 2º eixo com sistema antitravamento (ABS) e uma em cada roda do 3º
eixo com corretor de frenagem.

Freio de Serviço

Item Descrição Item Descrição


(1) Reservatório de ar (5) Pedal de freio
(2) Conversor AoH (6) Pinças de freio
(3) Disco de freio (7) Dissipador de calor do sistema pneumático
(4) Manete do freio de imobilização

Freio de Imobilização

O freio auxiliar de imobilização mantém a viatura imóvel com o motor ligado em terrenos com inclinação
até 60%. Ao acionar o manete, pressão pneumática é direcionada aos conversores pneumo-hidráulicos
atuando nas pinças do freio de serviço. Para a imobilização, é necessário que os reservatórios de ar
estejam carregados e que o motorista ocupe o seu posto na viatura.

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Freio de Estacionamento

O freio de estacionamento é acionado através de um cabo de aço que atua mecanicamente duas pinças
instaladas em um disco de freio na entrada da caixa de transferência, conforme ilustrado

O sistema de freios possui também retardador hidrodinâmico (retarder), instalado na caixa de câmbio,
que permite a realização de longos percursos de declives com segurança e sem a necessidade de
acionamento dos freios de serviço.

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L0-00-00-01-A-040-A-D — Sistema Eletrônico Multiplexado (MUX) - Descrição


Em condições de uso normal, a chave de alimentação principal (1) deve estar acionada, enquanto a
chave de alimentação extra (2) permanece desligada. Assim, o MUX e demais sistemas eletrônicos
ficam ligados ao conjunto de alimentação principal, e o conjunto extra é usado apenas para a partida do
motor. A lógica de acionamento dos conjuntos de baterias é controlada automaticamente pelo sistema.
O interruptor de bateria extra (2) permite conectar o MUX e os sistemas eletrônicos na alimentação extra.
Esta condição é utilizada apenas em situações de emergência, quando as baterias da alimentação
normal estão descarregadas ou desconectadas. Caso ambas as chaves estejam acionadas, os dois
conjuntos de baterias permanecem continuamente ligados em paralelo. E se apenas o interruptor
extra (2) esteja acionado, toda alimentação elétrica da viatura será fornecida pelo conjunto de baterias
de alimentação extra. Nesta última situação, as baterias de alimentação principal ficam totalmente
desconectadas do sistema elétrico.

Os monitores principal e secundário possuem indicação da tensão de alimentação do sistema elétrico


(1), indicando também quais conjuntos de baterias estão habilitados (2). O conjunto de baterias, quando
habilitado, é indicado em verde no monitor.

Os disjuntores estão instalados na caixa de potência localizada à frente do motorista

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Controle

A eletrônica embarcada da VBTP-MR tem sua arquitetura baseada em uma rede de centrais eletrônicas
automotivas dotadas de inteligência autônoma. Essas centrais são capazes de gerenciar e monitorar
todas as variáveis relativas à pilotagem do veículo e, ainda, enviar e receber comandos do usuário, para
o controle de todos os subsistemas embarcados. Também realizam autotestes e varreduras em busca
de falhas nos componentes.

As unidades de controle eletrônico MUX (ECU) podem ser agrupadas por suas características
fundamentais, nos seguintes grupos:

Controle e interface homem-máquina

• ECUs projetadas para serem controladoras do sistema usando apenas conexões CAN;

Unidade remota genérica

• ECUs sem lógica funcional, projetadas para serem executoras de comandos, e para retornar o
status dos sistemas;

Unidade remota específica

• ECU projetada para gerenciar uma parte específica do sistema;

O sistema eletrônico multiplexado (sistema MUX) transmite os sinais de comunicação entre as centrais
eletrônicas e utiliza um protocolo aberto de uso comum pela indústria automotiva, denominado CAN
(Controller Area Network), que define a codificação das mensagens a serem trocadas entre centrais
eletrônicas. Sua implementação encontra-se estabelecida no conjunto de normas SAE J1939, nas quais
são definidas as camadas física, de enlace de dados e de aplicação.

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MANUAL TÉCNICO 2355-005-12 - VBTP GUARANI 6X6 MR - DESCRIÇÃO E OPERAÇÃO

Centrais eletrônicas da viatura

Identifi-
Descrição Funções/equipamentos Fabricantes
cação
ECM Módulo de Controle do Motor Gerenciamento e controle do Motor BOSCH
Unidade de Controle de Gerenciamento e controle do Câmbio
TCU ZF
Transmissão Automático
Gerenciamento e controle do Sistema
Sistema Antibloqueio dos
ABS de Freio (sensores de rotação e WABCO
Freios
válvulas solenoides)
Gerenciamento e controle do CTIS
Sistema Central de Controle de
CTIS (sensores de pressão e válvulas TELEFLOW
Pressão dos Pneus (C.T.I.S.)
solenoides)
VREG Regulador de Tensão Controle do Alternador NIEHOFF
Módulo de Interfaceamento
MIV em desenvolvimento IVECO
Veicular*1
Monitor de Controle de
CP10 Interface homem-máquina ITALWATT
10” (MUX HMI)
Monitor de Controle de 6”
CP6 Interface homem-máquina ITALWATT
(MUX HMI)
Unidade de Controle
BC Gerenciamento geral do veiculo. ITALWATT
(mestre MUX)
Gerenciamento remoto (sensores do freio,
direção, câmbio , plafonier esquerda),
Unidade Remota Frontal
RUFL sensor de nível do tanque dianteiro, sensor ITALWATT
Esquerda (escravo MUX)
de obstrução do filtro de combustível,
sensor de água no pré-filtro de combustível
Sensores de nível de óleo do sistema
Unidade Remota Frontal
RUFR hidráulico de serviço e da direção, ITALWATT
Direita (escravo MUX)
quebra-ondas, plafonier direita.
Gerenciamento remoto (sist. comunicação,
ventilação forçada e QBN), sensor da
Unidade Remota Central
RUC escotilha do motorista, sensor de obstrução ITALWATT
(escravo MUX)
do filtro de ar do motor, sensores dos freios
de estacionamento, câmeras externas
Sensores das escotilhas da rampa,
da tropa e do comandante, lanternas
traseiras, plafoniers de iluminação do
Unidade Remota Traseira
RUR comandante e do compartimento da tropa, ITALWATT
(escravo MUX)
sensor de nível do tanque traseiro, sensor
de nível baixo do fluido de arrefecimento,
sensor de pressão pneumática de serviço.
Gerenciamento e controle da
REC Unidade de Controle da Rampa ITALWATT
rampa traseira
Unidade de Controle do Ar Gerenciamento e controle do Sist.
HVAC ITALWATT
Condicionado Ar Condicionado
Estação Remota de Gerenciamento da operação do
RWS ELBIT
Armamento *2 canhão ELBIT

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MANUAL TÉCNICO 2355-005-12 - VBTP GUARANI 6X6 MR - DESCRIÇÃO E OPERAÇÃO

N1-00-00-01-A-040-A-D — Sistema Automático de Detecção e Extinção de


Incêndio - Descrição
O Sistema Automático de Detecção e Extinção de Incêndio ou AFSS (Automatic Fire Sensing and
Suppression System) é fornecido pela empresa MARTEC Marine Technologies, e oferece proteção
contra fogo e explosão no vão do motor e no compartimento da tropa.

O sistema é composto por:

• 3 sensores ópticos para o compartimento da tropa;

• 2 sensores ópticos para o compartimento do motor;

• 1 central eletrônica, instalada à esquerda do posto do motorista;

• 1 painel de controle, integrado ao painel de segurança do veículo;

• 2 extintores para o compartimento do motor;

• 6 extintores para o compartimento da tropa;

• 6 bocais difusores do agente compartimento da tropa;

• 6 bocais difusores do agente compartimento da tropa;

A figura abaixo ilustra o posicionamento dos componentes do sistema para as versões REMAX/ELBIT
UT-30. O extintor e o bocal difusor situados ao lado do assento do atirador (na configuração
REMAX/ELBIT UT-30) têm suas posições de instalação ligeiramente deslocadas na configuração PLATT,
devido à diferença da posição do assento nas diferentes versões. Os detalhes do posicionamento
dos extintores e dos bocais difusores no compartimento da tropa nas versões REMAX/ELBIT UT-30 e
PLATT são mostrados na figura abaixo::

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MANUAL TÉCNICO 2355-005-12 - VBTP GUARANI 6X6 MR - DESCRIÇÃO E OPERAÇÃO

Subsistemas do sistema automático de detecção e extinção de incêndio – AFSS

Item Descrição QTDE Item Descrição QTDE


Sensores S1, S2 e
(1) 3 (5) Extintores da tropa E4, E5 e E6 3
S3 (Tropa)
Sensores S4 e S5
(2) 2 (6) Extintores vão do motor E7 e E8 2
(Motor) / 2
(3) Central eletrônica CE / 1 1 (7) Bocais do compartimento da tropa 6
Extintores da tropa E1,
(4) 3 (8) Bocais difusores do vão do motor 2
E2 e E3

Os extintores são constituídos de cilindros instalados sobre eletroválvulas de ativação rápida e contêm o
agente extintor NOVEC 1230 e nitrogênio a uma pressão de serviço de 52 bar (a 21 °C).

O tempo de abertura das válvulas dos extintores é inferior a 10 milissegundos, e a descarga do agente
extintor ocorre em 60 a 120 milissegundos após a abertura das válvulas, dependendo da capacidade
do cilindro e a quantidade de carga.

Posicionamento dos extintores

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MANUAL TÉCNICO 2355-005-12 - VBTP GUARANI 6X6 MR - DESCRIÇÃO E OPERAÇÃO

Os sensores de incêndio são compostos por três elementos ópticos sensíveis à radiação infravermelha.
O sensor dispara um sinal de alarme quando a radiação infravermelha detectada por um dos três
elementos sensores (cuja banda está centrada no comprimento de onda típica de CO2), excede um
limiar predeterminado quando comparada com os sinais dos outros dois elementos. O acionamento do
sensor se dá apenas pela detecção de infravermelho, sendo que outras condições características de
incêndio, tais como fumaça ou sobre temperatura, não provocam o acionamento dos sensores.

O tempo de resposta do sensor a incêndios do tipo explosivo é inferior a 2 milissegundos.

Os extintores e sensores do sistema anti-incêndio são continuamente monitorados pela Central


Eletrônica do sistema. O estado de carga dos extintores pode ser verificado através de um manômetro
localizado na válvula do cilindro do extintor.

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P5-01-00-01-A-040-A-D — Sistema de Navegação Anfíbia - Descrição


A viatura é capaz de trafegar em água parada ou fluvial com correnteza até 1,5 m/s (6 km/h).

A propulsão da viatura em modo anfíbio é efetuada por duas hélices de acionamento hidráulico,
localizadas nas laterais da parte traseira do veículo.

As hélices podem ser comandadas de forma independente, por meio de uma manete dupla localizada à
esquerda do volante de direção. A variação do sentido de propulsão e da velocidade de rotação das
duas hélices de navegação permite o controle direcional da viatura na água. A manete de propulsão
anfíbia pode ser recolhida quando não estiver em uso.

Para a travessia de cursos d'água, os componentes do trem de força em contato com a água (cubos de
roda, diferenciais e caixa de transferência) são pressurizados de forma a impedir a entrada de água
nestes equipamentos. Para a navegação, a viatura dispõe de um esnórquel e um quebra-ondas.

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MANUAL TÉCNICO 2355-005-12 - VBTP GUARANI 6X6 MR - DESCRIÇÃO E OPERAÇÃO

O esnórquel, está localizado na parte superior da viatura.

o dispositivo quebra-ondas está localizado na parte dianteira do veículo. O quebra-ondas é utilizado para
aumentar a estabilidade longitudinal da viatura quando em operação anfíbia. O painel do quebra-ondas
é acionado hidraulicamente.

Para retirar a água que eventualmente se acumular no interior da viatura durante operações anfíbias, a
viatura é equipada com duas bombas de porão elétricas, uma localizada no compartimento do motor,
enquanto a outra se encontra no compartimento da tropa. A vazão máxima destas bombas é de 205
l/min e a pressão máxima de recalque é 6m.c.a.

Junto a cada uma das bombas de porão, existem sensores que acionam automaticamente as bombas
caso seja detectada a presença de água no interior da viatura. As bombas também podem ser acionadas
manualmente, através de comandos dedicados no painel de segurança do motorista.

Uma terceira bomba, de acionamento manual, localizada sob o primeiro assento do lado esquerdo do
compartimento da tropa, possui vazão máxima de 38l/min e destina-se para emprego em situações
de emergência.

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MANUAL TÉCNICO 2355-005-12 - VBTP GUARANI 6X6 MR - DESCRIÇÃO E OPERAÇÃO

Flutuadores

Os flutuadores são dispositivos necessários para manter a capacidade anfíbia da viatura quando
equipada com o sistema de armas UT-30 BR de canhão 30 mm ou equivalente. O propósito dos mesmos
é aumentar a estabilidade lateral da viatura na água. Os flutuadores são peças feitas com chapas de
alumínio e preenchidas com poliuretano. Na figura são apresentados os flutuadores e seus pesos em kg.

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SEÇÃO 04

ORIENTAÇÕES
GERAIS PARA
OPERAÇÃO
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15-33-01-01-A-100-A-A — Orientações no Uso da Viatura

Precauções e Orientações

Obedecer sempre às prescrições regulamentares sobre o uso da viatura VBTP-MR 6x6 “Guarani” e de
seus equipamentos, a fim de garantir não só a boa conservação da mesma, mas também a proteção e a
segurança da tripulação que, no cumprimento das tarefas determinadas, deve conhecer e observar as
normas de segurança.
Nota: Com relação às normas de segurança e utilização, obedecer também às publicações em
vigor do Exército Brasileiro.

Segurança do Trabalho – Conduta Geral

Sempre que se realizar uma operação ou uma intervenção de manutenção, é necessário certificar-se
de que existam as condições de segurança necessárias. Antes de iniciar os trabalhos, é preciso tomar
todas as precauções necessárias para evitar situações de risco.Ao executar uma operação específica ou
um procedimento de manutenção, é necessário seguir as indicações contidas neste manual.

Ao se completar uma operação específica ou um procedimento de manutenção é necessário certificar-se


de que:

• Todas as ferramentas, equipamentos, líquidos e outros itens sejam removidos da área de trabalho;

• A área de trabalho deve ser limpa;

• Toda a documentação deve ser preenchida corretamente.

Proteção Acústica

O compartimento do motor é revestido com isolante termoacústico, portanto não é permitido operar a
viatura sem as paredes divisórias que separam o compartimento do motor do compartimento da tropa.

Proteção Contra Explosão

Caso a viatura transite em zonas de conflito ou em áreas sob o risco de artefatos explosivos (minas ou
Improvised Explosive Device), o pessoal a bordo deve seguir as prescrições indicadas a seguir, a fim de
reduzir os possíveis danos produzidos por uma eventual explosão:

• Manter fechadas e corretamente travadas todas as escotilhas do veículo, de forma a evitar os efeitos
de sobrepressão e depressão da explosão;

• Usar sempre o cinto de segurança corretamente ajustado;

• Todo o material de equipamento e dotação deve ser sempre colocado a bordo e corretamente travado
nos alojamentos próprios. Nenhum objeto deve estar solto dentro da viatura;

Gases Tóxicos

Em caso de utilização do veículo com as escotilhas fechadas, a ventilação forçada deverá ser ativada.

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Materiais Perigosos

Antes do uso de materiais perigosos, o usuário deve informar-se preventivamente sobre as precauções
de segurança e sobre os procedimentos de primeiros socorros aplicáveis. Estas instruções devem ser
indicadas nos seguintes locais:

• Nos recipientes de transporte apropriados nos quais são fornecidos os materiais perigosos;

• Nas etiquetas dos materiais;

• Nos procedimentos de segurança;

O material perigoso pode causar danos aos tratamentos superficiais e a outras partes; deve ser, portanto,
prontamente removido de forma adequada.

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15-33-03-01-A-100-A-A — Conduta na Direção em Vias Públicas

Antes de iniciar a marcha

• Regular o assento, o volante e os espelhos retrovisores de modo a obter uma correta posição de
direção;

• Verificar se nenhum obstáculo bloqueia o curso dos pedais, com atenção particular ao pedal de freio;

• Verificar o funcionamento da buzina;

• Controlar o funcionamento das luzes externas e, se necessário, limpar os grupos óticos;

• Controlar, principalmente em caso de viagens noturnas, a correta orientação do facho luminoso


dos faróis;

• Verificar perdas de óleo ou de outros líquidos da viatura;

• Verificar se uma eventual carga está acomodada corretamente, sobretudo em condições de fora
de estrada;

• Verificar se o freio de estacionamento está liberado e que as luzes-espia do painel não indicam
anomalias. Para evitar movimentos acidentais do veículo, soltar o freio de estacionamento com o
freio a pedal pressionado.

Em viagem

• As viagens longas devem ser realizadas em condições ótimas;

• Uma alimentação leve, a base de alimentos facilmente assimiláveis, contribuirá para manter os
reflexos rápidos e a concentração necessária para uma direção segura;

• O uso de álcool, drogas e alguns medicamentos é extremamente perigoso. Evitar absolutamente


realizar uma viagem em estado de embriaguez ou sob efeito de medicamentos ou substâncias
estupefacientes;

• Dirigir com prudência significa também colocar-se em condições de poder prever um comportamento
errado ou imprudente dos outros, respeitar os limites de velocidade e ocupar a faixa correta em
caso de percurso em estrada;

• Utilizar os indicadores em caso de mudança de direção;

• Manter a distância de segurança do veículo que trafega à frente; tal distância varia em função da
velocidade, das condições meteorológicas e das condições de trânsito e da estrada;

• Não dirigir com o câmbio em neutro;

• Não dirigir durante muitas horas consecutivas. Efetuar paradas periódicas, utilizando tais pausas para
fazer um pouco de movimento e restaurar o físico;

• Providenciar uma constante troca do ar, recorrendo às múltiplas possibilidades de regulagem


oferecidas pelo sistema de aquecimento e ventilação;

• Em caso de parada por avaria, estacionar o veículo fora da faixa de rolamento da estrada, acender as
luzes de emergência e colocar o triângulo para sinalizar a presença do veículo;

• Manter-se atento às normas vigentes de circulação na estrada;

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Em estacionamento: Devendo deixar o veículo estacionado, operar conforme as indicações a seguir:

• Posicionar a alavanca de câmbio em “N”, com o freio de serviço acionado;

• Inserir o freio de estacionamento;

• Apagar o motor;

• Com o motor desligado, não deixar o interruptor de alimentação para o conjunto motopropulsor ligado,
a fim de evitar um inútil consumo da carga da bateria;

Dirigir à noite

• Dirigir com prudência especial, reduzindo a velocidade se necessário, principalmente em estradas


sem iluminação;

• Manter uma maior distância de segurança em relação à direção diurna: é de fato mais difícil avaliar a
velocidade de um veículo quando o vemos somente pelas luzes;

• Parar e repousar adequadamente aos primeiros sintomas de sonolência;

• Usar os faróis altos somente fora dos centros habitados e quando se tenha a certeza de não ofuscar
os outros motoristas;

• Desligar os faróis altos e utilizar os faróis baixos ao cruzar com outros veículos;

Dirigir com chuva, neblina ou neve

• Com estrada molhada, o atrito entre os pneus e o asfalto é sensivelmente reduzido, portanto os
espaços de frenagem e a aderência em curva diminuem. Acionar tração 6x6, reduzir a velocidade e
manter uma maior distância dos veículos que trafegam à frente;

• Chuva intensa e neblina reduzem a visibilidade. Respeitando as normas locais vigentes, acender os
faróis baixos também durante o dia para aumentar a visibilidade;

• Não entrar em poças d’água ou trechos alagados em alta velocidade; o fenômeno da aquaplanagem
pode provocar a perda de estabilidade lateral do veículo;

• Verificar, antes de colocar a viatura em marcha, as condições da palheta do limpador de para-brisa;


se a temperatura cair abaixo de 0°C, ou em caso de neve, certificar-se que a palheta não esteja
colada ao para-brisa;

• Em caso de neve, proceder com extrema prudência, moderando a velocidade e evitando, se possível,
as ultrapassagens;

• Assegurar-se de que o líquido detergente colocado no reservatório do limpador de para-brisa possua


propriedades anticongelantes, a fim de evitar obstruções dos pulverizadores;

• Durante os períodos de inverno, as estradas aparentemente secas podem apresentar trechos


molhados, em especial trechos poucos expostos ao sol, ladeados por árvores ou rochas.

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Pneus: Para obter o máximo conforto de direção, a máxima segurança e uma longa duração dos pneus,
é aconselhável adotar as seguintes prescrições:

• Com os pneus novos, não desenvolver altas velocidades nos primeiros 100 km de percurso;

• Antes de enfrentar curvas fechadas, mesmo se o desempenho do veículo permitir, reduzir a


velocidade;

• Evitar acelerações bruscas e frenagens enérgicas;

• Não trafegar por longos períodos com velocidade alta e constante, especialmente em terrenos
irregulares;

• Controlar o balanceamento e o correto ajuste das rodas;

• Evitar choques violentos nas laterais dos pneus (por exemplo, durante o estacionamento);

• Não introduzir nenhum tipo de utensílio entre a roda e o pneu;

• Se a roda apresentar alguma deformação, substitui-la;

• Evitar deixar o veículo estacionado demoradamente sobre um degrau no terreno ou outras


irregularidades na estrada;

• Controlar periodicamente a profundidade da banda de rodagem, respeitando o mínimo previsto pelas


normas legais. O desgaste da banda de rodagem aumenta o perigo de aquaplanagem;

• Controlar periodicamente os pneus para que não apresentem um desgaste irregular da banda de
rodagem; em tal caso dirigir-se à oficina para reparação.

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SEÇÃO 05

ACESSO À
VIATURA
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15-34-01-01-A-100-A-A — Acesso à Viatura

ATENÇÃO: Apesar do esforço reduzido no manuseio das escotilhas, deve-se prestar atenção
na abertura e fechamento das mesmas. Há risco de lesões no fechamento.

ATENÇÃO: Ter cautela na movimentação das escotilhas evitando danos aos periscópios.

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15-34-11-01-A-100-A-A
15-34-11-01-A-100-A-A — Operação das Escotilhas do Motorista e
Comandante
O acesso ao posto do motorista é garantido pela presença de uma escotilha no teto da viatura. Sobre o
posto do comandante está localizada uma escotilha análoga à do motorista.

Para ter acesso às escotilhas do motorista e do comandante, colocar um dos pés no pneu dianteiro
esquerdo e subir com apoio dos degraus removíveis e alça de içamento.
Nota: O posto do comandante também pode ser acessado internamente, através do
compartimento da tropa.

Nota: Ao fechar e bloquear a escotilha do motorista pelo lado externo, certifique-se que o
posto do motorista esteja desocupado. Não é possível destravar pelo lado interno a escotilha
fechada e travada externamente.

Para destravar a escotilha do motorista pelo exterior, deve-se atuar na alavanca externa (1) no sentido
anti-horário. Após ser destravada, a escotilha se levanta automaticamente pela ação de uma mola.

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MANUAL TÉCNICO 2355-005-12 - VBTP GUARANI 6X6 MR - DESCRIÇÃO E OPERAÇÃO

A alavanca externa de abertura da escotilha do motorista (1) pode ser bloqueada através de um
cadeado, trancando o veículo por fora.

A escotilha do comandante não dispõe de trava externa.

Para isso, é necessário remover a alavanca (1), e instalá-la em posição invertida.

Para travar a escotilha do motorista ou do comandante na posição aberta, girá-la até a posição de
travamento. Pressionar para travá-la na posição de abertura

ATENÇÃO: Antes de efetuar o destravamento, certificar-se de que não haja pessoas ou objetos
no raio de ação da escotilha.

Para tirar a escotilha (motorista ou comandante) da posição de travamento aberta, ou para fechar a
escotilha pelo exterior (válido apenas para a escotilha do motorista), a mesma deverá estar destravada
por meio da alavanca.

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Para abrir a escotilha pelo interior, puxar a alavanca de modo a destravar o dispositivo de fechamento
da escotilha. A confirmação da abertura é sinalizada pelo acendimento de luz-espia específica nos
monitores primário e secundário do motorista.

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15-34-21-01-A-100-A-A — Operação das Escotilhas da Tropa

Escotilha superior do compartimento da tropa

ATENÇÃO: Devido ao peso considerável das escotilhas e tampas de acesso ao veículo, prestar
particular atenção nas fases de abertura e fechamento das mesmas. Risco de lesões no fechamento.

Para abrir a escotilha do compartimento da tropa pelo interior da viatura, puxar a maçaneta (1) até
liberar o dispositivo de travamento (2).

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Após ser destravada, a escotilha se levanta automaticamente pela ação de uma mola. Travar a escotilha
no final do curso de abertura atuando no botão (1) e subindo a alavanca.

A confirmação da abertura é sinalizada pelo acendimento da luz-espia específica no display do monitor .

Para fechar a escotilha superior pelo interior da viatura, pressionar para baixo a alavanca, atuando no
botão (1); para destravar a escotilha da posição de abertura, rebatê-la até o completo fechamento e
travá-la através da alavanca.

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15-34-31-01-A-100-A-A — Operação da Rampa Traseira


O acesso ao compartimento da tropa é possível abaixando a rampa traseira.

Rampa traseira

ATENÇÃO: Risco de ferimentos no fechamento da rampa! Antes de iniciar a operação


certifique-se que as pessoas próximas a porta de acesso estejam atentas e fora do raio de ação da rampa.

ATENÇÃO: Antes de efetuar o abaixamento da rampa, certificar-se de que as seguintes

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condições sejam satisfeitas:

• A indicação luminosa de escotilha da rampa esteja na cor verde na tela de navegação ;

• Não haja pessoas ou objetos no raio de ação da rampa;

A abertura da rampa será sinalizada pela luz-espia nos monitores primário e secundário, como também a
indicação vermelha da rampa na tela de navegação.

Nota: Para abaixar a rampa, manter a respectiva tecla pressionada até o término da operação.

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Para abaixar a rampa, pressionar o botão no monitor primário (1) e em seguida o botão (2).

Nota: Para levantar a rampa, manter a respectiva tecla pressionada até o término da operação.

Para levantar a rampa, pressionar o botão no monitor primário do motorista (1) e em seguida o botão
(2). Neste caso, é necessário que o motor da viatura esteja ligado.

Ao atingir o fim de curso de fechamento, a rampa trava-se automaticamente por intermédio de uma
trava pneumática.

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15-34-33-01-A-100-A-A — Operação da Escotilha de Emergência da Rampa

ATENÇÃO: Devido ao peso considerável das escotilhas e tampas de acesso ao veículo, prestar
particular atenção nas fases de abertura e fechamento das mesmas. Risco de lesões no fechamento.

A abertura da escotilha da rampa pelo exterior é possível atuando na maçaneta externa (1), desde que a
trava interna não esteja acionada. A abertura da escotilha será indicada pela luz-espia no painel.

A abertura da escotilha da rampa pelo interior da viatura é possível atuando na maçaneta interna.

A abertura da escotilha da rampa será sinalizada pela luz-espia no painel.

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É possível trancar a escotilha da rampa pelo interior através de uma trava interna. Para destrancar a
escotilha da rampa, levantar o punho da trava e movê-lo lateralmente até a posição de destravamento.
Para trancar a escotilha, mover o punho no sentido inverso ao indicado para o travamento.

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SEÇÃO 06

INTRODUÇÃO À
OPERAÇÃO DA
VIATURA
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15-35-01-01-A-100-A-A — Preparação para Operação da Viatura

Lista de Procedimentos

Antes do uso do veículo, devem ser executadas verificações e operações conforme


05-60-00-01-A-125-A-D - Verificações Antes da Utilização da Viatura

Regulagem de Altura do Volante

Abaixar a alavanca e regular a altura do volante. Depois de efetuada a regulagem, levantar a alavanca
para travar o volante na posição escolhida.

Regulagem dos Retrovisores

Para colocar o espelho retrovisor na posição de operação, puxar a haste para fora até que os pinos das
travas encaixem nas respectivas sedes.

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Depois de colocar o retrovisor na posição de operação, ajustar se necessário a altura e a posição lateral.

Para recolher o retrovisor, efetuar a operação inversa.


Para transportar a viatura, os retrovisores devem ser recolhidos.

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15-35-03-01-A-100-A-A Localização dos Comandos do Motorista

Localização dos componentes do posto do motorista

Item Descrição Item Descrição


(1) Central anti-incêndio (11) Comandos auxiliares do monitor secundário
(2) Monitor primário do motorista (12) Alavanca de regulagem do volante
Painel de segurança do
(3) (13) Seletor de marchas
motorista
(4) Manetes de comando anfíbio (14) Alavanca de comando de emergência do câmbio
(5) Periscópios (15) Freio de estacionamento
Monitor secundário do
(6) (16) Pedal do acelerador
motorista

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Item Descrição Item Descrição


Unidade de controle do
(7) (17) Pedal de freio
sistema QBN
Indicador de pressão do Caixa eletrônica (TCU, ABS, tomada
(8) (18)
sistema QBN de diagnose)
(9) Botão do lavador dos visores (19) Alavanca das luzes externas/buzina
(10) Volante de direção (20) Alavanca do freio de imobilização em rampa

2
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MANUAL TÉCNICO 2355-005-12 - VBTP GUARANI 6X6 MR - DESCRIÇÃO E OPERAÇÃO

15-35-05-01-A-100-A-A — Frenagem e Imobilização

Frenagem e Parada

Para realizar a frenagem, tirar o pé do pedal do acelerador e pressionar o pedal de freio em relação à
desaceleração que se deseja obter.

A viatura pode ser parada em qualquer regime de marcha. O câmbio retorna automaticamente à
segunda marcha na gama “D”, e à segunda ou primeira marcha nos regimes 3 e 2. Para parar o veículo,
a embreagem se desacopla automaticamente em uma determinada rotação do motor ou em uma
determinada posição do pedal do acelerador. Depois de parar a viatura, acionar o freio de imobilização
ou o freio de estacionamento.

Freio de Imobilização

ATENÇÃO: Em nenhum caso o freio de imobilização deve ser deixado ativado com o veículo
estacionado sem a tripulação a bordo.

O freio de imobilização é utilizado nas breves paradas, tanto em terrenos planos quanto em rampas, com
motor ligado e tripulação a bordo sem ter que atuar no freio a pedal: é eficaz somente com reservatório
de ar carregado e atua sobre as pinças de freio de cada roda com a mesma eficácia do freio de serviço.

• Acionamento: para obter a frenagem da viatura, empunhar a alavanca (1) e deslocá-la para trás;

• Liberação: pressionar o botão localizado na alavanca e voltá-la à posição inicial;

Freio de Estacionamento

ATENÇÃO: O freio de estacionamento deve ser usado exclusivamente para o estacionamento e


inserido somente quando o veículo já estiver parado.

Para inserir o freio de estacionamento, puxar a alavanca (1) para cima até que se acenda a luz-espia
de freio de estacionamento inserido.

1
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Controlar o funcionamento e o sistema de bloqueio da alavanca:

• A alavanca deve poder ser manobrada sem esforço excessivo;

• O endurecimento correspondente ao início da ação das pastilhas sobre o disco deve ser percebido a
partir do segundo dente do setor dentado da alavanca;

• A luz-espia de freio de estacionamento deve acender-se ao primeiro salto da alavanca;

• Se, para realizar uma frenagem eficaz, for necessário levantar a alavanca até o sexto dente e, além
disso, a alavanca tender a assumir uma posição vertical, é necessário efetuar a regulagem da mesma;

Para liberar o freio de estacionamento, pressionar o botão localizado na alavanca e retorná-la à posição
inicial; a luz-espia se apaga.

ATENÇÃO: No caso de abandono do veículo por parte da tripulação, o mesmo deve ser
estacionado em local suficientemente plano e imobilizado com o freio de estacionamento. Em caso de
parada por um longo período de tempo é recomendável a utilização de calços.

2
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15-35-07-01-A-100-A-A — Ajustes de Posição do Motorista e do Comandante

ATENÇÃO: Uma posição incorreta do assento do motorista pode comprometer a segurança na


condução da viatura. Perigo de lesões: regular o assento somente com o veículo parado. O travamento
do assento na posição definida deve ser verificado.

ATENÇÃO: Perigo de lesões: regular o assento somente com o veículo parado.

O assento do motorista possui regulagem em altura e longitudinal. Para efetuar a regulagem em altura,
pressionar o botão (1) localizado à direita do assento. Para regular o assento do motorista em sentido
longitudinal, levantar a alavanca (2) e empurrar o assento para frente ou para trás. Após a regulagem,
verificar se o assento está travado.

1
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O assento do comandante possui regulagem em altura.

Para efetuar a regulagem em altura, pressionar o botão (1) localizado à direita do assento.

2
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15-35-09-01-A-100-A-A — Uso do Cinto de Segurança

ATENÇÃO: Para a própria segurança e para não comprometer o êxito da missão, afivelar
sempre os cintos de segurança.

ATENÇÃO: Não há garantia de proteção antiminas se o ocupante não estiver com os cintos
afivelados.

Para um uso correto dos cintos de segurança, operar do seguinte modo:

Após estar corretamente sentado, passar sobre os ombros as correias superiores.

Com o seletor (1) na posição central (travado), inserir no interior da sede específica as linguetas (2)
das correias superiores e das correias inferiores.

1
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Regular o tensionamento das correias superiores e das correias inferiores.

Para retirar o cinto de segurança, girar o seletor.

2
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15-35-11-01-A-100-A-A
15-35-11-01-A-100-A-A — Painel de Comando do Motorista
Localizado acima do monitor primário, o painel de comando do motorista permite o acesso rápido a
algumas funções essenciais da viatura.

Painel de segurança do motorista

Botão Função
1 Desativa o sistema hidráulico em situações de emergência
2 Black-out (disciplina de luzes)
Alimenta as unidades de controle eletrônico MUX com o par de baterias extras (utilizar
3
este recurso somente em casos de emergência)
Luz-espia do sistema anti-incêndio operando (ON)/ Luz-espia de avaria no
4
sistema anti-incêndio (FAULT)
5 Luz-espia de acionamento externo do sistema anti-incêndio desabilitada
Luz-espia de alarme de incêndio no motor / Luz-espia de 1ª descarga ocor-
6
rida (compartimento do motor)
7 Luz-espia de 1ª descarga ocorrida (compartimento da tropa)
8 Ativação manual dos extintores do compartimento da tropa
9 Ativação manual dos extintores do compartimento do motor
10 Desabilita o acionamento externo do sistema anti-incêndio
RESET-OFF: Inibição da expulsão de gases do sistema de ventilação após extinção de
incêndio e reset do sistema, desativação forçada do sistema anti incêndio
11

TEST: teste do sistema de anti incêndio


12 Comando manual da bomba de porão do compartimento do motor

1
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Botão Função
13 Comando manual da bomba de porão do compartimento da tropa
14 Sirene
15 Acionamento e desligamento do motor
16 Chave geral da viatura

2
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15-35-13-01-A-100-A-A — Acionamento da Viatura e Partida do Motor


Se o óleo do câmbio estiver a uma temperatura inferior a —15°C, é necessário dar partida no motor e
fazer aquecer o óleo durante cerca de 10-15 minutos (observando com atenção as normas do fabricante
do motor). Durante esse tempo, não inserir nenhuma marcha, ou seja, a alavanca de câmbio deve estar
obrigatoriamente na posição neutro.

Antes de dar partida no motor, certificar-se de que:

• Não estejam sendo realizadas intervenções de manutenção no veículo;


• A carga e os materiais transportados estejam bem acomodados;
• Há ventilação adequada no local em caso de funcionamento do motor em ambientes fechados (perigo
de intoxicação).
Para dar a partida no motor, proceder do seguinte modo:

• Certificar-se de que o freio de estacionamento esteja acionado;


• Posicionar a alavanca de câmbio na posição N;
• Ligar a chave da bateria principal da viatura 1, localizada no painel de segurança;
• Aguardar o apagamento da luz-espia de pré-aquecimento automático, localizada no monitor primário
e/ou no monitor secundário do motorista;

• Pressionar e manter pressionado o pedal do freio;


• Pressionar o botão de partida do motor 2 e soltá-lo logo que o motor entrar em funcionamento;
• Soltar o pedal de freio;
• Caso não se obtenha a rápida partida, aguardar pelo menos 30 segundos antes efetuar uma nova
tentativa de acionamento do motor;

1
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Após a partida do motor, com o objetivo de permitir o alcance de seu melhor regime térmico de
funcionamento, proceder lentamente com o veículo mantendo o motor a meio regime de rotações.
Operando desse modo se obtém a manutenção das emissões de descarga dentro dos limites previstos e
a contenção dos consumos.

Caso as baterias da alimentação principal estiverem descarregadas ou desconectadas, o acionamento


do motor deve ser feito através da alimentação extra. O procedimento para partida com a alimentação é
o mesmo que se aplica para a partida com a alimentação principal, apenas com a ressalva de que a
chave de alimentação extra 3 deve ser acionada no lugar da chave de alimentação principal. A chave
de alimentação principal, neste caso, deve permanecer desligada.

Nota: Em caso de bateria descarregada, não insistir tentando dar partida repetidas vezes, uma
vez que as centrais eletrônicas podem não funcionar quando estão subalimentadas

2
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15-35-15-01-A-100-A-A — Desligamento da Viatura


Nota: Antes de se desligar o motor da viatura VBTP-GUARANI, deve-se manter o motor
estabilizado em marcha lenta por no mínimo 30 segundos. Caso o motor seja desligado antes
que este intervalo seja atingido, há a possibilidade de ocorrer o giro do eixo do turbocompressor
sem a lubrificação necessária no mancal, o que pode acarretar em desgaste prematuro dos
componentes envolvidos

Tirar o pé do pedal do acelerador e pressionar gradualmente o pedal de freio de serviço;

Colocar a alavanca do câmbio em posição “N” (neutro);

Acionar o freio de estacionamento;

Manter pressionado o botão de partida 1 até o desligamento do mesmo;

Desligar a chave geral da viatura 2;

Nota: Caso seja necessário, acionar o freio de imobilização na impossibilidade de alcançar


o freio de estacionamento devido ao posicionamento do assento do motorista. Ao retornar
o assento para a posição “escotilhada” após o desligamento da viatura, acionar o freio de
estacionamento e soltar o freio de imobilização.

1
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15-35-21-01-A-100-A-A — Monitor Primário (CP10)


A viatura dispõe de dois painéis digitais de comando para o motorista, denominados monitor primário e monitor
secundário. O monitor primário é utilizado em percursos com as escotilhas fechadas, enquanto que o monitor
secundário é utilizado em situações de condução com a escotilha do motorista aberta.

Os painéis do motorista contêm instrumentos indicadores para controle, condução e navegação e informam ao
motorista, por meio de luzes-espia e avisos, a situação de funcionamento e/ou possíveis falhas nos diversos sistemas.

O monitor primário possui seis áreas, cujas funções são as seguintes:

Área esquerda e área direita 1: seleção de menu principal.

Área superior 2: seleção de menu secundário. Após ter pressionado o botão do menu principal, escolhe-se no menu
secundário a função desejada, pressionando o botão correspondente.

Área de luzes-espia 3. Contém as luzes indicadoras de funções ativadas e luzes de advertência/avaria.

Área de botões de funções diretas 4. Permite acesso direto a algumas funções da viatura.

Área central 6. Contém os instrumentos indicadores para controle e condução para uso na terra e em navegação,
página de uso do C.T.I.S. e página de códigos de erro. A apresentação dos instrumentos é dada em quatro telas
sucessivas.

1
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Área de mensagens de alerta 7.

Os ícones do menu principal (áreas direita e esquerda) e do menu secundário (área superior do painel) estão
representados na tabela abaixo.

Menu de
Menu Multifuncional
Seleção

Não Luzes de Faróis Disciplina Disciplina


Luzes Pisca alerta Farol
utilizado posição Superiores de luzes 1 de luzes 2

Limpador Zera
Não Lavador dos Não Expulsor de Nível óleo
Auxiliar de para- hodômetro
utilizado periscópios utilizado poeira do câmbio
brisas parcial

Bomba de Bomba de Pressuri- Quebra- Quebra-


Liga / Não
Navegação porão da porão do zação mecâ- ondas ondas
Desliga utilizado
tropa motor nica aberto fechado

Diferencial
Diferencial Diferencial ABS Não Não
Tração Tração 6x6 transversal
longitudinal transversal desligado utilizado utilizado
anterior

Modo Fora de Areia / Seleção de Controle de


C.T.I.S Liga Crítico
estrada estrada Lama carga pressão

Baixa Alta Não Não Não Não


QBN Filtragem
velocidade velocidade utilizado utilizado utilizado utilizado

2
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Menu de
Menu Multifuncional
Seleção

Vent.
Ar-condi- ON / OFF Ajuste da velocidade
Compressor Ajuste de temperatura forçada da
cionado / AUTO do ventilador
cabine

Fecha-
Abertura da Não Não Não Não Não
Rampa mento da
rampa utilizado utilizado utilizado utilizado utilizado
rampa

Não Não Não Não Não Não Não


Câmera
utilizado utilizado utilizado utilizado utilizado utilizado utilizado

Diminuir Aumentar Não Não Não Não


Retardador Desligado
frenagem frenagem utilizado utilizado utilizado utilizado

Algumas funções na viatura precisam de acionamento direto para pronta resposta a uma eventual emergência. Na
Tabela, a descrição das funções dos botões de comando direto do monitor primário.

Botão Função

Botão de comando das luzes de emergência

Seleção de idioma

Aumenta o brilho do monitor

Diminui o brilho do monitor

Função customizável

Função customizável

Função customizável

Visualização do código de erro

Seleção de tela.

3
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Além do menu de funções, das funções diretas e da área de luzes-espia, na área central do monitor primário, o
motorista monitora instrumentos e controles do funcionamento da viatura através de três telas sucessivas, além de
uma tela de visualização de código de erro.

Para rolar as telas, passando de uma tela para a seguinte, pressionar o botão de seleção da página localizado na área
de botões de funções diretas. Para acessar a tela de visualização de código de erro, deve-se acionar o botão de acesso
à página de visualização de código de erro, localizado na área de botões de funções diretas.

A primeira tela da área central apresenta os instrumentos e indicadores para uso na terra e é composta de:

Primeira tela de instrumentos de controle do monitor primário do motorista

4
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Item Descrição Item Descrição


Indicador de falha no conversor
1 9 Velocímetro
freio ar-óleo
2 Indicador de baixa pressão de ar 10 Hodômetro total e parcial
3 Indicador do retardador 11 Conta-giros
Horímetro / Autonomia em horas /
4 Indicador de marcha inserida 12
Alcance em quilômetros
5 Indicador de tensão da bateria 13 Indicador de temperatura do óleo diesel
Indicador de temperatura do Indicador de temperatura do óleo
6 14
líquido de arrefecimento do motor
7 Indicador de temperatura do câmbio 15 Indicador de pressão do óleo do motor;
Indicador do ângulo do armamento
8 Indicador de nível de combustível; 16
ou inclinação do veículo.

A segunda tela da área central apresenta os instrumentos e indicadores para uso em navegação e é composta de

Segunda tela de instrumentos de controle do monitor primário do motorista

5
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Item Descrição Item Descrição


Indicador de pressão hidráulica
1 8 Conta-giros
do sistema de navegação
2 Indicador de marcha inserida 9 Autonomia em horas
3 Indicador de tensão de bateria 10 Indicador de temperatura do óleo diesel
Indicador de temperatura do óleo
4 Indicador de temperatura do câmbio 11
do motor
Indicador de temperatura do
5 12 Indicador de pressão do óleo do motor
líquido de arrefecimento
6 Indicador de nível de combustível 13 Inclinação do veículo.
Indicador de abertura de escotilhas
7
e esnórquel

A terceira tela da área central apresenta os indicadores de uso do C.T.I.S. e é composta de:

Terceira tela de instrumentos de controle do monitor primário do motorista

Item Descrição Item Descrição


Alarme de anomalia na Alarme de variação brusca da pressão
1 3
alimentação de ar interna dos pneus (ex.: pneu furado)
Alarme de velocidade não adequada
2 4 Indicador de pressão dos pneus
à pressão dos pneus

6
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Ao pressionar o botão de informações a página de visualização de código de erro é aberta. A página de visualização
de código de erro é composta de:

Pressionando prolongadamente o botão de informações, a página mostra a lista de códigos DM1 em todas as
unidades eletrônicas.

Quarta tela de instrumentos de controle do monitor primário do motorista

Item Descrição Item Descrição


1 Seleção de ECM 5 Descrição da falha
2 Endereço de ECM 6 Contador de ocorrência da falha
3 Lâmpada de falha 7 Tipo de falha
4 Número de código de falha 8 Código de falha

7
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15-35-23-01-A-100-A-A — Monitor Secundário (CP6)


O monitor secundário é utilizado em caso de condução da viatura com a escotilha do motoritta aberta; neste caso, o
motorista estará com a cabeça do lado de fora da viatura.

O monitor secundário possui cinco áreas, cujas funções são as seguintes:

Área superior 1: funções do menu principal e submenu. Neste monitor, diferentemente do monitor primário, o
acesso a todas as funções é realizado da mesma forma;

Área direita 2: botões de controle do monitor;

Área de luzes-espia 3: Contém as luzes indicadoras de funções ativadas e luzes de advertência/avaria;

Área de mensagens de alerta 4;

Área central 5: telas de instrumentos de controle, condução e condução para uso na terra e em navegação, página de
uso do C.T.I.S. e páginas de códigos de erros;

1
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Na Tabela abaixo, os botões de controle do monitor secundário.

Botão Função

Mudança de página.
(muda a tela de exibição no centro da área central)

Botão de rolagem das funções do menu.


(rolagem para seleção do menu)

Botão de ativação das funções do menu.


(seleção do item do menu e para entrada no submenu ou acionamento da função)

Botão para voltar às funções do menu.


(para voltar ao primeiro item do menu ou para um menu de nível superior)

Botão para desligar.


(sair do display)

Os ícones do menu principal e submenu (área superior do painel), do monitor secundário estão representados na
Tabela.

Menu de
Menu Multifuncional
Seleção

Não Luzes de Faróis Disciplina Disciplina


Luzes Pisca alerta Farol
utilizado posição Superiores de luzes 1 de luzes 2

Limpador Lavador Zera


Não Não Expulsor de Nível óleo
Auxiliar de para- dos hodômetro
utilizado utilizado poeira do câmbio
brisas periscópios parcial

Bomba de Bomba de Pressu- Quebra-


Liga / Não Quebra-
Navegação porão da porão do rização ondas
Desliga utilizado ondas aberto
tropa motor mecânica fechado

Diferencial
Diferencial Diferencial ABS Não Não
Tração Tração 6x6 transversal
longitudinal transversal desligado utilizado utilizado
anterior

2
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Menu de
Menu Multifuncional
Seleção

Modo Fora de Areia / Seleção de Controle de


C.T.I.S Liga Crítico
estrada estrada Lama carga pressão

Baixa Alta Não Não Não Não


QBN Filtragem
velocidade velocidade utilizado utilizado utilizado utilizado

Ajuste da velocidade Ajuste de temperatura Vent.


Ar-condi- ON / OFF
Compressor do ventilador forçada da
cionado / AUTO
cabine

Fecha-
Abertura da Não Não Não Não Não
Rampa mento da
rampa utilizado utilizado utilizado utilizado utilizado
rampa

Câmera Câmera Não Não Não Não Não


Câmera
dianteira traseira utilizado utilizado utilizado utilizado utilizado

Configu- Menos Não


Linguagem Mais brilho F1 F2 F3
rações brilho utilizado

O monitor secundário pode ser controlado também através dos botões auxiliares localizados atrás do volante,
no lado direito 1.

3
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Para ativar as funções do menu principal, pressionar o botão OK na área direita do monitor secundário ou através do
comando auxiliar 1. Em seguida, selecionar a função desejada através do botão de rolagem das funções do menu na
área direita do monitor secundário ou através comando auxiliar 2. Pressionar novamente o botão para ativar a função.

Para voltar ao primeiro item do menu atual ou ir a um menu superior, pressionar o botão 4 através comando auxiliar.

Para desligar, pressionar o botão OFF na área direita do monitor.

Primeira tela de instrumentos de controle do monitor primário do motorista

4
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Item Descrição Item Descrição


Indicador de falha no conversor
1 9 Velocímetro
freio ar-óleo
2 Indicador de baixa pressão de ar 10 Hodômetro total e parcial
3 Indicador do retardador 11 Conta-giros
Horímetro / Autonomia em horas /
4 Indicador de marcha inserida 12
Alcance em quilômetros
5 Indicador de tensão da bateria 13 Indicador de temperatura do óleo diesel
Indicador de temperatura do líquido
6 14 Indicador de temperatura do óleo do motor
de arrefecimento
7 Indicador de temperatura do câmbio 15 Indicador de pressão do óleo do motor;
Indicador do ângulo do armamento ou
8 Indicador de nível de combustível; 16
inclinação do veículo.

A segunda tela da área central apresenta os instrumentos e indicadores para uso em navegação e é composta de

Segunda tela de instrumentos de controle do monitor primário do motorista

5
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Item Descrição Item Descrição


Indicador de pressão hidráulica do
1 8 Conta-giros
sistema de navegação
2 Indicador de marcha inserida 9 Autonomia em horas
3 Indicador de tensão de bateria 10 Indicador de temperatura do óleo diesel
4 Indicador de temperatura do câmbio 11 Indicador de temperatura do óleo do motor
Indicador de temperatura do líquido
5 12 Indicador de pressão do óleo do motor
de arrefecimento
6 Indicador de nível de combustível 13 Inclinação do veículo.
Indicador de abertura de escotilhas
7
e esnórquel

A terceira tela da área central apresenta os indicadores de uso do C.T.I.S. e é composta de:

Terceira tela de instrumentos de controle do monitor primário do motorista

Item Descrição Item Descrição


Alarme de variação brusca da pressão interna
1 Alarme de anomalia na alimentação de ar 3
dos pneus (ex.: pneu furado)
Alarme de velocidade não adequada
2 4 Indicador de pressão dos pneus
à pressão dos pneus

6
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Ao pressionar o botão de informações a página de visualização de código de erro é aberta. A página de visualização
de código de erro é composta de:

Pressionando prolongadamente o botão de informações, a página mostra a lista de códigos DM1 em todas as
unidades eletrônicas.

Quarta tela de instrumentos de controle do monitor primário do motorista

Item Descrição Item Descrição


1 Seleção de ECM 5 Descrição da falha
2 Endereço de ECM 6 Contador de ocorrência da falha
3 Lâmpada de falha 7 Tipo de falha
4 Número de código de falha 8 Código de falha

7
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15-35-25-01-A-100-A-A — Indicações, Mensagens e Alarmes

Monitor primário CP10

Descrição dos Alarmes dos Monitores

Temos nos dois monitores luzes-espia e mensagens de alerta

Luz-espia Luz-espia Luz-espia Luz-espia

Baixo nível Falha na rede MUX


Luzes de Baixo nível do óleo
do líquido de Amarelo: leve
emergência da direção
arrefecimento Vermelho: grave

Falha no C.T.I.S
Luzes de Falha na ventilação
Escotilhas abertas Amarelo: leve
direção do motor
Vermelho: grave

Filtro de
Luzes de
combustível Freio acionado Falha no sistema QBN
posição
obstruído

Água no pré-filtro Pré-aquecimento do


Farol baixo Filtro QBN obstruído
de combustível motor

Baixo nível do óleo


Farol alto Falha do alternador Baixa pressão no sistema QBN
de serviço

1
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Luz-espia Luz-espia Luz-espia Luz-espia

Falha na EDC
Filtro do óleo de Falha no sistema de ventilação
Rampa aberta Amarelo: leve
serviço obstruído da tropa
Vermelho: grave

Rampa em Falha no cambio


Baixa pressão do
modo de Amarelo: leve Filtro da ventilação forçada obstruído
sistema de ar
emergência Vermelho: grave

Falha no ABS
Falha na bomba
Não utilizado Amarelo: leve
principal da direção
Vermelho: grave

Falha no ar
Falha na bomba
Filtro de ar condicionado
secundária da
obstruído Amarelo: leve
direção
Vermelho: grave

Nos veículos não equipados com sistema QBN, aparecem no lugar das luzes-espias relativas ao QBN as luzes-espias
do sistema de ventilação da área da tripulação.

2
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Luzes-espia na área central dos monitores

Na área central dos monitores temos as luzes espias de:

Item Descrição Item Descrição


Nível de óleo de freio do conversor
1 11 Quebra-ondas recolhido;
AoH (1, 2, 3, e 4);
Baixa pressão de ar - circuito anterior
2 12 Ventilação do motor aberta;
do sistema de freio;
Baixa pressão de ar - circuito posterior
3 13 Esnórquel recolhido;
do sistema de freio;
Baixa pressão de ar - circuito auxiliar Escotilha do motorista destravada
4 14
do sistema de freio; / aberta;
Escotilha do comandante destravada
5 Baixa tensão na bateria; 15
/ aberta;
6 Alta temperatura do combustível; 16 Escotilha da tropa destravada / aberta;
7 Alta temperatura do óleo do motor; 17 Rampa destravada / aberta;
8 Baixa pressão do óleo do motor; 18 Escotilha da rampa destravada / aberta;
Alta temperatura do óleo da
9 19 Baixo nível de combustível.
caixa câmbio;
Alta temperatura do líquido de
10
arrefecimento do motor;

3
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Mensagens de Alerta
Na área de avisos/alertas de avaria, as seguintes informações podem ser transmitidas ao motorista:

Mensagens de Alerta
Motor está desligado Soltar o acelerador
Botão de desativação hidráulica de emergência
Pressão do propulsor direito baixa
pressionado
Velocidade muito elevada Pressão do propulsor esquerdo baixa
Velocidade perigosa Dirigindo com rampa destravada
Excesso de rotação do motor - retardador ativo
Veículo em modo de navegação
para reduzir a velocidade do motor
Escotilha do motorista não aberta Colocar a alavanca em ponto morto
Carcaça não vedada Idioma selecionado: português
Rampa no modo de emergência Diferencial não está na posição correta
Escotilha de ventilação do motor em
Pressão do ar de serviço baixa
posição errada
Dirigindo com freio de estacionamento acionado Esnórquel não está aberto
Possível falha do freio Rampa está habilitada no remoto
Escotilha de emergência está aberta Caixa não está em ponto morto
Água presente no compartimento do motor Pedal de freio não está pressionado
Água presente na cabine Uma unidade de controle remoto não está presente

Alarmes Sonoros

Situações nas quais um alarme sonoro é ativado:

• Se o nível de tensão das baterias estiver abaixo do limite de 18 V, ao ligar a chave geral aparecerá a mensagem
"Bateria com baixa tensão" no monitor, o acendimento de uma luz-espia 1 no painel e a ativação de um alarme
sonoro. A sinalização sonora não funcionará caso o veículo esteja em modo "Black-out".

• Em condições normais de direção, com veículo em 6ª marcha e pedal do acelerador completamente desatuado, é
previsto que o giro do motor fique próximo a 2200 rpm. Acima desta rotação, o sistema aciona o retardador do
câmbio, gera uma mensagem de alerta ao motorista "Excesso de rotação do motor - retardador ativo para reduzir
a velocidade do motor" e aciona um alarme sonoro.

• Caso a velocidade do veículo esteja superior a 10 km/h e o freio de mão mecânico e/ou pneumático esteja(m)
inserido(s), a mensagem "Dirigindo com freio de estacionamento acionado" e um alarme sonoro serão ativados.

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• Caso o veículo supere a velocidade de 15km/h com a tração integral ou bloqueio de diferencial acionado , a
mensagem "Velocidade perigosa" e um alarme sonoro serão acionados. Não é prevista a exclusão automática da
tração integral ou do bloqueio.

• Caso o circuito primário da direção hidráulica (bomba acionada pelo motor) esteja inoperante ou com baixo
nível de óleo, a luz-espia 2 acenderá. Caso o servoatuador auxiliar da direção hidráulica esteja inoperante ou o
circuito secundário da direção hidráulica (bomba acionada pela caixa de câmbio) esteja com baixo fluxo de óleo,
a luz-espia 3 acenderá. Caso o veículo esteja nessa condição e atinja velocidade superior a 20km/h, ocorre a
ativação da mensagem de alerta "Velocidade perigosa" e, simultaneamente, a ativação de um alarme sonoro.

• Caso o veículo esteja se movimentando com velocidade superior a 20km/h e a rampa posterior esteja
aberta/destravada, a mensagem "Dirigindo com rampa destravada" e um alarme sonoro são ativados.

• Caso entre água no compartimento da tropa e/ou no compartimento do motor é ativada a mensagem "Água
presente no compartimento do motor e/ou Água presente na cabine" é ativado um alarme sonoro. Nesse mesmo
momento, ocorre o acionamento das bombas de porão. (Função ativada quando o veículo está em modo
navegação ou vau.)Durante a navegação, caso o esnórquel não esteja aberto, além de fazer piscar a luz-espia na
tela de navegação, um alarme sonoro é ativado. Durante a navegação, caso as portas de ventilação do motor não
estejam fechadas, além de fazer piscar a luz-espia na tela de navegação, a mensagem "Escotilha de ventilação do
motor em posição errada" e um alarme sonoro são ativados. Durante a navegação ou operação de vau, caso a
rampa ou a porta posterior da viatura não esteja devidamente fechada e/ou o quebra-ondas não esteja acionado, a
respectiva luz-espia é acesa na tela de navegação e um alarme sonoro é ativado.

Códigos de Diagnósticos de Anomalia


Em caso de falha no veículo, será gerado um código de anomalia que poderá ser visualizado ao selecionar
informações em um dos monitores. Este código deverá ser informado ao órgão competente ao reportar a falha
no veículo.
Ao pressionar o botão de informações, a página de visualização de código de erro é aberta. A página de visualização
de código de erro é composta de:

5
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Item Descrição
1 Seleção de ECM;
2 Endereço de ECM;
3 Lâmpada de falha;
4 Número de código de falha;
5 Descrição da falha;
6 Contador de ocorrência da falha;
7 Tipo de falha;
8 Código de falha.

6
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15-35-31-01-A-100-A-A — Iluminação Externa


O acendimento das luzes externas é condicionado à ativação da chave geral da viatura, localizada no painel de
comando do motorista 1.

Para acender as luzes externas da viatura, atuar nos monitores primário ou secundário do motorista, ou na alavanca
de comando das luzes externas, localizada sob o volante, de acordo com os procedimentos indicados a seguir:

Luzes de Posição

Para acionar as luzes de posição, selecione em um dos monitores1. Em seguida, selecione2. O acendimento das
luzes de posição é sinalizado pela luz-espia3 no monitor primário e/ou no monitor secundário.

Faróis Baixos

Para acionar os faróis baixos, selecione em um dos monitores botão 1. Em seguida 2. O acendimento dos faróis
baixos é sinalizado pela luz-espia 3 no monitor primário e/ou no monitor secundário.

1
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Faróis Altos

Com os faróis baixos acesos, deslocar para baixo a alavanca de comando localizada à esquerda do volante 1d para
acender os faróis altos.

O acendimento dos faróis altos é sinalizado pela luz-espia no monitor primário e/ou no monitor secundário.

Lampejo de Faróis Altos

Para emitir lampejos dos faróis, puxar para cima a alavanca e soltar em seguida.

2
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Faróis Superiores

Para acionar os faróis superiores, selecione 1 em um dos monitores. Em seguida, selecionar2. O acendimento dos
faróis superiores é sinalizado pela luz-espia 3 no monitor primário e/ou no monitor secundário.

Luzes de Marcha a Ré

Ao acoplar a marcha a ré, as luzes de ré se acendem automaticamente.

Luzes de Direção

Deslocando a alavanca 1:

• para frente (sentido horário), ativam-se as luzes de direção do lado direito.


• para trás (sentido anti-horário), ativam-se as luzes de direção do lado esquerdo.

O acendimento das luzes de direção é sinalizado pela luz-espia no monitor primário e/ou no monitor secundário.

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Luzes de Emergência

Para ativar as luzes de emergência, pressionar o botão 1 localizado na área de comandos diretos do monitor primário
do motorista.

A ativação das luzes de emergência é sinalizada pela luz-espia2 no monitor primário e/ou no monitor secundário.

Identificação

Os componentes do sistema de iluminação externa foram concebidos e fabricados de acordo com as orientações da
CEE(Norma Européia) e do CONTRAN, com exceção do limite máximo da altura dos faróis e das luzes de marcha
a ré. A seguir, uma relação dos elementos de iluminação civil de trânsito e iluminação militar da viatura que
permita operar com disciplina de luzes.

Item QTD Tipo Descrição


1 02 Civil Faróis altos / Faróis baixos / Lanternas de posição traseiras
2 02 Militar Faróis de iluminação restrita
3 06 Civil Lanterna de direção
Lanternas de posição dianteiras de iluminação restrita
4 02 Militar
(disciplina de luzes)

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Item QTD Tipo Descrição


1 02 Militar Faróis altos
2 02 Civil Lanterna de direção

Item QTD Tipo Descrição


1 02 Civil Lanterna de direção
2 02 Militar Lanternas de posição traseiras de iluminação restrita (disciplina de luzes)
3 06 Civil Lanternas de posição traseiras / Lanternas de freio
4 02 Civil Luzes de marcha a ré
5 02 Militar Lanternas de freio de iluminação restrita (disciplina de luzes)

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15-35-35-01-A-100-A-A — Iluminação Interna

A viatura possui quatro conjuntos de luzes internas: um no compartimento do motorista, um no posto do


comandante, um no posto do atirador (quando torre Remax ou UT30, senão localiza-se no compartimento da
tropa) e um no compartimento da tropa.

Os conjuntos de luz interna do posto do comandante e do motorista possuem uma luz branca normal e uma
luz vermelha para uso em situação de disciplina de luzes. As luzes internas do posto do atirador/tropa e do
compartimento da tropa são luzes brancas normais. Para acender e apagaras luzes internas, pressionar o botão ao
lado de cada plafonier.

Em caso de disciplina de luzes, as luzes normais dos conjuntos de luzes internas se apagam automaticamente, e as
luzes vermelhas dos postos do motorista e comandante podem ser acesas manualmente.

Regulagem da Luminosidade do Monitor Primário

Para aumentar a luminosidade do display do monitor primário, pressionar o botão de comando direto 1. Para
diminuir a luminosidade do display do monitor primário, pressionar o botão 2 de comando direto

Quando a viatura estiver sendo utilizada na modalidade disciplina de luzes, a luminosidade do display do monitor
primário também pode ser alterada.

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Regulagem da Luminosidade do Monitor Secundário

Para alterar a luminosidade do display do monitor secundário, selecionar menu ferramentas 1e depois pressionar 2
ou 3 para aumentar ou diminuir a luminosidade do display.

2
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15-35-35-01-A-100-A-A — Disciplina de Luzes e Modo "Black-Out"

Para a disciplina de luzes, pressione o botão 1 localizado na área esquerda do monitor primário do motorista e, em
seguida, pressionar o botão 2 (disciplinas de luzes B1, que aciona a iluminação de uso restrito porém sem acionar o
farol de iluminação restrita), ou o botão3 (disciplinas de luzes B2, que aciona a iluminação de uso restrito e ativa o
farol de iluminação restrita), localizados na área superior do mesmo painel.

Em situações de emergência, é possível apagar todas as luzes do veículo, pressionando o interruptor "black-out" 1
no painel de segurança do motorista.

Além de apagar as luzes do veículo, a ativação do modo "black-out" também desliga a iluminação dos monitores,
e desativa o acionamento da sirene e da buzina. A iluminação dos monitores pode ser reativada durante o modo
"black-out" acionando qualquer um dos botões de comando dos monitores. Neste caso, somente a iluminação do
monitor correspondente é religada, com o nível de brilho mínimo, sem que o comando correspondente ao botão
acionado seja executado.

1
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15-35-41-01-A-100-A-A — Parabrisa
Para levantar o para-brisa, colocando-o em posição de uso, soltá-lo do dispositivo de travamento específico.

Com o para-brisa em posição vertical, abrir as guarnições laterais do próprio para-brisa e orientá-las de modo que
as alças de engate permitam um encaixe seguro nas respectivas sedes de travamento 1. Em seguida, empurrar
até o encaixe.

Para abaixar o para-brisa, soltar as duas alças de engate nas laterais 1, fechar as guarnições laterais, rebater o
conjunto e travá-lo em posição de não utilização.

Para acionar o esguicho do limpador do para-brisa, pressionar o botão 1 localizado na parte superior direita do
posto do motorista.

Para acionar a palheta do limpador do para-brisa utilizando o monitor primário do motorista, pressionar o botão
“AUX” na área lateral esquerda do painel.

1
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Em seguida, pressionar o botão de acionamento da palheta do limpador . Este comando não é executado quando
a escotilha está fechada.

Para acionar a palheta do limpador do para-brisa utilizando o monitor secundário do motorista, selecione a função
“AUX”.

Em seguida, selecione a função da palheta do limpador 1 e pressione “OK” 2.

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15-35-43-01-A-100-A-A — Lavador dos Periscópios do Motorista

Para acionar o esguicho do lavador dos periscópios do motorista utilizando o monitor primário, pressionar
o botão AUX na área lateral esquerda do painel.

Em seguida, pressionar o botão de acionamento do esguicho do periscópio (2) e pressione OK (3).


Nota: Este comando não é executado quando a escotilha está aberta.

1
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15-35-45-01-A-100-A-A — Corta-Fios

Para utilizar o corta-fios (1), localizado na parte superior frontal da viatura, operar do seguinte modo:

Extrair o pino de travamento (2), apertando a parte superior do pino.

Levantar o corta-fios e travá-lo por meio do pino.

1
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15-35-47-01-A-100-A-A — Buzina e Sirene

Para acionar a buzina, acionar o botão localizado na alavanca de comando das luzes externas (1).

Para acionar a sirene, acionar o botão correspondente no painel de segurança (1)

1
Página
Intencionalmente
Deixada em Branco
SEÇÃO 07

OPERAÇÃO DOS
SISTEMAS DA
VIATURA
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15-36-11-01-A-100-A-A
15-36-11-01-A-100-A-A — Câmbio Automático

ATENÇÃO: Antes de soltar o freio de estacionamento, certificar de que o sistema pneumático


esteja carregado.
Importante: Somente passar a alavanca de câmbio da posição "N" para a posição "D" ou "R"
com o veículo parado e o motor em marcha lenta.

Depois de ter dado a partida no motor, de acordo com o procedimento descrito nas páginas precedentes,
operar do seguinte modo:

• Acionar o freio de imobilização (alavanca pneumática);

• Soltar o freio de estacionamento;

• Levantar o assento do motorista para dirigir com escotilha aberta (opcional);

• Colocar a alavanca de câmbio (1) na posição “D” (Drive) ou para deslocar a viatura em marcha a ré,
levantar o anel (2) da alavanca de câmbio, e colocá-la na posição "R".

• Depois de selecionar o câmbio, esperar por aproximadamente 1 a 2 segundos;

• Acionar o pedal de freio;

• Soltar o freio de imobilização;

• Liberar o pedal de freio;

• Acelerar progressivamente para colocar a viatura em movimento. Nunca se deve acelerar ao máximo
ao arrancar a viatura;

1
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Operação da Caixa de Câmbio

A marcha inserida (1) pode ser visualizada pelo motorista por meio de indicação digital, tanto no monitor
primário quanto no monitor secundário do motorista .

Eventuais falhas ou avarias no câmbio são sinalizadas por meio do acendimento das luzes-espia e
respectivamente nos monitores.

ATENÇÃO: Não insira uma marcha imediatamente após ligar o motor em temperaturas abaixo
de -15°C. Em vez disso, deixe o motor aquecer por aproximadamente 5 minutos com a alavanca de
câmbio na posição neutro.

Regimes de Marcha

• Alavanca de câmbio na posição “1”: Neste regime é inserida somente a 1ª marcha. É utilizada, por
exemplo, em subidas íngremes ou terrenos muito acidentados;

• Alavanca de câmbio na posição “2”: Regime utilizado para a circulação fora de estrada quando não
se pode trafegar em 3ª marcha. O arranque da viatura ocorre em 1ª marcha. O comando automático
insere a marcha 1 ou 2 em função das condições de tração;

• Alavanca de câmbio na posição “3”: Circulação fora de estrada. O arranque da viatura ocorre em 2ª
marcha. O comando automático insere as marchas 1, 2, 3 ou 4 em função das condições de tração;

• Alavanca de câmbio na posição “D”: Regime de marcha normal, circulação em estradas regulares:
asfalto, em terreno plano ou com leve inclinação; ou circulação fora de estrada com terreno bom. O
arranque da viatura ocorre em 2ª marcha. O comando automático insere a marcha 1 a 6 em função
das condições de tração. A velocidade máxima é 95km/h.

2
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Importante: As mudanças de marcha ocorrem somente nos pontos determinados pela central
eletrônica. Intervenção manual na sequência automática de deslocamento (deslocamento da
alavanca através das gamas de velocidade) pode ser usada para redução de marchas como
necessário para melhor controle do veículo.
Nota: Para impedir o excesso de rotações do motor, o câmbio possui uma proteção apropriada
para inserir marchas maiores, podendo chegar até a última marcha, independentemente do
regime de marchas escolhido.
Nota: A atuação da função Kick-Down provoca o desligamento temporário do ventilador do
sistema de arrefecimento. Para evitar um possível sobre aquecimento do motor, não acionar o
Kick-Down por mais de 01 (uma) vez dentro de um intervalo de 30 segundos, que é o período
no qual o ventilador do sistema de arrefecimento poderá estar desligado devido ao acionamento
da função. Pela mesma razão, não efetuar mais que 03 (três) acionamentos do Kick-Down em
sequência ao final do intervalo de 30 segundos.

Para utilizar o máximo da potência do motor, as rotações máximas podem ser obtidas usando o recurso
do kick-down, Para isso, pressionar até o fundo o pedal do acelerador (posição de kick-down), o que fará
com que a marcha seja reduzida, proporcionando uma acelaração mais rápida.

Posição Descrição
I Repouso (marcha lenta)
II Carga parcial
III Plena carga
IV Kick-down

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Resumindo, as posições que a alavanca de câmbio pode assumir são mostradas na tabela seguinte:

Posição da
Seleção Automática
Alavanca de Situação de Utilização
das Marchas
Câmbio
Marcha em terrenos com inclinação acentuada.

1 1ª Reboque.

Terreno muito acidentado.


2 1ª — 2ª Circulação fora de estrada, terreno pesado.
3 1ª — 2ª — 3ª — 4ª Circulação fora de estrada.
Circulação em estrada normal, terreno plano ou com leve
D 2ª — 3ª — 4ª — 5ª — 6ª
inclinação; circulação fora de estrada com terreno bom.
N Neutro Câmbio em neutro.
R Marcha Ré Marcha a ré.

Em determinadas situações, pode-se verificar a passagem de uma marcha inferior a uma superior e
vice-versa (oscilação de acoplamento) em intervalos curtos. Por exemplo, quando a força de tração
disponibilizada por uma marcha superior é muito baixa, como no caso de subidas íngremes. É possível
evitar essa oscilação entre duas marchas reduzindo a aceleração no pedal ou inserindo um regime
de marcha mais baixo.

ATENÇÃO: Sempre conduza o veículo engrenado. Se a transmissão é deslocada para


a posição "N" quando o veículo estiver em movimento, o acoplamento entre o motor e as rodas é
interrompido, além de impedir a operação do retardador.

ATENÇÃO: Se ocorrerem falhas na unidade de controle eletrônico, ou sempre que houver uma
falha de energia, a transmissão seleciona automaticamente "N".

Marcha a Ré

Depois da passagem à posição de marcha a ré, aguardar o ruído de acoplamento. Soltar o freio de
imobilização somente quando a aceleração seja tal que se perceba o primeiro sinal de movimento
de marcha a ré.

Mudança no sentido de marcha: à frente ou a ré

A passagem “neutro – marcha a ré” ou “neutro – marcha adiante” deve ser executada somente se o
veículo estiver parado com o motor em marcha lenta. Com a alavanca de câmbio em “N”, acionar o
pedal de freio, se necessário, e mover a alavanca para “D”, “1”, “2”, “3” ou “R”.

Marcha em descida e subida

Durante a condução da viatura em aclives ou declives onde uma determinada velocidade é estabelecida,
pode-se evitar a passagem de marchas superiores não desejáveis, escolhendo um regime de marchas
mais baixas (1,2,3).

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Nota: Para impedir o excesso de rotações do motor, o câmbio possui uma proteção apropriada
para inserir marchas maiores, podendo chegar até a última marcha, independentemente do
regime de marchas escolhido.

Em situações de subidas, soltar o freio somente quando a aceleração seja tal que se perceba o primeiro
sinal de movimento da viatura. O mesmo vale para subidas com a marcha a ré.

ATENÇÃO: Em subidas íngremes, acelerar imediatamente após soltar o freio. Em casos


extremos utilize o freio de imobilização para evitar o retorno do veículo.

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15-36-13-01-A-100-A-A — Retardador do Câmbio


O retardador é um freio hidrodinâmico com baixo desgaste localizado na caixa de câmbio. Seu uso é
recomendado em descidas não muito longas ou para frear em alta velocidade, de modo a resguardar o
freio de serviço.

O retardador pode ser ativado acionando levemente o pedal de freio. Quando o retardador é ativado, o
bloqueio de acoplamento das marchas superiores (observar o conta-giros) é acionado ao mesmo tempo.
Para cessar o acionamento do retardador, levantar o pedal de freio.

Com o motor funcionando, o retardador pode ser ajustado através do monitor primário selecionando a
função (1). e depois pressionando os 3 comandos (2); também é possível efetuar os ajustes através
dos comandos da coluna de direção.

Botão Descrição

Ao pressionar aumenta-se a ação do retardador até 125% do torque


nominal do motor em intervalos de 25%.

Ao pressionar diminui-se a ação do retardador até 0% do torque


nominal em intervalos de 25%.

Ao pressionar muda-se a ação do retardador para 0% de torque.

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Na área central dos monitores é mostrado o estado do retardador:

Botão Descrição

0% de frenagem

25% de frenagem

50% de frenagem

75% de frenagem

100% de frenagem

125% de frenagem

Condições de operação do retardador:

• Pedal do acelerador em posição de marcha lenta (posição de mínimo);

• Uma marcha à frente deve estar engrenada;

Nota: Se estas condições forem satisfeitas, o sistema impede mudanças para marchas mais
altas.

Se o pedal do acelerador for acionado, o retardador é desacoplado automaticamente e a inibição de


marchas mais altas é cancelada. Nesse caso, o retardador só é inserido novamente quando o pedal de
aceleração voltar à posição de mínimo.

Quando o acelerador não está pressionado (posição de mínimo) e a velocidade do veículo ultrapassa
120km/h, o retardador é ativado automaticamente de acordo com o estado previamente ajustado.

Quando o acelerador não está pressionado e a rotação do motor ultrapassa 2200rpm com a sexta
marcha selecionada, o retardador é ativado em 25%.

Em ambos os casos, apesar do pedal de freio não estar pressionado, a luz de freio acende ou pisca,
dependendo da ação do retardador.

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Com o retardador acionado, é necessário prestar atenção à temperatura do óleo do câmbio devido ao
aquecimento gerado. O controle da temperatura do óleo do câmbio é realizado mediante um termômetro
e uma luz-espia, localizados no monitor primário do motorista (1) e no monitor secundário do motorista (1).

ATENÇÃO: O funcionamento do retardador depende da temperatura do óleo da transmissão.


Risco de capacidade de frenagem reduzida.

Valores Limites de Temperatura de Óleo do Câmbio

Durante a operação do retardador, se a temperatura superar o valor máximo admissível (110°C), é


necessário continuar a frear o veículo com o freio de serviço (pressionando mais forte o pedal de
freio) até que a temperatura do óleo retorne aos limites previstos. Em casos excepcionais, períodos
curtos de operação com temperaturas entre 110 a 150 °C são permitidos (máx. 5 minutos. dentro de
um período de 1 hora).

Durante a operação em primeira marcha, o limite de temperatura para operação contínua é de 110°C. Em
casos excepcionais, períodos curtos de operação com temperaturas entre 110 a 130 °C são admissíveis
(máx. 5 minutos dentro de um período de 1 hora).

Durante a condução normal, a faixa de temperatura permitida é entre 90 a 100 °C. Quando o limite
permitido de temperatura do óleo for excedido, proceder da seguinte forma:

• Conduzir em aceleração parcial;


Se a temperatura do óleo não cair:

• Parar o veículo e colocar a alavanca de câmbio em “N”;

• Funcionar o motor em rotação pouco acima da marcha lenta.


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Importante: Se a temperatura do óleo do câmbio não cair até a faixa permitida dentro de alguns
minutos, as possíveis causas são: nível de óleo muito baixo ou muito alto, circuito de refrigeração
com defeito ou danos na transmissão. Informe o órgão competente logo que for possível.

Indicação do Nível de Óleo do Câmbio

Através de comandos nos monitores é possível verificar o nível de óleo do câmbio sob determinadas
condições:

• Veículo nivelado;

• Câmbio em neutro;

• Motor girando por mais de 2 minutos;

• Temperatura do óleo entre 70 a 90 ºC;

• Giro entre 520 a 770 rpm

• Velocidade = 0 km/h

Para efetuar a verificação acione a função auxiliar em um dos monitores e em seguida seleciona a função
(1). No próprio sinalizador (1) aparecerão as seguintes indicações conforme a medição encontrada.

• NO COND (fora das condições pré estabelecidas para medição)

• OK (nível correto)

• HIGH (nível alto)

• LOW (nível baixo)

• ERR (falha do sistema)

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MANUAL TÉCNICO 2355-005-12 - VBTP GUARANI 6X6 MR - DESCRIÇÃO E OPERAÇÃO

15-36-15-01-A-100-A-A — Direção Hidráulica


Em todas as condições normais de marcha em estrada e fora de estrada, a movimentação da VBTP
ocorre somente com o direcionamento servoassistido do 1º e 2º eixos.

Com o motor desligado ou falha no circuito primário da direção hidráulica, o esforço sobre o volante é
notavelmente mais elevado com o veículo parado ou com velocidade inferior a 5-6 km/h, devido à falta
da assistência hidráulica. Em velocidades superiores o esforço sobre o volante será intermediário, já
que o circuito secundário alimentado pela bomba auxiliar montada na saída da caixa de câmbio fornece
pressão hidráulica ao servo atuador da caixa de direção, sem ativação do cilindro servo atuador auxiliar.

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15-36-17-01-A-100-A-A — Ar Condicionado e Ventilação Forçada

Ar Condicionado

O sistema de ar-condicionado pode operar em modo normal ou automático. No modo normal, o operador
pode selecionar manualmente tanto a temperatura quanto a velocidade do ventilador. No modo
automático, apenas a temperatura pode ser selecionada. A velocidade do ventilador será controlada
pelo sistema.

Funcionamento Normal

• Pressionar o botão (1) para acessar o menu de ar-condicionado;

• Pressionar o botão (2) na área superior do monitor primário do motorista em modo automático ou
manual;

• Regular a velocidade do ventilador no interior da viatura, atuando no botão (3) na área superior do
monitor primário do motorista;

• Regular o nível de temperatura desejado, atuando no botão (4) na área superior do monitor primário
do motorista;

• Para obter níveis mais baixos de temperatura, deve-se inserir o compressor, pressionando o botão (3)
na área superior do monitor do motorista. Para níveis mais altos de temperatura, o sistema aciona
automaticamente a função de aquecimento, a qual funciona somente com o motor ligado;

Funcionamento Automático

Na modalidade de funcionamento automático, o sistema controla as condições térmicas estabelecidas


pelo operador (temperatura e velocidade do ventilador) nas diferentes condições em que a viatura
for empregada.

• Para operar o sistema em funcionamento automático, após escolher as condições de velocidade do


ventilador e nível de temperatura, selecione (2) na área superior do monitor primário do motorista.

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MANUAL TÉCNICO 2355-005-12 - VBTP GUARANI 6X6 MR - DESCRIÇÃO E OPERAÇÃO

Ventilação Forçada

Para acionar o sistema de ventilação forçada, selecionar nos monitores o menu do ar-condicionado,
através do comando (1), e depois acionar o botão (6) no menu secundário.

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15-36-19-01-A-100-A-A — Sistema de Controle de Pressão dos Pneus (CTIS)


A seguir, a identificação das funções do C.T.I.S. representadas nos monitores primário e secundário:

Funções do sistema CTIS

Ite-
Descrição Item Descrição
m
Seleção da condição de carga da viatura
(1) Ativação/desativação do sistema (6)
“CARGA OU VAZIO”
Seleção de enchimento de pneus Seleção da frequência de controle da pressão
(2) (7)
na modalidade “ESTRADA” “NORMAL OU FREQUENTE”
Seleção de enchimento de
Indicação de alarme de velocidade não
(3) pneus na modalidade “FORA (8)
adequada à pressão dos pneus
DE ESTRADA”
Seleção de enchimento de
(4) pneus na modalidade “AREIA, (9) Indicação de anomalia na alimentação de ar
LAMA OU NEVE”
Seleção de enchimento de pneus Indicação de alarme de variação brusca da pressão
(5) (10)
na modalidade “CRÍTICA” interna dos pneus (p. ex.: pneu furado)
Importante: O sistema de enchimento automático dos pneus (C.T.I.S.) deve ser obrigatoriamente
colocado em funcionamento (ativação e verificação do funcionamento) no mínimo uma vez
por semana.

ATENÇÃO: A utilização do sistema C.T.I.S. requer um controle contínuo por parte do motorista
da velocidade da viatura, a qual deve ser SEMPRE adequada às condições do terreno, para garantir
tanto a aderência das rodas quanto a estabilidade direcional.

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Operação do Sistema

Selecionar a função C.T.I.S. (1). Em seguida selecionar a função liga/desliga (2). Ao ativar o sistema, a
indicação de condição de carga (3) pisca primeiramente em modo rápido e depois, quando a central
eletrônica do C.T.I.S. é inicializada corretamente, acende em modo fixo. Se a luz-espia de carga
continuar piscando, a inicialização da central do C.T.I.S. não foi realizada.

A inicialização do sistema ocorre com todas as luzes-espia piscando em sucessão (teste automático).
Após a sequência de inicialização, é ativada automaticamente a modalidade de terreno previamente
selecionada.

A cada ativação é executado um ciclo de controle da pressão, para verificar a conformidade da


pressão de acordo com o terreno para cada pneu. São também atualizados o período de controle e a
modalidade de carga.

• Luz-espia pisca lentamente: nova seleção de terreno;

• Luz-espia pisca rapidamente: controle do ciclo;

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MANUAL TÉCNICO 2355-005-12 - VBTP GUARANI 6X6 MR - DESCRIÇÃO E OPERAÇÃO

Depois de ter ativado o sistema de enchimento automático dos pneus (C.T.I.S.) atuando no botão
(1)(Fig. 1) , realizar os seguintes passos:

• Adaptar a pressão interna do pneu em função do tipo de estrada a percorrer;

• Adaptar a pressão do pneu com base na carga;

• Inserir a frequência de controle de pressão;

Para desligar, pressionar o botão LIGA/DESLIGA para desativar o sistema. Se o motorista desligar o
sistema C.T.I.S. enquanto estiver em curso uma modificação da modalidade de terreno, o sistema
restaura a seleção da modalidade de terreno interrompida anteriormente. O mesmo procedimento é
aplicado em caso de interrupção da seleção da modalidade de carga.

Tipos de Terreno

Para permitir ao motorista operar em superfícies de diversos tipos, são disponíveis quatro tipos de
regulagens de terreno:

Botão Descrição

Para percursos em estradas pavimentadas;

Para estradas não pavimentadas;

Para terrenos com presença de areia, lama ou neve;

Situações de emergência e críticas (pressões muito baixas a baixas velocidades);

A seguir, são descritas as velocidades máximas e as relativas pressões nominais para cada tipo
de terreno:

Tipo de Velocidade Condições de Pressão (bar/psi)


Terreno (km/h) Carga 1º eixo 2º eixo 3º eixo
vazio 5,0 / 72 5,4 / 78 5,4 / 78
Estrada
carregado 5,7 / 83 5,7 / 83 5,7 / 83
Fora de vazio 3,2 / 46 3,4 / 49 3,4 / 49
≤ 70
estrada carregado 3,5 / 51 3,7 / 54 3,7 / 54
Areia, lama vazio 1,4 / 20 1,4 / 20 1,4/20
≤ 30
ou neve carregado 1/7 /25 1/7 /25 1/7 /25
vazio 1,2 / 17 1,2 / 17 1,2 / 17
Emergência ≤ 10
carregado 1,2 / 17 1,2 / 17 1,2 / 17

Para modificar a regulagem, pressionar o botão da modalidade desejada. A luz-espia de modalidade


de terreno selecionado começará a piscar (lentamente) e o sistema C.T.I.S. iniciará o enchimento ou
esvaziamento de todos os pneus.

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A luz-espia piscando em modo lento indica que está em curso a seleção de terreno, enquanto o led
aceso com luz fixa indica o terreno foi selecionado. Uma vez obtida a pressão do terreno selecionado, o
novo estado relativo ao terreno será indicado com luz fixa, enquanto o sinal relativo ao terreno anterior
será apagado. O sistema completará a operação executando um ciclo de pressão de controle/regulagem
para todos os pneus.

Quando o operador seleciona uma nova modalidade de terreno e a velocidade da viatura superar o limite
relativo ao novo terreno selecionado, a luz-espia de velocidade excessiva pisca durante alguns segundos
advertindo o motorista que a operação não é permitida.

Para permitir o esvaziamento do pneu ao variar o terreno (conforme Tabela), o motorista deve reduzir
a velocidade abaixo do limite de velocidade para o terreno desejado, ou selecionar um terreno com
pressão superior.

Para cancelar uma seleção de terreno com a alteração iniciada, selecionar uma nova modalidade
de terreno ou a modalidade corrente.

Modalidade de Carga

Esta opção permite ao motorista adaptar a pressão dos pneus à carga da viatura em relação ao
terreno selecionado. Trata-se de uma funcionalidade útil, pois otimiza a mobilidade da viatura e reduz o
desgaste dos pneus.

A função de carga permite obter três configurações de pressão para cada modalidade de terreno:

vazio e carga máxima.

Para escolher a modalidade de carga, selecionar (1). Uma vez obtida a pressão objetivo da modalidade
de carga selecionada, o novo estado relativo à modalidade de carga será indicado com luz fixa. O sistema
completará a operação executando um ciclo de pressão de controle/ regulagem para todos os pneus.

Funcionamento do Controle de Pressão

O sistema C.T.I.S. controla ciclicamente a pressão para cada um dos pneus da viatura. Essa
característica permite que o pneu mantenha a pressão objetivo correta com base no tipo de terreno e na
carga selecionada. Durante o ciclo de controle, a luz-espia de modalidade de terreno pisca em modo
rápido. Ao completar a operação, o sistema entra na modalidade “stand-by”.

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Existem dois modos de controle da pressão dos pneus:

• Controle manual: o motorista pode forçar manualmente o controle de pressão e do ciclo de regulagem
para todos os pneus da viatura. Para iniciar o ciclo de controle, basta pressionar o botão de
modalidade de terreno.

• Controle automático da pressão: o sistema C.T.I.S. prevê um controle automático para detectar,
regular e manter a pressão dos pneus. É possível escolher entre dois intervalos de controle periódico:
— Intervalo de controle periódico normal (luz-espia apagada)
— Intervalo de controle periódico rápido (luz-espia acesa)

A cada variação manual do intervalo do ciclo de controle, é ativado um ciclo de controle de pressão.

A função do intervalo rápido de controle é útil em condições críticas de terreno e de superfícies que
possam danificar os pneus. Controlando a pressão a intervalos mais curtos é possível identificar mais
precocemente eventuais danos dos pneus.

Contudo, o intervalo de controle rápido é acionado automaticamente em duas situações:

• Ao término de cada modificação de terreno com esvaziamento: trata-se de uma função que permite
uma leve regulagem da pressão após o esvaziamento. O intervalo de controle rápido é ativado por
2 ciclos e, logo após, um leve esvaziamento do pneu é induzido. Em seguida, o sistema restaura
o ciclo normal.

• A cada levantamento onde se constate perda de ar: controlando a pressão a intervalos mais curtos é
possível identificar mais rapidamente os pneus que apresentam perda de ar.

Nota: Uma vez selecionado o intervalo de controle rápido, as válvulas do C.T.I.S. serão
acionadas com frequência. Trata-se de uma modalidade temporária e o sistema retornará ao
intervalo NORMAL após a execução de 5 ciclos rápidos.

Funcionamento das Sinalizações de Advertência

Botão Descrição

Alimentação de ar: alerta em caso de alimentação insuficiente de ar.

Ruptura: sinaliza perdas de ar ou ruptura nos pneus. A luz-espia piscará na


condição em que a pressão do pneu estiver entre 80 e 60% do valor selecionado
e ficará acesa com pressão inferior a 60% do valor selecionado.

Velocidade: sinaliza a condição de superação da velocidade máxima.

ATENÇÃO: Na modalidade ESTRADA a velocidade excessiva não é sinalizada. Neste caso, o


C.T.I.S. bloqueia suas funções, inclusive o painel, para evitar condições não seguras durante a condução
em alta velocidade. Esta condição perdura até que a velocidade reduza de modo a permitir que sistema
C.T.I.S. entre novamente em funcionamento.

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MANUAL TÉCNICO 2355-005-12 - VBTP GUARANI 6X6 MR - DESCRIÇÃO E OPERAÇÃO

15-36-21-01-A-100-A-A — Tração e Bloqueio


É possível selecionar diversos modos de tração e bloqueio de diferenciais, de forma a ajustar as
condições de tração/bloqueio mais adequadas a cada tipo de terreno.

As opções de tração e bloqueio são selecionadas através dos monitores primário e secundário do
motorista. Pressionar o comando (tração) de seleção no menu principal e em seguida os botões do menu
secundário indicados na tabela abaixo:

ATENÇÃO: Os seguintes comandos devem ser utilizados quando as condições do piso da


estrada reduzirem a aderência das rodas. Utilização somente em caso de absoluta necessidade e em
baixa velocidade. Efetuar curvas com bloqueio transversal acionado em solo com boa aderência danifica
o sistema de transmissão do veículo.

Pré--condições para
Pré Pré--condições para
Pré
Botão Ação
Ativação Desativação
Bloqueio transversal dos
Ativa/desativa a tração 6x6 Nenhuma eixos intermediário e
traseiro desativados.
Ativa/desativa o bloqueio Bloqueio transversal dos
longitudinal entre os eixos Nenhuma eixos intermediário e
intermediário e traseiro traseiro desativados.
Ativa/desativa o bloqueio Tração 6x6 e bloqueio
transversal dos eixos longitudinal entre os Bloqueio transversal do
intermediário e traseiro eixos intermediário e eixo dianteiro desativado.
(velocidade máxima: 15 km/h) traseiro ativados.
Tração 6x6 e bloqueios
Ativa/desativa o bloqueio
longitudinal e transversal
transversal do eixo dianteiro Nenhuma
dos eixos intermediário e
(velocidade máxima: 15 km/h)
traseiro ativados.

Nota: Ao acionar de forma conjunta os comandos de tração 6x6 e de bloqueio longitudinal dos
eixos intermediário e traseiro, o modo "Off-Road" do sistema ABS é automaticamente ativado. O
modo "Off-Road" do ABS pode ser manualmente ativado ou desativado em qualquer condição
de tração/bloqueio, através do botão do menu de tração e bloqueio.
Importante: Liberar os comandos mencionados neste parágrafo tão logo a viatura esteja em
condições de marcha normais ou de boa aderência.

Caso algum modo de tração/bloqueio seja selecionado sem que as pré-condições para ativação ou
desativação estejam atendidas, o comando é ignorado, e o sistema exibe a mensagem de erro
"Diferencial não está na posição correta" na área de mensagens de alerta dos monitores.

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MANUAL TÉCNICO 2355-005-12 - VBTP GUARANI 6X6 MR - DESCRIÇÃO E OPERAÇÃO

15-36-23-01-A-100-A-A — Sistema ABS e Modo "Off-Road"

A viatura dispõe de sistema antitravamento dos freios (ABS), controlado eletronicamente, que atua nas
pinças de freio do 1º e 2º eixos. Caso a tração 6x6 e o bloqueio longitudinal do diferencial dos eixos
intermediário e traseiro sejam selecionados de forma conjunta, o sistema ABS automaticamente passa
para o modo "Off-Road", onde os parâmetros de atuação do sistema são modificados para adequação à
frenagem em condições fora-de-estrada.

O modo "Off-Road" do ABS também pode ser selecionado manualmente, através do comando (1) no
menu de seleção de tração e bloqueio de diferencial. A ativação do modo ”Off-Road" do ABS é indicada
pela luz-espia (1) em verde no menu de seleção de tração e bloqueio.

Em caso de falha no sistema pneumático de frenagem, as luzes-espia (2) ou (3) se acenderão no


painel do motorista, enquanto falhas dos conversores hidro-pneumáticos (AoH) do sistema de freio
são indicadas através da luz-espia (4).

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15-36-25-01-A-100-A-A — Sistema Anti-Incêndio

ATENÇÃO: A não observação das indicações de segurança presentes neste capítulo pode
provocar consequências como ferimentos graves ao pessoal, danos à viatura e ao meio ambiente.
Obedecer sempre às precauções gerais e às normas de segurança em vigor para o uso seguro da viatura.

ATENÇÃO: Ao executar qualquer ação de manutenção no sistema anti-incêndio, instalar


tampões de segurança nos bocais difusores , e certificar-se que o pino de segurança das válvulas
dos extintores esteja instalado.

ATENÇÃO: Os extintores contêm, no interior dos cilindros, um líquido extintor (NOVEC 1230)
pressurizado a 52bar: a distâncias muito próximas, a descarga pode provocar danos ao corpo. Ao
manusear os cilindros, usar equipamento de proteção (macacão e óculos). Com o extintor carregado
desprovido do tampão de segurança, não aproximar o rosto e não olhar na direção do bocal de descarga
da válvula.

ATENÇÃO: Concentrações elevadas de gás por longos períodos de tempo são potencialmente
perigosas para a tropa. Em caso de contato com os olhos ou a pele não há necessidade de medidas
de pronto-socorro. Em caso de ingestão, buscar imediato socorro médico e não induzir o vômito. Em
caso de inalação, ao se manifestarem os sintomas, levar a pessoa a uma área aberta. Se persistirem os
sintomas, consultar o médico.

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ATENÇÃO: Jatos de vapor ou água quente sob pressão podem provocar a descarga acidental
dos extintores.

ATENÇÃO: Não utilizar chamas livres, soldar ou expor os sensores do sistema anti-incêndio às
fontes indicadas na Tabela, a não ser em distâncias superiores à mínima especificada. Caso contrário,
pode ocorrer a descarga acidental dos extintores.

O sensor dispara sinal de alarme quando exposto a fontes relacionadas na tabela seguinte:

Fontes de Excitação dos Sensores (ou equivalentes) Distância


Luz do sol direta ou indireta (refletida com espelho ou por roupas Sem resposta a
de cores vivas), lanterna ou luz fluorescente qualquer distância
1. Luzes de emergência:

2. 1. Flash emergência laranja 24 V, 2 joules

2,5cm

3. 2. Giroflex amarelo 28 V, 21 W incandescente

4. 3. Giroflex laranja 24 V, 70 W halógena H1


Faróis de veículo 15,2cm
Luz incandescente 100 W branca 2,5 cm
Luz incandescente 100 W filamento, clara 5,1cm
Arco elétrico (vela distribuidor 28 KV, distância dos eletrodos
2,5cm
0,5 cm) mesmo em rápida sequência
Luz infravermelha de veículo (MS 53024-1) 30,5cm
Flash eletrônico de máquina fotográfica digital convencional 30,5cm
Soldagem a arco elétrico (eletrodo de 0,4 cm, dimensão do arco 1,0 cm) 76,2cm
Chama oxiacetilênica (dimensões da chama 1,5 x 2,0 cm) 30,5cm
Disparo de arma de fogo (pistola automática tipo Beretta 92F) 5,1cm

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Fontes de Excitação dos Sensores (ou equivalentes) Distância


Radiador elétrico.

1. Secador de cabelo 1500W 30,5cm

2. Soprador térmico 2000W


Cigarro ou charuto acesos. 2,5cm
Acendimento de fósforo de madeira. 10,2cm
Acendimento de isqueiro (chama 2,0 cm). 10,2cm

ATENÇÃO: A quantidade de agente extintor contida nos extintores é prevista para manter
as vias respiratórias da tropa com um nível de concentração inferior ao limite considerado perigoso.
Porém, se o cenário operacional permitir, é aconselhável evacuar a viatura dentro de 5 minutos após
a execução da descarga do agente extintor, em particular no caso de duas descargas consecutivas
em curto intervalo de tempo.

ATENÇÃO: Os dispositivos de segurança dos equipamentos, tanto os mecânicos quanto os


elétricos, devem ser mantidos em condições de correto funcionamento e nunca devem ser removidos ou
excluídos sem autorização.

Acionamento e Desligamento do Sistema

Os comandos para operação do sistema anti-incêndio estão localizados no painel de segurança do


motorista.

O sistema anti-incêndio também pode ser acionado a partir da área externa da viatura desde que o
interruptor de manobra externa não esteja desabilitado no painel de segurança.
Nota: A desabilitação da manobra externa torna inativo o botão externo. A não-desabilitação
torna a tropa vulnerável durante operações em cenário urbano ou manutenção da paz.

Simbolo Tipo Função/Comando


Sinal de restauração do sistema,
RESET-OFF Interruptor acionamento da ventilação
e desligamento.
Teste de lâmpadas – quando
pressionado
TEST Interruptor

Teste do sistema – quando solto


Desabilita o interruptor de
EXT Interruptor com proteção
manobra externa
Ativação manual dos extintores
ENGINE Interruptor com lacre
do compartimento do motor
Ativação manual dos extintores
HULL Interruptor com lacre
do compartimento da tropa

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Para Ligar o Sistema

Ligar a chave de alimentação principal do sistema elétrico da viatura (1).

• Esperar o término da sequência de autodiagnose “AUTOTEST”.

• Verificar a indicação verde “ON” acesa no painel de controle (2) e a luz verde “C” acesa no display
da central.

• Verificar a indicação amarela“FAULT” apagada no painel de segurança do motorista (2) e de todas as


luzes vermelhas apagadas no display da central.

• Se a missão exigir, pressionar o botão “EXT” para desabilitar a manobra externa e verificar o
acendimento da indicação no painel de segurança do motorista (2).

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Para Desligar o Sistema

Em caso de estacionamento da viatura:

• Caso tenha acionado a inibição da manobra externa devido à missão, acionar o botão EXT para
habilitar a ação externa e conferir o apagamento da indicação .

• Desligar a chave de alimentação principal do sistema elétrico (1): o sistema será desligado
automaticamente depois de 2 horas.

Em caso de desligamento do sistema:

• Desligar a chave geral de alimentação principal do sistema elétrico (1).

• Pressionar “OFF” por pelo menos 5 segundos e verificar o apagamento da indicação “ON” e “C”.

Manobra Externa (Compartimento da Tropa e Compartimento do Motor)

Na presença de fumaça ou chamas saindo do veículo estacionado, o pessoal deve:

• Girar o lacre do botão MANOBRA EXTERNA (1) localizado na parte traseira da viatura, à esquerda
da rampa.

• Pressionar fortemente o botão até ouvir o ruído de ativação dos extintores.

• Em caso de recomeço do incêndio depois de 5 segundos da primeira descarga, o pessoal pode


novamente executar as operações a partir do ponto 1.

• Notificar o estado de DESCARGA REALIZADA ao pessoal de manutenção.

Auto Diagnose
Nota: O sistema de auto diagnose impede ao operador de restaurar (mediante RESET) as
sinalizações do sistema, a não ser depois de ter eliminado a anomalia.

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O sistema de auto diagnose executa uma verificação funcional dos componentes (AUTOTEST) no ato da
ativação da chave geral da viatura, com duração de 5s, ou a cada vez que é ativado o botão “TEST”.

O acionamento do botão “TEST” provoca o acendimento de todas as luzes-espia no painel de controle e o


acendimento de todos os led’s no display da central eletrônica de controle para a inspeção visual apenas
das luzes dos led's. Somente a liberação do botão “TEST” provoca o início da verificação funcional de
todo o sistema. A falta de ligação de um sensor ou um extintor ao chicote ou o mau funcionamento do
mesmo chicote provoca a indicação de avaria mesmo sem a necessidade de realizar o teste do sistema.
A conexão dos sensores e extintores e o estado de carga dos extintores são monitorados em tempo real.
Logo após uma eventual anomalia, a luz-espia “FAULT” acende-se no painel de controle e oled aceso no
display da central eletrônica fornece a exata indicação do componente em avaria.

O sistema registra eventuais ligações e desligamentos dos extintores. O desligamento é registrado como
uma avaria, com a indicação correspondente do extintor em avaria no display da central eletrônica;
uma vez religado, a indicação no display da central eletrônica desaparece, mas a luz-espia de avaria
permanece acesa, de modo a sinalizar ao operador que a ligação a um ou mais extintores falhou.

Símbolo Cor Função: Sinalização


ON Verde Sistema operativo
FAULT Amarelo Presença de avaria

Amarelo Manobra externa desabilitada

Vermelho Alarme de incêndio no motor

1ª Descarga realizada
Amarelo
(compartimento do motor)

1ª Descarga realizada
Amarelo
(compartimento da tropa)

Identificação no Display
Cor Função
da Central
1ª linha (extintores): Leds 1 a 8 Vermelho Extintores E1 a E8
1ª linha (extintores): Led 9 Vermelho Não utilizado
Sensores S1, S2 e S3 no
2ª linha (sensores): Leds 1, 2 e 3 Vermelho
compartimento da tropa

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Sensores S4 e S5 no
2ª linha (sensores): Leds 4 e 5 Vermelho
compartimento do motor
2ª linha (sensores): Leds 6, 7 e 8 Vermelho Não utilizados
Estado da central eletrônica
2ª linha (sensores): Led C Verde
de controle

Nem todos os led's são utilizados. O acendimento de um led vermelho identifica uma avaria no respectivo
componente conforme a tabela a seguir:

LRU Estado do led Falha


Sensor 1-5 Apagado Funcionando corretamente
Sensor 1-5 Aceso Não está conectado
Sensor 1-5 Piscando regulamente Conectado, mas falha no teste funcional
C Aceso Central de controle funcionando corretamente
Falha não crítica: tensão de alimentação
C Piscando regularmente
acima de ou abaixo dos limites
Falha crítica: falha ou inibição de vigilância
C Piscando irregularmente
de alta / baixa tensão
1. Extintor desconectado, (ou foi desconectado
e reconectado após última reinicialização).

Sensor 1–8 Aceso


2. Circuito interno da válvula aberta;

2. Circuito interno da válvula aberta;


Sensor 1–8 Piscando regularmente Descarga normal do extintor após a ativação

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15-36-27-01-A-100-A-A — Sistema de Proteção Contra Agentes Químicos,


Bacteriológicos e Nucleares (QBN)
A fim de ligar o sistema QBN no modo de ventilação, deve-se operar da seguinte forma:
Acionamento eletrônico: para acionar eletronicamente o sistema no modo de ventilação, pressionar o
botão (1) na área direita do menu de seleção principal do monitor primário do motorista.
Para inserir a ventilação em modo de baixa velocidade, pressionar a tecla (3).
Para inserir a ventilação em modo de alta velocidade, pressionar a tecla (4).

Menu principal do Motorista


Acionamento manual: para ativar manualmente o sistema no modo de ventilação, acionar o botão (1) e,
após a inserção da alavanca de segurança no dispositivo dedicado (1), localizado no interior e à direita
do veículo, girar o punho da alavanca no sentido anti-horário.
Quando o sistema está operando em modo de ventilação, o ícone (1) permanece aceso no monitor
primário do motorista.

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Operação no Modo de Filtragem QBN

A fim de acionar o sistema no modo de filtragem QBN, deve-se operar da seguinte forma:

• Acionamento eletrônico: para acionar eletronicamente o sistema no modo de filtragem QBN,


pressionar o botão (1) e em seguida o botão (2) no monitor primário do motorista.

• Acionamento manual: para acionar manualmente o sistema no modo de filtragem QBN, utilizar o
botão (1) e, após a inserção da alavanca de segurança no dispositivo dedicado (1), girar o punho da
alavanca no sentido horário.

Quando o sistema está operando em modo de QBN, o ícone (2)permanece aceso no monitor primário do
motorista.

A sobrepressão do sistema QBN pode ser visualizada através do display dedicado (1), localizado no
posto do motorista, à esquerda da central do sistema QBN. No caso de baixa pressão no sistema
QBN, uma luz-espia será acesa e o motorista deverá tomar as medidas cabíveis de forma a não expor
a tropa embarcada ao risco de contaminação.

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MANUAL TÉCNICO 2355-005-12 - VBTP GUARANI 6X6 MR - DESCRIÇÃO E OPERAÇÃO

Além do indicador de sobre pressão, o sistema tem um indicador de vazão localizado a direita do posto
do motorista onde é possível ajustar a vazão como requerido.

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Sinalizações e Alarmes Fornecidos Pelo Sistema

Em caso de falha ou filtro obstruído, o sistema QBN fornece as seguintes sinalizações de alarme:

Sinais ou alarmes
fornecidos pelo
Luz--
Luz
Evento Descrição sistema (nos Notas
espia
painéis do
motorista)
FILTRO
OBSTRUÍDO
O sistema exclui
Filtro QBN obstruído
Filtro QBN automaticamente
e queda de pressão
obstruído este aviso após a
abaixo de valor limite Luz-espia indicadora substituição do filtro.
de filtro QBN
obstruído acesa

O sistema é operado MODO QBN


Modo operacional no modo de filtragem
QBN QBN (o ar passa
através do filtro QBN) Indicação acesa
MODO VENTI-
O sistema é LAÇÃO
Modo operacional operado no modo
de ventilação de ventilação (o ar
by-pass não passa através
do filtro QBN) Indicação em baixa
ou alta velocidade
FALHA
Neste caso o sistema
Falha não crítica mantém 100% do
desempenho
Falha no conjunto Luz-espia acesa
da válvula FALHA Neste caso
funcionamento
Falha crítica do sistema é
interrompido
Luz-espia piscando automaticamente
BAIXA PRESSÃO
NO SISTEMA
Baixa pressão no Baixa pressão no
sistema QBN sistema QBN

Luz-espia acesa

Nota: Quando a luz-espia de falha se acende (sem piscar), o sistema mantém 100% de seu
desempenho, porém requer uma atividade completa de manutenção o mais rápido possível.

Descontaminação QBN

O objetivo da descontaminação QBN é tornar a viatura e todos os seus equipamentos novamente


disponíveis após ter sido contaminada por agentes químicos, bacteriológicos e/ou poeira radioativa.

Para reduzir ao mínimo o período de inatividade, em compatibilidade com as exigências operacionais e


com o grau de contaminação, a descontaminação pode ser efetuada através de duas formas: urgência
ou específica (nuclear, bacteriológica ou química). A descontaminação específica é efetuada somente
por pessoal especializado.

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MANUAL TÉCNICO 2355-005-12 - VBTP GUARANI 6X6 MR - DESCRIÇÃO E OPERAÇÃO

Descontaminação de Urgência

A descontaminação de urgência é efetuada pela tripulação com os meios disponíveis no campo para
reduzir o máximo possível o nível de contaminação, de modo a minimizar o risco quando for essencial
continuar o emprego operacional da viatura.

O método mais simples e rápido consiste em lavar abundantemente a viatura com água.

Descontaminação Nuclear

Eliminar a poeira radioativa retida no material usando escovas, pincéis ou flanelas, atentando para a
limpeza das partes que são manipuladas mais frequentemente. Em caso de limpeza úmida, os materiais
para a descontaminação devem ser embebidos nos seguintes líquidos:

• Água com sabão, se possível quente (ou água pura para as partes de borracha ou plástico);

• Líquido descontaminante D5-2 (se disponível); em alternativa podem ser usados solventes orgânicos
(gasolina, tetracloreto de carbono, etc.) ou água pura;

Todo o material utilizado e os produtos resultantes não devem ser queimados, mas enterrados
profundamente.

Descontaminação Bacteriológica

A descontaminação bacteriológica é executada com pincéis, escovas ou flanelas embebidas em


solventes orgânicos (gasolina, tetracloreto de carbono, etc.), ou com soluções aquosas de bactericidas
(formaldeído ou lysoform) na concentração de 3 a 10% ou com hipoclorito de sódio, ou creolina, a
3% para as partes mais delicadas (borracha, plástico, etc.). As partes menos delicadas podem ser
tratadas com líquido descontaminante D5-2 ou com muita água. Se possível, é oportuno completar a
descontaminação com uma longa exposição ao sol para destruir os esporos mais resistentes.

Descontaminação Química

A descontaminação química pode ser executada por meio de remoção mecânica do seguinte modo:

• Absorvendo os líquidos agressivos com pós absorventes comuns (bentonita, talco, etc.);

• Removendo com pincéis ou escovas todos os resíduos de pó absorvente;

• Eliminando eventuais resíduos agressivos mediante pincéis, escovas ou flanelas embebidas em


solventes orgânicos (gasolina, tetracloreto de carbono, etc.);

ATENÇÃO: Alguns reagentes anti-QBN são à base de ésteres fosfóricos e são particularmente
agressivos em contato com o poliuretano. Consequentemente, depois de efetuada a descontaminação,
a viatura deve ser conduzida a um órgão competente.

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SEÇÃO 08

OPERAÇÃO
ANFÍBIA
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15-51-01-01-A-100-A-A — Segurança na Operação Anfíbia

ATENÇÃO: Para realizar uma operação anfíbia, devem ser rigorosamente respeitadas as
advertências e normas de segurança estabelecidas. Todo o pessoal da tropa deve estar familiarizado
com as normas descritas a seguir.

PERIGO: A tripulação da viatura deve atentar para o peso máximo 17.500kg (valor aproximado para as
versões Platt e Remax) para operação anfíbia sem flutuadores com segurança.

• Não operar um veículo que não esteja equilibrado. Distribuir pessoal, carga e munições para obter
um bom nível de equilíbrio do veículo na água;

• Não operar a viatura em cursos d’água em que a correnteza exceder a velocidade de 6 km/h;

• Não entrar na água caso a margem tenha uma inclinação de 26° (47%) ou superior;

• Não entrar em margens que estejam muito escorregadias, pois o veículo pode perder a tração;

• Todos os tampões de drenagem da carcaça devem estar corretamente instalados para evitar a
entrada de água;

• Não adentrar a água em caso de irregularidades no sistema de transmissão e no sistema anfíbio.


Danos ao sistema anfíbio podem resultar em perda de controle do veículo;

• Quando operando em águas agitadas, diminuir a velocidade e virar lentamente, a fim de evitar
arfagem (oscilação) do veículo e possível alagamento ou inundação do mesmo;

ATENÇÃO: Não passar próximo de nadadores e não permitir qualquer aproximação do veículo
por trás ou pelos lados. Se por algum motivo for necessário resgatar uma pessoa da água e não houver
nenhum barco de segurança nas proximidades, aproximar a viatura da pessoa (que esteja visível, com a
cabeça fora da água) e efetuar o salvamento na parte frontal do veículo.

ATENÇÃO: A blindagem adicional não é compatível com a operação anfíbia. Para acionar os
propulsores marinhos, os painéis de blindagem adicional devem ser removidos.

ATENÇÃO: Todas as paredes divisórias da viatura devem estar montadas para adentrar a água.

ATENÇÃO: Se um ruído anormal for ouvido durante operações anfíbias, retirar a viatura da
água o mais rapidamente possível. Não continuar a operação anfíbia.
Ao sair da água, desligar a movimentação anfíbia, logo que possível. Nunca conduzir em terra com o
sistema anfíbio ativado. Risco de danos à unidade anfíbia.

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MINISTÉRIO DA DEFESA – EXÉRCITO BRASILEIRO
MANUAL TÉCNICO 2355-005-12 - VBTP GUARANI 6X6 MR - DESCRIÇÃO E OPERAÇÃO

15-51-11-01-A-100-A-A
15-51-11-01-A-100-A-A — Comandos e Instrumentos para Operação Anfíbia

O veículo utiliza as hélices para a força motriz comandada pelas manetes de navegação anfíbia. O
controle do veículo é feito com a movimentação independente das manetes de navegação para controlar
a velocidade e efetuar curvas.

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Utilizar a segunda tela do monitor primário ou secundário para a movimentação do veículo na água.
Esta tela apresenta os seguintes instrumentos de navegação anfíbia:

• Indicador para esnórquel, ventilação do motor, quebra-ondas e escotilha na rampa traseira;


• Indicador de pressão dos propulsores das hélices;

Operação Normal (Margem Rasa)


Para entradas e saídas normais, a viatura deve ser alinhada para entrar na água a 90° em relação
à margem.

Água com Correnteza


Ao entrar em um curso d’água que tenha correnteza rápida, logo que o veículo estiver flutuando,
combater os efeitos da correnteza direcionando o veículo contra a direção da mesma. Não operar a
viatura em cursos d’água em que a correnteza exceder a velocidade de 6 km/h.

Parando na Água

• Reverter as manetes (posição “R”) de manobra anfíbia (2) mantendo o controle do veículo até que
o mesmo pare;

• Posicione as manetes em neutro (1);


• Desabilitar a função “SELECT” para desacelerar o motor;
• Verifique se a alavanca seletora de marchas está em ponto morto (N);

Reversão na Água
Para reverter na água, reverter as manetes (posição “R”) (2) de manobra anfíbia mantendo o controle
do veículo.

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MANUAL TÉCNICO 2355-005-12 - VBTP GUARANI 6X6 MR - DESCRIÇÃO E OPERAÇÃO

15-51-13-01-A-100-A-A — Bombas de Porão

As bombas de porão do compartimento do motor e da tropa são habilitadas com o botão liga/desliga (1).
Porém, para que as bombas sejam acionadas, é necessária a detecção de água pelos sensores.

É possível o acionamento direto das bombas através do monitor primário e secundário através dos
botões de bomba de porão no compartimento do motor (2) e no compartimento da tropa (3).

O painel de segurança possui também botões de acionamento da bomba de porão do compartimento da


tropa (2)e do compartimento do motor (3), para casos de emergência.

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15-51-21-01-A-100-A-A — Procedimentos para Entrada na Água


Antes de entrar na água, o motorista deverá assegurar-se de que os seguintes passos foram tomados:
• Aproximar-se da água;
• Parar o veículo;
• Aplicar o freio de imobilização ou o freio de estacionamento;
• Mudar a alavanca seletora de marchas para "N" (neutro);
• Abaixar ou retirar o para-brisa (se for o caso);
• Abrir a rampa traseira e verificar se todos os tampões de drenagem estão corretamente instalados.
Após a verificação, fechar completamente a rampa traseira;
• Levantar o esnórquel de entrada de ar (1). Puxe e gire no sentido horário para travar;

• Verificar o fechamento da rampa e das escotilhas observando a condição das guarnições de borracha;
• Destravar a escotilha da rampa (medida de segurança em caso de emergência).em uso;
• Verificar visualmente se as escotilhas de ventilação do motor estão fechadas;
• Baixar a caixa de manetes de navegação anfíbia, e colocar as manetes (1) de navegação anfíbia na
posição neutra “N” (2);

• Selecionar o menu de navegação anfíbia do monitor, e pressionar o botão liga-desliga para ativar
o modo de operação anfíbia. obs.: Ao selecionar o modo de operação anfíbia, as indicações de
habilitação dos sensores das bombas de porão, de pressurização dos grupos mecânicos, da tração
integral e dos bloqueios de diferencial são automaticamente ativadas;
• Selecionar a tela de navegação no monitor (primário ou secundário);

ATENÇÃO: Se uma luz-espia se acende indicando alguma falha no sistema, teste novamente o
sistema. Caso a indicação continue, não adentre a água.

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• Verificar as indicações do monitor primário e monitor secundário do motorista;

• Na área de luzes-espia, a luz-espia "Rampa destravada" deve estar apagada;

• Na tela de navegação, os indicadores de posição do esnórquel, do quebra-ondas, das tomadas de ar


do vão do motor, e da rampa traseira e sua escotilha devem estar na condição verde;

No menu de navegação do monitor, as indicações de operação anfíbia (1), pressurização mecânica (2), e
habilitação dos sensores das bombas de porão (3) e (4) devem estar permanentemente acesas;

• Através dos comandos no painel de segurança do motorista, acionar brevemente as bombas de


porão do compartimento da tropa (2) e do compartimento do motor (3), e verificar o funcionamento
das mesmas através do ruído característico;

ATENÇÃO: Antes de testar o funcionamento dos propulsores marinhos (hélices), tenha certeza
de que não há ninguém nas proximidades.

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• Realizar o teste de acionamento dos propulsores, através das manetes de navegação direita
e esquerda. Verificar o funcionamento dos mesmos utilizando os retrovisores e/ou através de
verificação visual;

• Verificar o tipo de terreno na margem, e, se necessário, configurar no sistema C.T.I.S a pressão


de pneus mais adequada ao tipo de terreno;

• Selecionar a 1ª marcha, liberar o freio de imobilização e/ou o freio de estacionamento, caso


acionados, e entrar na água;

• Acelerar levemente a viatura e acionar o botão “SELECT” (1) com a viatura acelerada. O acionamento
da tecla SELECT mantém a rotação do motor estabilizada no nível onde ela estiver quando a tecla for
acionada, não sendo necessário o acionamento do pedal do acelerador. Este procedimento garante o
suprimento de pressão hidráulica para o funcionamento das hélices de propulsão anfíbia;

• Quando as rodas da viatura perderem contato com o terreno e a viatura começar a boiar, mudar a
alavanca seletora de marchas para "N" (neutro);

Importante: Se houver demora em entrar na água, colocar a transmissão automática em "N"


(neutro) e desligar o interruptor da unidade anfíbia para evitar superaquecimento do motor
e das bombas.

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15-51-23-01-A-100-A-A — Procedimentos para Saída da Água


Importante: Sob nenhuma circunstância a unidade anfíbia deve ser deixada ativada por
períodos longos na terra.

Ao fim da operação anfíbia, deve-se adotar o seguinte procedimento para saída da água:

• Olhar para frente. Se a condução exige uma pressão de pneus especial, realizar a pré-seleção antes
de se aproximar da costa ou margem do rio;

• Ao aproximar-se da margem, não conduza sobre objetos salientes como pedras, tocos de madeira,
etc;

• Pressionar a tecla “SELECT” (2)para colocar a rotação do motor em marcha lenta;

• Engatar 1 ª marcha e verifique que tração integral (6x6) esteja selecionada;

• Quando as duas rodas dianteiras estiverem em contato com a terra, acelerar o veículo até que
esteja fora da água;

• Se a derrapagem dos pneus do veículo impedir a subida na rampa, voltar o veículo lentamente para a
água e repetir o procedimento utilizando-se da tração com bloqueio;

• Uma vez que as rodas de tração e o veículo estejam fora da água, desligar a unidade anfíbia através
do botão liga/desliga (1);

• Desligar as bombas de porão se tiverem sido ativadas manualmente;

• Recolher o quebra-ondas e esnórquel;

• Selecionar o menu de navegação anfíbia do monitor, e certificar-se que se todas as indicações de


navegação anfíbia estão apagadas;

• Selecionar o modo apropriado de tração e bloqueio do veículo;

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ATENÇÃO: Na condução da viatura fora da água, tomar cuidados adicionais na utilização


do freio molhado.

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15-51-25-01-A-100-A-A — Operação de Vau

Quando a viatura transpuser cursos d’água com pouca profundidade (em que a viatura dependa de
tração apenas nas rodas e não nas hélices), porém com profundidade suficiente para a água atingir os
redutores dos cubos de roda, o botão “Pressurização mecânica” deve ser acionado. Este botão executa
as seguintes funções:

• Pressurização dos seguintes grupos mecânicos: Caixa de transferência, diferenciais, e redutores dos
cubos de roda;

• Habilitação das bombas de porão, acionadas somente na presença de água;

1
Página
Intencionalmente
Deixada em Branco
SEÇÃO 09

OPERAÇÃO
NOTURNA
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15-52-11-01-A-100-A-A
15-52-11-01-A-100-A-A — Operação do Visor Noturno

ATENÇÃO: O visor noturno não deve permanecer ligado em condições de luminosidade


externa, pois isso pode causar danos ao tubo intensificador de imagem do visor.
O sistema de visão noturna permite a condução escotilhada da viatura à noite, sem o uso de iluminação
artificial, em velocidades compatíveis às atingidas em condição diurna.
Para a operação do visor noturno, é necessário que os modos de disciplina de luzes ou de "black-out"
estejam ativos.
Para instalação do visor noturno, remover o periscópio central do motorista e instalar o visor noturno.
Para remover o periscópio do motorista, é necessário remover a trava de fixação, que pode estar
inserida à esquerda ou à direita do equipamento. Ao instalar o visor, ajustar o parafuso de fixação na
lateral direita, para garantir que a instalação não apresente folgas.

Conectar o cabo de alimentação no conector na caixa de potência (1), localizada à frente do posto do
motorista.

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Antes de operar o dispositivo, certificar-se que o dispositivo está corretamente instalado no veículo.

Para ligar o visor, acionar o interruptor liga/desliga (1) para a posição ON. O tubo intensificador de
imagem irá se ajustar automaticamente de acordo com as condições de iluminação.

Para desligar o visor, mover o interruptor liga/desliga (1) para a posição OFF

Ao término da missão, o visor noturno deve ser removido e devidamente acondicionado em sua caixa à
esquerda do motorista, e o periscópio central do motorista deve ser reinstalado em sua posição.

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15-52-13-01-A-100-A-A — Limpeza e Manutenção do Visor Noturno


Caso o visor apresente problemas de visibilidade, verificar se todas as superfícies de vidro estão limpas
e livres de embaçamento.

Para limpeza da carcaça do visor noturno, devem ser usados um pano e água limpa em abundância.
Uma pequena quantidade de detergente adicionada à água ajudará na remoção de marcas de dedos
e manchas de óleo. Para secar a peça, utilizar um pano macio. O mesmo procedimento deve ser
adotado para limpar a janela para visualização.

Os cabos e conectores elétricos, interfaces mecânicas e soquetes devem ser mantidos limpos e secos.

Ao verificar ou substituir o fusível (1), é necessário cuidado para não danificar a vedação do visor noturno.

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SEÇÃO 11

OPERAÇÕES
ESPECIAIS
DIVERSAS
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15-53-01-01-A-100-A-A — Transposição de Campos Possivelmente Minados

Antes de Iniciar a Missão

Em complemento aos controles a efetuar normalmente antes de uma missão, verificar em particular:

• A presença e o próximo controle anual das proteções balísticas;

• A correta estanqueidade das guarnições das escotilhas;

• O correto fechamento das escotilhas;

• As condições dos cintos de segurança e o funcionamento do sistema de travamento dos cintos;

• A fixação dos assentos;

• O correto deslocamento e a fixação das dotações;

• A presença e a correta posição dos encostos dos assentos;

• O correto funcionamento do sistema de enchimento automático dos pneus (C.T.I.S.);

• A regulagem do assento e do volante de modo a obter uma correta posição de direção;

• O correto funcionamento do sistema QBN;

Antes de Transpor Campos Possivelmente Minados

• Verificar se há algum objeto sob os assentos (caso haja, a proteção oferecida pelos assentos no caso
de explosão de uma mina é reduzida significativamente);

• Regular corretamente a pressão dos pneus em função do percurso a ser realizado;


Certificar-se de que todos os membros da tropa tenham:

• Verificado o correto posicionamento do encosto do assento;

• Colocado corretamente o capacete, verificando o correto fechamento;

• Fechado corretamente os bolsos dos macacões de combate e das jaquetas;

• Colocado as armas em segurança;

• Travado todos os bolsos e equipamentos presentes no interior da viatura;

• Apertado corretamente os cintos de segurança, verificando o correto tensionamento;


Importante: Ainda que o veículo seja dotado de proteção antiminas, o mesmo não deve ser
utilizado como meio de retirada de minas.

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SEÇÃO 10

PROCEDIMENTOS
OPERACIONAIS
DE EMERGÊNCIA
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15-41-11-01-A-140-A-A
15-41-11-01-A-140-A-A — Operação da Rampa em Emergência

ATENÇÃO: Risco de ferimentos na abertura da rampa. Antes de iniciar a operação, certifique-se


que as pessoas próximas a porta de acesso estejam atentas e fora do raio de ação da rampa.

Em caso de emergência, quando o motorista estiver impossibilitado de comandar a rampa, é possível


que a tropa assuma o controle da abertura e fechamento da rampa.

Neste caso, pressionar o botão (1) e em seguida atuar no interruptor (2) para abrir e fechar a rampa.
Os comandos de rampa serão habilitados pelo MUX (exceto no modo navegação). Se o MUX não
permitir em caso de falha do sistema, os comandos podem ser ativados manualmente com a chave
de habilitação (3).

É importante ressaltar que, uma vez pressionado o botão (1), o controle não pode ser realizado pelo
motorista. Portanto, para retornar o comando da rampa traseira para o motorista, deve-se puxar o
botão (1).

A abertura da rampa em modo de emergência será sinalizada pela luz-espia.

Ao atingir o fim de curso de fechamento, a rampa trava-se automaticamente por intermédio de uma
trava pneumática.

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15-41-13-01-A-140-A-A — Reboque da Viatura

ATENÇÃO: Em reboques com o ferramental rígido, utilizar para o reboque somente a barra
apropriada (cambão).

ATENÇÃO: Não colocar a viatura em movimento com auxílio de outro veículo sem a utilização
do cabo de emergência fornecido em dotação.

A operação de reboque deve ser executada utilizando as alças de transporte (duas na parte dianteira
e duas na parte traseira). Podem ser utilizados cambão ou cintas flexíveis. No caso de cintas, utilizar
somente as cintas fornecidas com as viaturas, e aplicá-las de modo cruzado.

O veículo pode ser rebocado por no máximo 1 km (um quilômetro) com o câmbio em neutro. Para
percursos mais longos, é necessária a remoção do eixo cardã de acoplamento câmbio-caixa de
transferência, ou dos semi-eixos do 2º e 3º eixos. Caso haja indícios de danos ao sistema de
transmissão, o reboque somente deverá ser utilizado para evasão de áreas em perigo.

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15-41-15-01-A-140-A-A — Partida do Motor em Emergência


Em caso de falha eletrônica, a partida do motor pode não ser possível. Entretanto, pode-se dar a
partida no motor em modo de emergência, ignorando os recursos de segurança do sistema de controle
do veículo.

Para isso, execute o procedimento inicial de partida 15-35-13-01-A-100-A-A Acionamento da Viatura


e Partida do Motor e pressione o botão de partida por aproximadamente 15 segundos com o pedal
de freio acionado.

O motor acionado em modo de emergência somente pode ser desligado através das chaves de
alimentação elétrica.
A partida em modo de emergência só deve ser utilizada em casos de extrema necessidade. Riscos
de danos ao veículo.

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15-41-17-01-A-140-A-A — Partida do Motor Mediante Fonte Externa

Para dar partida com auxílio de outra viatura, inicialmente, desligue a chave geral das duas viaturas.

Após ter aberto o acesso (2) no lado esquerdo de cada viatura VBTP, conectar o cabo de dotação
específico nos conectores em ambas as caixas de potência (1).

Religar a chave geral em ambas as viaturas e acionar o motor da viatura auxiliar. Em seguida, dar a
partida na viatura em pane. Após a ignição, deixar o motor funcionar por tempo suficiente para carregar
o conjunto de baterias descarregado.

Quando o conjunto de baterias estiver suficientemente carregado, desligar ambas as viaturas e remover
o cabo.

Para dar partida na viatura através de uma fonte de alimentação externa, o procedimento é análogo ao
empregado para partida com auxílio de outra viatura. Abrir a tampa de acesso (2), e localizar a caixa de
potência (1) situada na parte dianteira esquerda do vão do motor. Com a chave geral da viatura e a fonte
externa desligadas, conectar o cabo de dotação específico nos conectores da caixa de potência e da
fonte externa. Ligar a fonte e dar a partida na viatura.

A partir daí, a fonte pode ser desligada.

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15-41-19-01-A-140-A-A — Operação do Câmbio em Emergência


O comando de emergência não deve ser acionado durante a marcha. A marcha com o comando de
emergência desativa a proteção elétrica do câmbio.

Se, devido a uma avaria do comando elétrico ou no sistema eletrônico, não for possível mudar as
marchas adiante através da alavanca de marcha, é possível comandar o câmbio em situação de
emergência, atuando na alavanca (1).

A alavanca do comando de emergência pode assumir as seguintes posições:

• Alavanca na posição neutra (condição normal) = comando de emergência desativado;

• Alavanca girada em sentido anti-horário (aproximadamente 45°) = marcha adiante;

• Alavanca girada em sentido horário (aproximadamente 45°) = marcha a ré;

ATENÇÃO: O motor somente pode ser ligado se o comando de emergência estiver desativado
(alavanca na posição “neutro”). Uma vez que tenha sido dada a partida no motor, é possível
inserir imediatamente o comando de emergência. Porém, deve-se inseri-lo somente se o freio de
estacionamento ou freio de imobilização já estiver ativado e com motor em marcha lenta. Caso contrário,
o veículo não imobilizado pode colocar-se repentinamente em movimento. Logo após a utilização, o
comando de emergência deve ser recolocado na posição neutra e bloqueado.

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MANUAL TÉCNICO 2355-005-12 - VBTP GUARANI 6X6 MR - DESCRIÇÃO E OPERAÇÃO

15-41-31-01-A-140-A-A — Abandono da Viatura


• Normalmente, a viatura é abandonada quando recebe um impacto direto que a incendeie ou inutilize,
tornando-a assim alvo vulnerável;

• A viatura também pode ser abandonada quando, compondo uma coluna de blindados, estiver
recebendo ataque aéreo e perceber que outros carros foram atingidos ou quando a viatura estiver
incapacitada de prosseguir na missão e a situação tática sugira a decisão por abandoná-la;

• Para desembarcar, o comandante deve comandar: “ABANDONAR VIATURA”. A partir do comando a


guarnição abrem as escotilhas e/ou rampa, desembarca e procura uma posição coberta e abrigada;

• Caso o tempo permita uma ação mais cuidadosa da guarnição, o Cmt Vtr deve providenciar a
destruição ou inutilização de toda a viatura ou de suas armas.

• A inutilização de um equipamento é uma medida temporária, provocada pela desmontagem e


remoção de peças funcionais ou importantes para a operação. Geralmente trata-se de uma
desmontagem e remoção de uma unidade indispensável ao funcionamento;

A remoção dos blocos de fechamento das Mtr e do contato elétrico do canhão são procedimentos
mínimos para a inutilização das armas. Por outro lado, a remoção da central eletrônica do motor é o
procedimento mínimo para impedir a utilização e deslocamento da viatura.

Por sua vez, a destruição é uma medida permanente e completa que impede a reutilização da viatura.

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15-41-31-01-A-990-A-A — Destruição da Viatura

A destruição da viatura ou de seus armamentos é uma decisão do comando e será executada somente
por autorização do escalão superior.

A destruição do equipamento somente será indicada após terem sido tomadas todas as medidas
possíveis para preservação do equipamento e quando tal ação visar:

• Evitar a captura da viatura intacta ou em condições de uso pelo inimigo;

• Negar o conhecimento da existência e das especificações técnicas por parte do serviço de inteligência
do inimigo;

A destruição de material bélico deve ser realizada com o menor ruído possível, fora da visão do inimigo e
de modo que produza obstáculos adicionais ao inimigo, como, por exemplo:

• Bloqueio de acessos a pontes;

• Bloqueio de pistas de aeroportos;

• Bloqueio de desfiladeiros, vias estreitas e vias urbanas;

Como meios de destruição podem ser utilizados:

• Meios mecânicos (martelo, machado, picaretas, barras metálicas, etc.);

• Fogo ou fogo amigo, em casos excepcionais, quando não houver outros meios disponíveis;

• Explosivos no compartimento do motor ou sobre sua cobertura, através das escotilhas de inspeção,
de modo que os componentes principais do conjunto de força sejam destruídos;

• Explosivos no compartimento da tropa, próximo aos postos do motorista, comandante e atirador;

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• Se não houver nenhum explosivo, abrir as escotilhas dianteiras do compartimento do motor e destruir
mecanicamente as conexões da caixa de potência do motor e do motorista e a central eletrônica do
motor. No compartimento de tropa, destruir mecanicamente os monitores de comando, dispositivos
de observação e pontaria e as centrais eletrônicas acessíveis.

Nota: O sistema AFSS deve ser desligado, ou desenergizado através do disjuntor 16 localizado
na caixa de potência à frente do motorista.

2
Página
Intencionalmente
Deixada em Branco
SEÇÃO 12

IDENTIFICAÇÃO E
SOLUÇÃO DE
FALHAS
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15-48-01-01-A-420-A-A - Identificação e Solução de Falhas


Possíveis causas e problemas
Descrição Medidas
relacionados
Conectar ou substituir as
baterias.
As baterias não estão
conectadas ou estão
Luz não acende após ligar a completamente descarregadas.
chave geral da viatura. Obs.: as baterias totalmente
descarregadas não podem ser
recarregadas.
O interruptor de “BLACK-OUT”
Desligar o interruptor.
está ligado
O motor não dá partida Verificações de segurança

Verificação da alavanca do Colocar a alavanca em Neutro.
câmbio ( pos. N)

Verificação do seletor manual Colocar o seletor em Neutro.
a) Nenhum sinal do seu do câmbio.
funcionamento. Chave geral da viatura desligada. Ativar.
Interruptor de alimentação
do conjunto motopropulsor Ativar.
desligado.
Interruptor de partida com mau Verificar funcionamento da
contato botoeira.
Terminais dos cabos das baterias Restaurar conexões com
soltos. problemas.
b) Pressionando o botão de
Recarregar ou substituir as
partida, as luzes acesas se Bateria fraca.
baterias.
apagam.
Verificar se chega energia nos
Motor de partida defeituoso.
terminais do motor de partida.
• Encher o reservatório de
Falta de combustível, luz de combustível e executar sangria
reserva acesa. do sistema.

Verifique o fusível da bomba de
A bomba elétrica não está combustível.
c) O motor gira, mas não entra entrando em funcionamento.
em funcionamento.

Entrada de ar na bomba de
injeção devido tubulação Solicite manutenção ao órgão
rompida. Vazamento competente.
de combustível no
compartimento do motor.

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Possíveis causas e problemas


Descrição Medidas
relacionados
Irregularidade na operação do
motor

• Abastecer o reservatório de
combustível e efetuar sangria do
Veículo sem combustível. sistema.

Ruptura de tubulação de Solicite manutenção ao órgão
alimentação de combustível. competente.
Vazamento de combustível
no compartimento do motor.
a) Parada espontânea. Problemas no sistema de injeção
de combustível. Solicite manutenção ao órgão
competente.


Precedida de batidas fortes, ATENÇÃO:
ruído e fumaça excessiva no Parar o veículo imediatamente
escapamento e solicitar manutenção ao órgão
competente.

Filtro de combustível Substituir filtro de combustível.
entupido. Perda de potência
gradual ao longo do tempo.
b) Perda de potência. •
Prossiga com cautela até a
Injetor não funciona (apenas oficina para executar o reparo.
1). Fumaça no escapamento.

Realizar a troca do filtro.
Filtro de ar sujo ou obstruído.

Entrada de ar obstruída (lama Eliminar a possível obstrução.
ou corpo estranho).

c) Fumaça incomum no
Filtro de ar entupido Substitua o filtro
escapamento (fumaça preta).
(percursos com muita poeira).

Solicite manutenção ao órgão
Problemas no sistema de competente.
injeção de combustível.

d) Fumaça incomum no Vazamento de óleo do Solicite manutenção ao órgão
escapamento (fumaça branca). motor na câmara de competente.
combustão, provavelmente
via turbocompressor.

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Possíveis causas e problemas


Descrição Medidas
relacionados

Falha no interruptor de óleo
ou luz-espia.

Luz-espia de temperatura do Falta de óleo no câmbio. ATENÇÃO:
óleo do câmbio acesa durante
condução. • Parar o veículo imediatamente
Refrigeração obstruída. e solicitar manutenção ao órgão
competente.

Falha no sistema lubrificação
e arrefecimento do câmbio.
Pare o veículo em N (neutro),
coloque o motor em giro 1000 a
1500 rpm, e verifique se a luz se
Nível de óleo incorreto (pouco ou apaga.
Luz-espia temperatura de óleo
em excesso) causando anomalia
acesa com marcha lenta. Verifique o nível de óleo do
no câmbio.
câmbio.
Solicitar manutenção ao órgão
competente.
Perda de óleo de câmbio.
Vazamento de óleo no Parar o veículo e solicitar
Luz de baixa pressão de óleo do compartimento do motor.
manutenção ao órgão
câmbio acesa durante condução.
Interruptor com problemas competente.
internos.
Os circuitos do sistema de freio Pare o veículo imediatamente,
estão em risco. desligue o motor.
Solicite manutenção ao órgão
competente.
Falta de óleo de freio
Luz de fluido de freio acesa Verifique nível de óleo e pressão
durante condução. do sistema.
Se os sistemas de indicação
Baixo nível de óleo, a luz acende
estão corretos e não há nenhuma
ocasionalmente na curva ou de
anomalia, dirigir com cautela e
outra forma com o veículo em um
solicitar manutenção ao órgão
declive (lateral ou longitudinal).
competente.

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Possíveis causas e problemas


Descrição Medidas
relacionados
Luzes do sistema de freio.
Circuito anterior 1 e circuito
posterior 2 acendem com o
motor ligado
Aguarde até que o compressor
carregue os reservatórios com
um valor mínimo de 10 bar.
a) Na partida do motor luz-espia
Pressão de ar abaixo de 6 bar
pisca
ATENÇÃO:
Frenagem reduzida a 50% de
eficiência.
Pare o veículo, acione o freio
de estacionamento e verifique
vazamentos no sistema.
b) Durante a condução. Falha em um circuito

Solicite manutenção ao órgão


competente
Pare imediatamente, desligue
o motor, acione o freio de
c) Acende a primeira luz e após Perda de pressão no sistema ou
estacionamento e solicite
acende segunda. avaria no compressor
manutenção ao órgão
competente.
Correia do alternador danificada.

Falha no alternador.
Luz de carga do alternador Fazer pequenas locomoções e
acessa após partida motor ou solicitar manutenção ao órgão
em condução. competente.
Em ambos os casos as
baterias poderão perder
carga rapidamente, dependendo
dos componentes elétricos
utilizados.
Luz-espia baixa pressão óleo A lubrificação é crítica.
motor, acende durante marcha Verifique a indicação de pressão.
lenta e condução. Risco de graves danos no motor.
Desligar o motor do veículo
a) O indicador de painel de imediatamente e solicitar
A perda severa do óleo.
instrumentos é próximo a 0 bar. manutenção ao órgão
competente.
Em caso de necessidade
verificar o nível de óleo e
continuar a condução do veículo
b) O indicador mostra pressão monitorando a pressão do óleo.
normal, variando conforme a Falha no interruptor de pressão.
rotação do motor.

Solicitar manutenção ao órgão


competente.

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Possíveis causas e problemas


Descrição Medidas
relacionados
Desligue imediatamente o motor
(verificação imediata do
Luz-espia de temperatura termômetro)
máxima do motor acesa na Perigo de superaquecimento!
condução.
Verifique o nível do fluido de
arrefecimento.

O transmissor não informa por


a) O termômetro indica uma ATENÇÃO:
falta de líquido de arrefecimento
temperatura baixa.
no circuito Risco de queimaduras com
vapor d’água.
b) O termômetro indica uma Solicite manutenção ao órgão
Falha no termostato da luz-espia.
temperatura normal. competente.
Falha no sistema de Solicite manutenção ao órgão
arrefecimento. competente.
Desligue o motor, espere esfriar
o motor. Complete o nível
c) Termômetro indica mais de Falta de líquido de arrefecimento
do fluido. Se houver perda,
100 ºC no sistema.
solicite manutenção ao orgão
competente.
Desligue o motor e desobstrua
Grade de ventilação obstruída.
a grade.

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ANEXOS
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00-10-00-01-A-050-A-A Diagramas

Sistema Pneumático
1
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Sistema de Direção

2
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Sistema de Freio

3
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Sistema Hidráulico

4
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00-50-01-01-A-060-A-A — Material de Dotação da Viatura


Item PN Descrição Quantidade
1 5801288390 BOLSA DE FERRAMENTAS COMPLETA 1
2 16577737 MARTELO DE FERRO 115 X 320 mm 1
3 60151532 MARTELO DE NYLON 119 X 310 mm 1
4 60151533 CHAVE DE FENDA 4 X 125 mm (3/16"x 5") 1
5 60151535 CHAVE DE FENDA 4 X 100 mm (3/16"x 4") 1
6 60151534 CHAVE DE FENDA 8 X 150 mm (5/16" x 6") 1
7 60151536 CHAVE DE FENDA 9,53 X 250 mm (3/8"x 10") 1
8 504222174 ALICATE - UNIVERSAL PUNHOS ISOLADOS 203 mm (8") 1
9 60151537 ALICATE - CORTANTE PUNHOS ISOLADOS 160 mm (6") 1
10 5801822948 CHAVE COMBINADA BOCA ESTRIA - 10 mm 1
11 5801822949 CHAVE COMBINADA BOCA ESTRIA - 12 mm 1
12 5801822950 CHAVE COMBINADA BOCA ESTRIA - 13 mm 1
13 5801822951 CHAVE COMBINADA BOCA ESTRIA - 15 mm 1
14 5801823638 CHAVE COMBINADA BOCA ESTRIA - 16 mm 1
15 5801822952 CHAVE COMBINADA BOCA ESTRIA - 17 mm 1
16 5801822953 CHAVE COMBINADA BOCA ESTRIA - 18 mm 1
17 5801822954 CHAVE COMBINADA BOCA ESTRIA - 19 mm 1
18 5801822955 CHAVE COMBINADA BOCA ESTRIA - 21 mm 1
19 5801572308 CHAVE MACHO HEXAGONAL CURVA - 6 mm 1
20 60151543 CHAVE MACHO HEXAGONAL CURVA - 8 mm 1
21 60151544 CHAVE MACHO HEXAGONAL CURVA - 10 mm 1
22 60151545 CHAVE MACHO HEXAGONAL CURVA - 12 mm 1
23 60177246 CHAVE MACHO HEXAGONAL CURVA - 17 mm 1
24 60151549 ENGRAXADEIRA MANUAL 500gr 60 X 370 mm 1
25 60151551 ALMOTOLIA TUBO FLEXIVEL - 200 CC 1
26 60169364 SERINGA DE ÓLEO - 250 Gr 1
27 5801572311 CHAVE AJUSTÁVEL 100 mm (4") 1
28 5801572312 CHAVE AJUSTÁVEL 200 mm (8") 1
29 5801572309 CHAVE AJUSTÁVEL 250 mm (10") 1
30 5801572310 CHAVE DE RODA 32 mm 1
31 CHAVE DE FENDA PHILIPS 3 X 80 mm (1/8"x 3") 1
32 CHAVE DE FENDA PHILIPS 4,5 x 100 mm (3/16 x 4") 1
33 5801572313 CHAVE DE FENDA PHILIPS 6 x 125 mm (1/4" x 5") 1
34 CHAVE DE FENDA PHILIPS 8 X 150 mm (5/16"x 6") 1
35 CHAVE DE FENDA PHILIPS 10 X 200 mm (3/8" x 8") 1
36 5801572314 LUVAS DE PROTEÇÃO 1
37 60150790 LÂMPADA TRANSPORTÁVEL - COMPLETA 1

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Item PN Descrição Quantidade


5801572316
38 ou CAIXA COMPLETA LÂMPADAS RESERVA 1
504282445
39 46818317 TRIÂNGULO DE SEGURANÇA 1
40 5801577997 CADEADO 2
41 504351272 HASTE COMPLETA 1

2
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00-50-02-01-A-070-A-A — Material de Abastecimento e Consumíveis


Componentes Produtos Ori-
Código Código
Nº a abastecer / Descrição ginais Reco- Quantidade
IVECO OTAN
OT AN
Substituir mendados
Filtro de Ar de DONALDSON
5801649081 1unidade
Segurança P601560
DONALDSON
Filtro de ar 5801649082 1unidade
P605538
Filtro de
UFI 24.008.00 5801364481 1unidade
combustível
Filtro de óleo UFI 25.051.00 504179764 1unidade
(1) Motor (*)
PALL
Filtro de respiro 504127720 1unidade
PA06C07EV1
URANIA
Óleo lubrificante TURBO LD7 66133211 29L (***)
SAE 15W40
PARAFLU 11
60 L + 60
Anticongelante ou PARAFLU 45500000
Lágua
HT
Conjunto (filtro ZF 4139 298
5801649092 1unidade
Caixa de e anéis) 936
(2)
câmbio (*) ZF ECOFLUID
Óleo lubrificante 5801649080 30L(**)
A PLUS (14E)
TUTELA
Caixa de
(3) Óleo lubrificante W140/M-DA 45500013 20,2L
transferência
SAE 85W140
TUTELA
Diferencial (1º
(4) Óleo lubrificante W140/M-DA 45500013 15 (2 x 7,5L
e 3º eixos)
SAE 85W140
Sistema Filtro MANN P 919/7 2992056 2unidades
de direção
(5)
(reservatórios) Óleo hidráulico TUTELA GI/A 45500012 10L
(*)
Juntas
esféricas da TUTELA MRM
(6) Graxa 45500015 0,5kg
direção e 2
suspensão
Articulações
TUTELA ZETA
(7) simples da Graxa 45500020 2kg
2
suspensão
Sistema de TUTELA TOP
Fluido hidráulico 7143776 4L
freios (*) 4/S (DOT4)
(8) BREMBO
Jogo de pastilhas 207.A254.11 504303079 20unidades
(5 conj.)
Sistema HYDAC 0201
Filtro 5801649079 1unidade
(9) hidráulico de RK 015 MM
serviço (*) Óleo hidráulico TUTELA GI/A 45500012 100L

1
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Componentes Produtos Ori-


Código Código
Nº a abastecer / Descrição ginais Reco- Quantidade
IVECO OTAN
OT AN
Substituir mendados
Limpador dos AREXONS
(10) Detergente 66187813 4,5L
visores DP1

(11) Árvores de Graxa TUTELA MR 2 45500019 2kg


transmissão
Juntas OPTIMOL
4,8 (6 x
(12) homocinéticas Graxa OPTITEMP 60169483
0,8)kg
dos semieixos PU 035
TUTELA
Redução de
(13) Óleo lubrificante W90/M-DA 45500026 42 (6 x 7)L
roda
SAE 80W90
PS22 PIRELLI
Pneu 14.00R20 504131747
164/160 G
Off-Road 6unidades
Tubeless XZL MICHELIN
504002571
164G
HUTCHINSON
(14) Rodas Anel de vedação 5801649083 6unidades
50016
HUTCHINSON
Toróide 60148936 6unidades
VF-0290
HUTCHINSON 24 (8,4)tubos
Graxa (toróide) 5801649084
D528235H1 (kg)
Sistema de Pré-filtro UFI 24.999.01 2992662 1unidade
(15)
combustível Diesel / Querosene QAV1 + 10% de Diesel B5 280L
KNORR-
BREMSE
Sistema pneumático Filtro 2992261 1unidade
II 39878F /
II40100F
HUTCHINSON
Alternador Correia 504383746 1unidade
10PK1747
EXIDE
Sistema elétrico Bateria (seca) D07110V01- 98457497 4unidades
AIV4C
Gás refrigerante R-134a 45500192 1,45kg
SANDEN
Sistema de Óleo lubrificante 45500232 0,2L
SP-20
ar-condicionado
HUTCHINSON
Correia 504383749 1unidade
4PK1096
(*) Verificar o nível após o abastecimento.
(**) Para troca: 14 a 17 litros.
(***) Para troca: 19,5 litros (nível mínimo); 27,5 litros (nível máximo)

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Nota: Observação 1: As setas referem-se à posição 6.


Nota: Observação 2: Onde couber, aplicar nos componentes nos dois lados da viatura.

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00-60-01-01-A-010-A-A — Condições de Garantia

As viaturas VBPT-MR estão cobertas por um serviço de garantia estendida até os seguintes limites de
RUM (Regime de Utilização Média), sendo que esta expira ao se atingir qualquer um dos limites abaixo
indicados:

• 3 (três) anos;
• 22.500 km de percurso;
• 1000 horas de funcionamento do motor.
No caso do lote de experimentação doutrinária (contrato 015/2012 – DCT), substitui-se o limite de 3 (três)
anos pela data limite de 31/12/2016.
Exceto pelo caso descrito acima, não existem tolerâncias dos limites de utilização para cada veículo.

Regime de Utilização da Viatura


Cada veículo, por cláusula contratual, tem direito a dois jogos adicionais de pneus.

A Garantia não será considerada:

• Se o veículo for usado de maneira não recomendada pela IVECO, ou se suas características forem
modificadas;

• Se o veículo for reparado ou desmontado, mesmo que parcialmente, por pessoas não autorizadas;
• Se utilizados lubrificantes ou combustíveis não especificados e/ou recomendados;
• Se utilizadas peças não originais;
• Se não forem observados os procedimentos e advertências contidos em literatura técnica ou no
próprio veículo;
Nota: As limitações de garantia não se restringem aos casos acima. Para informações mais
detalhadas referir-se aos contratos firmados entre EB e a IVECO.

Responsabilidades
A IVECO não se responsabiliza por danos pessoais ou materiais ocorridos ou causados pela utilização
do veículo. A garantia se restringe ao veículo IVECO, suas peças e componentes. A garantia não
inclui e nem cobre danos causados por impactos, acidentes, incêndios, danos diretos e indiretos ou
consequentes a pessoas ou propriedades.

Exclusões
A garantia IVECO não contempla substituição de baterias, abastecimento de combustível e tampouco os
sistemas de armas empregados e os equipamentos instalados no veículo que sejam de responsabilidade
técnica do EB.

A garantia também não se aplica nos casos de mau uso do veículo, como por exemplo:

• Rodagem com pneu vazio, fora das condições estabelecidas pelo Manual de Uso e Manutenção
de 2° Escalão;

• Operação do veículo com níveis de fluídos e lubrificantes abaixo do especificado;


• Acionamento inadvertido do sistema de extinção de incêndio do veículo.
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Acionamento da Garantia

Sempre que o EB necessitar de manutenção corretiva em um veículo blindado IVECO, o Oficial


responsável deverá entrar em contato com a Assistência Técnica IVECO Veículos de Defesa, através
do e-mail suporte.guarani@br.iveco.com. A solicitação do(s) serviço(s) deverá ser feita através do
formulário “Acionamento de Garantia IVECO”. Para manutenções preventivas e/ou modificações no
veículo, a programação será feita pela equipe de Assistência Técnica da IVECO Veículos Defesa, em
comum acordo com a Organização Militar interessada. Em casos extraordinários, o EB poderá solicitar
a manutenção preventiva através do mesmo formulário aplicável para a solicitação de manutenção
corretiva em garantia.

Após o recebimento da solicitação de manutenção pela equipe de Assistência Técnica, a mesma será
analisada, e uma OS (Ordem de Serviço) será aberta. O usuário solicitante será informado sobre
o número da OS e o prazo para o atendimento da solicitação via e-mail. A Ordem de Serviço será
encaminhada para a equipe técnica visando o atendimento do chamado ou o agendamento para a
data mais apropriada. O usuário será comunicado via e-mail no caso de não-aprovação da solicitação
em garantia.

O prazo para a resposta do chamado é de 01 (um) dia útil, e o prazo para execução da OS será definido
de acordo com a complexidade do serviço, considerando a disponibilidade de 80% dos veículos prevista
em cláusula contratual.

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