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Foi um período de cultura cosmopolita na história da Europa que

começou no fim do século XIX, com o final da Guerra Franco-


Prussiana, em 1871, e durou até a eclosão da Primeira Guerra
Mundial, em 1914.
Acentuado desenvolvimento econômico;
Avanço tecnológico e científico;
Intensa vida cultural e artística;
Paz no continente europeu;
Sentimento de otimismo e confiança no futuro da humanidade,
vinculados aos princípios da Missão Civilizadora.
Primeira Revolução Segunda Revolução Terceira Revolução Quarta Revolução
Industrial Industrial Industrial Industrial

1784 1870 1969 HOJE

Mecanização dos Mecanização da Automação dos Sistemas Cibernéticos,


processos através Linha de Produção, processos através Internet das Coisas,
da energia utilizando energia da CLP e CNC, uso Inteligência Artificial,
hidráulica e do elétrica com a de robôs e da Realidade Aumentada,
vapor produção em massa eletrônica. maior presença digital.
Mas o início da Revolução Industrial contou também com o alto avanço tecnológico, que possibilitou
a troca das ferramentas e da energia humana pelas máquinas. Foi uma fase de encerramento da
transição entre o feudalismo e o capitalismo, em que o capitalismo se tornou o sistema financeiro e
econômico vigente, e novas relações entre capital e trabalho foram impostas. A burguesia industrial
buscava maiores lucros, com menores custos e uma produção acelerada. Primeiramente, a
revolução afetou a produção de bens de consumo e, depois, os bens de produção.
REVOLUÇÃO INDUSTRIAL. Disponível em: <http://revolucaoindustrial. info>. Acesso em: 30 jan. 2017 (Adaptação).

O trecho anterior descreve o período no qual foi inserida uma série de mudanças no mundo do
trabalho, entre as quais se destaca a
(A) introdução do uso de combustíveis fósseis, concedendo dinâmica a toda a produção.
(B) incorporação do uso de tecnologias nucleares, modificando o processo de produção.
(C) inclusão da máquina a vapor, dinamizando todo o processo de produção industrial.
(D) redução da divisão do trabalho social, acarretando na queda do número de empregos.
(E) diminuição da carga horária de trabalho, fruto de disputas entre os patrões e os empregados
A tecnologia moldou tanto o ambiente urbano quanto o rural, bem como a vida cotidiana das pessoas
que migraram para as cidades e das que permaneceram em áreas rurais. A eletrificação do lar teve
lugar primeiro nas partes industrializadas do mundo: lâmpadas elétricas rapidamente substituíram as
lâmpadas a gás entre 1918 e 1928, tornando a dependência da luz do dia algo obsoleto para muitos.
Alterações na iluminação das ruas das comunidades e lares individuais não foram os efeitos mais
profundos da eletrificação. O advento da iluminação elétrica modificou a vida material.
GOUCHER, Candice; WALTON, Linda. História mundial: jornadas do passado ao presente. Porto Alegre: Penso, 2011. p. 57. (adaptado)

Segundo o texto, durante a segunda fase da Revolução Industrial, o desenvolvimento da tecnologia


(A) alcançou dimensões mundiais.
(B) diminuiu a carga de trabalho doméstico.
(C) impactou práticas sociais fora das indústrias.
(D) minimizou os efeitos nocivos ao meio ambiente.
(E) promoveu uma preocupação com causas sociais.
O fordismo é um sistema de produção elaborado por Henry Ford, no início do século XX, que também o implementou
em sua fábrica de automóveis nos Estados Unidos. As mudanças introduzidas por Ford na organização do processo
produtivo permitiram ampliar expressivamente o ritmo da produção industrial. Entre essas mudanças, destaca-se a
introdução da linha de montagem, que correspondia ao sistema pelo qual as peças circulavam no interior da fábrica,
através de esteiras, evitando deslocar o operário do seu posto de trabalho. Em vez de o operário deslocar-se para ir
buscar a peça, como se fazia no processo artesanal, com a linha de montagem o trabalhador passou a esperar a peça
no seu posto de trabalho. O aperfeiçoamento da linha de montagem consistiu em trazer o trabalho ao operário em vez
de levar o operário ao trabalho.
TENÓRIO, F. A unidade dos contrários: fordismo e pós-fordismo. Revista de Administração Pública. Rio de Janeiro, jul./ago. 2011. Disponível em: <http://bibliotecadigital.fgv.br>. Acesso em: 5 set. 2020 (Adaptação).

A introdução da linha de montagem pelo fordismo possibilitou a ampliação do ritmo da produção industrial ao
proporcionar a
(A) redução da demanda de mão de obra com a automatização integral da produção.
(B) flexibilização da sequência das tarefas que compõem o processo produtivo.
(C) exigência de uma força de trabalho com altos níveis de qualificação.
(D) especialização do trabalhador na execução de uma única tarefa.
(E) falta de padronização dos produtos gerados em lotes reduzidos.
Na imagem, é possível identificar uma
característica do processo produtivo que foi
introduzida a partir das transformações
desencadeadas pela Terceira Revolução
Disponível em: <https://brasilescola.uol.com.br>. Industrial. Essa característica corresponde à
Acesso em: 10 set. 2020.

(A) baixa utilização da informática no processo fabril.


(B) desaceleração do ritmo da produção industrial.
(C) realização da produção em pequena escala.
(D) automatização do processo produtivo.
(E) elevada demanda por mão de obra.
A Quarta Revolução Industrial é algo que considero diferente de tudo aquilo que já foi
experimentado pela humanidade. Imagine a assombrosa profusão de novidades que abrangem
numerosas áreas: inteligência artificial (IA), robótica. Muitas dessas inovações estão apenas no
início, mas já estão chegando a um ponto de inflexão de seu desenvolvimento, pois elas se
constroem e amplificam-se umas às outras, fundindo as tecnologias dos mundos físico, digital e
biológico.
SCHWAB, Klaus Martin. A Quarta Revolução Industrial. São Paulo: Edipro, 2016. (adaptado)

O texto aponta que uma das características do processo revolucionário mencionado é o (a)
(A) isolamento de pessoas na sociedade atual.
(B) distribuição de rendas de produção industriais.
(C) geração do problema do desemprego conjuntural.
(D) complexidade da integração dos meios tecnológicos.
(E) possibilidade de frenagem de avanços científicos.
No cenário internacional do início do
século XX, apesar de os Estados
Unidos e o Japão despontarem como
potências regionais, disputando
mercados, territórios e recursos em
escala global, a ordem econômica e
política continuava concentrada na
Europa, constituída como centro
dinâmico da geopolítica mundial.
Confiantes de que a civilização atingira o ápice de suas potencialidades, os países ricos viviam a
expectativa de disseminar seus paradigmas às nações menos desenvolvidas.
Entretanto, todo esse otimismo encobria um sério conjunto de tensões.
Os primeiros focos de desestabilização dessa PRODUÇÃO INDUSTRIAL MUNDIAL
40
ordem internacional tiveram início quando a 35
30

Alemanha despontou como potência, praticando EM % DO 25


20
TOTAL 15

uma agressiva política externa, implementando


10
5
0

por Bismark.
1870/1880 1880/1890 1890/1900 1900/1910 1910/1913
INGLATERRA 32 27 28 16 16
ALEMANHA 13 14 17 16 16
ESTADOS UNIDOS 23 29 30 35 38
FRANÇA 10 9 7 6 6

A partir da década de 1890, a política alemã


concebeu um novo e grandioso objetivo: disputar a
hegemonia mundial com a Inglaterra.
Dessa forma, a Alemanha criava zonas de conflitos
que aproximaram adversários e elevaram o clima
de tensão.
Extraídos de: História e Sociedade, Vol. 3. Ed. Ática, 2011
Aumento dos Gastos Militares expressa a EFETIVOS MILITARES E NAVIOS DAS POTÊNCIAS (1880/1913)
“Paz Armada” e a preparação para a Guerra
PAÍS 1880 1890 1900 1910 1914
450

400 RÚSSIA 791.000 677.000 1.162.000 1.285.000 1.350.000

350 FRANÇA 543.000 542.000 715.000 769.000 910.000


300
ALEMANHA 426.000 504.000 524.000 694.000 891.000
250

200 GRÃ BRETANHA 367.000 420.000 624.000 571.000 532.000


150
ÁUSTRIA-HUNGRIA 246.000 346.000 385.000 425.000 444.000
100

50 ITÁLIA 216.000 284.000 255.000 322.000 345.000

0
JAPÃO 71.000 84.000 234.000 271.000 306.000
1880 1890 1900 1910 1914
1880 1890 1900 1910 1914 ESTADOS UNIDOS 34.000 39.000 96.000 127.000 164.000

Gastos militares das grandes potências HOBSBAWM, Eric. A Era dos Impérios. 1815-1914. Rio de
(Alemanha, Áustria- Hungria, Grã-Bretanha, Rússia, Itália e França) – Janeiro: Paz e Terra. 1988.
1880-1914 (ml = milhões de libras esterlinas).
 Um outro ponto de divergência entre as potências foi a chamada
. A Península Balcânica era disputada pela Rússia, que defendia o pan-
eslavismo – união dos povos eslavos, habitantes da região (sérvios, bósnios,
romenos, eslovenos e croatas) – com o objetivo de conquistar uma saída para o
Mediterrâneo.
 O interesse russo na região batia de frente com o da Alemanha e do Império Turco-
Otomano, que pretendiam construir a estrada de ferro Berlim-Bagdá, permitindo,
assim, que a Alemanha tivesse acesso às reservas de petróleo do Golfo Pérsico.
 Além disso, havia o domínio da Áustria no norte da Península, o que desagradava a
Sérvia, que pretendia construir a Grande Sérvia, mais tarde surgida como
Iugoslávia, o que também lhe daria uma saída para o Mediterrâneo.
O palco estava pronto e todos os países esperavam pelo
motivo para incendiar o estopim da guerra, o que ocorreu
com o assassinato do Arquiduque Francisco Ferdinando.
O crime foi praticado em 28.06.1914, pelo estudante Gavrilo
Princip, ligado ao grupo nacionalista sérvio “Mão Negra",
que era apoiado pelo governo da Sérvia, quando o
Arquiduque e sua esposa Sofia, visitavam a cidade de
Sarajevo, na Bósnia.
Os sérvios ignoraram a intimação austríaca, amparados pela
proteção do Império Russo. Finalmente, em 28.07.1914, o
Império Austro-Húngaro declarou guerra à Sérvia e, a partir
daí, diversos outros países envolveram-se no conflito.
Essa fase foi marcada pela imensa movimentação dos exércitos beligerantes. Em 4 de agosto
de 1914, cinco grupamentos do exército alemão, totalizando um milhão e meio de soldados,
adentra o território belga, considerado até então neutro, cumprindo o .
Os franceses solicitaram reforços de
emergência. Deslocadas rapidamente,
as tropas francesas contra-atacaram
na região do Rio Marne, entre os dias
6 a 9 de setembro. A chamada
" " teve duplo
significado: não só salvou a França de
uma derrota humilhante, como alterou
as regras da guerra.
A deflagração de tais resultados deu fim à guerra
de movimento e trouxe maior equilíbrio nas
batalhas.
A guerra entrou em uma nova fase chamada
“Guerra de Posições” ou “Guerra de Trincheiras”,
onde exércitos inteiros se enfrentavam em
trincheiras cheias de arame farpado e lama, onde
a propensão a epidemias e as baixas
temperaturas promoviam sua própria carnificina.
O avanço militar dos dois lados era limitado e
cada vitória era obtida a enormes custos
financeiros e humanos.
v
O uso de tanques eaviões possibilitou o fim da estagnação que marcou o período das
trincheiras.

Entretanto, duas outras modificações políticas tiveram ainda maior importância nos
destinos do conflito: a saída da Rússia (envolvida pela Revolução Bolchevique) e pela
entrada dos Estados Unidos, com seus mais de 1,5 milhão de soldados.
Lançam-se, de um lado e de outro, grandes ofensivas, que causam profundas
alterações no desenho da frente, acabando por colocar as tropas alemãs na defensiva e
levando por fim à sua derrota.
Os Estados Unidos utilizaram uma estratégia que consistia em sobrevoar a Alemanha
jogando panfletos que defendiam os de Woodrow Wilson, cujo lema principal era
a paz sem vencedores, propondo o fim da Guerra sem uma política de punições aos
vencidos.
É verdade que a Alemanha adquire ainda algum fôlego quando a revolução socialista se
instala no Império Russo e o governo bolchevista assina a paz sem restrições (Tratado
de Brest Litovsky), assim anulando a frente leste, mas essa circunstância não será
suficiente para evitar a derrota. O armistício que põe fim à guerra é assinado a 11 de
Novembro de 1918.
A proposta estadunidense previa o fim da guerra sem
a responsabilização de nenhum dos países pelos
anos de conflitos decorridos, cuja a intenção era a de
não gerar um novo sentimento de revanche por
parte dos perdedores.
Aos membros europeus da Tríplice Entente, no
entanto, não interessava uma guerra sem vencedores,
afinal, países como a França haviam entrado na
Primeira Guerra exatamente para destruir as estruturas
alemãs.
Assim, contrariando os 14 Pontos de Wilson, a partir de
1918, foram assinados alguns tratados prejudiciais aos
Charge norte-americana referente aos “14 Pontos”, onde
derrotados. se lê: Esse é o único caminho, Wilhelm” (TWP, 1918).
Em janeiro de 1919, iniciou-se a Conferência
de Paris, que encaminharia a assinatura do
Tratado de Versalhes.
Após a rendição, o governo da Alemanha,
responsabilizada pelo conflito, foi obrigado a
aceitar uma série de penalidades impostas
Representação dos diplomatas e dignitários das Nações Aliadas na Galeria dos
Espelhos, no Palácio de Versalhes. Conferência de Paris (janeiro de 1919)
pelas nações vitoriosas, dentre as quais:

 Ceder parte de seu território à França (Alsácia e Lorena), à Bélgica, à Polônia e à Dinamarca; suas colônias foram divididas
entre a Inglaterra, o Japão, a Austrália, a França, a Bélgica e a Nova Zelândia;
 Entregar material bélico e de transporte aos países vencedores, ficando proibida de rearmar-se, sendo extintas sua marinha e
aviação de guerra.
 Ceder a região do Sarre, rica em minas de carvão, à França por quinze anos;
 Pagar uma pesada indenização aos vencedores no valor de 269 bilhões de marcos, valor equivalente a 96 toneladas de ouro
Durante as reuniões para a elaboração do Tratado de
Versalhes foi criada a Liga das Nações. Seu principal
objetivo era garantir a paz mundial. Com sede em
Genebra, Suíça, a organização excluiu a Rússia e a
Alemanha de sua formação.
Entretanto, como se percebe ao longo dos anos
seguintes, a Liga iria se mostrar pouco eficiente nas
tentativas de manter a paz.
Outros tratados são assinados, determinando duras sanções aos países derrotados e
resultando em ressentimentos que mergulhariam a Europa em um conflito bem mais
sangrento dali a duas décadas.
Fonte: CHALIAND, Gérard; RAGEAU, Jean-Pierre. Atlas politique du XXe siècle. Paris: Seuil, 1988. p. 52.
O foi uma campanha
sistemática do governo do Império Otomano (atual
Turquia) de assassinatos, deportações e violências
diversas cometidas contra o povo armênio no
contexto da Primeira Guerra Mundial e,
posteriormente, durante a década de 1920.
Etnia minoritária no interior do Império Otomano,
os armênios (majoritariamente cristãos) foram alvo
de uma violenta ação de controle, sob a alegação
de garantir a “segurança interna”.
Tal ação resultou no massacre de, estimados, 1,5
milhão de armênios, números nunca reconhecidos
Armênios escoltados por soldados otomanos marchando da cidade
de Harput (atual Elazığ) para um campo de prisioneiros, abril de 1915 pelo governo da Turquia.

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