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Percepção e
Cognição
Celeste Carneiro
Um cérebro bicameral
Percepção e cognição nos dois
cérebros
A questão dos canhotos
A individualidade e o hemisfério direito
Para saber mais
A autora
Tem sido uma moda na literatura para leigos, através das publicações de
autores de variadas áreas do conhecimento, principalmente nos livros e
palestras de auto-ajuda, a questão da necessidade de se desenvolver o lado
direito do cérebro a fim de que a vida se torne melhor e mais abrangente.
Até que ponto essas afirmações são verdadeiras? Existe mesmo lateralização
das emoções e do intelecto humano,ou seja, os dois hemisférios cerebrais têm
funções especializadas e diferentes?
Neste artigo revisamos algumas das evidências e damos indicações para seu
aproveitamento na educação e reabilitação
cognitiva.
Um Cérebro Bicameral
outro teste consistia em colocar uma paciente em frente a uma tela onde
deveria fixar a vista num ponto central. Era projetada rapidamente a imagem
da metade do rosto de uma criança ao lado da metade do rosto de uma moça,
de tal forma que parecessem uma só pessoa. A criança no lado direito da tela
e a moça no lado esquerdo. Em seguida mostrava-se quatro rostos diferentes
e perguntava-se: "O que você viu?" A paciente respondia: "Uma criança."
Depois pedia-se que ela apontasse o rosto que foi projetado na tela. Ela
apontava para a moça.
Muitos de nós desenhávamos algumas coisas até por volta dos dez anos,
quando as críticas dos outros inibiram nossa vontade de desenhar e criar. O
método de Betty desbloqueia a nossa "veia artística" e abre um campo de
amplas possibilidades, por trabalhar o hemisfério direito, relegado ao
esquecimento na maioria das pessoas. Aplicando o método desenvolvido por
ela, utilizando músicas apropriadas para diminuir o ritmo cerebral e auxiliar o
acesso ao hemisfério direito, ficamos gratificada com os resultados obtidos.
O mais bonito é ver nos olhos de cada aluno o brilho de alegria ao saber-se
capaz de realizar coisas que até então julgavam impossível, criando
composições bonitas, desenhando de observação flores, frutos, objetos, com
relativa facilidade; descobrindo que podem enxergar mais coisas do que
antes; percebendo as reações do seu próprio corpo, de sua mente;
penetrando no seu mundo íntimo e, ao mesmo tempo, atento ao mundo que o
cerca. Sentindo a intuição presente com mais freqüência e a memória
trazendo à mente as informações necessárias na hora que se precisa. Vendo
o mundo de forma global e a si mesmos como um ser inteiro, com amplas
possibilidades de crescimento.
É o nosso desejo que essa alegria se estenda por muitas pessoas e que esses
cursos se multipliquem, atendendo a necessidade de todos aqueles que
buscam um horizonte mais amplo.
A Autora