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VISÃO GERAL

Sobre a FMU
As Faculdades Metropolitanas Unidas - FMU foram criadas em 1968, e o
primeiro vestibular aconteceu em julho do mesmo ano, ao qual afluíram
centenas de alunos que buscavam formação educacional nos diversos cursos
que inicialmente foram oferecidos. Era o início da rápida expansão do ensino
superior brasileiro e a instituição FMU marcava sua presença no atendimento
da demanda da sociedade brasileira por mais educação superior.

Nesse período, de 1968 até hoje, milhares de alunos passaram pelos bancos
escolares da FMU, receberam sólida formação educacional e se capacitaram
como profissionais com nível para terem elevado desempenho em diferentes
setores das atividades econômicas e sociais, tanto no setor privado como no
setor público. A aceitação desses profissionais pelo mercado de trabalho é o
melhor atestado de excelência do ensino da FMU.
NEUROCIÊNCIA E
NEUROPSICOLOGIA
Aula 1
APRESENTAÇÃO DA PROFESSORA

RENATA MORAES

Psicóloga formada pela Universidade Presbiteriana


Mackenzie

Especialista em Neuropsicologia pelo HC-FMUSP


APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Datas das aulas


14 de março à 2 de maio
* 30/3 e 12/4

Avaliação
Trabalho – 10,0

25% de tolerância de faltas


O QUE É A NEUROPSICOLOGIA

 É a área da psicologia e da neurociência que estuda a


relação entre o sistema nervoso central, o funcionamento
cognitivo e o comportamento.
COMO APLICAR OS CONHECIMENTOS DA NEUROPSICOLOGIA
À EDUCAÇÃO

 Entender o funcionamento cognitivo;


 Como o funcionamento do cérebro funciona e interfere no
processo de ensino-aprendizagem;
 Quais áreas cerebrais são responsáveis para auxiliar na
aprendizagem (atenção, memória, funções executivas ...)
A IMPORTÂNCIA DO PROFESSOR ENTENDER A NEUROCIÊNCIA
COMO DISCIPLINA

 Diferencial para identificar e conhecer diferentes casos em sala de aula;


(Falta de atenção, hiperatividade, TEA...)
 Entender o funcionamento do cérebro para melhorar suas práticas e
lidar com potencialidades e dificuldades dos alunos;
 Compreender como se dá o processo de aprendizagem. Por que nem
todos aprendem da mesma forma.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA

COSENZA, R.M. Neurociência e


Educação: como o cérebro aprende.
Porto Alegre: Artmed, 2011.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA

Fuentes, D.; Malloy-Diniz, L.F.;


Camargo, C.H.P. & Cosenza, R.M.
Neuropsicologia: teoria e prática. São
Paulo: ArtMed, 2008.

* 2ª ed -2014
BIBLIOGRAFIA BÁSICA

Kandel, E. et al. Princípios de


neurociências. 5ª edição. Porto Alegre:
AMGH, 2014. 1544p.
ASPECTOS
HISTÓRICOS
Aula 2
ASPECTOS HISTÓRICOS SOBRE A EVOLUÇÃO DAS IDEIAS
SOBRE CÉREBRO, COMPORTAMENTO E COGNIÇÃO
ASPECTOS HISTÓRICOS SOBRE A EVOLUÇÃO DAS IDEIAS
SOBRE CÉREBRO, COMPORTAMENTO E COGNIÇÃO

Cerca de 2.300 anos já afirmava


que é através do cérebro que
sentimos tristeza ou alegria e por
meio de seu funcionamento que
somos capazes de aprender ou
modificar nosso comportamento.

Hipócrates
Considerado pai da medicina
ASPECTOS HISTÓRICOS SOBRE A EVOLUÇÃO DAS IDEIAS
SOBRE CÉREBRO, COMPORTAMENTO E COGNIÇÃO

 No século XVII, René Descartes distinguiu corpo e mente (Visão


dualística)
 O encéfalo medeia a percepção, a ação motora, a memória, o
apetite e as paixões;
 A mente, ou seja, a experiência consciente característica do
comportamento humano, não é representada no encéfalo nem no
corpo mas sim na alma (entidade espiritual que se comunica com a
maquinaria do encéfalo) através da glândula pineal;
 Posteriormente Baruch Spinoza começou a desenvolver uma visão
unificada entre corpo e mente.
ASPECTOS HISTÓRICOS SOBRE A EVOLUÇÃO DAS IDEIAS
SOBRE CÉREBRO, COMPORTAMENTO E COGNIÇÃO

 Na época dos antigos romanos até o século XVIII acreditava-se que


o cérebro funcionava por intermédio de espíritos.

 Pensava-se que os nervos eram canais por onde circulava essa


substância espiritual que se movia sob comando do cérebro.

 As células nervosas vieram a ser conhecidas em um passado


recente e a maneira como funcionam só pôde ser compreendida no
início do século XX.
ASPECTOS HISTÓRICOS SOBRE A EVOLUÇÃO DAS IDEIAS
SOBRE CÉREBRO, COMPORTAMENTO E COGNIÇÃO

Atualmente:

 Sabe- se que o sistema nervoso que estabelece nossa comunicação


com o mundo e com as partes do organismo.
CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA DA NEUROPSICOLOGIA

• 3500 AC - Edwin Smith


Desde os primeiros relatos sobre dificuldades de linguagem em um
paciente com lesão craniana, diversos estudos sobre cognição foram
descritos ao longo da história.

• Séc XIX - Franz Joseph Gall – 1809 e a frenologia


Propôs que a superfície do cérebro fosse associada a diferentes órgãos
cerebrais cada qual com uma função e traço de caráter (faculdade
mental).

• Contribuições de:
- Pierre Paul Broca - 1861
- Carl Wernicke - 1874
CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA DA NEUROPSICOLOGIA

Paul Broca

(1824 – 1880)
CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA DA NEUROPSICOLOGIA

• O primeiro a identificar áreas específicas do


encéfalo com a linguagem;
• Foi influenciado pelos esforços de Gall em
mapear as funções superiores no encéfalo;
• Broca sugeriu que o hemisfério cerebral
esquerdo estava relacionado com a linguagem,
particularmente a fala;
• Ele chamou distúrbios nessa região cerebral de
AFASIA.

*Embora o termo neuropsicologia tenha sido utilizado em 1913 por William


Osler e depois em 1949 por Donald Hebb para os pesquisadores os estudos
de Broca que marcaram o início dessa especialidade.
CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA DA NEUROPSICOLOGIA

Carl Wernicke

(1848 – 1905)
CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA DA NEUROPSICOLOGIA

• Em 1874 descreveu a associação entre lesão no giro temporal


dominante e a afasia sensorial ou de compreensão.
CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA DA NEUROPSICOLOGIA

• As pesquisas sobre localizações e subdivisões formaram uma nova


escola, a localizacionista.
• Vários outros estudos foram publicados associando as áreas
cerebrais a funções cognitivas. Exemplos:

Panizza – 1855 ( Quadro de cegueira com a região occipital).


John Harlow – 1849 ( Descreveu alterações de comportamento no caso
Phineas Gage após lesão na área frontal)
CASO PHINEAS GAGE

Era um operário americano que teve seu cérebro perfurado em um


acidente.
CASO PHINEAS GAGE

• Após o acidente Gage passou a alterar seu comportamento ficando


mais agressivo, desrespeitoso e grosseiro.

• O caso dele foi de extrema importância para se descobrir que lesões


no lobo frontal podem alterar a personalidade e as emoções.
CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA DA NEUROPSICOLOGIA

No final do século XIX e início do século XX, Vygotsky e Luria


apresentaram uma outra abordagem com base em três princípios das
funções corticais:

• Plasticidade
• Sistemas funcionais dinâmicos
• Perspectiva a partir da mente humana
CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA DA NEUROPSICOLOGIA

• Segundo Luria a dissociação entre psicologia social e individual era


falácia teórica, e o desenvolvimento e funcionamento de cérebro se
davam a partir de complexas interações entre fatores biológicos e
sociais (Luria, 1976).

• Para ele uma função não pode ser atribuída a apenas um órgão ou
tecido. (Ex: a respiração não se trata apenas do pulmão mas de um
conjunto de órgãos e um aparato muscular amplo).
CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA DA NEUROPSICOLOGIA

No Brasil

• Primeiros estudos relacionados ao campo da Neuropsicologia foi


publicado em 1950 por Antonio Frederico Branco Lefévre.
(Neuropediatra e psicólogo)
CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA DA NEUROPSICOLOGIA

Encéfalo

Tronco encefálico possui ponte, bulbo e mesencéfalo.


CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA DA NEUROPSICOLOGIA

• Lobo frontal: envolvido com a memória de curto prazo,


planejamento de ações futuras e controle do movimento;
• Lobo parietal: envolvido com sensação somática (tato,
temperatura), formação de imagem corporal e sua relação com o
espaço extrapessoal;
• Lobo occipital: envolvido com a visão;

• Lobo temporal: envolvido com audição e por meio de suas


estruturas profundas como o hipocampo e os núcleos da amígdala
envolve o aprendizado a memória e a emoção.
CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA DA NEUROPSICOLOGIA

Cérebro:
CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA DA NEUROPSICOLOGIA
CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA DA NEUROPSICOLOGIA

Tronco encefálico:

• Bulbo: digestão, respiração e o controle dos batimentos cardíacos;


• Ponte: retransmite informações acerca do movimento dos
hemisférios cerebrais para o cerebelo
• Cerebelo: Modula a força e a amplitude do movimento e está
envolvido no aprendizado de habilidades motoras
• Mesencéfalo: controla muitas funções sensoriais e motoras,
incluindo o movimento dos olhos e a coordenação dos reflexos
visuais e auditivos.
COMO O CÉREBRO
APRENDE
Aula 3
COMO O CÉREBRO APRENDE
COMO O CÉREBRO APRENDE

Sabemos que não existem dois cérebros iguais mas todos temos vias
motoras e sensoriais que seguem o mesmo padrão.

A maior parte do nosso sistema nervoso* é construída ainda no


período embrionário.

O que torna os cérebros diferentes são os detalhes de como os


neurônios se interligam e vão seguir uma história própria.

*Ligação de nervos e órgãos do corpo que tem a função de transmitir sinais e


coordenar ações voluntárias e involuntárias.
COMO O CÉREBRO APRENDE
O sistema nervoso humano inicia seu desenvolvimento nas primeiras
semanas de vida embrionária com a forma de um minúsculo tubo cuja
parede é formada por células-tronco que vão dar origem aos
neurônios.
COMO O CÉREBRO APRENDE

O que são neurônios?

Circuitos nervosos, constituídos por dezenas de bilhões de células.


Eles processam e transmitem a informação por meio de impulsos
nervosos.
COMO O CÉREBRO APRENDE
COMO O CÉREBRO APRENDE

Sinapses
Locais que regulam a passagem de informações no sistema nervoso e
que têm importância fundamental na aprendizagem.
Quando ocorre a sinapse é liberado neurotransmissores. (Substância
química)
COMO O CÉREBRO APRENDE

Exemplos de neurotransmissores

 Serotonina – importante para regular humor, sono e ansiedade.

 Dopamina – importante na coordenação dos movimentos do corpo.


 A doença de Parkinson, é uma doença degenerativa que gera tremores e prejuízos no
movimento motor, é causada pela perda de neurônios geradores de dopamina no
cérebro.
COMO O CÉREBRO APRENDE
COMO O CÉREBRO APRENDE

Importância ambiental

A interação com o ambiente é importante porque ela que confirmará e


induzirá a formação de conexões nervosas e ,portanto, a
aprendizagem.

Pesquisas mostram que a estimulação ambiental é muito importante


para o desenvolvimento do sistema nervoso.
COMO O CÉREBRO APRENDE

Plasticidade
É a capacidade do sistema nervoso de modificar a sua organização, de fazer e
desfazer ligações entre os neurônios como consequência das interações constantes
com o ambiente externo e interno do corpo.

O sistema nervoso é extremamente plástico nos primeiros anos de vida.

Ele se modifica durante toda a vida mas tem dois momentos importantes ao longo
do seu desenvolvimento:
1° Período em torna da época do nascimento – ocorre um ajuste quanto ao número
de neurônios;
2° Adolescência – ocorre um rearranjo, um acelerado processo de eliminação de
sinapses. Nessa fase diminui a taxa de aprendizagem de novas informações, mas
aumenta a capacidade de usar e elaborar o que já foi aprendido.
COMO O CÉREBRO APRENDE
COMO O CÉREBRO APRENDE
COMO O CÉREBRO APRENDE

O treino e a aprendizagem podem levar à criação de novas sinapses.

A grande plasticidade no fazer e desfazer as associações existentes


entre as células nervosas é a base da aprendizagem e permanece ao
longo de toda vida. Ela diminui ao passar dos anos, exigindo mais
tempo para ocorrer e demandando um esforço maior para que o
aprendizado ocorra de fato.
COMO O CÉREBRO APRENDE

Resumindo.....
• A aprendizagem é consequência de uma facilitação da passagem de
informação ao longo das sinapses.

• Professores podem facilitar o processo mas a aprendizagem é um


fenômeno individual e privado e vai obedecer às circunstâncias
históricas de cada um de nós.
FUNÇÕES
EXECUTIVAS (FE)
Aula 4
FUNÇÕES EXECUTIVAS

“As funções executivas correspondem a um conjunto de habilidades que,


de forma integrada, permitem ao indivíduo direcionar comportamentos a
metas, avaliar a eficiência e a adequação desses comportamentos,
abandonar estratégias ineficazes em prol de outras mais eficientes e,
desse modo, resolver problemas imediatos, de médio e de longo prazo.”
(Fuentes, D.; Malloy-Diniz, L.F.; Camargo, C.H.P. & Cosenza, R.M., 2008)
FUNÇÕES EXECUTIVAS

• Tomada de decisão
• Estratégias e resolução de problemas
• Planejamento
• Metas
• Flexibilidade cognitiva (capacidade de mudar o curso de ações/pensamentos
de acordo com as exigências do ambiente.)
• Controle inibitório
• Memória Operacional (Usadas em tarefas comuns do dia a dia, como a resolução
mental de contas matemáticas ou a manutenção temporária de um número do telefone)
FUNÇÕES EXECUTIVAS

Desenvolvimento
• Relaciona-se ao lobo frontal;
• Inicia desde o primeiro ano de vida mas atinge a maturação mais
tardiamente;
• Tem seu desenvolvimento mais intensificado entre os 6 e 8 anos e
continuam até o final da adolescência e início da vida adulta;
• Após sua maturação na fase adulta, elas passam por um período de
relativa estabilidade, tendendo a diminuir a eficiência de forma
natural ao longo do processo de envelhecimento.
(categorização, organizaç̧ão, planejamento, solução de problemas e

memória de trabalho.)
FUNÇÕES EXECUTIVAS

• Déficits nas funções executivas podem ser observados em diversas


patologias neurológicas e psiquiátricas como transtorno de déficit de
atenção/hiperatividade, transtorno obsessivo-compulsivo e
esquizofrenia.
• As funções executivas que evita erros e limita nossas ações dentro dos
padrões éticos do grupo cultural.
• São essenciais para garantir sucesso na escola, no trabalho e na vida
cotidiana.
FUNÇÕES EXECUTIVAS NO CONTEXTO ESCOLAR

• É de extrema importância incentivar o desenvolvimento das funções


executivas na infância;
• Ela pode ser estimulada através de métodos educativos como o
montessoriano;
• Práticas esportivas que envolvam treino de disciplina (ex:. Artes
marciais);
• Jogos destinados ao desenvolvimento dos processos mentais.
FUNÇÕES EXECUTIVAS NO CONTEXTO ESCOLAR

• No ambiente escolar as funções executivas são primordiais para que o


estudante possa ter sucesso em todas as etapas da educação;
• Fatores ambientais são importantes no desenvolvimento dessas
funções;
• Sabe-se que as atividades escolares são mais focadas em
memorização e repetição e acredita-se que o estudante comum
desenvolverá por conta própria a capacidade de planejar e priorizar
informações e isso pode ser um erro.
FUNÇÕES EXECUTIVAS NO CONTEXTO ESCOLAR

• Se não há desafios e o ambiente é muito confortável , não há


estímulo para mudar para melhor;
• Se não há tolerância aos erros, não se aprende a desenvolver
respostas alternativas e inibir indesejáveis.
• É desejável que crianças e adolescentes desenvolvam a capacidade
de serem flexíveis e que possam debater e discutir ideias.
FUNÇÕES EXECUTIVAS NO CONTEXTO ESCOLAR

• Existem pesquisas em andamento para identificar as melhores


práticas para o desenvolvimento dessas estratégias no ambiente
escolar;
• O estudante tem que ter a oportunidade de entender através da
prática que elas podem ajudá-lo na sua vida em geral e não só no
ambiente escolar.
FUNÇÕES EXECUTIVAS NO CONTEXTO ESCOLAR

Questões para refletir e discutir.....

• O que você pode fazer no dia a dia para ajudar a desenvolver as FE?
• Como o mundo moderno influencia a FE?
PROCESSOS
EMOCIONAIS E
MEMÓRIA
Aula 5
INFLUÊNCIA DOS PROCESSOS EMOCIONAIS NA
APRENDIZAGEM E NA MEMÓRIA
Parte 1

 Processos emocionais

Parte 2

 Memória
PROCESSOS EMOCIONAIS

• Emoções são fenômenos que assinalam a presença de algo


importante e significativo em um determinado momento da vida.

• Elas atuam como sinalizador interno de que algo importante está


ocorrendo.

• Podemos reconhecer as nossas emoções e uns dos outros.


PROCESSOS EMOCIONAIS

• As emoções básicas são invariáveis nas diversas culturas o que


permite identificá-las mesmo em indivíduos de outra cultura.

• As emoções envolvem respostas periféricas que podem ser


percebidas como: aumento do estado de alerta, dilatação da pupila,
sudorese, lacrimejamento, alteração da expressão facial entre
outras.
• Também pode ocorrer modificações corporais internas como
“coração disparado” e “frio na barriga”.
PROCESSOS EMOCIONAIS

• Essas respostas fisiológicas são acompanhadas por um sentimento


emocional como euforia, desânimo, irritação e outros.
• Quando identificamos a emoção temos uma consciência
emocional.

Respostas Sentimento Consciência


periféricas emocional emocional
PROCESSOS EMOCIONAIS

• Se um estímulo importante com valor emocional é captado, ele


pode mobilizar a atenção e atingir regiões corticais específicas,
onde é percebido e identificado tornando-se consciente.
Ex: Professor bonito
• Essas informações são direcionadas a amígdala cerebral.
PROCESSOS EMOCIONAIS

• A amígdala está incluída em um conjunto de estruturas encefálicas


conhecido como sistema límbico , que tem controle das emoções e
processos motivacionais.
• Ela interage com o córtex cerebral e permite que a identificação da
emoção seja feita podendo ocasionar no aparecimento de um
determinado estado de humor.

Ex: Professora entra na sala de aula com uma pilha de provas e anuncia
uma avaliação inesperada.
PROCESSOS EMOCIONAIS

• A amígdala tem sido estudada no seu envolvimento com as


emoções negativas (medo, raiva) porém parece também estar
envolvida no desencadeamento das emoções positivas como a
sensação de bem estar e prazer.
• No caso das emoções positivas outras estruturas cerebrais tem
participação importante, como:

 Circuito dopaminérgico (utiliza a dopamina como neurotransmissor)


PROCESSOS EMOCIONAIS

Alvo
Núcleo
Neurônios do
acumbente
circuito
(base do
dopaminérgico
cérebro)

Córtex pré-
frontal
conectam

Estimulações dessa via provocam sensações de prazer e bem-estar e


está ligado ao fenômeno que chamamos de motivação.
PROCESSOS EMOCIONAIS
PROCESSOS EMOCIONAIS

Motivação
• A motivação é resultante de uma atividade cerebral que processa as
informações vindas do meio interno (fome e dor) e do ambiente
externo (oportunidades, ameaças) e determina o comportamento a ser
exibido.
• Nossa motivação nos leva a repetir comportamentos que nos
trouxeram recompensa no passado e que nos levará a procurar
situações similares que tenham chance de proporcionar satisfação
desejada no futuro. Portanto ela é muito importante para a
aprendizagem no geral.
Ex: Birra
PROCESSOS EMOCIONAIS

• Nós aprendemos a controlar a expressão emocional de forma


aceitável socialmente, e também a pesar as consequências dos
comportamentos sugeridos por nosso sentimento emocional.

Ex: Prevenimos o adolescente de flertar com a namorada do amigo


pois as consequências podem ser desagradáveis para seu bem estar.
PROCESSOS EMOCIONAIS

Área Orbitofrontal
PROCESSOS EMOCIONAIS

• A região orbital é importante no controle social das respostas


emocionais.

Ex: Podemos inibir uma reação de raiva a um chefe.

• Indivíduos com lesão nessa área são incapazes de levar em conta as


consequências de seus próprios atos no futuro e não conseguem
avaliar o sentimento emocional ou o sofrimento que suas ações
podem causar no outro.
PROCESSOS EMOCIONAIS

• Sabemos que as emoções tem grande influência na aprendizagem e na


memória;
• Tem sido estudadas as memórias instantâneas, que são lembranças
relacionadas a um fato marcante na vida das pessoas;

Ex: Ataque as torres gêmeas.


Geralmente as pessoas se recordam com nitidez do que estavam fazendo
nesse momento e tendem a guardar essas lembranças por mais tempo.

Isso é uma evidência de que as emoções servem também para facilitar o


processo de memorização.
PROCESSOS EMOCIONAIS

Emoção e aprendizagem
• Sabe- se que as emoções podem facilitar a aprendizagem porém
quando ocorre estresse tem o efeito contrário.
• Logo o ambiente escolar deve ser planejado de forma a estimular as
emoções positivas e as negativas devem ser evitadas para que não
perturbem a aprendizagem.
• É possível aprender a lidar com nossas emoções, elas são
inevitáveis mas podemos ter controle de como reagimos a ela.
Essa capacidade chama-se inteligência emocional.
MEMÓRIA

A memória é formada por múltiplos e complexos sistemas mediados


por diferentes circuitos e mecanismos neurais (Squire, 1986;
Baddeley,2000; Tulving, 2002).

Ela processa informações em três estágios:


• Codificação, aquisição ou registro inicial
• Armazenamento
• Evocação ou decodificação
MEMÓRIA

Memória

Curto Longo
Prazo Prazo

Verbal Espacial Explícita Implícita

Episódica Semântica
MEMÓRIA

Memória de curto prazo/operacional

“A memória de curto prazo ou operacional é responsável pelo


armazenamento de informações, na ordem de segundos ou poucos
minutos.”

Exemplos: cálculos mentais, manusear dinheiro (troco), localizar


endereço quando dirigindo, dentre outros.
MEMÓRIA

• Se a informação for relevante poderá ser mantida, do contrário será descartada.

Exemplo: Um homem está na frente da TV, atento ao programa que está sendo
exibido. A esposa se aproxima e diz: “Fulano, você levou o lixo para fora?. Sem
resposta, ela insiste: “Fulano, você ouviu o que eu disse? Ele então responde: “ Se
eu pus o lixo para fora?”

• A informação ficou gravada por segundos e se perderia se não fosse ativada.


• Por meio de um sistema de repetição a informação será mantida na consciência
por um tempo maior.
• Esse sistema pode ser feito por recursos verbais ou
visuoespaciais.
MEMÓRIA

Exemplos de processos via verbal e via visuoespacial

Quando guardamos mentalmente um endereço ( processamento


verbal)

Quando nos orientamos manipulando um mapa ( processamento


espacial)
MEMÓRIA

Memória de longo prazo

A memória de longo prazo pode ser didaticamente dividida em:

• Memória não declarativa ou implícita;

• Memória declarativa ou explícita.


MEMÓRIA

Memória implícita/
não declarativa

Trata-se de uma memória sensório-motora que se manifesta quando executamos


procedimentos ou habilidades cotidianas.

É chamada de implícita porque independe da consciência e pode ser avaliada


pelo desempenho.

Se dá pelo processo de repetição.

Preservada em pacientes com amnésia (ex.:esportes, trajetos )


MEMÓRIA

Memória implícita/
não declarativa
MEMÓRIA

Memória explícita/
declarativa

• É o sistema responsável pela capacidade de armazenar, recordar ou


reconhecer fatos e eventos de forma consciente.
• Para que a informação se torne permanente é necessário os
processos de repetição, elaboração e consolidação.
MEMÓRIA

Memória explícita/
declarativa

• Existem evidências que a consolidação ocorre durante o sono.


• A privação do sono impede e prejudica a aprendizagem, enquanto o
sono normal a facilita.

Por que?

É como se a noite o cérebro passasse a limpo as experiências vividas e


torna-se mais estável e definitiva as que são mais significativas.
MEMÓRIA

O registro da memória é

fragmentado, ou seja, as

informações são armazenadas em

sistemas e circuitos localizados em

diferentes regiões do cérebro.


MEMÓRIA

Episódica

“Sistema que armazena informações sobre eventos ou episódios


pessoalmente vividos em um determinado tempo e contexto” (Tulving,
1972)

Exemplos: O que fizemos hoje a tarde; onde passamos o último natal


etc.
MEMÓRIA

Quadro de alteração da memória episódica


Caso H.M

• Sofreu um traumatismo craniano onde começou a ter crises epilépticas.


• Foi submetido a uma cirurgia experimental no cérebro que lhe removeu
o hipocampo (bilateral) e regiões adjacentes.
• A epilepsia foi parcialmente controlada mas perdeu a capacidade de
formar novas memórias.
• Graças ao estudo do caso sabemos que o hipocampo é importante na
consolidação da memória.

https://www.youtube.com/watch?v=W0TTQro
CjoQ
MEMÓRIA

Amnésia
Alteração grave da memória Anterógrada e Retrógrada.

Incidente

Passado Presente e futuro


A. Retrógrada A. Anterógrada
MEMÓRIA

Semântica
A memória de longo prazo semântica é responsável pelo
processamento de informações associados ao conhecimento geral
sobre o mundo.

Exemplos: Brasil é um país, Canário é uma ave, cadeira é um tipo de


móvel, etc.
ATENÇÃO
TDAH
TEA
Aula 6
ATENÇÃO

Direção da consciência, o estado de concentração da atividade mental sobre


determinado objeto. (Cuvillier, 1937).

Enquanto estamos acordados, varias informações vindas do ambiente externo e


interno nos são apresentadas em um número maior do que podemos processar,
por isso essa organização é necessária;

Atenção então é um mecanismo cerebral cognitivo que possibilita o


processamento de informações, pensamentos ou ações relevantes.

Barulhos
Dor Humor
Trabalho
Escola

Chefe Sono
Família

Finanças
ATENÇÃO

• A nível psicológico a atenção implica numa distribuição preferencial a


eventos que são relevantes. (Motivação)
• A nível neurológico a atenção se refere às alterações na seletividade,
intensidade e duração das respostas neuronais a esses eventos.
• É o pré-requisito mais importante para manifestação das demais
funções cognitivas.
• Resulta da interação complexa de diversas áreas do sistema nervoso,
não sendo portanto um processo unitário. (Cohen; Salloway;Zawacki,
2006)
ATENÇÃO

Ela pode ser entendida em relação à sua natureza (voluntária ou reflexa) ou a


maneira como é operacionalizada.

Em relação a sua natureza:


• Voluntária: habilidade ou intencionalidade de prestar atenção em algo
• Reflexa ou espontânea: atenção suscitada pelo interesse momentâneo,
incidental.
Ex: buzina, espirro...

Operacionalizada:
Não é um fenômeno unitário, pode ser subdividida em três tipos:

• Atenção Concentrada
• Atenção Alternada
• Atenção Seletiva
ATENÇÃO

Atenção concentrada
Habilidade de nos concentrar em uma tarefa por um período de tempo
contínuo.

Atenção alternada
Capacidade de mudar o foco da atenção de um componente da tarefa
para outro e depois retornar sem perder o raciocínio.

Atenção seletiva
Capacidade de processar informações, pensamentos ou ações que são
relevantes e ignorar outros irrelevantes. Ela limita informações que chegam ao
sistema cerebral.
ATENÇÃO

Os processos da atenção indicam a existência de dois circuitos


diferentes:

• Circuito orientador localizado no lobo parietal – Ele permite o


desligamento do foco atencional de um determinado alvo e o seu
deslocamento para outro ponto. (Permite selecionar o estímulo mais
relevante)
• Circuito executivo, seu centro mais importante localiza-se em uma
área do córtex frontal em uma região chamada giro do cíngulo – Ele
permite que se mantenha a atenção de forma prolongada ao mesmo
tempo que são inibidos estímulos distraidores.
ATENÇÃO

• O circuito executivo é importante tanto no controle cognitivo


quanto no emocional.
• Evidências apontam que a atividade em uma dessas áreas pode ser
inibidora do funcionamento da outra.
Ex: Emoções negativas intensas podem interferir na atenção ao
processamento cognitivo.
ATENÇÃO
ATENÇÃO
TRANSTORNO DO DÉFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE
(TDAH)
TRANSTORNO DO DÉFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE
(TDAH)
https://www.youtube.com/watch?v=IGixEw9C-8o

• Consiste em um transtorno do neurodesenvolvimento;

• É o mais comum entre os transtornos psiquiátricos de início na


infância;
• Se caracteriza por sintomas marcantes de desatenção,
hiperatividade e impulsividade;
• Os sintomas devem estar presentes em mais de um ambiente e
devem interferir no funcionamento acadêmico, ocupacional e
social.
TRANSTORNO DO DÉFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE
(TDAH)

Podem ser classificados como:

1- predominantemente desatento
2- predominantemente hiperativo-impulsivo
3- Combinado
TRANSTORNO DO DÉFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE
(TDAH)

Características cognitivas
Déficits na atenção:
- Incapacidade de manter atenção a uma tarefa;
- Pode manifestar-se como distração, perda de objetos, desorganização,
falta de concentração e atenção aos detalhes.
Impulsividade
- Respostas precipitadas;
- Dificuldade em esperar sua vez;
- Intromissões e interrupções frequentes em atividades alheias.
Hiperatividade
- Devido à dificuldade de controlar impulsos tendem a ter comportamentos
inadequados e inquietação (motor e verbal)
TRANSTORNO DO DÉFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE
(TDAH)

Como você acha que deve trabalhar com essa


criança/adolescente?
TRANSTORNO DO DÉFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE
(TDAH)

Intervenção na escola
Como trabalhar com esse aluno?

• Adaptações ambientais na sala de aula (poucos estímulos)


• Motivar o aluno para aprendizagem (utilizar vários recursos)
• Incentivar a organização nos estudos
• Ser claro e conciso quando der instruções
• Não dar mais do que dois comandos por vez
• Tocar no ombro do aluno para despertá-lo
• Andar pela sala
• Destacar pontos importantes da tarefa
TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA (TEA)
TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA (TEA)

https://www.youtube.com/watch?v=zbjfmfWXPyo

• Transtorno do neurodesenvolvimento que segundo a OMS afeta 70


milhões de pessoas no mundo inteiro.
• Características essenciais:
- Desenvolvimento acentuado anormal ou prejudicado na interação
social e comunicação;
- Padrões de comportamentos repetitivos e estereotipados.
TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA (TEA)

• As habilidades não verbais normalmente são melhores do que a


comunicação verbal.
• Desenvolvimento relativamente bom de habilidades visuoespaciais
e má compreensão de situações sociais.

• Níveis de gravidade (DSM V):

Nível 3 – Exigindo apoio muito substancial


Nível 2 – Exigindo apoio substancial
Nível 1 – Exigindo apoio
TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA (TEA)

Autismo e cognição
• Preferem rotinas;
• Apresentam prejuízos no desenvolvimento da fala (quando esta se
desenvolve normalmente apresentam dificuldade de ritmo,
modulação da voz, vocabulário restrito e ecolalia);
• Déficits na função executiva:
- Problemas na inibição de respostas (não por impulsividade mas por
julgamento social)
- Planejamento e flexibilidade mental
TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA (TEA)

Sinais na infância
• Dificuldade de fixar o olhar;
• Não procurar os amiguinhos;
• Não brincar quando chamado pelos amiguinhos;
• Dificuldade de fazer brincadeira simbólica;
• Comportamentos repetitivos:
o Motor
o Perguntas
o Brincadeiras, filmes
• Interesses restritos e as vezes “estranhos”;
• Ecolalias;
• Comportamento de imitar diminuído;
• Uso do corpo de outra pessoa para se comunicar.
TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA (TEA)

Teoria da mente
TEORIA DA MENTE

• É a capacidade de explicar e prever o comportamento criando

hipóteses sobre os pensamentos, sentimentos e objetivos de

terceiros.

• Capacidade de inferir e compreender estados mentais dos outros.

• Quem tem autismo é incapaz de reconhecer estados mentais e

portanto não usam essa informação para prever o comportamento

de outras pessoas.
TEORIA DA MENTE

Teste de Sally-Anne. Esse primeiro teste


da “teoria da mente” começa com a
representação de um roteiro usando duas
bonecas. A boneca Sally tem um cesto, e a
boneca Anne tem uma caixa. Sally coloca
uma bola no cesto e sai da sala para dar uma
volta. Enquanto ela está fora, de forma
travessa, Anne retira a bola do cesto e a
coloca em sua caixa. Agora Sally volta para a
sala e quer brincar com a bola. Onde será ́
que ela vai procurar a bola, no cesto ou na
caixa? A resposta, em se tratando da maioria
das crianças de 4 anos com desenvolvimento
típico, é obviamente no cesto, mas não para
crianças com autismo da mesma faixa etária
ou até mesmo com mais idade. (Adaptada,
com permissão, de Axel Scheffler)
TEORIA DA MENTE

Por que a teoria da mente é


importante na formação do professor
e no ambiente escolar?
TEORIA DA MENTE

• Crianças que são atentas aos sentimentos, pensamentos e desejos


do outro tendem a ser melhor avaliada socialmente;
• A compreensão do estado interno do outro favorece a interação
social;
• Ocorre trocas empáticas.
NEURÔNIOS - ESPELHO

• Os neurônios espelho foram associados a várias modalidades do


comportamento humano como: imitação, teoria da mente,
aprendizado de novas habilidades e leitura da intenção em outros
humanos. (Gallese, 2005; Rizzolatti, Fogassi, & Gallese, 2006)
• Eles são ativados quando alguém observa a ação de outra pessoa.
NEURÔNIOS - ESPELHO

Exemplo:

A observação da expressão de nojo em uma outra pessoa que cheira


um líquido de odor desagradável ativa a parte anterior da ínsula,
estrutura que é também ativada quando a própria pessoa sente nojo
(Wicker et al., 2003).
NEURÔNIOS - ESPELHO

Autismo e neurônios - espelho

• Crianças com autismo têm grande dificuldade para se expressar,


compreender e imitar sentimentos;
• O entendimento de ações, imitações e empatia são funções
atribuídas aos neurônios espelho.
IMPORTÂNCIA DO
SONO NO
PROCESSO DE
APRENDIZAGEM
Aula 7
IMPORTÂNCIA DO SONO

• Durante o sono, ocorrem processos fisiológicos, neurocognitivos


e comportamentais.
• Muitas pesquisas mostram que a privação de sono resulta em
impactos significativos dos processos cognitivos como atenção,
memória e percepção (Killgore, 2010).
• Os prejuízos neurocognitivos e comportamentais associados a
alteração de sono e fatores ocupacionais são reconhecidos
como problema de saúde pública e segurança.
• O sono é iniciado pelo estado NREM e os estados NREM e REM
se alternam.
IMPORTÂNCIA DO SONO – SONO NREM

• O sono de ondas lentas, ou de “movimento não rápido dos


olhos” (NREM, do inglês non rapid eye movement), é
caracterizado pela diminuição da frequência respiratória e
cardíaca e pela diminuição do tônus muscular.
• Nele também transpiramos e perdemos peso corporal (em
virtude da perda de água ) e o nosso hormônio do crescimento
aumenta.
• É subdividido em 4 estágios e corresponde a 75% do período do
sono.
IMPORTÂNCIA DO SONO – SONO REM

• O sono REM, ou de “movimento rápido dos olhos” (REM, do


inglês rapid eye movement), é caracterizado por uma intensa
atividade registrada no eletroencefalograma, seguida por
flacidez e paralisia funcional dos músculos esqueléticos.
• Nessa fase, a atividade cerebral é semelhante à do estado de
vigília.
• O aspecto mais notável do sono REM é que os indivíduos
quando acordados desse sono relatavam sonhos vívidos.
• Em contraste os indivíduos acordados do sono NREM tinham
probabilidade muito menor de relatarem seus sonhos.
IMPORTÂNCIA DO SONO NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM

• O sono é de extrema importância para o processo de


aprendizagem.
• Estudos mostram que crianças que apresentam problemas
atencionais e/ou acadêmicos tinham dificuldades relacionadas
ao sono.
• Existe uma correlação entre curta duração de sono e déficits em
funções executivas em crianças e adolescentes.
IMPORTÂNCIA DO SONO NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM

• Nos adultos, os horários de trabalho podem romper sua


ritmicidade biológica, promovendo desorganizações temporais
internas e externas e agravando a saúde biopsicossocial.
(Almondes, 2007; Al- mondes & Araújo, 2011)
• Os processos cognitivos como memória, atenção, raciocínio
também são afetados, assim como a percepção visual e
visuoespacial.
Ex: caminhoneiros.
IMPORTÂNCIA DO SONO NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM

• Os distúrbios de sono são comuns em crianças e variam conforme a


idade, podendo se manifestar como despertares noturnos, terror
noturno na idade escolar e como insônia e sonambulismo no
adolescente. 
• Esse distúrbio pode ser analisado através de um questionário (QRL)
que permite identificar sonambulismo, terror noturno, bruxismo
durante o sono, enurese e pesadelos.
• Pesquisas com esse questionário entre crianças de 3 a 10 anos
apontaram que "crianças que dormem menos ou com pouca
qualidade têm muitas vezes baixo rendimento escolar" 
IMPORTÂNCIA DO SONO NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM

• Para que as crianças desenvolvam hábitos envolvendo as


questões relativas ao sono, pais e educadores devem conhecer e
valorizar a necessidade de um sono satisfatório para o
desenvolvimento, adaptação e aprendizagem do estudante.
• É necessário intervir precocemente, diagnosticar as situações de
crise, responsáveis pelo comprometimento do sono, orientar as
famílias sobre a importância do sono porque essas situações
interferem diretamente na qualidade de vida desde a infância.
OBRIGADA!

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