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COLÉGIO ESTADUAL CORONEL PM MARCUS JARDIM

ENSINO MÉDIO REGULAR CÍVICO-MILITAR

GUSTAVO DE CASTRO DA SILVA


KAUÃ TRANQUILINO FAGUNDES
LAISA VITÓRIA MENDONÇA DE OLIVEIRA
MARIA LUIZA FELIPE DO NASCIMENTO SILVA
YASMIN LITTIÉRI RIBEIRO

POESIA MODERNISTA EM FOCO


Carlos Drummond de Andrade

São Gonçalo
2023
GUSTAVO DE CASTRO DA SILVA
KAUÃ TRANQUILINO FAGUNDES
LAISA VITÓRIA MENDONÇA DE OLIVEIRA
MARIA LUIZA FELIPE DO NASCIMENTO SILVA
YASMIN LITTIÉRI RIBEIRO

POESIA MODERNISTA EM FOCO

Trabalho de pesquisa apresentado à disciplina de


Língua Portuguesa do terceiro ano do ensino
médio como requisito de nota parcial do primeiro
bimestre da Turma 3001. Requerido pela prof.
Eliete Lessa.

São Gonçalo
2023
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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO...........................................................................................................4
2 BIOGRAFIA DE CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE.........................................4
2.1 INFÂNCIA E FORMAÇÃO...................................................................................4
2.2 VIDA PESSOAL...................................................................................................5
2.3 ANOS 40..............................................................................................................6
2.4 ANOS 50 E 60.....................................................................................................6
2.5 ANOS 70 E 80.....................................................................................................7
2.6 CARREIRA PÚBLICA..........................................................................................7
2.7 MORTE................................................................................................................7
3 ESTILO DE DRUMMOND..........................................................................................7
4 ÉPOCA DE PRODUÇÃO...........................................................................................7
5 PRINCIPAIS OBRAS.................................................................................................8
REFERÊNCIAS............................................................................................................9

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1 INTRODUÇÃO

Foi utilizado o método de pesquisa qualitativa, a fim de analisar a vida do


poeta modernista Carlos Drummond de Andrade e três de suas obras:
 “Poema de Sete Faces”, uma das composições mais populares de Carlos
Drummond, pertencente à obra Alguma poesia (1930).
 “As rosas do tempo”, publicada no livro Viola de Bolso (1952).
 “Onde Há Pouco Falávamos”, referida na obra A Rosa do Povo (1945).
Todas as poesias foram escolhidas por estarem enquadradas na segunda
geração modernista, segundo estudiosos.
O estudo desse trabalho será fundamentado em fatos apresentados por
teóricos especialistas e refere-se à biografia de um poeta, contista e cronista
brasileiro do século XX: Carlos Drummond de Andrade. Apresentando sua vida,
estilo, época de produção e principais obras. Para tal, os objetos estudados em
fontes secundárias como livros, artigos e resumos foram selecionados.

2 BIOGRAFIA DE CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE

2.1 INFÂNCIA E FORMAÇÃO

Carlos Drummond de Andrade nasceu no interior de Minas Gerais, em Itabira


de Mato Dentro, no dia 31 de outubro de 1902. Era o nono filho de Julieta Augusta
Drummond de Andrade e Carlos de Paula Andrade, fazendeiros tradicionais da
região.
Iniciou seus estudos em sua cidade natal e em 1916, aos 14 anos, ingressou
em um colégio interno em Belo Horizonte. Doente, retornou para Itabira, onde
passou a ter aulas particulares.
Em 1918, foi estudar no internato jesuíta no Colégio Anchieta em Nova
Friburgo, interior do Rio de Janeiro, todavia foi expulso, em 1919, por
insubordinação mental após discutir com o professor de Língua Portuguesa.
De volta para Belo Horizonte, em 1921, começou a publicar artigos no Diário
de Minas que reunia adeptos do Movimento Modernista Mineiro. Em 1922, ganhou
um prêmio de 50 mil réis, no “Concurso da Novela Mineira”, com o conto Joaquim do
Telhado.

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Em 1923, por insistência de sua família, Carlos matriculou-se no curso de
Farmácia da Escola de Odontologia e Farmácia de Belo Horizonte. Em 1925,
concluiu o curso, entretanto nunca exerceu a profissão. Nesse mesmo ano, fundou A
Revista, que se tornou um veículo importante de afirmação do Modernismo Mineiro.

2.2 VIDA PESSOAL

Em 1925, casou-se com Dolores Dutra de Morais, com quem teve dois
filhos, Carlos Flávio (em 1927, que morreu após meia hora de seu nascimento) e
Maria Julieta Drummond de Andrade, nascida em 1928.
Em 1926, ministra aulas de Geografia e Língua Portuguesa no Ginásio Sul-
Americano de Itabira e trabalha como redator-chefe do Diário de Minas.
Em 1928, Drummond publicou o poema No Meio do Caminho, na “Revista de
Antropofagia” de São Paulo, causando um escândalo com a crítica da imprensa pois
afirmavam que aquilo não era poesia e sim uma provocação pela repetição do
poema, como também pelos erros gramaticais.
No meio do caminho tinha uma pedra/ tinha uma pedra no meio do
caminho/ tinha uma pedra/ no meio do caminho tinha uma pedra. Nunca me
esquecerei desse acontecimento/ na vida de minhas retinas tão fatigadas. /
nunca me esquecerei que no meio do caminho/ tinha uma pedra/ tinha uma
pedra no meio do caminho/ no meio do caminho tinha uma pedra.
(ANDRADE, 1928)
Em 1930, classificado por especialistas da Segunda Geração Modernista,
Drummond publicou seu primeiro livro intitulado Alguma Poesia, no qual apresenta o
retrato da vida cotidiana, paisagens, lembranças, demonstrando pessimismo e
transparecendo seu humor e ironia. O primeiro poema exposto no livro foi o “Poema
de Sete Faces”, que mostra sua inquietação.
Poema de Sete Faces/ O homem atrás do bigode/ É sério, simples e
forte. / Quase não conversa./ Tem poucos, raros amigos/ O homem atrás
dos óculos e do bigode./ Meu Deus porque me abandonaste,/ se sabias que
eu não era Deus/ Se sabias que eu era fraco./ Mundo mundo vasto mundo,/
se eu me chamasse Raimundo,/ Seria uma rima, não seria uma solução./
Mundo mundo vasto mundo,/ Mais vasto é meu coração./ Eu não devia
dizer,/ Mas essa lua/ Mas esse conhaque/ Botam agente comovido como o
diabo. (ANDRADE, 1930).

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Em 1934, Carlos Drummond publicou seu segundo livro Brejo das Almas,
quando o poeta acentua o humor e a ironia nos seus versos, como no poema
“Política Literária”, que foi dedicado a Manuel Bandeira. “Política Literária/ O poeta
municipal/ discute com o poeta estadual/ qual deles é capaz de bater o poeta
federal. / Enquanto isso o poeta federal/ tira ouro do nariz.” (ANDRADE, 1934).

2.3 ANOS 40

Em 1940, Drummond lançou Sentimento do Mundo, quando a


destruição provocada pela Guerra Mundial o levou a expressar um desejo intenso de
reconstruir o mundo. O poema “Mundo Grande” exprime sua solidariedade.
Mundo Grande/ Não, meu amor não é maior que o mundo, / É muito
menor. / Nele não cabe nem as minhas dores. / Por isso gosto tanto de e
contar. Por isso me dispo, Por isso me grito, / por isso me frequento os
jornais, me exponho cruamente nas librarias:/ preciso de todos. (ANDRADE,
1940)
Em 1945, Drummond publicou o livro de poemas A Rosa do Povo que
condena a vida mecanizada e seus temas favoritos são: medo, tédio, solidão, etc. O
livro também expõe uma esperança de um mundo melhor.
Onde Há Pouco Falávamos/ É um antigo/ piano, foi/ de alguma avó,
morta/ em outro século. / E êle toca e êle chora e êle canta/ sozinho, / mas
recusa raivoso filtrar o mínimo/ acorde, se o fere/ mão de moça presente. /
Ai piano esguiçado, Jesus! / Sua gente está morta, / seu prazer sepultado, /
seu destino cumprido, / e uma tecla/ põe-se a bater, cruel, em hora espessa
de sono. / É um rato? / O vento? / Descemos a escada, olhamos
apavorados/ a forma escura, e cessa o seu lamento. [...] (ANDRADE, 1945)
Em 1946, Drummond foi premiado pela Sociedade Felipe de Oliveira por sua
obra.

2.4 ANOS 50 E 60

Com a publicação de Claro Enigma em 1951, as criações poéticas de Carlos


Drummond seguem dois rumos: de um lado a poesia nominal, que se aproximam da
corrente literária Concretismo, de outro lado a poesia reflexiva, na qual aparecem
frequentemente os temas tempo e morte
2.5 ANOS 70 E 80
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A partir desse período, Drummond passou a destacar em suas obras poéticas
suas memórias, como a infância, sua cidade natal, sua família, etc.

2.6 CARREIRA PÚBLICA


Em 1930, Carlos ingressou no serviço público como auxiliar de gabinete da
Secretaria do Interior. Em 1934, mudou-se para o Rio de Janeiro e empregou-se
como chefe de gabinete de Gustavo Capanema, ministro da Educação, onde
permaneceu até 1945. 
Entre os anos de 1945 e 1962, foi funcionário do Serviço Histórico e Artístico
Nacional e se aposentou em 1962.

2.7 MORTE
Carlos Drummond de Andrade morreu no Rio de Janeiro, em decorrência de
uma insuficiência respiratória, no dia 17 de agosto de 1987.

3 ESTILO DE DRUMMOND

Carlos Drummond de Andrade foi um grande precursor da “Poesia de 30”,


conjunto de obras poéticas produzidas no Brasil durante a segunda geração
modernista. Seu estilo apresentava versos livres e brancos, livres de métrica, sua
poesia era livre e popular, mesmo sendo sofisticada. Um exemplo para tal é a obra
As rosas do tempo, encontrada no livro “Viola de Bolso”.
As rosas do tempo/ Admirável espírito dos moços, / a vida te pertence. Os
alvoroços, / as iras e entusiasmos que cultivas/ são as rosas do tempo,
inquietas, vivas. / Erra e procura e sofre e indaga e ama, / que nas cinzas do
amor perdura a flama. (ANDRADE, 1952)

4 ÉPOCA DE PRODUÇÃO

As produções de Carlos Drummond de Andrade estão associadas à segunda


fase do Modernismo no Brasil. Tal momento foi marcado pela consolidação das
ideias difundidas na Semana de Arte de 1922 e, segundo especialistas, representou
um período fértil e rico para a literatura nacional.

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As principais características presentes nessa fase foram: nacionalismo,
temática cotidiana, linguagem coloquial, influência do realismo, influência da
psicanálise de Freud e uso de versos livres.

5 PRINCIPAIS OBRAS

A originalidade de Carlos Drummond de Andrade é evidente, visto que a


maioria de suas produções são até hoje de suma importância para o estudo do
período no qual estava inserido.
Algumas de suas obras são:
 Alguma Poesia (1930);
 Brejo das Almas (1934);
 Sentimento do Mundo (1940);
 Poesias (1942);
 Confissões de Minas (1942);
 A Rosa do Povo (1945);
 Poesia até Agora (1948);
 Claro Enigma (1951);
 Contos de Aprendiz (1951);
 Passeios na Ilha (1952);
 Viola de Bolso (1952);
 Fazendeiro do Ar & Poesia Até Agora (1953);
 Poemas (1959);
 A Vida Passada a Limpo (1959);
 Lições de Coisas (1962);
 Boitempo (1968);
 Cadeira de Balanço (1970);
 Menino Antigo (1973);
 As impurezas do Banco (1973);
 Discurso da Primavera e Outras Sombras (1978);
 O Corpo (1984);
 Amar se Aprende Amando (1985);

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 Moça Deitada na Grama (1987).
REFERÊNCIAS

ANDRADE, Carlos Drummond de. Alguma poesia. 1. ed. Belo Horizonte:


Companhia das Letras, 2013.

ANDRADE, Carlos Drummond de. Viola de Bolso. 1. ed. Rio de Janeiro: Serviço
de documentação do Ministério da Cultura, 1952.

FRAZÃO, Dilva. Biografia de Carlos Drummond de Andrade. Ebiografia, 2022.


Disponível em: https://www.ebiografia.com/carlos_drummond/ . Acesso em: 03
abr. 2023.

DIANA, Daniela. Carlos Drummond de Andrade: biografia, obras e poemas. Toda


Matéria, 2022. Disponível em: https://www.todamateria.com.br/carlos-drummond-
de-andrade/ . Acesso em: 05 abr. 2023.

OLIVEIRA, Erivaldo Costa De; OLIVEIRA, Cesar Henrique De; KNOPIK, Márcia;
REIGOTA, Sandra; ESCORSIM, Francisco; ROEMERS, Caio Porthus K. Coleção
pré-vestibular ENEM: língua portuguesa e literatura. 1. ed. Curitiba: Divulgação
Cultural, 2020. 258-264 p.

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