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O Sheik Traído

Renata Xavier
Copyright © 2022 Renata Xavier
Todos os direitos reservados.
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Esta é uma obra de ficção. Nomes,


personagens, lugares, locais e incidentes
são puramente fictícios e não têm
relação com quaisquer indivíduos da
vida real, vivos ou mortos, ou com
quaisquer lugares reais,
estabelecimentos comerciais, locais,
eventos ou incidentes. Qualquer
semelhança é mera coincidência.
Sumário
CAPÍTULO 1
CAPÍTULO 2
CAPÍTULO 3
CAPÍTULO 4
CAPÍTULO 5
CAPÍTULO 6
CAPÍTULO 7
CAPÍTULO 8
CAPÍTULO 9
CAPÍTULO 10
CAPÍTULO 11
CAPÍTULO 12
CAPÍTULO 13
CAPÍTULO 14
CAPÍTULO 15
CAPÍTULO 16
CAPÍTULO 17
CAPÍTULO 18
CAPÍTULO 19
CAPÍTULO 20
CAPÍTULO 22
CAPÍTULO 23
CAPÍTULO 24
CAPÍTULO 26
CAPÍTULO 27
CAPÍTULO 28
SOBRE O AUTOR

Capítulo 1

O carro seguia por aquela estrada


secundária que era cercada pelo deserto,
Felícia tirou os óculos escuros e pediu
ao motorista que parasse, desceu do
carro e se viu olhando para aquele lugar
recordando da primeira vez em que
estivera ali com ele. Olhar para tudo
aquilo a fez voltar ao passado, onde era
tão somente uma mulher ingênua,
apaixonada que acreditava estar vindo
um conto de fadas, a jovem pobre que
encontrou um príncipe e como em passe
de mágica transformou sua vida, saindo
direto de um casebre na favela para um
palácio em um país do oriente médio.
Via tão nítida a si mesma correndo
em meio a areia dele alcançando a
fazendo ficar coloca a seu corpo, então a
beijou dizendo que a amava em árabe.
Essa lembrança fez com que lágrimas
surgirem em seus olhos.
— Senhorita é melhor irmos, o sol
está muito quente — o motorista falou.

— Claro vamos sim, apenas queria


ver mais de perto o deserto, faz tempo
que estive em seu país. Ela fala se
lembrando de quantos dias esteve longe
daqui se dando conta de que foram 365
dias.
O qual viveu um verdadeiro inferno
longe dos seus filhos, sofrendo tudo que
tinha para sofrer, perdeu a conta das
noites que passou chorando pelo que
tinha perdido e pela enorme injustiça
vivida.
Nunca traiu seu marido, o amava
mais que tudo, mas foi vítima de uma
armadilha que destruiu sua vida, seus
sonhos e a felicidade que estava
vivendo com ele naquele palácio.
Nos arredores do palácio Hamdan
cavalgava irritado pelas cobranças que
sofria para voltar a se casar e para ele
um casamento já foi mais do que
suficiente.
É claro que para todos era mais
cômodo acreditar que seu matrimônio
não deu certo, por ter se rebelado contra
o destino que havia sido escolhido para
ele que era se casar com uma de suas
primas, Jade, mas ele se tomou de
amores pela brasileira, tanto que
enfrentou tudo e todos para poder se
casar com ela e deu no que deu.
Foi traído, ferido por ela de um jeito
que talvez nunca mais possa se
recuperar, odiava aquela mulher com
todas as suas forças, a única coisa boa
que ela lhe deu foi seus filhos que são o
amor de sua vida.
E foi por eles que não enlouqueceu
quando a viu na cama com outro homem.
Ele parou com aqueles pensamentos e
voltou para os estábulos desceu e pediu
para um dos funcionários cuidarem de
seu cavalo, o qual adorava.
Foi caminhando em direção ao
palácio.
— Alteza, eu lamento lhe trazer más
notícias — O assessor falou olhando
com ar preocupado.
— Exatamente do que está falando?
— ele indaga nada satisfeito, tirando as
botas de montaria.
— É sobre aquela mulher, ela está na
cidade e pelo que fui informado está
hospedada no hotel Miraj — o homem
falou com todo tato.
Hamdan soltou um impropério
furioso e disse
— Como ela ousou voltar, peça para
prepararem o carro para ir até lá ver
isto de perto — ele fala decidido.
— Alteza, os homens do serviço
secreto podem cuidar disso — Hussein
aconselha.
— Nem pensar, eu mesmo cuidarei
disso e a colocarei em seu lugar — ele
afirma cheio de frieza e fúria.
O homem temia pela mulher que
ousou desafiar o Emir, algo que naquele
país ninguém fazia.
O xeque Hamdan é temido por todos,
embora nunca tenha sido cruel,
certamente herdou a fama do pai que era
implacável em mostrar seu poder.
No hotel de luxo dentro daquela
enorme suíte Felícia agradecia por ter
herdado aquela enorme herança, só
assim ter condições de concretizar seus
planos de voltar para o Albaren de onde
foi expulsa, tinha consciência do alcance
do ódio que o xeque tinha por ele
soubesse que é inocente que nunca o
traiu e sim foi vítima de uma sórdida e
cruel armação, algo que destruiu para
sempre sua felicidade, na verdade sua
vida — ela pensou secando as lágrimas.
Jurou a si mesma nunca esquecer tudo
pelo que passou a sua dor e desespero,
como iria esquecer aquele fatídico dia.
Lembrava-se de estar no palácio com
seus filhos quando uma das criadas lhe
trouxe um bilhete era a letra de seu
marido o xeque que lhe pedia para
encontrá-lo no hotel Marajih recordava
de ter sorrido ao imaginar que ele estava
planejando um encontro romântico,
guardou o bilhete em sua bolsa e saiu
para ir encontrá-lo.
Chegando ao hotel ela foi levada
direto até o quarto de luxo, havia uma
jarra com seu suco predileto e acabou
tomando um copo ao perceber que teria
que esperar por ele e essas eram suas
últimas lembranças daquele dia isto até
acordar com os gritos de Hamdan e se
viu nua na cama com outro homem, ficou
chocada sem saber como aquilo era
possível, foi aí que se deu conta que
após beber aquele suco sentiu muito
sono caiu em uma armadilha.
Recordava do homem sendo levado
para fora do quarto e de Hamdan a ter
insultado de tudo quanto era nome,
estava furioso fora de si nunca o vi
daquela forma.
Chorando muito ela levantou e
começou a se vestir dizendo.
— Meu amor, eu juro que não é o que
parece , fui vítima de uma armação, juro
que não conheço esse homem, nunca o
viu, não sei como ele veio parar aqui,
isto é um enorme pesadelo.
— Vagabunda mentirosa eu poderia
mata-la aqui e agora é ninguém em meu
país me condenaria por isto, o que você
fez aqui tem a pena de morte por
apedrejamento em praça pública e é
justamente isto que deveria fazer com
você, lavar minha honra em seu sangue e
daquele infeliz — ele esbraveja furioso.
Assustada e chorando muito tenta se
explicar dizendo.
— Hamdan acredita em mim, não o
traiu e eu o amo. Ela repetia
desesperada.

— Não diga nada, me ofende ainda


mais com suas mentiras, não passa de
uma prostituta, irá embora
imediatamente, deixará o meu país e
nunca mais voltará — ele ordena
furioso.
— Não posso ir embora sem os
nossos filhos, eles precisam de mim, são
tão pequenos — ela pedia desesperada
chorando, se vendo acuada e tão
assustada que se sentia perdida.
— Nunca mais colocará os olhos em
meus filhos, porque repúdio você mil
vezes com a mesma força que te amei,
agora irei te odiar, não esquecerei nunca
o que me fez, saiba que perdeu
totalmente o direito às crianças e ao
título de princesa que havia lhe
concedido e não espere receber nenhum
dinheiro de mim, a partir de hoje é como
se não existisse — ele falou gritando
para os guardas a levassem.
Ela voltou ao presente, sentindo um
aperto em seu peito pela lembrança de
ser arrastada para o carro e ter sido
colocada em um avião sendo
despachada de volta ao Brasil, sabendo
que deixava para trás sua própria
existência.
O que lhe fizeram foi muita maldade,
a afastaram do homem que amava e de
seus filhos, foi negado aos pequenos o
direito de ter uma mãe, eles agora
estavam com quase dois anos, quando
acabou expulsa, eles tinham acabado de
completar um ano de vida, eram tão
pequenos os dois ainda mamavam no
peito.
Foi assustar ser levada para longe
com aqueles homens dizendo que
deveria agradecer por ainda estar vida e
que o certo era ter sido condenada por
adultério.
Um país com leis tão severas,
destinadas a prejudicar a mulher que os
homens podem ter quantas esposas
quiserem, seus pensamentos foram
interrompidos pelo barulho da porta se
abrindo.
Ela viu os homens vestidos de preto
que vasculharam tudo, sabia muito bem
quem são eles, os seguranças do seu ex-
marido, o xeque Hamdan Bin Al Nascer
e viu-o entrar usando sua túnica branca,
a mesma que nunca esqueceu, o acha
irresistível vestido assim, parou com
aqueles devaneios tolos, desviando o
seu olhar do corpo perfeito dele e
ergueu a sua cabeça, sabendo que
precisará ser forte para enfrenta-lo. Ele
a olha de cima a baixo e ela sustenta o
seu frio de desprezo e controlado vai
dizendo.
— Como ousou contrariar as minhas
ordens Felícia e voltar, sabe muito bem
que basta uma palavra minha para você
ser apedrejada em praça pública que é o
destino de mulheres adúlteras como
você. Ele afirma com dureza.
CAPÍTULO 2

Felícia olhou-lhe e precisou de toda


sua força de vontade para não titubear
diante dele e deixá-lo perceber o medo
que estava sentindo naquele instante.
Com esses pensamentos ela acaba
dizendo.
— Hamdan, por favor, olha-me e
entenda que não posso continuar longe
dos meus filhos, eles nasceram de mim,
fui eu quem os carregou dentro do meu
ventre por nove meses e agora me nega
o direito de vê-los — ela fala tensa
mantendo distância dele.
— Foi você quem procurou por isto
Felícia, quando resolveu se deitar com
outro homem — ele a acusa de maneira
furiosa.
Felícia fica assustada com as
palavras dele e com a expressão em seu
rosto e consegue ver claramente o
quanto ele a odeia.
— Droga já te falou várias vezes,
nunca trai você — ela grita desesperada,
sentindo seu coração doer.
— Os meus filhos você não vê nunca
mais ouviu bem, pegue suas coisas e
volte para o seu país — ele afirma com
fúria.
— Isto é uma ameaça alteza? — ela
perguntou cheia de coragem que naquele
instante era lhe dada pela raiva e revolta
de ter passado por tudo aquilo sem ter
culpa nenhuma, nunca o traiu e nem
poderia não amando como o amava, mas
com ele sendo um grande tolo em
duvidar de seu amor do que havia entre
eles.
Transformou em raiva e ódio em
sentimentos que oprimiam seu coração
que a machucava porque, no fundo, o
culpa por não ter acreditado em suas
palavras, apesar do que viu, ele deveria
ter tido mais fé no que sentiam um pelo
outro e não ter lhe mandado embora.
Seu coração doía só de pensar
daquele fatídico dia. Felícia pensou o
encarando.
— Por enquanto é apenas um aviso
— ele falou todo arrogante, deixando a
suíte dela.

Quando a porta se fechou após a


saída dele, Felícia desabou sobre a
cama e se viu chorando, mas suas
lágrimas não eram somente de tristeza e
sim de revolta.
Mas se ele acredita mesmo que vai
assustar com aquela espécie de ameaça
sutil, não pode estar mais enganado,
pois fará de tudo para voltar aquele
maldito palácio e rever os filhos, quer
tanto pega-los em seus braços, sentir o
cheiro, o calor de seus corpinhos, os
amava tanto, foi justamente esse amor
que lhe deu forças para suportar toda
dor pelo que passou longe deles.
Foi por eles que planejou cada passo
que ira dar, foi uma sorte muito grande
encontrar o avô bilionário.
Isto possibilitou que pudesse voltar
aquele país e tentar lutar pelos filhos e
faria isto com todas as suas forças.
Jurou a si mesma que iria apagar de
dentro de si aquele amor desesperado
que sentia por ele.
Foi tão devastador ver ódio em seu
olhar a indiferença em suas palavras, às
acusações injustas de sempre e não
posso fazer nada para mudar isto não até
pelo menos que consiga provas da
armação sofrida no passado e se vingar
das responsáveis que sabia muito quem
eram e assim poder recuperar os seus
filhos, quanto ao xeque nunca poderia o
perdoar por não acreditado em sua
sinceridade.

Com esses pensamentos queimando


seu coração se levantou e apertou uma
linda rosa que estava no vaso sobre a
mesa e a esmagou do mesmo jeito que
fizeram com seu coração.
Sofrerá tudo que tinha para sofrer não
tinha, mas nem lágrimas para chorar.

Agora é o momento de ter coragem e


voltar a ocupar seu lugar na vida dele.
Com essa decisão tomada, ela começa a
arrumar suas malas e decide ir para o
palácio reivindicar seu lugar de esposa
e principalmente de mãe.
Fecha a conta do hotel e pede um
carro.
No palácio o xeque é informado que
ela deixou o hotel e fica aliviada
pensando que ela vai embora do país.
Mas tarde, todos da família real
estavam reunidos no grande salão de
jantar, quando um criado apareceu e
falou algo no ouvido do xeque sobre a
chegada dela.
Ele jogou o guardanapo sobre a mesa
de forma intempestiva e se levantou
deixando a sala pedindo que eles
continuassem o jantar sem ele.
Apressado foi até o salão principal e
ao chegar viu a mulher a quem mais
desprezava na vida e a mala aos seus
pés, furioso acabou indagando.
— O que está fazendo aqui?
— O que já deveria ter feito há muito
tempo voltando para o meu lugar — ela
afirma cheia de coragem.
— Você enlouqueceu, vá embora,
sabe muito bem que jamais será bem-
vinda aqui — ele fala chocado com a
presença dela, nunca imaginou que ela
ousaria voltar para o palácio depois de
tudo que fez.
— Ao contrário, nunca estive tão
lúcida Hamdan, estou assumindo o meu
lugar de mãe e esposa, até onde sei não
nos separa oficialmente — ela afirma
olhando.
— Eu repudio você mil vezes,
quando te vi com aquele homem eu
podia ter te matado naquele instante,
tamanho era o meu ódio a minha revolta
ao descobrir a mulher baixa e rasteira
por quem me apaixonei exatamente você
é uma cobra venenosa — ele fala irado.
— Que seja! Mas ainda assim
continuo sendo a sua esposa e não vou
deixar esse palácio, decidi que vou ficar
aqui com os meus filhos, não importa o
que você faça, não tenho mais medo —
ela garante de cabeça erguida.
— Vai embora daqui agora mesmo —
ele exige segurando-a pelo braço
sentindo seu corpo reagindo à presença
dela.
— Isto vai me bater, usará de
violência xeque Hamdan, mostra a sua
verdadeira face, um homem que
consegue mandar matar, ou pior pode
fazê-lo com as próprias mãos — ela o
acusa sem deixar de olhá-lo.
— Fora de si, ele se desvencilhou
dela e gritou.
— Cale-se, não te bati nem quando te
peguei na cama com outro homem, não
quero alguém como você sendo
influência para os meus filhos, volte
para o seu país, se é dinheiro que veio
buscar aqui, posso lhe dar todo ouro do
mundo desde que suma de nossas vidas
— ele fala por entre os dentes, furioso
por estar sentindo o cheiro do perfume
dela, e estar sendo enfeitiçado pelo
calor de seu corpo quase colado ao seu,
ela não passa de uma prostituta e ainda
assim o faz querer despi-la e a possuir
daquela forma quase doentia, senti nojo
de si mesmo por estar daquele modo.
Tentando manter o controle, ele volta
a exigir.
—Vá embora daqui Felícia, será que
não entende não te quero aqui que não
tem direito de estar aqui.
Capítulo 3

— Será que não compreendeu ainda


que nunca irei embora, já me manteve
longe dos meus filhos por muito tempo,
mas isto acabou nada, nem ninguém vai
conseguir tirar-me daqui — ela afirma
cheia de coragem, de cabeça erguida o
desafiando com o olhar.
— Está louca, se pensa que pode me
enfrentar, basta uma palavra minha e
você será jogada no fundo de uma cela
de onde nunca sairá — ele a ameaça,
furioso nunca antes alguém ousou
enfrentá-lo daquela forma.
— Vai mostrar a sua verdadeira face
Hamdan, não passa de um tirano que usa
seu poder para ameaçar e coagir, só que
comigo não vai funcionar — ela fala
decidida não se deixar intimidar.
— Chega! Ele grita furioso.
— Não me calo, acha que não tenho
como te enfrentar, fica sabendo que meu
pai é um homem rico influente no meu
país e ele sabe que voltei para casa, se
fizer alguma coisa contra mim, o mundo
todo vai ficar sabendo, porque ele vai
aos jornais e as cortes internacionais e
fará de tudo para destruir a imagem sua
e de sua família — ela fala decidida o
olhando com frieza.
— Maldita, agora faz chantagem,
ameaças — ele fala irado.
— Não estou fazendo nada que você
já não tenha feito, a decisão é sua ou me
aceita de volta, ou terá que me matar,
uma vez que não viu desistir dos meus
filhos — ela afirma decidida a tudo para
tê-los de volta.
— Pelo visto, voltou cheia de
segurança, está bem essa você venceu,
não pense que ganhou essa guerra,
porque seus dias aqui serão bem
difíceis.
Saiba que não vou facilitar nada
para você — ele fala nada satisfeito.
— Já que estamos acertados, vou
subir e ocupar o meu antigo quarto, só
espero que sua prima não tenha tomado
conta dele — Ela comenta o olhando
querendo deixar claro que nada iria,
demovê-la de sua decisão.
— Jade, o que ela tem a ver com
isso? — Ele indaga tenso.
— Ela sempre foi a noiva escolhida
para você, passei um ano longe e você
pode muito bem ter atendido o anseio de
todos neste palácio — ela comenta
irônica.
— Não me casei com ela ainda, mas
isso não significa que não possa fazê-lo
em algum momento — ele fala irritado.
Sentindo-se em casa de um modo
como nunca se sentiu no passado e sabia
que isso se devia ao fato de que a
mulher que voltava agora era outra, que
em nada lembrava a menina ingênua e
apaixonada que fora. Ela pensou
pedindo ao mordomo para chamar sua
criada pessoal Alina, assim que entrou
em seu quarto.
— Claro, alteza, com licença — O
homem falou a deixando-a sozinha no
quarto.
Felícia tentava ficar calma, e pedia a
si mesma olhando em volta, vendo que
tudo continuava como deixou, caminhou
até o enorme closet e viu que suas
roupas continuavam lá, até mesmo as
joias que ganhou de presente do xeque.
Abriu uma gaveta e pegou um álbum
de fotografias de dentro começou a
folheá-lo e sentindo seus olhos
marejados ao ver traduzida naquelas
imagens os momentos de felicidade que
teve com ele.
Passou a mão na imagem de seus
filhos e secou as lágrimas indo em
direção ao quarto deles.

Entrou e viu que os bebês estavam no


berço nem pensou direito pegou o seu
garotinho e fez o mesmo com a menina
conversando com os dois como se os
pequenos pudessem entender o que ela
dizia.
— A senhora não pode pegá-los, o
xeque não vai gostar — falou uma das
babás preocupada.
— Sou a mãe dele e de agora em
diante estarei cuidando dos meus filhos,
vocês podem me deixar sozinha com
eles — ela exigiu.
Na enorme sala de jantar Hamdan
voltou e disse.
— Aquela mulher voltou. Ele fala
com indiferença.
— Filho o que disse? — Jasmine
perguntou chocada, entendendo a
implicação de tudo aquilo.
— Disse que a minha esposa voltou e
vai morar no palácio conosco — ele
afirma irritado, sabendo que tudo que
mais queria era coloca-la no primeiro
avião de volta ao seu próprio país e não
ceder aos seus caprichos.
— Não posso crer você a aceitou de
volta depois do que ela fez Hamdan,
essa mulher traiu você e todos nós
sabemos, a vadia que ela é — a mãe
dele afirma fora de si, sabendo o perigo
que representa a presença dela, na vida
do filho, temia muito.
— Sei exatamente o que ela fez e não
estou aceitando de volta, apenas
permitir que ficasse pelas crianças, eles
precisam da presença da mãe — ele
afirma tenso odiando ter precisado
ceder à exigência dela, mas não podia
permitir um escândalo envolvendo sua
família, pois se a expulsasse do palácio
toda aquela lama viria a público e se
esforçou muito no passado para que
aquela história de traição não se
espalhasse por todo país que caísse nos
ouvidos da imprensa, aquilo é algo que
ele não poderá permitir, já fora
suficientemente humilhado por ser do
conhecimento de toda a família a traição
daquela época ficou tão devastado que
não foi capaz de esconder, sofreu feito
um louco pensou que fosse enlouquecer,
entretanto conseguiu superar. Ele
conteve sua frustração por ter sido
obrigado a aceitá-la de volta e falou.
— A decisão estava tomada, vamos
terminar de jantar — ele pediu sentado
em sua cadeira.
Sentia sua cabeça dando voltas e
nunca pensou na possibilidade de uma
volta dela.
Mas ela está no palácio
reivindicando seu lugar de esposa e
mãe, a sua posição de princesa, como
gostaria de poder dizer tudo que estava
passando pela sua cabeça, porém se
calou, se esforçando para comer não
queria que todos percebessem o seu
estado.
Felícia fica parada diante dos berços
contemplando os filhos, crianças lindas
e muito amadas por todos no palácio.
Ansiava tanto que os nossos filhos
sejam felizes e tenham tudo que não tive
em sua vida.
Os avós que a criaram eram muito
pobres e tudo naquela casa era muito
simples e sem luxos.
Mas quando o príncipe árabe entrou
em sua vida tudo mudou.
Foi tão perfeito entre eles até que
aquela armação começar destruindo toda
sua vida feito um furacão, não deixando
nada de pé só dor e desalento.
Mas agora ele a odeia, viu ódio em
seu olhar, revolta, mágoa e sentimentos
ruins. Claro que teve medo de voltar
para esse palácio, entretanto temia pela
reação dele sabia muito bem como os
homens árabes reage, aquele tipo de
situação mesmo sendo inocente, não
tinha como provar, já que ele a viu com
os próprios olhos nu naquela cama com
aquele desconhecido, alguém de quem
nunca sequer soube o nome, aquelas
duas armaram uma cilada para ela bem
feita, pensaram em tudo em cada
detalhe, se não tivesse sido tão tola nada
disto teria acontecimento. Ela tocou o
bebê no berço e secou suas lágrimas
jurando a si mesma que fará de tudo
para encontrar a verdade e esfregar na
cara do arrogante xeque que ele estava
errado.
Em uma área própria para prática de
tiro Hamdan estava atirando com raiva
acertava todos os alvos.
A verdade é que não se sentia bem
com aquela mulher tão perto de si.
Odiava-se por admitir, mas ela ainda
despertava nele desejos que nenhuma
mulher era capaz de conseguir.
Quando a viu apesar de estarem
tendo uma conversa difícil a quis tomar
em seus braços e beijá-la apesar de tudo
que ela fez.
O que o envergonha a si mesmo, a
quis nua em seus braços mesmo odiando
saber que ela se deitou com outro
homem, sendo sua esposa e que espécie
de mulher faz isso.
Deixa os filhos pequenos e foge para
um encontro furtivo sem se preocupar
com sua posição de princesa de esposa
do xeque se arriscando como se a sua
vida não estivesse em perigo.
— Alteza, está tudo bem? — Hussein
perguntou observando o quanto ele
estava distraído.
— Claro que sim — ele responde
contendo aqueles pensamentos pesados
e sem sentindo, não precisava daquela
vadia para nada, nem a queria mesmo
que fosse a última mulher na face da
Terra.
Odiava Felícia Lima, esse é o único
sentimento que ainda resta por ela. Ele
pensou voltando a carregar a sua arma,
algo que sempre fazia quando estava
tenso.
Praticar tiros no alvo, sempre foi um
exímio atirador, habilidade adquirida
em sua estada no exercito do país
enquanto frequentava a escola militar.
Tudo para sua preparação para o dia
em que assumiria o lugar do pai.
CAPÍTULO 4
A Felícia ficou muito tempo com os
meus filhos, tendo a felicidade de trocá-
los e alimentá-los com as mamadeiras,
queria tanto ter podido amamentar os
dois por mais tempo, mas não pode até
esse direito foi lhe foi tirado por
aquelas duas cobras, que mais cedo ou
mais tarde terá que enfrentar.
Porque sabe que farão de tudo para a
expulsarem do palácio novamente,
contudo não vão conseguir, pois, desta
vez está preparada. Ela pensou tocando
em um macio e lindo véu, um presente
do marido, o seu favorito ainda se
lembrava do dia em que o ganhou. Ele
chegou ao palácio após uma viagem
estava usando um traje militar oficial,
lindo como um príncipe que era se
aproximou de mim me tomando em seus
braços me beijando apaixonado.
Afoita e ansiosa olhei para ele e
disse.
— Senti tanto sua falta.
Ele todo carinho a abraça dizendo.
—Eu também não via a hora de
voltar para você.
Ela o beija com intensidade.
Ele a toma em seus braços e a coloca
sobre aquela cama onde lhe faz amor.
Mas tarde, já vestidos ele sorrindo pego
um embrulho na mala e lhe entregou
dizendo.
— Um presente.
— Para mim Hamdan é lindo — ela
fala pegando o delicado acessório em
suas mãos.
—Tudo que eu puder te dar será
pouco, perto de tudo que teve que abrir
mão para viver comigo, sei que aqui
somos um país fechado para certos
costumes e que força da religião tem que
seguir certos hábitos que para você são
bem difíceis, como não poder sair em
público sem estar com a cabeça coberta,
às roupas, sei que são opostos de tudo
que estava acostumada por isso que
quero lhe fazer muito feliz para que
nunca quisesse me deixar — ele afirma
a olhando.
— Isto nunca vai acontecer porque eu
te amo meu xeque preciso — ela fala o
abraçando e o beijando.
Felícia volta ao presente e olha para
todo aquele luxo e percebe que tudo
naquele quarto continua igual, como se
não tivesse passado um ano fora, a
mesma cama onde muitas vezes eles,
droga por que estou pensando isso
agora.
Tensa respira funda e olha através da
janela, vendo as montanhas recordando
do marido apaixonado que um dia ele
foi ,visto que agora só resta o ódio e a
raiva que ele sente de ela por acreditar
que o trai quando na verdade nunca se
quer olhou para outro homem .
Paro com aqueles pensamentos,
sabendo que não foi para resgatar um
casamento destruído que voltou e sim
para recuperar os seus filhos, seus
gêmeos tão amados, uma menina e um
garotinho, sentiu o rosto molhado pelas
lágrimas ao pensar neles. Foi por eles
que suportaram tamanha dor e desalento
que sobreviveu aquele pesadelo todos
os dias angustiante de sua expulsão do
país dele, a sua volta para o Brasil.
Ficou deprimida por meses sendo
cuidada pelos avós com todo amor.
Mas um dia eles contaram a verdade
sobre ser filha de um homem poderoso
e muito rico, a quem decidiu procurar e
pedir ajuda para recuperar seus filhos .
E ele ficou surpreso e alegou que nunca
soube se sua existência é que a queria
ajudar.

E desta maneira sua vida deu


novamente uma guinada de sessenta
graus.
Outra vez deixava a favela para uma
mansão de luxo, onde aprendeu a ser
uma mulher fina e requintada, forte
determinada pode tirar os avós da
comunidade e colocá-los em uma casa
melhor para dar a eles algum conforto.
Os filhos sentiu novamente a
necessidade de ir vê-los naquele
instante.
Deixou a proteção daqueles
aposentos e saiu para o grande corredor
onde abriu a porta, ficando surpresa ao
vê-lo sentado na poltrona segurando as
duas crianças em seus braços, percebeu
que ele falava em árabe com eles e ficou
parada apenas olhando até que ele a viu
e disse.
— Espero que não machuque os meus
filhos.
Felícia o olha e responde.
— Você quer dizer os nossos filhos.
Com essas palavras ela se aproxima
e pega a filha dos braços dele toda
emocionada e acaba dizendo.
— Nossa, eles cresceram tanto.
— Passou um ano longe deles,
esperava o que, saiba que não vou
tolerar situações como aquela que
presenciei no passado. Ele fala
colocando o filho no berço.
— Se me odeia tanto, por que
manteve o meu quarto do mesmo jeito
que eu deixei? Ela pergunta colocando a
filha no berço para pegar o garotinho
que era uma miniatura do pai.
— Para me lembrar de todos os dias
a vadia com quem me casei, e sempre
recordar que enfrentei a minha família,
desafiei meu pai para tê-la ao meu lado,
e depois descobrir que é uma agiz em
quem nem sequer podia confiar.
Alguém capaz de se esgueirou no
meio da tarde para encontrar-se com
outro homem — ele afirma furioso.
— Não adianta eu ficar aqui me
defendendo de quem certamente já me
julgou e condenou — ela afirma
colocando sua pequena em seu berço.
— Pare de se fazer de vítima, se eu
não tivesse visto com meus próprios
olhos não teria acreditado, mas você
estava lá na cama com ele e nua — ele
pronunciou aquelas palavras como se
lhe ferisse proferi-las.
— Um dia vai entender que nunca te
trai Hamdan — ela garante olhando.
Ele ia falar algo, mas a chegada das
babás das crianças o interrompeu e
deixou o quarto.
A Felícia ficou parada, vendo as
babás cuidando dos seus filhos, sabendo
muito bem que isto é algo que não
poderá mudar.
Quando movida pela mais intensa
paixão se casou com ele não fazia a
menor ideia de que orlas leis
muçulmanas os filhos percebessem ao
marido em caso de separação coisas que
nunca soube, mas que recentemente
andou pesquisando consultando
advogados e pela lei brasileira não
podia fazer nada para mudar isto, já que
os filhos nasceram neste país.
Disfarçando sua aflição ela começa a
conversar com as babás querendo saber
mais da rotina dos seus bebês.
Vai recuperar o tempo perdido dando
a eles todo amor que há em seu coração.
Será forte e saberá lutar por ele e para
fazer justiça e só dessa maneira será
possível limpar seu nome provando sua
inocência, precisa desmascarar aquelas
duas e o fará tudo para isso ocorrer.
CAPÍTULO 5
De volta aos seus aposentos ela
caminha até a enorme sacada de onde
tem uma vista privilegiada da cidade e
ao fundo as montanhas.
Fica parada observando tudo
pensando em tudo que fará daqui para
frente, quando ouve uma batida em sua
porta e acaba dizendo.
— Entre!
— Alteza será uma honra voltar a
servi-la, mas acreditei quando me
contaram que estava de volta — falou
Alina.
— Sim, voltei para vir e ocupar
novamente o meu lugar — ela afirma
que sempre gostou muito da jovem que
era sua criada pessoal.
— Fico feliz e penso que agora o
nosso Emir será feliz, ele estava muito
triste nesse ano que passou longe dele.
Ela comenta.
— Não foi o que vi nos sites de
notícias, ele parecia estar se divertindo
muito — ela fala odiando admitir sentir
ciúmes cada vez que lia uma fofoca
sobre ele com alguma mulher estrangeira
ele nunca se envolveria com uma jovem
local onde os costumes são bem severos
ainda mais sendo um xeque.
— Quando voltava dessas viagens
ele parecia bem triste, tenho certeza que
sentia falta de vossa Alteza — A jovem
afirma.
— Sabe o motivo de eu ter ido
embora daqui, Alina?
— ela indagou sentando-se na
poltrona próximo à janela.
— Ninguém da criadagem sabe
apenas a família, mas esse sempre foi
um assunto proibido aqui no palácio —
ela fala sem jeito.
— Está bem, pode preparar um banho
para mim, estava com saudade dessa
banheira — ela fala sabendo poder
confiar na jovem.
— É para já Alteza — Ela fala
deixando o quarto indo para o banheiro.
Quando fica sozinha, Felícia tira a
roupa e entra na agia morna cheia de
espumas e o perfume dos sais de banho
caríssimos.
Fecha os olhos e pensa que sua volta
é só o começo.
Hamdan precisa falar com ela para
deixar claro algumas coisas e por isto
vai até os aposentos dela o encontrando
vazio abri a porta do banheiro que não
estava trancada e a vê dentro da
banheira de olhos fechados e sente seu
corpo reagindo a certeza de que ela está
nua. Senti que a quer para si e isto o
choca acaba deixando aquele lugar
fugindo entendendo que aquela espécie
de febre que sente por ela voltou com
toda força o fazendo desejar coisas que
o envergonha sabia que ela não passava
de uma adúltera prostituta uma
mulherzinha sem moral.
Frustrado e furioso ele foi para o
próprio quarto e entrou em baixo do
chuveiro mesmo vestido precisava
exorcizar aquela necessidade que estava
de tê-la em seus braços gemendo
sentindo o prazer que só ele poderia lhe
dar.
Furioso ele blasfêmia em árabe
revoltado consigo mesmo pelo que
estava sentindo.
É o xeque um homem criado para não
ter sentimentos e nunca fraquejar e ali
estava sucumbindo aos apelos do seu
corpo traidor que não entendia que
aquela mulher para ele era proibida já
que tocar nela seria como envenenar a
sua própria alma. Ele tirou a roupa e
tomou um banho já mais calmo secou-se
e vestiu o roupão ouvindo uma batida na
porta de seu quarto e indagou.

— Quem é?
— Sou eu querido, tive que vir
mostrar minha solidariedade agora que
essa mulher voltou — Jade fala entrando
no quarto dele.
— Sabe que não deveria estar aqui,
não é adequado — ele fala passando as
mãos pelos cabelos.
— O que não é adequado é que aceite
essa vadia estrangeira de volta, será que
esqueceu o que ela fez querido? — ela
indaga cheia de veneno.
Neste momento Felícia entra e
responde por ele cheia de coragem e
raiva, odiava aquela cobra mal amada.
— Claro que meu marido esqueceu
queridinha, ele me ama.
Pego de surpresa Hamdan fica calado
a vendo se aproximar, sentindo seu
enervante perfume doce.
Neste estado a vê o segurar pelo
pescoço e o beijar nos lábios, um beijo
despretensioso.
Jade ficou lívida e cheia de ódio sua
vontade é bater na vadia, mas se
controla e apenas olha dizendo.
— Não posso acreditar que esqueceu
tudo que ela fez.
— Queridinha aceita o xeque que seu
primo me ama, agora sai e nos deixe a
sós e da próxima vez não se atreva a vir
se oferecer para ele feito uma perdida,
porque ele já tem uma esposa — Felícia
afirma segura amando ver a cara
daquela cobra venenosa. Logo que a
porta se fecha ela se afasta dele e fala.
— Pronto agora ela sabe qual é meu
lugar neste palácio.
— Como ousa entrar em meu quarto e
dizer todas essas mentiras, Felícia?—
ele indaga passando as mãos pelos
cabelos pretos que estavam em
desalinho.
— Fiz o que precisava ser feito, sua
prima tem que entender que sou a sua
esposa e que, portanto voltei a ocupar o
meu lugar, não sei, está tão indignado, se
gostasse dela teria se casado com ela,
como desejavam seus pais, aliás você
ainda pode se casar pelo que sei pode
ter quantas esposas você quiser — ela
afirma odiando tal sugestão.
— Uma esposa já foi suficiente para
me mostrar o que não quero para a
minha vida — ele garante ajeitando o
cinto do seu roupão branco.
— Claro, não precisa uma vez que
está cercado por amantes, vi nos sites de
fofoca que foram bem específicos ao
detalhar cada uma delas — ela fala
brava consigo mesma por deixar
transparecer os seus ciúmes.
— Sou homem e tenho o direito de
fazer o que quiser, uma vez que estou
livre — ele afirma indo até o closet
pegar sua roupa acaba pegando uma
túnica branca e tira o roupão sem se
importar com a presença dela e a vesti.
— Livre você não é e nem nunca
estará, só para te lembrar, ainda somos
casados, apesar de você nem ou menos
usar uma aliança desde que nós
casamos, naquele momento não entendi
o significado disso, mas agora sei que
era para sair por aí atrás de outras —
Ela afirma brava.
—Ciúmes habibti é uma fantasia que
não combina com você, saia do meu
quarto — ele exige muito bravo.
Fora si e desafiadora, Felícia o toca
na face e fala.
— E se eu não quiser sair. Cheia de
coragem ela faz o que desejou fazer
desde o viu naquele hotel, o beija
colando seus lábios ao dele acariciando
seus cabelos o queria para si inteiro de
todas as formas.
CAPÍTULO 6
Tomado pelo desejo mais feroz que
poderia ter, ele corresponde aquele
contado de suas bocas quente e intenso,
querendo invadir mais ainda a boca dela
com sua língua perdido descontrolado,
sabendo que ansiava por aquilo como
um náufrago por um bote salva vidas,
aquela mulher estava em seu sangue em
seu corpo, a queria tanto que chegava a
doer, sentia seu corpo todo baixando as
defesas que havia erguido para se
proteger dela ir caindo uma por uma.
E se vê afoito a carregando para a
cama território que ambos conheciam
bem. Estava prestes a fazê-la sua,
quando ouviu a voz da mãe o chamando
na porta do seu quarto.
— Hamdan, precisamos conversar,
abre essa porta — ela pediu alto.
Tenso e frustrado, ele sai de cima de
Felícia e vai atender.
Nervosa e tremendo pelo que quase
deixou acontecer Felícia se refaz
daquela insensatez e ajeita seu vestido e
os cabelos deixando a cama dele e sai
daquele quarto usando a porta de
comunicação com seus próprios
aposentos, ao fechar a porta fica
encostada nela respirando fundo para se
acalmar da quase besteira que ia
fazendo.
Não voltou a esse país para transar
com esse homem, tem que focar nos
reais motivos e ficar bem longe do
xeque, ainda que ele seja o homem mais
lindo que já viu em sua vida. Ele não
merecia seu amor, uma vez que se
recusou a ouvi-la e acreditar que tudo
não passou de um terrível engano.
No quarto ele fica tenso revendo a
cama desarrumada e o ar de
contrariedade da mãe.
—Mamãe pode falar, já sei que a
Jade deve ter ido te falar sobre a Felícia
— ele fala tenso.
— É sempre essa mulher, não
acredito que voltou para ela apesar do
que ela fez que espécie de homem que
você é — ela fala irada.
—Chega mamãe, nem mesmo a você
dou o direito de contestar as minhas
decisões — ele fala bravo com tudo que
quase aconteceu, tinha perdido sua
cabeça e quase sucumbiu ao seu desejo
por ela.
— Não aceito essa mulher entre nós e
o pior você apaixonado por ela, ainda a
ama e não consegue negar isto —
Jasmine fala assustada com medo que o
filho descubra o que elas fizeram.
—A minha decisão é uma só, Felícia
fica, é a mãe dos meus filhos e as
crianças precisam dela — ele afirma
estar pressionado pelas coisas que está
sentindo e se recusa a aceitar o fato de
que aquela mulher ainda faz seu sangue
ferver.
—Mas filho essa mulher em nosso
convívio é uma afronta — Jasmine tenta
argumentar. —Esse assunto está
resolvido mamãe, agora se não se
importa quero me deitar meu dia foi
péssimo — ele fala abrindo a porta num
claro sinal de que aquela conversa havia
acabado.
Contrariada a mãe o deixa sozinho,
fechando a porta.
Ele respira fundo e vai até o banheiro
luxuoso lava o seu rosto e se olha no
espelho se odiando por querê-la tanto.
Em seu quarto, Felícia está deitada
rolando de um lado para o outro sem
conseguir pegar no sono sua cabeça da
volta e se vê pensando nele no arrogante
xeque o homem com o qual pensou
passar o resto da vida.

Que loucura foi aquela de agarrá-lo e


beijá-lo daquela forma, aquilo só me
deu ainda mais vontade de mostrar o
quando ainda é louca por ele, se não
fosse pela mamãe dele chamando, eles
teriam feito amor, porque naquele
momento nenhum dos dois pareceu ter
controle sobre nada.
E tudo que aconteceu serviu para
fazê-la ver que ele ainda a deseja, por
mais que a odeie o fogo da paixão
estava nos olhos dele na forma como
acariciou o seu corpo quente sobre o
dele, o jeito que correspondeu ao seu
beijo. Ele fechou os olhos se lembrando
de tudo ainda sentindo o gosto da boca
dele sobre a sua.
Levantou-se jogando o edredom
longe caminha até a porta que liga os
dois quarto e leva mão na intenção de
bater em busca de tudo que mais
almejava naquele instante. Do outro lado
da porta Hamdan faz o mesmo toca a
porta com ímpeto de derrubá-la, mas se
contém dando-se conta de que aquela
mulher não merece que se humilhe
descendo a esse ponto, ao extremo de
demonstrar toda sua fraqueza indo
procurá-la na cama ainda mais sabendo
que ela não vale mais que uma
prostituta, tomado pela fúria se afasta e
vai para a sacada onde fica vendo as
montanhas tomadas pela noite a sua
estava encoberta e seu coração estava
dura feita pedra e não iria amolecê-lo
por uma mulher que foi capaz de arrastar
seu nome na lama de feri-lo como
nenhuma outra fez precisava manter a
maior distância possível dela.
Em seu quarto Felícia deitou-se
sobre a enorme cama e abraçou seus
joelhos chorava baixinho porque doía
muito saber que ainda o amava que não
o esqueceu de apesar dele ter duvidado
da pessoa que era não ter acreditado em
suas súplicas a ter expulsado como se
fosse um cachorro aquilo que doía tanto
deixando sua vida tão amarga e triste.
Juro que vou tirá-lo do meu coração de
dentro de mim ainda que tenha que
machucar a mim mesma para fazê-lo.
Ela parou com aqueles pensamentos de
auto piedade e se deitou, sabendo que
precisava dormir, já que quer aproveitar
o dia com seus pequenos e muita
saudade para tirar do tempo que foi
obrigada a passar longe deles e não iria
perder esses momentos mágicos que
tanto ansiava viver.
Seus filhos são crianças muito
amadas por ela e pelo xeque também viu
a forma como ele é carinhoso com elas
um grande pai.
Hamdan perdeu a conta do tempo que
ficou parado observando aquela noite,
sem ter vontade de ir para cama, droga
estava precisando de distração
exatamente o que virá buscar para
apagar qualquer ideia insana de perdoar
e voltar a enroscar seu corpo com o dela
seria impensado algo do tipo depois de
tudo que ela fez.
Com essa decisão tomada ele pegou
seu celular e ligou para seu assessor
pedindo que preparem o seu jatinho que
tinha que sair do palácio ou acabaria
sufocado por seus desejos e revoltas.
O amor do passado agora só pode ter
se transformado em ódio, odeia aquela
mulher com todas as duas forças,
precisa odiá-la, não há outro sentimento.
Ele dizia a si mesmo guardando o
celular.
Pelo desejo mais feroz que poderia
ter, ele corresponde aquele contado de
suas bocas quentes e intensas querendo
invadir mais ainda a boca dela com sua
língua, perdido desolado, sabendo
ansiar por aquilo como um náufrago por
um bote salva-vidas, aquela mulher
estava em seu sangue, em seu corpo, á
queria tanto que chegava a doer, sentia
seu corpo todo baixando as defesas que
havia erguido para se proteger dela ir
caindo uma por uma. Ele se vê afoito a
carregando para a cama território que
ambos conheciam bem. E estava prestes
a fazê-la sua quando ouviu a voz da mãe
o chamando na porta do seu quarto.
— Hamdan, precisamos conversar
filho, abre essa porta — ela pediu alto.

Tenso e frustrado, ele sai de cima de


Felícia e vai atender.
Nervosa e tremendo pelo que quase
deixou acontecer Felícia se refaz
daquela insensatez e ajeita seu vestido e
os cabelos deixando a cama dele e sai
daquele quarto usando a porta de
comunicação com seus próprios
aposentos, aí fechar a porta e fica
encostada nela respirando fundo para se
acalmar da quase besteira que ia
fazendo.
Não voltou a esse país para transar
com esse homem, tem que focar nos
reais motivos e ficar bem longe do
xeque ainda que ele seja o homem mais
lindo que já viu em sua vida. Ele não
merecia seu amor visto que se recusou a
ouvi-la e acreditar que tudo não passou
de um terrível engano.
No quarto dele ele fica tenso revendo
a cama desarrumada e o ar de
contrariedade da mãe. — Mamãe pode
falar já sei que a jade deve ter ido te
falar sobre a Felícia — ele fala tenso.
— É sempre essa mulher, não
acredito que voltou para ela apesar do
que fez que espécie de homem que você
é — ela fala irada.
— Chega mamãe, nem mesmo a você
dou direito de contestar as minhas
decisões — ele fala bravo com tudo que
quase aconteceu, perdeu sua cabeça e
quase sucumbiu ao seu desejo por ela.
— Não aceito essa mulher entre nós e
o pior você apaixonado por ela, a ama e
não consegue negar isto — Jasmine fala
assustada com medo que o filho
descubra o que elas fizeram.
— A minha decisão é uma só, a
Felícia fica, é a mãe dos meus filhos e
as crianças precisam dela — ele afirma
estar pressionado pelas coisas que está
sentindo e se recusa a aceitar o fato de
que aquela mulher ainda faz seu sangue
ferver.
— Mas filho dessa mulher em nosso
convívio é uma afronta — Jasmine tenta
argumentar. — Esse assunto está
resolvido mamãe agora se não se
importa, quero me deitar, tive um dia
péssimo — Ele fala abrindo a porta num
claro sinal de que aquela conversa havia
acabado.
Contrariada a mãe dele deixa o
quarto, fechando a porta ele respira
fundo e cai até o banheiro luxuoso lava
o seu rosto e se olha no espelho se
odiando por querê-la tanto.
Em seu quarto, Felícia está deitada
rolando de um lado para o outro sem
conseguir pegar no sono sua cabeça da
volta e se vê pensando nele, no
arrogante xeque o homem com o qual
pensou passar o resto vida.
Que loucura foi aquela de agarrá-lo e
beijá-lo daquela forma o que só serviu
para mostrar o quando ainda é louca por
ele se não fosse pela mamãe dele
chamando eles teriam feito amor porque
naquele momento nenhum dos dois
pareceu ter controle!
E tudo que aconteceu serviu para
fazê-la ver que ele ainda a deseja, por
mais que a odeie o fogo da paixão
estava nos olhos dele, na forma como
acariciou o seu corpo quente sobre o
dele o jeito que correspondeu ao seu
beijo. Ele fechou os olhos se lembrando
de tudo ainda sentindo o gosto da boca
dele sobre a sua.
Levantou-se jogando o edredom
longe, caminha até a porta que liga os
dois quarto e leva mão na intenção de
bater em busca de tudo que mais
almejava naquele instante. Do outro lado
da porta Hamdan faz o mesmo toca a
porta com ímpeto de derrubá-la, mas se
contém se dando conta de que aquela
mulher não merece que se humilhe
descendo a esse ponto, ao extremo de
demonstrar toda sua fraqueza indo
procurá-la na cama ainda mais sabendo
que ela não vale nada não passa de uma
prostituta, tomado pela fúria se afasta e
vai para a sacada onde fica vendo as
montanhas tomadas pela noite a lua
estava encoberta e seu coração estava
duro feito pedra e não iria a amolecer
por uma mulher que conseguiu arrastar
seu nome na lama e feri-lo como
nenhuma outra fez , precisava manter a
maior distância possível dela.
Em seu quarto Felícia deitou-se
sobre a enorme cama e abraçou seus
joelhos chorava baixinho porque doía
muito saber que ainda o amava que não
o esqueceu de apesar dele ter duvidado
da pessoa que era não ter acreditado em
suas súplicas a ter expulsado como se
fosse um cachorro, aquilo que doía tanto
deixando sua vida tão amarga e triste.
Juro que vou tirá-lo do meu coração de
dentro de mim ainda que tenha que
machucar a mim mesma para fazê-lo.
Ela parou com aqueles pensamentos e se
deitou, sabendo precisava dormir, já que
quer aproveitar o dia com seus pequenos
e muita saudade para tirar do tempo que
foi obrigada a passar longe deles e não
iria perder esses momentos mágicos que
tanto ansiava viver.
Seus filhos são crianças muito
amadas por ela e pelo xeque também viu
como ele é carinhoso com elas um
grande pai.
Hamdan perdeu a conta do tempo que
ficou parado observando aquela noite
sem ter vontade de ir para cama, droga
estava precisando de distração
exatamente o que irá buscar para apagar
qualquer ideia insana de perdoar e
voltar a enroscar seu corpo com o dela
porque seria impensado algo do tipo
depois de tudo que ela fez.
Com essa decisão tomada ele pegou
seu celular e ligou para seu assessor
pedindo que preparem o seu jatinho que
tinha que sair do palácio ou acabaria
sufocado por seu desejo e revoltas.
O amor do passado agora só pode ter
se transformado em ódio, odeia aquela
mulher com todas as suas forças, precisa
odiá-la, não há outro sentimento. Ele
dizia a si mesmo guardando o celular.
CAPÍTULO 7

No dia seguinte, sua primeira noite


passada no palácio, Felícia, acordou
com Alina abrindo as cortinas e
dizendo.
— Bom dia alteza, trouxe seu café
matinal, pedi para a cozinheira preparar
tudo que a senhora gosta.
Felícia se levanta e indaga.
— Que horas são?
— Quase onze horas da manhã —
Alina responde, colocando a bandeja no
colo dela.
— Nossa dormi muito, deve ser o
cansaço da viagem, quero ver os meus
filhos logo — ela fala pegando o copo
com o delicioso iogurte e bebeu.
— Às babás estão cuidando deles
alteza, posso escolher o seu traje? —
Alina pergunta animada.
— Claro que sim — ela responde e
pega um pãozinho doce e o morde
animada para esse primeiro dia.
— O que acha desse? — Alina
pergunta mostrando o lindo vestido, todo
bordado a fios de ouro em uma cor
laranja.
— É perfeito — Felícia fala
limpando os lábios no guardanapo.
— Pena que o Xeque não está no
palácio para vê-la — Alina comenta
colocando o vestido sobre a poltrona.
— Como assim, ele não está no
palácio? Ontem à noite mesmo
conversamos e já era bem tarde —
Felícia comenta se levantando.
— Sim, ele pediu ainda de
madrugada para prepararem o jatinho,
pelo que soube foi para Dubai — ela
completa reconhecendo a bandeja e
deixando o quarto.

Sozinha, Felícia sabe exatamente o


que ele foi fazer em Dubai, foi ver a
amante russa, a mesma que viu as fotos
no iate ainda quando estava no Brasil.
Se corroía de raiva, porém não podia
ser ciúmes, não o amava mais. Pensou ir
tomar banho.
No hotel de luxo Hamdan olhava para
a vista do complexo hoteleiro, entretanto
sua cabeça estava em outro lugar e não
na mulher que o esperava na cama.
Foi uma ideia infeliz vir estando do
jeito que estava, entretanto, precisava
exorcizar Felícia de sua cabeça. Pensou
indo para a cama e começou a beijar
Anastácia querendo esquecer o beijo
dela, seu gosto, seu cheiro, sua pele.
Mas tudo que via naquela era o rosto
de Felícia e se afastou dizendo.
— Penso que não vai rolar.
Nua e sem nenhum pudor, espalhada
naquela cama gigantesca, Anastásia
olha-lhe e fala.
— Como assim, não vai rolar nada,
cancelei minha agenda de compromissos
só para vê-lo e agi assim, — O que está
havendo? — ah! … por favor, sério nem
precisa responder, foi a volta dela não é.
Ela completa brava.
— Do que exatamente está falando?
— ele indaga tenso e arrependido da
viagem, entendo que não vai ser se
acovardado que vai enfrentar essa volta
daquela mulher para sua vida.
— Como se você não soubesse —
ela fala mostrando-lhe um artigo no
jornal com a foto da esposa no
aeroporto do país dele.
Ele acaba lendo.
"A volta da esposa real após uma
temporada longe”
Ele joga o maldito periódico longe e
fala.
— Ela não tem nada a ver com minha
atitude, apenas compreendi que não
posso continuar te vendo, o nosso caso
acaba aqui — ele completa pondo um
ponto final no romance com a modelo.
— Está me chutando, porque voltou
para a cama dela, mas vai se arrepender
— ela o ameaça.
Frustrado demais ele a olha e ordena.
— Quando eu voltar, não quero vê-la
aqui, pago o valor dos contratos que
perdeu, mas nunca mais voltarei a vê-la
— ele fala deixando a suíte.
Pega o elevador e sente sua cabeça
doendo, está confuso e sente-se perdido,
não esperava a volta dela e muito menos
essa avalanche de sentimentos
conflitantes. Ele saiu para a rua sendo
seguido por seus seguranças, mal se
importando com nada, parou olhando
para as águas, sabendo precisar
encontrar o equilíbrio e o controle que
sempre teve, droga é um xeque
poderoso, um líder e não um garotinho
dominado por seus hormônios.
Felícia não é a única mulher no
mundo.
Ele nunca dará esse poder a ela.
Pensou caminhando de volta para o hotel
onde tinha compromissos de negócios.
No palácio Felícia brincava com os
filhos, feliz como a muito não ficava, e
tão bom estar com eles, pegá-los em
seus braços sentir o cheirinho deles seus
filhos os amava tanto. Pensava
empurrando o carrinho duplo feito para
gêmeos.

Ouviu passos se aproximando e


quando se voltou para olhar se deparou
com aquela mulher diante de si o mesmo
olhar de ódio e desprezo de antes,
porém ela não era mais a garota
desprotegida e assustada, é uma mulher
forte e decidida que sabe se defender a
altura. E levanta a cabeça e a encara
sem demonstrar medo e pergunta.
— O que você quer?
— Que você desapareça de nossas
vidas — Jade responde em um ataque
claro e direto. — Veja só a boa garota
tirou a máscara e está mostrando quem
você é — Felícia fala baixo, não
querendo assustar os filhos.
Odiava aquela mulher por tudo que
ela lhe fez passar.
Armar algo daquela maneira para
separar uma mãe de seus filhos foi muito
cruel e sórdido. Ela pensou altiva
encarando a outra para deixar claro que
não tinha mais medo. — Dane-se o que
você acha de mim, mas fica sabendo que
farei de tudo para que vá embora daqui
— Jade afirma olhando.
— Ao contrário, agora sei
exatamente com quem estou ligando e
não vai ser fácil me tirar daqui, eu diria
ser impossível porque desta vez voltei
pronta para a Guerra e disposta a
enfrentar tudo — afirma Felícia.
— Está aí toda segura não é mesmo,
nem se quer fica abalada por saber que
meu primo a esta hora está nos braços
de outra mulher, a russa lindíssima da
qual você, nem chega aos pés — Jade
revela em um ataque direto disposta a
acabar com a segurança seda outra.
— Amantes, acredita que isto não me
fazer deixar a minha posição, a quedinha
engana-se se pensa dessa forma, o que
meu marido faz longe daqui não lhe diz
respeito, agora que já destilou seu
veneno vá embora, quero aproveitar os
com meus filhos — Felícia fala aliviada
vendo sua criada pessoal voltar e a
cobra venenosa se afastando. Olha para
as crianças lindas no carrinho e deixa de
lado os pensamentos sobre ele com
outra longe daí, não foi pelo marido que
voltou depois ele era homem, lógico que
não ia ficar sozinho todo esse tempo,
como ela fez, jamais olhou e pensou em
outro homem porque foi muito marcada
e ferida pelo que Hamdan lhe fez ao não
acreditar em suas palavras em não ver a
verdade em seus olhos, nunca poderá
voltar a amá-lo. — Alteza está tudo
bem? — Alina pergunta se está se
aproximando.
— Esta sim, é que estava longe —
Ela fala voltando sua atenção novamente
para os filhos.
No deserto de Dubai Hamdan
caminhava tenso calado.
— Tem certeza de que não quer
conversar sobre isso? O primo é melhor
amigo perguntou vendo os seguranças
um pouco afastados.
— Conversar sobre o quê! — ele
exclama irônico.
— Sobre essa mulher que voltou para
tirar sua paz, sinceramente não entendo
o motivo de não ter se separado
oficialmente dela — Asef completa.
— A volta dela não tem nada a ver
com isto — ele rebate.
— A não, sério não é o que parece
você está aí neste estado desde que
voltou a vê-la — Asef fala querendo dar
seu apoio.
— Está enganado — Ele fala com
frieza.
— Queria estar, contudo, sei que não
estou, dá para ver em sua face o quanto
ainda a ama — Asef afirma.
— Ficou louco, sabe muito bem que
o odeio pelo que me fez — ele afirma
caminhando em direção ao carro dando
aquela conversa encerrada.
Ele dirigia calado sentindo tudo a sua
volta pesado sufocante.

Depois das suas reuniões decidiu


voltar para seu país, não pode continuar
se escondendo da realidade.
Que nesse momento era aquela
mulher instalada no palácio com ares de
rainha, odiava-a e precisava, porque
nenhuma mulher o fazia sentir-se no
chão, humilhado como ela fez.

Depois de um almoço bem tenso, ele


pegou o seu jatinho para ir embora.
Não conteve sua frustração ao ver a
mensagem escrita no espelho da suíte, o
que era prova da ira de uma mulher
rejeitada.
Mas nunca enganou ninguém, as
mulheres sabem as regras do jogo e
aceitam aquele é o ponto.
Asef olha para o primo sabendo que
precisará protegê-lo daquela estrangeira
perigosa que o magoou tanto a quem o
primo ainda amava com loucura.
Naquela noite Felícia fez questão de
descer para o jantar, mesmo encarando
os olhares de reprovação da família se
sentiu vendo a criada a servir e começou
a comer sabendo que sua rotina seria
esta de agirá em diante enfrentar o
desprezo e indiferença daquelas pessoas
que nunca a receberam de braços
abertos.
Ela pega sua taça e bebe o suco de
uva.
— Então agora será dessa forma que
teremos que suportar a sua presença
incômoda entre nós — Jasmine fala
furiosa.
— Querida, por favor, estávamos
jantando, não quero brigas à mesa —
fala o antigo xeque.
— Não posso agir como se fosse
normal a presença dela nos entre — Ela
afirma furiosa.
— Pior para a senhora porque voltei
para ficar, sei ser bem clichê, mas
entendo que aqui é meu lugar, portanto
acostume-se — ela fala em seguida
limpa os lábios no guardanapo e deixa a
mesa de maneira intempestiva, satisfeita
por pelo menos irritar aquela víbora.
Ela que se prepare, pois, isto é só o
começo. Ela pensou subindo a enorme
escadaria sabendo que precisaria estar
pronta para tudo
CAPÍTULO 8

Já era de madrugada quando acordou


ao ouvir o barulho da aeronave e foi até
a janela olhar, vendo que ele voltou pelo
visto o tal encontro com a russa não foi
o esperado — ela pensou apertando o
cinto do seu robe de seda.
Hamdan desce do helicóptero e se
dirige à entrada do palácio, o mordomo
abre a porta para ele poder entrar e
acaba dizendo.
— Alteza deseja algo?
— Não, Rand pode ir dormir — ele
fala subindo a escadaria carregando a
própria mala. Passando no enorme
corredor para em frente à porta do
quarto dela e depois vai para os
próprios aposentos sentindo-se
frustrado, pois jurou a si mesmo não
deixar que aquela mulher o afetasse e
era justamente aquilo que estava
ocorrendo.
Foi por causa dela que nem
conseguiu ir para cama com outra
mulher ela tirava dele até essa vontade
assombrar sua vida seus anseios de
homem.
Não podia querer ela daquela forma,
mas todas as provas disto estavam em
suas últimas atitudes. Ele pensou
lotando sua mala em um canto tirando a
jaqueta que usava e as calças
lamentando ter voltado para outro dela
onde a tentação de sucumbir aos seus
desejos de homem que ganhavam força.
Só pode acreditar que essa mulher
seja uma maldição em sua vida.

Jogou-se na cama torcendo pelo dono


aparecer.
No dia seguinte, Felícia acordou
cedo e desceu para sua caminhada diária
pelos arredores do palácio.
Estava correndo quando o viu
montado em seu cavalo não pode deixar
de achá-lo ainda mais másculo e lindo.
Estava olhando quando de repente o
cavalo ficou agitado se erguendo e o
derrubou no chão.
Ela nem pensou direito, correu até a
ele e disse toda preocupada.
— Você está bem? Espero que não
tenha se machucado.
Irritado pelo descuido que o fez cair
do cavalo que sempre dominou tão bem,
apesar de o mau gênio dele e por ela
estar sobre ele perto demais para
resistir.
Perdendo o controle de si mesmo, ele
a puxa sobre si e a beija sem se importar
com a presença dos seus seguranças.
Felícia sentiu o gosto doce da boca
dele sobre a sua e o corpo colado ao seu
dando mostras de que correspondia ao
seu.
E aquele beijo foi ganhando força e
ardor até que ela o interrompe se
levantando e afastado dele.
— Pelo visto você está melhor do
que eu pensava.
— Nunca estarei melhor, tendo que
suportar você em minha vida — ele
afirma se levantando limpando a roupa,
sabendo que teve muita sorte em não se
ferir com a queda do animal.
— Pior para você, já que não
pretendo ir embora — Ela garante o
encarando, querendo entender se ele a
odeia tanto quanto quer fazer parecer
porque a beijou aquele jeito ainda sentia
a corrente elétrica que sentiu ao ter seu
corpo sobre o dele.
Como quiseram que pudessem voltar
a ser o casal de um ano atrás e se
amarem livremente sem mágoas ou
amarras, mas nenhum deles era mais do
mesmo. Ela pensou ajeitando seu
cabelo.
— Proíbo você de andar pelo palácio
com esses trajes de ginástica aqui não é
o Brasil onde as mulheres andam
praticamente peladas — ele exige
furioso.
— Não tem nada de errado com
minhas vestes, elas estão até bem
comportadas — Ela fala brava.
— Pode até serem para outro tipo de
cultura, aqui as nossas mulheres andam
cobertas e como minha esposa não deve
ser exceção pelo menos enquanto estiver
aqui, peço que se vista seguindo o
protocolo — ele fala se afastando para
ir pegar o cavalo que estava aos
cuidados de um dos seguranças dele.
Furiosa Felícia volta para o interior
do palácio decidi tomar um banho e
depois ir cuidar dos filhos o que estava
se tornando uma rotina para ele mesmo
tendo que enfrentar a contrariedade das
babás não abria mão de trocar e
alimentar os filhos como uma verdadeira
mãe deve fazer, para a sua tranquilidade
não havia visto a sogra o que era uma
benção já que a mulher não fazia nada
que não fosse tentar humilhar.
Mas tarde estava no tapete brincando
com seus pequenos, eles aqueciam seu
coração amargurado e lhe devolvem a
força e o ânimo.
Estava com os dois quando Alina
apareceu e lhe informou.
—Alteza, o príncipe Asef que quer
vê-la, à espera no jardim interno.
—Esta bem já está indo, pode chamar
as babás para mim?
—Claro, irei agora mesmo — Ela
falou prestativa.

Deixando as crianças aos cuidados


das profissionais, ela foi até o local e ao
chegar viu o homem de costas e se
lembrava de gostar muito do primo do
marido que sempre lhe foi bem
simpático, ao contrário do resto da
família e fala.
— Asef pediu para falar comigo?
— Felícia, quero entender qual é seu
jogo e por que voltou depois do que fez
— ele fala olhando.
—Voltei pelos meus filhos — ela
respondeu seca.
— Pena que não pensou neles quando
fez aquilo com Hamdan — ele afirma
com desprezo.
—Se a conversa vai ser nesse tom
acho que não temos mais nada para falar
um ao outro, por tanto é melhor parar
por aqui — ela fala segura.
— Só quis vê-la para lhe dizer uma
coisa: não vou deixar você machucar o
meu primo de novo, pois se o fizer eu
mesmo denunciei algo que ele deveria
ter feito no passado e certamente teria
evitado todos esses aborrecimentos —
ele afirma indo embora.
Se ele tivesse feito isto agora não
estaria ali com seus filhos, o que prova
que ainda sobrou algum sentimento por
ela dentro dele.
Não o ama e nem o deseja mais como
marido, contudo, isto não significa que
não possa tê-lo como homem. Ela
pensou decidida a conquistar uma noite
com ele, mesmo que seja a única vez
que o queria sentir dentro de si.
O que ia contra tudo que acreditava,
na verdade estava voltando a se enganar
se ele a amasse teria confiado nela
naquele dia quando jurou inocência.
Tocou a face se dando conta de que
estava chorando e havia jurado nunca
mais chorar. E secou seus olhos ao ouvir
passos, olhou vendo ser a sogra e teve
certeza de que não virá coisa boa dali
aquela mulher a odiava.
— O que acha que vai conseguir
impor sua presença aqui entre nós —
Jasmine fala olhando com indiferença.
— Querendo ou não vocês vão ter
que me engolir porque sou a esposa do
xeque, mãe dos herdeiros dele e a
senhora não tem como mudar isso — ela
garante com dureza.
— Voltou confiante não é mesmo,
mas sairá daqui como no passado não é
páreo para mim — ela afirma com
desprezo.
— Não tenho medo de suas ameaças,
aliás, é a senhora quem devia estar
assustada já que voltei para provar o
que a senhora fez no passado porque sei
que aquela armação tem suas mãos e
daquela sua sobrinha Jade nunca se
confirmou por seu filho ter escolhido a
mim a brasileira pobre não é mesmo —
ela afirma com segurança.
E acabou vendo pela primeira vez
medo nos olhos da mulher a prova de
que sempre estava certa e elas eram as
responsáveis pelo que aconteceu
armaram aqui tudo Ela pensava tensa
vendo a mudar se afastar.
Mal tinha se sentado no banco
quando ele apareceu lindo usando sua
túnica branca, amava aqueles olhos cor
de mel e os cabelos lisos e pretos se
lembrava de acariciá-los enquanto
estavam na cama.
— O que falava com a minha mãe?
— ele quis saber a olhando.
— Ela queria me humilhar como
sempre — ela afirma sabendo que nunca
comentou com ele sobre o
comportamento da mãe e a forma como
era tratada por todos eles quando ele
não estava presente, o que foi um grande
erro.
— A minha mãe tem as razões dela,
afinal que pessoa respeitaria uma mulher
com seu passado — ele afirma tenso
como sempre ficava diante dela ainda
estava mexido com o beijo nos
arredores do palácio, não dava para
negar ainda a queria e aquilo enchia de
fúria e revolta.
Como pode ainda querer uma mulher
que o traiu com outro.
Tinha nojo de seus desejos por ela, o
que não mudava o fato.
— Acusações que Hamdan é só isto
que sabe fazer, será que nunca para
pensar que tudo não possa ter passado
de uma armação e que eu possa ser
inocente — ela fala extenuada cansada
de tentar provar que não o traiu.
— Pare de tentar culpar outras
pessoas pelo que você fez droga Felícia
eu vi ninguém me contou, você estava lá
nua na cama com ele, que espécie de
homem seria se ficasse me enganando —
ele afirma tenso.
CAPÍTULO 9

Ela acaba desviando o olhar, sabendo


que ele nunca veria a verdade, era
cômodo acreditar que ela era uma
traidora, a adúltera da história. Pensou
aflita olhando.
— Basta de mentiras, assuma a
merda que você fez, me traiu e foi para
cama com outro homem, isto é o que eu
sei — ele afirma bravo, evitando olhar
para ela.
— Quem ama confia, acredita e essas
coisas você nunca fez por mim, agora
sei que nunca me amou aliás nem sabe
amar — ela fala aliviada pelos dois
estarem sozinhos sem aqueles
seguranças por perto.
— Eu não te amo não te amava a
para, te amei mais do que a mim mesmo
e esse amor quase me destruiu quando
descobri o que você estava fazendo,
voltei daquela viagem, ansioso, louco
para te ver e quando chegou sou avisado
de que havia deixado o palácio às
escondidas para fazer sei lá o que.
Já era de madrugada quando acordou
ao ouvir o barulho da aeronave e foi até
a janela olhar, vendo que ele voltou pelo
visto o tal encontro com a russa não foi
o esperado — ela pensou apertando o
cinto do seu robe de seda.
Hamdan saiu de seu gabinete após
passar o dia trabalhando nos assuntos do
país, trabalhar é o remédio que
encontrou para não pensar nela. Ele
caminhou até o grande salão
encontrando o mordomo.
O homem faz uma referência
indagando.
— Alteza deseja algo?
— Não, Rand, pode ir dormir — ele
fala querendo ficar sozinho, subindo a
escadaria passando no enorme corredor
para em frente a porta do quarto dela e
depois vai para os próprios aposentos,
sentindo-se frustrado, pois jurou a si
mesmo não deixar que aquela mulher o
afetasse e era justamente aquilo que
estava ocorrendo.
Foi por causa dela que nem
conseguiu ir para cama com outra
mulher ela tirava dele até essa vontade
assombrar sua vida seus anseios de
homem.
Não podia querer ela daquela forma,
mas todas as provas disto estavam em
suas últimas atitudes. Ele pensou
lotando sua mala em um canto tirando a
jaqueta que usava e as calças
lamentando ter voltado para outro dela
onde a tentação de sucumbir aos seus
desejos de homem ganhava força.
Só pode acreditar que essa mulher
seja uma maldição em sua vida.
Foi para o banheiro e se despiu
entrando em baixo do chuveiro.
No dia seguinte, Felícia acordou
cedo e desceu para sua caminhada diária
pelos arredores do palácio.

Estava correndo quando o viu


montado em seu cavalo não pode deixar
de achá-lo ainda mais másculo e lindo.
Estava olhando quando de repente o
cavalo ficou agitado se erguendo e o
derrubou no chão.
Ela nem pensou direito, correu até a
ele e disse toda preocupada.
— Você está bem? Espero que não
tenha se machucado.
Irritado pelo descuido que o fez cair
do cavalo que sempre dominou tão bem,
apesar de o mal gênio dele e por ela
estar sobre ele perto demais para
resistir.
Perdendo o controle de si mesmo, ele
a puxa sobre si e a beija sem se importar
com a presença dos seus seguranças.
Felícia sentiu o gosto doce da boca
dele sobre a sua e o corpo colado ao seu
dando mostras de que correspondia ao
seu.
E aquele beijo foi ganhando força e
ardor até que ela o interrompeu
levantando e se afastando dele.
— Pelo visto você está melhor do
que eu pensava.
— Nunca estarei melhor, tendo que
suportar você em minha vida — ele
afirma se levantando limpando a roupa,
sabendo que teve muita sorte em não se
ferir com a queda do animal.
— Pior para você, já que não
pretendo ir embora — ela garante o
encarando, querendo entender se ele a
odeia tanto quanto quer fazer parecer
porque a beijou daquele jeito, ainda
sentia a corrente elétrica que sentiu ao
ter seu corpo sobre o dele.
Como quiseram que pudessem voltar
a ser o casal de um ano atrás e se
amarem livremente sem mágoas ou
amarras, mas nenhum deles era mais do
mesmo. Ela pensou ajeitando seu
cabelo.
— Proíbo você de andar pelo palácio
com esses trajes de ginástica aqui não é
o Brasil onde as mulheres andam
praticamente peladas — ele exige
furioso.
— Não tem nada de errado com
minhas vestes, elas estão até bem
comportadas — ela rebate brava.
— Pode até ser, mas para outro tipo
de cultura, aqui as nossas mulheres
andam cobertas e como minha esposa
não deve ser exceção pelo menos
enquanto estiver aqui peço que se vista
seguindo o protocolo — ele fala se
afastando para ir pegar o cavalo que
estava aos cuidados de um dos
seguranças dele.
Furiosa Felícia volta para o interior
do palácio decidi tomar um banho e
depois ir cuidar dos filhos o que estava
se tornando uma rotina para ela, mesmo
tendo que enfrentar a contrariedade das
babás não abria mão de trocar e
alimentar os filhos, como uma
verdadeira mãe deve fazer, para a sua
tranquilidade não havia visto a sogra, o
que era uma benção já que a mulher não
fazia nada que não fosse tentar humilhar.
Mas tarde estava no tapete brincando
com seus pequenos, eles aqueciam seu
coração amargurado e lhe devolvem a
força e o ânimo.
Estava com os dois quando Alina
apareceu e lhe informou.
— Alteza, o xeque Omam quer vê-la
e a espera no jardim interno — ela
informou.
— Está bem, já vou ,pode chamar as
babás para mim? .Ela pediu calma.
— Claro, irei agora mesmo, com
licença alteza — Alina falou prestativa.
Deixando as crianças aos cuidados
das profissionais ela foi até o local e ao
chegar viu o homem e o cumprimentou
dizendo.
— O senhor quer falar comigo?
O velho xeque a olha e indica uma
cadeira e fala.
— A verdade é que quero entender
essa sua volta ao convívio familiar e
confesso que fiquei surpreso pela
benevolência do meu filho em aceita-lo
de volta depois do que fez.

— O senhor sabe que não fiz nada de


errado e que fui vitima de uma armação
feita pela sua família — ela afirma
tensa.
— Você faz acusações levianas
Felícia, ninguém dessa família faria algo
assim — ele falou todo ofendido.
—Essa família nunca me aceitou
como esposa do Hamdan

— Pediu para falar comigo?

— Sim, Felícia desejo entender qual


é seu jogo e por que voltou depois do
que fez — ele indaga a olhando.
— Voltei pelos meus filhos — Ela
respondeu seca.
— Pena que não pensou neles quando
fez aqui com Hamdan — Ele afirma com
desprezo. — Se a conversa vai ser nesse
tom acredito que não temos mais nada
para falar um ao outro por tanto é
melhor parar por aqui — ela fala segura.
— Só quis vê-la para lhe dizer uma
coisa: não vou deixar você machucar o
meu primo de novo, pois se o fizer eu
mesmo denunciei algo que ele deveria
ter feito no passado e teria certamente
evitado todos esses aborrecimentos —
ele afirma indo embora. Se ele tivesse
feito isto agora não estaria ali com seus
filhos o que prova que ainda sobrou
algum sentimento por ela dentro dele.
Não o ama e nem o deseja mais como
marido, contudo, isto não significa que
não possa tê-lo como homem. Ela
pensou decidida a conquistar uma noite
com ele, mesmo que seja a única vez
que o quer sentir dentro de si.
O que ia contra tudo que acreditava,
na verdade, estava voltando a se enganar
se ele a amasse teria confiado naquele
dia quando jurou inocência.
Tocou a face se dando conta que
chorava e havia jurado nunca mais
chorar.
E secou seus olhos ao ouvir passos,
olhou vendo ser a sogra e teve certeza
de que não virá coisa boa dali aquela
mulher a odiava.
— O que pensa que vai conseguir
impor sua presença aqui entre nós —
Jasmine fala olhando com indiferença.
— Querendo ou não vocês vão ter
que me engolir porque sou a esposa do
xeque, mãe dos herdeiros dele e a
senhora não tem como mudar isso — ela
garante com dureza.
— Voltou confiante não é mesmo,
mas sairá daqui como no passado não é
páreo para mim — Ela afirma com
desprezo.
— Não tenho medo de suas ameaças
aliás é a senhora quem devia estar
assustada já que voltei para provar o
que a senhora fez no passado porque sei
que aquela armação tem suas mãos e
daquela sua sobrinha Jade nunca se
confirmou por seu filho ter escolhido a
mim a brasileira pobre não é mesmo —
ela afirma com segurança.
E acabou vendo pela primeira vez
medo nos olhos da mulher à prova de
que sempre estava certa e elas eram as
responsáveis pelo que aconteceu
armaram aqui tudo Ela pensava tensa
vendo a mudar se afastar.
Mal tinha se sentado no banco
quando ele apareceu lindo usando sua
túnica branca, amava aqueles olhos, cor
de mel e cabelos lisos e pretos se
lembrava de acariciá-los enquanto
estavam na cama.
— O que falava com a minha mãe?
— ele quis saber a olhando.
— Ela queria me humilhar como
sempre — ela afirma sabendo que nunca
comentou com ele sobre o
comportamento da mãe como era tratada
por todos eles quando ele não estava
presente, o que foi um grande erro.
— A minha mãe tem as razões dela,
afinal que pessoa respeitaria uma mulher
com seu passado — Ele afirma tenso
como sempre ficava diante dela ainda
estava mexido com o beijo nos
arredores do palácio, não dava para
negar ainda a queria e aquilo enchia de
fúria e revolta.
Como pode ainda querer uma mulher
que o traiu com outro.
Tinha nojo de seus desejos por ela, o
que não mudava o fato.

— Acusações xeque Hamdan, só isto


que sabe fazer, será que nunca para
pensar que tudo não possa ter passado
de uma armação e eu poder ser inocente
— Ela fala extenuada cansada de tentar
provar que não o traiu.
— Para, de tentar culpar outras
pessoas pelo que você fez, droga Felícia
eu vi ninguém me contou que você
estava lá nua na cama com ele, que
espécie de homem seria se ficasse me
enganando — ele afirma tenso a
encarando.
CAPÍTULO 10

Naquela manhã quente e abafada,


Felícia pegava o filho que nesse dia
estava chorando, o pequeno estava
febril, ficou aflita e decidiu ir até os
aposentos de Hamdan procurá-lo.
Entrou sem bater e o viu enrolado
apenas em uma toalha, tinha os cabelos
molhados pelo banho parou de olhá-lo e
disse.
— Desculpe por entrar assim, mas
nosso filho está com febre e eu não sei o
que fazer — ela revela aflita.
Ele se aproxima e toca na criança
dizendo.
— Ontem ele estava tão bem, vou
chamar o pediatra que cuida dele —
Hamdan informou percebendo que os
sentimentos dela pelo filho são
verdadeiros, dava para ver toda sua
aflição. Ele pensou caminhando até a
mesinha de onde tirou seu celular e
discou o número do profissional.
Felícia ficou lá ouvindo a conversar,
balançando seu pequeno ,a verdade é
que não gostava de vê-lo doente.
— Calma Felícia também não é para
tanto, as crianças têm viroses, isto é
normal, vai ver quando o médico
examiná-lo dirá que está tudo bem —
Ele fala querendo, tranquilizá-la pela
primeira vez entendo o quanto ela deve
ter sofrido longe das crianças. Ele para
com aqueles pensamentos e volta a falar.
— Vou me vestir e encontro você no
quarto das crianças.
Ao ouvi-lo, Felícia deixa o quarto
carregando o filho sabendo que ele é um
pai maravilhoso para as crianças e ainda
tenta acalmar não que aquilo fosse
possível, pois só irá se acalmar quando
o médico chegar e examiná-lo.
Chegando ao quarto viu a babá
cuidando da filha e sabia que a pequena
estava bem já que havia tocado a testa
dela para ver a temperatura fria que ela
estava tomando seu café da manhã
normalmente.
Hamdan se vestiu e desceu para
esperar pelo profissional quando este
chegou, ele mesmo o acompanhou até o
quarto dos pequenos.
O homem cumprimentou Felícia com
uma reverência e disse.
— Deixe-me examinar o pequeno
príncipe.
Felícia ficou atenta o tempo todo e
ficando mais tranquila quando o
profissional confirmou o que Hamdan
tinha lhe dito.
Recebeu as orientações do
profissional e viu o Hamdan
acompanhar o homem.
E pegando o garotinho ela disse
carinhosa.
— Está vendo é só uma virose você
ficará bem meu principezinho a mamãe
te ama tanto — ela revela o segurando
em seus braços.
Hamdan fica parado na porta ouvindo
as palavras dela querendo entender
como alguém tão amorosa pode ser uma
traidora sem coração e pode machucá-lo
tanto. Parou de ficar lamentando o fato
dela não ser a mulher que ele acreditava
e entrou dizendo.
— Já pedi para providenciaremos o
medicamento.
— Obrigada! Ela fala o vendo pegar
o filho de seus braços.
— Não tem que me agradecer por
cuidar dos meus filhos — ele responde
bem tenso.
— Sei que não, contudo quando o vi
com febre chorando fiquei tão
desesperada, não sabe o que foi para
mim, passar esse ano longe deles,
tiveram dias que pensei que fosse
enlouquecer de tanta saudade e aflição
— ela comenta pela primeira vez
falando com ele sobre aquela época tão
difícil e dolorosa de sua vida.
Hamdan a olha e estava prestes a
falar quando a babá entra trazendo a
garotinha.
Ele pega a filha e dispensa a jovem.
Felícia a olha brincando com a
pequena e sorri vendo o quanto é
amoroso e bonito.
Ela se policiou por fazer aquilo
admirar o ex-marido, ainda que sejam
casados no papel não se sente mais
casada com ele.
— Preciso trabalhar, tenho assuntos
urgentes esperando no gabinete qualquer
problema é só me procurar — ele fala
colocando a filha no berço e deixa o
quarto.
Sozinha com os filhos, Felícia
caminha até a janela após colocar o
filho em seu berço, olha para a vista da
cidade e se dá conta de que ainda ama
aquele homem.
No passado era jovem e muito
ingênua, não se deu conta do tamanho
dos obstáculos que os separavam e
embarcou naquele conto de fadas sem
botes salva vida mergulhou de cabeça
sem medo e acabou se afogando caindo
na armação que destruiu todos os seus
sonhos em sua vida.
Ainda olhando da janela o viu deixar
o interior do palácio e conversar com
aquela cobra da prima, sabia que aquela
mulher conseguia tudo para se casar com
ele como era para ser se não tivesse
entrado na vida dele.

Do lado de fora do palácio Jade não


perde a oportunidade de se aproximar
do primo.
— Soube que o menino está doente
— ela comentou olhando.
— Não é nada serio apenas uma
virose — ele responde indo em direção
ao próprio carro.
— Eu sabia que foi uma maneira que
aquela mulher encontrou para chamar
sua atenção — Ela fala cheia de veneno.
— Está enganada a preocupação de
Felícia com nossos filhos é genuína —
ele afirma sentindo necessidade de
defendê-la, o que o fez ficar confuso.
— Apesar de tudo que ela fez você
ainda o ama a defende com unhas e
dentes se esqueceu do que ela fez então
eu é que terei de lembrá-lo essa mulher
o traiu, ela o enganou com outro homem,
você mesmo viu e agora anda por aí com
ares, apaixonado, deveria se
envergonhar — ela fala cheia de ciúmes
e raiva.
Furioso pelas palavras dela, Hamdan
abre a porta do carro e dispara furioso.
— Cuida da sua vida e nunca mais
fale sobre este assunto ouviu bem. Ele
entra no carro batendo a porta e sai
dirigindo em alta velocidade, seguido
por seus seguranças.
Jade olha para a janela e vê aquela
mulher sentir que precisa se livrar dela
novamente, como fez no passado.
Felícia se volta para as crianças e
sabe que elas são o motivo de sua volta
a esse palácio e que isto nada tem a ver
com o xeque, ainda que ele seja o
homem mais lindo que já viu na vida.
Frustrado Hamdan parou seu carro na
estrada no meio do deserto e deu vários
socos no volante do automóvel.
Depois encostou sua cabeça e se
permitiu mais uma vez chorar pelo que
perdeu e pelo que ainda sentia por ela.
Queria aquela mulher como nunca
quis nada em sua vida, mas nem mesmo
todo esse querer consegue o fazer
esquecer o que ela fez.
Chega de ficar se lamentando pelo
que não pode ser.
Está mais que na hora de exorcizar
seu desejo por ela e só poderia fazer
isto a tendo em seus braços.
Precisava estar dentro dela
novamente, sentir seu corpo sobre o seu
misturado na cama e aquilo não tinha
nada a ver com amor era luxúria, desejo
puro uma ânsia primitiva que o fez
decidir o que fazer. Ele ligou o carro e
decidiu voltar para o palácio
Capítulo 11

Felícia passou o dia cuidando dos


filhos tentando de todas as formas,
evitar encontros desagradáveis com os
membros da família.
Para sua felicidade o filho já estava
sem febre e brincando.
Sabia que o marido deveria estar fora
do palácio então porque não aproveitar
a piscina privativa dele onde ninguém ia
até lá sem sua autorização estava
precisando relaxar esfriar a cabeça
aliviar suas tensões não estava sendo
fácil como havia previsto estar naquele
ambiente hostil onde cercada por
pessoas que não gostavam dela.
No passado pelo menos tinha as
atenções dele ainda que fosse muito
ocupado ele sempre tinha tempo para
estar com ela e esses eram dias leves e
intensos apaixonados onde
invariavelmente acabavam na cama
fazendo amor. Ela pensou deixando os
filhos com as babás e caminhou até seu
quarto usando a porta de comunicação
que ligava os dois quartos passou para o
quarto dele que estava vazio ainda assim
tinha o cheiro dele no ar foi até a porta
balcão que dava para o belíssimo pátio
onde uma piscina gigantesca e linda
ficava se mostrando um cenário bem
convidativo.
Ela respirou bem fundo e tirou o
vestido que estava usando ficando
apenas de lingerie, seguiu entrando na
água sentindo que estava morna e
perfeita e nadou sem se preocupar com
nada .
Hamdan voltou até os seus aposentos
para pegar uns papéis e aí fazê-lo viu na
piscina de olhos fechados.
Ele caminhou até lá e entrou na água
de túnica e tudo.
Felícia abriu os olhos se assustando
com a presença dele e pior vendo que
estava muito perto nervosa estremecida
ela acabou conseguindo dizer.
—Pensei que não estivesse no
palácio, por isso vim usar a sua piscina,
mas não precisa se preocupar, já vou
sair.
Ele a olha e pede com uma voz que
nem parecia a sua.
—Não vá, fique.
Felícia pisca sem acreditar que ele
estava lhe pedindo algo e o olha
cravando seu olhar em sua boca carnuda
que tanto queria provar.
— Hamdan eu... Ela se cala e o beija.
Ele tomado pelo mais primitivo
desejo aprofunda aquele contato a
segurando pela cintura fazendo seus
corpos se chocarem naquela espécie de
dança.
Ela se afasta e volta a tocá-lo o
segurando pelos cabelos sentindo suas
carícias.
Tremendo sobre seu tique o vê abrir
o fecho do seu sutiã e jogá-lo longe
capturando um dos seus seios com os
lábios e os sugando a fazendo sussurrar
tomada pela intensidade daquela carícia
ela puxa os cabelos dele querendo sentir
mais.
— Felícia você me põe louco te
quero tanto, preciso te sentir inteira,
estar dentro de você — ele afirma com a
voz rouca.
Ela o beija, decidida a aproveitar
cada segundo daquela entrega e fala
querendo sentir sua mais sobre a pele
dele.
—Tira isso — Ela fala referindo-se à
túnica que a impedia de tocá-lo
livremente como ansiava por fazer.
Ele tira toda roupa mesmo dentro da
água e volta a acariciá-la perdidamente
descontrolado querendo sentir a maciez
da pele dela.
— Hamdan isso é loucura não
podemos — Ela fala olhando.
— o que eu não posso é passar mais
um dia sem tocá-la sem tê-la preciso
estar dentro de você — Ele sussurra a
penetrando naquele instante mesmo
dentro da piscina.
Felícia sentia cada entocada dele e
geme alto sentindo o prazer mais quente
e vibrante se agarrando a ele com medo
de tudo aquilo acabar.
Ao ser tomado pelo clímax mais forte
que já experimentou na vida ela o olha
vendo tudo acabar e fica abraçada a ele
sabendo que se o mundo acabasse
naqueles segundos estaria feliz e
realizada como mulher.
Ele a tira da água e a leva para o seu
quarto, juntos tomam um banho quente
de banheira em meio às espumas onde
ele beija o seu pescoço e confessa.
— Me faz querer ainda mais uma vez,
para mim não foi suficiente, nunca será
com essas palavras ele deixa a banheira
e a ajuda sair a enrolando em uma
enorme toalha.
Rindo feliz, Felícia é carregada até a
cama onde ele a coloca como se fosse
uma preciosidade a olhar e se abaixar
para lhe roubar mais um beijo.
A atrevida Felícia se vira ficando
sobre ele e começa a descer os lábios
por sua pele máscula e quente sentindo
seu gosto.
Ele a puxa para baixo novamente e
fala.

— Entre nós tem que ser assim


habibti o sexo mais quente e doce que já
tive.
As palavras dele pareceram um balde
de água fria sobre ela que se lembrou da
lista de mulheres com quem ele já foi
para cama e se afastou dizendo.
— Às suas amantes o que vai ser,
serei mais uma delas?
— O que esperava ser para mim,
depois do.
que você fez — ele fala irônico se
cobrindo com o lençol a puxando de
volta para os seus braços.
— Se me destreza tanto, como ainda
pode me querer desse jeito Hamdan ?
— Porque mesmo não querendo,
você se transformou em uma febre
dentro de mim, uma coceira, incômoda
da qual não consigo me curar, então
entendi que esse é o único remédio para
mim, você na minha cama entre meus
lençóis gemendo sobre minhas carícias
mais ousadas, mas pense que isto muda
seu status para mim porque continua
sendo uma esposa que traiu o marido
alguém a quem eu deveria ter castigado
com as leis mais severas que existem,
mas fraquejou por causa desse amor que
estava dentro de si por ela. Ele a olha e
fala.
— Melhor voltar para o seu quarto.
Amarga deixou o quarto dele pela
mesma porta que entrou sabendo que
tinha provado duas realidades bem
opostas a primeira o amor e sua doçura
nos braços dele e depois a fria
indiferença com que ele a tratou após
usá-la aquilo a machucou demais.
Capítulo 12

O que ele pensa que sou uma de suas


amantes, não ele não faz ideia de tudo
que sinto.
Do quanto o amo, fazer amor com ele
pareceu trazer de volta os momentos
felizes do passado, pena que tudo
pareceu durar tão pouco tempo logo ele
voltou ser o homem frio e distante de
antes, o mesmo que me despreza por
algo eu nunca fiz.
Se ele pudesse ver toda sinceridade
do meu coração, a minha verdade, como
iria olhar para outro homem se em seu
coração só havia lugar para ele.
Desde que entrou em sua vida tornou-
se único.
Seu homem, seu amor, o marido mais
lindo desse mundo sentou tanta falta dele
e só agora que estavam novamente perto
pode perceber o quanto minha vida era
triste e apagada longe dele.
A verdade é que me apaixonei pela
vida de mil e uma noites de amor que
compartilhávamos às vezes em que ele a
levou para meio do deserto onde
passavam a noite em uma tenda luxuosa
que não ficava devendo nada para o
palácio em questão de conforto e luxo.
Amava ficar perto da fogueira onde
se aquecia do friozinho do deserto ele
todo carinhoso e apaixonado.
Recordava de ter revelado sua
gestação em um desses momentos.
A lembrança à fez ficar com os olhos
marejados.
Mas tratou de parar com aquilo não
foi para chorar pelo que perdeu que
voltou e sim para recuperar tudo que
lhe foi tomado.
Por pura maldade daquelas duas que
nunca aceitaram o amor dos dois.
Para elas Hamdan ter voltado casado
com uma estrangeira foi um crime, para
elas jamais seria digna de ser a esposa
real afinal era só uma negra, pobre,
favelada não teve muito estudo e não
sabia nada sobre o mundo árabe e sua
realeza.
Ainda sim foi a escolhida do xeque,
ele se tomou de amor por ele.
Ele a amou tanto que por esse amor
foi capaz de enfrentar a todos, a família,
o povo tudo que ele fez foi para estarem
juntos.
Felícia chorou sentindo todas as
emoções a flor da pele.

Ao se aproximar da porta do que


ligava os dois encostou os ouvidos e a
ouviu chorando sua vontade foi até abrir
aquela porta e toma-la em seus braços e
acabar com toda sua dor.
Mas acaba se afastando não sabe o
que pensar de tudo aquilo.
Foi bem intenso o que aconteceu
entre os dois.
Capítulo 13

Hamdan se sentiu aliviado por um


lado e por outro precisando pelo que
acabou de fazer, não podia negar que um
ano foi tempo demais para ficar longe
dela, sem tê-la em seus braços, o sexo
entre eles foi bem quente como era no
passado e como será sempre.
Felícia é a única mulher que o faz
perder o controle, perto dela se
transforma em um adolescente bobo,
algo que nunca foi, desde garoto que
vem sendo treinado para ser frio e não
se deixar levar pelos sentimentos.
Mas com ela não sabia agir com
frieza e indiferença, mesmo acreditando
odiá-la não pode nunca poderia a querer
demais. Ele tomou consciência disto
vestindo sua túnica e se preparando para
descer para o jantar daquela noite.

Em seu quarto, Felícia terminava de


se arrumar quando a criada entrou
deixando a porta aberta.
Jade parou em frente ao quarto dela e
ficou ouvindo a conversa.
— A minha senhora está muito linda,
quando o xeque a ver não conseguirá
deixar de olhá-la — Alina comenta.
— Sabe que nunca vou me acostumar
a essa sua maneira de me tratar — ela
fala colocando o belo par de brincos um
dos caríssimos presentes do marido.
— Mas a princesa é a senhora deste
palácio, a minha senhora, sou feliz por
servi-la — ela afirma.
— Obrigado pelo carinho e por sua
lealdade — Felícia fala a olhando e
sorri, estava muito feliz nesta noite.
— Hum ! Quanta felicidade tem em
seu rosto está tarde, vim até o seu quarto
e não estava, percebi a porta aberta e
logo conclui estar com o xeque, são
lindos juntos — ela afirma olhando.
— Foi uma tarde maravilhosa mesmo
ela é incrível — ela comenta com olhar
sonhador.
Pisando duro, Jade se afasta indo em
direção ao quarto da tia e entra sem
bater.
— Mas o que é isto Jade, isto são
modos de entrar — ela fala irritada
enquanto a criada arrumava os seus
cabelos.
— Tia, precisamos conversar em
particular — ela exige tensa.
Percebendo a alteração da sobrinha
Jasmine pediu para as criadas saírem e
quando estão sozinhas vai logo falando.

— Pelo visto o assunto é sério, ainda


fala logo.
— Tia é aquela mulher e ela o está
conquistando novamente, Hamdan é
apaixonado por ela, os dois passaram a
tarde no quarto dele, a senhora bem sabe
fazendo o que — ela afirma cheia de
ciúmes.
— Calma, no momento certo nós nos
livramos dela, precisa ser paciente se
quiser vê-la novamente longe de nós, já
tenho um plano é só esperar, não se
precipite, pois, pode acabar pondo tudo
a perder e sinceramente não queremos
isto — Jasmine fala ajeitando seu
cabelo.
— Tia Jasmine não tenho sua frieza,
quero essa mulher longe daqui, eu é
deveria ter sido a esposa dele e não essa
estrangeira que não passa de uma negra
estrangeira que nada tem a ver com
nosso povo nossos costumes — ela fala
furiosa.
— Acalme- se e fique para jantar
conosco, aja com naturalidade, aprenda
querida se quer derrotar seu inimigo
nunca mostre fraqueza e descontrole,
esse encantamento com essa mulher
logo vai passar, meu filho tem o sangue
árabe é ciumento por natureza, não
aceitará uma mulher que se deitou com
outro sendo casado com ele, isto não vai
durar agora vá — Jasmine pede
terminando de se arrumar.
Hamdan olhou para cama desfeita e
se viu lembrando-se de tudo que os dois
compartilharam ali amava cada
pedacinho do corpo dela.
Fazer amor com Felícia foi uma
loucura, algo que ele lutou muito para
não acontecer.
Mas ele não era senhor de si, quando
as coisas envolviam ela ao contrário não
passava de uma embarcação a deriva
levado ao sabor do vento sem opção de
escolher o seu destino, aquela mulher
estava viva dentro dele, em seu sangue
presa em seu coração, algo que nem
mesmo o gosto amargo da traição
conseguiu mudar em seu ser.
Ele a queria com a mesma
impetuosidade de antes exasperado por
tomar consciência foi sentir outra vez,
ele foi até a sala e abriu a gaveta pegou
um papel e se viu escrevendo um poema
que sabia representar o que estava
dentro de si naquele segundo e resume
bem tudo que lhe ia ao seu coração
ferido que mesmo destroçado por ela se
viu ressurgindo com força a mesma
paixão desempregada que o fez agir por
impulso e se casar com ela no Brasil
após conhecê-la e a trazer para o
palácio levantando uma guerra familiar
por desafiar todos eles ao ir contra o
que tinha lhe sido destinado desde que
era um garotinho se permitiu se casar
por amor escolhendo a própria esposa o
que por tradição familiar foi negado a
todos os seus antecessores até mesmo o
casamento dia paus fora arranjado já ele
escolheu Felícia e pagou um alto preço
por essa decisão.
Com ela viveu os melhores momentos
de sua vida e também os piores se viu
recordando da notícia da gravidez dela
o nascimento dos filhos os momentos
juntos se pertencendo e o fatídico dia
onde descobriu que sua vida perfeita era
uma mentira vendo destruído tudo que
acreditada fazendo seu coração em
pedaços tantos que pensou que nunca
fosse capaz de se juntar novamente,
porém bastou um beijo dela para fazê-lo
esquecer de todas as suas certezas.
Amar nós torna fracos expostos, algo
que não deseja mais para si.
Sabe muito bem que quem arrisca
acaba queimado.
E Felícia é como uma rosa do deserto
viçosa e linda, contudo cheia de
espinhos do tipo que feri se tocada. Ele
olhou através da sacada vendo-a cidade
e ao fundo as montanhas que guardavam
o deserto de sua amada pátria.
Sabendo que deveria ter obedecido
às vontades de sua família e não os
anseios do seu coração.
Hoje tenho convicção de que um
homem de verdade não se deixa guiar
por paixões e sim pela sua cabeça.
Nunca mais deixará que seu amor por
ela o deixe cego novamente.
Capítulo 14

Ainda que não tenha podido evitar, o


seu desejo de mulher falou mais alto,
fazia um ano que ela não transava, a
última vez fui antes da viagem dele e
depois aconteceu aquela maldita
armadilha sido expulsa do país daquela
forma, doía só de lembrar. Ela fechou os
olhos como se esse jeito tivesse a força
de apagar aquela lembrança triste
carregada de tanta dor e sofrimento.
Respirou fundo, sabendo precisar
tomar um banho antes de descer para o
jantar, não iria se acovardar e fugir do
que ocorrera Hamdan tem que saber que
ela voltou diferente, outra mulher
alguém mais forte é determinada e
também prática.
Ela caminhou até o luxuoso banheiro
e abriu o chuveiro embaixo da água se
viu recordando cada carícia cada beijo
a força do que sentiu ao fazer amor com
ele novamente ainda parecia estar
sonhando, contudo, não era bem
realidade os dois bem juntinhos,
agarrados juntos de novo, droga
continuo gostando dele com a mesma
intensidade de antes. Ela teve certeza
fechando o chuveiro e pegando a macia
e enorme toalha secando-se parou com
aqueles pensamentos de amor indo
escolher um vestido, acabou optando
por um que era maravilhoso e o vestiu,
queria deixar ele impressionado, fazê-lo
ver a mulher que era agora.
Sorrindo, passou umas gotas do seu
perfume favorito e deixou o quarto indo
ver os filhos e chegando ao quarto deles
o viu lá pegando as duas crianças e
disse.
— Eles estão crescendo e ficando
bem pesados.
Hamdan se volta para olhá-la e fala.
— Tenho força suficiente para
segurar meus filhos em meus braços —
ele afirma olhando.
— Posso apostar que sim do jeito
que malha naquela academia — ela
comentou pegando a garotinha e começa
a brincar com ela.
— Até hoje ninguém reclamou do
meu físico — ele comenta com ironia.
— Não precisa jogar na minha cara a
quantidade de mulheres com quem já foi
para cama — Ela fala colocando a filha
no berço.
— Ciúmes Habibti sério não deveria
fazer esse tipo de comentário na frente
dos meus filhos ainda que eles sejam
muito pequenos para entender — ele
pede bravo colocando o filho em seu
berço.
— Sei que não deveria ter falado,
entretanto, não resisti você me tira do
sério — ela fala tensa.
Ele ia responder, mas se calou ao ver
as babás das crianças voltando e acaba
dizendo.
— Vamos descer para o jantar, as
refeições aqui costumam ser pontuais.
Sem ter como espancar ela o seguiu
após dar um beijo em cada um dos
filhos.
No elevador Hamdan fica mexido e
senti o desejo de puxá-la para os seus
braços, feito um adolescente apaixonado
e aquilo o irritava ela se vestiu assim de
propósito e estava conseguindo, foi um
alívio vendo elevador chegar e os dois
seguiram para o grande salão de jantar
onde todos já estavam em seus lugares.
Ele ocupou sua cadeira e viu Felícia
fazendo o mesmo.
Pediu para servirem o jantar.
Felícia olhou para a mulher sentada a
sua frente incomodada nunca gostou dela
e sabia que a animosidade era
recíproca, comeu mesmo sem apetite
ouvindo as conversas leves e sentindo
os olhares sobre ela e decidiu encarar
com naturalidade de vez enquanto seu
olhar se encontrava com o dele e
desviava o seu.
Depois da sobremesa foi um alívio
deixar a mesa quando todos se dirigiram
ao salão principal, ela pediu licença e
foi para o jardim sentindo-se melhor
longe daquelas pessoas.
Estava de costas observando aquela
noite estrelada quando ele chegou por
trás e a agarrou pela cintura, algo que
não era habitual para ele e disse.
— Quer continuar o que nós
começamos essa tarde na piscina — ela
fala com frieza.
Desestimulado pela atitude dela e a
solta, e fala.

— Acredito que não precisa ser tão


vulgar a Felícia.
— Olha quem fala o homem que se
deitou com um harém de modelos
internacionais e vem me cobrar recato
— ela ironiza o olhando.
Ele a olha de cima a baixo e fala.
— Você não é mais a mesma mulher
com quem me casei.
— Nem poderia ser obrigada a
crescer rápido ao ser deportada do seu
país feito uma criminosa proibida de
voltar, nem sequer podia ver os meus
filhos ou saber notícias dele como pode
ver fui forçada a amadurecer mesmo
ainda sendo tão jovem — ela afirma o
encarando.
— Não me culpe sabe muito bem que
depois do que você fez não podia
continuar aqui sem ser julgada seria
condenada à morte o seu castigo até que
foi brando perto do que poderia ter sido,
você me traiu estava na cama com outro
homem eu mesmo vi então poupe o meu
tempo e o seu em tentar me convencer
ser inocente — ele afirma tenso.
— Você parece ter pintado um quadro
sobre mim e nada o faz mudar de ideia e
pensar uma vez em sua vida que o que
você viu pode não ser a verdade dos
fatos — ela comenta aflita sabendo o
quanto aquele assunto era pesado e
difícil.
— Fala o que meus olhos viram você
estava lá nua com ele eu vi não tente
negar, mas chega acabou não quero mais
ouvir falar sobre isso aqui entendeu —
ele exige segurando-a o braço dela.
Felícia se solta e fala.
— Pode ser o xeque aqui, mas não é
meu dono.
Ele a puxa novamente para os seus
braços seus corpos ficam colados então
ele se aproxima e fala nos ouvidos dela.
— É o que você acha. Dizendo isto
ele a beija com paixão.
Brava com o comportamento dele,
Felícia tenta se rebelar lutando para
escapar do seu domínio, mas de repente
se vê o enlaçando pelo pescoço
correspondendo com intensidade aquela
boca que tanto exigia a sua o queria essa
era uma certeza bem profunda dentro de
si.
— Aqui não tem os seguranças — ele
fala se afastando a segurando pela mão.
Felícia o seguiu até uma porta que
dava para sua ala particular do palácio.
Ele a toma em seus braços e a
carrega até a cama onde a coloca com
cuidado então a olha e fala com a voz
enlouquecida.
— Dane-se que você seja uma
traidora infiel eu preciso ter você para
estar em você, passei um inferno durante
o jantar sentindo meu corpo ansiando
pelo seu nem estava mais conseguindo
esconder.
— Hamdan! Ela exclama querendo
tocá-lo e sendo impedida pela túnica
que ele usava.
— Sei o que quer habibti — ele fala
se afastando para tirar a túnica e joga-la
longe revelando seu corpo perfeito e
viril.
Felícia não conseguia deixar de olhá-
lo e admirar deslizando suas mãos pelo
abdômen dele sentindo sua rigidez.
— Quer me tocar habibti, toque me
sinta o que faz comigo — Ele pede a
puxando para si ainda vestida.
— Você é tão lindo tão perfeito e sei
ser só meu — ela fala se afastando para
se despir tirando o vestido é depois a
lingerie sobre o olhar atento dele
querendo, faze-lo perder o juízo ela se
deita sobre ele dizendo em seu ouvido.
— Me faça de novo. Ele atende ao
pedido dela com preliminares que
fizeram os dois perderem o controle e se
entregaram sem amarras encontrando
junto o caminho do prazer máximo e
quente satisfeitos ficaram abraçados
naquela cama.
Felícia sentia as batidas do coração
dele e foi aí que se deu conta de que o
amava, a verdade é que nunca deixou de
amá-lo o amor estava lá dentro dela
adormecida, escondido em um canto
secreto, porém ele despertou com força
ainda mais intensa que antes.
Hamdan estava acordado vendo ela
ainda adormecida se dando conta do
quanto ainda é apaixonado.
Capítulo 15
Naquele dia Hamdan se sentiu preso,
precisando extravasar tudo que estava
sentindo e nada melhor do que
mergulhar de cabeça no que o fazia se
esquecer de tudo, saltar de paraquedas
exatamente o que iria fazer.
Deixou o palácio ao nascer do sol,
ainda era muito cedo e fazia um
friozinho, olhou para a janela do quarto
dela que continuava fechada.
Também depois da noite passada era
natural que ela dormisse até mais tarde.
Ele pensou sorrindo ao se lembrar de
tudo que compartilharam.
Ele entrou no carro após o
funcionário guardar todo seu material
que usaria para saltar.
Amava saltar de paraquedas, gostava
de sentir a adrenalina de flertar com o
perigo, apesar de o pai ser contra ele
fazer essa prática, vivia dizendo ser uma
exibição desnecessária.
Ele parou com aquele, pensamentos e
saiu dirigindo seu carro.
Quando se permitia fazer quase que
sentia uma sensação de normalidade,
sem aquele exército de pessoas para
fazerem tudo por ele, os seguranças
nunca se sentiam privados.
Aquela era uma palavra que não cabe
em seu dicionário.
Ele seguiu guiando seu carro pelas
ruas da cidade pegando a via que o
levaria até o seu hangar particular.
Piloto com experiência tinha seu
próprio jatinho com suas iniciais mais
um luxo.

Alina entrou no quarto das crianças e


viu a princesa brincando com o casal de
gêmeos e disse.
— Vossa Alteza nem esperou que eu
levasse seu café da manhã no quarto.
— Acordei mais cedo e o tomei na
cozinha — ela responde pegando uma
das crianças em seus braços.
— O que fez a mesma coisa foi saltar
— Alina deixa escapar.
— Como assim ele foi saltar? — ela
indaga a olhando.
— Ele salta de paraquedas quando
colocam o material no carro — ela
comenta indo abrir as cortinas.
— Sabe de onde ele salta Alina? —
Felícia pergunta curiosa.
— No Hangar fora da cidade — ela
responde.
— Vou até lá, pode pedir para as
babás virem ficar com as crianças —
ela fala decidida.
— Vai até como duvido que alguém
do palácio se despunha a levá-la —
Alina fala preocupada.
— Não preciso que ninguém me leve,
eu mesmo vou dirigindo — ela afirmou
colocando a filha no berço.
— Alteza não pode no país as
mulheres não têm permissão para dirigir
automóveis — Alina fala.
— Isto é arcaico, meu marido o
xeque tem vários carros e lógico que
vou usar um deles — ela afirma cheia de
coragem e determinação.
— Já faz um ano que tirou sua
carteira de habilitação no Brasil e desde
então sempre dirigiu seu próprio carro.
Ela voltou para o próprio quarto e
trocou de roupa colocando uma
vestimenta tradicional do país e também
o tradicional véu que lhe cobria a
cabeça e o rosto.
Abriu a porta que ligava os dois
quartos e começou a procurar pelas
chaves encontrando um poema escrito
pelo marido e leu cada linha com a
certeza de que tudo que estava contido
naquelas linhas eram para ela. Respirou
fundo se dando conta que são seus
sentimentos escritos ali.
Volta a colocá-lo no lugar e pegou as
chaves da maserati preta do marido
sabia que ele era louco por aquele carro
e com um sorriso no rosto deixou o seu
quarto pegando o elevador que descia
até a garagem sem ter que passar por
outras alas do palácio não queria ter seu
dia estragado por aquelas pessoas ainda
mais depois da noite maravilhosa que os
dois tiveram, juntos e as primeiras horas
dos dias passados com os seus filhos,
são coisas que não tem preço.
Já na garagem abriu o carro e entrou
acionando o controle que abria o portão
saiu indo em direção à saída de veículos
que é fortemente vigiada pelos guardas
espalhados por todos os cantos sabiam
que aquele lugar era uma fortaleza e
sentiu certa apreensão quando um dos
guardas se aproximou negando-lhe
passagem.
— Deixe-me passar que tenho
autorização do meu marido, o xeque que
me está hangar, ele está me esperando
— ela informa de maneira firme.
O homem parece pensar em seguida
abre o portão.
Ela sai dirigindo pelas ruas da
cidade chamando a atenção causando
alvoroço por ser mulher e conduzir um
automóvel.
Hamdan estava no avião e estava
prestes a saltar.
Olhou concentrado e então se
aproximou da porta aberta do avião e
saltou dando um grito de pura
adrenalina.
Felícia via vários paraquedistas no
alto e sabia que ele também estava entre
eles, o marido é pura coragem, uma pena
não ter toda essa determinação em
acreditar que ela não traiu o amor de
ambos daquela maneira.
O amava muito para pensar em olhar
para outro homem.
Desceu do carro em frente do hangar
vendi o carro com os seguranças
pararam logo atrás dela e soube que
nunca terá privacidade que cada passo
seu é vigiado em pensar que existem
milhares de homens ao redor do mundo
sonhando em se casar com um xeque
árabe, mal sabem elas o preço que se
tem que pagar.
Ela pensou vendo o responsável pelo
lugar se aproximar e fazer uma
reverência.
— Alteza!
— Vou esperar o meu marido — ela
informou, ajeitando o véu sobre sua
cabeça.

Hamdan chegou ao solo e logo, um


dos seus seguranças se aproximou
informando tudo sobre Felícia ter
burlado a lei do país e ter saído sozinha
e dirigindo, sua mulher realmente não é
a mesma que expulsou a um ano atrás, a
nova Felícia é cheia de coragem
determinada, ousada linda — ele pensou
tirando o equipamento de salto.
Entrou no carro e foi direto para o
hangar quando desceu do automóvel a
viu e foi até ela pedir licença ao
responsável pelo local e dizendo.
— Tem ideia do que você fez em meu
país, as mulheres não têm permissão
para saírem sozinhas muito menos para
dirigirem, infringiu a lei e terei
problemas sérios, lógico que outras
mulheres desejam fazer o mesmo.
— E que mal pode a ver uma mulher
conduzir um carro, você deveria revogar
essa lei esdrúxula — ela fala o olhando
com ar inocente.
— Às leis existem há muito tempo e
você deveria obedecê-las — ele fala
olhando.
— Pense em mudar isso, as mulheres
já são tão oprimidas — ela afirma
encarando ele.
— Essa é a visão que você tem do
meu povo Felícia? — Ele indaga
olhando.
— E desde quando você se importa
com o que eu penso — ela rebate
olhando em volta vendo os seguranças
dele meio afastados e os que a seguiam
também.

— Tratava você com toda reverência


eu te amava muito, mas destruiu tudo
com o que fez e quase acabou comigo
também, entretanto a força da raiva é o
ódio me deram a coragem necessária
para me lembrar de todos os dias o que
você fez Felícia — ele afirma a olhando
com dureza.
— Você nunca parou para pensar por
instante sequer que eu seja inocente —
ela fala triste sabendo o quanto toda
aquela história já a afetou.
— Está brincando comigo, não é o
que espera Felícia que finja acreditar
em suas mentiras, né poupe sei muito
bem o que vi — ele afirma com ironia.
— Você é um grande tolo, não vou
perder meu tempo com você — ela fala
irritada, indo em direção ao carro,
porém ele a detém a segurando pelo
braço dizendo.
— Dessa vez eu dirijo e iremos em
outro carro.
Contrariada com tudo, Felícia se
solta dele e vai até o utilitário preto
parado mais a frente e abre a porta para
sentar-se no banco do passageiro.
— Não quer que o povo me veja
dirigindo porque isto poderia gerar um
gatilho para que outras mulheres
busquem pelo mesmo direito no fundo,
não passa de um ditador frito seu pai,
aliás, todos os seus antepassados não
são mesmo — ela afirma furiosa.
— Escuta aqui Felícia eu te mandei
embora e ainda assim decidiu voltar, se
deseja continuar aqui é melhor se
convencer de uma vez que quem manda
aqui — ele afirma a segurando pela
cintura e a olha dentro dos seus olhos.
De repente eles estavam se beijando.
— Você se acha poderoso o máximo,
mas em mim não manda ouviu bem —
ela fala irritada olhando para ele.
Capítulo 16

Ele coloca o carro em movimento,


sabendo que serão seguidos pelos
seguranças.
Sabia que a mulher que voltou não é
a mesma com quem se casou, Felícia
estava mais forte, destemida, atrevida o
deixando ainda mais enfeitiçado por ela.
Era um fraco e tinha consciência de
suas falhas e ela envolvia todas elas,
por ela no passado foi capaz de mudar
seu destino e decidiu que seria de novo
pegando outro caminho.
— Essa não é a estrada que leva ao
palácio para onde está me levando? —
ela indaga olhando a estrada que se
afastava da direção da cidade.

— Vamos passar a noite em um


acampamento de genuínos no meio do
deserto — ele informa sem tirar os
olhos da estrada.
Felícia estranha essa mudança de
planos dele pois sabia que ele estava
voltando para o palácio, então de
repente essa mudança. Ela pensou
apertando as mãos muito tensas e acabou
falando.
— E as crianças?
Ele a olha rapidamente e responde
com frieza.
—Elas ficaram bem aos cuidados das
babás depois que meus pais estão lá. Ele
fala dirigindo.
Cerca de quarenta minutos eles
chegam ao local.
Felícia desceu do carro e se coloca
ao lado dele vendo as tendas montadas e
várias pessoas mulheres crianças e foi
apresentada a toda aquela gente como a
esposa dele seu coração batia tão forte
quando o via tratá-la daquela forma e
fica se perguntando como ele pode ser
tão duro algumas vezes se outra é
carinhoso protetor.
A maldade que fizeram aí dá trás
muitos problemas se ele soubesse o que
sinto se acreditasse que nada fizera as
coisas poderiam ser muito diferentes e
seriam muito felizes juntos. Ela parou
com aqueles pensamentos sendo levada
a uma tenda luxuosa e disse.
— Nossa, que luxo! Ela exclama
olhando em volta.
— Um xeque como eu precisa ter
certos confortos — ele comenta se
aproximando dela e a segurando pela
cintura.
Felícia levanta o olhar e não diz
nada, apenas sente os lábios dele
tomando os seus em um beijo
provocante quente que a fez ficar sem ar.
Ele se afasta e fala.
— Felícia a trouxe aqui para
ficarmos sozinhos juntos, faz ideia do
quanto que te quero — ele fala olhando
com intensidade.
— Me quer mais se recusa a
acreditar em mim que droga de amor é
esse — ela fala aflita.
— A mesma droga de amor que né
faz desejá-la com todo meu ser mesmo
sabendo o quanto isso me ferir por saber
que se entregou a outro homem mesmo
pertencendo a mim — Ele afirma a
segurando em seus braços.
— Não sou um objeto, uma coisa
para que seja meu dono, sou uma pessoa
tenho sentimentos — ela fala triste.
— Que se dane o que você sente, a
verdade é que me quer com a mesma
urgência que eu a você. Ele a silenciou
com mais beijos e começa a despi-la a
colocando sobre a cama cheia de
almofadas coloridas e a olha sentindo
sua fome por ela aumentar tanto que
começa a acariciá-la decidido a gravar
em sua lembrança cada carícia feita
naquela noite no deserto.
Quer deixar na alma dela o mesmo
amor desesperado que está em si o
machucando feito uma espada cravada
em seu coração de tão forte.
— Você me acha uma vadia e ainda
assim me quer dessa forma juro queria
entender a lógica de tudo isto — Ela
afirma o olhando terminar de despi -La.

Ele coloca os dedos sobre a boca


dela silenciando e volta a cobri-la de
beijos.
Felícia o ajuda tirar a camisa e a
calça e o olha se perguntando como ele
pode ser tão perfeito.
— O que foi está me olhando de um
jeito — Ele perguntou olhando .
— Não me pergunta nada agora só
me beija, quero muito você — Felícia
afirma deslizando sua mão pelas costas
dele.
— Somos a perdição um do outro os
nossos corpos se buscam quando estou
perto de você o meu desejo aumenta —
ele confessa puxando para os seus
braços.
Felícia decide se esquecer de tudo
que a aflige e apenas sentir a força
daquela paixão que amava aquele
homem nunca deixou de amá-lo mesmo
odiando por não ter acreditado em sua
inocência, por tê-la expulso a separando
de seus filhos.
Sentia cada carícia quente e ousada
essa noite em especial ele a quer
torturar a fazendo corresponder
querendo dar a ele tudo que estava
recebendo.
Juntos atingiram o ápice daquele
amor Felícia acariciava os cabelos
deles.
— Faz ideia de como a nossa vida
poderia ter sido — Hamdan comenta
triste olhando para ela .
— Você faz ideia de tudo pelo que
passei e o quanto sofri — Felícia fala
olhando.
— Não chega nem perto de tudo que
passei depois da sua traição — Hamdan
afirma se levantando e começando a se
vestir.
— Só que eu nunca trai você e um dia
vai descobrir a verdade — Felícia fala
vendo ele deixar a tenda .
Ela senta-se na cama ainda coberta e
chora desesperada por tudo.
Hamdan saiu da tenda vendo a
fogueira acesa se aproximar e se sentou.
— O xeque está com problemas pelo
que posso ver coisas do coração — o
velho ancião falou.
— Sim, mas essas coisas não tem
concerto—ele respondeu sentindo a fria
daquele início de madrugada no deserto.
— Na vida tudo tem concerto Alteza
deveria ouvir seu coração e não pensar
com a cabeça — o velho e sábio ancião
fala.
— Engraçado por me falar isto, pois
é exatamente o oposto de tudo que
aprendi durante a preparação para
substituir meu pai — ele comenta
esfregando as mãos querendo se aquecer
diante do fogo aceso.
— Seu pai não foi um líder muito
sábio — o velho afirma.
— Sei que meu pai governou com
mãos de ferro muitas vezes sendo duro
com o povo, porém sou diferente e
penso que o país só irá evoluir se o seu
povo tiver tudo que é necessário para
isto — ele comenta.
— Sei que vossa Alteza nosso Emir
tem feito mudanças em vários aspectos e
para melhorar as nossas vidas, mas
precisamos rever alguns pontos como o
direito da mulher de poder estudar e
dirigir um carro por falar nisso soube da
atitude da princesa e afirmou que ela é
uma mulher de coragem, bastou olhar
para ela ver como tratou a todos nós
para perceber que é dona de um grande
coração — ele afirmou o olhando.
— Pelo que vejo que minha esposa
tem muitos admiradores — ele fala
recebendo a caneca das mãos do homem
e bebeu compreendendo que se ela não
fosse a traidora que é seria a
companheira perfeita para ele só que
não.
A realidade é bem diferente. Ele
pensou enquanto bebia.
— Dá para ver que se amam muito e
o xeque foi agraciado, com um amor
verdadeiro, uma dádiva preciosa — o
velho sábio fala.
E Hamdan se vê percebendo que o
homem estava certo, ele ainda amava
Felícia, a amaria para sempre.
Depois da conversa ele voltou para a
tenda e olhou para cama onde ela
repousava o local era iluminado por
velas que davam um ar de aconchego
vê-la assim linda dormindo
tranquilamente o fez se sentir em casa.
Felícia sempre lhe fez muita falta e
agora podia compreender essa verdade.
Ele tirou a túnica e se deitou na cama
com cuidado para não acordá-la.
No dia seguinte Felícia acordou com
o barulho da chuva batendo no teto da
tenda e se nos viu dele e fala.
— Que horas são?
— Quase 07h00min da manhã, vou
pedir para trazerem seu café — ele
responde levantando.
Felícia ajeita o lençol sobre o seu
corpo e olha para ele dizendo.
— Quando voltamos para o palácio,
preciso ver as crianças.
— Os pequenos estão bem, meus pais
estão no palácio e as funcionárias são
treinadas para cuidar deles — ele
afirma deixando a tenda .
Felícia se dá conta de que o único
local onde eles se entendem é na cama.
Tinha acabado de se vestir quando
uma mulher entrou trazendo uma bandeja
com seu café da manhã.
— Obrigado — ela agradeceu
sorrindo.
— Vossa Alteza será sempre bem
vinda ,no meio do nosso povo — a
velha mulher falou .
— Agradeço pelo carinho e acolhida
— ela fala começando a comer.
— A princesa trouxe novamente a luz
para o olhar do Sheik — a mulher
afirma.
Ela sorri sem graça pela mulher
achar que ela possa trazer alegria a
Hamdan, como se isso fosse possível
ele a odeia. Pensou comendo uma fruta.
— Onde o meu marido está?
— Conversando com os mais sábios
da tribo, nós somos povo nômade e
andamos pelo deserto sem fixar
residência sempre foi assim — a mulher
comenta.
Felícia fica encantada com as
informações que a mulher dava sobre o
modo de vida deles e não podia deixar
de se surpreender por Hamdan estar no
meio deles como se fosse um homem
comum, coisa que ele jamais seria.
A mulher pediu licença e retirou-se
,sozinha Felícia ainda ouve o barulho da
chuva que caía lá fora e se vê pensando
nas palavras da mulher sobre Hamdan e
se dá conta tá de que a sim sente-se que
voltar para a vida dele trouxe luz para a
escuridão que vinha sendo sua vida
desde que o perdeu e aos filhos e tudo
por causa da maldade daquelas duas
mulheres tinha que encontrar provas
esfregar na cara de todos que nunca traiu
o marido só assim para ter paz em seu
coração. Pensou sentindo frio e vendo-o
voltar.
— Logo que a chuva acalmar irá
parar.
— Espero que sim, estou ansiosa
para chegar ao palácio — ela comenta.
Hamdan a vendo tremer de frio lhe
estender sua janela.
Felícia fica tocada com o jeito dele e
falou.
— Mas você ficará com frio — ela
fala o olhando.
— Estou acostumado a esse clima do
deserto onde em um momento está
aquele calor escaldante e no outro frio
ainda mais nessa época do ano. Ele
completou a olhando imprecisão por ela
estar aparentando gostar da
simplicidade do local todos a amavam
,mas também como não amar essa
mulher .
Capítulo 17

À volta para o palácio foi feita em


silêncio, com o carro sendo dirigido por
um dos seguranças dele. Felícia o
olhava querendo saber o que ele
pensava, pois parecia distante.
Quando o carro entrou pelo enorme e
protegido portão daquela propriedade
que mais parecia uma fortaleza de tão
guardada que eram por guardas.
Ela desceu sendo seguida por ele.
Quando ambos chegaram ao grande
salão foram saudados pelo mordomo.
Hamdan conversou rapidamente com
o homem e logo que ficou sozinha olhou
para ele e falou.
— Quero ir para o Brasil.
— Vá, ninguém está te pretendendo
aqui — Hamdan fala olhando.
— Acontece que quero levar as
crianças aos meus filhos — ela rebate o
encarando.
— Os meus filhos, você só pode
estar brincando, o que pensa que sou
Felícia, acha mesmo que vou permitir
que deixei o país levando junto os
nossos filhos — ele acaba falando
furioso.
— Eles também são meus e tenho
direito legal sobre ele — ela informa
aflita mesmo já esperando por aquele
tipo de reação dele.
Os homens mulçumanos têm essa
coisa de serem autoritários e de
temperamento difícil e Hamdan não
fugia a essa regra. Ela pensou aflita
caminhando até a enorme janela de onde
tinha uma vista do jardim, tudo que
queria naquele instante é que ele
entendesse o que estava pedindo.
— Não pelas leis do meu país, o que
pensou Felícia que eu fosse um idiota,
sei exatamente que no momento em que
deixasse o país e desembace em solo
brasileiro não voltará e muito menos
devolveram meus filhos o que me
obrigaria a tomar medidas diplomáticas
para traze-los de volta — ele garante
nada satisfeito.
— Acredita mesmo que eu
sequestrados os meus próprios filhos —
ela rebate nervosa com o rumo que as
coisas estavam tomando.
— Tenho certeza, portanto habibti
esqueça essa ideia se quer tanto que seu
pai os conheça o convide para vir
passar um tempo conosco agora se já
terminou vou para o meu gabinete e não
desejo mais ser incomodado com esse
seu pedido tolo — ele afirma deixando
o grande salão.
Felícia sentiu um enorme desamparo,
uma imensa vontade de chorar, sua
garganta está seca e os olhos úmidos seu
coração está cheio de apreensão.
— Olha vejam sós se não é a
estrangeira indesejada será que não
entendeu ainda que este não é o seu
lugar, jamais será adequado ao meu filho
não passa de uma vadia — Jasmine fala
olhando com desprezo.
Felícia guarda as lágrimas que estava
prestes a derramar sabendo que não
poderia dar a ela o gostinho de vê-la
chorar e encarar aquela mulher malvada
e capaz de tudo e fala.
— Isto é o que a senhora gostaria que
eu fosse só que não sou sei muito bem o
que fez ajudada por aquela cobra da sua
sobrinha Jade e se a justiça neste mundo
um dia seu filho também saberá tudo que
fez para nos separar — Felícia afirma
de cabeça erguida segura de cada
palavra dita aquela mulher tem entender
que não tem mais medo dela e nem de
suas armações.
— A, por favor, acha mesmo que
alguém vai acreditar em você, não tem
provas do que está falando.
— Jasmine fala com ironia.
— Ainda não, mas acredite as terei
foi para isto que voltei — Felícia
garante deixando o grande salão indo em
direção ao elevador e só quando a porta
se fecha e o mesmo começa a subir que
dá vazão a toda a sua dor e chora
copiosamente devastada por tudo
imaginou que seria forte só que não
estava sendo.
As coisas não estão saindo como o
planejado.
Quando decidiu voltar e lutar para
recuperar seus filhos nunca pensou que
fosse perceber que seu amor pelo
marido continuava ainda mais forte
dentro de si que bastava um toque dele
um beijo para fazê-la perder toda lógica
e determinação nunca acreditou que eles
pudessem voltar a fazer amor e
ultimamente isto era a única coisa que
faziam sem brigar. Felícia chegou ao
corredor secou o rosto e foi ver os
filhos que eram os amores de sua vida,
quando estava com eles sentia-se
protegida de toda dor que sentia dentro
de si.
Pegou cada um dos filhos e brincou
com eles vendo o quanto estavam
crescendo e para sua extrema felicidade
o garotinho balbuciou mamãe e chorou
ao ouvir aquilo seu coração se alegrou
tanto que abraçou seu principezinho
dizendo.
Parado na porta Hamdan ouvia e via
tudo apenas onde estava.
Felícia acaricia os cabelos pretos do
filho e fala.
— Você é tão lindo meu amorzinho se
parece tanto com seu pai só espero que
não seja tão tolo como ele que não
acredita no amor da mamãe e eu o amo
tanto que chega a doer.
Ouvir tal declaração fez com que
Hamdan saísse de lá descendo pela
enorme escadaria.
Precisava assimilar o que acabou de
ouvir Felícia o amava de verdade do
mesmo jeito que ele a ela não podiam
continuar separados em nome deste
amor ele decidiu passar por cima do
passado e atirar seu orgulho de macho
traído no fundo do poço e esquecer para
sempre tudo aquilo afinal eles se amam
e têm filhos .Hamdan divaga a indo até o
estábulo onde pediu para selarem seu
cavalo.
E montou saindo para cavalgar
sentindo o peso do mundo sobre seus
ombros sabendo o que terá que
emprestar por sua decisão é neste
momento não era em sua família que
pensava e sim em si mesmo pelos
conflitos que vão assolar seu coração
contrito pela certeza de que sem ela não
tem vida. É Felícia que o faz sorrir
quando fala ou que o torna o homem
mais satisfeito quando estão na cama a
amava demais para continuar separado
dela mesmo estando morando juntos no
palácio um abismo parece separá-los e
isso tem que acabar, pois nada pode ser
mais forte do que o amor verdadeiro.
Ele cavalgou pelos arredores do
palácio por cerca de meia hora e depois
voltou para os estábulos onde encontrou
o primo Asef e disse.
— Podemos conversar?
— Lógico que sim Alteza — Asef
respondeu o seguindo até um local mais
afastado.
— Estou precisando desabafar, caro
primo — ele comenta tenso.
— Estou vendo que a coisa é séria —
Asef rebate olhando preocupado.
— Muito, Asef decidiu perdoar a
minha mulher e esquecer o que ela fez
para retomar o meu casamento com ela
para valer — ele afirma tenso.
— Não está falando sério Hamdan
essa estrangeira o traiu, afastou o nome
de nossa família no chão ela nem
deveria estar viva — Asef afirma
furioso.
— Chega, não diga mais nada pela
sua reação, já vejo o que viu enfrentar
vindo de dentro de minha própria
família — Hamdan fala irônico, sabendo
o que estava por vir.
Capítulo 18

— Você não pode perdoar ou


esquecer o que essa mulher fez — Asef
fala tenso, sem acreditar no que estava
ouvindo, qual poder essa mulher tem
para dominar o primo daquela maneira
para fazê-lo esquecer de tudo, droga ela
o traiu e fatalmente o fará novamente.
Ele pensou dizendo.
— Hamdan você é o xeque,
reconsidere essa decisão, sabe que, no
fundo, não pode passar por cima do que
viu você mesmo me contou e estava
destruído — Asef fala querendo colocar
um pouco de juízo na cabeça do primo
tem que ver a loucura de tudo aquilo.
— A minha palavra não volta atrás,
aceite não te chamei para conversar para
ouvir críticas, pensei que daria seu
apoio, visto que me enganei — Hamdan
fala apreensivo.
— Somos mais que amigos meu
primo, somos família e eu te amo, não
quero te ver sofrer novamente por causa
dela, procure-me entender não confio
nessa mulher — Asef fala o abraçando.
— Eu a amo e decidi que vamos ficar
juntos sem o peso do passado, tanto que
vou fazer uma surpresa para ela —
Hamdan garante com tranquilidade.
Ele se despede do primo, pega seu
celular e faz uma ligação.
Naquela tarde Felícia estava no
grande salão olhando para os quadros na
parede com retratos dos antepassados
dele, todos os antigos xeques e a último
era o dele que parecia tão inatingível
naquela foto Hamdan é sem dúvida o
homem mais bonito que já conheceu na
vida, alto, forte atlético, cabelos pretos
e os olhos, cor de mel, mais incríveis
que já viu ele aliava beleza com
perfeição. Ela parou com aqueles
pensamentos e ouviu a voz de sua criada
pessoal Alina lhe chamando e foi ver.
— O que houve Alina? Ela indagou
ao chegar do lado de fora, foi aí que viu
o helicóptero e as pétalas de rosas-
vermelhas caindo e viu sem acreditar
ser o marido.
Handan enlouqueceu só pode ser.
Pensou vendo ele se afastar para pousar
a aeronave.
Quando ele se aproximou, os dois só
se olharam, então ele a segurou pela
mão dizendo.
— Vem comigo.
Mesmo confusa o seguiu até o
helicóptero que ele logo colocou no ar.
Mesmo assustada, Felícia o olhou e
disse.
— Não estou entendendo nada.
— Logo irá entender Habibti —
Hamdan informa se afastando do
palácio.
— Mas é sua escolta de segurança?
— ela pergunta olhando para baixo e
vendo a altura que eles estavam sabendo
que ele é um exímio piloto.
— Desta vez seremos apenas eu e
você — Hamdan responde pilotando o
helicóptero sobre a cidade indo em
direção às montanhas
Quando ele encontrou o local, para
pousar, Felícia viu o chalé pequeno e
simples e disse.
— Que lugar é esse? Nunca estive
aqui durante o período em que
estivemos casados.
— Sei que não, nunca trouxe ninguém
até aqui — Hamdan informa a ajudando
a descer do helicóptero e juntos
caminham até a entrada do chalé.
Ao entrar Felícia senti uma sensação
de aconchego com a combinação rústica
do local os móveis eram simples e sem
a ostentação que havia no palácio
parecia mais uma casa real, com sofás
em tom escuro e uma mesinha de
madeira maciça os quadros na parede
eram de paisagens abstratas o tapete em
tom vermelho e havia uma lareira em um
canto as janelas eram amplas e comenta.
— É lindo aqui.
— Sabia que gostaria — Hamdan
respondeu olhando se dando conta do
quanto sua mulher é linda.
— Mas confesso que aí dá não
entendi o que foi aquela chuva de
pétalas de rosas no jardim do palácio —
Felícia acaba dizendo o olhando
curiosa.
— Foi uma surpresa de amor para
você, Felícia — Hamdan admite sem
desviar o olhar dela.
— O quê? — Felícia indaga
— Eu te amo habibti é não quero
continuar como estamos quero
restabelecer o nosso casamento desejo
que ele seja como devia ter sido sempre
se você não tivesse feito o que fez —
Hamdan fala se aproximando.
Felícia pisca cheia de incredulidade
sem ainda acreditar no que acabou de
ouvir ele a quer de verdade apesar de
não acreditar em sua inocência como ele
pode pensar que poderia ter havido
outro homem se o único a quem se
entregou foi-lhe quando se casaram ela
ainda era virgem ele foi seu primeiro
namorado único homem a quem
pertenceu. Ela se revolta e acaba
dizendo.
— Como pode me pedir para
ficarmos juntos de verdade, fazer nosso
casamento dar certo se não acredita em
mim, se pensa que eu seria capaz de lhe
trair com outro homem.
— Felícia olha para mim, vamos
esquecer esse passado, aquilo foi um
erro que estou perdoando por amá-la
como amo estou disposto a esquecer —
Hamdan afirma tocando a face dela com
sua mão.
Felícia a olha e deseja dizer tudo que
lhe ia à alma, todavia se cala machucada
demais pela verdade nua e crua de que
jamais acreditara em suas palavras por
mais que peça e implore nada vai mudar
o que ele vê como verdade.
— Felícia me diz que aceita que quer
o mesmo que eu — Hamdan pediu para
beijar.
Felícia sentiu a força daquela boca
exigente que toma posse da sua eles se
pertenciam e não queria mais continuar
com medo de que ele possa querer uma
segunda esposa então aceita a proposta
dele anunciando ao se afastar.

— Quero sim, recuperar a relação


que tínhamos um com o outro me deixa
te mostrar o quanto o quero.
— Felícia afirma o ajudando a tirar a
túnica branca.
Hamdan não tira os olhos dela,
enquanto ela tira a própria roupa ficando
apenas de lingerie.
Ele se aproxima e a toma em seus
braços e carregando até o quarto.
A coloca sobre a cama e se coloca
entre a dando vazão a toda paixão
acumulada.
Felícia desliza as mãos pelas costas
dele sorrindo sabendo o quanto ele a
queria.
O senti tomando cada pequena parte
do seu ser preenchendo seu corpo com o
dele lhe dando um prazer em limites que
a fazendo gemer alto sabendo que nada
pode ser mais poderoso do que aquelas
sensações vividas por ambos.
Felícia acaricia o peito dele dizendo.
— Handan tudo que você me faz
sentir meu xeque.
Hamdan a beija na testa e fala todo
carinhoso.
— Habibti saiba que sinto o mesmo e
quero enfrentar tudo junto contigo —
ele garante a olhando.
— Queria tanto acreditar em suas
palavras que me faz sentir tanta
segurança, meu amor — Felícia afirma
se levantando e beijando o rosto dele
sentindo sua barba bem feita que o
deixasse ainda mais irresistível.
Louca para recomeçar a fazer amor
ela se deita sobre ele dizendo.
— Quero você umas mil vezes
querido.
— Me deixa fora de mim habibti,
olha o que faz comigo — Hamdan pede
a olhando em seguida a beija dando
início a uma nova busca pela satisfação.
Felícia acordou e se viu sozinha na
cama levantou indo tomar um banho, já
arrumada ela foi até a cozinha e
observou todo compenetrado cozinhando
e não conteve o comentário de surpresa.
— Olha só quem diria o poderoso
Xeque Hamdan Bin Al Nascer
cozinhando.

— Não sei por que o espanto quando


morava em Londres e estudou na Royal
Military Academy da Grã-Bretanha em
Sandhurst tinha que me virar. Ele fala
terminando de preparar os pratos que se
Resumiam em shakshuka e uma
salada bem leve
Felícia sentiu-se à mesa e sorriu ao
olhar para ele amando esse seu novo
lado.
Capítulo 19

Mas depois de um passeio pelos


arredores do chalé, Felícia viu os
seguranças dele vigiando o local e
disse.
— Eles nunca o perdem de vista.
— É o trabalho deles, mas não
precisa se preocupar, eles não vão se
aproximar muito do nosso amado ninho
de amor, sabem que estamos em uma
espécie de lua de mel. Ele afirma
segurando a mão dela.
Juntos eles entraram no interior
daquela construção rústica e
aconchegante.
Ele olha seu celular, em seguida se
senta a puxando para si.
— Sabe que terei que enfrentar uma
verdadeira guerra por decidir lhe dar
outra oportunidade habibiti — ele
informa a olhando.
— A sua família nunca me aceitou e
sei muito bem a barra que tive que
encarar, droga era só uma ensina
ingênua, pobre sem a vivência
necessária para me ver na posição que
você me colocou — ela afirma tensa
mexendo nos enfeites que estavam sobre
a mesinha no centro daquela sala de
estar.
— Sei ter que deixá-la sozinha,
muitas vezes devido á minha posição se
governante recém-colocado no lugar do
meu pai, tinha responsabilidades, o
povo dependia de minhas decisões,
enfrentávamos um momento de
transição, só posso dizer que sinto muito
não ter estado ao seu lado quando
precisava tanto de mim — ele fala se
lamentando reconhecendo pela primeira
vez seus erros com ela.
— Combinamos de não falarmos do
passado — ela coloca os dedos sobre
os lábios dele para silenciá-lo.
Depois o deixa sozinho na sala indo
para cozinha tomar um copo de água.

Sozinho na sala, Hamdan ficou


pensando na expressão triste que viu na
face dela.
Não podia ficar se enganando ela
também sofreu com tudo que aconteceu.
Pegou seu celular e decidiu pedir
para trazerem as crianças para ficar com
eles um final de semana em família sem
aquele exército de babás e empregados
apenas os quatro.
Será uma grande surpresa para ela.
Ele pensou sorrindo ao vê-la voltar para
sala e dizer.
— Dessa vez eu preparo o almoço
para nós.
— Está bem, como isto quer dizer
que terei que lavar a louça — ele
comenta divertido.
— Não exigiria tanto, aposto que
nunca fez isso em sua vida — ela fala
fazendo um coque no cabelo.
— Certamente que não, mas para
tudo na vida sempre tem uma primeira
vez habibti — ele responde animado
como a muito não ficava.

No palácio Jade entra nos aposentos


da tia e fala.
— A senhora me prometeu ir se
livrar dessa estrangeira tia e o que ficou
sabendo pela criadagem que meu primo
fez uma surpresa para ela, uma chuva de
pétalas de rosas, uma declaração de
amor — ela afirma furiosa.
— O que posso fazer se não tiver
competência para conquistá-lo neste ano
que a brasileira estava longe — Jasmine
declara sem paciência para a sobrinha.
— Não me culpe por seu filho ser um
tolo apaixonado por essa Felícia, uma
negra ainda por cima nem é bonita como
eu, e muito menos preparada para ser a
princesa, a odeio e quero que ela suma
de nossas vidas e a senhora terá que me
ajudar se não conto para todo mundo
nesse palácio o que nos fizemos — ela
fala em tom de ameaça.
— Você não seria louca de fazer isto,
sabe muito bem quais seriam as
consequências de um ato desses —
Jasmine fala entendendo que Jade estava
ficando fora de controle e para acalmá-
la disse.
— Não se preocupe, vou fazer com
que esse casamento termine, confie em
mim agora pode ir — ela pede com
severidade.

Durante o almoço Felícia tomava o


seu copo de suco quando Hamdan lhe
perguntou.
— Como foi que encontrou o seu pai?
— É uma longa história e para
resumir bem quando me expulsou daqui
e voltei para a casa dos meus avós na
favela, eles me contaram sobre meu pai
querendo me ajudar, perceberam que eu
não tinha ânimo para nada, ficava o dia
todo, em meu quarto chorando por tudo
que perdi ficava desesperada pensando
ouvir o choro dos nossos filhos pensei
tantas vezes que não fosse suportar e daí
eles me falaram do meu verdadeiro pai
que era um homem rico e influente e que
eu poderia pedir a ajuda dele para
recuperar os meus filhos e foi o que fiz,
porém, quando consultei os advogados
dele, soube que não seria tão fácil assim
e que envolveria uma questão
diplomática e que dificilmente
conseguiria a guarda dos meus filhos em
um tribunal internacional, devido à
importância de sua família e a sua já que
é um xeque — ela fala triste.
— Não foi só você quem sofreu
apesar do que quer fazer parecer — ele
rebate irônico.
Ela ia responder, mas o barulho do
helicóptero sobrevoando o chalé a
silenciou e saiu do lado de fora para ver
quem era.
Hamdan estava ao lado dela quando
viu os filhos.
— Não acredito você mandou trazer
os nossos filhos — ela fala muito feliz
vendo descerem com as crianças e os
seguranças entregaram a cada um deles
uma das crianças.
Felícia segura o garotinho feliz e o vê
fazendo o mesmo com a filha.
Emocionada ela agradeceu dizendo.
— Obrigado por trazer nossos filhos.
— Sabia que iria ficar feliz e quero
muito que fique — ele respondeu,
enquanto entravam na cama com ele
carregando a bolsa com as coisas das
crianças.
— Cada dia eles parecem maiores,
você não acha? — ela pergunta,
colocando o garotinho no tapete.
Ele faz o mesmo com a garotinha e
falou.
— Às crianças eles são lindas, uma
mistura de nós dois, o Samir é uma
miniatura sua, já a Naila é parecida
comigo — Felícia fala sorrindo.

— Sim, nossos filhos a prova viva do


amor que sentimos um pelo outro —
Hamdan afirma sem medo de assumir
seus reais sentimentos, havia passado
tempo demais escondendo o que sentia
dentro de si, chega uma hora que o amor
tem que sair para fora ser visto.
— São sim, acredite estou muito feliz
por trazer eles para ficarem conosco,
acho muito importante que os dois
cresçam com um pai e uma mãe juntos
em uma família de verdade algo que não
tive como sabe fui criada somente pelos
meus avós que são pessoas
maravilhosas a quem devo muito —
Felícia fala com os olhos úmidos,
sentindo naquele instante saudade dos
dois.
Do bolo formigueiro da avó, o chá-
mate que tanto adorava.
— Sei o quanto ama sua família
habibti, decidi que no início da próxima
semana iremos ao Brasil apresentar os
gêmeos a eles — Hamdan afirma a
olhando.

Felícia se levanta e o abraça vendo


os filhos brincando no tapete e fala
emocionada pela atitude dele, algo que
não esperava e diz.
— Sério meu amor, não faz ideia de
quanto isso é importante para mim,
obrigado.
— Não precisa me agradecer, é o
certo a se fazer, seus avós e seu pai tem
todo direito de conhecê-los.
— Hamdan afirma soltando aquele
abraço apertado.
— Sei que sim, contudo nunca
imaginei que fosse permitir, ou querer ir
comigo, é sempre tão ocupado —
Felícia volta a se sentar no tapete e
começa a brincar com as crianças.
— Quero ser o melhor marido do
mundo para você, sei que como Emir
tem uma agenda cheia de compromissos,
entretanto nada é mais importante para
mim do que minha família — ele garante
a olhando.
— Amo você — Felícia fala depois
de muito tempo como se essas palavras
fossem a coisa mais natural do mundo,
como se elas nunca tivessem deixado de
sair de seus lábios.

No palácio Jade estava furiosa com a


suposta lua de mel dos dois no chalé e
decidiu ir fazer uma visita, ou seja,
atrapalhar um pouco a felicidade dos
dois odiava aquela brasileira que ousou
lhe roubar o lugar.
Felícia tirou tudo que era seu por
direito.
Cresceu sendo preparada para um dia
ser a esposa do xeque e ao invés de ver
seus planos de vida se concretizando
teve que testemunhar aquela negra
estrangeira lhe roubar tudo.
Ela é quem devia ser a mulher dele,
mãe de seus filhos e não essa
estrangeira. Pensou pegando o celular e
pedindo para o helicóptero que servia
os tios a levasse até o chalé no alto da
montanha.
Naquele final de tarde Hamdan deu
um beijo nela e falou.
— Sempre que venho aqui costumo
fazer essa trilha, pena não poder vir
comigo.
— Em outra oportunidade eu irei vou
ficar com as crianças prometendo que
vai tomar cuidado — Felícia pediu
sabendo que ele iria fazer escalada.
— Pode deixar habibti esquecer que
tenho treinamento militar — ele comenta
dando um beijo nela.
Felícia o acompanha até a porta e
acena ao ver ele se afastar, olhando vê
os dois seguranças que eram
responsáveis pela sua proteção e das
crianças nunca irá se acostumar com a
presença deles.
Voltou para o interior do chalé e foi
até o quarto e viu que os filhos ainda
dormiam.
Aproveitou para ver um livro que
trouxe consigo do Brasil.
Quando ouviu o barulho de um
helicóptero, olhou através da janela e
viu a aeronave pousando e aquela
mulher descendo se perguntava o que
Jade veio fazer aqui, coisa boa é que
não é. Pensou bem tensa o olhando..
Capítulo 20

Respira fundo e se prepara para


enfrentar aquela cobra, pois tinha
certeza de que coisa boa ela não veio
fazer aqui.
Quando a outra bate na porta mesmo
não querendo abrir, Felícia o faz é diz.
— O que veio fazer aqui?
— Vim fazer uma visita queridinha
ao meu primo pelo visto não está —
Jade afirma com ironia olhando com
raiva.
— Ele foi fazer uma trilha, mas digo
o que você quer aqui, preciso ir ver os
meus filhos — Felícia fala tensa pela
visita indesejada dela.
— Vim lhe dizer que meu primo até
pode estar bancando o marido fiel e
devotado, mas ela não tem um harém de
modelos ao redor do mundo mulheres
com quem se divertir e não vai mudar
esse hábito por você sua infeliz — Jade
fala furiosa.
— Sabia que veio destilar o seu
veneno sobre mim, está perdendo seu
tempo, ele teve sim muitas mulheres em
sua cama no período que passou longe,
mas acabou porque agora ele é só meu
Hamdan me ama ainda que não aceite,
ou acredite é a verdade estamos felizes
e não vou deixar uma mulherzinha
amarga e invejosa como você destruir
minha vida de novo vá embora e não
volte — Felícia exige muito brava.
— Juro que vou acabar com você,
sua estrangeira maldita. Ela afirma
saindo.
Quando ouviu o barulho da aeronave
se afastando sentou-se no sofá e ficou
pensando no que aquela víbora falou.

No alto da montanha Hamdan olhava


para baixo, sabendo que a muito tempo
não se sentia assim feliz, amando sendo
amado, o que mais poderia querer, mas
lógico que lá em seu íntimo o que ela fez
ainda lhe machucava mesmo tendo
jurado esquecer no fundo as vezes ainda
se via lembrando daquilo.
— Alteza está tudo bem? — Hussen
seu segurança perguntou.
— Está sim, só estava admirando
toda essa imensidão de terra, vendo o
quanto nosso país é maravilhoso. Ele
afirma sorrindo.
— Sim soube da descoberta dessa
nova área de petróleo, isto vai encher os
cofres do país — Hussein falou.
— Sim e pude provar ao meu pai que
todo investimento na ciência e
tecnologia se faz cada vez mais
necessário. Ele comenta enquanto
chegava o equipamento de segurança e
iniciaram a descida.

Felícia o recebeu com um beijo e


decidiu omitir a visita da prima dele e
pergunta animada.
— Como foi a escalada e a trilha?
—Tudo bem, mas será que pode me
dizer o que a minha prima veio fazer
aqui? Ele quer saber a olhando.
— Os seguranças te falaram, não foi
bem, ela veio destilar seu veneno sobre
nossa felicidade, me disse que você
ainda mantém o seu harém de modelos
que não é fiel, esse tipo de coisa baixa
— ela decide contar toda a verdade não
iria cometer os meus erros do passado e
ocultar dele as coisas que aconteciam
ainda mais o péssimo tratamento que
recebia por parte da família real de
Albaren..
Furioso, ele passou as mãos pelos
cabelos e falou.

— Jade enlouqueceu, ela não pode


vir aqui contar essas mentiras, falarei
com ela quando voltarmos ao palácio —
ele afirma.

— Sua prima não se conformou por


você não ter honrado o compromisso de
se casar com ela, quando fossem
adultos, e me odeia — Felícia garante
um tanto tensa.
Sabia que a presença daquela mulher
ali serviu para tirar o ar de paz e
tranquilidade em que estavam naquele
chalé.
— Esses eram os planos de nossas
famílias, mas nunca foram os meus e
depois que te conheci, eu não poderia
me casar com outra porque já havia
perdido meu coração para a brasileira
mais linda que já tinha visto em minha
vida — ele fala a tocando na face.
Felícia o abraça, sabendo o quando
aquele encontro muito suas vidas.

Na volta para o palácio ela sabia que


estava deixando para trás dias de
tranquilidade para encarar as
turbulências da poderosa família Bin Al
Nascer .
Para todos ela é uma mulher adúltera,
apenas aquelas duas sabem a verdade,
por mais que esteja feliz não pode
esquecer que a única forma de acabar
com aquela injustiça é provar sua
inocência e conseguir algo que
demonstre sua inocência a todos. Ela
pensou entregando os filhos aos
cuidados das babás.
Hamdan foi direto para o seu
gabinete tratar de assuntos do país e iria
aproveitar ligar para o pai e para os
avós e contar as novidades sobre a ida
deles para o Brasil.
Falou por quase meia hora com o pai
e depois ligou para os avós.
Quando terminou ouviu uma batida na
porta e disse.
— Entre!
—Desculpe por incomodar, mas vim
lhe trazer suas roupas, como foi à
viagem? Ela quis saber pendurando os
vestidos no closet.

— Maravilhosa Hamdan é um marido


incrível — ela fala toda feliz.
— Ele mandou chamar a princesa
Jade e não estava com uma expressão
muito boa aposto que ela aprontou
alguma, essa mulher não toma jeito
mesmo — Alina comenta terminando de
ajeitar o closet de Felícia.
— Alina! — Felícia fala não achando
certo ela fazer aquele comentário.
— Sei que não deveria dizer essas
coisas, mas é mais forte do que eu, essa
mulher é terrível, consegue ser pior que
a senhora Jasmine escapei de ser a
criada pessoal dela, as meninas dizem
que ela é muito exigente.
—Vamos esquecer ela, tenho um
convite a lhe fazer, quero que vá para o
Brasil conosco na semana que vem —
Ela fala.
— Séria, Alteza, vai amar ir para o
seu país, sabe que nunca deixei o
Albaren e muito menos essa cidade —
Alina fala animada embora saiba que
precisará da autorização da família.
— Não se preocupe com nada,
pedirei a o xeque que consiga a
permissão junto a sua família, agora vou
ver os meus pequenos, pois se fico
cinco minutos longe deles e meu coração
já dói de saudade — Felícia afirma
deixando seus aposentos.
— Sei que ter filhos muda muita
coisa para uma mulher e um dia terá os
meus — Alina fala deixando o corredor.
Felícia entra no quarto das crianças e
pede para ficar sozinha com eles,
amavam demais esses momentos, sofreu
tanto longe deles e isto tornava se
afastar deles ainda que fosse por alguns
segundos, muito difícil.
Sorrindo ela pegou a filha e começou
a falar.
— Seu papai está sendo maravilhoso
por isto que a mamãe o ama tanto e
também ama vocês dois — ela fala
olhando para o garotinho que estava de
pé no berço.

No gabinete Hamdan indicou uma


cadeira para Jade se sentar e disse.
— O que você pretendia indo até o
chalé contar mentiras para a minha
esposa.
— Hamdan aquela mulher foi lhe
contar mentiras, não posso acreditar que
ficará ao lado dela — Jade fala se
levantando nervosa .
— Não são mentiras, te conheço o
suficiente para saber que é capaz de
fazer — ele a acusa sem a menor
paciência.
— Não eram mentiras, você tem
mesmo várias mulheres ao redor do
mundo, amantes que mima com presentes
— Jade fala sem medo.
— Isso foi antes de voltar para minha
mulher, eu a amo e não preciso de outras
— ele declara bravo .
— É mais tolo do que eu pensava,
como pode morrer por essa mulher, ela
te traiu e foi para cama com outro
homem, algo que não pode negar —
Jade afirma furiosa.
— É melhor parar por aqui, te proíbo
de repetir essa história ouvi bem — ele
pediu em tom de ameaça.
— Eu sou quem era para ser sua
esposa estar do seu lado, fui preparada
para assumir essa posição a minha vida
inteira, no entanto você aparece com
essa estrangeira, tudo bem entendo ela
teve ter enredado você na cama, mas
mesmo assim aceito ser sua segunda
esposa Hamdan.
Ele a olha e fala e responde.
Capítulo 21

— Não posso crer que está me


dizendo isso Jade, pois lhe respondo
que nunca me casaria com você, ou com
outra mulher porque já tenho a única que
quero e importa para mim.
— Hamdan, estou me dando a você,
sério era o esperado por todos os nosso
casamento — ela afirma olhando.
— Ficou louca, nunca me casarei
com você e trate de ficar longe da minha
esposa e dos meus filhos, caso contrário
terei que proibir sua presença neste
palácio, agora vá saia — ele ordena
furioso.
Compreendendo bem tudo pelo que a
esposa deve ter passado nas mãos dela,
de toda sua família, enquanto que ele
estava ocupado demais ascendendo a
cadeira do pai, começando seu reinado.
Mas não tinha como não ser assim, o
pai era um homem de cabeça fechada
para as modernidades do mundo e coube
a ele abrir os horizontes, acabar com
certas leis que só atrasaram o
crescimento do país, como um tolo
ocupado não percebeu o quanto sua
esposa precisava dele, ela era jovem
demais despreparada para sua nova vida
e para a posição que ocupava.
Parou de lamentar pelos erros do
passado e tratou de deixar o gabinete,
querendo dar um beijo nela, sabia
exatamente onde iria encontrá-la.
No quarto dos filhos e a viu
brincando com as crianças e sorriu,
sabendo que nunca devia tê-la separado
dos filhos por mais difícil que fosse
suportar a presença dela no palácio,
após aquela traição, jamais deveria tê-
la mandando ir embora.
Felícia o vê e sorri dizendo.

— Querido nem tinha te visto aí.


— Vim lhe dar um beijo e pelo que
vejo está se divertindo com esses dois
— ele comentou sentando-se no tapete e
começa a brincar com o filho, o pequeno
é muito inteligente e genioso, também
era certo que herdou seu temperamento
já a filha era um docinho, calminha,
linda como a mãe, formavam uma
família linda. Pensou ouvindo perguntas.
— Como foi a conversa com sua
prima?
— Pior do que eu poderia imaginar,
acredita que ela teve a capacidade de se
oferecer para ser minha segunda esposa
— ele conta entregando um dos
brinquedos do filho.
— Ela é louca por você, sempre foi
— Felícia afirma segurando a filha.
— Nunca senti nada por ela, apenas
sentimento de primos sabe que em minha
família a esse costume absurdo de que o
herdeiro do trono tem que se casar com
uma prima, mas pretendo mudar isso,
pois no futuro desejo que meu filho
possa escolher com quem vai querer se
casar — ele afirma a olhando.
— Ninguém deveria ser forçado a
aceitar um casamento arranjado, ainda
mais nos dias de hoje — ela fala segura.
— Esses são costumes que nunca
poderei mudar habibti.
— Mas já está fazendo muito, sei que
vai permitir que as mulheres pudessem
estudar e dirigir, o que para mim já é um
começo de mudança, te amo muito. Ela
se declara beijando nos lábios
rapidamente por causa das crianças.
Na semana seguinte, eles foram para
o Brasil onde ela pode apresentar ao pai
o marido e seus filhos gêmeos.
Os dois pareceram se entender muito
bem e os avós amavam os bisnetos.
Os dias em solo brasileiro foram bem
intensos com os dois fazendo vários
passeios, se divertindo para valer feito
dos adolescentes apaixonados e certos
de seus sentimentos.
Naquela noite de verão, Felícia se
arrumava para um jantar beneficente
patrocinado pela empresa do pai,
quando ele entrou e a beijou na nuca
dizendo.
— Hum ! Está cheirosa e muito linda,
assim todos os homens dessa festa
olharam você — ele afirma a puxando
para seus braços a beijando.
— Mas será o único a me ter em seus
braços, meu amor — ela afirma feliz.
— Mal posso esperar — Ele
responde deixando o quarto.
Sozinha, Felícia caminha até o
banheiro e se olha no enorme espelho
que se vê usando um vestido ocidental
de uma manga só o conjunto de brincos
de esmeraldas que deve valer uma
pequena fortuna, tudo presentes do seu
amado xeque.
Tudo estava tão perfeito em sua vida,
no entanto ela sentia em seu íntimo que
faltava alguma coisa e sabia exatamente
o que era .
Precisava encontrar provas de sua
inocência, descobrir quem era aquele
homem que foi encontrado em sua cama
e o que aconteceu com eles, o simples
pensamento de que Hamdan pode tê-lo
matado já servia para deixar seu
coração angustiado e aflito.
Muitas vezes quis lhe perguntar, mas
faltou-lhe coragem para fazê-lo, ele
poderia interpretar mal a sua pergunta e
não queria brigar nesse momento onde
estão na mais absoluta felicidade se
amando vivendo aquele amor.
Ela retocou o batom e desceu.
Quando chegou ao final da escadaria
o pai a recebeu dizendo.
— Filha, posso dizer que é uma
verdadeira princesa.
— Obrigado papai — ela respondeu
sorrindo olhando para o marido que
estava usando uma túnica branca com
dourado que era usada somente em
ocasiões especiais.
Ela lhe deu o braço e juntos deixaram
a mansão, entrando no carro todo preto
que seria escoltado por dois carros de
apoio com os seguranças dele.
No interior do carro ela encostou a
cabeça no ombro dele amando sentir o
suave rosnar de sua barba bem feita
sobre sua face, o perfume másculo que
nunca esqueceu, seu xeque é um
Monumento a sua perdição, ficou louca
para mordiscar a orelha dele, sabendo
que seria impróprio já que não estavam
sozinhos no carro, no banco da frente
estava o chefe de sua segurança e o
motorista que conduzia o automóvel
pelos movimentadas avenidas da cidade
em direção ao hípica onde ocorreria o
jantar.
— Papai me falou sobre a generosa
contribuição que você doou à fundação
— ela contenta durante o percurso.
— Não foi nada, como sabe costumo
ajudar a várias instituições ao redor do
mundo como sou muito rico sei que
posso contribuir de alguma forma para
melhor a vida de algumas pessoas, ainda
que meu gesto não tenha o poder de
mudar o mundo — ele comenta vendo o
carro parar .
Quando o motorista abre a porta eles
descem e são cercados pelos jornalistas
que são ávidos por uma imagem dos
dois.
Os seguranças dele afastam todos
para que possa entrar no salão atraindo
todos os olhares, o de o evento de
desenrolava.
— Pensei que não fossemos
conseguir entrar — ela afirma
respirando fundo, aceitando uma taça de
champanhe que lhe era estendida por um
dos garçons.
O pai se aproximou para recebê-los
estava ao lado da nova namorada que
era sua secretária a vários anos, gostava
de Miranda ela era perfeita para ele
.Pensou enquanto ao lado do marido
seguia até a mesa que havia sido
destinada aos dois .
Hamdan olha em volta e comenta.
— Nossa tem muitos convidados.
— Meu pai é um homem muito
importante neste país, tem relações em
vários meios — ela responde olhando
sua taça.
E ao olhar para o salão viu aquela
mulher e sentiu que não podia ser, mas
era a amante russa dele, a tal Anastácia.
Engoliu a champanhe, muito tensa,
vendo que ele também havia percebido a
presença da mulher em meio aos
convidados e não podia negar que ela
era muito linda com os cabelos
vermelhos, alta, magra.
Compreendendo a situação ele acaba
dizendo.

— Não fazia ideia que essa mulher


estaria aqui.
— A sua ex você quer dizer —
Felícia afirma cheia de ciúmes.
—Não chega a ser ex, uma fez que
não tive nada sério com ela — ele
garante preocupado esperando que
Anastácia não se cause nenhum
problema para eles.
— Está bem, vamos mudar de assunto
— ela fala decidida a não deixar que a
presença daquela outra estragasse sua
noite.
Eles circularam em meio aos
convidados conversando até que ela
pediu licença a ele para ir ao toalete.
Quando saiu do banheiro viu aquela
mulher retocando o batom e tratou de ir
lavar as suas mãos.
— Finalmente conheço a mulher que
conseguiu aprisionar o coração do meu
xeque — ela fala com cinismo.

— Primeiro que ele não é seu xeque


e depois nos amamos e não vai ser uma
mulher do seu tipo que vai mudar isso
— ela afirma brava pela petulância da
outra em falar de Hamdan como se ainda
fosse amantes quem ela pensa que é.
— Uma mulher do meu tipo que dava
muito prazer ao seu marido na cama e
também fora dela.
Diante da declaração da outra,
Felícia deu-lhe um tapa na face.
— Como ousa, como se atreve, o que
houve entre você e meu marido foi em
um período onde estávamos separados,
mas acabou, assim que voltei para ele,
portanto se tem alguma ilusão quanto a
ele esqueça — Felícia garantiu deixando
o banheiro de cabeça erguida e aliviada
por ter descoberto tudo sua raiva
naquela oferecida.
Meu xeque só atrai esse tipo de
mulher, é aquela prima e essa modelo é
sei lá quantas outras. Pensou furiosa
voltando para mesa e foi dizendo.
— Vamos embora, para mim a festa
acabou.
Preocupado Hamdan a olha e fala.
— O que foi, aconteceu alguma
coisa?
— Na casa do meu pai conversamos
— ela afirma se levantando, não
deixando outra saída para ele que não
fosse acompanhá-la.
Ainda no estacionamento ele se
pergunta o que pode ter havido para
deixar ela neste estado.
Capítulo 22

Hamdan não falou nada durante o


percurso, mas percebeu a inquietação
dela, sabia que algo havia ocorrido
naquela festa, antes dela ir ao banheiro
estava tudo bem, só que quando ela
voltou estava diferente, parecia irritada.
Sabia que a presença de uma de suas
ex - amantes não deveria ter sido fácil
para ela aceitar, contudo ele não era
culpado da presença da mulher,
Anastácia é conhecida famosa por
receber esse tipo de convite .
Ele viu o carro parar em frente da
entrada da mansão e desceu sem nem
mesmo esperar que um dos seguranças
abrisse a porta.
Felícia fez o mesmo, quando ambos
estavam na sala ele a questionou sobre
sua atitude dizendo.
— Será que finalmente pode me falar
o que está acontecendo Felícia.
— Como se você não soubesse
lógico que estou fora de mim por causa
daquela mulher acredita que ela teve a
audácia de ir atrás de mim no banheiro e
me esperou sair para me afastar dizendo
que você era dela — Felícia fala traindo
do ciúmes que estava sentindo naquele
momento.
— Já te falei que não existe mais
nada entre mim e ela a esqueça habibti
— ele pediu e tentou abraçá-la.
Mas Felícia se esquiva dizendo.
— Dei na cara dela e sério, isto não
me torna melhor do que ela por cai
nessa provocação e tudo por sua causa
,odeio pensar no que você fez quando
estávamos separados Hamdan — ela
afirma triste.
— Nada que você não tenha feito
durante o nosso casamento, você me
traiu e eu te perdoei prova é que
estamos aqui juntos — ele acaba
revelando bravo pelo julgamento dela o
que esperava que ele fizesse que se
torna-se um celibatário.
— Está vendo sabia que ia chegar
esse momento, em que você ia jogar na
minha cara o que você acha que fiz —
ela rebate triste.
— Mas é que agi como se eu tivesse
te traído quando sabe muito bem que
estávamos separados naquele período
estava furioso odiando você, ou pelo
menos pensando odiar será que
consegue entender isto compreender o
que passei, o que fiz por você — ele
rebate tenso .
— O que você fez, matou aquele
homem? — Me fala o quefez com ele
Hamdan .Ela perguntou desesperada
chorando .
Fora de si Hamdan a segura pelo
braço com força e fala.
— Ainda tem coragem de perguntar
sobre seu amante é nessas horas em que
me arrependo de não ter feito o que era
preciso — ele murmura furioso.
— Não é o que você está pensando,
precisa entender como me sinto que
alguém tenha sido. Ele a silenciou
dizendo.
— Para Felícia paciência tem limite,
mas tudo bem se é tão importante para
você saber que eu não o matei, ele
apenas foi expulso do país e duvido que
tenha conseguido outro emprego de
segurança — ele afirma bravo .
— Segurança, então ele era um
segurança — ela repete como se não
acreditasse no que estava ouvindo.
— Como se não soubesse, acha
mesmo que se ele não fosse estrangeiro
se arriscaria por você, lógico que não e
sabe disto — ele garante a olhando com
indiferença.
— É tarde, não quero brincar com
você, peço apenas que pense um pouco,
como nunca fez em sua vida e me diga se
me acha mesmo capaz de ir para um
hotel encontrar-me com outro — Ela
pediu aflita, exausta de tentar fazer com
que ele veja a verdade.
Não é justo ter um jeito de mostrar
para ele a verdade. Ela pensava
fechando os olhos e sentindo as lágrimas
caindo ainda ouviu o barulho dele
deixando a sala e soube que ele estava
saindo.
Acalmou-se e foi até o quarto dar
uma olhada nos filhos que dormiam
tranquilamente sem nem imaginar a
tempestade que ela estava enfrentando,
odiava brigar com ele, mas Hamdan é
um verdadeiro cabeça dura .
E a deixava fora de si por não ouvi-
la e acreditar naquela armação canalha
da qual foi vítima.
Quando chegou em seu quarto tirou
os sapatos e ouviu uma batida na porta e
falou .
— Entre!
— A senhora está precisando de
ajuda Alteza? Alina quis saber
prestativa.
— Não se preocupe me viro sozinha
aqui, não estamos no palácio — Felícia
afirma tirando o par de brincos .
— Ainda assim, é minha função
cuidar do seu bem estar, estou aqui para
servi-la — Alina fala.
— Alina tem muita sorte de ter
alguém como você do meu lado antes de
ser minha criada pessoal, é uma amiga
de quem gosto muito. Felícia afirma
carinhosa.
— E agradeço Alteza boa noite —
Alina fala deixando o quarto dela.

Ela vai para o seu e atende o celular


dizendo.
— Não deveria ligar para mim, é
perigoso a princesa poder desconfiar —
Alina fala.
— Anda quero saber tudo que está
acontecendo aí — Jade fala com
arrogância.
— Não me sinto bem em fazer isto, a
princesa não merece, é um amor de
pessoa, confia em mim e eu a traí no
passado e continuo fazendo isso não
presta — ela afirma.
— Que se dane sua crise de
consciência, aceitou o dinheiro, as joias
para ajudar eu e minha tia a nos
livramos dela e o fará de novo, tenho um
novo plano o qual logo saberá agora me
fala o que está acontecendo aí? — Jade
pergunta curioso.
— Essa noite eles foram a uma festa
ao que parece aquela mulher a tal russa
estava lá e os dois brigaram feio, o
xeque também falou do segurança o
aquele que a senhorita sabe muito bem
— Alina fala.
—Sua infeliz vê se fica de bico
calado, ninguém pode saber que fui eu e
minha tia que o contratamos ,continua de
olho nesses dois e qualquer coisa me
liga — ela falou encerrando a ligação.

Sozinha em seu quarto, Felícia se


olhou no espelho e viu sua maquiagem
toda borrada, também chorou tanto
depois de mais aquele desentendimento
e não gostava de ficar brigada com ele
e nem queria pensou pegando um
chumaço de algodão e colocou o
demaquilante e foi tirando a
maquiagem.
Depois que tirou o vestido colocou
sua camisola e se deitou aflita, já que
ele ainda não havia voltado.
— Para onde vamos alteza? É que
estamos rodando a cerca de quarenta
minutos pelas ruas da cidade — Hussein
perguntou.
— Só quero pensar um pouco, mas
vamos voltar, não dá para fugir da
realidade, não é mesmo — ele afirma
triste estava tomado por dúvidas e
ciúmes como ela pode perguntar daquele
homem viu preocupação no olhar dela
tal ainda sentisse atração por ele
.Pensou vendo o carro seguindo de volta
para a casa do pai dela.
Quando chegou, foi direto para o
quarto e a viu deitada sobre a cama.
Acendeu a luz e começou a tirar sua
túnica.
— Onde você estava? Fiquei tão
aflita Hamdan — ela fala olhando.
— Precisava ficar longe de você,
pensar sobre tudo que aconteceu e
entender o porquê de se preocupar tanto
com esse homem — ele afirma tenso.
— Não quero falar sobre esse
assunto, será que não vê que isto não vai
nos levar a lugar nenhum — ela afirma
aflita.
— E não vai mesmo — ele rebate
indo para o banheiro.
Quando ele volta e se deita, Felícia o
abraça e não fala nada.
Hamdan sentiu uma necessidade
quase física de tocá-la de puxá-la para
os seus braços e amá-la.
A raiva nunca era uma boa
conselheira e sabendo disso ele acaba
dizendo.
— Desculpe-me, fui um tolo
ciumento.
Felícia se afasta dele e o olha
dizendo.

— Não estou acreditando que o


poderoso xeque Hamdan Bin Al
Nascer está pedindo desculpas, sério
precisava gravar isso — ela fala.
— Habitbti , vamos esquecer o que
houve hoje, eu te amo — ele se declara
a beijando.
Felicia corresponde aquele beijo,
deitando sobre ele dando início a uma
troca de carícias mútuas onde a única
regra é satisfazer um ao outro.
.
Felícia fecha os olhos sabendo que
nada pode ser tão perfeito e fala
carinhosa.
— Dói tanto quando nós brigamos
desse jeito.
— Eu sei — ele respondeu
acariciando os cabelos dela.
— Precisamos confiar um no outro
— Ela afirma olhando.
— Juro que nunca mais vou tocar no
assunto daquele homem, vai esquecer —
ele garante.
Felicia sabia que mesmo que ele
quisesse não poderia, já que para ele ela
o traiu esteve com outro se ele soubesse
da verdade é justamente por isto que
precisa de provas. Pensou sabendo que
faria de tudo para consegui-las, essa era
a única forma de limpar seu nome e
provar para todos que foi vítima de uma
armação sórdida.
No dia seguinte eles desceram para
tomar o café da manhã e o pai mostrou
as fotos nos jornais sobre os dois na
festa alegre por ter conseguido várias
doações para a fundação.
— Fico feliz papai — ela fala
pegando um mamão papaia o colocando
em seu prato .
— Dará para abrir outra escola de
cursos profissionalizantes — o pai dela
fala tomando seu café.
— Felícia, teremos uma festa na
embaixada do Albaren nesta noite —
Hamdan informa tomando seu café preto
puro.
— Claro você já tinha me falado —
ela fala e volta a comer.
Sabia que como esposa dele cabia a
ela acompanhá-lo a eventos como esse,
no passado ficava assustada em ter que
ir e ser avaliada como esposa do xeque,
só que agora ela cresceu e sabia muito
bem como encarar tudo aquilo .
Naquela noite a festa foi bem
animada Felícia adorou tudo e sorriu ao
ver a admiração nos olhos dele por ver
sua atitude diante de todos.
— Sabia que seria a rainha perfeita a
mulher ideal para estar ao meu lado —
ele afirma a olhando, evitando tocá-la
em público, o que era uma regra que ele
quase nunca quebrava algo cultural para
ele.
— É que agora tem do seu lado uma
mulher forte, determinada e não uma
menina ingênua e assustada como fui ao
passado.
— Nós dois amadurecemos neste ano
longe, eu sei — ele fala olhando.
— Em todos os sentidos, mas será
que agora podemos ir, estou muito
ansiosa para ficar sozinha para ficarmos
a sós — ela garante baixinho no ouvido
dele.
Hamdan sorri entendendo muito o
recado.
Despediram-se no embaixador e
foram embora.
Chegando à mansão eles subiram
rindo felizes.
Escondida, Alina via tudo sabendo
que teria que dar as informações a
senhorita Jade.
No quarto, Felícia o olha e fala.
—Você é tão perfeito.
— Ah...sou, mas me mostre o quanto
— ele pede puxando para os seus braços
e deitando sobre a cama onde ele sabe o
que fazer para dar a ela tudo que ela
espera dele .
— Habibti te amo tanto — ele
confessa a beijando.
— Sabe que sinto o mesmo que nunca
deixei de sentir essa avalanche de
sentimentos por você, mesmo quando me
expulsou o amor continua aqui dentro de
mim.
— Sei exatamente do que está
falando ,pois também me sinto dessa
maneira, sei que nunca saiu de dentro de
mim de meus pensamentos, sofremos
tanto um longe do outro por isto que
garanto que nunca mais vamos ficar
longe um do outro — ele fala a beijando
.
— Vou descer para pegar um copo de
água. Ela comenta se vestindo.
— Está bem, sei que jamais
acordaria um funcionário para lhe servir
a essa hora— ele fala olhando.
— Está vendo me conhece muito
bem, já voltou — ela fala vestindo o
robe preto sobre a camisola.

Quando estava na cozinha pegando a


água o seu pai chegou e disse.
— Pelo visto não sou só eu quem está
acordado nesta casa.
— O que foi pai ? — ela pergunta
tomando sua água.
— É que vou sentir falta de vocês —
ele afirma.
— Eu também papai, mas agora
minha vida é ao lado do meu marido no
país dele — Ela garante.
Hamdan para na porta e ouvi os dois
conversando.
— Filha, como ficou essa história da
armação da qual você foi vítima?
— Ainda não encontrei provas e isso
que me aflige queria tanto mostrar para
todos que eu nunca traí o meu marido
queria tanto que ele acreditasse em mim
que soubesse a verdade que nunca olhei
para outro nem poderia o amando como
eu o amava ,mas o que posso fazer se
ele não acredita em mim nunca que vai
aceitar que a mãe e a prima é que
tramaram contra mim só que tem coisas
que não se encaixam nessa história toda
como por exemplo o sumiço do bilhete
que recebi e tinha a letra dele pedindo
para ir encontrá-lo no hotel apaixonada
fui feito uma boba sem checar nada
chegando tinha uma jarra do meu suco o
meu preferido acreditando que havia
sido um pedido dele para mim acabei
bebendo hoje tenho certeza do quanto fui
ingênua .
Estava tão apaixonada e sabia dos
sentimentos dele por mim ,acho que por
isso a falta de confiança dele doeu tanto
.
Se ele a tivesse ouvido tudo teria
sido bem diferente e provavelmente os
dois nunca teriam se separado daquela
maneira .
Senti tanta confiança no pai que
acaba abrindo seu coração para ele
contando tudo ,mesmo as coisas ruins
das quais nem gostava de lembrar e
também de seu amor por ele .
— Filha é tão reconfortante para
mim saber que confia neste pai para se
abrir .Ele fala a abraçando .
— Entrou em minha vida em um
momento onde estava precisando tanto
de ajuda — ela fala com os olhos
marejados .
— Se eu soubesse de sua existência
a teria criado nesta casa — ele afirma
serio .
— Pai eu sei que minha mãe nunca
falou sobre meu nascimento ,meus avós
me falaram ,juro que não o culpo de
nada ,eu te amo —ela afirma carinhosa .
— Se tivesse desconfiado e
percebido que haviam armada contra
mim ,mas naquela época era tão frágil
ingênua ,não tinha malicia para perceber
o que estava por vir — ela fala triste
pensando nele em seus filhos .
Aquelas duas lhe roubaram um ano
de sua vida ,tempo que amargou toda
dor e desespero por se ver longe de seus
pequenos.
— Fui uma idiota em não ver que
tudo era um plano.
Que colocaram alguma coisa para me
fazer dormir e armarem toda aquela cena
eu na cama com aquele estranho se eu
pudesse encontrar esse homem poderia
provar o que a mãe dele e a prima
fizeram contra mim — ela fala
chorando.
O pai a abraça.
Hamdan volta para o quarto e ao
fechar a porta se pergunta se o que ela
falou de verdade é se tudo não passou
de uma sórdida armação para separá-
los.
Tenso por imaginar que pessoas de
sua família estão envolvidas.
Aquilo era tão impensado, doloroso
demais, uma vez que tantas pessoas
sofreram por causa de tudo aquilo.

Capítulo 23
Muito nervoso tentou aparentar calma
não queria deixa-la perceber o que
ouviu, está decidido a iniciar uma
investigação, ele próprio para buscar a
verdade.
Precisava fazer isso por si mesmo,
por ela e pelos filhos. Pensou a vendo
voltar para o quarto e disse .
— Demorou.
— Sim ,estava conversando com o
meu pai sabe que por ele nós dois
continuaríamos aqui com ele e meus
avós, viu como eles ficaram triste
quando nos despedimos deles — ela
comenta já mais calma a conversa com o
pai serviu para tranquilizá-la e lhe dar
ânimo para seguir acreditando que a
verdade vai aparecer .
— Não fique triste querida iremos,
mas prometo que voltaremos para visitar
a sua família — ele garante a abraçando.
Felícia fica nos braços dele e fala.
— Eles amaram você e as crianças, o
xeque conquistou o carinho de minha
família.
— Que bom, pois também os
considero minha família — ele afirma
olhando.

No dia seguinte eles embarcaram no


avião particular dele para voltarem para
o Albaren .
A viagem foi longa e tranquila
durante o voo, Felicia pensava em uma
forma de descobrir a verdade e acabar
de uma vez com aquela injustiça.
Hamdan estava checando alguns
relatórios, mas viu seus pensamentos
voltando para o passado exatamente o
dia em que tudo ocorreu tentava
recordar cada passo dado por ele desde
que desembarcou no aeroporto e voltou
para o palácio sendo informado que ela
havia saído pela criada pessoal Alina,
nervoso ligou para o segurança que
cuidava da proteção dela que lhe
informou sobre o hotel e a suíte.
Foi para lá na mesma hora
imaginando tantas coisas, mas nunca o
que iria ver.
Ao abrir aquela porta e vê-la nua nos
braços de outro homem acreditou que
fosse enlouquecer.
Sua vontade foi de matá-la, mas a
amava demais para conseguir fazê-lo
como também não teve coragem de
condená-la a pena que era devida nesses
casos de adultério em seu país quando a
expulsou a estava salvando de um
castigo muito pior e se deu conta de que
o fez por amor .
É por isso que se o que ela disse para
o pai foi verdade ele cometeu um erro
em não ouvi-la ficou tão desnorteado
por pensar que sua própria família pode
ter lhe feito tão mal porque perder
Felícia foi doloroso demais algo do qual
nunca se recuperou e bastou ela voltar e
vê-la para compreender que o amor
continuava lá como sempre.
Felicia sentada em uma poltrona a
frente da dele o olhou percebendo que
ele estava preocupado o conhecia
suficiente para ver pela expressão de
seu rosto que havia alguma coisa errada
com ele .
Mas se ocupou em brincar com os
filhos, era uma felizarda por ter filhos
lindos, um marido maravilhoso a quem
amava muito.

No palácio
Jasmine andava nervosa e sabia que
o fato do filho ter retomado o casamento
com essa mulher significava que estava
ameaçada pois se Hamdan descobrir o
que ela fez justiça com Jade não vai
perdoar conhecia o filho para saber
muito bem o que ele fará e isso não pode
ocorrer. Pensou caminhando pelos seus
aposentos.
Quando o marido entrou e disse.
— Jasmine o que aprontou dessa vez
para estar tão preocupada? Omam
pergunta a olhando.
— Nada apenas não me conformo
com o fato do nosso filho ter perdoado
essa estrangeira que nunca será um de
nós — Ela afirma estar tensa.

— Espero que você não tenha nada a


ver com o que aconteceu no passado,
não gosto nem de pensar o que Hamdan
faria se estivesse envolvida, sempre
achei muito estranha essa história de
nossa nora com outro homem na suíte
daquele hotel ela nunca deixava o
palácio e quando o fazia estava sempre
cercada por seguranças e acompanhada
de sua criada pessoal — Omam fala a
olhando.
— O que foi por acaso vai virar
advogado de defesa dessa mulher, ter
deixado o comando do país e do
exército nas mãos do nosso filho o
tornou fraco ,nunca teve coração mole e
não vai ser agora que vai querer dar uma
de generoso sei que já fez muita coisa
condenável nesta vida querido —
Jasmine fala com ironia .
— Coisas que foram necessárias e
não me julgue fiz por nosso povo e
principalmente por nossa família —
Omam fala furioso.
— Se fez algo e melhor me dizer logo
para que possa pensar em uma solução
— ele pediu tenso.
—Que ideia, lógico que não diz nada
— ela responde brava.
— Melhor assim, já podemos ir para
o palácio do Sul — ele afirma deixando
o quarto dela.
Sozinha Jasmine respirou aliviada
pelo menos não está presente para
recepcionar o filho com a estrangeira a
que odiava e ainda ficaria longe das
ameaças de Jade.

Dois dias depois Felicia segurava a


filha em seus braços no interior do
automóvel enquanto Hamdan segurava o
filho.
As ruas estavam cheias de pessoas
com bandeiras do país e durante o
percurso ela pôde ver o quanto o marido
é querido por todos.
Hamdan é um Emir justo que está
melhorando a vida de todos e senti
muito orgulho dele pelo homem que ele
é. Pensou olhando.
Ele conversava com seu pequeno em
árabe como se o pequeno pudesse
entender.

A chegada ao palácio a fez ficar


muito tensa já que sabia que teria que
conviver novamente com a família dele,
que nunca fizeram questão de esconder o
desagrado por sua escolha .
Mas se tornou outra mulher não é
mais a menina assustada que corria para
chorar no quarto é forte determinada
cheia de coragem para encarar o que
quer que seja jurou a si mesma que
nunca mais iria ser fraca.
Descendo do carro, caminhou para o
interior do palácio segurando o filho
sendo seguida pelo marido que
carregava o filho Samir .
No grande salão entregou os filhos
aos cuidados das funcionárias e
perguntando quando ficaram só os dois
na sala luxuosa .
— Durante o voo percebi que parecia
preocupado ,não quer falar sobre isto ?
— Assuntos dos negócios com
petróleo não se preocupa, vou trabalhar
um pouco — ele fala dando-lhe um beijo
rápido nos lábios.
Felicia o viu deixar o local certo de
que estava acontecendo alguma coisa.
Trancado no gabinete ele deixou seus
assuntos de trabalho de lado, sua cabeça
doía dava volta com as coisas, ouviu na
casa do pai dela e sabia que ela não
estava mentindo.
Parou de ficar remoendo aquelas
suspeitas e decidiu agir indo falar com o
tal homem na prisão.
Dentro do carro ele pediu descrição
a o seu chefe de segurança não quer que
ninguém saiba o que está investigando
principalmente sua família e a viagem
de seus pais contribuiu neste sentido.
— Claro ,alteza nenhum dos
seguranças vai falar nada — Hussein
afirma dirigindo o carro para ele .
Chegando a prisão ele ficou
esperando em uma sala quando os
guardas trouxeram o prisioneiro.
E ele não pode evitar sentir raiva
uma fúria pelo sujeito que destruiu a sua
felicidade há um ano atrás.
— O Sheik finalmente decidiu me
matar depois de todo esse tempo — o
homem fala tenso parecendo assustado.
—Vai depender do que está disposto
a me dizer — Ele fala com frieza.
— Do que o Sheik está falando? —
ele pergunta desconfiado.
— Quero saber tudo que aconteceu
naquele dia e se quer continuar vivo é
melhor que me diga a verdade —
Hamdan fala com indiferença.
— Então o Sheik já sabe — ele
rebate assustado.
— Quem foi que pagou a você para
armar contra a minha esposa, foi a minha
mãe ou uma de minhas primas ? Ande
me diga logo ele exige.
Capítulo 24
— Então descobriu tudo — o homem
deixou escapar assustado.
Fora de si descontrolado Hamdan o
pega pelo pescoço e fala furioso.
— Sabe o que isso me custou, eu
podia tê-la condenado injustamente à
morte — ele desabafa frustrado ainda
em choque, apertando o pescoço do
homem..
— Não me mate, por favor, só fiz isto
porque sua mãe garantiu que não seria
morto e pelo dinheiro que ela me pagou
— ele informa neste momento muito
assustado .
— Continue — Hamdan pede se
segurando para não bater nele tudo
diante de seu chefe de segurança que
parecia controlado .
— Era muito dinheiro eu estava
endividado sendo ameaçado acabei
aceitando mesmo sabendo o perigo que
correria conhecia a fama de seu pai e se
que se fosse ele em seu lugar eu nem
estaria aqui — ele afirma.
— Fale tudo — Hamdan insiste o
soltando e se afastando irado pela raiva
e pela incredulidade que pessoas tão
amadas possam ter lhe feito tão mal.
— Nunca se quer me aproximei da
princesa ela não me conhecia, sei que
fui egoísta em não pensar na situação
dela, mas estava acuado sem saída então
aceitei — ele confessa.
— Você ousou despir a minha esposa
após dopá-la? — Hamdan pergunta se
está se dando conta do quanto foi cruel e
injusto com ela.
— Não, foi a criada pessoal dela,
acho que o nome era Alina — ele
informa.
— Alina então ela está envolvida
nisso tudo?
— Sim ela arrumou tudo aí eu só me
deitei ao lado da princesa, quando o
xeque chegou ao hotel fui avisado por
ela para agir e assim o fez ,mas nunca
aconteceu nada entre nós — ele garante.
— Maldito odeio você e um ano de
prisão foi pouco perto de tudo que nos
fez tem noção do que tirou de mim —
Hamdan fala muito furioso.
— Vai continuar me mantendo preso
aqui?
Ele pergunta tenso.
— Depende se me ajudar a
desmascarar a minha mãe e a minha
prima posso ser benevolente lhe
expulsar do Albaren sem lhe dar o
castigo que merece a escolha é sua e
pense bem — ele fala deixando aquela
sala . Sabendo o quanto foi injusto não
acreditar na palavra dela em ter
duvidado de sua honestidade,
generosidade de seu amor.
Manteve-se firme até estar dentro do
carro.
Hussein percebendo a situação o
deixa sozinho dentro do carro.
Hamdan se vê sem chão e estava
vendo a sua raiva ser transformada em
choro e ele jurou nunca mais chorar,
desde o dia em que acreditou ter sido
traído e tudo não passou de uma mentira,
aquela certeza era devastadora pensar
no sofrimento pelo que passou.
Capítulo 25

Se mante firme até estar dentro do


carro .
Hussein percebendo a situação o
deixa sozinho dentro do carro.
Hamdan se vê sem chão e desaba
vendo a sua raiva ser transformada e
choro e ele jurou nunca mais chorar
desde o dia em que acreditou ter sido
traído e tudo não passou de uma mentira
aquela certeza era devastadora pensar
no sofrimento pelo que passou na dor
que impôs a ela, o expulsando de seu
país de sua vida a afastou dos filhos e
podia tê-la condenado a morte ficava
desesperado só de pensar no que
poderia ter acontecido e tudo por culpa
de sua mãe e de Jade.
Mas calmo ele desceu do carro e
caminhou um pouco querendo esfriar a
cabeça.
Depois voltou para o carro e disse.
— Para o palácio.
— Perfeitamente Alteza — Hussein
falou colocando o automóvel em
movimento.
Olhar para a paisagem do deserto o
fez restabelecer seu controle.
Chegando ao palácio viu Felícia e as
crianças brincando no jardim se
aproximou e brincou com os gêmeos.
— Olha só meus amores, o papai
chegou — Felícia afirma sorrindo.
— Samir é Maya são loucos por você
— ela fala o vendo pegando a filha.
— E por você também nossos filhos
são lindos, o maior e melhor presente
que você poderia ter me dado na vida —
ele garante a olhando.
— Está havendo alguma coisa? —
ela pergunta preocupada olhando para
ele.
—Não se preocupe, está tudo bem
são os assuntos do país — ele responde
sabendo que é melhor fazer tudo sem
que ela saiba.

— Está bem querido, bom trabalho


— ela fala ainda sentada sobre o tapete
com as crianças.
Quando ele entrou no palácio, Felicia
ficou olhando com a certeza que algo
não estava bem, lhe o que está lhe
escondendo era a pergunta que fazia.

No gabinete ele se sentou em sua


cadeira e se viu tentando juntar as peças
daquele quebra cabeça.
O bilhete, por exemplo, como
conseguiram falsificar sua letra, fizeram
tudo muito bem, não deixaram fios
soltos, mas irão descobrir tudo
desmascarar aquelas duas e fazer justiça
à mulher que nunca mentiu.
O quanto foi injusto com ela, com
seus filhos que perderam um ano da
presença dela e quanto a si próprio foi
devastador ficar sem ela.
Por muito tempo pensou odiá-la com
todo seu ser, no entanto, agora entendeu
que sempre a amou e que ela nunca
deixou de estar em seu coração.

Alina apareceu com as babás que


foram buscar as crianças quando ficou
sozinha com a princesa disse.
— Vossa Alteza deseja alguma coisa?
— Não vou aproveitar para ligar
para o meu pai — Ela fala caminhando
para o interior do palácio.
— Sim, claro, com licença — ela
falou deixando o grande salão.

Estava arrumando as coisas da


princesa quando o xeque entrou e fechou
a porta dizendo.
— Alteza! Ela exclamou muito
assustada.
— Vai confessar o que fez ou prefere
que eu mesmo enumere cada um de seus
atos — ele exige furioso.
Tremendo ela acaba começando a
chorar.
Mas Hamdan não deixa se abalar
pela reação dela e fala.
— Pode começar.
— Eu estava cega pelo dinheiro e
pelas joias que a senhorita Jade me
ofereceu inicialmente era só para vigiar
a princesa, mas um dia ela e a senhora
sua mãe me chamaram no quarto dela e
me contaram tudo que iam fazer eu juro
que não queria fazer mal a senhora
Felícia, só que eu já estava envolvida
não tive como me negar, então fiz chegar
às mãos da princesa um bilhete que foi
escrito pela própria senhora Jasmine
onde ela se fazia passar pelo xeque.

Convidando a princesa para um


encontro no hotel e ela foi toda animada
e feliz sem nem imaginar estar caindo
em uma armadilha, juro que não queria
prejudicá-la — ela afirma toda
assustada.
—Não queria, mas foi o que fez, ela
poderia ter sido julgada condenada à
morte e tudo por causa desse plano
doentio do qual você participou, a
mando de pessoas de meu convívio, na
verdade de minha família — ele afirma
furioso.
— Alteza, vou ser presa? — ela
pergunta nervosa.
— Deveria ser, mas não vou mandá-
la para prisão desde que me ajude a
desmascarar essas duas — ele fala
tenso.
— Não posso fazer isso, a senhora
Jasmine me mata ,tenho medo dela e da
senhorita Jade — ela afirma aflita.
— Pensa-se antes e agradeça por ser
apenas demitida — ele fala furioso .
Sem alternativa, Alina deve
concordar e ouviu o plano dele para
inocentar a sua Felícia.
— Alina não a quer perto da minha
esposa e de meus filhos — ele exige
furioso.
— Farei como deseja Alteza — ela
fala deixando o quarto bem neste
instante. Felicia aparece e estranha a
presença dele no quarto com a
funcionária.
— Meu querido pensei que estivesse
no gabinete — ela comenta desconfiada
.
— Vim te procurar e Alina estava
arrumando suas coisas e aproveitei para
chamar a atenção dela — ele fala
escondendo a verdade, ainda não era
hora de Felícia saber tudo que descobriu
.
— O que ela fez? Gosto tanto de
Alina — ela fala o enlaçando pelo
pescoço o achava lindo com aquela
túnica branca e o lenço que lhe cobria a
cabeça ele fica incrivelmente sexy
assim.
— Fofocas ainda bem que ela vai
embora logo acabou de me informar que
arrumou outro emprego no Catar — ele
informa a abraçando pela cintura.
— Que pena meu amor — ela
comentou olhando que amava os olhos
dele.
— Esquece tudo e pensa apenas no
amor que posso lhe dar — ele afirma
tocando a face dela.
Felícia toma os lábios dele com os
seus dando-lhe um beijo bem quente.
Hamdan se dá conta do que poderia
ter perdido se ela não tivesse voltado
para seu país e para os seus braços fora
tão injusto com ela.
Tinha de compensá-la por tudo que a
fez passar enganado por uma armação
sórdida que quase a destruiu.
E o faria a amando cada dia mais e
com maior intensidade.
Quando a mãe e Jade ele já sabia o
que fazer, a respeito, elas vão ter que
compreender que ninguém o engana
daquela forma é sai impune.
Uma coisa ele aprendeu com o seu
pai a não perdoar fácil.
O fato de só ter expulsado Felicia de
seu país era uma prova clara do tamanho
de seu amor por ela.
Aquele sentimento o fez não fazer
nenhum mal a ela e ter seguido o que
mandava a lei.

— Nossa você parece longe, o que


foi não quer me contar? — ele insiste
ainda em seus braços.
Capítulo 26

Alguns dias depois os preparativos


para a festa seguiram, Jade olhou
através da janela da sua tia e disse
furiosa.
— A senhora prometeu acabar com
esse casamento e agora ao invés disto
sou obrigada a participar dessa festa em
homenagem a essa mulher, a senhora me
decepcionou tia, o que eu devia fazer é
contar tudo que fizemos.
— Basta de ameaças Jade não posso
fazer nada, se meu filho não quer se
casar novamente e muito menos com
você, sendo dessa forma não vejo
porque vir me cobrar fiz tudo que estava
ao meu alcance e agora tremo só de
pensar o que Hamdan fará se descobrir
— murmura Jasmine nervosa já
arrumada para a festa .
— A senhora nunca fez nada por
mim, será que não vê que me preparei a
vida toda para ser a mulher que estaria
ao lado dele quando assumisse o poder,
mas não aquela estrangeira, maldita
roubou meu lugar e se a senhora não vai
mais ajudar terei que agir sozinha — ela
garante deixando o quarto da tia.
No corredor ele abre a sua pequena
bolsa e pega um pequeno frasco sabendo
que aquele veneno acabara de uma vez
com sua rival e ninguém nunca
descobriu o que ela fez.

Na sala da ala privativa do palácio,


Felicia recebia o carinho dos avós e do
pai. Eles fizeram uma longa viagem para
estarem aqui.
— Filha, não vi seu marido —
comentou seu pai pegando Samir no colo
.
Já a pequena Maya estava nos braços
da avó.
— Ele tem andado muito ocupado,
mas estará presente a festa, por falar
nisso, preciso ir me arrumar vou pedir
para as babás virem buscar as crianças
daqui a pouco, para que posso se
preparar as festas neste palácio
costumam ser bem animadas — ela
comenta feliz indo para o quarto que
agora dividia com o marido ao entrar no
banheiro viu que ele estava tomando
banho lavava os cabelos e estava de
olhos fechados ela se despiu e entrou o
abraçando por trás.
Sorrindo Hamdan acabou
sussurrando.
— Temos uma festa para participar.
—Acho que os convidados podem
esperar um pouquinho, pois tudo que
quero agora é meu marido — ela afirma
o beijando nos lábios sobre toda aquela
água que caía do chuveiro.
— Gosto quando você é ousada, mas
não posso esperar para estar dentro de
você — ele sussurra a penetrando com
intensidade e paixão a fazendo gemer
alto.
Levando a ambos para o mais
sublime prazer.
Felicia ficou abraçada a ele e apenas
disse.
— Foi perfeito.
— Sempre é entre nós, somos um a
metade do outras duas partes que se
encaixam com precisão, te amo tanto
habibti.

— ele pronuncia a envolvendo com


uma enorme toalha branca.
Felícia sentiu uma vontade louca de
chorar por ouvi-lo se declarar porque
desta vez não havia mais raiva ou mágoa
no olhar dele tinha certeza de que algo
mudou.
Talvez ele esteja começando a
acreditar em sua inocência — ela
desejou arduamente que fosse aquilo que
estava ocorrendo, já que essa era a
única coisa que faltava na vida deles
para serem plenamente felizes juntos.
Parou com aquele desejo tolo de seu
coração e pegou o traje que ia usar um
vestido lindo todo em bordados feito a
mão com pedras preciosas e fios de
ouro, um vestido caríssimo que fora um
presente do marido que também lhe deu
um colar e um par de brincos.
Já vestida, ela se olhou no espelho e
comentou ajeitando o véu que cobria sua
cabeça.
— Estou mesmo muito linda pelo que
posso ver esse meu marido tem muito
bom gosto — ela afirma rindo feliz.
Hamdan a segura pela cintura e
responde.
— Esse seu marido aqui é louco por
você minha preciosa gazela.
— Nunca entendi muito bem o porquê
de vocês homens árabes referindo-se a
duas mulheres como gazelas? — ela
acaba dizendo o observando.
— É uma metáfora que significa que
a mulher é bela e graciosa — ele
explica a segurando pela cintura .
— Caro xeque, Hamdan melhor
descemos para a festa, se começarmos
agora nenhum dos dois vai querer parar
— ela fala se afastando dele.
— Vamos essa festa é muito
importante para você e para os nossos
filhos, para mim e para todos da família
Bin Alnascer — ele garante enquanto os
dois deixavam o luxuoso quarto e
caminhavam em direção ao elevador.
Chegaram juntos de mãos dadas ao
grande salão que estava lotado com os
parentes dele, seus avós e o pai.
Felicia sorriu para ele se sentindo
muito amada e protegida por tê-los por
perto.
Jade estava cheia de ódio ao ver
aquela estrangeira brilhando ao lado
dele vestida como se fosse uma rainha
vivendo uma vida que era para ter sido
sua.

Ela sentiu inveja daquela maldita


negra porque ela lhe tirou tudo, mas isso
iria acabar nesta noite, pois está
disposta a tudo.
Felícia sorriu e falou com vários
parentes dele sentiu o olhar de
indiferença de Asef ele ainda não havia
se conformado pelo primo estar com ela.
—Está tudo bem habibti? — ele
pergunta ao seu lado.
— Sim, meu querido. Ele respondeu
olhando e viu que ele iria começar a
falar.
— Quero agradecer a todos que
vieram prestigiar a minha amada esposa
mãe de meus filhos, vamos todos ao
salão de banquetes — ele fala se
referindo a sala de jantar.
Todos foram para lá e começaram a
comer.
Felícia sentia o olhar de ódio de Jade
e da sogra sobre ela e mesmo assim
conseguiu comer a deliciosa refeição
que estava sendo servida.
Após o jantar todos voltaram para o
grande salão onde acontecia uma
apresentação de dança e músicas todos
animados.
Jasmine olhou para o filho e teve uma
sensação estranha, sentiu receio de que
algo poderia não estar certo.
O filho estava frio com ela distante,
mal conversavam naquela noite temia
que ele descobrisse a verdade.
Naquele momento Hamdan pede para
pararem a música e fala.
— Tem uma pessoa que virá aqui e
contará umas coisas interessantes a
todos vocês.
— Meu amor de quem você está
falando Felícia quis saber.
— Habibiti você já vai saber — ele
afirma fazendo um sinal para Hussein.
Que deixa o grande salão e volta
trazendo aquele homem.
Todos olham sem entender nada.
— Esse homem Hamdan o que ele
está fazendo aqui? — ela pergunta
confusa e assustada.
— Habibti você já vai entender tudo
— ele afirma.
Jade tenta deixar o local, mas
Hussein se aproxima e fala.
— O xeque não quer que ninguém
saia agora senhorita.
— Isso não podia ter acontecido —
disse Jasmine para o marido.
— Do que está falando, querida? —
O marido pergunta surpresa.
Mas ela não fala nada, apenas olha.

— Ande fala logo — Hamdan exige.


— Há um pouco mais de ano fui
contratado pela senhorita Jade e pela
senhora Bin Alnascer para participar de
um plano para fazer parecer que a
princesa estava traindo o xeque — ele
revela deixando todos os presentes
chocados e os tios dele os pais de Jade
sem chão.
Asef só olhava sem reação para
acreditar que a irmã tinha feito algo tão
condenável.
— É mentira esse homem está
inventando tudo isso, não posso
acreditar que vão dar crédito a ele —
ela afirma muito nervosa se dando conta
de que a coisa tinha demandado de vez.
Bem nesse instante Alina aparece e
fala.

— Tudo que ele falou é a mais pura


verdade, senhorita Jade me pagou
entregando-me as suas joias para que
dopasse e despisse a princesa para
todos acreditarem que ela estava traindo
o xeque— Alina confessou.
Felicia ficou chocada sem palavras,
confiava demais em sua criada pessoal
havia como amiga a irmã e foi ela quem
lhe traiu.
— Vocês não vão acreditar nas
palavras dessa criada mentirosa — Jade
fala furioso.
— Tenho como provar que ela afirma
exibindo as joias da outra diante de
todos.
Capítulo 27

Ela exige as joias diante de todos,


não deixando dúvidas da participação
de Jade naquela armação sórdida.
— Filha, como pode? — Samara
pergunta lamentando o erro da filha.

— Jade não devia ter feito isso,


como teve coragem — Asef fala
furioso.
— O que esperava que eu visse,
achou mesmo que ia aceitar ser trocada
por essa brasileira, uma estrangeira, a
odeio ela me tirou tudo — ela afirma
sem demonstrar o menor
arrependimento.
— Chega Jade jogou o nome de nossa
família na lama, como vou poder
encarar as pessoas sabendo a espécie de
filha que tenho.
— Não se importam comigo, nunca
fizeram nada para exigir que Hamdan se
case comigo como foi acertado desde
sempre acham mesmo que eu não ia
fazer nada, pois saiba que não me
arrependo e faria tudo de novo — ela
afirma com raiva.
Mohamed deu um tapa na face dela,
diante de todos.
— Papai não vai resolver nada com
violência — Asef fala tenso e
lamentando ter sido tão rude com
Felícia.
—Tio não o culpa pelo
comportamento de minha prima, ainda
mais que ela não agiu sozinha, teve o
apoio de minha mãe — Hamdan fala
triste.
Felícia chorava muito só que desta
vez era de alívio por ver a justiça sendo
feita e esperou tanto tempo para ver isso
acontecer.
Tiveram dias que chegou a perder as
esperanças de limpar seu nome, mas seu
amor o fez por ela.

Sem ter como negar, Jasmine olhou


para todos e resolveu falar tudo de uma
vez.

— Fiz sim e não vou negar que mãe


não faria o mesmo pelo filho, essa
estrangeira indigna enfeitiçou o meu
Hamdan e apenas quis afastá-la pensava
em fazer o melhor para você.
— O melhor para mim ah.... por
favor a senhora nunca quis minha
felicidade fez tudo para destruir meu
casamento ,entretanto seu plano não deu
certo porque não vou deixar a minha
mulher nunca, amo a Felícia sempre
amei — ele fala .

— Fiz o que qualquer mãe faria e não


me arrependo — Jasmine garante sem
mostrar o menor arrependimento.
— A senhora está proibida de chegar
perto de minha família e de mim, não
posso mandá-la para prisão pelo mal
que me causou, mas posso evitá-la
quanto a você Jade está banido desse
palácio, e de nosso convívio nunca mais
colocará os pés aqui, vá embora — ele
pediu decidido.
Ela deixou o grande salão, furiosa e
decide se esconder e se vingar
caminhando sem ser percebida ela entra
na ala dos criados e veste a tradicional
vestimenta muçulmana e segura em sua
mão o frasco com o veneno está
decidida a acabar com a festa da maldita
Felícia. Se Hamdan não a quero com a
maldita que também não vai ficar.
Decidida ela volta para o salão onde
todos estavam.
Samira se aproxima do casal ao lado
do marido e fala.
—Sinto-me tão envergonhada pelo
que minha filha aprontou.
—Tia não se culpe vocês não são
responsáveis pelo que Jade fez, prometo
que não vou manda-la para a prisão em
consideração a vocês — Hamdan
afirmou tendo Felícia ao seu lado.
—Sim concordo com meu marido e
não tenho nada contra vocês. Ela fala
carinhosa.
Quando os tios se afastaram Asef se
aproximou e disse.
—Também devo um pedido de
desculpas a você, sei que fui rude e
lamento muito.
— Está tudo bem fez o que achou
certo estava protegendo seu primo e a
amizade de vocês é muito linda —
Felícia fala com sinceridade.
— Está tudo bem Asef — Hamdan
falou.

Quando o primo dele se afastou


Felícia olhou para ele e sentiu uma
vontade imensa de abraça-lo e cobri-lo
de beijos, contudo se conteve já que
demonstração de afeto pública não era
permitida nem mesmo estando entre
familiares.
Sendo assim tudo que ela fez foi
perguntar.
— Como conseguiu provar a minha
inocência pensei que não acreditasse em
minhas palavras.
— Fui um tolo em duvidar de você
minha amada, preciosa não sabe o
quanto sofro põe pensar em tudo que
passou e me sinto responsável devia tê-
lo protegido — ele fala a olhando .
— Sei que tudo estava contra mim
essa armação foi muito bem feita, mas
como descobriu a verdade? — ela quis
saber curiosa.
— Ouvi uma conversa sua com seu
pai e não faz ideia de como me senti
Felicia as coisas poderiam ter sido
muito diferente entre nós se eu tivesse
agido de outra forma — Hamdan afirma
triste.
— Esquece meu amor o que importa
é que agora todos sabem que nunca trai
você e no final estamos juntos mais
apaixonados do que nunca e que
ninguém vai separar nos dois — ela
afirma.
— Não me olhe assim, não imagina
como quero puxa-la para os meus braços
estou torcendo para esse jantar acabar
para estar a sós com você habibti. Ele
garante.
Neste momento Jade se aproxima e
os servi de cabeça baixa.
Ouvi a estrangeira agradecer e se
afasta vendo de longe ela sorver o
conteúdo de seu copo sabendo que
estava feito tinha envenenado a maldita
Felícia.

Felícia bebeu tudo suco que lhe foi


servido e começou a ver tudo escurecer.
Hamdan gritou pelo nome dela
quando a viu desmaiar e a tomou em
seus braços aflito sem deixar de chama-
la a vendo desmaiar.
Capítulo 28

Felícia por favor, fala comigo — ele


pedia desesperado a segurando em seus
braços sem saber o que fazer assustado
e muito nervoso querendo entender o
que estava ocorrendo se lamentando por
não tê-la protegido, sempre foi treinado
para ter olhos bem atentos e ainda assim
falhou amargamente em não perceber o
perigo. Pensava a olhando torcendo para
ela responder só que Felicia continuava
inerte em seus braços e aquilo fazia seu
coração bater tão forte e intensamente,
um filme passava pela sua cabeça se viu
recordando cada instante passado ao
lado dela.
Todos estavam chocados e muito
assustados.
— Altezas já chamaram o médico da
família — o acessar informou tenso.
Nesse instante Hussein entrou
trazendo a mulher que os serviu e disse.
— Alteza foi essa a mulher quem
serviu a princesa, vamos ver quem ela é
e porque fez isso — ele fala tirando o
lenço negro que lhe cobria a face lhe
ocultando s identidade.
Revelando a todos que ela era Jade.
— Filha o que você fez dessa vez?
— Samira perguntava nervosa se dando
conta de que era a própria filha.
Hamdan a olha e fala.
— Jade como pode fazer mal a ela —
Hamdan pergunta aflito.
— Fiz o que devia ir feito a muito
tempo, odeio essa mulher maldita , ela
me tirou tudo ,mas acabou eu venci —
ela afirma descontrolada rindo deito
uma maluca .

— Ande logo, diga o que fez com ela


— ele exige furioso.
— Envenenei essa maldita, acabou
com ela você também não fica — ela
garante tomada pelo ódio.
— Não senhorita Jade, o que lhe
entregue foi um frasco cheio de sonífero
a princesa está apenas dormindo
,quando me pediu para lhe vender esse
veneno logo imagine que queria fazer
mal a alguém só que nunca pensei que
fosse para a princesa ,por isso que não
fiz o que me pediu — o homem que
acabou de entrar no salão fala.

— O que não pode ser ela tem que


morrer, tem que estar envenenada, não é
justo — ela repetia descontrolada.

— Alteza a princesa está bem apenas


dorme — o médico garantiu o
tranquilizando.
Aliviado Hamdan acaba ordenando
mesmo com rla sendo da família dessa
vez não iria escapar de ser punida pelo
que fez ainda que isso causasse
sofrimento a todos da família.
— Leve ela para a prisão.
Jade se debate e fala.
— A minha tia foi uma covarde e se
recusou a me ajudar, então tive que agir
sozinha e não me arrependo, odeio a
todos sem exceção — ela gritava
enquanto era tirada do grande salão.
— Meu amor ao que fizemos de
errado para nossa filha ser dessa
maneira — Samara se perguntava sendo
consolada pelo marido.

— Vocês não fizeram nada de errado


mamãe, papai tudo que Jade fez por
escolha própria a verdade é que ela não
tem caráter ou talvez seja doente algo
desse gênero — Asef falou .

Hamdan a tomou em seus braços e a


levou para o elevador, chegando ao
quarto a colocou sobre a cama e só se
tranquilizou quando o profissional a
examinou com mais atenção medindo
sua pressão seus batimentos cardíacos.
Acompanhou o homem e logo voltou
para o lado dela, o que teria sido dele se
a tivesse perdido, não gostava nem de
imaginar, nunca passou por sua cabeça
que a prima pudesse ser tão perigosa.
Protegeria Felicia de todos os
perigos desse mundo, ela era sua mulher
o seu amor, a ama com todo seu coração.
Pensou acariciando os cabelos dela.
Quatro horas depois, Felícia acordou
e o viu sentado naquela poltrona ao lado
de sua cama e perguntou confusa.

— O que aconteceu? Só me lembro


de estar na festa e tomar um copo de
suco daí vi tudo escurecer — ela
comenta confusa .
Sabendo que não deveria esconder a
verdade dela acabou contando tudo o
que houve, sobre a tentativa da prima de
envenena-la.
— Essa mulher enlouqueceu só pode
ser — Felícia afirma sentando-se na
cama.
— Está presa, não se preocupa mais
com ela. Ele pediu a abraçando.

Felícia o olha e toca sua face


dizendo.

— Acredite, estou bem meu amor


nada vai nos separar, lembra você
prometeu — ela fala o beijando nos
lábios.
— Nunca viu descumprir essa
promessa tive tanto medo de te perder
como jamais tive em minha vida não
suportaria te perder novamente um ano
sem você foi mais do que suficiente para
me fazer entender que sem você do meu
lado não sou nada — ele garante com
sinceridade segurando-a em seus braços.
— Querido posso ver as crianças? —
ela pergunta.
— Vem vamos lá vê-los e depois
precisa descer para acalmar seu pai e
seus avós eles ficaram muito assustados
e queriam te levar embora claro que
fiquei furioso com eles — ele confessa a
olhando.

— Eles são minha tudo para mim e


me amam — ela informa entrando no
quarto das crianças e fala rapidamente
com a babá que deixa o quarto, ela
observa cada um deles com os olhos
cheios de lágrimas.

— Não chore esta tudo bem habibti


— ele garante a abraçando.
— Sei que sim, mas eu podia não
estar mais — ela fala triste por pensar
que alguém possa ser tão perversa a
ponto te tentar mata-la.
Jade alega ter feito tudo por ama-lo ,
mas ela estava enganada aquilo não era
amor ,quem ama quer ver a felicidade
do ser amado ainda que não seja para
estarem juntos o amor é puro intenso não
cabe egoísmo e essa mulher não sabe o
que é amar de verdade como ela ama o
marido .
Calma e Serena desceu e tratou de
acalmar os avós e o pai eles viram que
ela estava bem e em segurança.
Juntos os dois voltaram para o quarto
onde observavam as montanhas
escondidas por aquela noite de lua.
Fidúcia ficou ouvindo ele lhe falar
um poema lindo que escreveu dedicado
a ela no período em que estavam
separados então compreendeu que
nenhum deles deixou de amar o outro
por nem um segundo se quer.
Sorrindo o beijo com intensidade.
Hamdan se afastou e disse.
— Habibti eu te amo tanto que chega
a doer sei que sou arrogante às vezes
possessivo e prometo tentar melhor
nestes aspectos.
— Meu xeque amado te amo como
você é sempre amei e para todo sempre
vou amar— ela afirma sorrindo feliz.
—Somos duas metades que se
completam quero estar com você todos
os dias de sua vida te amando-te
protegendo te fazendo a mais feliz desse
mundo — ele fala a puxa do para si .
Felícia o olha e o beija sabendo que
já era a mulher mais feliz desse mundo.
Morava em um palácio das mil e uma
noites tinha filhos lindos e um xeque
apaixonado o que mais poderia desejar
se já tinha tudo a mais profunda e
verdadeira felicidade, pois um estava no
coração do outro como que gravado.
Eles se beijam sabendo que aquela
noite só estava começando assim como a
vida que iram construir diariamente
juntos se amando.

Fim
SOBRE O
AUTOR

Nascida em Jacarezinho-PR reside


em Itu, interior de São Paulo.
Apaixonada pelos livros, sempre
quis ser escritora e através de suas
histórias realiza esse seu sonho
apostando em protagonistas negras que
de certo modo a representam, ama
histórias de amor com finais felizes.

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