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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARA

INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS


FACULDADE DE CIÊNCIAS
BIOLÓGICAS
CURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS LICENCIATURA
(UAB/CAPES/UFPA)

Módulo Protoctista e Fungi - 3º período - 2022


Formadoras: Dra. Adriana Paula Souza, Dra. Eliane Evanovich, MSc. Mônica Rocha e Dra. Verônica Bahia.
Tutora a distância: MSc. Viviany Amaral da Costa.

ESTUDO DIRIGIDO DO PAINEL INTEGRADO - MICOLOGIA MÉDICA


Discente: Raimunda Lúcia Nazaré Moraes Polo: Breves

Para a realização desta atividade você terá como apoio textos (artigos) sobre cinco (5) micoses
(disponíveis na sala virtual Moodle, Seção Unidade V– Painel Integrado).
Recomendamos também a leitura dos capítulos 67 e 69 do livro Microbiologia de Trabusi e
Altherthum (2008) (disponíveis na sala virtual Moodle, Seção Textos de Apoio e Videoaulas).

1. Abaixo há uma lista de gêneros de fungos, que causam micoses, com a indicação do seu modo de
entrada no corpo do hospedeiro humano. Analise as informações e informe os sítios das infecções
que eles acometem e categorize cada tipo de micose como superficial e sistêmica.

Gênero Modo de Entrada Sítio de Infeção Categoria Micose

Trichosporum Contato pelo Superficial

Microsporum Contato Pele, pelo e unha Cutânea /Superficial

Malassezia Microbiota normal pele Superficial

Pulmonar, mucosa e
Paracoccidioides Inalação Sistêmica
pele

Phaeoanellomyces Contato pele Superficial

2. Leia atentamente os casos (1, 2, 3, 4 e 5), apresentados abaixo, e responda as questões após cada
relato.
1
CASO 1.
Paciente AJC, 62 anos, agricultor, e por 3 anos trabalhou em carvoaria. Procurou serviço de
saúde apresentado tosse, caquexia e lesões na mucosa oral e face. Relata que desenvolve suas
atividades revolvendo o solo, e que após alguns anos começou a apresentar os sintomas como a
tosse e as lesões. O médico solicitou exames laboratoriais, dentre eles o exame micológico direto,
que apresentou como resultado a presença de células leveduriformes multibrotantes.

a) Qual infecção fúngica podemos suspeitar? Justifique.

R: A provável doença é a paracoccidioidomicose. É uma doença sistêmica que afeta


principalmente os pulmões, levando os pacientes a tossir. A exposição a fungos tem sido
associada ao manejo de solo contaminado. Hábitos como tabagismo e etilismo também foram
apontados como fatores de risco frequentemente associados à micose e ao agravamento de seu
quadro clínico. As lesões secundárias da mucosa oral e da face também são sintomas de
paracoccidioidomicose, que podem ser diagnosticadas em combinação com os resultados do
exame micológico.

b) Qual o agente causador da micose? E qual o habitat e a forma de contato do fungo?

R: Agente causador é o Paracoccidioides brasiliensis e atualmente outra espécie, o P. lutzzi. O


habitat do fungo é o solo e a forma de contato ocorre por inalação de propágulos fúngicos

CASO 2.
Paciente do sexo feminino, 12 anos e três meses, branca, procedente de Abaetetuba. Procurou a
Unidade de referência e relata que apresenta há dois anos mancha negra na palma da mão direita
e há três meses lesão semelhante no terço inferior do antebraço direito, ambas as lesões
apresentam leve prurido. Ao exame, verificou-se mancha enegrecida de 4x3cm na palma da mão
direita e outra de 2cm de diâmetro no terço inferior do antebraço direito.

a) Qual a doença? Justifique.

R: Micose (tinea preto). O diagnóstico é baseado na presença de manchas Preto na palma da sua
mão.

b) Descreva o agente etiológico e a forma de contato do fungo com o agente.

R: O agente causador é Phaeoanellomyces werneckii. patógeno Apareceu nas escamas da lesão,


após clarificação com KOH 10%, são hifas escuras, Septos e ramificações, fragmentos de hifas e
células de levedura alongadas.

CASO 3.
ACS, 16 anos de idade, residente no Distrito de Mosqueiro, apresenta lesões assintomáticas com
a presença de nódulos de coloração clara no cabelo. A paciente relata que é frequente dormir e
manter o cabelo amarrado e úmido, relata ainda, que apresenta as lesões a pelo menos 6 meses de
evolução. Havia sido medicada com betametasona de uso tópico, ácido salicílico e piritionato de
zinco, porém sem nenhuma melhora.

a) Qual a provável doença? Quais fatores levaram ao diagnóstico?

R: Com base no relato da paciente, e no insucesso do tratamento prescrito, concluiu-se que o


provável diagnóstico foi a infecção fúngica White piedra. Esta infecção é caracterizada pela
presença de nódulos irregulares e de cor clara que mal aderem ao cabelo. Apesar de ser
confundido com caspa ou piolhos. O tratamento consiste em xampu de cetoconazol e
comprimidos de itraconazol.

b) Qual a forma de infecção?

R: Contato com fragmentos do fungos.

CASO 4.
É uma infecção fúngica superficial e crônica, frequente nas regiões tropicais, onde a umidade
elevada e a alta temperatura aumentam sua prevalência. A colonização começa na puberdade,
porém o agente já foi isolado em crianças. Nos idosos, a quantidade diminui, talvez devido a um
decréscimo dos lipídios na pele. A prevalência em idades mais precoces parece ser mais comum
nas regiões tropicais, onde o clima é quente e úmido. As lesões apresentam-se na forma de
manchas ovais ou arredondadas, pápulas ou placas isoladas, podendo coalescer e cobrir grandes
áreas do corpo, separadas por áreas de pele normal. Apresentam cores variadas possuem
coloração parda ou amarelada e, quando raspadas com a unha, observa-se descamação
furfurácea.
a) Qual a infecção fúngica podemos suspeitar? Justifique.

R: Tinea versicolor, também conhecida como tinea versicolor, tinea versicolor, micose de praia.
É uma infecção superficial da pele geralmente causada pelo calor e umidade. A pitiríase
versicolor causa muitas manchas escamosas escuras, marrons, rosadas ou brancas no tronco,
pescoço, abdômen e, ocasionalmente, no rosto. As placas podem ser unidas para formar placas
maiores. Tinea versicolor geralmente não causa outros sintomas.

b) Qual o agente etiológico? Qual o seu habitat e forma de contato com o hospedeiro?

R: Fungos do gênero Malassezia. O agente etiológico é encontrado na microbiota normal dos seres
humanos, porém devido a fatores como características genéticas, hormonais, o fungo passa de sua
forma sapróbia para patogênica.

CASO 5.
FVS, sexo masculino, 3 anos de idade, apresentando a um mês, placa eritematosa, edematosa de
limites precisos localizado no rosto e outra lesão no couro cabeludo. Foi atendido no PSF da
Terra Firme. A mãe do paciente em questão relatou que o menor mora com seus familiares em
residência e que convivi com animais, como cachorro e gato e que a criança tem contato
frequente com o solo do quintal de sua casa.
a) Qual a doença podemos suspeitar? Por que?

R: Dermatofitose de pelo e pele. A suspeita pode ser devida as características das lesões e dados
epidemiológicos como contato com animais e solo.

b) Qual(is) o(s) provável(is) agente(s) causadores desta micose?

R: : Fungos do gênero Microsporum, Trichophyton e Epidermophyton.


TEXTOS DE REFERÊNCIA PARA A ATIVIDADE (disponíveis no Moodle)
Texto 1. Tema: Piedra branca e piedra negra.
Texto 2. Tema: Dermatofitoses.
Texto 3. Tema: Pitiríase versicolor.
Texto 4. Tema: Paracoccidioidomicose.
Texto 5. Tema: Tinea nigra.

BIBLIOGRAFIA INDICADA PARA ESTUDO DO TEMA E CONTEÚDO


TRABULSI, L. R.; ALTHERTHUM, F. Microbiologia. 8 ed. Rio de Janeiro: Atheneu, 2008.

Elaborado: Profa. Dra. Patrícia Fagundes da Costa

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