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1. Micoses da pele........................................................... 3
2. Ectoparasitoses.........................................................28
3. Dermatoviroses.........................................................36
Referências Bibliográficas .........................................46
DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS 3
SAIBA MAIS!
A lâmpada de Wood, apesar de pouco usada atualmente, possui baixo custo e fornece gran-
de auxílio ao diagnóstico de diversas lesões dermatológicas, entre elas: infecções fúngicas,
bacterianas, distúrbios de pigmentação e porfiria. Fundamenta-se na visualização da fluo-
rescência emitida pela pele quando iluminada por uma luz com baixo comprimento de onda
(entre 340 e 400 nanômetros). Dessa forma, cada tipo de lesão emitirá fluorescência espe-
cífica, o que se traduz em diferentes colorações para diferentes dermatoses. A fluorescência
amarelo-prateada emitida pela lesão da pitiríase versicolor se deve ao fato de a Malassezia
furfur produzir metabólitos fluorescentes como o pityrialactone.
SAIBA MAIS!
No exame micológico direto de lesões cau-
sadas pela Malassezia, observa-se a pre-
sença de blastoconídios em cachos e hifas
septadas curtas e curvas.
Presença de hifas curtas e curvas e
blastoconídios em cacho (400x)
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Etiologia
Clínico
Etiologia
Visualização
PIEDRAS das piedras
Manifestação clínica aderidas ao cabelo
NEGRA E Diagnóstico
BRANCA
• Epidermophyton sp.
Tinea capitis
Essa é a tinea que acomete o couro
Figura 3. Tinea microspórica
cabeludo, levando a áreas de alope-
cia focal. Diferentemente do líquen
plano, após a infecção fúngica a área
é repilada.
Atingindo principalmente crianças, a
tinea capitis pode se apresentar de
diferentes formas:
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Etiologia
Tinea microspórica
Manifestação clínica TINEA
Diagnóstico
CAPITIS
Clínico
Antifúngicos
sistêmicos, como a
griseofulvina ou a
terbinafina
Tinea tricofítica
Tinea favosa
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Etiologia
Visualização
das lesões
TINEAS características +
Manifestação clínica CORPORIS E Diagnóstico prurido
CRURIS
Clínico
Tinea corporis (corpo)
Tratamento Diagnóstico diferencial
da tinea cruris
Antifúngicos sistêmicos
Antifúngicos tópicos (se lesões forem Candidíase: lesões
disseminadas) satélites e que
atingem o escroto
Etiologia
Clínico
Tratamento
Visualização
das lesões
características +
Antifúngicos prurido
imidazólicos tópicos
por 4 semanas
DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS 16
Etiologia
Clínico
Tratamento
Visualização das
lesões
Associação entre
antifúngicos tópicos
(esmaltes) e sistêmicos
por cerca de 4 meses
DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS 18
CANDIDÍASE
Clínico
Micológico direto
com KOH a 5%
Tratamento Fatores predisponentes
Quando as lesões
são muito difusas
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Etiologia
Visualização de
esporos em formato
de charuto ou
ESPORO- redondos
Manifestação clínica Diagnóstico
TRICOSE
Micológico direto
com KOH a 5 %
Forma extracutânea:
disseminação para os ossos Tratamento
Cultura
Antifúngicos sistêmicos
Biópsia
Visualização de
corpos asteroides –
anticorpos ao redor
dos fungos
DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS 22
Figura 14 . Placas verrucosas com black dots. Fonte: Portal Doctor Fungus
DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS 23
CROMOBLASTOMICOSE
Inoculação
Placas verrucosas com Fonsecae pedroso
traumática direta
black dots (pontos pretos
onde se alojam os fungos)
Etiologia
CROMOBLAS-
Manifestação clínica Diagnóstico
TOMICOSE
Cultura
Tratamento
Biópsia
Visualização de corpos
moriformes – células
em formato de amora
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Etiologia
Biópsia
Cirurgia para
retirada dos nódulos
Visualização de fungos
queloidianos
com dupla parede, de
tamanho semelhante e
que formam cadeias
DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS 26
Figura 16. Lesão característica do micetoma: aumento de volume e fístulas, por onde são eliminados grãos.
Etiologia
Pediculus capitis
Etiologia
Prurido intenso no
couro cabeludo e, em casos
Manifestação clínica PEDICULOSE Diagnóstico
mais graves, pode haver
anemia ferropriva
Clínico
Tratamento
Visualização das
lêndeas e dos piolhos
Shampoo de
permetrina ou Ivermectina via oral
teotemetrina
Repetir dose 7
dias depois
DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS 30
Figura 18. Túnel escabiótico característico da escabiose Figura 19. Sarna norueguesa (escabiose crostosa)
DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS 31
Clínico
Manifestação clínica
ESCABIOSE Diagnóstico
Microscópico
direto com KOH
Tratamento
Loção tópica de
Ivermectina via oral Anti-histamínico
permetrina
Escabiose crostosa
(sarna norueguesa): acomete Repetir dose
pacientes imunossuprimidos 7 dias depois
(diabéticos, HIV), causando
eritema e descamação
DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS 32
Figura 20. Formação do neosoma Figura 21. Pápula amarelada com ponto central escuro,
característica da tunguíase
Etiologia
Clínico
Tratamento
Enucleação com
Tiabendazol sistêmico
agulha e extração
por 3 a 5 dias
manual
Se quantidade for
muito grande
DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS 34
SAIBA MAIS!
O tratamento forma primária da miíase baseia-se na asfixia provocada da larva (coloca-se um
esparadrapo sobre a pápula e a larva fica presa ao tentar sair) ou atraindo-a com bacon (pelo
cheiro) e retirando-a com uma pinça.
• Obrigatória
Larvas se alimentam também do
tecido são, então elas se localizam
além das bordas da ferida.
Clínico
Tratamento
Forma secundária:
Forma primária: matar as larvas (éter),
asfixia provocada e retirar as mesmas e
retirada da larva fazer o debridamento
da ferida
Forma secundária: larvas são
depositadas em feridas abertas
ou em cavidades
DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS 36
HSV- 1:
Acomete principalmente região de
face e tronco, mas não exclusiva-
mente. A primoinfecção se manifesta Figura 26. Herpes orolabial
DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS 37
HSV-2:
Acomete a região genital (mas não
exclusivamente esta área), causan-
do a herpes genital (figura 27), que é
transmitida por contato sexual. O seu
período de incubação é de 3 a 14 dias.
Além das vesículas em base eritema-
tosa, outros sintomas, como disúria e
corrimento, podem estar associados.
SAIBA MAIS!
A citologia de Tzanck tem entrado em desuso, porém tem grande importância no diagnóstico
de algumas dermatoses, abrangendo desde virais, parasitárias, autoimunes até tumorais.
Consiste na microscopia, com coloração histoquímica de Giemsa, do raspado da lesão. No
caso do herpes simples, visualiza-se células epiteliais gigantes multinucleadas com inclu-
sões intranucleares.
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Etiologia
HERPES
Manifestação clínica Diagnóstico
SIMPLES
Neonatal Clínico
Figura 29. Vesículas distribuídas na direção de dermátomo unilateral, características de varicela zoster.
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Clínico
Exame citológico
de Tzanck
Tratamento
Carbamazepina
Aciclovir, 800 mg, de ou antidepressivos
5 vezes oor dia por 10 tricíclicos
dias + corticoide (para neuralgia
pós herpética)
DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS 41
Pápulas umbilicadas,
Parapoxvírus
eritematosas, em base
não eritematosa
Etiologia
MOLUSCO
Manifestação clínica Diagnóstico
CONTAGIOSO
Clínico
Tratamento
O diagnóstico pode ser dado com a condiloma com podofilina, ATA, crio-
avaliação clínica associada à aplica- terapia, eletrocoagulação. Quando
ção de ácido acético a 5%, que tor- a lesão não é tão exuberante, o pa-
na a lesão esbranquiçada. O trata- ciente pode trata-la em domicílio com
mento consiste na destruição local do Imiquimod.
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Clínico
Tratamento
Para condiloma
acuminado: ácido
acético a 5%
Verruga: tópico
com ácido salicílico, Condiloma
crioterapia, acuminado: podofilina,
eletrocoagulação, ATA, crioterapia, Lesão esbranquiçada
laser de CO2 ou ácido eletrocoagulação
tricloroacético (ATA)
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REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
Bolognia, MD. Dermatologia. Elsevier, 4ª edição, 2018.
Walter Belda Junior, Nilton di Chiacchio, Paulo Ricardo Criado. Tratado de Dermatologia.
Atheneu, 3° edição. 2018.
Azulay, RD, Azulay DR. Dermatologia, Guanabara Koogan, 5° edição, atualizada e revisada
em 2011.
Sampaio, SAP, Rivitti, EA. Dermatologia. Artes Médicas, 3° edição. 2007.
Silmara, C. Dermatologia Pediatrica. Editora dos Editores. 2018.
Veasey, JV; Miguel, BAF; Bedrikow, RB. Lâmpada de Wood na dermatologia: aplicações na
prática diária. Diagnóstico por Imagem. Instituição Clínica de Dermatologia do Hospital da
Santa Casa de São Paulo – São Paulo, SP, 2017.
Oliveira, JC. Diagnóstico Micológico por Imagens – Guia para o Laboratório de Micologia Mé-
dica, 1ª edição, Rio de Janeiro, 2014.
Goodman, A. As Bases Farmacológicas da Terapêutica. 11. ed. Rio de Janeiro: McGraw-Hill,
2006.
Dale, MM. Farmacologia Condensada. 2. ed. Elsevier, 2010.
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