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Arlindo Ugulino Netto; Luiz Gustavo Barros; Yuri Leite Eloy – DERMATOLOGIA – MEDICINA P8 – 2011.

MED RESUMOS 2011


ELOY, Yuri Leite; NETTO, Arlindo Ugulino.
DERMATOLOGIA

DERMATOVIROSES
(Professora Renata Rodrigues)

As dermatoviroses constituem um grupo de doenças dermatológicas frequentes, cujas apresentações clínicas


são diferentes e necessárias para estabelecimento de diagnósticos diferenciais.
Essas patologias geralmente são ocasionadas por infecções por vírus, organismos parasitários obrigatórios que
possuem como material genético DNA e/ou RNA e a cápsula viral, formando o vírion. Os vírus agem infectando as
células e promovendo uma alteração em seu metabolismo, de forma a produzir somente elementos enzimáticos para
formação de novos vírus. Entretanto, podemos diferenciar 3 tipos de interações do vírus com a célula hospedeira:
● Infecção permanente: nesta forma de interação, o vírus simplesmente reside no interior da célula, sem
necessariamente produzir alterações em seu metabolismo celular. Geralmente, este tipo de interação está
envolvido com a formação das verrugas.
● Infecção integrada: o vírus promove uma alteração no DNA da célula, predispondo fenômenos cancerígenos.

● Mecanismo citolítico: o vírus infecta a célula e promove uma alteração na bateria enzimática da mesma para
produção de elementos enzimáticos no intuito principal de formar novos vírus e destruir o complexo celular. Esse

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tipo de interação ocorre com o vírus do herpes e da varíola, por exemplo.

Ácido nucléico Grupamento Dermatovirose


Papovavírus Verrugas e Condilomas
DNA Herpes Vírus Herpes Simples e Zoster
Poxvírus Molusco, ORF, Varíola
Paramixovírus Sarampo
Togavírus Rubéola
RNA Picornavírus (Coxsackie A) Doença das mãos, pés e boca
Picornavírus (Echovírus) Doença Exantemática de Boston
Arbovírus Exantemas Diversos

VERRUGAS
As verrugas são ocasionadas por vírus do grupo do Papovavírus (como o HPV), sendo estes auto-inoculáveis, o
que revela a importância do esclarecimento ao paciente quanto à transmissão desta lesão: o prurido ou manipulação da
lesão pode determinar o aparecimento de verrugas em outras áreas do corpo. Comumente, percebem-se verrugas
periungueais, especialmente naqueles pacientes que tem como vício roer unhas.
Atualmente, sabe-se que o HPV é ocasionado por inúmeros subtipos de vírus, existindo cerca de 100 listados na
literatura. Aqueles que merecem destaque são os subtipos 16 e 18 devido ao seu potencial maligno.

TIPOS DE VERRUGA
● Verruga vulgar: é o subtipo mais comum, podendo ser encontrado em várias localidades do corpo. Consistem
em pápulas hiperceratóticas. Os principais subtipos de HPV envolvidos são 2, 4, 29.
● Plantar e Palmar: como a própria nomenclatura sugere, acomete a planta dos pés e palma das mãos. São
caracterizadas por lesões hiperceratóticas espessas. Os subtipos envolvidos são: 1, 2, 4, 10.
● Plana: acomete principalmente face, mãos e joelhos. São pápulas pigmentadas e achatadas, causada pelos
HPV 3 e 10.
● Anogenital: acomete a região genital, com aspecto de lesão vegetante (couve-flor). Os principais subtipos
envolvidos são: 6 e 11.

FORMAS CLÍNICAS
✔ Verruga Vulgar e Condilomas (verrugas em mucosas)

✔ Verruga Plantar (mimércia – verruga plantar profunda e dolorosa; faz diagnóstico diferencial com calosidade
plantar)
✔ Verruga Plana

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✔ Verruga Filiforme

✔ Verruga Genital ou Condiloma Acuminado

✔ Condiloma Acuminado Gigante de Buschke-Lowenstein

✔ Papulose Bowenóide: possui potencial de malignização importante

✔ Hiperplasia Focal (Doença de Heck)

✔ Epidermodisplasia verruciforme

QUADRO CLÍNICO E AVALIAÇÃO CLÍNICA


De uma forma geral, as verrugas acometem principalmente crianças e adolescentes, podendo ser decorrente de
contato direto com a lesão ou de modo indireto (por fômites). É uma doença auto-inoculável, podendo apresentar um
período de incubação que gira em torno de 3 meses, dependendo do estado imunológico do paciente. Caracteriza-se por
uma pápula não pruriginosa e não dolorosa.
Uma particularidade importante é que as verrugas palmares e plantares possuem um crescimento invasivo, ou
seja, crescem destruindo o tecido epitelial subjacente e, por isso, tratam-se de lesões dolorosas. Esse padrão de
crescimento ocorre devido à área de exposição da verruga ser de constante pressão.
As verrugas planas são geralmente de difícil diagnóstico. É necessário estabelecer o diagnóstico diferencial com
ceratose seborréica. Podem apresentar coloração marrom e esbranquiçada. São definidas como lesões hiperceratóticas

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planas podendo adquirir coloração enegrecida.
As verrugas genitais são bastante comuns. Geralmente, as lesões que se apresentam exuberantes ao exame
físico, com padrão em couve-flor, mas com maior tendência de ser benigna; enquanto que as lesões imperceptíveis, ou
que somente são visualizadas com teste do ácido acético, sugerem lesão por subtipo viral maligno. Para avaliação das
mucosas, utiliza-se o ácido acético em uma concentração de 3 a 5%, observando a reação das lesões adquirindo um
padrão acetobranco.
Sabe-se que a propensão para desenvolvimento da verruga diz respeito a uma imunidade específica, ou seja:
um indivíduo imunocompetente pode desenvolver verruga devido a um defeito imunológico contra o vírus da verruga
somente. Entretanto, os pacientes imunossuprimidos têm uma maior facilidade de desenvolver esta doença.
Quanto a evolução clínica desses pacientes, estima-se que em 2/3 dos casos as verrugas desaparecem
espontaneamente em cerca de 2 anos, especialmente em crianças. Essa redução é dada por responsabilidade da
imunidade humoral e celular. Outra possibilidade é a presença da verruga persistente, que necessita de uma intervenção
terapêutica, ou ainda, evolução para potencial oncogênico.

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OBS1: As verrugas devem ser diferenciadas com determinadas calosidades, especialmente as formas plantares e palmares. Uma
forma de diferenciação é perceber que as verrugas apresentam pequenos pontos escuros, que são definidos por vasos dérmicos
trombosados. Outra forma de diferenciação é a ação mecânica para produção da dor: enquanto que na verruga a dor é produzida com
tração horizontal, a dor na calosidade é produzida por pressão, ou seja, em sentido vertical.
OBS2: A corona Radiata se caracteriza por pequenas pápulas na região da coroa do pênis. São simplesmente glândulas sebáceas
aumentadas, que dão aspecto semelhante às verrugas genitais.
OBS3: O Fenômeno de Koebner é caracterizado pelo surgimento de lesões verrucosas em local de traumas (sendo comum na
psoríase).

LESÕES COM POTENCIAL MALIGNO


✔ A papulose Bowenóide é uma lesão de grande potencial maligno que, histologicamente, já possui
características de carcinoma in situ. Acredita-se que surgem naqueles pacientes que apresentam uma forma de
condiloma e tratam com a podofilina (substância que possui um certo potencial de oncogênico). Nesses casos,
deve-se fazer a incisão cirúrgica e cauterização.
✔ A epidermodisplasia verruciforme ocorre em pacientes que já nascem com predisposição genética. São
lesões que possuem um alto poder de malignização. É popularmente conhecida como corno cutâneo ou doença
do homem árvore.
✔ A doença de Heck se caracteriza pelo surgimento de lesões na cavidade oral, sendo também chamada de
papilomatose de mucosa oral.
✔ O Condiloma Gigante (de Buschke-Lowenstein) geralmente sofre malignização e promove a formação de
carcinoma escamocelular.

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TRATAMENTO

Modalidades Terapêuticas.
● Eletrocoagulação: uso do bisturi elétrico para retirada da lesão. Para o procedimento se faz necessário a
realização de anestesia infiltrativa, e, ao final do procedimento fica cicatriz. Evitar sua indicação para verrugas
palmo-plantares devido à demora para o processo de cicatrização, ou ainda, por ser muito doloroso e incômodo
para o paciente. Exceto esta, qualquer outra região pode ser eletrocoagulada.
● Crioterapia com Nitrogênio Líquido: pode ser feito somente com anestesia tópica, pois consiste em um

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procedimento doloroso e que deixa cicatrizes no paciente.
● Ácido Tricloroacético: são utilizados principalmente nas lesões de mucosa.

● Ácido nítrico Fumegante.

● Podofilina / Podofilotoxina: devem ser aplicadas, em consultório, diretamente sobre a lesão. Nesses casos, o
paciente permanece cerca 4 horas com a substância, procedendo com a lavagem em seguida. A podofilotoxina
tem um potencial irritativo menor e, por isso, o paciente pode aplicar em casa.
● Ácido Retinóico: pode ser utilizado em verrugas planas, embora os resultados nem sempre sejam satisfatórios.

● Ácido 5-Fluoracil: substância anti-mitótica, tendo resultados variáveis. São mais utilizados em Condilomas
(verrugas de mucosa).
● Bleomicina: é uma substância pouco utilizada. Geralmente é utilizada em cicatrizes queloideanas. Apesar de
poucos estudos, mostra resultados excelentes para o tratamento das verrugas, com poucas sequelas.
● Imiquimod: imunomodulador tópico que deve ser utilizado 3 vezes por semana durante 16 semanas.
Geralmente tem bons resultados.
● Simpatias: embora não apresentem aceitação científica, apresentam certa eficácia provavelmente relacionada à
melhora do estado imunológico e psicológico do paciente.

Imunomoduladores.
Em pacientes que apresentam recorrência quanto às diversas formas de tratamento de verrugas, pode-se utilizar
a Cimetidina. Essa droga ainda pode ser associada ao Levamisol (anti-helmíntico) e sulfato de zinco por três meses.

Tratamento da verruga plantar.


A verruga em mosaico consiste em um subtipo caracterizado por várias verrugas que coalescem em uma placa
superficial. Apesar disso, não são dolorosas. O tratamento desses pacientes consiste na administração de ceratolíticos
seguida da abrasão. Deve-se evitar métodos mais invasivos para não formação de cicatrizes e, principalmente, devido à
demora na cicatrização.

Tratamento da verruga plana.


Geralmente ocorre na face, podendo acometer qualquer outra região como mãos e braços. O tratamento de
escolha pode ser com: ácido retinóico, ceratolíticos como ácido salicílico e imunomoduladores (Cimetidina).

INFECÇÕES PELO HERPES VÍRUS


Atualmente conhece-se 3 famílias de Herpes Vírus:

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● Alphaherpesvirineae: família que possui os subtipos conhecidos como herpes simples tipo 1, 2 e varicela-zoster.

● Betaherpesvirineae: citomegalovírus

● Gammaherpesvirineae: Epstein-Barr, herpes virus 6 e 7

HERPES VÍRUS TIPO 1 E 2


Existem dois tipos vírus Herpes simples, o tipo 1 (oral) e tipo 2 (genital). O tipo 1 geralmente acomete crianças. A
primoinfecção dessas crianças pode se manifestar clinicamente por gengivoestomatite herpética, ou ainda, ser
subclínica, o que ocorre na grande maioria das vezes.
Geralmente o período de incubação está em torno de 3 a
10 dias, ou seja, momento da infecção até o aparecimento dos
primeiros sintomas, chamados de pródromos, cursando com os
achados clínicos que serão citados. Geralmente essa primoinfecção
dura em torno de 2 a 6 semanas:
✔ Febre

✔ Recusa Alimentar: devido a ulcerações bucais

✔ Irritabilidade

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✔ Adenomegalia Submandibular

✔ Desidratação

✔ Gengivoestomatite

✔ Vulvovaginites: quando a infecção é genital

✔ Rinite

✔ Erupção Variceliforme de Kaposi – eczema herpético

✔ Herpes Simples disseminado principalmente em RN.

Após esses sinais iniciais o paciente pode ou não cursar com aparecimento de vesículas na região labial e
gengival. Depois disso, a Herpes Simples Oral se torna uma doença recidivante ocorrendo principalmente naqueles
pacientes que apresentam queda da imunidade ou ainda: traumas, exposição solar, tensão emocional, período pré-
menstrual, infecções de vias aéreas superiores.
Geralmente, o herpes recidivante ocorre no paciente adulto, podendo se apresentar com sintomas como:
✔ Ardor

✔ Prurido Local

✔ Febrícula

✔ Vesículas Agrupadas em formas de cacho uva – inicialmente com conteúdo citrino e transparente que evolui
adquirindo uma coloração amarelada. Depois disso, ocorrem as ulcerações com placas esbranquiçadas.
✔ Tem duração média de 5 a 10 dias.

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HERPES OFTÁLMICO
É um tipo grave de herpes em que o paciente geralmente cursa com blefarites, conjuntivites, ceratite, uveíte
anterior. Pacientes que não são prontamente tratados, a doença pode evoluir com cegueira. Os sinais e sintomas mais
comuns desses pacientes são:
✔ Diplopia

✔ Visão turva (borrada)

✔ Edema de Pálpebras

✔ Conjuntivite

✔ Ceratoconjuntivite Recorrente Herpética

✔ Sequelas: fibrose, opacificação, perda visual

OBS4: Esses pacientes devem ser tratados prontamente com Antiviral oral e medicamentos de uso tópico.

ERUPÇÃO VARICELIFORME DE KAPOSI / ECZEMA HERPÉTICO


É definida como uma forma generalizada do Herpes Simples. Ocorre
principalmente naqueles pacientes imunocomprometidos, podendo manifestar-

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se já na primoinfecção ou recorrência. É comum nos portadores de HIV,
dermatite atópica, dermatose pré-existente ou qualquer outra doença
dermatológica que se caracteriza por perda da continuidade da pele,
predispondo a infecção generalizada.
Os principais sinais clínicos são:
✔ Febre alta

✔ Artralgias

Na maioria das vezes, esses pacientes necessitam de um tratamento sistêmico, em regime de internação
hospitalar com hidratação de manutenção.

HERPES NEONATAL
Geralmente ocorre por contaminação do canal de parto. Devido a isso, pacientes que possuem herpes genital
tem indicação absoluta para realização de parto cesariana, como medida profilática para herpes neonatal.
Os RN que são acometidos podem evoluir clinicamente com sequelas neurológicas ou oculares. Trata-se de
uma doença grave e potencialmente fatal.

DIAGNÓSTICO
O diagnóstico do Herpes Simples, incluindo todas as formas de suas manifestações – genital, oral ou oftálmica –
é eminentemente clínico.
Embora não seja muito solicitado, pode ser feita a Citodiagnose de Tzanck, em que se percebe a presença de
células gigantes multinucleadas na microscopia. A sorologia só tem valor diagnóstico quando realizada pelo menos 2
amostras com aumento dos títulos entre as amostras.

TRATAMENTO

Medidas Iniciais.
● Higienização Local: evitar infecções secundárias

● Uso de antivirais: Aciclovir (200mg 4/4 horas por 5 dias, VO)

● Aciclovir Endovenoso: Erupção Variceliforme De Kaposi / Eczema Herpético

Medidas de Manutenção.
● Tratamento de escolha nos casos clássicos: sintomático (analgésicos e antitérmicos).

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● Aciclovir 200mg 3x ao dia ou 400mg 2x ao dia

● Famciclovir 250mg 2x ao dia

● Valaciclovir 1g ao dia

● Todos os medicamentos citados acima devem ser mantidos por pelo menos 4 meses. Durante esse período
ocorre uma destruição maciça do vírus, impedindo que eventos de recorrência ocorram com uma maior
frequência. Esse tratamento leva a queda da qualidade de vida do paciente.

HERPES VÍRUS TIPO 3


A varicela é definida como a primoinfecção pelo vírus da Varicela-Zoster, chamado de Herpes Vírus tipo 3. A
recorrência por esse vírus produz outra patologia denominada de Herpes-Zoster. A forma mais comum de transmissão
ocorre através dos perdigotos, ou ainda pelo conteúdo das vesículas. Essa transmissão ocorre geralmente 2 dias antes
do exantema, podendo permanecer até 5 dias após. Nas crianças, o quadro clínico é mais brando; enquanto que em
adultos, geralmente, observa-se a ocorrência de sinais e sintomas sistêmicos.
O período de incubação está em torno de 9 a 21 dias, com manifestações clínicas leves como:
✔ Febre: independente da presença das lesões cutâneas, desaparece em torno de 7 dias.

✔ Mal-estar

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✔ Cefaléia

✔ Indisposição

✔ Irritabilidade

A característica mais importante da varicela consiste na presença de lesões em vários estágios evolutivos,
informação de extrema importância para realização do diagnóstico diferencial com outras doenças. As novas lesões
geralmente aparecem até o 4º dia de doença.
A evolução das lesões ocorre na seguinte ordem: vesículas 🡪 pústulas 🡪 crostas. Todas essas lesões podem
ser encontradas naqueles pacientes que apresentam Varicela-Zoster.
As lesões dermatológicas características dessa doença são: pápulas com vesículas (pétala de rosa com uma
gota de orvalho). O exantema geralmente se inicia no tronco se disseminando para a face.

VARIANTES DE GRAVIDADE
● Varicela 1º Trimestre de Gravidez

✔ Microftalmia

✔ Catarata Congênita

✔ Atrofia Óptica
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✔ Atrofia do SNC

● Varicela Última semana de Gravidez ou 2 dia após

✔ Varicela Neonatal

✔ Geralmente são RN que nascem sem sequelas, porém, com varicela – condição que é extremamente
grave no RN, com alto índice de mortalidade.

● Imunodeprimidos

✔ Geralmente ocorrem lesões hemorrágicas necróticas

✔ Pneumonia

✔ Encefalite

✔ Óbito

● Varicela em Idoso

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✔ Geralmente são pacientes imunodeprimidos e com co-morbidades.

COMPLICAÇÕES
✔ Infecções Cutâneas

✔ Encefalite e Síndrome de Reye (encefalopatia e hepatite)

✔ Pneumonia

✔ Varicela Hemorrágica

✔ HIV (complicada ou não, crônica, recorrente ou persistente)

✔ Gravidez

DIAGNÓSTICO
● Clínico

● Citodiagnose de Tzanck: células gigantes multinucleadas na microscopia.

● Histopatológica: presença de vesícula ou pústulas.

● Sorologia: duas amostras com 15 dias de intervalo.

TRATAMENTO
● Tratamento de escolha: sintomático, utilizando analgésicos e antitérmicos.

● Aciclovir VO 800mg 4/4h por 7 dias

● Imunocomprometidos: aciclovir 10mg/kg/dia por 7 dias ou Foscarnet

● Imunoglobulina contra Varicela-Zoster (dada até 96 horas após a exposição) – é mais indicada para pacientes
imunocomprometidos.

HERPES ZOSTER
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Consiste em uma reativação do vírus Varicela-Zoster que se encontra latente. Isso ocorre, pois as infecções
pelos vírus Herpes Simples não têm cura, somente controle. Dessa forma tanto o herpes simples como o Herpes Zoster
podem manifestar recidivas. Apesar disso, as recidivas do Herpes Zoster são menos frequentes, geralmente ocorrendo
somente um episódio.
A recidiva do Vírus da Varicela Zoster pode ocorrer em qualquer idade, entretanto é mais raro em crianças. É
mais frequente em pacientes imunodeprimidos. Esta última consideração é de extrema importância, pois o Herpes Zoster
pode ser a primeira manifestação clínica de um paciente portador de HIV (imunossuprimidos). Por isso, todos os
indivíduos jovens com história de Herpes Zoster devem fazer a investigação para diagnóstico de HIV.
É importante salientar que os pacientes que são portadores de Herpes Zoster não transmitem essa doença, mas
sim a varicela.

EVOLUÇÃO CLÍNICA
As principais manifestações clínicas desses pacientes são:
● Neuralgia Pré-Herpética: se manifesta geralmente 4 a 5 dias antes do aparecimento das lesões cutâneas.

✔ Prurido, queimação, dor lancinante.

✔ Após 4 a 5 dias surgem placas eritematosas e pequenas vesículas. Pode acometer um ou mais
dermátomos.
● Hiperestesia Cutânea: hipersensibilidade não suportada pelo paciente, geralmente descrita no território dos

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nevos intercostais.
● Zoster Oftálmico (sinal de Huntchinson)

COMPLICAÇÕES
✔ Paralisia de Bell: paralisia do nervo facial do mesmo lado da lesão

✔ Encefalite

✔ Disfagia: quando acomete do nervo Laríngeo

✔ Bexiga Neurogênica: quando acomete nervos Sacrais

✔ Neuralgia pós-herpética: complicação


mais comum. Quando o paciente não
faz o tratamento adequado, pode
permanecer até 5 meses apresentando
a mesma dor, de quando estava em
crise. Há relatos de que o paciente
apresentou dor constante por toda a
vida (neurite pós-herpética). Essa
neuralgia pode ocorrer em queimação
(tratamento com amitriptilina) ou
pontada (Carbamazepina).
✔ Síndrome de Ramsay-Hunt:
caracterizada pela paralisia do nervo
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facial associada ao exantema vesicular na orelha ou boca e o envolvimento ipsilateral do nervo facial e auditivo
(gânglio geniculado). Clinicamente na manifesta paralisia de Bell, surdez e vertigens.

TRATAMENTO
● Tópico: não possui nenhum benefício clínico. Pode-se dizer que o tratamento tópico pode diminuir a viremia
local.

● Oral: Deve ser utilizado dentro de no máximo 48 a 72 horas

✔ Valaciclovir 1g 3x ao dia por 7 dias

✔ Fanciclovir 500mg 3x/dia por 7 dias

✔ Aciclovir 800mg 5x/dia por 7 dias

✔ Foscarnet 40mg/kg IV de 8/8h por dia

● Imunossuprimidos

✔ Aciclovir Venoso 10mg/kg/dia 8/8 horas, IV, 7 a 10 dias.

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● Neuralgia Pós-Herpética

✔ Prevenção: prednisona 1mg/kg/dia na fase aguda associada ao antiviral na fase aguda.

✔ Tratamento: Amitriptilina (dor em queimação) ou Carbamazepina (dor em pontada)

● Oftálmico:

✔ Aciclovir

✔ Indispensável acompanhamento oftalmológico.

MOLUSCO CONTAGIOSO
É uma entidade nosológica infecciosa ocasionada pela infecção do vírus Poxviridae. Acomete com uma maior
freqüência crianças pequenas. Quando ocorre em adultos é considerada uma DST, entretanto, não é uma doença de
transmissão obrigatoriamente por via sexual.
Estudos demonstram que sua infecção está associada à redução da atividade da imunidade celular, podendo
ocorrer transmissão através das seguintes vias:
● Contato Direto: geralmente são crianças com dermatite atópica. Essas crianças apresentam um intenso prurido,
e dessa forma, quebrando a barreira epitelial da pele, favorecendo a ocorrência de infecções.
● Auto Inoculação:

● Fômites: transmissão ainda questionada.

● Transmissão Sexual: ocorre principalmente em adultos. A transmissão sexual em crianças está associada
principalmente a ocorrência de abuso sexual.

OBS5: Aumento da incidência em crianças que freqüentam piscinas. Sendo mais facilmente transmissível nas piscinas
aquecidas.

EVOLUÇÃO CLÍNICA
Clinicamente as lesões se apresentam como pápulas de aspecto brilhoso, semi-esférica com ulceração central
(umbilificação). Na maioria das vezes cursa de forma assintomática, porém, eventualmente pode evoluir com prurido. As
lesões podem se manifestar em qualquer região. Considerações importantes devem ser feitas a respeito de grupos de
pacientes: (1) atópicos e (2) imunossuprimidos – esses pacientes geralmente apresentam molusco de até 3cm de
diâmetro, podendo haver 20 lesões por pessoa (forma generalizada).

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DIAGNÓSTICO
● Clínico:

● Histopatologia: achados de corpos de moluscos. Característico do molusco.

TRATAMENTO
● Conservador: Evitar banhos de piscinas e banheiras e aguardar resolução espontânea. Alguns autores
defendem que, por ser uma lesão autolimitada, é pertinente aguardar sua remissão espontânea. Apesar disso,

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não é utilizada na prática clínica, devido ao risco de contaminação por auto-inoculação e prurido intenso.

● Tópicos: geralmente não tem grandes benefícios, exceto quando se utiliza uma substância denominada de
Imiquimod.
✔ Solução Hidróxido de Potássio 10%

✔ Ácido Tricloroacético a 30%

✔ Imiquimod 3x/semana por 16 semanas ou a noite por 4 semanas

● Crioterapia: tratamento doloroso e que deixa cicatrizes.

● Remoção Manual: Tratamento de escolha. Deve ser feito com anestésico local. Quando não há cooperação por
parte do paciente (criança), encaminha-se para cirurgião pediátrico retirar a lesão sob anestesia geral.

● Curetagem sob anestesia tópico/geral seguida da aplicação com iodo.

DOENÇAS MÃOS, PÉS E BOCA


É uma doença ocasionada pela Cocksackie Vírus A16 ou 5 e Enterovírus 71. Tem um período de incubação em
torno de 4 a 6 dias. É uma doença relativamente benigna, que cursa com os seguintes sinais e sintomas:
✔ Febre baixa

✔ Dor de Garganta

✔ Mal estar Geral

✔ Linfoadenomegalia submandibular

✔ Lesões orais, mãos e pés.

As lesões aftosas orais estão presentes em 90% dos casos, enquanto que as lesões cutâneas estão presentes
em cerca de 2/3 dos pacientes.
Caracteristicamente os portadores dessa doença evoluem de forma oligossintomática, tendo uma regressão
espontânea, necessitando apenas de um tratamento sintomático.

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SÍNDROME DE GIANOTTI-CROSTI
Também conhecida como Acrodermatite Papulosa da Infância, é uma doença que pode ser ocasionada por
diversos vírus, sendo o principal o Vírus da Hepatite B (VHB). Entre outros menos comuns, temos: Coxackie A16, HAV,
EBV. É uma patologia que tem um diagnóstico diferencial de extrema importância com prurigo estrófulo (reação alérgica
à picada de insetos).
O pico de incidência da doença ocorre entre 1 a 6 anos de idade, podendo ocorrer também em adultos. Entre os
sinais e sintomas mais comuns desses pacientes são:
✔ Febre

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✔ Astenia

✔ Sintomas de Vias Aéreas Superiores

✔ Diarréia

✔ Adenopatia generalizada

✔ Eventualmente podem apresentar Esplenomegalia e/ou Hepatite

✔ Nem todos esses sintomas podem estar presentes, especialmente na forma oligossintomática da doença.

Após uma 1 semana de infecção, o paciente pode apresentar pápulas eritematosas, purpúricas ou liquenóides
(coloração arroxeada) em face, nádegas e extremidades. Tem uma duração média de 20 a 30 dias, e após a remissão
total da doença o paciente apresenta uma descamação Pitiriásica (descamação fina e furfurácea).

LABORATÓRIO
✔ 5 a 10% dos casos podem cursar com células mononucleares atípicas do sangue.

✔ Aumento da Transaminases e FA (fosfatase alcalina)

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✔ Sempre pesquisar hepatite B nesses pacientes através da sorologia, uma vez que, é comumente ocasionada por
esse vírus.

TRATAMENTO
Trata-se de uma doença autolimitada e benigna, por isso, o tratamento desses pacientes é sintomático.

EXANTEMA SÚBITO (ROSÉOLA)


É uma doença ocasionada pela infecção pelo vírus do Herpes tipo 6 e 7. Geralmente tem um período de
incubação entre 5 a 15 dias. Acomete crianças entre 6 meses e 4 anos de idade. Geralmente esses pacientes
apresentam os seguintes sinais e sintomas:
✔ Febre alta

✔ Tosse

✔ Numerosas máculas róseo-pálidas, em forma de amêndoa em tronco e membros.

✔ Os sintomas geralmente tem duração média de 2 a 3 dias.

OBS6: Percebe-se que os sinais e sintomas descritos acima são inespecíficos, ou seja, não apresentam nenhum sinal

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característico ou patognomônico da doença. Sugerindo diversos diagnósticos. Como podemos perceber, inicialmente há
sinais de febre alta e tosse (sugerindo um quadro de IVAS). Com isso, o médico pode iniciar uma antibioticoterapia e
após 2 ou 3 dias o rash cutâneo (característico da doença) pode ser confundido com uma reação alérgica ao antibiótico.

OBS7: Apesar de não estabelecer um diagnóstico preciso da doença, ela tem uma evolução benigna desaparecendo
espontaneamente. Por isso, comumente passa despercebida por familiares e nas próprias internações hospitalares,
sendo tratada muitas vezes como virose ou infecção bacteriana (IVAS).

ERITEMA INFECCIOSO (5ª DOENÇA)


É uma doença ocasionada pelo Parvovírus B19. O contágio ocorre estritamente pela via respiratória, como a
grande maioria das viroses. Seu pico de incidência está em torno de 5 a 14 anos de idade. Seu período de incubação
está em torno de 13 a 18 dias.
Trata-se de uma infecção pouco sintomática e muito comum na prática clínica. Apesar de cursar com poucos
sinais clínicos quando presentes os mais comuns são:
✔ Febre Baixa

✔ Dor de Garganta (10% dos casos)

OBS8: Nos pacientes imunocomprometidos, a doença se apresenta de forma mais intensa, cursando com anemia
hemolítica. Na gravidez não causa má-formações fetais, entretanto, quando se manifesta nas últimas semanas de
gestação pode gerar uma anemia fetal grave.

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Arlindo Ugulino Netto; Luiz Gustavo Barros; Yuri Leite Eloy – DERMATOLOGIA – MEDICINA P8 – 2011.1

ESTÁGIOS CLÍNICOS
Apesar de ser uma doença cujo diagnóstico clínico é improvável, devido precariedade dos sinais e sintomas,
uma forma de suspeitar de Eritema Infeccioso são os 3 estágios evolutivos que o paciente apresenta.
● Eritema Facial (face esbofeteada): característica clínica mais importante desta doença, geralmente é a partir
deste achado que se concretiza o diagnóstico. Esse eritema acomete somente as “bochechas” poupando região
perioral, periorbitária entre outras. Em termos técnicos caracteriza-se por Pápulas Eritematosas Coalescentes e
simétricas, com aspecto de “bochechas esbofetadas”.
● Eritema Reticular: se inicia cerca de 2 dias após o eritema facial, principalmente nas extremidades, tronco e
nádegas. Pode apresentar prurido discreto.
● Fase Recorrente: o paciente pode apresentar, depois de 2 a 3 semanas, recorrência do quadro. Geralmente,
essa reativação pode ocorrer devido à exposição solar, estresse e uso de corticóides.

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TRATAMENTO
Em crianças, raramente o tratamento sintomático é necessário. Em pacientes com imunodepressão e falência
medular pode estar indicado o emprego de imunoglobulina intravenosa (a dose recomendada é de 200mg/kg/dia por 5 a
10 dias ou 1g/kg/dia por 3 dias).

RUBÉOLA
O contágio ocorre por inalação de partículas virais. Devido a confusão diagnóstica
entre rubéola e sarampo, comumente a rubéola, em literaturas mais antigas, é denominada
de Sarampo Germânico ou Sarampo de 3 dias.
A transmissão ocorre principalmente através de secreções respiratórias. O contágio
da doença se inicia antes do aparecimento do rash cutâneo, cerca de 2 a 5 dias, podendo
permanecer até 7 dias após seu desaparecimento. Seu período de incubação está em torno
de 14 a 21 dias.
É causado pelo Rubéola Vírus – RNA Togavírus. É uma doença que se caracteriza
por rash cutâneo e linfoadenopatia. Apesar disso, a maioria das infecções são subclínicas.

EVOLUÇÃO CLÍNICA
A doença se caracteriza por um exantema eritematoso e macropapular. Tem uma disseminação crânio-caudal,
ou seja, iniciando-se na face, posteriormente tronco e extremidades de caráter somatório. Tem duração média de 3 dias.
Variantes incluem exantemas escarlatiniforme e morbiliforme.
A linfoadenopatia dolorosa também é um sinal clínico importante desses pacientes: ocorrem principalmente nos
linfonodos occipitais, retroauriculares e cervicais, algumas vezes generalizado.
Sintomas adicionais incluem:
✔ Faringite ✔ Poliartrite – adultos e adolescentes

✔ Febre Baixa ✔ Manchas de Forshheimer: manchas rosadas no


palato mole que podem aparecer antes do rash
✔ Sintomas de VAS
cutâneo.

DIAGNÓSTICO
● Dosagem de IgM para Rubéola – necessário aumento de 4x para o diagnóstico e 2 semanas depois.

● Isolamento do vírus na Urina e Nasofaringe

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Arlindo Ugulino Netto; Luiz Gustavo Barros; Yuri Leite Eloy – DERMATOLOGIA – MEDICINA P8 – 2011.1

TRATAMENTO
Não existe tratamento específico para rubéola, somente o uso de medicação sintomática (analgésicos e
antitérmicos). Deve-se evitar o contato dos pacientes com gestantes suscetíveis. Corticóides e imunoglobulinas podem
ser consideradas para o tratamento de trombocitopenia que não remite.

SARAMPO
É uma infecção pelo RNA paramyxovírus. É caracterizado por febre e rash cutâneo. A transmissão ocorre
através da inalação de partículas virais, ocorrendo 2 dias antes e 4 após o exantema. Seu período de incubação está em
torno de 14 dias.

EVOLUÇÃO CLÍNICA
● Pródromos

✔ Febre alta durando cerca de 3 dias ✔ Conjuntivite

✔ Coriza: corrimento nasal e dos olhos ✔ Manchas de Koplik: pontos azuis


esbranquiçados com halo eritematoso em
✔ Tosse
cavidade oral.

● Reações Dermatológicas: rash Máculo-papular-Brilhante, cerca de 3 a 4 dias após.

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✔ Inicia-se na cabeça disseminando-se

✔ Conforme as lesões acometem outras regiões do corpo as lesões mais antigas desaparecem, ou
seja, não tem um caráter somatório como ocorre na Rubéola.
✔ Dura cerca de 6 dias.

● Linfoadenomegalia Cervical

COMPLICAÇÕES
✔ Diarréia

✔ Otite Média

✔ Pneumonia

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✔ Encefalite: ocorre principalmente em adulto ou lactentes, com uma incidência em torno de 1:2000 casos.

TRATAMENTO
● Vitamina A

✔ Menos de 5 meses: 50.000UI

✔ Entre 6 meses e 2 anos: 100.000UI

✔ Mais de 2 anos: 200.000UI VO 2 dias

● Vacinação Pós-contato: As vacinas licenciadas contra o sarampo contêm vírus vivos atenuados. A vacina
contra o sarampo pode ser administrada isoladamente, de forma monovalente, ou combinada com as vacinas
contra caxumba e rubéola, em forma de vacina tríplice. A tríplice viral (rubéola, caxumba e sarampo) é aplicada
aos 12 meses de idade e aos 4 anos.
No que diz respeito à profilaxia pós-infecção, indica-se vacina para todos contactantes íntimos sem história
prévia de sarampo. A vacina pode ser empregada até 72 horas após o contato (vacinação de bloqueio).
Passado este prazo, a imunoglobulina (imunização passiva) pode ser utilizada em até 6 dias, e está indicada em
casos de contraindicação à vacina (< 6 meses, grávidas, AIDS, transplantados, imunodeficiências congênitas,

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etc.). Quanto à imunoglobulina, devemos utilizá-la na dose de 0,25ml/kg (máximo de 15ml).

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