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Sistema Único de Saúde – SUS

Base Legal
Princípios e Diretrizes
Constituição Federal 1988 – art. 196 ao 200
O Capítulo da Saúde

Base Legal do SUS – CF 1988


Sistema Único de Saúde – SUS

Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do


Estado, garantido mediante políticas sociais e
econômicas que visem à redução do risco de
doença e de outros agravos e ao acesso universal
e igualitário às ações e serviços para sua
promoção, proteção e recuperação.

Art. 197. São de relevância públicas ações e


serviços de saúde, cabendo ao Poder Público
dispor, nos termos da lei, sobre sua
regulamentação, fiscalização e controle, devendo
sua execução ser feita diretamente ou através de
terceiros e, também, por pessoa física ou jurídica
de direito privado.
Constituição Federal 1988 – art. 196 ao 200
O Capítulo da Saúde

Base Legal do SUS – CF 1988


Sistema Único de Saúde – SUS

Art. 198. As ações e serviços públicos de saúde


integram uma rede regionalizada e hierarquizada e
constituem um sistema único, organizado de
acordo com as seguintes diretrizes:

I - descentralização, com direção única em cada


esfera de governo;

II - atendimento integral, com prioridade para as


atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços
assistenciais;

III - participação da comunidade.


Constituição Federal 1988 – art. 196 ao 200
O Capítulo da Saúde

Base Legal do SUS – CF 1988


Sistema Único de Saúde – SUS

Parágrafo único. O sistema único de saúde


será financiado, nos termos do art. 195, com
recurso do orçamento da seguridade social,
da União, dos Estados do Distrito Federal e dos
Municípios, além de outras fontes.

Ver art. 194 e 195  Seguridade Social

 Saúde
 Previdência Social
 Assistência Social
Constituição Federal 1988 – art. 196 ao 200
O Capítulo da Saúde

Base Legal do SUS – CF 1988


Sistema Único de Saúde – SUS
Art. 199. A assistência à saúde é livre à iniciativa privada.

1§ As instituições privadas poderão participar de forma


complementar do sistema único de saúde, segundo diretrizes
deste, mediante contrato de direito público ou convênio, tendo
preferência as entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos.

2§ É vedada a destinação de recursos públicos para auxílios ou


subvenções às instituições privadas com fins lucrativos.

3§ É vedada a participação direta ou indireta de empresas ou


capitais estrangeiros na assistência à saúde no País, salvo nos
casos previstos em lei.

4§ A lei disporá sobre as condições e os requisitos que facilitem a


remoção de órgãos, tecidos e substâncias humanas para fins de
transplante, pesquisa e tratamento, bem como a coleta,
processamento e transfusão de sangue e seus derivados, sendo
vedado todo o tipo de comercialização.
Constituição Federal 1988 – art. 196 ao 200
O Capítulo da Saúde

Base Legal do SUS – CF 1988


Sistema Único de Saúde – SUS

Art. 200. Ao sistema único de saúde compete, além de outras


atribuições, nos termos da lei:
I - controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substâncias de
interesse para a saúde e participar da produção de medicamentos,
equipamentos, imunobiológicos, hemoderivados e outros insumos;
II - executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem
como as de saúde do trabalhador;
III - ordenar a formação de recursos humanos na área de saúde;
IV - participar da formulação da política e da execução das ações
de saneamento básico;
V - incrementar em sua área de atuação o desenvolvimento
científico e tecnológico;
VI - fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendido o controle de
seu teor nutricional, bem como bebidas e águas para o consumo
humano;
VII - participar do controle e fiscalização da produção, transporte,
guarda e utilização de substâncias e produtos psicoativos, tóxicos
e radioativos;
VIII - colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido e
do trabalho.
LEI ORGÂNICA DA SAÚDE
Lei 8.080 de 19 de Setembro de 1990
Sistema Único de Saúde – SUS

Base Legal do SUS – LOS


Dispõe sobre as condições para a promoção,
proteção e recuperação da saúde, a
organização e o funcionamento dos serviços
correspondentes e dá outras providências.

DISPOSIÇÃO PRELIMINAR

Art. 1º Esta lei regula, em todo o território


nacional, as ações e serviços de saúde,
executados isolada ou conjuntamente, em
caráter permanente ou eventual, por pessoas
naturais ou jurídicas de direito Público ou
privado.
Lei Orgânica da Saúde – 8.080/1990

Base Legal do SUS – Lei 8.080/1990


DIREITOS E DEVERES
Sistema Único de Saúde – SUS

Art. 2º A saúde é um direito fundamental do ser


humano, devendo o Estado prover as condições
indispensáveis ao seu pleno exercício.

§ 1º O dever do Estado de garantir a saúde consiste


na formulação e execução de políticas econômicas
e sociais que visem à redução de riscos de doenças
e de outros agravos e no estabelecimento de
condições que assegurem acesso universal e
igualitário às ações e aos serviços para a sua
promoção, proteção e recuperação.

§ 2º O dever do Estado não exclui o das pessoas, da


família, das empresas e da sociedade.
Lei Orgânica da Saúde – 8.080/1990

Base Legal do SUS – Lei 8.080/1990


Sistema Único de Saúde – SUS

CONCEITO AMPLIADO DE SAÚDE

Art. 3º A saúde tem como fatores determinantes e


condicionantes, entre outros, a alimentação, a moradia,
o saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a
renda, a educação, o transporte, o lazer e o acesso aos
bens e serviços essenciais; os níveis de saúde da
população expressam a organização social e econômica
do País.

Parágrafo Único. Dizem respeito também à saúde as


ações que, por força do disposto no artigo anterior, se
destinam a garantir às pessoas e à coletividade
condições de bem-estar físico, mental e social.

 Em consonância com o que preconiza a OMS.


Lei Orgânica da Saúde – 8.080/1990

Base Legal do SUS – Lei 8.080/1990


RESPONSABILIDADES
Sistema Único de Saúde – SUS
CAPÍTULO III
Da Organização, da Direção e da Gestão

Art. 8º As ações e serviços de saúde, executados pelo Sistema Único


de Saúde (SUS), seja diretamente ou mediante participação
complementar da iniciativa privada, serão organizados de forma
regionalizada e hierarquizada em níveis de complexidade crescente.

Art. 9º A direção do Sistema Único de Saúde (SUS) é única, de acordo


com o inciso I do art. 198 da Constituição Federal, sendo exercida em
cada esfera de governo pelos seguintes órgãos:
I - no âmbito da União, pelo Ministério da Saúde;
II - no âmbito dos Estados e do Distrito Federal, pela respectiva
Secretaria de Saúde ou órgão equivalente; e
III - no âmbito dos Municípios, pela respectiva Secretaria de Saúde ou
órgão equivalente.

Art. 10. Os municípios poderão constituir consórcios para


desenvolver em conjunto as ações e os serviços de saúde que lhes
correspondam.
Lei Orgânica da Saúde – 8.080/1990

Base Legal do SUS – Lei 8.080/1990


FINANCIAMENTO
Sistema Único de Saúde – SUS

Art. 35. Para o estabelecimento de valores a serem transferidos a


Estados, Distrito Federal e Municípios, será utilizada a combinação dos
seguintes critérios, segundo análise técnica de programas e projetos:
I - perfil demográfico da região;
II - perfil epidemiológico da população a ser coberta;
III - características quantitativas e qualitativas da rede de saúde na área;
IV - desempenho técnico, econômico e financeiro no período anterior;
V - níveis de participação do setor saúde nos orçamentos estaduais e
municipais;
VI - previsão do plano qüinqüenal de investimentos da rede;
VII - ressarcimento do atendimento a serviços prestados para outras
esferas de governo.
§ 1º Metade dos recursos destinados a Estados e Municípios será
distribuída segundo o quociente de sua divisão pelo número de
habitantes, independentemente de qualquer procedimento prévio.
§ 2º Nos casos de Estados e Municípios sujeitos a notório processo de
migração, os critérios demográficos mencionados nesta lei serão
ponderados por outros indicadores de crescimento populacional, em
especial o número de eleitores registrados.
Lei Orgânica da Saúde – 8.080/1990

Base Legal do SUS – Lei 8.080/1990


DICAS IMPORTANTES
Sistema Único de Saúde – SUS

A lei 8.0880/1990 sofreu alterações à sua versão original, de acordo


com a seguinte caracterização:

• CAPÍTULO V - Do Subsistema de Atenção à Saúde Indígena


(Incluído pela Lei nº 9.836, de 1999)  art 19-A ao 19-H;

• CAPÍTULO VI - DO SUBSISTEMA DE ATENDIMENTO E INTERNAÇÃO


DOMICILIAR (Incluído pela Lei nº 10.424, de 2002)  art. 19-I e
parágrafos;

• CAPÍTULO VII - DO SUBSISTEMA DE ACOMPANHAMENTO


DURANTE O TRABALHO DE PARTO, PARTO E PÓS-PARTO
IMEDIATO (Incluído pela Lei nº 11.108, de 2005)  art. 19-J ao 19-L.
LEI DO CONTROLE SOCIAL DO SUS

Base Legal do SUS – Lei 8.142/90


Lei 8.142 de 28 de Dezembro de 1990
Sistema Único de Saúde – SUS

Dispõe sobre a participação da


comunidade na gestão do Sistema Único
de Saúde (SUS) e sobre as
transferências intergovernamentais de
recursos financeiros na área da saúde e
dá outras providências.

 Produto de intensa mobilização


política da sociedade brasileira.
Controle Social do SUS - Lei 8.142/1990

Base Legal do SUS – Lei 8.142/90


Artigo 1° - O Sistema Único de Saúde (SUS), de que trata a Lei n.
8.080, de 19 de setembro de 1990, contará, em cada esfera de
Sistema Único de Saúde – SUS

governo, sem prejuízo das funções do Poder Legislativo, com as


seguintes instâncias colegiadas:

I - a Conferência de Saúde;
II - o Conselho de Saúde.

§ 1° - A Conferência de Saúde reunir-se-á a cada quatro anos com a


representação dos vários segmentos sociais, para avaliar a situação
de saúde e propor as diretrizes para a formulação da política de
saúde nos níveis correspondentes, convocada pelo Poder Executivo
ou, extraordinariamente, por esta ou pelo Conselho de Saúde.

§ 2° - O Conselho de Saúde, em caráter permanente e deliberativo,


órgão colegiado composto por representantes do governo,
prestadores de serviço, profissionais de saúde e usuários, atua na
formulação de estratégias e no controle da execução da política de
saúde na instância correspondente, inclusive nos aspectos
econômicos e financeiros, cujas decisões serão homologadas pelo
chefe do poder legalmente constituído em cada esfera do governo.
Controle Social do SUS - Lei 8.142/1990

Base Legal do SUS – Lei 8.142/90


FINANCIAMENTO
Sistema Único de Saúde – SUS

§ 1° - Enquanto não for regulamentada a


aplicação dos critérios previstos no
artigo 35 da Lei n. 8.080, de 19 de
setembro de 1990, será utilizado, para o
repasse de recursos, exclusivamente o
critério estabelecido no § 1° do mesmo
artigo.

 Incentivos com base em critério per


capita.
Controle Social do SUS - Lei 8.142/1990

Base Legal do SUS – Lei 8.142/90


FINANCIAMENTO
Sistema Único de Saúde – SUS

Artigo 4° - Para receberem os recursos, de que trata o artigo 3°


desta Lei, os Municípios, os Estados e o Distrito Federal deverão
contar com:
I - Fundo de Saúde;
II - Conselho de Saúde, com composição paritária de acordo com o
Decreto n. 99.438, de 7 de agosto de 1990;
III - plano de saúde;
IV - relatórios de gestão que permitam o controle de que trata o § 4°
do artigo 33 da Lei n. 8.080, de 19 de setembro de 1990;
V - contrapartida de recursos para a saúde no respectivo
orçamento;
VI - Comissão de elaboração do Plano de Carreira, Cargos e
Salários (PCCS), previsto o prazo de dois anos para sua
implantação.
Parágrafo único - O não atendimento pelos Municípios, ou pelos
Estados, ou pelo Distrito Federal, dos requisitos estabelecidos
neste artigo, implicará em que os recursos concernentes sejam
administrados, respectivamente, pelos Estados ou pela União.
Princípios e Diretrizes do SUS

Art. 7º As ações e serviços públicos de saúde e os serviços

Princípios e Dirretrizes do SUS


Sistema Único de Saúde – SUS
privados contratados ou conveniados que integram o Sistema
Único de Saúde (SUS), são desenvolvidos de acordo com as
diretrizes previstas no art. 198 da Constituição Federal,
obedecendo ainda aos seguintes princípios:
I - universalidade de acesso aos serviços de saúde em todos os
níveis de assistência;
II - integralidade de assistência, entendida como conjunto
articulado e contínuo das ações e serviços preventivos e curativos,
individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos os níveis
de complexidade do sistema;
III - preservação da autonomia das pessoas na defesa de sua
integridade física e moral;
IV - igualdade da assistência à saúde, sem preconceitos ou
privilégios de qualquer espécie;
V - direito à informação, às pessoas assistidas, sobre sua saúde;
VI - divulgação de informações quanto ao potencial dos serviços
de saúde e a sua utilização pelo usuário;
Princípios e Diretrizes do SUS
Art. 7º (...)

Princípios e Dirretrizes do SUS


VII - utilização da epidemiologia para o estabelecimento de
Sistema Único de Saúde – SUS
prioridades, a alocação de recursos e a orientação programática;
VIII - participação da comunidade;
IX - descentralização político-administrativa, com direção única em
cada esfera de governo:
a) ênfase na descentralização dos serviços para os municípios;
b) regionalização e hierarquização da rede de serviços de saúde;
X - integração em nível executivo das ações de saúde, meio ambiente
e saneamento básico;
XI - conjugação dos recursos financeiros, tecnológicos, materiais e
humanos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios na prestação de serviços de assistência à saúde da
população;
XII - capacidade de resolução dos serviços em todos os níveis de
assistência; e
XIII - organização dos serviços públicos de modo a evitar duplicidade
de meios para fins idênticos.
Princípios e Diretrizes

Contextualização pelos Sanitaristas sobre

Princípios e Dirretrizes do SUS


Doutrina e Organização do SUS
Sistema Único de Saúde – SUS

PRINCÍPIOS DOUTRINÁRIOS E
DIRETRIZES ORGANIZATIVAS

Universalidade,
eqüidade,
integralidade

participação descentralização e
popular comando único
regionalização e
hierarquização
Normas Operacionais do SUS – NOB´s
NORMA OBJETIVO PRINCIPAIS PONTOS
Norma Induzir e estimular Equipara prestadores públicos

Base Legal do SUS – Normas


Sistema Único de Saúde – SUS

Operacional mudanças; e privados, no financiamento 


Básica do pagamento pela produção de
SUS 01/91 Aprofundar e serviços.
(editada pela reorientar a
Centraliza a gestão do SUS no
da Resolução implementação do
nível federal (INAMPS).
do INAMPS SUS;
n° 258, de 7 Estabelece o instrumento
de janeiro de Definir novos objetivos convencional como forma de
1991, e estratégicos, transferência de recursos do
reeditada prioridades, diretrizes INAMPS para os estados, Distrito
com e movimentos tático- Federal e Municípios.
alterações operacionais;
pela Institui a Unidade de Cobertura
resolução do Regular as relações Ambulatorial (UCA) destinada a
INAMPS entre gestores; reajustar os valores a serem
n°273, de 17 repassados aos Estados, distrito
de julho de Normatizar o SUS. Federal e Municípios.
1991) Implementação do Sistema de
Informações Ambulatoriais do
SUS (SIASUS).
Normas Operacionais do SUS – NOB´s
NORMA OBJETIVO PRINCIPAIS PONTOS

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Sistema Único de Saúde – SUS
Norma Formalizou os Cria transferência regular e
Operacional Princípios Aprovados automática (fundo a fundo) do
Básica do na 9ª Conferência teto global da assistência para
SUS 01/93 Nacional de saúde municípios em gestão semiplena.
(editada pela (realizada em 1992),
Habilita municípios como
portaria que teve como tema
gestores.
GM/MS n° central “a
545, de 20 de municipalização é o Define o papel dos Estados de
maio de caminho” forma frágil, mas esses, ainda
1993) assim, passam a assumir o papel
Desencadeou um de gestor do sistema estadual de
amplo processo de saúde.
municipalização da
gestão com São constituídas as Comissões
habilitação dos Intergestores Bipartite (de
municípios nas âmbito estadual) e Tripartite
condições de gestão (nacional) como importantes
criadas (incipientes, espaços de negociação,
parcial e semiplena). pactuação, articulação, integração
entre gestores.
Normas Operacionais do SUS – NOB´s
NORMA OBJETIVO PRINCIPAIS PONTOS
Norma A NOB/SUS Transfere aos municípios habilitados como Plena da
Operacional 01/96 promoveu Atenção Básica, os recursos financeiros com base per

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Sistema Único de Saúde – SUS

Básica do um avanço no capita, criando o PAB (Piso Assistencial Básico) repassado


SUS 01/96 processo de fundo a fundo de formar regular e automática;
(foi editada descentralização Reorganiza a gestão dos procedimentos de média
em 5 de complexidade ambulatorial (Fração Ambulatorial
novembro Criar novas Especializada);
de 1996por condições de Reorganiza a gesto dos procedimentos de Alta
meio da gestão para os Complexidade/Custo (APAC);
portaria municípios pela
GM/MS n° saúde de seus Incorpora as ações de Vigilância Sanitária, criando o
2203). cidadãos e Incentivo para as ações básicas de Vigilância Sanitária;
redefinindo Incorpora as ações de Epidemiologia e Controle de
competências de doenças;
Estados e Promove a reorganização do modelo de atenção,
Municípios as adotando-se como estratégia principal a ampliação de
origens e o cobertura do Programa de saúde Da Família e Programa
processo de de Agentes Comunitários de Saúde, com a criação de
implantação do Incentivo financeiro;
SUS. Aprimora o planejamento e define a elaboração da
Programação Pactuada e Integrada (PPI);
Define as responsabilidades, prerrogativas e requisitos
das Condições de Gestão Plena da Atenção Básica e
Plena de sistema Municipal de Saúde para os
municípios, e Avançada do Sistema Estadual e Plena de
Sistema Estadual para os estados.
Normas Operacionais do SUS - NOAS
NORMA OBJETIVO PRINCIPAIS PONTOS
Norma O objetivo da NOAS/SUS 01/01 A NOAS/SUS 01/01 estabeleceu as

Base Legal do SUS – Normas


Sistema Único de Saúde – SUS
Operacional de é “promover maior eqüidade na responsabilidades, requisitos e
Assistência do alocação de recursos e no prerrogativas dos gestores , as
SUS 01/2001 acesso da população às ações e origens e o processo de implantação
(instituída pela serviços de saúde em todos os do SUS municipais estaduais.
portaria GM/MS níveis de atenção” visando o
n° 95, de 26 de processo de Regionalização A partir de sua publicação os
janeiro de 2001). como estratégia de municípios puderam se habilitar
hierarquização dos serviços de em duas condições: Gestão Plena
saúde e de busca de maior da Atenção Básica Ampliada e
eqüidade. Gestão Plena de Sistema Municipal
de Saúde.
Institui o Plano Diretor de
regionalização da assistência em Os Estados puderam se habilitar
cada Estado e no Distrito em duas condições: Gestão
Federal, baseado nos objetivos Avançada do Sistema Estadual e
de definição de prioridades de Gestão Plena de Sistema Estadual.
intervenção coerentes com a
necessidade da população A nota Técnica CONASS n°23, de 13
garantia de acesso dos cidadãos de agosto de 2001, apresentou uma
a todos os níveis de atenção à síntese dos passos operacionais
saúde. Cabe às secretarias de para a implantação da NOAS/SUS
Saúde dos estados e do Distrito 01/01.
Federal a elaboração do PDR,
em consonância com o Plano
Estadual.
Normas Operacionais do SUS
NORMA OBJETIVO PRINCIPAIS PONTOS
Norma Resulta da reunião de O município-sede de módulo assistencial pode
Operacional Comissão Intergestores estar habilitado em Gestão Plena de Sistema

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Sistema Único de Saúde – SUS

de Tripartite realizada em 22 de Municipal quando em situação de comando único


Assistência novembro de 2001 onde foi municipal ou em Gestão Plena da Atenção Básica
do SUS firmado acordo entre o Ampliada (GPABA) quando em situação único
01/2002 CONASS e CONASEMS estadual.
(instituída para estabelecer comando
pela portaria único sobre os prestadores - Estabeleceu que o Limite Financeiro da Assistência
GM/MS de serviços de média e alta de cada Estado, assim como do DF no que couber,
n°373, de 27 complexidade e independente de sua condição de gestão, deverá ser
de fevereiro fortalecimento da Gestão dos programado e apresentado da seguinte forma:
de 2002). Estados sobre as referências a)Relação de todos os municípios da UF,
intermunicipais, notadamente independentemente da sua condição de gestão;
no que diz respeito à
b)Condição de gestão do município ou nível de
explicitação e mecanismos
governo responsável pelo comando único de média e
de acompanhamento dos
alta complexidade;
recursos federais, referentes
ao atendimento da população c)Parcela de recursos financeiros para o atendimento
não-residente que busca da população residente sob gestão municipal;
atendimento no município de d)Parcela e recursos financeiros para atendimento das
referência. referências intermunicipais;
e)Parcela d recursos financeiros para atendimento da
A Nota técnica do CONASS
população residente sob gestão estadual;
número 2, de 20 de março de
2002, apresentou um f)Outros recursos sob gestão estadual, alocados nos
detalhamento das principais municípios ou na SES;
alterações introduzidas pela g)Limite Financeiro Global da UF, somas dos itens
NOAS/SUS 01/ 02. C,D,E e F.
Outras Normas do SUS

Base Legal do SUS – Normas


• A normatização do SUS é amparada na publicação de
Sistema Único de Saúde – SUS

Portarias do Governo Federal, em especial, editadas pelo


Ministério da Saúde (Gabinete do Ministro – GM, Secretaria
de Assistência à Saúde – SAS, Portarias conjuntas com
outros segmentos do Ministério da Saúde e outros
organismos);
• Para efetuar busca podem ser usados os seguintes
caminhos (links):
• www.saude.gov.br/saudelegis (site de busca sobre
legislação do SUS, por data, tipo e numero do ato,
emitente e assunto) ;
• www.saude.gov.br/sas (Secretaria de Assistência à
Saúde  precisa saber o segmento emitente, além do
mês e ano da Portaria;
• www.in.gov.br (Diário Oficial da União).
A CRIAÇÃO DO SUS exigiu a definição de novos
Sistema Único de Saúde – SUS mecanismos e instrumentos de gestão

 Conferências de Saúde.
 Conselhos de Saúde.
 Espaço de negociação e pactuação de intergestores
- CIB/CIT.
 NOBs (NOB 01/91, NOB 01/92, NOB 01/93 e NOB
01/96).
 NOAS/SUS (NOA 01/2001 e NOA01/2002).
 PPI/PDI/PDR.
 Pactos pela Saúde
Governabilidade e Gerenciamento do SUS

Descentralização
Sistema Único de Saúde – SUS

 Gestão tripartite e bipartide

 Gestão por consensos

 Participação social
 Participação do setor privado

 Articulação entre entidades públicas da


sociedade civil/privadas

 REGIONALIZAÇÃO/TERRITORIALIZAÇÃO
Sistema Único de Saúde – SUS O PACTO DE GESTÃO NO SUS
 Reafirma a Regionalização como uma diretriz do SUS.
 Não propõe nenhum desenho ou modelo padrão de
Região de Saúde.
 Propõe que cada CIB estabeleça o desenho mais
apropriado de dessas regiões para garantir o acesso com
qualidade às ações e serviços de saúde respeitando as
necessidades de saúde e a capacidade de oferta de
serviços de saúde existentes.
 Propõe a constituição de um espaço permanente de
pactuação e co-gestão solidária e cooperativa por meio
de um Colegiado de Gestão Regional que deve assegurar
a presença de todos os gestores de saúde dos municípios
que compõem a região e da representação estadual.
Sistema Único de Saúde – SUS PACTUAÇÃO E CO-GESTÃO DO SUS

 Gestão compartilhada
 Gestão colegiada reforça a
 Pactuação configuração
 Co-financiamento de rede
 Construção de consensos interfederativa
 Descentralização/regionalização de gestão
 Negociação
 Controle social
A REGIONALIZAÇÃO COMO ESTRATÉGIA DO SUS

Processo de constituição de regiões sanitárias, nas quais


Sistema Único de Saúde – SUS

se organizam redes regionalizadas de atenção à saúde,
visando a garantir a universalidade do acesso, a
eqüidade, a integralidade e a resolubilidade das ações e
serviços de saúde

 O processo de regionalização do SUS deve considerar


diferentes dimensões relacionadas a aspectos
demográficos, geográficos, socioculturais e econômicos,
respeitando as características de cada região.

 No processo de regionalização as redes de atenção à


saúde devem ser entendidas como elementos
constitutivos de sistemas loco-regionais de saúde, que
devem se integrar e se complementar.
REGIONALIZAR PARA QUE?
1. Superar fragilidades do processo de
Sistema Único de Saúde – SUS

municipalização
2. Imprimir maior racionalidade na oferta de
procedimentos especializados:
 Respeitando a lógica de escala na produção
desses procedimentos e portanto evitando o
desperdício de recursos.
 Favorecendo o acesso.
 Organizando os “fluxos reais”.
 Qualificando e aumentando a eficiência da
atenção especializada e dos SADT.
O SUS COMO SISTEMA DE SAÚDE INTEGRADO

• Organiza-se através de um conjunto coordenado de


Sistema Único de Saúde – SUS

unidades funcionais de atenção a saúde RAS

• Utiliza vários mecanismos de integração assistencial.

• Ampla interface entre os pontos de atenção a saúde

• Considera o paciente como protagonista no cuidado.

• Valoriza a participação do paciente, família e


comunidade.

• Adequado para a oferta de atenção contínua e integral.


A REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE

 A Rede de Atenção à Saúde (RAS) é definida como arranjos


Sistema Único de Saúde – SUS

organizativos de ações e serviços de saúde, de diferentes


densidades tecnológicas, que integradas por meio de
sistemas de apoio técnico, logístico e de gestão, buscam
garantir a integralidade do cuidado.
 O objetivo da RAS é promover a integração sistêmica, de
ações e serviços de saúde com provisão de atenção contínua,
integral, de qualidade, responsável e humanizada, bem como
incrementar o desempenho do Sistema, em termos de acesso,
equidade, eficácia clínica e sanitária; e eficiência econômica.
 Caracteriza-se pela formação de relações horizontais entre os
PONTOS DE ATENÇÃO A SAÚDE, pela centralidade nas
necessidades em saúde de uma população, pela
responsabilização na atenção contínua e integral, pelo
cuidado multiprofissional, pelo compartilhamento de
objetivos e compromissos com os resultados sanitários e
econômicos.”
PONTOS DE ATENÇÃO A SAÚDE
 Unidades funcionais onde se ofertam ações e
Sistema Único de Saúde – SUS

serviços de saúde voltados à atenção de grupos


populacionais específicos.

 São exemplos de pontos de atenção à saúde os


serviço de atendimento domiciliar terapêutico, as
unidades básicas de saúde, as unidades
ambulatoriais especializadas, os centros de
atenção psicossocial, os centros cirúrgicos, os
prontos-socorros, dentre outros.

 Em um mesmo “Serviço de Saúde” podem


existir mais de um ponto de atenção à saúde.
Sistema Único de Saúde – SUS NÍVEIS DE ATENÇÃO A SAÚDE

*Assistência Primária
* Assistência Secundária
NIVEL
* Assistência Terciária TERCIÁRIO

NIVEL SECUNDÁRIO
• Regionalização
• Hierarquização
NIVEL PRIMÁRIO
• Territorialização

Fonte: PESS/NEPP/UNICAMP 2007


REDES DE SERVIÇOS DE SAÚDE
Estruturação de redes
de atenção a saúde
Sistema Único de Saúde – SUS

A conformação de
redes de gestão é
inerente ao SUS

Fonte: PESS/NEPP/UNICAMP 2007


Sistema Único de Saúde – SUS SISTEMA EM REDE DE ATENÇÃO A SAÚDE

Referência

Contra Referência

Fonte: PESS/NEPP/UNICAMP 2007


ORGANIZAÇÃO DA ATENÇÃO À SAÚDE
 Rede Por Tipo de Unidade de Saúde/Nível do Sistema:
Sistema Único de Saúde – SUS

 Rede de centros de saúde;


 Rede ambulatorial;
 Rede hospitalar;
 Rede de serviços de urgência e emergência.
 Redes Temáticas por Agravo/Risco/Faixa Etária/Gênero:
 Rede de atenção a saúde da mulher;
 Rede de atenção ao idoso;
 Rede de atenção aos portadores de diabetes;
 Rede de oncologia.
 Sistema em Rede – REDES DE ATENÇÃO A SAÚDE (RAS)
ORGANIZAÇÃO DE REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE

 Organização loco-regional.
Sistema Único de Saúde – SUS

 Atenção básica sob responsabilidade dos municípios, altamente


qualificada, resolutiva e organizadora do sistema.
 Atenção especializada (ambulatorial e hospitalar) e de urgência e
emergência, organizadas em função das demandas regionais
independente das unidades prestadoras estarem localizadas e sob
gestão de um dado município.
 Organização das atividades de saúde publica à partir de
consensos regionais.
 Diversidade de pontos de atenção.
 Organização regional dos pontos de apoio diagnóstico e
terapêuticos.
 Sistemas de apoio de caráter regional.
 Sistema de governança regional que respeite a autonomia dos
entes federativos.
 Construção e pactuação de consensos.
 Estruturas colegiadas regionais.
RECAPITULANDO… SUS
Sistema Único de Saúde – SUS SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE - SUS
SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE - SUS
• SISTEMA ÚNICO E SINGULAR NO MUNDO
Sistema Único de Saúde – SUS

• SAÚDE COMO DIREITO DE TODOS E DEVER DO ESTADO

• PRESENTE DIARIAMENTE NA VIDA DE TODOS OS BRASILEIROS


• PRINCIPIOS: UNIVERSALIDADE
EQUIDADE
INTEGRALIDADE
• DIRETRIZES: HIERAQUIZAÇÃO
DESCENTRALIZAÇÃO/HIERARQUIZAÇÃO
REGIONALIZAÇÂO/TERRITORIZAÇÃO
CONTROLE SOCIAL
• APRESENTA UM CONJUNTO DE AVANÇOS E DE DESAFIOS
• SISTEMA EM CONSTANTE PROCESSO DE EVOLUÇÃO
Sistema Único de Saúde – SUS
AVANÇOS/POTENCIALIDADE DO SUS

• Oferta de serviços de saúde a milhões de


brasileiros anteriormente excluídos do sistema.

• Estruturação de rede diversificada de ações e


serviços de saúde presente mesmo que de forma
não uniforme, em todo o território nacional.

• Grande produção de ações e serviços de saúde


com contribuições significativas na melhoria do
estado de saúde dos brasileiros.
PRINCIPAIS FRAGILIDADES/AMEAÇAS AO SUS
* Desconhecimento da população sobre o SUS.
Sistema Único de Saúde – SUS

* Gestores Despreparados x Gestão Ineficiente.

* Fragilidade dos mecanismos de articulação entre


unidades/pontos de atenção do sistema.

* Baixa resolutividade na atenção primária

* Limites no acesso do paciente aos serviços


ambulatoriais e hospitalares especializados.

* Sobrecarga dos serviços de urgência/emergência.

* Dificuldades e restrições no acesso a SADT´s.

* Implantação de Organização Social (terceirização).


DEFENDA O SUS!!!

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