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https://pt.wikipedia.org/wiki/Dist
%C3%BArbio_do_colapso_das_col%C3%B4nias
https://journals.plos.org/plosone/article?id=10.1371/
journal.pone.0006481
https://www.ars.usda.gov/news-events/news/
research-news/2015/bee-survey-lower-winter-losses-
higher-summer-losses-increased-total-annual-losses/
https://op.europa.eu/webpub/eca/special-reports/pollinators-15-2020/pt/
Disturbio https://abelha.org.br/faq/75-o-que-e-ccd/ redação 26 de março 2015
https://abelha.org.br/ccd/ 11 de setembro 2020aqui
Causas e consequências
https://www.europarl.europa.eu/news/pt/headlines/society/20191129STO67758/porque-estao-a-
desaparecer-as-abelhas-e-os-polinizadores-infografia redação 3 de dezembro2019
https://www.natgeo.pt/animais/2018/08/importancia-das-abelhas-e-porque-precisamos-delas
redação 8 de agosto de 2018
1/12 consulta
https://www.edp.pt/particulares/planeta-zero/artigos-dicas-de-sustentabilidade/biodiversidade/
importancia-protecao-abelhas-polinizacao/ redação 24 de janeiro 2022
https://abelha.org.br/politicas-publicas-ipbes/
11 de setembro 2020este
https://abelha.org.br/10-medidas-ipbes/b
11 de setembro de 2022
https://www.cienciaviva.pt/aprenderforadasaladeaula/desafio1.php este
https://www.fao.org/sao-tome-e-principe/noticias/detail-events/pt/c/1402388/
Atualmente, não há dados científicos que consigam clarificar a questão, mas as evidências apontam
para um claro declínio das populações de polinizadores devido, sobretudo, a atividades humanas.
As duas espécies mais estudadas são as abelhas e as borboletas e as investigações mostram que uma
em cada dez espécies de abelhas e borboletas está em risco de extinção na Europa. Os cientistas
ainda não encontraram uma explicação para tal situação.
Os polinizadores são expostos a vários fatores que podem contribuir para este quadro. Entre as
ameaças mais frequentes encontram-se as alterações na utilização dos solos, para a agricultura ou
para a construção de edifícios, que resultam muitas vezes na perda ou degradação de habitats.
As espécies invasoras, como a vespa asiática, e algumas doenças são particularmente perigosas para
as abelhas. As alterações climáticas, que estão a provocar o aumento das temperaturas e eventos
meteorológicos extremos, também contribuem para esta problemática.
Além destas, os cientistas apontam mais uma razão: dedicar extensas áreas ao cultivo de uma única
cultura cria habitats pobres para polinizadores como as abelhas. De notar que a criação em massa de
abelhas e o seu transporte também causa a propagação de doenças entre as colónias.
O fenômeno do Síndrome do Colapso das Colônias ou CCD, na sigla em inglês (Colony Collapse
Desorder), caracteriza-se pelo desaparecimento repentino de abelhas operárias em colônias
cultivadas da espécie de abelha Apis mellifera. Este fenômeno foi documentado nos EUA e em países
da Europa e, desde os primeiros registros no continente norte americano em 2006, verificou-se que
colônias que entravam em colapso apresentavam características bem definidas, razão pelo qual o
fenômeno passou a ser tratado como uma síndrome.
Frequentemente, o declínio das populações de abelhas é confundido com a CCD, que vem intrigando
a comunidade científica. As prováveis causas da CCD são uma combinação de fatores, que podem
incluir estresse provocado pelo transporte, manejo inadequado das colônias, uso incorreto de
defensivos químicos, má nutrição e doenças, entre outros.
A colmeia é deixada para trás pelas operárias e pela rainha, mesmo com filhotes e alimento
suficiente para a colónia. Em certas situações, foram encontradas apenas a rainha e algumas abelhas
que tinham acabado de nascer. Não se encontram na colmeia, ou nas proximidades, abelhas mortas,
nem indícios de doenças ou vestígios da ação de predadores. E a colmeia vazia não é vandalizada
posteriormente por insetos parasitas, como normalmente acontece em casos de abandono de
colmeias.
Os sintomas da CCD que permitem identificá-la são: (1) a rápida perda de abelhas operárias,
evidenciada pelo enfraquecimento ou morte da colônia com excesso de crias, em comparação ao
número de abelhas adultas, (2) ausência de crias e abelhas adultas mortas dentro ou fora da colmeia
e (3) ausência de invasão imediata da colmeia por pragas como, por exemplo, traças, ácaros,
besouros.
Consequências (copia)
78% das espécies de flores selvagens e 84% das espécies nos campos de colheita da UE dependem,
pelo menos parcialmente, de insetos para a produção de sementes. A polinização feita pelos insetos
ou outros animais também garante uma melhor qualidade de frutos, vegetais, nozes e sementes.
Frutas como maçãs, laranjas, morangos, damascos, cerejas. Feijões, pepinos e abóboras. Ervas como
manjericão, tomilho ou camomila. Tomate, pimentos e frutos cítricos também beneficiam de
polinização.
15 mil milhões. Este é, aproximadamente, o valor total da produção agrícola da UE, que pode ser
diretamente atribuída aos polinizadores
Isto significa que sem abelhas não haveria frutos silvestres, tomates, abacates, couves, maçãs,
amêndoas, laranjas, entre muitos, muitos outros alimentos. O que significaria, então, a uma escala
global, o desaparecimento das abelhas? Possivelmente, enormes dificuldades em produzir comida
para toda a população do mundo.
As abelhas são responsáveis por grande parte da polinização mundial de alfafa, que é amplamente
usada para alimentar gado. Aqui, a importância das abelhas manifesta-se indiretamente, mas
sabemos que se não houver abelhas, não haverá alimentos para os animais herbívoros.
Por sua vez deixariam de alimentar os animais carnívoros, destruindo a agricultura e a indústria, por
exemplo, de alimentos lácteos.
A Importância das Abelhas para os Ecossistemas
Imaginemos que não mais existiam abelhas. O que é que representaria para os ecossistemas?
Resposta simples: o fim deles.
Se não houver abelhas, não se dá 80% da polinização, não haverá alimentos para grande parte dos
pássaros, insetos e outros animais, toda a cadeia alimentar sofre, os animais morrem. O ecossistema
fica destruído.
As abelhas estão organizadas em colónias, cuja esperança de vida é de vários anos. A presença de
uma colónia duradoura de abelhas indica a saúde do ecossistema. As abelhas são dos insetos mais
sensíveis e que menos tolerância a alterações climáticas têm. Se vir um jardim cheio de abelhas (o
que é raro, hoje em dia) sorria, é bom sinal!
Medidas de prevenção
Limitar o uso de pesticidas e preferir produtos biológicos também é uma boa forma de contribuir
para a conservação das abelhas e aumento das suas populações – além dos efeitos benéficos para a
saúde, para os ecossistemas e para centenas de outras formas de vida que não as abelhas.
Procure ter no seu jardim diversidade de plantas “amigas das abelhas”: manjerico, funcho, malva,
manjerona, oregãos, alecrim, tomilho, hortelã, margaridas, girassóis, papoilas... muitas flores!
E como as abelhas também precisam de água, se estiver mesmo investido em fazer a diferença para
as abelhas do seu jardim, pode optar por deixar uma pequena taça com água fresca para as abelhas
beberem. Mas lembre-se! Também afogam, pelo que coloque algumas pedras na taça para reduzir a
profundidade da água.
Uma outra precaução a ter, e muito importante, é a atenção às vespas asiáticas que, como sabemos,
são uma espécie invasora e predadora das abelhas e das vespas comuns. Caso detete um ninho de
vespas asiáticas, contacte a linha SOS AMBIENTE (808 200 520) ou a plataforma SOS Vespa em
sosvespa.pt.
Para lidar com este problema e complementar os esforços a nível nacional e da UE, a Comissão
Europeia apresentou a primeira iniciativa a nível europeu nesta matéria - a “Ação da UE
relativamente aos polinizadores”, em 2018, que dá particular atenção aos insetos polinizadores
selvagens. A iniciativa pretende elucidar a população sobre o declínio destas espécies, travar as suas
causas e sensibilizar para o assunto.
Durante uma votação sobre a nova Estratégia de Biodiversidade da UE para 2030 realizada em junho
de 2021, os eurodeputados pediram uma revisão urgente da Iniciativa da UE relativa aos
polinizadores. A iniciativa revista deve incluir um novo quadro de desempenho e acompanhamento
dos polinizadores a nível europeu, com medidas robustas, objetivos e indicadores claramente
definidos e calendarizados, incluindo indicadores de impacto e o necessário reforço das capacidades.
Os eurodeputados concordaram também com os objetivos da Comissão de reduzir em 50% a
utilização dos pesticidas químicos e mais perigosos.
Para ajudar nessa tarefa, um grupo de 12 pesquisadores que integram a IPBES identificou dez
medidas que governos e formuladores de políticas em todo o mundo podem (e devem!) considerar.
Elevar os padrões regulatórios para os agrotóxicos, o que inclui considerar os efeitos indiretos dos
produtos nas avaliações de risco, e avaliar os riscos para uma série de espécies de polinizadores, e
não apenas para as abelhas;
Incluir efeitos indiretos e subletais nas avaliações de risco de culturas geneticamente modificadas
(GM). Apesar de não sabermos o suficiente sobre o impacto dos cultivos transgênicos nos
polinizadores, algumas culturas GM são tóxicas para os insetos e podem ter efeitos sutis nas
populações de polinizadores;
Regular o movimento dos polinizadores controlados para evitar a proliferação de doenças e conter a
introdução de espécies invasoras;
Desenvolver incentivos, como os esquemas de seguros, para ajudar os agricultores na transição para
uma agricultura com menor uso de agroquímicos;
Conservar e restaurar a “infraestrutura verde” (uma rede de habitat entre as quais os polinizadores
podem se mover) em paisagens agrícolas e urbanas. Para polinizar as culturas, os polinizadores
selvagens necessitam de habitat em torno dos cultivos que forneçam locais de nidificação
(construção de ninhos) e recursos florais. Essas manchas de habitat precisam ser suficientemente
próximas para que insetos ou pequenos pássaros voem entre elas – não mais de 500 m de distância
para as abelhas médias.
O estudo avaliou criticamente um vasto conhecimento (cerca de 3.000 artigos científicos) sobre
polinizadores, polinização e produção de alimentos para garantir que tomadores de decisão tenham
acesso a informações da mais alta qualidade. A avaliação foi compilada por uma equipe de 77
especialistas de todo o mundo, tendo passado por duas rodadas de revisão por pares que
envolveram especialistas e governos.
Além de apontar os principais riscos aos polinizadores, o documento ressalta uma série de caminhos
para conservá-los de maneira eficiente. As salvaguardas incluem:
Promoção de uma agricultura sustentável, que ajuda a diversificar a paisagem agrícola e faz uso de
processos ecológicos como parte da produção de alimentos;
Apoio a práticas tradicionais que gerem rotação de culturas e coprodução entre a ciência e o
conhecimento local indígena;
O documento foi referendado pela Convenção da Diversidade Biológica (CDB), que encoraja os
países a usar o relatório para orientar seus esforços e desenvolver planos de ação que visem a
melhoria da gestão de polinizadores, atacar os fatores de declínio dos polinizadores e trabalhar por
sistemas de produção agrícola sustentáveis, entre outros aspectos.
O QUE É A POLINIZAÇÃO?
Para se reproduzirem, as plantas com flor precisam de transferir os grãos de pólen dos estames
(órgãos masculinos) para os carpelos (órgãos femininos, onde se encontram os óvulos), e desta
forma produzir sementes que irão dar origem a novas plantas.
O transporte de pólen de flor para flor pode ser feito através do vento ou até mesmo da água, mas
cerca de 90% de todas as plantas com flor precisam da ajuda de insetos para se reproduzirem, o que
inclui não apenas as plantas dos ecossistemas naturais mas também das culturas agrícolas. Esta
relação entre plantas e insetos é benéfica para ambos: para que o pólen possa viajar de flor para flor
com a ajuda dos insetos, estes recebem como recompensa um saboroso e nutritivo néctar produzido
pelas plantas. As abelhas dependem ainda mais da polinização do que os outros insetos, pois as suas
larvas alimentam-se exclusivamente de pólen. Talvez por isso as abelhas sejam responsáveis por
cerca de 80% de toda a polinização feita por insetos.
Fique a conhecer com mais detalhe a importância dos insetos polinizadores, as ameaças a que estão
expostos, e o que fazer para promover a sua conservação.