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Introdução
A pesquisa mostra que tem sido cada vez mais constante e mediático a
mortalidade de abelhas no que se refere a atividade apícola e os benefícios
ambientais para o equilibro ecossistêmico. Vários fatores sob responsabilidade de
ação humana são apontados como potenciais precursores da mortalidade ou
enfraquecimento de colônias.
Segundo Dayson Castilhos, a preocupação mundial a respeito das mortalidades
de abelhas se iniciou em 2006, quando houve uma grande mortalidade de abelhas
Apis mellifera nos EUA e Europa. Desse ano para cá vem-se fazendo
levantamentos estatísticos periódicos sobre morte de abelhas. Aqui no Brasil os
dados começaram a ser colhidos em 2013.
Como potenciais precursores da mortandade de abelhas Apis mellifera pode-se
citar a contaminação ambiental pelo uso de agrotóxicos e demais produtos químicos
e o atual modelo agrícola pautado em extensas áreas de monocultura.
A maioria dos agrotóxicos em discussão pertencem ao grupo químico dos
neonicotinóides e organofosforados, os quais são capazes de causar uma série de
prejuízos aos indivíduos e integridade da colônia.
Referencial teórico
De acordo com José Bruno Malaquias, um dos autores do artigo Late effect of
larval co-exposure to the insecticide clothianidin and fungicide pyraclostrobin in
Africanized Apis mellifera, a causa do sumiço repentino em massa de abelhas é a
aplicação indevida de e indiscriminada de defensores agrícolas. Os compostos
químicos que contaminam as abelhas, que saem da colônia em busca de pólen para
a produção de mel e acabam atingindo toda a colmeia, são os inseticidas,
fungicidas, herbicidas e acaricidas.
Para a Agência Fapesp, nas matas brasileiras há diversas espécies selvagens de
abelhas possivelmente afetadas por agrotóxicos. É importante ressaltar que o
impacto econômico previsto será imenso pois a polinização realizada por esses
insetos é indispensável na agricultura.
Bilhões de abelhas estão morrendo silenciosamente, colocando toda a nossa
cadeia alimentar em perigo. Abelhas não fazem apenas mel, elas são uma força de
trabalho gigante e humilde, polinizando 90% das plantas que produzimos. Segundo
Fernanda da Costa, o Fipronil, inseticida aplicado principalmente na soja, causa a
morte de 60% das abelhas analisadas pela UFRGS. O produto mata abelhas por
contato ou ingestão. Os Neonicotinoides, inseticidas derivados da nicotina,
contaminam as abelhas por meio do pólen e do néctar.
De acordo com o website The Magazine, as principais consequências da extinção
de abelhas são o desaparecimento de muitos produtos alimentares devido à falta
de polinização; devido à falta de alfafa e outras plantas polinizadas apenas por
abelhas, indispensáveis para muitos animais domésticos produzirem leite, a
produção de leite e seus derivados sofrerá; aumento significativo no preço devido à
escassez de muitas formas de produto.
Objetivo geral
Referências bibliográficas
Ação de agrotóxicos reduz vida de abelhas em até 50%. 2019. Fontes: Agência
Fapesp e Projeto Colmeia Viva.
Disponível em: https://alavoura.com.br/pecuaria/apicultura/acao-de-agrotoxicos-
reduz-vida-de-abelhas-em-ate-50/.
Agrotóxicos encurtam vida e mudam comportamento das abelhas. 2019. Por Camila
Boehm – Repórter da Agência Brasil – São Paulo.