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NOME_____________________________Nº____TURMA H
Glândulas endócrinas
São órgãos que produzem hormonas, cujo nome vem do grego endon (no interior) e crino (segregar).
Estão espalhadas pelo corpo e são bastante diferentes em tamanho, forma e estrutura. Estas glândulas
não têm canais excretores, sendo as hormonas lançadas directamente no sangue.
B
C
E
F
Fig. 1
1. Faz a legenda das letras da figura 1, utilizando a seguinte lista de glândulas endócrinas :
testículos, ovários, cápsulas supra-renais, hipófise, tiróide, paratiróides, pâncreas.
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Hormonas e acção hormonal
As hormonas têm as
seguintes características:
- pertencem a duas classes
de compostos orgânicos, os
esteróides (grupo de lípidos
que não contém nem
glicerol nem ácidos gordos;
um dos mais conhecidos é o
colesterol a partir do qual
derivam as hormonas
esteróides) e as proteínas.
- são moléculas sintetizadas
por glândulas endócrinas.
Fig. 2
- são lançadas no sangue.
- actuam em quantidades muito pequenas.
- têm acção específica sobre células-alvo (figura 2)
- regulam processos celulares, estimulando ou inibindo a actividade das células-alvo.
- têm, em regra, uma acção duradoira.
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3. Consulta esse mesmo quadro e refere das hormonas aí mencionadas quais as que têm
influência no crescimento dos indivíduos.
Hormonas do crescimento
As glândulas endócrinas que produzem hormonas responsáveis pelo crescimento são:
- hipófise; ; - tiróide; - paratiróides; - testículos; - ovários
Hipófise
A hipófise é uma glândula endócrina do tamanho de uma ervilha, situada debaixo do cérebro. A
hipófise controla, em grande parte, o funcionamento das outras glândulas endócrinas e é, por sua
vez, controlada pelo hipotálamo, uma região do cérebro que se encontra por cima da hipófise
(figura 3).
A hipófise consta de dois lobos: o posterior
que está ligado ao hipotálamo e do qual
recebe informações e hormonas que
armazena e o anterior que é uma região
produtora de hormonas.
Fig. 3
Uma das hormonas produzidas neste lobo anterior é a hormona dos crescimento ou
somatoestimulina ou STH ou GH (do inglês “Growth Hormone), que, entre outras acções, age
particularmente nas cartilagens de conjugação dos ossos, estimulando o crescimento do esqueleto;
propicia também a deposição de cálcio e fósforo nos ossos.
Anões e gigantes são, normalmente, o resultado de uma deficiência desta hormona. O anão
hipofisário (figura 4) não produz uma quantidade suficiente da hormona do crescimento, sendo o seu
crescimento, durante a infância muito pequeno. O corpo de um anão adulto é proporcionado, a sua
inteligência é normal, mas as glândulas sexuais não atingem a maturidade sendo, por isso, estéreis.
Relativamente à hipersecreção desta hormona, que, por norma, é devida a um tumor da hipófise, ela
pode ocasionar o gigantismo (figura 5), caso ocorra durante a pré-adolescência, ou a acromegalia
(figura 6), se este fenómeno se desenvolver no indivíduo já adulto. No gigantismo, um indivíduo
adulto é proporcionado e não pára de crescer. Na acromegalia, verifica-se um alargamento ósseo da
face, dos pés e das mãos, sofrendo estes doentes de violentas dores de cabeça.
4. O nanismo
hipofisário pode ser
curado na infância e
pré-adolescência, se
for detectado a tempo.
Diz qual seria a terapia
adequada.
5. Depois de adulto, o
nanismo hipofisário é
incurável. Justifica.
6. Diz por que motivo
a acromegalia e o
Fig. 5 gigantismo apresentam
Fig. 6 uma tipologia diferen-
te, sabendo-se que a
Fig. 4 origem é a mesma.
Tiróide
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A tiróide ( figura 7) é uma pequena glândula endócrina formada por dois lobos unidos por uma
região chamada istmo. Mede cerca de 6 cm de largura, a altura dos lobos é de cerca de 6 cm e pesa à
volta de 30 g. Localiza-se à volta da traqueia, por baixo da laringe.
A tiróide segrga várias hormonas, sendo as mais importantes a triiodotironina (T3) e a tiroxina ou
tetraiodotironina (T4). Como se deduz facilmente pelos nomes das hormonas, o iodo é necessário
para a sua formação; obtém-se na alimentação através dos peixes marinhos, marisco, alguns legumes,
etc.
Estas hormonas comandam o ritmo da vida, estimulando o metabolismo dos glícidos, dos lípidos e
dos prótidos na maioria dos tecidos do corpo. Exercem, por isso, funções importantes no crescimento
e desenvolvimento. Intervêm ainda nas metamorfoses dos Anfíbios (rã, por exemplo).
Quando a produção de T3 e T4 diminui, surge o
hipotiroidismo; se a produção é excessiva, surge o
hipertiroidismo.
Se o hipotiroidismo aparece no estado adulto, verifica-se
fadiga, palidez, apatia, aumento de peso, tendência para reter
líquidos no corpo, características de uma doença designada por
mixedema (figura 8); se
esta insuficiência for
congénita, origina o
cretinismo (figura 9)
que se traduz por
alterações no
desenvolvimento físico e
psíquico.
Fig. 7
Fig. 11
5
Uma outra hormona da tiróide é a calcitonina, que age na regulação do teor de cálcio do sangue. A
secreção desta hormona aumenta quando a taxa sanguínea de cálcio está acima do normal, o que
promove a retirada de cálcio do plasma e o seu armazenamento nos ossos.
Paratiróides
As glândulas paratiróides (figura 13) são dois pares de pequenas estruturas ovóides que pesam cerca
de 140 mg e que se encontram localizadas atrás da tiróide, uma de cada lado dos seus pólos
superiores e inferiores.
Fig. 13
Funções do pâncreas
O pâncreas tem uma dupla função. Por um lado, produz um importante suco digestivo que lança
no intestino, por outro produz insulina. Esta é uma substância que, quando é lançada no sangue,
permite ao corpo utilizar os açúcares dos alimentos.
No sangue humano existem apenas, vestígios de glicose. Se a percentagem de glicose aumentar,
há a possibilidade de ocorrerem distúrbios que podem conduzir à morte. Assim, desde cedo houve a
necessidade de perceber como o controlo do nível da glicose no sangue é realizado no organismo.
Em 1889, dois fisiologistas alemães estudaram o funcionamento do pâncreas em cães. Para tal,
retiraram-lhes esse órgão e observaram o comportamento dos animais.
Verificaram que os cães urinavam mais e que a urina atraía grande quantidade de formigas.
Perante isto, fizeram análises químicas à urina, verificando que possuía um alto teor em glicose.
A extracção do pâncreas provocou nos animais uma doença - a diabetes. Esta doença é motivada
pela ausência ou insuficiência de produção de insulina pelo pâncreas. No primeiro caso, o doente pode
ser tratado com injecções de insulina (diabetes tipo I). No segundo caso. o diabético pode ter outro
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tipo de medicação, pois o pâncreas consegue produzir alguma insulina e, como tal, a medicação
tem por objectivo estimular o pâncreas a produzir a insulina (diabetes tipo II).
A carência ou ausência de insulina impossibilita a reserva de açúcar no tecido muscular, assim
como a possibilidade de o utilizar como energia. Deste modo, o doente sente fome, mas não consegue
usar nem armazenar a energia dos alimentos. A excessiva concentração de açúcar no sangue exige
que ele seja eliminado pela urina; logo, uma grande quantidade de água é também eliminada.
Assim, a sensação de sede, o aumento de débito urinário e a fadiga são os principais sintomas da
doença.
São muitas as complicações associadas à diabetes, entre as quais se incluem problemas nos olhos
que podem acabar em cegueira, doenças cardíacas, derrames cerebrais, problemas neurológicos*, etc.
A diabetes é uma doença cujo aparecimento pode ser influenciado por alguns comportamentos
como a má alimentação e o sedentarismo. Assim, há que tomar atitudes para evitar esta doença.
Mason, A. Stuart, in As Hormonas e a Saúde. Editora Ulisseia.