Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
P. 26 – (...) não consideramos as áreas metropolitanas regiões. (...) são elas assentamentos, ou
compartimentos territoriais estruturados pelos deslocamentos dos seres humanos enquanto
consumidores ou portadores da mercadoria força de trabalho; são, por isso, cidades.
Abordagens dos espaços intra-urbano e regional.
Espaço e Sociedade
P. 47 – Com efeito, o grande desnível social entre as classes nas metrópoles latino-americanas
faz com que nelas seja realçada aquela faceta da luta de classes que é travada em torno das
condições de produção/consumo do espaço urbano, isto é, em torno do acesso espacial às
vantagens ou recursos do urbano.
P. 52 – Na descrição que segue, a expressão núcleo urbano será empregada para designar o
aglomerado urbano que apresenta um mínimo de atividades centrais, sejam religiosas,
administrativas, políticas, sociais ou econômicas, ou seja, que tem vida própria, por menor
que seja, organizada em torno de um centro polarizador.
P. 238 – No social, nada é, tudo torna-se ou deixa de ser. Nenhuma área é (ou não é) centro;
torna-se ou deixa de ser centro.
P. 238 (...) será um conjunto vivo de instituições sociais e de cruzamentos de fluxos de uma
cidade real.
P. 238-239 – O processo contraditório entre a necessidade de aglomerar e ao mesmo tempo se
afastar de um ponto no qual todos gostariam de se localizar faz surgir o centro de
aglomeração, nesse ponto.
P. 239 – O desenvolvimento da vida social faz com que surjam atividades que exigem o
deslocamento de muitos, para o mesmo ponto, às vezes ao mesmo tempo (religião, governo,
comércio).
P. 241 – (...) o valor material é a fonte de seu valor simbólico: É a excepcional importância
comunitária e social dos centros que faz com que eles passem a ser objeto de grande
valorização simbólica.
P. 243 – (...) as diferentes classes sociais têm condições distintas de acessibilidade aos
diferentes pontos do espaço urbano. (...) São essas distinções que fazem com que, sendo
objeto de disputa entre as classes, o centro se torne mais acessível a uns do que a outros,
através dos mais variados mecanismos: desde o desenvolvimento de um sistema viário
associado a determinado tipo de transportes, até o deslocamento espacial do centro e suas
transformações (sua decadência ou pulverização, por exemplo. As transformações territoriais
por que passaram e continuaram passando os centros de nossas cidades são fruto dessa
disputa.
P. 250 – A cidade a que chamamos “tipicamente capitalista” surgiu sob a égide do mecanismo
de mercado, imperando basicamente nas transações imobiliárias, nos loteamentos e mais tarde
no espaço urbano produzido sob o impacto do automóvel.
P. 251 – Os valores supremos do capitalismo não são nem Deus nem o Estado, por milênios
homenageados pelos centros urbanos. Seus valores são o lucro, o dinheiro, a mercadoria, o
trabalho assalariado e a iniciativa privada.
O surgimento dos centros principais.
P. 253 – É impossível entender o novo centro que surgia sem o chefe de polícia, o advogado,
o banco, o médico, o hotel e sem a libertação da mulher da tutela da casa grande e do
patriarca, com sua ida à modista, ao cabeleireiro, à confeitaria, à loja e ao teatro.
P. 254 – Os centros de nossas metrópoles s]ao áreas complexas constituídas por várias
subáreas caracterizadas por certa concentração de atividades do setor terciário.
CÁPITULO 11 – Os subcentros
P. 293 – O subcentro consiste, portanto, numa réplica em tamanho menor do centro principal,
com o qual concorre em parte, sem entretanto, a ele se igualar. Atende aos mesmos requisitos
de otimização de acesso apresentados anteriormente para o centro principal. A diferença é que
o subcentro apresenta tais requisitos apenas para uma parte da cidade, e o centro principal
cumpre os para toda a cidade.