O documento discute como o filme Tempo de Matar de 1996, sobre um homem negro que mata os estupradores de sua filha, ainda é relevante hoje ao tratar de temas como racismo, justiça racial e a supremacia branca. O documento também compara os casos recentes de George Floyd e de uma mulher negra no Brasil com a história do filme.
O documento discute como o filme Tempo de Matar de 1996, sobre um homem negro que mata os estupradores de sua filha, ainda é relevante hoje ao tratar de temas como racismo, justiça racial e a supremacia branca. O documento também compara os casos recentes de George Floyd e de uma mulher negra no Brasil com a história do filme.
O documento discute como o filme Tempo de Matar de 1996, sobre um homem negro que mata os estupradores de sua filha, ainda é relevante hoje ao tratar de temas como racismo, justiça racial e a supremacia branca. O documento também compara os casos recentes de George Floyd e de uma mulher negra no Brasil com a história do filme.
Tempo de Matar, um filme de 1996 que conta com uma discussão atual
No momento em que estamos vivendo hoje, em 2020, muitas coisas atípicas
estão acontecendo, crises econômicas, a pandemia do Covid-19 e claro, a quarentena e o isolamento social. Mas, além disso, surgiram dois casos terríveis de racismo envolvendo a polícia. O primeiro caso ocorreu nos Estados Unidos, o caso do policial Derek Chauvin, que sufocou com seu joelho um homem negro, George Floyd, de 46 anos, até a morte. O segundo caso deu origem no Brasil, muito similarmente ao de Floyd: um policial pisou sobre o pescoço de uma comerciante negra de 51 anos durante a abordagem. Neste caso, ao menos, a vítima, cuja identidade foi preservada, não chegou à óbito como no caso americano. O filme estadunidense 'Tempo de Matar', lançado no ano de 1996, do diretor Joel Schumacher, apesar de antigo, faz seus espectadores refletirem sobre os casos ocorridos neste ano. Roteirizado por Akiva Goldsman, o drama americano trata de um caso onde um homem negro, Carl Lee Hailey, assassina dois homens brancos que estupraram e quase mataram sua filha, também negra, Tonya Hailey, de apenas 10 anos, essa história se passa no Mississippi, estado que aboliu oficialmente a escravidão em pleno século XXI. Durante o julgamento de Hailey, seu advogado, Jake Brigance, ressalta o racismo do sistema judiciário, e a grande chance de que os estupradores de Tonya tinham de serem soltos, o que mostraria o racismo estrutural presente até na justiça. Além disso, no final do julgamento, Brigance pede ao júri para que imaginassem a situação que a vítima do estupro passou, e, ao final, ele os pede para que imaginassem aquela menina indefesa, sendo branca, na tentativa de convencer o júri a absolver o acusado, e evidenciando ainda mais a grave situação de racismo da época, a qual, infelizmente perdura até os dias de hoje como visto nesses caso brutais citados. O drama também retrata, em segundo plano, as ações do Ku Klux Klan, um grupo extremista fundado no ano de 1915 que defendia, entre outras coisas, a supremacia branca e o nacionalismo. Mostrando para o espectador os valores da sociedade os quais perduram desde a criação deste grupo, por ocorrer casos deploráveis de racismo todos os dias, em todos os quatro cantos do globo terrestre mesmo depois de séculos. Portanto, o filme estadunidense “Tempo de Matar” é extremamente recomendado para aqueles que querem refletir sobre a situação global atual. Esta obra cinematográfica traz com maestria a discussão sobre o racismo sofrido pela população negra, que ainda temos que lutar para evitar que os mesmos preconceitos continuem sendo vistos até os dias de hoje. Mostrando assim como é um filme com uma temática atual por ter sido lançado a mais de duas décadas.