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Atividade Avaliativa de História

Turma: EBM 3A
Nome: Ellen Magalhães Borges

Bastardos Inglórios: Um fim alternativo para a Segunda Guerra Mundial

A obra de guerra/ação “Bastardos Inglórios”, lançada em 2009, dirigida por Quentin


Tarantino, conhecido por suas produções como “Era uma Vez em... Hollywood” e “Django
Livre”, o qual foi produzido por Lawrence Bender; conta com um elenco que está ao nível
do filme e detém um talento considerável. Além disso, o filme recebeu diversas indicações a
prêmios renomados, entre elas, ao Oscar em categorias como melhor ator coadjuvante (2010)
que foi concedida ao ator Christoph Waltz.

Em “Bastardos Inglórios”, a França está tomada pelos nazistas que impõem o regime de
extrema direita. O filme mescla a história de vingança da judia Shosanna Dreyfuss (Mélanie
Laurent) e o grupo enviado pelo exército americano que contém soldados de origem judaica
liderado pelo tenente Aldo Raine (Brad Pitt) que tem como objetivo cometer uma missão
suicida contra os alemães, ou seja, ambos personagens querem realizar uma rebelião contra as
autoridades da época. Simultaneamente, Shosanna presencia o assassinato de toda sua família
após ordens de Hans Landa (Christoph Waltz), coronel da SS (organização paramilitar ligada
ao partido nazista), o que faz a buscar refúgio em Paris, se tornando, Emmanuelle Mimieux, a
dona de um cinema da capital francesa, enquanto planeja uma retaliação após conhecer o
soldado, que se apaixona por ela e acaba por ter seu filme exibido no cinema de Shosanna.

O nazifascismo se caracteriza por ser um governo totalitário de extrema direita que foi
instituído na Alemanha durante a Segunda Guerra Mundial, este regime é uma espécie de
ditadura onde o indivíduo se torna totalmente submisso ao Estado. O enredo de Bastardos
Inglórios representa o nazifascismo por meio de cenas como no principio do capitulo, onde o
sentimento nacionlista e de devoção ao líder nazista Hitler ao abdicar de sua vida ao não
entregar outros soldados em troca de sua sobrevivencia quando chantageado por Aldo, o
apache; há a exclusão de negros e judeus da sociedade, ou até mesmo alemães que iam
contra as propostas do regime de extrema direita, enfatizando a supremacia racial e o
controle sobre a vida dos cidadãos.
O longa apresenta o desenrolar da Segunda Guerra na visão de Quentin Tarantino, o qual
também ficou responsável pelo roteiro, que divide o enredo em capítulos, característica
comum aos filmes tarantinos. Torna-se evidente que o filme é uma visão subjetiva, por parte
diretor, do bárbaro conflito que ocorreu entre 1939 e 1945 logo no título do primeiro capítulo,
de nome “Era um vez…Numa França ocupada por nazistas”. Assim, apesar da trama conter
fatos que realmente ocorreram, a obra não relata fielmente o que aconteceu durante a
Segunda Guerra Mundial.

A história conta com um roteiro de ação típico de uma guerra repleta de violência física e
gore- mais um aspecto tradicional dos filmes de tarantino- entretanto o cenário principal não
é o campo de batalha, mas sim os confrontos como, por exemplo, contra judeus assim que se
inicia o longa, justificando a introdução consciente e estratégica desses atos brutais para
explorar temas de maior profundidade, como a vingança de Shosanna e a justiça e moralidade
da comunidade chefiada por Aldo.

Vale ressaltar que a técnica de Tarantino se destaca por ser única e minimalista, qualidades
presentes não somente nesta trama do diretor que possui um estilo incomparável para tornar
seus filmes distintos e cômicos. É relevante salientar o jogo de câmeras que ele utiliza para
transferir sensações de forma imperceptível, inclusive o ângulo das lentes para efetuar
impactos no telespectador.

Dessa forma, “Bastardos Inglórios” é uma ótima opção para quem deseja assistir um desfecho
cômico e alternativo da Segunda Guerra Mundial, é destinado, principalmente, para
admiradores do diretor Quentin Tarantino, considerando sua estilização distinta, os aspectos
violentos presentes em todo o filme, entre outros. É super indicado aos telespectadores que
procuram um enredo farto por reviravoltas, que possuam aquele humor ácido e
contraindicado para aqueles que querem adaptações fiéis da guerra, uma vez que o
longa-metragem traz uma visão, de certa maneira, ousada do diretor em que que os
precursores nazistas acabam por ter seu merecido final.

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