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Universidade Estadual Vale do Acaraú

Aluno: Francisco Marcelo de Souza Taumaturgo


Professor: Marcus Flávio - Sociologia Jurídica
Data: 14/11/2021

Crítica ao filme Marighella

Marighella é um filme nacional transmitido nos cinemas brasileiros no


dia 04/11/2021 pela Globo Filmes dirigido pelo multifuncional (autor,
diretor e produtor) conhecido nacionalmente pelo violento, estrelado
pelo Capitão Nascimento do Tropa de Elite interpretado por Wagner
Moura que já acumula passagens em produções internacionais, como a
série Narcos da Netflix com a presente obra dirigir e filmar um herói
histórico com elenco vasto de atores consagrados em outras produções
nacionais, vale salientar Seu Jorge (Carlos Marighella), Bruno Gagliasso
(Lúcio), Humberto Carrão (Humberto), Herson Capri (Jorge).
Foi produzido no ano de 2017 com planejamento e organização para a
sua estreia em Novembro de 2019, todavia não obteve autorização da
Ancine(Agência Nacional de Cinema) para ser divulgado no território
nacional de origem sendo exibido apenas no exterior devido a
representar uma história de um homem negro contrário a Ditadura e o
atual hóspede do Executivo ser um admirador do período autoritário
conta com fieis apoiadores até causando avalliações negativas de
militantes de direita sem sequer terem apreciado a obra de arte que
reforçar o caráter polêmico devido a polarização recente,
posteriormente foi novamente pela pandemia do vírus Sars-Cov-2 em
novembro de 2020.
A História de Marighella é sobre um homem negro fruto de um
reacionamento de uma mulher Sudanesa e homem italiano, na vida
adulta participava do PCB ( Partido Comunista Brasileiro) desde a
oposição contra Getulio Vargas e diante de um contexto de censura e
violência imposta pelos Militares e com clara divergência com o seu
partido originário após a sua captura e tortura, logo é obrigado a
abandonar o PCB com liderança e participação na guerrilha armada
inspirado por resistências que consseguiram exito, como a Revolução
ubana e Guerra do Vietna.
Assim, por discordar da dominação de milicos foi denominado pelos
representantes do Estado Militar por denominações vulgares e
depreciadoras, como “terrorista”, “comunista de merda” e “inimigo nº 1
da nação”.
É importante mencionar que por se tratar de um filme histórico
biográfico sobre eventos relacionado após o golpe de 1964 se interligar
com outros filmes da mesma epoca com o sequestro do embaixador
norte americano Charles Burke Elbrick idealizado por Fernando
Gabeira, membro do MR8, com auxilio de dois companheiros da ALN
(nome ficiticcio do filme Jorge e Branco), também a ligação de
Marighella com os seminaristas dominicanos expllicitado no filme
Batismo de Sangue resulta em tortura do Padre Henrique e demais
membros dominicanos a fim de realizar assasinato de Marighela
marcado em 04/11/1969.
Marighella é uma biografia que não se resume ao formato de
documentário, mas apresenta a história nua e crua sem romantizar o
personagem, em que um homem controverso considerado um Heroi
por uns, enquanto um comunista pelos militares e simpatizante essa
ideia preconcebida irá desaparecendo com o decorrer do filme, pois
abordar a visão de jovens guerrilheiros dentro da fase mais sangrenta
O Al º5 ( Ato Institucional número 5) sob a gestão de Medici explicitada
pela truculência do Delegado Bruno ao avistar um “inimigo da nação”
com uma postura impiedosa e cruel, Ademais mostrar uma visão breve
da subordinação dos funcionário do governo aos interesses do Eua que
financiaram a tomada do poder percebido no momento inicial, em que
ocorre o reconhecimento pela imprensa de grupos contrários
escondidos exposto na cena do assalto a banco que é orientado uma
versão PARALELA para que não mostrassem fragilidade no Governo.
O Filme conta com atuação de personagens caricatos com uma
interpretação emocionante e intensa, vale ressaltar inicialmente era
escolhido o rapper Mano Brown, pois segundo o diretor é bastante
parecido com o protagonista, porém não pode atuar por conflitos de
agenda obrigando a escolha acertada do cantor Seu Jorge que já
interpretou Mané Galinha no sucesso nacional Cidade de Deus
Seu Jorge é encarnar duas versões do mesmo homem: um líder com
papel estratégico no combate armado e o ser humano como o
relacionamento com o filho Carlinhos e a namorada (Adriana Esteves).
É destacado que a escolha de um ator com tom de pele diferente, em
comparação com o ex-militante que era próximo ao Mano Brown gera
inúmeras discussões acerca da fidelidade ao filme, todavia o diretor não
se abalar
É importante frisar que uma das cenas mais lindas e emocionantes é
quando Marighella tomar um banho no mar expressando seu carinho,
mas é obrigado abandona o desejo de ser pai e lutar custando a sua
vida para que seu filho vivesse um futuro melhor para isso após ver sua
prisão no cinema é enviado a Salvador, após a prisão nunca mais viu
seu pai.
Indagado sobre as dificuldades de atuar, o protagonista aponta que é
um local sozinho, apesar de toda uma equipe por trás das câmeras ser
um trabalho diferente dos palcos.
A Atuação de Bruno Gagliasso ao interpretar um psicopata com poder
que arma uma emboscada ocasiona o assasinato é percebido um tom
mais teatral e previsível que permite ao observador uma maior conexão
com a atualidade e o papel de Adriana Esteves é uma passagem breve
e com pouca relevância assumindo como uma face humana de
Marighella ao pausar o contexto turbulento e perigoso
Confesso que a atuação de Humberto Carrão despertou em mim um ser
incontrolável expresso naquele momento que deixa seu “companheiro”
dentro do carro para ser entregue aos “tubarões” da ditadura,
prosseguindo a história em um dos ponto alto sacrificar sua vida para
que o pai de família com três filhos pudesse criar possibilitar
ressignificar a ideia do personagem ao momento que espectador ver
que os companheiros de Marighela estão sendo perseguidos, logo
morrendo.
Wagner Moura critica publicamente todas as dificuldade que enfrentava
para arrecadar fundos ao seu filme que tem um orçamento bem abaixo
de cerca de R$3,500,000, inclusive necessitou de o próprio diretor
injetar dinheiro para que concluísse seu projeto com uma ambientação
ao anos de chumbo de Salvador com participação breve, São Paulo (
cena dos dominicano e morte de Marighella) e Rio de Janeiro.
Em relação aos aspectos sonoros, tenho que elogiar a direção, pois
optar por uma trilha sonora fugaz que se interligar com a cena, exceto
nos créditos a recitação do Hino Nacional que particularmente acredito
que é uma cena dispensável e mal feita, também quebrar a ordem lógica
da morte que ao aparecer de forma inexplicável.

O Filme remonta a um estilo de câmera que foge do modelo tradicional


em mostrar as interações com o ambiente e foca em um tom mais
intimista com câmera posicionado bastante próximo ao personagem,
isso se deve ao fato do Diretor está mais familiarizado com a atuação
sendo a presente obra a sua estreia como diretor, Além disso percebe
que em um ambiente Hostil e constante tensão causada pela sensação
de perigo constante em ser descoberto pelo delegado alinhado com as
diretrizes militares Lúcio .

Moura propoem em seu filme uma reflexão acerca do conceito de


Patriota e Defensor da Nação disseminado peoss autoritárioss, todavia
motrar a manipulação e tortura de semelhante, ao tempo que oss
cchamados “subservivos” são asasinado pelo seu próprio semellhante
possibilitando uma nova leitura.
Nando opta por uma construção com diversas criações artística, como a
modificação de nome ( Delegado Fleury) com um enredo que facilitar
uma maior complexidade de cada intérprete`que iniciar de forma morna
e só atinge um momento complexo a partir de 30 minutos
Reflete sem suavizar os aspetos duros da ditadura, como censura,
tortura, assassinato e manipulação de fatos historicos com a exibição
naquele momento pertubador de um homem sendo eletrocutador e um
agente do estado colocando um dedo sobre a ferida.
O Filme é um manifesto histórico com o objetivo de revisitar a história
que opressor insiste em 'camuflar” com isso documentar sobre o golpe
militar que alguns insistem em relativizar e mostrar uma mensagem de
um homem que lutava contra a tirania da classe dominante.

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