Assim Carlos Eugênio Paz codinome “Clemente” -, resumiu sua trajetória de vida, desde que entrou nas fileiras da resistência à repressão, aos 15 anos, após ser aceito por Carlos Marighella na Ação Libertadora Nacional (ALN) para lutar contra o regime de exceção. Seu pai era admirador do Integralismo de Plínio Salgado - “Ele sonhava que eu fosse estudar Engenharia Eletrônica na Alemanha e voltasse ao Brasil com um Mercedes Benz pra ele” - e sua mãe comunista e admiradora de Luís Carlos Prestes, e 2 anos antes ele já ajudava os amigos de sua mãe, que fugiram da sede da UNE, após esta ser incendiada. Na época, morava em Laranjeiras e muitos que eram considerados “subversivos” dormiram escondidos em sua casa. Pertencia a uma classe média que almejava ser elite. “Elite é uma palavra que é interpretada de forma errada. Meu pai queria que eu estudasse e pertencesse à elite. Mas tive uma professora que foi muito feliz em definir o que de fato é elite. Elite é o que há de melhor, não aquilo que tem mais dinheiro, não o que é dominante. Elite é Cartola, é Garrincha, é ter educação, é gostar de ler, por exemplo”.
Assim Carlos Eugênio Paz codinome “Clemente” -, resumiu sua trajetória de vida, desde que entrou nas fileiras da resistência à repressão, aos 15 anos, após ser aceito por Carlos Marighella n…