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DELEUZE E A BIOGRAFIA FILOSÓFICA DE SPINOZA

XII Encontro de Pesquisa e Pós-Graduação

Encontros Universitários da UFC 2019


Oscar de Queiroz Holanda Neto, Lucas Oliveira de Lacerda, Bruna Nogueira Ferreira de
Sousa, Gabriel Mitzrael Nogueira Pinto, Arthur Siebra Barreto, Ada Beatriz Gallicchio Kroef

O filósofo francês Gilles Deleuze (1925-1995), em seu livro "Espinosa:


filosofia prática" (1981), pensa a filosofia de Benedictus de Spinoza (1632-1677) a
partir de sua vida. A pesquisa teve como objetivo investigar as evidências
biográficas apresentadas por Deleuze e o modo como ele expressa a filosofia de
Spinoza por meio de sua própria vida. Para isso, foi adotada a metodologia de
estudo grupal de textos. Nascido Baruch de Spinoza, holandês de ascendência
portuguesa, judeu excomungado e filósofo maldito pelo olhar do clero, da
academia, dos políticos e da população em geral, estudou filosofia desde cedo
tendo grande influência (mas com não poucas críticas) do pensamento de René
Descartes (1596-1650). Antes mesmo de escrever qualquer obra, seus
comentários duros ao pensamento religioso e filosófico de sua época provocaram
forte impacto para a comunidade judaica, fato que acarretou na sua excomunhão
em 1656, assumindo assim o nome de Benedictus de Spinoza. Escreveu sua obra
magna, Ética demonstrada à maneira dos geômetras (1677), por mais de uma
década até o dia da sua morte. O resultado da pesquisa foi que, mesmo tendo uma
vida cheia de infortúnios: perseguição, tentativa de assassinato, doença e
reclusão; tudo foi, para Spinoza, combustível para seu pensamento e sua alegria.
Além disso, concluiu-se que Spinoza, o “Vivente-vidente” (DELEUZE, 2002, p. 20),
com sua vida e filosofia, esculpiu geometricamente a forma da lente mais
cristalina que poderia ter, a lente que o fez capaz de ver na dor, na doença, no
ódio e na solidão, a potência de viver, a potência da alegria, a potência da
liberdade.

Palavras-chave: Deleuze. Spinoza. Biografia. Filosofia.

Encontros Universitários da UFC, Fortaleza, v. 4, 2019 2378

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