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CNC 8060

8065
Manual de programação.

(Ref: 1901)
TRADUÇÃO DO MANUAL ORIGINAL SEGURANÇA DA MÁQUINA
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com o texto "MANUAL ORIGINAL". seguintes seguranças, Se alguma delas está desabilitada o CNC mostra uma
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• Alarme de medição para eixos analógicos.
• Limites de software para eixos lineares analógicos e sercos.
• Monitoração do erro de seguimento para eixos analógicos e sercos (exceto
o spindle), tanto no CNC como nos reguladores.
• Teste de tendência nos eixos analógicos.
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normas de segurança.

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Manual de program a çã o.

INDICE

Sobre o produto - CNC 8060 ........................................................................................................ 9


Sobre o produto - CNC 8065 ...................................................................................................... 13
Declaração de conformidade CE e condições de garantia......................................................... 19
Histórico de versões - CNC 8060 ............................................................................................... 21
Histórico de versões - CNC 8065 ............................................................................................... 25
Condições de Segurança ........................................................................................................... 31
Condições para retorno de materiais.......................................................................................... 35
Manutenção do CNC .................................................................................................................. 37

CAPÍTULO 1 CONSTRUÇÃO DE UM PROGRAMA.

1.1 Linguagens de Programação......................................................................................... 39


1.2 Estrutura do programa. .................................................................................................. 40
1.2.1 Corpo do programa. ................................................................................................... 41
1.2.2 As sub-rotinas. ........................................................................................................... 42
1.3 Estrutura dos blocos de programa................................................................................. 43
1.3.1 Programação em código ISO..................................................................................... 44
1.3.2 Programação em linguagem de alto nível.................................................................. 46
1.4 Programação dos eixos. ................................................................................................ 47
1.5 Lista de funções G. ........................................................................................................ 48
1.6 Lista de funções auxiliares M......................................................................................... 51
1.7 Lista de instruções. ........................................................................................................ 52
1.8 Programação das etiquetas do bloco. ........................................................................... 55
1.9 Programação de comentários........................................................................................ 56
1.10 Variáveis e constantes................................................................................................... 57
1.11 Os parâmetros aritméticos............................................................................................. 58
1.12 Operadores e funções aritméticas e lógicas.................................................................. 59
1.13 Expressões aritméticas e lógicas................................................................................... 61

CAPÍTULO 2 GENERALIDADES DA MÁQUINA

2.1 Nomenclatura dos eixos ................................................................................................ 63


2.2 Sistema de Coordenadas .............................................................................................. 65
2.3 Sistemas de referência .................................................................................................. 66
2.3.1 Origens dos sistemas de referência........................................................................... 67
2.4 Busca de referência de máquina. .................................................................................. 68
2.4.1 Definição de "Busca de referência de máquina"........................................................ 68
2.4.2 Definição de "Busca de referência de máquina"........................................................ 69

CAPÍTULO 3 SISTEMA DE COORDENADAS

3.1 Programação em milímetros (G71) ou em polegadas (G70)......................................... 71


3.2 Coordenadas absolutas (G90) ou incrementais (G91) .................................................. 72
3.2.1 Eixos rotativos............................................................................................................ 73
3.3 Coordenadas absolutas e incrementais no mesmo bloco (I)......................................... 75
3.4 Programação em raios (G152) ou em diâmetros (G151) .............................................. 76
3.5 Programação de cotas................................................................................................... 77
3.5.1 Coordenadas cartesianas .......................................................................................... 77
3.5.2 Coordenadas polares................................................................................................. 78
3.5.3 Ângulo e coordenada cartesiana. .............................................................................. 80

CAPÍTULO 4 PLANOS DE TRABALHO.


CNC 8060
4.1 Acerca dos planos de trabalho nos modelos torno ou fresadora................................... 84
4.2 Selecionar os planos principais de trabalho. ................................................................. 85 CNC 8065
4.2.1 Modelo fresadora ou modelo torno com configuração de eixos tipo "triedro"............ 85
4.2.2 Modelo torno com configuração de eixos tipo "plano". .............................................. 86
4.3 Seleção um novo plano de trabalho e um eixo longitudinal qualquer............................ 87
4.4 Seleção do eixo longitudinal da ferramenta................................................................... 89
(REF: 1901)

CAPÍTULO 5 SELEÇÃO DE ORIGENS

5.1 Programação com respeito ao zero máquina ................................................................ 92


5.2 Fixar a cota de máquina (G174). .................................................................................. 94
5.3 Deslocamento de fixação............................................................................................... 95

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Manual de programação.

5.4 Pré-seleção de cotas (G92) ........................................................................................... 96


5.5 Deslocamentos de origem (G54-G59/G159) ................................................................. 97
5.5.1 Varáveis para definir os deslocamentos de origem ................................................... 99
5.5.2 Deslocamento de origem incremental (G158) ......................................................... 100
5.5.3 Exclusão de eixos no deslocamento de origem (G157) .......................................... 102
5.6 Anulação do deslocamento de origem (G53) .............................................................. 103
5.7 Pré-seleção da origem polar (G30) ............................................................................. 104

CAPÍTULO 6 FUNÇÕES TECNOLÓGICAS

6.1 Avanço de usinagem (F).............................................................................................. 107


6.2 Funções associadas ao avanço .................................................................................. 109
6.2.1 Unidades de programação do avanço (G93/G94/G95) ........................................... 109
6.2.2 Adaptação do avanço (G108/G109/G193) .............................................................. 110
6.2.3 Modalidade de avanço constante (G197/G196) ...................................................... 112
6.2.4 Anulação do percentagem de avanço (G266) ......................................................... 114
6.2.5 Controle de aceleração (G130/G131) ...................................................................... 115
6.2.6 Controle do jerk (G132/G133).................................................................................. 117
6.2.7 Controle do Feed-Forward (G134)........................................................................... 118
6.2.8 Controle do AC-Forward (G135) .............................................................................. 119
6.3 Velocidade do spindle (S) ............................................................................................ 120
6.4 Número de ferramenta (T) ........................................................................................... 121
6.5 Número de corretor (D)................................................................................................ 124
6.6 Funções auxiliares (M) ................................................................................................ 126
6.6.1 Listagem de funções "M" ......................................................................................... 127
6.7 Funções auxiliares (H)................................................................................................. 128

CAPÍTULO 7 O SPINDLE. CONTROLE BÁSICO.

7.1 O spindle principal do canal......................................................................................... 130


7.1.1 Seleção manual de um spindle master .................................................................... 132
7.2 Velocidade do spindle.................................................................................................. 133
7.2.1 G192. Limitação da velocidade de rotação.............................................................. 134
7.2.2 Velocidade de corte constante................................................................................. 135
7.3 Arranque e parada do spindle ..................................................................................... 136
7.4 Troca de gama de velocidade ..................................................................................... 138
7.5 Parada orientada de spindle........................................................................................ 140
7.5.1 O sentido de rotação para orientar o spindle........................................................... 142
7.5.2 Função M19 com subrotina associada. ................................................................... 144
7.5.3 Velocidade de posicionamento ................................................................................ 145
7.6 Funções M com sub-rotina associada. ........................................................................ 146

CAPÍTULO 8 CONTROLE DA TRAJETÓRIA.

8.1 Posicionamento em rápido (G00). ............................................................................... 147


8.2 Interpolação linear (G01). ............................................................................................ 149
8.3 Interpolação circular (G02/G03). ................................................................................. 155
8.3.1 Coordenadas cartesianas (programação do centtro do arco). ................................ 157
8.3.2 Coordenadas cartesianas (programação do raio do arco). .................................... 159
8.3.3 Coordenadas cartesianas (pré-programação do raio do arco) (G263). ................... 161
8.3.4 Coordenadas polares............................................................................................... 162
8.3.5 Exemplo de programação (modelo M). Coordenadas polares. ............................... 164
8.3.6 Exemplo de programação (modelo M). Coordenadas polares. .............................. 165
8.3.7 Exemplo de programação (modelo T). Exemplos de programação ........................ 166
8.3.8 Coordenadas polares. Deslocamento temporal da origem polar ao centro do arco
(G31)........................................................................................................................ 167
8.3.9 Coordenadas cartesianas. Centro do arco em coordenadas absolutas (não modal)
(G06)........................................................................................................................ 168
8.3.10 Coordenadas cartesianas. Centro do arco em coordenadas absolutas (modal)
(G261/G262) ............................................................................................................ 169
8.3.11 Correção do arco (G264/G265). .............................................................................. 171
CNC 8060 8.4 Arco tangente à trajetória anterior (G08). .................................................................... 173
8.5 Arco definido mediante três pontos (G09). .................................................................. 175
CNC 8065 8.6 Interpolação helicoidal (G02/G03). .............................................................................. 177

CAPÍTULO 9 CONTROLE DA TRAJETÓRIA. INTERVENÇÃO MANUAL.

9.1 Intervenção manual aditiva (G201/G202).................................................................... 180


(REF: 1901)
9.2 Intervenção manual exclusiva (G200). ........................................................................ 181
9.3 Avanço para os movimentos em manual..................................................................... 182
9.3.1 Avanço em modo jog contínuo (#CONTJOG). ........................................................ 182
9.3.2 Avanço em jog Incremental (#INCJOG). ................................................................. 183
9.3.3 Avanço em jog Incremental (#MPG). ....................................................................... 184
9.3.4 Limites de percurso para os movimentos em modo manual (#SET OFFSET). ....... 185

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Manual de program a çã o.

9.3.5 Sincronização de cotas e offset manual aditivo (#SYNC POS). .............................. 186
9.4 Variáveis ...................................................................................................................... 187

CAPÍTULO 10 ROSQUEAMENTO ELETRÔNICO E ROSQUEAMENTO RÍGIDO.

10.1 Rosqueamento eletrônico de passo constante (G33).................................................. 189


10.1.1 Exemplos de programação (modelo -M-)................................................................. 192
10.1.2 Exemplos de programação (modelo -T-) ................................................................. 193
10.2 Rosqueamento eletrônico de passo variável (G34)..................................................... 195
10.3 Rosqueamento rígido (G63) ........................................................................................ 199
10.4 Remover os eixos após interromper um rosqueamento eletrônico (G233). ................ 201
10.4.1 Variáveis associadas a G233................................................................................... 204
10.4.2 Exemplo de programação. ....................................................................................... 204

CAPÍTULO 11 AJUDAS GEOMÉTRICAS

11.1 Aresta viva (G07/G60) ................................................................................................. 205


11.2 Semi-arredondamento de aresta (G50) ....................................................................... 206
11.3 Arredondamento de aresta controlada (G05/G61) ...................................................... 207
11.3.1 Tipos de arredondamento de aresta ........................................................................ 208
11.4 Arredondamento de arestas (G36) .............................................................................. 212
11.5 Chanfrado de arestas (G39) ........................................................................................ 214
11.6 Entrada tangencial (G37)............................................................................................. 216
11.7 Saída tangencial (G38) ................................................................................................ 217
11.8 Espelhamento (G11, G12, G13, G10, G14)................................................................. 218
11.9 Rotação do sistema de coordenadas (G73) ................................................................ 222
11.10 Fator de escala geral ................................................................................................... 224
11.11 Zona de trabalho.......................................................................................................... 227
11.11.1 Comportamento do CNC quando existem zonas de trabalho ativas. ...................... 228
11.11.2 Definir os limites das zonas de trabalho (G120/G121/G123)................................... 229
11.11.3 Habilitar/desabilitar as zonas de trabalho (G122). ................................................... 231
11.11.4 Resumo das variáveis associadas às zonas de trabalho. ....................................... 234

CAPÍTULO 12 FUNÇÕES PREPARATÓRIAS ADICIONAIS

12.1 Temporização (G04 / #TIME). ..................................................................................... 235


12.2 Limites de software. ..................................................................................................... 237
12.2.1 Definir o primeiro limite de software (G198/G199)................................................... 238
12.2.2 Definir o primeiro limite de software por meio de variáveis...................................... 240
12.2.3 Definir o segundo limite de software por meio de variáveis..................................... 241
12.2.4 Variáveis associadas aos limites de software.......................................................... 242
12.3 Ativar e desativar eixos Hirth (G170/G171). ................................................................ 243
12.4 Troca de set e gama. ................................................................................................... 244
12.4.1 Trocar o set de parâmetros de um eixo (G112) ....................................................... 244
12.4.2 Trocar a gama e o set de um regulador Sercos por meio de variáveis. .................. 245
12.4.3 Variáveis associadas à troca do set e da gama....................................................... 246
12.5 Suavizar a trajetória e o avanço. ................................................................................. 247
12.5.1 Suavizar a trajetória (#PATHND). ............................................................................ 247
12.5.2 Suavizar a trajetória e o avanço (#FEEDND). ......................................................... 248

CAPÍTULO 13 COMPENSAÇÃO DE FERRAMENTA

13.1 Compensação de raio.................................................................................................. 251


13.1.1 Fator de forma das ferramentas de torneamento .................................................... 252
13.1.2 Funções associadas à compensação do raio .......................................................... 255
13.1.3 Inicio da compensação de raio ................................................................................ 258
13.1.4 Trechos de compensação de raio............................................................................ 261
13.1.5 Mudança do tipo de compensação de raio durante a usinagem ............................. 265
13.1.6 Anulação da compensação de raio.......................................................................... 267
13.2 Compensação de comprimento ................................................................................... 270
13.3 Compensação de ferramenta 3D................................................................................. 272
13.3.1 Programação do vetor no bloco. .............................................................................. 274 CNC 8060
CNC 8065
CAPÍTULO 14 CONTROLAR A EXECUÇÃO E VISUALIZAÇÃO DO PROGRAMA.

14.1 Condição de salto de bloco (/). ................................................................................... 275


14.2 Abortar a execução do programa e reiniciá-la em outro bloco ou programa. ............. 276
14.2.1 Definir o bloco ou programa no qual continua a execução (#ABORT). ................... 277 (REF: 1901)
14.2.2 Ponto por padrão para continuar a execução (#ABORT OFF). ............................... 278
14.3 Repetição de um bloco (NR)........................................................................................ 279
14.3.1 Repetição de um bloco de deslocamento n vezes (NR/NR0).................................. 279
14.3.2 Preparar uma sub-rotina sem executá-la (NR0). ..................................................... 280
14.4 Repetição de um grupo de blocos (#RPT)................................................................... 281
14.4.1 Exemplo de programação. ....................................................................................... 283

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Manual de programação.

14.5 Interromper a preparação dos blocos até que ocorra um evento (#WAIT FOR). ........ 284
14.6 Interromper a preparação dos blocos (#FLUSH)......................................................... 285
14.7 Habilitar/desabilitar o tratamento de bloco único (#ESBLK/ #DSBLK). ....................... 286
14.8 Habilitar/desabilitar o sinal de stop (#DSTOP/#ESTOP). ............................................ 287
14.9 Habilitar/desabilitar o sinal de feed-hold (#DFHOLD/#EFHOLD). ............................... 288
14.10 Salto de bloco ($GOTO). ............................................................................................. 289
14.11 Execução condicional ($IF). ........................................................................................ 290
14.11.1 Execução condicional ($IF)...................................................................................... 290
14.11.2 Execução condicional ($IF - $ELSE). ...................................................................... 291
14.11.3 Execução condicional ($IF - $ELSEIF). ................................................................... 292
14.12 Execução condicional ($SWITCH). ............................................................................. 293
14.13 Repetição de blocos ($FOR). ...................................................................................... 294
14.14 Repetição condicional de blocos ($WHILE). ............................................................... 296
14.15 Repetição condicional de blocos ($DO). ..................................................................... 297

CAPÍTULO 15 SUB-ROTINAS.

15.1 Execução de sub-rotinas a partir da memória RAM. ................................................... 301


15.2 Definição das sub-rotinas. ........................................................................................... 302
15.3 Execução das sub-rotinas. .......................................................................................... 303
15.3.1 LL. Chamada a uma sub-rotina local. ...................................................................... 304
15.3.2 Chamada a uma sub-rotina. .................................................................................... 304
15.3.3 #CALL. Chamada a uma sub-rotina local ou global. ............................................... 305
15.3.4 #PCALL. Chamada a uma sub-rotina local ou global inicializando parâmetros. ..... 306
15.3.5 #MCALL. Chamada a uma sub-rotina global com caractere modal. ....................... 307
15.3.6 #MDOFF. Anular o caractere modal da sub-rotina. ................................................. 309
15.3.7 #RETDSBLK. Executar sub-rotina como bloco único. ............................................. 310
15.4 #PATH. Definir a situação das sub-rotinas globais. .................................................... 311
15.5 Execução de sub-rotinas OEM. ................................................................................... 312
15.6 Sub-rotinas genéricas do usuário (G500-G599).......................................................... 314
15.7 Ajudas às sub-rotinas. ................................................................................................. 317
15.7.1 Arquivos de ajuda às sub-rotinas............................................................................. 317
15.7.2 Lista de sub-rotinas disponíveis............................................................................... 319
15.8 Sub-rotinas de interrupção. ......................................................................................... 320
15.8.1 Reposicionar eixos e spindles desde a sub-rotina (#REPOS)................................. 321
15.9 Sub-rotina associada ao start. ..................................................................................... 322
15.10 Sub-rotina associada ao reset. .................................................................................... 323
15.11 Sub-rotinas associadas ao ciclo de calibração da cinemática..................................... 324

CAPÍTULO 16 EXECUÇÃO DE BLOCOS E PROGRAMAS.

16.1 Executa um programa no canal indicado. ................................................................... 325


16.2 Executa um bloco no canal indicado. .......................................................................... 327

CAPÍTULO 17 EIXO C

17.1 Ativar o spindle como eixo C. ...................................................................................... 330


17.2 Usinagem na superfície frontal .................................................................................... 332
17.3 Usinagem na superfície cilíndrica................................................................................ 334

CAPÍTULO 18 TRANSFORMAÇÃO ANGULAR DE EIXO INCLINADO.

18.1 Ativação e desativação da transformação angular ...................................................... 339


18.2 Congelar (suspender) a transformação angular. ......................................................... 340
18.3 Obter informação da transformação angular. .............................................................. 341

CAPÍTULO 19 CONTROLE TANGENCIAL.

19.1 Ativar e anular o controle tangencial. .......................................................................... 345


19.2 Congelar (suspender) o controle tangencial................................................................ 348
19.3 Obter informação do controle tangencial. .................................................................... 350
CNC 8060
CNC 8065 CAPÍTULO 20 CINEMÁTICAS E TRANSFORMAÇÃO DE COORDENADAS

20.1 Sistemas de coordenadas. .......................................................................................... 352


20.2 Movimento em plano inclinado. ................................................................................... 353
20.3 Selecionar uma cinemática (#KIN ID).......................................................................... 354
(REF: 1901) 20.4 Sistemas de coordenadas (#CS / #ACS). ................................................................... 355
20.4.1 Definir um sistema de coordenadas (MODE1). ....................................................... 359
20.4.2 Definir um sistema de coordenadas (MODE2). ....................................................... 360
20.4.3 Definir um sistema de coordenadas (MODE3). ....................................................... 361
20.4.4 Definir um sistema de coordenadas (MODE4). ....................................................... 362
20.4.5 Definir um sistema de coordenadas (MODE5). ....................................................... 363

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Manual de program a çã o.

20.4.6 Definir um sistema de coordenadas (MODE6). ....................................................... 364


20.4.7 Trabalho com spindles a 45º (tipo Huron)................................................................ 366
20.4.8 Como combinar vários sistemas de coordenadas. .................................................. 368
20.5 Ferramenta perpendicular ao plano inclinado (#TOOL ORI) ....................................... 370
20.5.1 Exemplos de programação ...................................................................................... 371
20.6 Trabalho com RTCP (Rotating Tool Center Point). ..................................................... 373
20.6.1 Exemplos de programação ...................................................................................... 375
20.7 Corrigir a compensação longitudinal da ferramenta implícita do programa (#TLC). ... 377
20.8 Forma de retirar a ferramenta ao perder o plano......................................................... 378
20.9 Orientação da ferramenta no sistema de coordenadas peça. ..................................... 379
20.9.1 Ativar a orientação da ferramenta no sistema de coordenadas peça...................... 379
20.9.2 Cancelar a orientação da ferramenta no sistema de coordenadas peça................. 380
20.9.3 Como gerenciar as descontinuidades na orientação dos eixos rotativos. ............... 381
20.9.4 Tela para selecionar a solução desejada................................................................. 383
20.9.5 Exemplo de execução. Seleção de uma solução. ................................................... 384
20.10 Seleção dos eixos rotativos que posicionam a ferramenta em cinemáticas tipo 52.... 385
20.11 Transformar o zero peça atual levando em conta a posição da cinemática da mesa. 386
20.11.1 Processo para armazenar um zero peça com os eixos da mesa em qualquer posição.
387
20.11.2 Exemplo para manter o zero peça sem rotacionar o sistema de coordenadas. ...... 388
20.12 Resumo das variáveis associadas às cinemáticas...................................................... 389

CAPÍTULO 21 HSC. USINAGEM A ALTA VELOCIDADE.

21.1 Recomendações para a usinagem. ............................................................................. 394


21.2 Sub-rotinas do usuário G500-G501 para ativar/cancelar o HSC................................. 395
21.2.1 Exemplo alternativo para as funções G500-G501 fornecidas pela Fagor. .............. 397
21.3 Modo HSC SURFACE. Otimização do acabamento superficial. ................................. 399
21.4 Modo HSC CONTERROR. Otimização do erro de contorno....................................... 402
21.5 Modo HSC FAST. Otimização da velocidade de avanço de usinagem....................... 404
21.6 Anulação do modo HSC. ............................................................................................. 406

CAPÍTULO 22 EIXO VIRTUAL DA FERRAMENTA.

22.1 Ativar o eixo virual da ferramenta. ............................................................................... 408


22.2 Cancelar o eixo virtual da ferramenta. ......................................................................... 409
22.3 Variáveis associadas ao eixo virtual da ferramenta..................................................... 410

CAPÍTULO 23 VISUALIZAR MENSAGENS, AVISOS E ERROS.

23.1 #ERROR. Exibir um erro na tela.................................................................................. 412


23.2 #WARNING / #WARNINGSTOP. Exibir um aviso na tela. .......................................... 414
23.3 #MSG. Visualizar uma mensagem na tela................................................................... 416
23.4 Identificadores de formato e caracteres especiais....................................................... 418
23.5 Arquivo cncError.txt. Lista de erros e warnings do OEM e do usuário. ....................... 419
23.6 Arquivo cncMsg.txt. Lista de mensagens do OEM e do usuário. ................................ 420
23.7 Resumo das variáveis.................................................................................................. 421

CAPÍTULO 24 DMC (DYNAMIC MACHINING CONTROL).

24.1 Ativar o DMC................................................................................................................ 424


24.2 Desativar o DMC.......................................................................................................... 426
24.3 Resumo das variáveis.................................................................................................. 427
24.4 Operar com o DMC...................................................................................................... 429
24.4.1 Funcionamento do DMC. ......................................................................................... 429
24.4.2 Status e progresso do DMC. Modo automático. ...................................................... 431
24.4.3 Percentagem de avanço (feed override).................................................................. 431

CAPÍTULO 25 ABRIR E ESCREVER ARQUIVOS.

25.1 #OPEN. Abrir um arquivo para escrita......................................................................... 433


25.2 #WRITE. Escrever em um arquivo. ............................................................................. 435
CNC 8060
25.3 #CLOSE. Fechar um arquivo....................................................................................... 437 CNC 8065
25.4 Arquivo cncWrite.txt. Lista de mensagens do OEM e do usuário................................ 438

CAPÍTULO 26 INSTRUÇÕES DE PROGRAMAÇÃO.

26.1 Instruções de visualização. Definir o tamanho da zona gráfica................................... 439 (REF: 1901)
26.2 Geração ISO. ............................................................................................................... 442
26.3 Acoplamento eletrônico de eixos ................................................................................. 445
26.4 Estacionar eixos........................................................................................................... 446
26.5 Modificar a configuração de eixos de um canal........................................................... 448
26.6 Modificar a configuração dos spindles de um canal .................................................... 453

·7·
Manual de programação.

26.7 Sincronização dos spindles ......................................................................................... 456


26.8 Seleção do laço para um eixo ou spindle. Laço aberto ou laço fechado..................... 460
26.9 Detecção de colisões................................................................................................... 462
26.10 Interpolação de splines (Akima) .................................................................................. 464
26.11 Interpolação polinómica ............................................................................................... 467
26.12 Controle da aceleração................................................................................................ 468
26.13 Definição de macros .................................................................................................... 470
26.14 Comunicação e sincronização entre canais ................................................................ 472
26.15 Movimentos de eixos independentes .......................................................................... 475
26.16 Ressaltos eletrônicos................................................................................................... 479
26.17 Alterar online a configuração da máquina nos gráficos HD (arquivos xca). ................ 482

CAPÍTULO 27 VARIÁVEIS DO CNC.

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·8·
Manual de program a çã o.

SOBRE O PRODUTO - CNC 8060

CARACTERÍSTICAS BÁSICAS.

Características básicas. 8060 8060 8060 8060 8060


M FL M Power T FL T Power L

Número de eixos. 3a4 3a6 3a4 3a6 3a6

Número de spindles. 1 1a2 1a2 1a3 1


Número máximo de eixos e spindless. 5 7 5 7 7

Eixos interpolados. 4 4 4 4 4

Número de magazines. 1 1 1 1a2 1

Número de canais de execução 1 1 1 1a2 1

Número de volantes. 1a3

Tipo de regulação. Analógica / Digital Sercos


Comunicações. RS485 / RS422 / RS232
Ethernet

PLC integrado.
Tempo de execução do PLC. < 1ms/K
Entradas digitais/ Saídas digitais. 1024 / 1024
Marcas / Registros. 8192 / 1024
Temporizadores / Contadores. 512 / 256
Símbolos. Ilimitados

Tempo processo de bloco. < 2,0 ms < 1,5 ms < 2,0 ms < 1,5 ms < 1 ms

Módulos remotos. RIOW RIO5 RIO70 RIOR RCS-S

Válido para CNC. 8070 8070 8070 8070 8070


8065 8065 8065 D 8065 8065
8060 8060 --- E 8060 8060
S
Comunicação com os módulos remotos. CANopen CANopen CANfagor C CANopen Sercos

Entradas digitais pelo módulo. 8 24 / 48 16 O 48 ---


N
Saídas digitais pelo módulo. 8 16 / 32 16 T 32 ---
I
Entradas analógicas pelo módulo. 4 4 8 --- ---
N
Saídas analógicas pelo módulo. 4 4 4 U --- 4
A
Entradas para sondas de temperatura. 2 2 --- D --- ---

Entradas de contagem. --- --- 4 (*) O --- 4 (**)


CNC 8060
(*) TTL diferencial / Senoidal 1 Vpp (**) TTL / TTL diferencial / Senoidal 1 Vpp / Protocolo SSI / FeeDat / EnDat
CNC 8065

(REF: 1901)

·9·
Manual de programação.

OPÇÕES DE SOFTWARE.

Algumas das características descritas neste manual dependem das opções de software instaladas. As
opções de software ativas no CNC podem ser consultadas no modo diagnóstico (acessível a partir da
janela de tarefas, pressionando [CTRL][A]), opções de software.

Consulte o ordering handbook (manual de pedidos) para conhecer as opções de software disponíveis para
o seu modelo.

SOFT 8060 ADDIT AXES SOFT 60 F3D GRAPHICS


Eixo adicional. Gráficos F3D.
Acrescenta eixos à configuração por default. Gráficos sólidos 3D de alta definição para a execução e
simulação de programas peça e ciclos fixos do editor.
SOFT 8060 ADDIT SPINDLES
Durante a usinagem, os gráficos F3D mostram, em tempo
Spindle adicional. real, a ferramenta removendo o material da peça, o que
Acrescenta spindles à configuração por default. possibilita visualizar o estado da peça a todo instante. Os
gráficos F3D podem mostrar até 4 vistas da peça, onde
SOFT 8060 ADDIT TOOL MAGAZ
cada uma das quais pode ser rotacionada, ampliada ou
Magazine adicional. reduzida. Também permitem realizar medições na peça e,
Acrescenta magazines à configuração por default. inclusive, seccionar a peça em qualquer ângulo.
SOFT 8060 ADDIT CHANNELS SOFT 60 IIP CONVERSATIONAL
Canal adicional. Interactive Icon-based Pages (modo conversacional).
Acrescenta canais à configuração por default. O modo IIP ou conversacional é especialmente projetado
SOFT DIGITAL SERCOS para pessoas sem conhecimentos prévios de
programação ou não familiarizados com os CNC da
Bus digital Sercos.
Fagor.
Bus digital Sercos.
Trabalhar em modo conversacional é mais fácil do que em
SOFT i4.0 CONNECTIVITY PACK modo ISO, uma vez que assegura a entrada de dados
Industry 4.0. adequada e minimiza o número de operações a serem
definidas. Não há necessidade de trabalhar com
Esta opção permite utilizar e realizar captura de dados por
programas peça.
meio de FSYS.
SOFT 60 RTCP
SOFT EDIT/SIMUL
RTCP dinâmico (Rotating Tool Center Point).
Modo edisimu (edição e simulação).
A opção RTCP dinâmico é uma necessidade para a
Permite editar, modificar e simular programas peça.
usinagem com interpolação de 4, 5 ou 6 eixos.
SOFT TOOL RADIUS COMP
SOFT 60 C AXIS
Compensação de raio.
Eixo C.
CNC 8060 A compensação da ferramenta permite programar o
Ativa a cinemática para trabalhar com eixo C e seus ciclos
contorno a usinar a partir das dimensões das peças e sem
CNC 8065 levar em consideração as dimensões da ferramenta que fixos associados. O CNC pode controlar vários eixos C.
Os parâmetros de cada eixo indicam se irá funcionar
posteriormente será utilizada. Isto evita ter que calcular e
como um eixo C ou não, e não será necessário ativar outro
definir a trajetória da ferramenta dependendo do raio da
ferramenta. eixo nos parâmetros máquina.

SOFT 60 Y AXIS
(REF: 1901) SOFT PROFILE EDITOR
Eixo Y para torno
Editor de perfis.
Permite editar perfis de peça graficamente e importar Ativa a cinemática para trabalhar com o eixo Y e seus
ciclos fixos associados.
arquivos dxf.

·10·
Manual de program a çã o.

SOFT 60 TANDEM AXES SOFT MAB SYSTEM.


Eixos tandem. Reguladores MAB.
Um eixo tandem consiste em dois motores acoplados Conexão Sercos com reguladores MAB.
mecanicamente entre si formando um único sistema de
transmissão (eixo ou spindle). Um eixo tandem permite SOFT 60 PWM CONTROL
dispor do conjugado necessário para mover um eixo Pulse-Width Modulation.
quando um só motor não é capaz de fornecer o conjugado Esta função se encontra disponível somente em sistemas
suficiente para fazê-lo. de regulação com bus Sercos. É destinada
Ao ativar esta característica, deve-se levar em principalmente para máquinas a laser usadas no corte de
consideração que para cada eixo tandem da máquina, chapas muito espessas, onde o CNC gera uma série de
deve-se acrescentar outro eixo a toda a configuração. Por pulsos PWM para controlar a potência do laser ao perfurar
exemplo, em um torno grande de 3 eixos (X Z e o ponto de partida.
contraponto), se o contraponto for um eixo tandem, a Esta característica é essencial para cortar chapas muito
ordem de compra final da máquina deve indicar 4 eixos. grossas e requer duas saídas digitais rápidas disponíveis
na unidade central. Com este novo recurso, o fabricante
SOFT 60 SYNCHRONISM da máquina (OEM) não precisa instalar dispositivos
Sincronização de eixos e eixos-arvore. externos e programá-los, reduzindo assim o custo da
Os eixos e os fusos podem ser sincronizados de duas máquina e o tempo de instalação. O usuário final também
formas, em velocidade ou em posição. A configuração se beneficia porque a função "Cortar com PWM" é muito
CNC inclui sincronizar 2 eixos ou 2 spindles. Uma vez mais simples de usar e programar.
sincronizados, só o mestre visualiza e programa o
elemento. SOFT 60 GAP CONTROL
Controle de gap.
SOFT 60 HSSA I MACHINING SYSTEM É destinada principalmente para máquinas a laser. O
High Speed Surface Accuracy. controle do gap permite manter uma distância fixa entre
É a nova versão de algoritmos para a usinagem de alta o bocal do laser e a superfície da chapa. Esta distância é
velocidade (HSC). Este novo algoritmo HSSA permite calculada por um sensor conectado ao CNC, de modo que
otimizar a usinagem a alta velocidade, obtendo maiores o CNC compensará as variações do sensor em relação à
velocidades de corte, contornos mais suaves, melhor distância programada com movimentos adicionais no
acabamento superficial e maior precisão. eixo programado para o gap.

SOFT 60 HSSA II MACHINING SYSTEM SOFT DMC


Sistema de usinagem HSSA-II. Dynamic Machining Control.
É a nova versão de algoritmos para a usinagem de alta O DMC ajusta a velocidade de avanço durante a
velocidade (HSC). Este novo algoritmo HSSA permite usinagem para manter a potência de corte o mais próxima
otimizar a usinagem a alta velocidade, obtendo maiores possível das condições ideais de usinagem.
velocidades de corte, contornos mais suaves, melhor
acabamento superficial e maior precisão. SOFT FMC
Fagor Machining Calculator.
SOFT 60 PROBE A aplicação FMC consiste em um banco de dados de
Ciclos fixos de apalpador. materiais a serem usinados e operações de usinagem
O CNC pode ter configurados dois apalpadores; (fresamento e torneamento), junto a uma interface que
normalmente será um apalpador de bancada para calibrar permite selecionar as condições de corte adequadas para
ferramentas e um apalpador de medida para realizar as referidas operações.
medições na peça.
Esta opção ativa as funções G100, G103 e G104 (para SOFT FFC
realizar movimentos do apalpador) e os ciclos fixos de Fagor Feed Control.
apalpador (que auxiliam a medir as superfícies da peça e Durante a execução de um ciclo fixo do editor, a função
calibrar as ferramentas). FFC permite substituir o avanço e a velocidade
No modelo laser, ativa apenas a função G100, sem ciclos. programados no ciclo pelos valores ativos na execução,
afetados pelo feed override e pelo speed override.
SOFT 60 CONV USER CYCLES
Ciclos de usuário conversacionais. SOFT 60/65/70 OPERATING TERMS
Licença de uso temporário.
Integração de ciclos de usuário em modo conversacional.
A opção "Operating Terms" ativa uma licença de uso
SOFT 60 PROGTL3 temporário no CNC, válida até uma data determinada pelo
Linguagem de programação ProGTL3. OEM.
Linguagem adicional à ISO, para a programação de perfis
SOFT MANUAL NESTING
usando linguagem geométrica sem a necessidade de
Aninhamento manual.
utilizar sistemas CAD externos. Esta linguagem oferece
a possibilidade de programar funções para definir retas e O nesting ou aninhamento consiste em criar um padrão
círculos que definem os pontos de intersecção de um sobre a chapa, a partir de figuras previamente definidas
perfil, além de macros para a geração de sólidos definidos (em arquivos dxf, dwg ou paramétricos), com o objetivo de
por um perfil plano e um ou vários perfis de secção. maximizar o aproveitamento da chapa. Uma vez definido CNC 8060
o padrão, o CNC gera o programa. No nesting manual, o CNC 8065
SOFT 60 PPTRANS operador distribui as peças sobre a chapa.
Tradutor de programas peça.
SOFT AUTO NESTING
O tradutor de programas permite converter para código
ISO programas Fagor escritos em outra linguagem. Aninhamento automático.
O nesting ou aninhamento consiste em criar um padrão (REF: 1901)
SOFT THIRD PARTY CANOPEN sobre a chapa, a partir de figuras previamente definidas
CANopen de terceiros. (em arquivos dxf, dwg ou paramétricos), com o objetivo de
Habilita o uso de módulos CANopen não Fagor. maximizar o aproveitamento da chapa. Uma vez definido
o padrão, o CNC gera o programa. No nesting automático,
o aplicativo distribui as figuras sobre a chapa, otimizando
o espaço.

·11·
PÁGINA EM BRANCO

·12·
Manual de program a çã o.

SOBRE O PRODUTO - CNC 8065

CARACTERÍSTICAS BÁSICAS.

Características básicas. 8065 M 8065 M Power

Basic Pack 1 Basic Pack 1

Número de canais de execução 1 1 1 1a4

Número de eixos. 3a6 5a8 5 a 12 8 a 28


Número de spindles. 1 1a2 1a4 1a4

Número máximo de eixos e spindless. 7 10 16 32

Número de magazines. 1 1 1a2 1a4

Limitação 4 eixos interpolados. Opção Opção Opção Opção

Características básicas. 8065 T 8065 T Power

Basic Pack 1 Basic Pack 1


Número de canais de execução 1 1a2 1a2 1a4

Número de eixos. 3a5 5a7 5 a 12 8 a 28

Número de spindles. 2 2 3a4 3a4


Número máximo de eixos e spindless. 7 9 16 32

Número de magazines. 1 1a2 1a2 1a4

Limitação 4 eixos interpolados. Opção Opção Opção Opção

Características básicas. 8065 M 8065 M Power 8065 T 8065 T Power

Número de volantes. 1 a 12

Tipo de regulação. Analógica / Digital Sercos / Digital Mechatrolink

Comunicações. RS485 / RS422 / RS232


Ethernet

PLC integrado.
Tempo de execução do PLC. < 1ms/K
Entradas digitais/ Saídas digitais. 1024 / 1024
Marcas / Registros. 8192 / 1024
Temporizadores / Contadores. 512 / 256
Símbolos. Ilimitados

Tempo processo de bloco. < 1 ms

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·13·
Manual de programação.

Módulos remotos. RIOW RIO5 RIO70 RIOR RCS-S

Válido para CNC. 8070 8070 8070 8070 8070


8065 8065 8065 D 8065 8065
8060 8060 --- E 8060 8060
S
Comunicação com os módulos remotos. CANopen CANopen CANfagor C CANopen Sercos

Entradas digitais pelo módulo. 8 24 / 48 16 O 48 ---


N
Saídas digitais pelo módulo. 8 16 / 32 16 T 32 ---
I
Entradas analógicas pelo módulo. 4 4 8 --- ---
N
Saídas analógicas pelo módulo. 4 4 4 U --- 4
A
Entradas para sondas de temperatura. 2 2 --- D --- ---

Entradas de contagem. --- --- 4 (*) O --- 4 (**)

(*) TTL diferencial / Senoidal 1 Vpp (**) TTL / TTL diferencial / Senoidal 1 Vpp / Protocolo SSI / FeeDat / EnDat

Personalização (somente o sistema aberto).


Sistema aberto baseado em PC, totalmente personalizável.
Arquivos de configuração INI.
Ferramenta de configuração visual FGUIM.
Visual Basic®, Visual C++®, etc.
Bases de dados internas em Microsoft® Access.
Interface OPC compativel.

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·14·
Manual de program a çã o.

OPÇÕES DE SOFTWARE.

Algumas das características descritas neste manual dependem das opções de software instaladas. As
opções de software ativas no CNC podem ser consultadas no modo diagnóstico (acessível a partir da
janela de tarefas, pressionando [CTRL][A]), opções de software.

Consulte o ordering handbook (manual de pedidos) para conhecer as opções de software disponíveis para
o seu modelo.

SOFT ADDIT AXES SOFT EDIT/SIMUL


Eixo adicional. Modo edisimu (edição e simulação).
Acrescenta eixos à configuração por default. Permite editar, modificar e simular programas peça.

SOFT ADDIT SPINDLES SOFT DUAL-PURPOSE (M-T)


Spindle adicional. Máquina combinada.
Acrescenta spindles à configuração por default. Uma máquina combinada permite executar ciclos de
fresagem e torneamento. Em tornos com eixo Y, permite
SOFT ADDIT TOOL MAGAZ realizar bolsões, relevos e, inclusive, bolsões irregulares
Magazine adicional. com ilhas por meio de ciclos de fresamento. Os ciclos de
Acrescenta magazines à configuração por default. torneamento podem ser utilizados nas fresadoras que
possuam um eixo rotativo que funcione como eixo C.
SOFT ADDIT CHANNELS
Canal adicional. SOFT IEC 61131 LANGUAGE
Acrescenta canais à configuração por default. Linguagem IEC 61131
IEC 61131 é uma linguagem de programação de PLC,
SOFT 4 AXES INTERPOLATION LIMIT
muito popular em mercados alternativos, e está entrando
Limitação 4 eixos interpolados. pouco a pouco no segmento da máquina-ferramenta.
Limita a 4 o número de eixos que o CNC pode interpolar Com esta funcionalidade, o PLC pode ser programado na
simultaneamente. linguagem Fagor habitual ou no formato IEC 61131.
Este recurso necessita o processador MP-PLUS
SOFT i4.0 CONNECTIVITY PACK
(83700201).
Industry 4.0.
Esta opção permite utilizar e realizar captura de dados por SOFT TOOL RADIUS COMP
meio de FSYS. Compensação de raio.
SOFT OPEN SYSTEM A compensação da ferramenta permite programar o
contorno a usinar a partir das dimensões das peças e sem
Sistema aberto.
levar em consideração as dimensões da ferramenta que
O CNC é um sistema fechado que oferece todas as
posteriormente será utilizada. Isto evita ter que calcular e
características necessárias para a usinagem de peças. definir a trajetória da ferramenta dependendo do raio da
No entanto, às vezes, alguns clientes usam aplicativos de
ferramenta.
terceiros para fazer medições, fazer estatísticas ou CNC 8060
executar outras tarefas, além de usinar uma peça. SOFT IIP CONVERSATIONAL
Esta função deve estar ativa quando se instala este tipo Interactive Icon-based Pages (modo conversacional).
CNC 8065
de aplicativo, inclusive quando se tratar de arquivos do O modo IIP ou conversacional é especialmente projetado
Office. Uma vez instalado o aplicativo, é recomendado para pessoas sem conhecimentos prévios de
desligar o CNC para evitar que os usuários instalem outro programação ou não familiarizados com os CNC da
tipo de aplicativo que possa retardar o sistema e afetar a Fagor. (REF: 1901)
usinagem. Trabalhar em modo conversacional é mais fácil do que em
modo ISO, uma vez que assegura a entrada de dados
SOFT DIGITAL SERCOS
adequada e minimiza o número de operações a serem
Bus digital Sercos.
definidas. Não há necessidade de trabalhar com
Bus digital Sercos. programas peça.

·15·
Manual de programação.

SOFT PROFILE EDITOR SOFT HSSA II MACHINING SYSTEM


Editor de perfis. Sistema de usinagem HSSA-II.
Permite editar perfis de peça graficamente e importar É a nova versão de algoritmos para a usinagem de alta
arquivos dxf. velocidade (HSC). Este novo algoritmo HSSA permite
otimizar a usinagem a alta velocidade, obtendo maiores
SOFT HD GRAPHICS velocidades de corte, contornos mais suaves, melhor
Gráficos HD. acabamento superficial e maior precisão.
Gráficos sólidos 3D de alta definição para a execução e
simulação de programas peça e ciclos fixos do editor. SOFT TANGENTIAL CONTROL
Durante a usinagem, os gráficos HD mostram, em tempo Controle tangencial.
real, a ferramenta removendo o material da peça, o que O controle tangencial mantém um eixo rotativo sempre na
permite visualizar o estado da peça a todo instante. Os mesma orientação em relação à trajetória programada. A
gráficos HD podem mostrar até 4 vistas da peça, onde trajetória de usinagem é definida nos eixos do plano ativo
cada uma das quais pode ser rotacionada, ampliada ou e o CNC mantém a orientação do eixo rotativo ao longo
reduzida. Também permitem realizar medições na peça e, de toda a trajetória.
inclusive, seccionar a peça em qualquer ângulo.
SOFT PROBE
Em um sistema com vários canais, este recurso necessita
o processador MP-PLUS (83700201). Ciclos fixos de apalpador.
O CNC pode ter configurados dois apalpadores;
SOFT RTCP normalmente será um apalpador de bancada para calibrar
RTCP dinâmico (Rotating Tool Center Point). ferramentas e um apalpador de medida para realizar
A opção RTCP dinâmico é uma necessidade para a medições na peça.
usinagem com interpolação de 4, 5 ou 6 eixos. Esta opção ativa as funções G100, G103 e G104 (para
Este recurso necessita o processador MP-PLUS realizar movimentos do apalpador) e os ciclos fixos de
(83700201). apalpador (que auxiliam a medir as superfícies da peça e
calibrar as ferramentas).
SOFT C AXIS
Eixo C. SOFT CONV USER CYCLES
Ativa a cinemática para trabalhar com eixo C e seus ciclos Ciclos de usuário conversacionais.
fixos associados. O CNC pode controlar vários eixos C. Integração de ciclos de usuário em modo conversacional.
Os parâmetros de cada eixo indicam se irá funcionar
SOFT 70 PROGTL3
como um eixo C ou não, e não será necessário ativar outro
Linguagem de programação ProGTL3
eixo nos parâmetros máquina.
Linguagem adicional à ISO, para a programação de perfis
SOFT Y AXIS usando linguagem geométrica sem a necessidade de
Eixo Y para torno utilizar sistemas CAD externos. Esta linguagem oferece
Ativa a cinemática para trabalhar com o eixo Y e seus a possibilidade de programar funções para definir retas e
ciclos fixos associados. círculos que definem os pontos de intersecção de um
perfil, além de macros para a geração de sólidos definidos
SOFT TANDEM AXES por um perfil plano e um ou vários perfis de secção.
Eixos tandem.
SOFT PPTRANS
Um eixo tandem consiste em dois motores acoplados
mecanicamente entre si formando um único sistema de Tradutor de programas peça.
transmissão (eixo ou spindle). Um eixo tandem permite O tradutor de programas permite converter para código
dispor do conjugado necessário para mover um eixo ISO programas Fagor escritos em outra linguagem.
quando um só motor não é capaz de fornecer o conjugado
SOFT THIRD PARTY CANOPEN
suficiente para fazê-lo.
CANopen de terceiros.
Ao ativar esta característica, deve-se levar em
Habilita o uso de módulos CANopen não Fagor.
consideração que para cada eixo tandem da máquina,
deve-se acrescentar outro eixo a toda a configuração. Por SOFT FVC BASIC
exemplo, em um torno grande de 3 eixos (X Z e
SOFT FVC UP TO 10m3
contraponto), se o contraponto for um eixo tandem, a
SOFT FVC MORE TO 10m3
ordem de compra final da máquina deve indicar 4 eixos.
Compensação volumétrica.
SOFT SYNCHRONISM As máquinas de 5 eixos são usadas geralmente para
Sincronização de eixos e eixos-arvore. fabricar peças grandes. A precisão das peças é limitada
Os eixos e os fusos podem ser sincronizados de duas pelas tolerâncias de fabricação da máquina e pelo efeito
formas, em velocidade ou em posição. A configuração da temperatura durante a usinagem.
CNC inclui sincronizar 2 eixos ou 2 spindles. Uma vez Em indústrias como a aeroespacial, as exigências de
sincronizados, só o mestre visualiza e programa o usinagem tornam insuficientes as ferramentas clássicas
elemento. de compensação. A compensação volumétrica FVC
serve para complementar as ferramentas de ajuste da
SOFT KINEMATIC CALIBRATION máquina. Ao mapear a carga de trabalho total da
CNC 8060 Calibração de cinemáticas. máquina, o CNC conhece a posição exata da ferramenta
CNC 8065 Este modo de trabalho permite calibrar pela primeira vez em todos os momentos. Depois de aplicar as
uma cinemática e também, de tempos em tempos, voltar compensações necessárias, a peça resultante possui a
a recalibrá-la para corrigir os possíveis desvios que precisão e tolerância requeridas.
possam surgir no trabalho diário da máquina. Existem três opções, dependendo do tamanho da
máquina.
(REF: 1901) • FVC BASIC: Compensação de 25 pontos em cada
eixo. Rápida para calibrar (tempo), mas menos
precisa que as outras duas, embora seja suficiente
para as tolerâncias desejadas.
• FVC UP TO 10m3: Compensação de volumes até 10
m³. Mais precisa que a FVC BASIC, mas requer uma

·16·
Manual de program a çã o.

calibração mais precisa, usando um laser Tracer ou


Tracker.
• FVC MORE TO 10m3: Compensação de volumes
maiores que 10 m³. Mais precisa que a FVC BASIC,
mas requer uma calibração mais precisa, usando um
laser Tracer ou Tracker.
Esta opção só estará disponível no modelo "Power".

SOFT DMC
Dynamic Machining Control.
O DMC ajusta a velocidade de avanço durante a
usinagem para manter a potência de corte o mais próxima
possível das condições ideais de usinagem.

SOFT FMC
Fagor Machining Calculator.
A aplicação FMC consiste em um banco de dados de
materiais a serem usinados e operações de usinagem
(fresamento e torneamento), junto a uma interface que
permite selecionar as condições de corte adequadas para
as referidas operações.

SOFT FFC
Fagor Feed Control.
Durante a execução de um ciclo fixo do editor, a função
FFC permite substituir o avanço e a velocidade
programados no ciclo pelos valores ativos na execução,
afetados pelo feed override e pelo speed override.

SOFT 60/65/70 OPERATING TERMS


Licença de uso temporário.
A opção "Operating Terms" ativa uma licença de uso
temporário no CNC, válida até uma data determinada pelo
OEM.

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·17·
PÁGINA EM BRANCO

·18·
Manual de program a çã o.

DECLARAÇÃO DE CONFORMIDADE CE E
CONDIÇÕES DE GARANTIA

DECLARAÇÃO DE CONFORMIDADE

A declaração de conformidade do CNC está disponível na área de downloads do website corporativo da


FAGOR. http://www.fagorautomation.com. (Tipo de arquivo: Declaração de conformidade).

CONDIÇÕES DE GARANTIA

As condições de garantia do CNC estão disponíveis na área de downloads do website corporativo da


FAGOR. http://www.fagorautomation.com. (Tipo de arquivo: Condições gerais de venda-Garantia).

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·19·
PÁGINA EM BRANCO

·20·
Manual de program a çã o.

HISTÓRICO DE VERSÕES - CNC 8060

A seguir mostra-se a lista de funções acrescentadas em cada referência do manual.

Ref. 1402
Software V01.00
Primeira versão.

Ref. 1405
Software V01.00
HSC. Novo modo SURFACE. • Instrução #HSC.
Sub-rotinas genéricas do usuário. • Funções G500-G599.
Sub-rotinas genéricas de usuário pré-configuradas pela Fagor. • Funções G500-G501.
Sub-rotina "program-start".
Override da dinâmica do HSC. • Variável: (V.)G.DYNOVR
Nova denonimnação para a variável (V.)G.CONTERROR • Variável: (V.)G.ACTROUND
Frequência máxima gerada sobre a trajetória de usinagem. • Variável: (V.)MPG.MAXFREQ
Servidor ModBUS. • Variáveis: (V.)MPG.MODBUSSVRTCP
(V.)MPG.MODBUSSVRRS
(V.)MPG.MODSVRID
(V.)MPG.MODBRATE
Frequência de comunicação do barramento (bus) CANopen. • Variável: (V.)MPG.CANOPENFREQ
Tipo de captação associada à entrada do volante. • Variável: (V.)MPMAN.HWFBTYPE[hw]
Estado detalhado do CNC em modo manual. Novos valores. • Variável: (V.)G.CNCMANSTATUS
Ativar as opções do regulador Mechatrolink. • Variável: (V.)MPA.OPTION.xn
Habilitar o alarme de hardware (pino de alarme) da captação local. • Variável: (V.)MPA.HWFBACKAL[set].xn
Diferença de posição máxima permitida para considerar que não seja • Variável: (V.)MPA.MAXDIFREF[set].xn
necessário voltar a referenciar.

Ref. 1412
Software V01.10
Orientar a ferramenta no sistema de coordenadas peça. • Instruções #CSROT, #DEFROT.
Selecionar sobre quais eixos rotativos da cinemática é feito o cálculo da • Instrução #SELECT ORI.
orientação da ferramenta, para uma dada direção sobre a peça. • Variável: (V.)G.SELECTORI
Transformar o zero peça atual levando em conta a posição da cinemática da • Instrução #KINORG.
mesa.
Tipo de cinemática ativa. • Variável: (V.)G.KINTYPE
Número de eixos da cinemática ativa. • Variável: (V.)G.NKINAX
Posição atual do quarto eixo rotativo da cinemática. • Variável: (V.)G.POSROTO
Posição a ser ocupada pelo quarto eixo rotativo da cinemática para colocar • Variável: (V.)G.TOOLORIO1
a ferramenta perpendicular ao plano inclinado (solução 1 e 2). (V.)G.TOOLORIO2
Estado da función #CSROT. • Variável: (V.)G.CSROTST
Posição (coordenadas máquina) calculada para os eixos rotativos da • Variáveis: (V.)G.CSROTF1[1]
cinemática no início do bloco, para a solução 1 do modo #CSROT. (V.)G.CSROTS1[1]
(V.)G.CSROTT1[1]
(V.)G.CSROTO1[1]
Posição (coordenadas máquina) calculada para os eixos rotativos da • Variáveis: (V.)G.CSROTF1[2]
cinemática no final do bloco, para a solução 1 do modo #CSROT. (V.)G.CSROTS1[2]
(V.)G.CSROTT1[2]
(V.)G.CSROTO1[2]
Posição (coordenadas máquina) calculada para os eixos rotativos da • Variáveis: (V.)G.CSROTF2[1]
cinemática no início do bloco, para a solução 1 do modo #CSROT. (V.)G.CSROTS2[1] CNC 8060
(V.)G.CSROTT2[1]
(V.)G.CSROTO2[1] CNC 8065
Posição (coordenadas máquina) calculada para os eixos rotativos da • Variáveis: (V.)G.CSROTF2[2]
cinemática no final do bloco, para a solução 1 do modo #CSROT. (V.)G.CSROTS2[2]
(V.)G.CSROTT2[2]
(V.)G.CSROTO2[2]
Posição (coordenadas máquina) a ocupar pelos eixos rotativos da cinemática • Variáveis: (V.)G.CSROTF[1]
(REF: 1901)
no início do bloco, para o modo #CSROT. (V.)G.CSROTS[1]
(V.)G.CSROTT[1]
(V.)G.CSROTO[1]
Posição (coordenadas máquina) a ocupar pelos eixos rotativos da cinemática • Variáveis: (V.)G.CSROTF[2]
no final do bloco, para o modo #CSROT. (V.)G.CSROTS[2]
(V.)G.CSROTT[2]
(V.)G.CSROTO[2]

·21·
Manual de programação.

Software V01.10
Posição do zero peça transformado pela instrução #KINORG, considerando • Variáveis: (V.)G.KINORG1
a posição da mesa, nos três primeiros eixos do canal. (V.)G.KINORG2
(V.)G.KINORG3
Permitir ao usuário alterar os parâmetros das cinemáticas. • Variáveis: (V.)MPK.TDATAFkin[nb]
(V.)G.OFTDATAkin[nb]
(V.)G.OFTDATAFkin[nb]
(V.)G.OFTDATA_Ikin[nb]
(V.)MPK.MAXOFTDATAkin[nb]
(V.)MPK.MAXOFTDATAFkin[nb]
(V.)MPK.MAXOFTDATA_Ikin[nb]

Software V01.10.03
Programação de cotas. Ângulo e coordenada cartesiana.
Rosqueamento eletrônico de passo variável. • Função G34.
Remover os eixos após interromper um rosqueamento eletrônico. • Função G233.
• Variável: (V.)G.RETREJ
Asumir IPLANE como plano activo tras M30/RESET o mantener el activo.
Estado detalhado do CNC em modo automático. Novo valor $100000. • Variável: (V.)G.CNCAUTSTATUS
Tensão em volts da saída analógica local [n] (Somente no 8060). • Variável: (V.)G.ANALO[n]
Tensão em volts da saída [n] do módulo RCS-S. • Variável: (V.)G.ANASO[n]

Ref. 1505
Software V01.30
Novas opções nos gráficos. • Sentença: #DGWZ.
• Definir se a peça é cilíndrica ou retangular.
• Definir até quatro peças.
• Associar uma peça a um ou vários canais.
Alterar online a configuração da máquina nos gráficos HD (arquivos xca). • Sentença: #DEFGRAPH.
Compensação de ferramenta 3D. • Sentença: #COMP3D.
Coordenadas absolutas e incrementais no mesmo bloco (I). • Comando I.
HSC. Modo = SURFACE. Novos comandos RE, SF e AXF. • Sentença: #HSC
HSC. Modo FAST. Novos comandos RE, SF e AXF. • Sentença: #HSC
HSC. Modo CONTERROR. Novos comandos RE e AXF. • Sentença: #HSC
HSC. Modo = SURFACE. Novos comandos OS. • Sentença: #HSC
HSC. Se o comando RE não for programado, o erro permitido nos eixos • Sentença: #HSC
rotativos será o máximo entre o parâmetro MAXERROR e o comando E.
Se não existe nenhum ponto de continuação definido, a execução continua • Sentença: #ABORT
na instrução #ABORT OFF; se esta instrução não estiver definida, a
execução salta para o final do programa (M30).
Geração ISO. • Sentença: #ISO
Spindles do sistema envolvidos na sub-rotina associada à M3, M4, M5, M19 • Variável: (V.)G.SUBMSPDL
e M41-M44.
Ciclo fixo ativo. • Variável: (V.)G.ACTIVECYLE
Estado do apalpador ·1·. • Variável: (V.)G.PRBST
Movimento de apalpamento. Valor medido no spindle master do canal. • Variável: (V.)G.PLMEAS4
Fim do reposicionamento de eixos e spindles no ponto de início. • Variável: (V.)G.ENDREPINI
Fim do reposicionamento de eixos e spindles no ponto de interrupção. • Variável: (V.)G.ENDREPINT
Tempo restante para ativar a saída do laser. • Variável: (V.)G.LASEROTMON
Tempo restante para desativar a saída do laser. • Variável: (V.)G.LASEROTMOFF
Tempo que permanece ativo o PWM em modo contínuo. • Variável: (V.)G.PWMBTIME
Estado final do PWM uma vez finalizado o modo contínuo. • Variável: (V.)G.PWMBEND
Porcentagem do tempo de ciclo que utiliza o PLC. • Variável: (V.)G.PLCTIMERATE
Porcentagem do tempo de ciclo utilizado pela preparação da dinâmica da • Variável: (V.)G.TRAYTIMERATE
trajetória.
Valor da entrada de contagem local. • Variável: (V.)G.LCOUNTER1
Valor da entrada de contagem local 2. • Variável: (V.)G.LCOUNTER2
Avanço real do CNC em G95. • Variável: (V.)G.FREALPR
Avanço real sobre a trajetória. • Variável: (V.)G.ACTFEED
Avanço ativo no bloco. • Variável: (V.)G.IPOFEED
Ferramenta ativa. Código do tipo de corretor. • Variável: (V.)TM.TOOLTYP[ofd]
CNC 8060 Ferramenta em preparação. Código do tipo de corretor. • Variável: (V.)G.TOOLTYP
CNC 8065 Ferramenta em preparação. Orientação do suporte de ferramentas. • Variável: (V.)G.FIXORI
Nas instruções #CS ou #ACS está selecionada a solução 2. • Variável: (V.)G.TORISOL2
Modelo de CNC. • Variável: (V.)G.CNCMODEL
Número da sub-versão do CNC (valor decimal). • Variável: (V.)G.SUBVERSION
Número da linha sobre a qual se encontra o cursor. • Variável: (V.)G.CURSORLINE
(REF: 1901) Suavização da orientação dos eixos rotativos trabalhando com RTCP. • Variável: (V.)MPG.ORISMOOTH
Erro permitido no eixo para o modo HSC. • Variável: (V.)A.ACTROUND.xn

·22·
Manual de program a çã o.

Ref. 1512
Software V01.40
Zonas de trabalho. • Função: G120, G121, G122, G123.
• Variáveis: (V.)MPA.ZONELIMITTOL.xn
(V.)G.ZONEST[k]
(V.)G.ZONETOOLWATCH[k]
(V.)G.ZONEWARN[k]
(V.)A.ZONELIMITTOL.xn
(V.)A.ZONELOWLIM[k].xn
(V.)A.ZONEUPLIM[k].xn
(V.)G.ZONECIR1[k]
(V.)G.ZONECIR2[k]
(V.)G.ZONER[k]
(V.)G.ZONECIRAX1[k]
(V.)G.ZONECIRAX2[k]
Suavizar a trajetória. • Sentença: #PATHND
Suavizar a trajetória e o avanço. • Sentença: #FEEDND

Ref. 1604
Software V01.50
O CNC permite fixar a cota de máquina em eixos gantry. • Função: G174.
O CNC permite executar sete sub-rotinas por bloco.

Ref. 1709
Software V01.60.00
Sub-rotina associada ao reset. • Sub-rotina: PROGRAM_RESET
Sub-rotina associada ao ciclo de calibração de ferramenta. • Sub-rotina: KinCal_Begin.nc
KinCal_End.nc
Novo critério de busca dos arquivos de ajuda associados às sub-rotinas. • Arquivo: pcall.txt
• Arquivo: subroutine_name.txt
subroutine_name.bmp
As sub-rotinas associadas às funções G500-599 podem dispor de arquivos • Arquivo: G500.txt, G501.txt, etc.
de ajuda que serão mostrados durante a edição. G500.bmp, G501.bmp, etc.
As sub-rotinas associadas às funções G8000-8999 podem dispor de arquivos • Arquivo: G8000.txt, G8001.txt, etc.
de ajuda que serão mostrados durante a edição. G8000.bmp, G8001.bmp, etc.
Novo algoritmo de compensação de raio, otimizado para resolver perfis com
degraus.
Sub-rotinas de usuário (G500-G599) e sub-rotinas modais. • Funções: G500, G501, etc.
• Sentenças: #MCALL
Sub-rotinas de usuário (G8000-G8099) e sub-rotinas modais. • Funções: G8000, G8001, etc.
• Sentenças: #MCALL
As chamadas às sub-rotinas com inicialização de parâmetros permitem • Funções: G500, G501, etc.
programar 32 parâmetros adicionais (P26 a P57), que também poderão ser G180, G181, etc.
definidos como "D0= " a "D31=", de modo que "D0=" é equivalente a P26, G380, G381, etc.
"D1=" a P27 e assim sucessivamente. • Sentenças: #PCALL, #MCALL
Funções G02 e G03 não modais. • Funções: G2, G3
Função G00 não modal. • Funções: G0
Com o CNC no modo SETUP (configuração), as rotinas OEM cuja extensão
é fst, serão carregadas na memória RAM durante a preparação dos blocos.

Ref. 1807
Software V01.70.00
Função DMC. • Sentenças: #DMC ON, #DMC OFF
Abrir e escrever arquivos. • Sentenças: #OPEN, #WRITE, #CLOSE
• Abrir um arquivo para escrita.
• Escrever em um arquivo.
• Fechar um arquivo.
• O OEM ou o usuário podem definir um grupo de textos no arquivo
cncWrite.txt.
Mensagens do CNC. • Sentença: #MSG CNC 8060
• Identificadores de formato (%D, %i, %u, etc.).
• Definir mensagens por meio de um número. CNC 8065
• O OEM ou o usuário podem definir um grupo de mensagens no arquivo
cncMsg.txt.
Erros e warnings. • Sentenças: #ERROR
• Identificadores de formato (%D, %i, %u, etc.). #WARNING
#WARNINGSTOP (REF: 1901)
• Mudança de localização do arquivo cncError.txt.
• Programar um warning com valor 0 apaga todos os warnings que estão
sendo visualizados
Zona de trabalho. O comando "E" deve sempre ir depois da função G122; caso • Função G122.
contrário, o CNC irá interpretá-lo como o nome do eixo.

·23·
Manual de programação.

Ref. 1901
Software V06.00.00
Novo comando para selecionar o tipo de arquivo (comando TYPE). • Sentença: #OPEN

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·24·
Manual de program a çã o.

HISTÓRICO DE VERSÕES - CNC 8065

A seguir mostra-se a lista de funções acrescentadas em cada referência do manual.

Ref. 1103

Primeira versão.

Ref. 1201
Software V04.21
Novo modelo LCD-10K. • Variáveis: (V.)MPMAN.JOGKEYDEF[jk]
(V.)MPMAN.USERKEYDEF[uk]

Software V04.22
Definir os deslocamentos de origem com uma parte grosseira e outra fina. • Variáveis: (V.)A.ADDORG.xn
(V.)A.COARSEORG.xn
(V.)A.FINEORG.xn
(V.)A.COARSEORGT[nb].xn
(V.)A.FINEORGT[nb].xn
Cancelar a imagem espelho (G11/G12/G13/G14) após M30 e reset.

Ref. 1209
Software V04.24
Impulso adicional de comando negativo para eixos analógicos. • Variável: (V.)MPA.BAKANOUT[set].xn
A marca SPDLEREV inverte também o sentido de giro de um spindle em M19. • Variável: (V.)MPA.M19SPDLEREV.xn
As funções M02, M30 e reset não cancelam o limite de velocidade G192. • Função G192.
As funções M02, M30 e reset não cancelam a velocidade de corte constante. • Função G96.

Ref. 1301
Software V04.25
Comutação sincronizada. • Variáveis: (V.)G.TON
(V.)G.TOF
(V.)G.PON
(V.)G.POF
• Sentença: #SWTOUT
Erro programado no modo HSC. • Variável: (V.)G.CONTERROR
O modo HSC FAST permite ajustar o erro cordal (parâmetro E). • Sentença: #HSC
O CNC carregará na memória RAM as sub-rotinas que possuem a extensão
.fst.
Se a função G95 estiver ativa e o spindle não possui transdutor, o CNC • Função G95.
utilizará as rotações teóricas programadas para calcular o avanço.

Ref. 1305
Software V04.26
Manter o eixo longitudinal ao trocar de plano(G17/G18/G19). • Função G17/G18/G19.
As funções M3/M4/M5 cancelam o eixo C e colocam o spindle em laço aberto.
Os programas com extensão .mod podem ser alterados quando estão
interrompidos através de um comando “cancelar e continuar".
CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·25·
Manual de programação.

Ref. 1309
Software V04.27
Eixo virtual da ferramenta. • Sentença: #VIRTAX
• Variável: (V.)G.VIRTAXIS
(V.)G.VIRTAXST
(V.)A.VIRTAXOF.xn
PWM (Pulse-Width Modulation) • Sentença: #PWMOUT
• Variável: (V.)G.PWMON
(V.)G.PWMFREQ
(V.)G.PWMDUTY
(V.)PLC.PWMFREQ
(V.)PLC.PWMDUTY
Alterar a velocidade de simulação a partir do PLC. • Variável: (V.)PLC.SIMUSPEED
Executar sub-rotina como bloco único. • Sentença: #RETDSBLK

Ref. 1405
Software V04.27.10
HSC. Novo modo SURFACE. • Instrução #HSC.
Sub-rotinas genéricas do usuário. • Funções G500-G599.
Sub-rotinas genéricas de usuário pré-configuradas pela Fagor. • Funções G500-G501.
Sub-rotina "program-start".
Override da dinâmica do HSC. • Variável: (V.)G.DYNOVR
Nova denonimnação para a variável (V.)G.CONTERROR • Variável: (V.)G.ACTROUND
Frequência máxima gerada sobre a trajetória de usinagem. • Variável: (V.)MPG.MAXFREQ

Software V05.01
Servidor ModBUS. • Variáveis: (V.)MPG.MODBUSSVRTCP
(V.)MPG.MODBUSSVRRS
(V.)MPG.MODSVRID
(V.)MPG.MODBRATE
Frequência de comunicação do barramento (bus) CANopen. • Variável: (V.)MPG.CANOPENFREQ
Tipo de captação associada à entrada do volante. • Variável: (V.)MPMAN.HWFBTYPE[hw]
Estado detalhado do CNC em modo manual. Novos valores. • Variável: (V.)G.CNCMANSTATUS
Ativar as opções do regulador Mechatrolink. • Variável: (V.)MPA.OPTION.xn
Habilitar o alarme de hardware (pino de alarme) da captação local. • Variável: (V.)MPA.HWFBACKAL[set].xn
Diferença de posição máxima permitida para considerar que não seja • Variável: (V.)MPA.MAXDIFREF[set].xn
necessário voltar a referenciar.

Ref. 1408
Software V05.10
Orientar a ferramenta no sistema de coordenadas peça. • Instruções #CSROT, #DEFROT.
Selecionar sobre quais eixos rotativos da cinemática é feito o cálculo da • Instrução #SELECT ORI.
orientação da ferramenta, para uma dada direção sobre a peça. • Variável: (V.)G.SELECTORI
Transformar o zero peça atual levando em conta a posição da cinemática da • Instrução #KINORG.
mesa.
Tipo de cinemática ativa. • Variável: (V.)G.KINTYPE
Número de eixos da cinemática ativa. • Variável: (V.)G.NKINAX
Posição atual do quarto eixo rotativo da cinemática. • Variável: (V.)G.POSROTO
Posição a ser ocupada pelo quarto eixo rotativo da cinemática para colocar • Variável: (V.)G.TOOLORIO1
a ferramenta perpendicular ao plano inclinado (solução 1 e 2). (V.)G.TOOLORIO2
Estado da función #CSROT. • Variável: (V.)G.CSROTST
Posição (coordenadas máquina) calculada para os eixos rotativos da • Variables: (V.)G.CSROTF1[1]
cinemática no início do bloco, para a solução 1 do modo #CSROT. (V.)G.CSROTS1[1]
(V.)G.CSROTT1[1]
(V.)G.CSROTO1[1]
Posição (coordenadas máquina) calculada para os eixos rotativos da • Variables: (V.)G.CSROTF1[2]
cinemática no final do bloco, para a solução 1 do modo #CSROT. (V.)G.CSROTS1[2]
(V.)G.CSROTT1[2]
(V.)G.CSROTO1[2]
Posição (coordenadas máquina) calculada para os eixos rotativos da • Variables: (V.)G.CSROTF2[1]
cinemática no início do bloco, para a solução 1 do modo #CSROT. (V.)G.CSROTS2[1]
(V.)G.CSROTT2[1]
CNC 8060 Posição (coordenadas máquina) calculada para os eixos rotativos da •
(V.)G.CSROTO2[1]
Variables: (V.)G.CSROTF2[2]
CNC 8065 cinemática no final do bloco, para a solução 1 do modo #CSROT. (V.)G.CSROTS2[2]
(V.)G.CSROTT2[2]
(V.)G.CSROTO2[2]
Posição (coordenadas máquina) a ocupar pelos eixos rotativos da cinemática • Variables: (V.)G.CSROTF[1]
no início do bloco, para o modo #CSROT. (V.)G.CSROTS[1]
(V.)G.CSROTT[1]
(REF: 1901) (V.)G.CSROTO[1]
Posição (coordenadas máquina) a ocupar pelos eixos rotativos da cinemática • Variables: (V.)G.CSROTF[2]
no final do bloco, para o modo #CSROT. (V.)G.CSROTS[2]
(V.)G.CSROTT[2]
(V.)G.CSROTO[2]

·26·
Manual de program a çã o.

Software V05.10
Posição do zero peça transformado pela instrução #KINORG, considerando • Variável: (V.)G.KINORG1
a posição da mesa, nos três primeiros eixos do canal. (V.)G.KINORG2
(V.)G.KINORG3
Permitir ao usuário alterar os parâmetros das cinemáticas. • Variável: (V.)MPK.TDATAFkin[nb]
(V.)G.OFTDATAkin[nb]
(V.)G.OFTDATAFkin[nb]
(V.)G.OFTDATA_Ikin[nb]
(V.)MPK.MAXOFTDATAkin[nb]
(V.)MPK.MAXOFTDATAFkin[nb]
(V.)MPK.MAXOFTDATA_Ikin[nb]

Ref. 1501
Software V05.20
Novas opções nos gráficos. • Instruções #DGWZ.
• Definir se a peça é cilíndrica ou retangular.
• Definir até quatro peças.
• Associar uma peça a um ou vários canais.
Alterar online a configuração da máquina nos gráficos HD (arquivos xca). • Instrução #DEFGRAPH.
Compensação de ferramenta 3D. • Instrução #COMP3D.
Coordenadas absolutas e incrementais no mesmo bloco (I). • Comando I.
HSC. Modo SURFACE. Novos comandos RE, SF e AXF. • Instrução #HSC.
HSC. Modo FAST. Novos comandos RE, SF e AXF. • Instrução #HSC.
HSC. Modo CONTERROR. Novos comandos RE e AXF. • Instrução #HSC.

Ref. 1505
Software V05.31
Programação de cotas. Ângulo e coordenada cartesiana.
Rosqueamento eletrônico de passo variável. • Função: G34.
Remover os eixos após interromper um rosqueamento eletrônico. • Função: G233.
• Variável: (V.)G.RETREJ
Asumir IPLANE como plano activo tras M30/RESET o mantener el activo.
Estado detalhado do CNC em modo automático. Novo valor $100000. • Variável: (V.)G.CNCAUTSTATUS
Tensão em volts da saída [n] do módulo RCS-S. • Variável: (V.)G.ANASO[n]
HSC. Modo = SURFACE. Novos comandos OS. • Sentença: #HSC
HSC. Se o comando RE não for programado, o erro permitido nos eixos • Sentença: #HSC
rotativos será o máximo entre o parâmetro MAXERROR e o comando E.
Se não existe nenhum ponto de continuação definido, a execução continua • Sentença: #ABORT
na instrução #ABORT OFF; se esta instrução não estiver definida, a
execução salta para o final do programa (M30).
Geração ISO. • Sentença: #ISO
Spindles do sistema envolvidos na sub-rotina associada à M3, M4, M5, M19 • Variável: (V.)G.SUBMSPDL
e M41-M44.
Ciclo fixo ativo. • Variável: (V.)G.ACTIVECYLE
Estado do apalpador ·1·. • Variável: (V.)G.PRBST
Movimento de apalpamento. Valor medido no spindle master do canal. • Variável: (V.)G.PLMEAS4
Fim do reposicionamento de eixos e spindles no ponto de início. • Variável: (V.)G.ENDREPINI
Fim do reposicionamento de eixos e spindles no ponto de interrupção. • Variável: (V.)G.ENDREPINT
Tempo restante para ativar a saída do laser. • Variável: (V.)G.LASEROTMON
Tempo restante para desativar a saída do laser. • Variável: (V.)G.LASEROTMOFF
Tempo que permanece ativo o PWM em modo contínuo. • Variável: (V.)G.PWMBTIME
Estado final do PWM uma vez finalizado o modo contínuo. • Variável: (V.)G.PWMBEND
Porcentagem do tempo de ciclo que utiliza o PLC. • Variável: (V.)G.PLCTIMERATE
Porcentagem do tempo de ciclo utilizado pela preparação da dinâmica da • Variável: (V.)G.TRAYTIMERATE
trajetória.
Valor da entrada de contagem local. • Variável: (V.)G.LCOUNTER1
Valor da entrada de contagem local 2. • Variável: (V.)G.LCOUNTER2
Avanço real do CNC em G95. • Variável: (V.)G.FREALPR
Avanço real sobre a trajetória. • Variável: (V.)G.ACTFEED
Avanço ativo no bloco. • Variável: (V.)G.IPOFEED
Ferramenta ativa. Código do tipo de corretor. • Variável: (V.)TM.TOOLTYP[ofd]
Ferramenta em preparação. Código do tipo de corretor. • Variável: (V.)G.TOOLTYP
Ferramenta em preparação. Orientação do suporte de ferramentas. • Variável: (V.)G.FIXORI CNC 8060
Nas instruções #CS ou #ACS está selecionada a solução 2.
Modelo de CNC.


Variável: (V.)G.TORISOL2
Variável: (V.)G.CNCMODEL
CNC 8065
Número da sub-versão do CNC (valor decimal). • Variável: (V.)G.SUBVERSION
Número da linha sobre a qual se encontra o cursor. • Variável: (V.)G.CURSORLINE
Suavização da orientação dos eixos rotativos trabalhando com RTCP. • Variável: (V.)MPG.ORISMOOTH
Erro permitido no eixo para o modo HSC. • Variável: (V.)A.ACTROUND.xn
(REF: 1901)

·27·
Manual de programação.

Ref. 1512
Software V05.40
Zonas de trabalho. • Função: G120, G121, G122, G123.
• Variáveis: (V.)MPA.ZONELIMITTOL.xn
(V.)G.ZONEST[k]
(V.)G.ZONETOOLWATCH[k]
(V.)G.ZONEWARN[k]
(V.)A.ZONELIMITTOL.xn
(V.)A.ZONELOWLIM[k].xn
(V.)A.ZONEUPLIM[k].xn
(V.)G.ZONECIR1[k]
(V.)G.ZONECIR2[k]
(V.)G.ZONER[k]
(V.)G.ZONECIRAX1[k]
(V.)G.ZONECIRAX2[k]
Suavizar a trajetória. • Sentença: #PATHND
Suavizar a trajetória e o avanço. • Sentença: #FEEDND

Ref. 1604
Software V01.50
O CNC permite fixar a cota de máquina em eixos gantry. • Função: G174.
O CNC permite executar sete sub-rotinas por bloco.

Ref. 1709
Software V05.60.00
Sub-rotina associada ao reset. • Sub-rotina: PROGRAM_RESET
Sub-rotina associada ao ciclo de calibração de ferramenta. • Sub-rotina: KinCal_Begin.nc
KinCal_End.nc
Novo critério de busca dos arquivos de ajuda associados às sub-rotinas. • Arquivo: pcall.txt
• Arquivo: subroutine_name.txt
subroutine_name.bmp
As sub-rotinas associadas às funções G500-599 podem dispor de arquivos • Arquivo: G500.txt, G501.txt, etc.
de ajuda que serão mostrados durante a edição. G500.bmp, G501.bmp, etc.
As sub-rotinas associadas às funções G8000-8999 podem dispor de arquivos • Arquivo: G8000.txt, G8001.txt, etc.
de ajuda que serão mostrados durante a edição. G8000.bmp, G8001.bmp, etc.
Novo algoritmo de compensação de raio, otimizado para resolver perfis com
degraus.
Sub-rotinas de usuário (G500-G599) e sub-rotinas modais. • Funções: G500, G501, etc.
• Sentenças: #MCALL
Sub-rotinas de usuário (G8000-G8099) e sub-rotinas modais. • Funções: G8000, G8001, etc.
• Sentenças: #MCALL
As chamadas às sub-rotinas com inicialização de parâmetros permitem • Funções: G500, G501, etc.
programar 32 parâmetros adicionais (P26 a P57), que também poderão ser G180, G181, etc.
definidos como "D0= " a "D31=", de modo que "D0=" é equivalente a P26, G380, G381, etc.
"D1=" a P27 e assim sucessivamente. • Sentenças: #PCALL, #MCALL
Funções G02 e G03 não modais. • Funções: G2, G3
Função G00 não modal. • Funções: G0
Com o CNC no modo SETUP (configuração), as rotinas OEM cuja extensão
é fst, serão carregadas na memória RAM durante a preparação dos blocos.

Ref. 1807
Software V01.70.00
Função DMC. • Sentenças: #DMC ON, #DMC OFF
Abrir e escrever arquivos. • Sentenças: #OPEN, #WRITE, #CLOSE
• Abrir um arquivo para escrita.
• Escrever em um arquivo.
• Fechar um arquivo.
• O OEM ou o usuário podem definir um grupo de textos no arquivo
cncWrite.txt.
CNC 8060 Mensagens do CNC. • Sentença: #MSG
• Identificadores de formato (%D, %i, %u, etc.).
CNC 8065 • Definir mensagens por meio de um número.
• O OEM ou o usuário podem definir um grupo de mensagens no arquivo
cncMsg.txt.
Erros e warnings. • Sentenças: #ERROR
• Identificadores de formato (%D, %i, %u, etc.). #WARNING
(REF: 1901) #WARNINGSTOP
• Mudança de localização do arquivo cncError.txt.
• Programar um warning com valor 0 apaga todos os warnings que estão
sendo visualizados
Zona de trabalho. O comando "E" deve sempre ir depois da função G122; caso • Função G122.
contrário, o CNC irá interpretá-lo como o nome do eixo.

·28·
Manual de program a çã o.

Ref. 1901
Software V06.00.00
Novo comando para selecionar o tipo de arquivo (comando TYPE). • Sentença: #OPEN

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·29·
PÁGINA EM BRANCO

·30·
Manual de program a çã o.

CONDIÇÕES DE SEGURANÇA

Leia as seguintes medidas de segurança com o objetivo de evitar lesões a pessoas e prever danos a este
equipamento bem como aos equipamentos ligados ao mesmo. Fagor Automation não se responsabiliza
por qualquer dano físico ou material que seja ocasionado pelo não cumprimento destas normas básicas
de segurança.

Antes de a colocação em funcionamento, verificar que a máquina onde se incorpora o CNC cumpre a
especificação da directiva 2006/42/EC.

PRECAUÇÕES ANTES DE LIMPAR O APARELHO.

Não manipular o interior do aparelho. Somente técnicos autorizados por Fagor Automation podem
manipular o interior do aparelho.
N ã o m a n i p u l a r o s c o n e c t o r e s c o m o Antes de manipular os conectores (entradas/saídas, medição, etc.)
aparelho conectado à rede elétrica. assegurar-se de que o equipamento não se encontra conectado à
rede elétrica.

PRECAUÇÕES DURANTE AS REPARAÇÕES

Em caso de mau funcionamento ou falha do aparelho, desligá-lo e chamar o serviço de assistência técnica.
Não manipular o interior do aparelho. Somente técnicos autorizados por Fagor Automation podem
manipular o interior do aparelho.
N ã o m a n i p u l a r o s c o n e c t o r e s c o m o Antes de manipular os conectores (entradas/saídas, medição, etc.)
aparelho conectado à rede elétrica. assegurar-se de que o equipamento não se encontra conectado à
rede elétrica.

PRECAUÇÕES CONTRA DANOS A PESSOAS

Ligação de módulos. Utilizar os cabos de união proporcionados com o aparelho.


Utilizar cabos apropriados. Para evitar riscos, utilizar somente cabos e fibra óptica Sercos
recomendados para este equipamento.
Para prevenir riscos de choque elétrico na unidade central, utilizar o
conector apropriado (fornecido pela Fagor); usar cabo de
alimentação de três condutores (um deles o de terra).
Evitar sobrecargas elétricas. Para evitar descargas elétricas e riscos de incêndio, não utilizar
tensão elétrica fora dos limites indicados.
Conexões à terra Com o objetivo de evitar descargas elétricas conectar os terminais
de terra de todos os módulos ao ponto central de terras. Também, CNC 8060
antes de efetuar as ligações das entradas e saídas deste produto CNC 8065
assegurar-se que foi efetuada a conexão à terra.
Para evitar choques elétricos assegurar-se, antes de ligar o aparelho,
que foi feita a ligação dos terras.
Não trabalhar em ambientes úmidos. Para evitar descargas elétricas, trabalhar sempre em ambientes com
(REF: 1901)
umidade relativa dentro dos limites 10%-90% sem condensação.
Não trabalhar em ambientes explosivos. Com o objetivo de evitar possíveis perigos , lesões ou danos, não
trabalhar em ambientes explosivos.

·31·
Manual de programação.

PRECAUÇÕES CONTRA DANOS AO PRODUTO

Ambiente de trabalho. Este aparelho está preparado para ser utilizado em Ambientes
Industriais obedecendo às diretrizes e normas em vigor na União
Européia.
Fagor Automation não se responsabiliza pelos danos que possam
sofrer ou provocar o CNC quando se monta em outro tipo de
condições (ambientes residenciais ou domésticos).
Instalar o aparelho no lugar apropriado. Se recomenda que, sempre que seja possível, que a instalação do
controle numérico se realize afastada dos líquidos refrigerantes,
produtos químicos, golpes, etc. que possam danificá-lo.
O aparelho cumpre as diretrizes européias de compatibilidade
eletromagnética. Entretanto, é aconselhável mantê-lo afastado de
fontes de perturbação eletromagnética, como podem ser:
Cargas potentes ligadas à mesma rede que o equipamento.
Transmissores portáteis próximos (Radiotelefones, emissoras
de rádio amadores).
Proximidade de Transmissores de rádio/TV.
Proximidade de Máquinas de solda por arco.
Proximidade de Linhas de alta tensão.
Envolventes. O fabricante é responsável de garantir que o gabinete em que se
montou o equipamento, cumpra todas as diretrizes de uso na
Comunidade Econômica Européia.
Evitar interferencias provenientes da A máquina-ferramenta deve ter desacoplados todos os elementos
máquina-ferramenta. que geram interferências (bobinas dos relés, contatores, motores,
etc.).
Utilizar a fonte de alimentação apropriada. Utilizar, para a alimentação do teclado, painel de comando e os
módulos remotos, uma fonte de alimentação externa estabilizada de
24 V DC.
Conexões à terra da fonte de alimentação. O ponto de zero volts da fonte de alimentação externa deverá ser
ligado ao ponto principal de terra da máquina.
Conexões das entradas e saídas analógicas. Realizar a ligação mediante cabos blindados, conectando todas as
malhas ao terminal correspondente.
Condições do meio ambiente. Manter o CNC dentro dos limites de temperaturas recomendados,
tanto em regime de funcionamento como de não funcionamento. Ver
o capítulo correspondente no manual de hardware.
Configuração da unidade central. Para manter as condições ambientais adequadas no habitáculo da
unidade central, este deve atender os requisitos especificados pela
Fagor. Ver o capítulo correspondente no manual de hardware.
Dispositivo de secionamento d a O dispositivo de secionamento da alimentação tem que estar situado
alimentação. em lugar facilmente acessível e a uma distância do chão
compreendida entre 0,7 e 1,7 metros (2,3 e 5,6 pies).

SÍMBOLOS DE SEGURANÇA

Símbolos que podem aparecer no manual.

Símbolo de perigo ou proibição.


Este símbolo indica ações ou operações que podem provocar danos a pessoas ou equipamentos.

CNC 8060
Símbolo de advertência ou precaução.
CNC 8065 Este símbolo indica situações que podem causar certas operações e as ações que se devem levar a efeito
para evitá-las.

(REF: 1901)
Símbolos de obrigação.
Este símbolo indica ações e operações que se tem que realizar obrigatoriamente.

Símbolos de informação.
i Este símbolo indica notas, avisos e recomendações.

·32·
Manual de program a çã o.

Símbolo de documentação adicional.


Este símbolo indica que existe outro documento com informações mais específicas ou detalhadas.

Símbolos que podem constar no produto.

Símbolos de terra.
Este símbolo indica que o referido ponto assinalado pode estar sob tensão elétrica.

Componentes ESD.
Este símbolo identifica os cartões com componentes ESD (componentes sensíveis a cargas
eletrostáticas).

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·33·
PÁGINA EM BRANCO

·34·
Manual de program a çã o.

CONDIÇÕES PARA RETORNO DE


MATERIAIS

Embale o módulo em sua embalagem original, utilizando o mesmo material da embalagem original. Se
não está disponível, seguindo as seguintes instruções:
1 Consiga uma caixa de papelão cujas 3 dimensões internas sejam pelo menos 15 cm (6 polegadas)
maiores que o aparelho. O papelão empregado para a caixa deve ser de uma resistência de 170 Kg
(375 libras).
2 Anexe uma etiqueta ao equipamento indicando o proprietário do mesmo e a informação do contato
(endereço, número de telefone, e-mail, nome da pessoa de contato, tipo do equipamento, número de
série, etc.). Em caso de avaria indique também o sintoma e uma rápida descrição da mesma.
3 Envolva o aparelho com um rolo de polietileno ou sistema similar para protegê-lo. Se vai enviar uma
unidade central com monitor, proteja especialmente a tela.
4 Acolchoe o aparelho na caixa de papelão enchendo- a com espuma de poliuretano por todos os lados.
5 Feche a caixa de papelão com fita de embalagem ou grampos industriais.

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·35·
PÁGINA EM BRANCO

·36·
Manual de program a çã o.

MANUTENÇÃO DO CNC

LIMPEZA

A acumulação de sujidade no aparelho pode atuar como blindagem que impeça a correta dissipação do
calor gerado pelos circuitos eletrônicos internos, e também haverá a possibilidade de risco de
superaquecimento e avaria do aparelho. Também, a sujeira acumulada pode, em alguns casos,
proporcionar um caminho condutor à eletricidade que pode por isso, provocar falhas nos circuitos internos
do aparelho, principalmente sob condições de alta umidade.

Para a limpeza do painel de comandos e do monitor se recomenda o emprego de um pano suave


empapado com a água desionizada e/ou detergentes lavalouças caseiros não abrasivos (líquidos, nunca
em pós), ou então com álcool a 75%. Não utilizar ar comprimido a altas pressões para a limpeza do
aparelho, pois isso, pode causar acumulação de cargas que por sua vez dão lugar a descargas
eletrostáticas.

Os plásticos utilizados na parte frontal dos aparelhos são resistentes a graxas e óleos minerais, bases e
lixívia, detergentes dissolvidos e álcool. Evitar a ação de dissolvente como clorohidrocarboretos, benzina,
ésteres e éteres fortes porque podem danificar os plásticos que constituem a frente do aparelho.

PRECAUÇÕES ANTES DE LIMPAR O APARELHO.

Fagor Automation não se responsabilizará por qualquer dano material ou físico que pudera derivar-se de
um incumprimento destas exigências básicas de segurança.
• Não manipular os conectores com o equipamento conectado à rede elétrica. Antes de manipular os
conectores (entradas/saídas, medição, etc.) assegurar-se de que o equipamento não se encontra
conectado à rede elétrica.
• Não manipular o interior do aparelho. Somente técnicos autorizados por Fagor Automation podem
manipular o interior do aparelho.

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·37·
PÁGINA EM BRANCO

·38·
1
1. CONSTRUÇÃO DE UM
PROGRAMA.

1.1 Linguagens de Programação.

O CNC dispõe de sua própria linguagem de programação, explicada neste manual. A edição
do programa se realiza bloco a bloco, podendo estar cada um deles redigido em linguagem
ISO ou em linguagem de alto nível. Ver "1.3 Estrutura dos blocos de programa." na página
43.

Quando se editam comandos em linguagem de alto nível, o editor oferece a modo de ajuda
una lista dos comandos disponíveis.

Linguagem 8055

O CNC também permite editar programas na linguagem do CNC 8055. A programação em


linguagem do CNC 8055 se habilita desde o editor de programas peça. Consulte o manual
de operação para habilitar esta opção.

Neste manual não se capta a linguagem do 8055; consulte a documentação específica


desse produto. Evidentemente, ao ser este CNC e o 8055 dois produtos funcionalmente
distintos, alguns conceitos podem ser diferentes.

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·39·
Manual de programação.

1.2 Estrutura do programa.

Um programa de CNC está formado por um conjunto de blocos ou instruções que


convenientemente ordenadas, em sub-rotinas ou no corpo do programa, proporcionam ao
CNC a informação necessária para efetuar a usinagem da peça desejada.

Cada bloco contém todas as funções ou comandos necessários para executar uma
operação, que pode ser uma usinagem, preparação das condições de corte, controle de
elementos da máquina, etc.

1. N20
N30
CONSTRUÇÃO DE UM PROGRAMA.
Estrutura do programa.

N10
N40

%example
(Nome do programa)
N5 F550 S1000 M3 M8 T1 D1
(Estabelece as condições da usinagem)
N6 G0 X0 Y0
(Posicionamento)
N10 G1 G90 X100
N20 Y50
N30 X0
N40 Y0
(Usinagem)
N50 M30
(Fim de programa)

O programa CNC pode ser formado por várias sub-rotinas locais e pelo corpo do programa.
As sub-rotinas locais irão definidas no inicio do programa.

Programa CNC

Sub-rotina

Bloco

···

Bloco

Corpo do programa

Bloco

···

Bloco
CNC 8060 Bloco
CNC 8065

(REF: 1901)

·40·
Manual de program a çã o.

1.2.1 Corpo do programa.

O corpo do programa tem a seguinte estrutura.


Cabeçalho O cabeçalho indica o começo do corpo do programa. A
programação do cabeçalho é obrigatória quando o programa
possui de sub-rotinas locais.
Blocos de programa É a parte principal do programa, aquela que contém os
movimentos, operações, etc.

1.
Fim de programa

CONSTRUÇÃO DE UM PROGRAMA.
Estrutura do programa.
Cabeçalho do programa.
O cabeçalho do programa é um bloco que se compõe do caractere "%" seguido do nome
do programa. O nome do programa admite 14 caracteres e pode ser formado por letras
maiúsculas, minúsculas e por números (não admite espaços em branco).

%0123
%PROGRAM
%PART923R

A programação do cabeçalho é obrigatória quando no programa se incluam sub-rotinas


locais; em caso contrário, a programação do cabeçalho é opcional.

O nome definido no cabeçalho não tem nenhuma relação com o nome com que se guarda
o arquivo. Ambos os nomes podem ser diferentes.

Corpo do programa.
O corpo do programa está composto pelos blocos encarregados de executar as operações,
movimentos, etc.

Fim de programa.
O final do corpo do programa se define mediante as funções M02 ou M30, sendo ambas
as funções equivalentes. A programação destas funções não é obrigatória; se alcançamos
o final do programa sem ter executado alguma delas, o CNC termina a execução e mostra
um warning avisando desta circunstância.

M30
M02

O comportamento do CNC depois de alcançar o final do programa é diferente dependendo


se foi programada ou não a função M02 ou M30.

Com M02/M30 Sem M02/M30

O CNC seleciona o primeiro bloco do programa. Sim Sim

O CNC detém a rotação do spindle. Sim Não

O CNC aceita as condições iniciais. Sim (*) Não

O CNC inicializa as condições de corte. Sim Não


CNC 8060
(*) A parada do spindle depende de como estiver configurado o parâmetro de máquina CNC 8065
SPDLSTOP.

(REF: 1901)

·41·
Manual de programação.

1.2.2 As sub-rotinas.

Uma sub-rotina é um conjunto de blocos que, convenientemente identificados, podem ser


chamados uma ou várias vezes desde outra sub-rotina ou desde o programa. É comum
utilizar as sub-rotinas para definir um conjunto de operações ou deslocamentos que se
repetem várias vezes no programa. Ver capítulo "15 Sub-rotinas.".

Tipos de sub-rotinas.

1. O CNC possui dois tipos de sub-rotinas, tais como sub-rotinas locais e globais. Há um
terceiro tipo disponível, as sub-rotinas OEM, que são um caso especial de sub-rotina global
definida pelo fabricante.
CONSTRUÇÃO DE UM PROGRAMA.
Estrutura do programa.

Sub-rotinas globais.

A sub-rotina global está armazenada na memória do CNC como um programa


independente. Esta sub-rotina pode ser chamada desde qualquer programa ou sub-rotina
em execução.

Sub-rotinas locais.

A sub-rotina local é definida como parte de um programa. Esta sub-rotina somente pode
ser chamada a partir do programa em que está definida.

Um programa pode possuir várias sub-rotinas locais, porém todas elas deverão estar
definidas antes do corpo do programa. Uma sub-rotina local poderá chamar a uma segunda
sub-rotina local, com a condição de que a sub-rotina que realiza a chamada esteja definida
depois da sub-rotina chamada.

%L POINTS
G01 X·· Y·· (Punto 2)
3
G01 X·· Y·· (Punto 3)
4
1 G01 X·· Y·· (Punto 4)
M17
2

%PROGRAM
G81 X·· Y·· (Punto 1. Definição da operação de marcar centro)
LL POINTS (Chamada a uma sub-rotina)
G81 X·· Y·· (Punto 1. Definição da operação de marcar centro)
LL POINTS (Chamada a uma sub-rotina)
G84 X·· Y·· (Punto 1. Definição da operação de marcar centro)
LL POINTS (Chamada a uma sub-rotina)
G80
M30

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·42·
Manual de program a çã o.

1.3 Estrutura dos blocos de programa.

Os blocos que formam as sub-rotinas e o corpo do programa podem ser definidos mediante
comandos em código ISO ou em linguagem de alto nível. Para a elaboração do programa
serão usados blocos escritos em uma ou outra linguagem, podendo combinar num mesmo
programa blocos escritos nas duas linguagens. Também é possível programar blocos
vazios (linhas vazias).

Em ambas as linguagens, se permite utilizar qualquer tipo de expressão, aritmética,


relacional ou lógica.

1.
Programação em código ISO.

Estrutura dos blocos de programa.


CONSTRUÇÃO DE UM PROGRAMA.
Está desenhado, especialmente, para controlar o movimento dos eixos, já que proporciona
informação e condições de deslocamento e indicações sobre o avanço. Alguns comandos
disponíveis são:
• Funções preparatórias dos movimentos, que determinam a geometria e condições de
trabalho, como interpolações lineares, circulares, rosqueamentos, ciclos fixos, etc.
• Funções de controle das condições de corte, como os avanços dos eixos, velocidades
do spindle e acelerações.
• Funções de controle das ferramentas.
• Funções complementares, que contêm indicações tecnológicas.
• Definição de cotas.

Programação em linguagem de alto nível.


Esta linguagem proporciona ao usuário um conjunto de instruções de controle que se
assemelham à terminologia utilizada por outras linguagens, como $IF, $GOTO, #MSG,
#HSC, etc. Algumas instruções disponíveis são:
• Instruções de programação.
• Instruções de controle de fluxo, para a construção de voltas e saltos dentro do programa.
• Definição e chamada a sub-rotinas com parâmetros locais, entendendo-se por variável
local aquela variável que só é conhecida pela sub-rotina na qual foi definida.

Da mesma maneira, permite utilizar qualquer tipo de expressão aritmética, relacional ou


lógica.

Parâmetros aritméticos, variáveis, constantes e expressões


aritméticas.
As constantes, parâmetros aritméticos, variáveis e expressões aritméticas podem ser
empregadas tanto desde blocos ISO como desde comandos em alto nível.

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·43·
Manual de programação.

1.3.1 Programação em código ISO.

As funções que compõem o código ISO são compostas por letras e o formato é numérico.
As letras que fazem parte da linguagem são "N", "G", "F", "S", "T", "D", "M", "H", "NR" e as
letras que identificam aos eixos.

O formato numérico inclui, além dos dígitos "0" a "9", os sinais "+", "-" e o ponto decimal ".".
Da mesma maneira, o formato numérico pode ser substituído por um parâmetro, variável
ou expressão aritmética que tenha como resultado um número.

1. A programação admite espaços entre letras, números e sinal, bem como prescinde do sinal
se for positivo.
Estrutura dos blocos de programa.
CONSTRUÇÃO DE UM PROGRAMA.

Estrutura do bloco.
Um bloco pode conter as seguintes funções, não sendo necessária a programação de todas
elas. Os dados não têm uma ordem estipulada, podem ser programados em qualquer parte
do bloco. As únicas excepções serão a condição de salto de bloco e a identificação do bloco,
que sempre se devem programar no princípio.

/ N— G— G— X..C— F— S— T— D— M— H— NR—

·/· Condição de salto de bloco.

A condição de salto de bloco é controlada pela marca BLKSKIP1 do PLC. Se esta marca
se encontra ativa, o CNC não executará os blocos em que se encontra programada,
continuando com a execução no bloco seguinte.

O controle vai lendo vários blocos à frente do que está sendo executado, para poder calcular
antecipadamente a trajetória a ser percorrida. A condição de salto de bloco será analisada
no momento em que o bloco é lido, ou seja, vários blocos antes da sua execução. Quando
se deseja que a condição de salto de bloco seja analisada no momento da execução, é
necessário interromper a preparação de blocos, programando para isso a instrução
#FLUSH no bloco anterior.

[LABEL] ·N· Etiqueta do bloco.

As etiquetas permitem identificar os blocos. A programação de etiquetas facilita o


monitoramento do programa e permite executar saltos e repetições de blocos. Neste último
caso, recomenda-se programar as etiquetas sozinhas no bloco. Ver "1.8 Programação das
etiquetas do bloco." na página 55.

·G· Funções preparatórias.

As funções G determinam a geometria e condições de trabalho, como interpolações


lineares, circulares, chanfrados, ciclos fixos, etc. Ver "1.5 Lista de funções G." na página 48.

·X..C· Cotas do ponto.

Estas funções determinam o deslocamento dos eixos. Ver "1.4 Programação dos eixos."
na página 47.

Dependendo do tipo de unidades, o formato de programação será:


• Em milímetros, formato ±5.4 (5 inteiros e 4 decimais).
• Em polegadas, formato ±4.5 (4 inteiros e 5 decimais).

·F· Avanço dos eixos.


CNC 8060
O avanço se representa por meio da letra "F" seguida do valor de avanço desejado.
CNC 8065
·S· Velocidade do spindle.

Esta função determina a velocidade do spindle.


(REF: 1901)
O nome do spindle estará definido por 1 ou 2 caracteres. O primeiro caractere é a letra S
e o segundo caractere, que é opcional, será um sufixo numérico entre 1 e 9. Desta forma
o nome dos eixos poderá ser qualquer da classe S até S9.

·44·
Manual de program a çã o.

A velocidade é representada mediante a letra do eixo seguida da cota à que se deseja


deslocar o eixo. Para os spindles do tipo S1, S2, etc, tem que ser programado o sinal "="
entre o nome e a velocidade.

S1000
S1=334

·T· Número de ferramenta.

Esta função seleciona a ferramenta com a que se vai a executar a usinagem programado.
A ferramenta representa-se mediante a letra "T" seguida do número de ferramenta (0-
4294967295). 1.

Estrutura dos blocos de programa.


CONSTRUÇÃO DE UM PROGRAMA.
·D· Número de corretor.

Esta função seleciona o corretor de ferramenta. O corretor se representa mediante a letra


"D" seguida do número de corretor. O número de corretores disponíveis para cada
ferramenta se define na tabela de ferramentas.

·M H· Funções auxiliares.

As funções auxiliares permitem controlar diferentes elementos da máquina (sentido de


rotação do spindle, óleo de refrigeração de corte, etc.). Estas funções se representam
mediante as letras "M" ou "H" seguidas do número da função (0-65535)

·NR· Número de repetições de bloco.

O comando NR indica o número de vezes que um bloco é executado e só pode ser


adicionado aos blocos onde exista programado um deslocamento, um ciclo fixo modal ou
uma sub-rotina modal. Ver "14.3 Repetição de um bloco (NR)." na página 279.

Comentário de blocos.

O CNC permite associar aos blocos qualquer tipo de informação a título de comentário.
Quando se executa o programa, o CNC ignora esta informação.

O CNC oferece diferentes métodos para incluir comentários no programa. Ver


"1.9 Programação de comentários." na página 56.

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·45·
Manual de programação.

1.3.2 Programação em linguagem de alto nível.

Os comandos que compõem a linguagem de alto nível são compostos por instruções de
controle "#" e explicações de controle de fluxo "$".

Estrutura do bloco.
Um bloco pode conter os seguintes comandos, não sendo necessária a programação de

1. todos eles.

/ N— <resto de comandos>
Estrutura dos blocos de programa.
CONSTRUÇÃO DE UM PROGRAMA.

·/· Condição de salto de bloco.

A condição de salto de bloco é controlada pela marca BLKSKIP1 do PLC. Se esta marca
se encontra ativa, o CNC não executará os blocos em que se encontra programada,
continuando com a execução no bloco seguinte.

O controle vai lendo vários blocos à frente do que está sendo executado, para poder calcular
antecipadamente a trajetória a ser percorrida. A condição de salto de bloco será analisada
no momento em que o bloco é lido, ou seja, vários blocos antes da sua execução. Quando
se deseja que a condição de salto de bloco seja analisada no momento da execução, é
necessário interromper a preparação de blocos, programando para isso a instrução
#FLUSH no bloco anterior.

[LABEL] ·N· Etiqueta do bloco.

As etiquetas permitem identificar os blocos. A programação de etiquetas facilita o


monitoramento do programa e permite executar saltos e repetições de blocos. Neste último
caso, recomenda-se programar as etiquetas sozinhas no bloco. Ver "1.8 Programação das
etiquetas do bloco." na página 55.

·# $· Comandos em linguagem de alto nível.

Os comandos em linguagem de alto nível englobam as instruções e explicações de controle


de fluxo.
• As instruções se programam precedidas do símbolo "#" e só se podem programar uma
por bloco. Se empregam para realizar diversas funções.
• As instruções de controle de fluxo são programadas precedidas do símbolo "$" e só se
podem programar uma por bloco. Se empregam para a construção de voltas e saltos
de programa.

Também se podem considerar como comandos em alto nível a atribuição de valores a


parâmetros e variáveis.

Comentário de blocos.

O CNC permite associar aos blocos qualquer tipo de informação a título de comentário.
Quando se executa o programa, o CNC ignora esta informação.

O CNC oferece diferentes métodos para incluir comentários no programa. Ver


"1.9 Programação de comentários." na página 56.

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·46·
Manual de program a çã o.

1.4 Programação dos eixos.

Programação mediante o nome do eixo.


O nome do eixo estará definido por 1 ou 2 caracteres. O primeiro caractere deve ser uma
das letras X - Y - Z - U - V - W - A - B - C - E. O segundo caractere é opcional e será um
sufixo numérico entre 1 e 9. Desta forma o nome dos eixos poderá ser qualquer da classe
X, X1…X9,...C, C1…C9, E, E1...E9.

O deslocamentos são representados mediante a letra do eixo seguida da cota à que se


deseja deslocar o eixo. Para os eixos do tipo 1, Y2, etc, tem que ser programado o sinal
"=" entre o nome do eixo e a cota.
1.

Programação dos eixos.


CONSTRUÇÃO DE UM PROGRAMA.
X100
Z34.54
X2=123.4
A5=78.532

Programação com curingas.


Os eixos podem ser programados mediante curingas. Os curingas permitem programar e
fazer referência aos eixos do canal mediante a sua posição dentro dele, contando os
vazados. O curinga é representado pelo caractere "?" seguido do número de posição do
eixo, da forma ?1 para o primeiro eixo, ?2 para o segundo, etc. Se for programada a posição
de um espaço oco, o CNC exibirá um erro.

Num canal com a seguinte distribuição de eixos,


Y 00000.0000 os curingas se referem aos seguintes eixos.
• O curinga ?1 corresponde ao eixo Y.

X 00000.0000 • O curinga ?2 corresponde ao eixo X.


• O curinga ?3 dá erro; não existe eixo nessa

? * * * * .* * * * posição.
• O curinga ?4 corresponde ao eixo Z.

Z 00000.0000
Mediante estes curingas o usuário pode programar um deslocamento da seguinte forma.

?1 = 12345.1234
?2 = 50.34

Além disso, para programar deslocamentos, os curingas também se podem utilizar para se
referir aos eixos nas seguintes funções G e instruções.

Funções G. Instruções.
G14 G134 #MOVE ABS #LINK
G45 G135 #MOVE ADD #UNLINK
G74 G145 #MOVE INF #PARK
G92 G158 #CAM ON #UNPARK
G100 G170 #CAM OFF #SERVO ON
G101 G171 #FOLLOW ON #SERVO OFF
G112 G198 #FOLLOW OFF
G130 G199 #TOOL AX CNC 8060
G132
CNC 8065

(REF: 1901)

·47·
Manual de programação.

1.5 Lista de funções G.

As seguintes tabelas mostram a lista de funções G disponíveis no CNC. Os campos "M",


"D" e "V" da tabela têm o seguinte significado:
·M· Função modal. ·D· Função padrão.
·V· Função visualizada.

Junto a cada função se indica em que capítulo deste manual está descrita; se não se indica

1.
o capítulo, a função se encontra descrita num manual diferente.

·M· Função modal.


Lista de funções G.
CONSTRUÇÃO DE UM PROGRAMA.

Uma função modal, depois de programada, permanece ativa até que se programe uma
função "G" incompatível, se execute M02 ou M30, se realize uma emergência ou um reset,
ou se apague e se acenda o CNC.

Nos casos que se indica com "!", deve-se interpretar que a função permanece ativa, mesmo
que se execute M02 ou M30, que se realize um reset, ou se apague e se ligue o CNC.

·D· Função padrão.

É a função que se ativa padrão; isto é, a função que aceita o CNC no momento da ligação,
depois de executar-se M02 ou M30, e depois de uma emergência ou um reset.

Nos casos que se indica com "?" deve-se interpretar que a ativação padrão da função,
depende de como tenham sido personalizados, pelo fabricante, os parâmetros de máquina
do CNC.

·V· Função visualizada.


A função se visualiza, nos modos automático e manual, juntamente com as condições em
que se está realizando a usinagem.

Função M D V Significado
G00 * ? * Posicionamento em rápido. 8.1
G01 * ? * Interpolação linear. 8.2
G02 * * Interpolação circular (helicoidal) à direita. 8.3 / 8.6
G03 * * Interpolação circular (helicoidal) à esquerda. 8.3 / 8.6
G04 * Temporização. 12.1
G05 * ? * Arredondamento de aresta controlada (modal). 11.3
G06 * Centro do arco em coordenadas absolutas (não modal). 8.3.9
G07 * ? * Arista viva (modal). 11.1
G08 * Arco tangente à trajetória anterior. 8.4
G09 * Arco definido mediante três pontos. 8.5
G10 * * Anulação de espelhamento. 11.8
G11 * * Espelhamento em X. 11.8
G12 * * Espelhamento em Y. 11.8
G13 * * Espelhamento em Z. 11.8
G14 * * Espelhamento nas direções programadas. 11.8
G17 * ? * Plano principal X-Y e eixo longitudinal Z. 4.2
G18 * ? * Plano principal Z-X e eixo longitudinal Y. 4.2
G19 * * Plano principal Y-Z e eixo longitudinal X. 4.2
G20 * * Plano principal por dois direções e eixo longitudinal. 4.3
G30 * Pré-seleção da origem polar 5.7
G31 * Deslocamento temporal da origem polar ao centro do arco. 8.3.8
G33 * * Rosqueamento eletrônico de passo constante. 10.1
G34 * * Rosqueamento eletrônico de passo variável. 10.2
CNC 8060 G36 * Arredondamento de arestas. 11.4
G37 * Entrada tangencial. 11.6
CNC 8065 G38 * Saída tangencial. 11.7
G39 * Chanfrado de arestas. 11.5
G40 * * Anulação da compensação de raio. 13.1
G41 * * Compensação de raio de ferramenta à esquerda. 13.1
(REF: 1901) G42 * * Compensação de raio de ferramenta à direita. 13.1
G45 Ativar e anular o controle tangencial. 19.1
G50 * ? Semi-arredondamento de aresta. 11.2
G53 * Anulação do deslocamento de origem. 5.6
G54 ! * Deslocamento de origem absoluto 1. 5.5
G55 ! * Deslocamento de origem absoluto 2. 5.5

·48·
Manual de program a çã o.

Função M D V Significado
G56 ! * Deslocamento de origem absoluto 3. 5.5
G57 ! * Deslocamento de origem absoluto 4. 5.5
G58 ! * Deslocamento de origem absoluto 5. 5.5
G59 ! * Deslocamento de origem absoluto 6. 5.5
G60 * Arista viva (não modal). 11.1
G61 * Arredondamento de aresta controlada (não modal). 11.3
G63 * * Rosqueamento rígido. 10.3
G66 * (Modelo ·T·). Ciclo fixo de seguimento de perfil. ---
G68 * (Modelo ·T·). Ciclo fixo de desbaste no eixo X. ---
G69
G70
G71
*
*
*
? *
?
(Modelo ·T·). Ciclo fixo de desbaste no eixo Z.
Programação em polegadas.
Programação em milímetros.
---
3.1
3.1
1.

Lista de funções G.
CONSTRUÇÃO DE UM PROGRAMA.
G72 * Fator de escala. 11.10
G73 * * Rotação do sistema de coordenadas. 11.9
G74 * Busca de referência de máquina. 2.4
G80 * * (Modelo ·M·). Anulação de ciclo fixo. ---
G81 * * (Modelo ·M·). Ciclo fixo de furação. ---
G81 * (Modelo ·T·). Ciclo fixo de torneamento de trechos retos. ---
G82 * * (Modelo ·M·). Ciclo fixo de furação com passo variável. ---
G82 * (Modelo ·T·). Ciclo fixo de faceamento de trechos retos. ---
G83 * * (Modelo ·M·). Ciclo fixo de furação profunda com passo ---
constante.
G83 * (Modelo ·T·). Ciclo fixo de furação / rosqueamento com macho. ---
G84 * * (Modelo ·M·). Ciclo fixo de rosqueamento com macho. ---
G84 * (Modelo ·T·). Ciclo fixo de torneamento de trechos curvos. ---
G85 * * (Modelo ·M·). Ciclo fixo de escareado. ---
G85 * (Modelo ·T·). Ciclo fixo de faceamento de trechos curvos. ---
G86 * * (Modelo ·M·). Ciclo fixo de mandrilamento. ---
G86 * (Modelo ·T·). Ciclo fixo de rosqueamento longitudinal. ---
G87 * * (Modelo ·M·). Ciclo fixo do bolsão retangular. ---
G87 * (Modelo ·T·). Ciclo fixo de rosqueamento frontal. ---
G88 * * (Modelo ·M·). Ciclo fixo do bolsão circular. ---
G88 * (Modelo ·T·). Ciclo fixo de ranhura no eixo X. ---
G89 * (Modelo ·T·). Ciclo fixo de ranhura no eixo Z. ---
G90 * ? Programação em cotas absolutas. 3.2
G91 * ? * Programação em cotas incrementais. 3.2
G92 ! * Visualização de cotas. 5.4
G93 * * Especificação do tempo de usinagem em segundos 6.2.1
G94 * ? Avanço em milímetros/minuto (polegadas/minuto). 6.2.1
G95 * ? * Avanço em milímetros/revolução (polegadas/revolução). 6.2.1
G96 * * Velocidade de corte constante. 7.2.2
G97 * * Velocidade de rotação constante. 7.2.2
G98 * * (Modelo ·M·). Volta plano de partida no final do ciclo fixo. ---
G99 * * (Modelo ·M·). Volta plano de referência no final do ciclo fixo. ---
G100 * Medição com apalpador até tocar. ---
G101 * Incluir offset resultante da medição. ---
G102 * Excluir offset resultante da medição. ---
G103 * Medição com apalpador até deixar de tocar. ---
G104 Movimento do apalpador até à cota programada. ---
G108 * * Adaptação do avanço no começo do bloco. 6.2.2
G109 * Adaptação do avanço ao final do bloco. 6.2.2
G112 * Troca de gama de parâmetros de um eixo. 12.4
G120 ! Estabelecer os limites lineares inferiores da zona de trabalho. 11.11.2
G121 ! Estabelecer os limites lineares superiores da zona de trabalho. 11.11.2
G122 * Habilitar/desabilitar as zonas de trabalho. 11.11.3
G123 ! Estabelecer os limites circulares da zona de trabalho. 11.11.2
G130 * * Percentagem de aceleração a aplicar, por eixo ou spindle. 6.2.5
CNC 8060
G131 * * Percentagem de aceleração a aplicar, global. 6.2.5 CNC 8065
G132 * * Percentagem de jerk a aplicar, por eixo ou spindle. 6.2.6
G133 * * Percentagem de jerk a aplicar, global. 6.2.6
G134 * * Percentagem de Feed-Forward a aplicar. 6.2.7
G135 * * Percentagem de AC-Forward a aplicar. 6.2.8
(REF: 1901)
G136 * * Transição circular entre blocos. 13.1.2
G137 * * Transição linear entre blocos. 13.1.2
G138 * * Ativação/anulação direta da compensação. 13.1.2
G139 * * Ativação/anulação indireta da compensação. 13.1.2
G145 Congelar (suspender) o controle tangencial. 19.2

·49·
Manual de programação.

Função M D V Significado
G151 * * * Programação em diâmetros. 3.1
G152 * Programação em raios. 3.1
G157 * * Exclusão de eixos no deslocamento de origem. 5.5.3
G158 * * Deslocamento de origem incremental. 5.5.2
G159 ! * Deslocamentos de origem absolutos adicionais. 5.5
G160 * (Modelo ·M·). Usinagem multíplice em linha reta. ---
G160 * (Modelo ·T·). Ciclo fixo de furação / rosqueamento com macho ---
na face frontal.
G161 * (Modelo ·M·). Usinagem multíplice formando um paralelogramo. ---

1. G161

G162
*

*
(Modelo ·T·). Ciclo fixo de furação / rosqueamento com macho
na face cilíndrica.
(Modelo ·M·). Usinagem múltipla formando uma malha.
---

---
Lista de funções G.
CONSTRUÇÃO DE UM PROGRAMA.

G162 * (Modelo ·T·). Ciclo fixo de rasgos de chavetas na face cilíndrica. ---
G163 * (Modelo ·M·). Usinagem multíplice formando uma ---
circunferência.
G163 * (Modelo ·T·). Ciclo fixo de rasgos de chavetas na face frontal. ---
G164 * (Modelo ·M·). Usinagem multíplice formando um arco. ---
G165 * (Modelo ·M·). Usinagem multíplice mediante uma corda de arco. ---
G170 * Desativação de eixos Hirth 12.3
G171 * * Ativação de eixos Hirth. 12.3
G174 * Fixar a cota de máquina. 5.2
G180 * Execução de sub-rotinas OEM. 15.5
G189
G380 * Execução de sub-rotinas OEM. 15.5
G399
G192 * * Limitação da velocidade de rotação. 7.2.1
G193 * Interpolação do avanço. 6.2.2
G196 * * Avanço do ponto de corte constante. 6.2.3
G197 * * Avanço do centro da ferramenta constante. 6.2.3
G198 Definição dos limites inferiores de software. 12.2
G199 Definição dos limites superiores de software. 12.2
G200 Intervenção manual exclusiva. 9.2
G201 * Ativar a intervenção manual aditiva. 9.1
G202 * * Cancelar a intervenção manual aditiva. 9.1
G210 * * (Modelo ·M·). Ciclo fixo de fresagem de furação. ---
G211 * * (Modelo ·M·). Ciclo de fresagem de rosca interior. ---
G212 * * (Modelo ·M·). Ciclo de fresagem de rosca exterior. ---
G233 * * Remover os eixos após interromper um rosqueamento 10.4
eletrônico.
G261 * * Centro do arco em coordenadas absolutas (modal). 8.3.9
G262 * * Centro do arco respeito do ponto inicial. 8.3.9
G263 * * Programação do raio do arco. 8.3.2
G264 * * Anular a correção do centro do arco. 8.3.11
G265 * * Ativar a correção do centro do arco. 8.3.11
G266 * Percentagem de avanço em 100%. 6.2.4
G500 * Sub-rotinas genéricas do usuário. 15.6
G599

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·50·
Manual de program a çã o.

1.6 Lista de funções auxiliares M.

A seguinte tabela mostra a lista de funções M disponíveis no CNC. Junto a cada função se
indica em que capítulo deste manual está descrita; se não se indica o capítulo, a função se
encontra descrita num manual diferente.

Função Significado

M00 Parada de programa. 6.6.1

1.
M01 Parada condicional de programa. 6.6.1

M02 Fim de programa. 1.2.1


M03 Arranque do spindle à direita. 7.3

CONSTRUÇÃO DE UM PROGRAMA.
Lista de funções auxiliares M.
M04 Arranque do spindle à esquerda. 7.3

M05 Parada de spindle. 7.3

M06 Troca de ferramenta. 6.6.1

M17 Fim de sub-rotina global ou local. 15.2

M19 Parada orientada do spindle. 7.5

M29 Fim de sub-rotina global ou local. 15.2

M30 Fim de programa. 1.2.1

M41 Seleciona a gama de velocidade ·1·. 7.4

M42 Seleciona a gama de velocidade ·2·. 7.4


M43 Seleciona a gama de velocidade ·3·. 7.4

M44 Seleciona a gama de velocidade ·4·. 7.4

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·51·
Manual de programação.

1.7 Lista de instruções.

As seguintes tabelas mostram a lista de instruções disponíveis no CNC. Junto a cada uma
delas se indica em que capítulo deste manual está descrita; se não se indica o capítulo, a
função se encontra descrita num manual diferente.

Instrução Significado
$GOTO Salto de bloco. 14.10
$IF Execução condicional. 14.11

1.
$ELSEIF
$ELSE
$ENDIF
$SWITCH Execução condicional. 14.12
Lista de instruções.
CONSTRUÇÃO DE UM PROGRAMA.

$CASE
$BREAK
$DEFAULT
$ENDSWITCH
$FOR Repetição de blocos. 14.13
$BREAK
$CONTINUE
$ENDFOR
$WHILE Repetição condicional de blocos. 14.14
$BREAK
$CONTINUE
$ENDWHILE
$DO Repetição condicional de blocos. 14.15
$BREAK
$CONTINUE
$ENDDO

Instrução Significado
L Chamada a uma sub-rotina global. 15.3.2
LL Chamada a uma sub-rotina local. 15.3.1
#ABORT Abortar a execução do programa e reiniciá-la em outro bloco ou programa. 14.2
#ACS Sistema de coordenadas de fixação. 20.4
#ANGAX OFF Anular a transformação angular. 18.1
#ANGAX ON Ativar a transformação angular. 18.1
#ANGAX SUSP Congelar (suspender) a transformação angular. 18.2
#ASPLINE ENDTANG Splines Akima. Tipo de tangente final. 26.10
#ASPLINE MODE Splines Akima. Seleção do tipo de tangente. 26.10
#ASPLINE STARTTANG Splines Akima. Tipo de tangente inicial. 26.10
#AXIS Eixo sobre o qual se aplica a intervenção manual. 9.1
#CALL Chamada de sub-rotina local ou global. 15.3.3
#CALL AX Acrescentar um eixo à configuração. 26.5
#CALL SP Acrescentar um spindle à configuração. 26.6
#CAM ON Ativar o ressalto eletrônico (cotas reais). 26.16
#CAM OFF Cancelar o ressalto eletrônico. 26.16
#CAX Eixo C. Ativar o spindle como eixo C. 17.1
#CD OFF Anular a detecção de colisões. 26.9
#CD ON Ativar a detecção de colisões. 26.9
#CLEAR Canais. Apaga as marcas de sincronização. 26.14
#CLOSE Fechar um arquivo. 25.3
#CONTJOG Intervenção manual. Avanço em modo jog contínuo. 9.3.1
#COMMENT BEGIN Começo de comentário. 1.9
#COMMENT END Final de comentário. 1.9
#CS Sistema de coordenadas de usinagem. 20.4
#CSROT ON Ativar a orientação da ferramenta no sistema de coordenadas peça. 20.9.1
#CSROT OFF Cancelar a orientação da ferramenta no sistema de coordenadas peça. 20.9.2
CNC 8060 #CYL Eixo C. Usinagem na superfície cilíndrica. 17.3
CNC 8065 #DEF Macros. Definição de macros. 26.13
#DEFROT Como gerenciar as descontinuidades na orientação dos eixos rotativos. 20.9.3
#DELETE Inicializa as variáveis de usuário globais. 1.10
#DFHOLD Desabilitar o sinal de feed-hold. 14.9
#DGWZ Define a zona de visualização gráfica. 26.1
(REF: 1901)
#DMC ON Ativar o DMC. 24.1
#DMC OFF Desativar o DMC. 24.2
#DSBLK Fim do tratamento do bloco único. 14.7
#DSTOP Desabilitar o sinal de stop. 14.8
#EFHOLD Habilitar o sinal de feed-hold. 14.9
#ERROR Visualizar um erro na tela. 23.1

·52·
Manual de program a çã o.

Instrução Significado
#ESBLK Começo do tratamento do bloco único. 14.7
#ESTOP Habilitar o sinal de stop. 14.8
#EXBLK Executa um bloco no canal indicado. 16.2
#EXEC Executa um programa no canal indicado. 16.1
#FACE Eixo C. Usinagem na superfície frontal. 17.2
#FEEDND Suavizar a trajetória e o avanço. 12.5
#FLUSH Interromper a preparação de blocos. 14.6
#FOLLOW OFF Eixo independente. Finalizar o movimento de sincronização. 26.15
#FOLLOW ON Eixo independente. Começar o movimento de sincronização (cotas reais). 26.15
#FREE AX
#FREE SP
#HSC OFF
Liberar um eixo da configuração.
Liberar um spindle da configuração.
Anula o modo HSC.
26.5
26.6
21.6
1.

Lista de instruções.
CONSTRUÇÃO DE UM PROGRAMA.
#HSC ON Modo HSC. Otimização do erro de contorno. 21.4
#HSC ON [FAST] Modo HSC. Otimização da velocidade de usinagem. 21.5
#INCJOG Intervenção manual. Avanço em jog Incremental. 9.3.2
#INIT MACROTAB Macros. Inicializar a tabela de macros. 26.13
#ISO Geração ISO. 26.2
#KIN ID Selecionar uma cinemática. 20.3
#KINORG Transformar o zero peça atual levando em conta a posição da cinemática da 20.11
mesa.
#LINK Ativar o acoplamento eletrônico de eixos, 26.3
#MASTER Seleção do spindle principal no canal. 7.1.1
#MCALL Chamada a uma sub-rotina local ou global com caractere modal inicializando 15.3.5
parâmetros.
#MCS Programar um deslocamento com respeito ao zero máquina. 5.1
#MCS OFF Anular o sistema de coordenadas da máquina. 5.1
#MCS ON Ativar o sistema de coordenadas da máquina. 5.1
#MDOFF Anular o caractere modal da sub-rotina. 15.4
#MEET Canais. Ativa a marca no canal indicado. 26.14
#MOVE Eixo independente. Movimento de posicionamento. 26.15
#MPG Intervenção manual. Resolução dos volantes. 9.3.3
#MSG Visualizar uma mensagem na tela. 23.3
#OPEN Abrir um arquivo para escrita. 25.1
#PROBE 1 (Modelo ·M·). Calibragem de ferramenta (dimensões e desgastes). *
#PROBE 1 (Modelo ·T·). Calibragem de ferramenta. *
#PROBE 2 (Modelo ·M·). Calibragem do apalpador de medida. *
#PROBE 2 (Modelo ·T·). Calibragem do apalpador de bancada. *
#PROBE 3 (Modelo ·M·). Medição de superfície. *
#PROBE 3 (Modelo ·T·). Medida de peça no eixo de ordenadas. *
#PROBE 4 (Modelo ·M·). Medição do canto exterior. *
#PROBE 4 (Modelo ·T·). Medida de peça no eixo de abcissas. *
#PROBE 5 (Modelo ·M·). Medição de canto interior. *
#PROBE 6 (Modelo ·M·). Medição de ângulo sobre o eixo de abcissas. *
#PROBE 7 (Modelo ·M·). Medição do canto exterior e ângulo. *
#PROBE 8 (Modelo ·M·). Medição de furo. *
#PROBE 9 (Modelo ·M·). Medição de relevo circular. *
#PROBE 10 (Modelo ·M·). Centralização de peça retangular. *
#PROBE 11 (Modelo ·M·). Centralização de peça circular. *
#PROBE 12 (Modelo ·M·). Calibragem do apalpador de bancada. *
#PARK Estacionar um eixo. 26.4
#PATH Definir a situação das sub-rotinas globais. 15.4
#PATHND Suavizar a trajetória. 12.5
#PCALL Chamada a uma sub-rotina local ou global inicializando parâmetros. 15.3.4
#POLY Interpolação polinómica. 26.11
#RENAME AX Dar novo nome aos eixos. 26.5
#RENAME SP Dar novo nome aos spindles. 26.6
#REPOS Reposicionar eixos e spindles desde uma sub-rotina OEM. 15.8.1 CNC 8060
#RET Fim de sub-rotina global ou local. 15.2 CNC 8065
#RETDSBLK Executar sub-rotina como bloco único. 15.3.7
#ROUNDPAR Tipo de arredondamento de aresta. 11.3.1
#ROTATEMZ Situar um magazine de porta-ferramentas. 6.4
#RPT Repetição de blocos. 14.4
(REF: 1901)
#RTCP Transformação RTCP. 20.6
#SCALE Fator de escala. 11.10
#SELECT ORI Selecionar sobre quais eixos rotativos da cinemática é feito o cálculo da 20.9
orientação da ferramenta, para uma dada direção sobre a peça.
#SELECT PROBE Seleção do apalpador. *
#SERVO ON Ativa o modo de funcionamento de laço fechado. 26.8

·53·
Manual de programação.

Instrução Significado
#SERVO OFF Ativa o modo de funcionamento de laço aberto. 26.8
#SET AX Estabelecer a configuração de eixos. 26.5
#SET OFFSET Intervenção manual. Limites de curso para os movimentos manuais. 9.3.4
#SET SP Estabelecer a configuração de spindles. 26.6
#SIGNAL Canais. Ativa a marca no canal próprio. 26.14
#SLOPE Controle da aceleração. 26.12
#SPLINE OFF Splines Akima. Anula a adaptação a splines. 26.10
#SPLINE ON Splines Akima. Ativa a adaptação a splines. 26.10
#SYNC Sincronização de spindles. Sincronização da cota real. 26.7

1. #SYNC POS
#TANGCTRL OFF
#TANGCTRL ON
Intervenção manual. Sincronização de cotas e offset manual aditivo.
Anular o controle tangencial.
Ativar o controle tangencial.
9.3.5
19.1
19.1
Lista de instruções.
CONSTRUÇÃO DE UM PROGRAMA.

#TANGCTRL SUSP Congelar (suspender) o controle tangencial. 19.2


#TANGFEED RMIN Raio de curvatura mínimo para aplicar avanço constante. 6.2.3
#TCAM ON Ativar o ressalto eletrônico (cotas teóricas). 26.16
#TFOLLOW ON Eixo independente. Começar o movimento de sincronização (cotas 26.15
teóricas).
#TIME Temporização 12.1
#TLC Corrigir a compensação longitudinal da ferramenta implícita do programa. 20.7
#TOOL AX Seleção do eixo longitudinal da ferramenta. 4.4
#TOOL ORI Ferramenta perpendicular ao plano inclinado. 20.5
#TSYNC Sincronização de spindles. Sincronização da cota teórica. 26.7
#UNLINK Anular o acoplamento eletrônico de eixos, 26.3
#UNPARK Não estacionar um eixo. 26.4
#UNSYNC Sincronização de spindles. Desacoplar os spindles. 26.7
#VIRTAX ON Ativar o eixo virtual da ferramenta. 22.1
#VIRTAX OFF Cancelar o eixo virtual da ferramenta. 22.2
#WAIT Canais. Espera que uma marca se ativa no canal indicado. 26.14
#WAIT FOR Esperar um evento. 14.5
#WARNING Visualizar um aviso na tela. 23.2
#WARNINGSTOP Visualizar um aviso na tela e deter o programa. 23.2
#WRITE Escrever em um arquivo. 25.2

(*) Consultar o manual do apalpador.

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·54·
Manual de program a çã o.

1.8 Programação das etiquetas do bloco.

As etiquetas permitem identificar os blocos. A programação de etiquetas facilita o


monitoramento do programa e permite executar saltos e repetições de blocos. Neste último
caso, recomenda-se programar as etiquetas sozinhas no bloco. O CNC possui dois tipos
de etiquetas: do tipo número e do tipo nome. Ambas as etiquetas podem estar programadas
em um mesmo bloco.

Etiquetas do tipo número.

As etiquetas do tipo número são definidas pela letra "N” seguida do número do bloco
(0-4294967295), não sendo necessário seguir nenhuma ordem e sendo permitidos
números salteados. Quando a etiqueta é utilizada como destino em um salto de bloco, deve-
1.

Programação das etiquetas do bloco.


CONSTRUÇÃO DE UM PROGRAMA.
se acrescentar o caractere ":" após o número.

Se a etiqueta não é utilizada em saltos ou repetições de blocos (se programa sem ":"), pode
estar em qualquer posição do bloco, não sendo necessário que esteja no começo. Se a
etiqueta é utilizada em saltos ou repetições de blocos, deverá estar definida no início do
bloco.

N10: X12 T1 D1
X34 N10 S100 M3

Etiquetas do tipo nome.

As etiquetas do tipo nome são programadas entre colchetes. O nome da etiqueta admite
14 caracteres e pode ser formado por letras maiúsculas, minúsculas e por números (não
admite espaços em branco). Este tipo de etiqueta deverá estar definida no início do bloco.

[CYCLE] G81 I67

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·55·
Manual de programação.

1.9 Programação de comentários.

O CNC permite associar aos blocos qualquer tipo de informação a título de comentário.
Quando se executa o programa, o CNC ignora esta informação.

O CNC oferece diferentes métodos para incluir comentários no programa.

Programação de comentários mediante parênteses "(" e ")".

O comentário se deve definir entre parênteses "(" e ")". Os comentários programados desta

1. maneira, não necessitam ser colocados no final do bloco; podem estar no meio e ter mais
que um comentário no mesmo bloco.

N10 G90 X23.45 F100 (comentário) S200 M3 (comentário)


CONSTRUÇÃO DE UM PROGRAMA.
Programação de comentários.

Programação de comentários mediante o símbolo ";".

A informação que se deseja considerar como comentário se deve definir depois do caractere
";". O comentário pode ser programado somente no bloco ou pode ser acrescentado no final
de um bloco.

N10 G90 X23.45 T1; comentário

Programação de comentários mediante a instrução #COMMENT.

As instruções #COMMENT BEGIN e #COMMENT END indicam o começo e o final de um


comentário. Os blocos programados entre ambas as instruções são considerados pelo CNC
como um comentário e não são considerados durante a execução do programa.

#COMMENT BEGIN
P1: Largura da usinagem.
P2: Comprimento da usinagem.
P3: Profundidade da usinagem.
#COMMENT END

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·56·
Manual de program a çã o.

1.10 Variáveis e constantes.

Constantes.
São aqueles valores fixos que não podem ser alterados por programa, sendo considerados
como constantes os números expressos no sistema decimal, binário e hexadecimal, além
dos valores das tabelas e as variáveis de somente leitura já que o seu valor não pode ser
alterado dentro de um programa. Os valores hexadecimais se representam precedidos pelo

1.
símbolo $.
Hexadecimal Decimal Binario
$4A 74 0100 1010

Variáveis e constantes.
CONSTRUÇÃO DE UM PROGRAMA.
Variáveis do CNC.
O CNC possui uma série de variáveis internas que podem ser acessadas desde o programa
de usuário, desde o PLC ou desde o Interface. Todas as informações sobre as variáveis do
CNC encontram-se no manual "Variáveis do CNC".

Variáveis de usuário.
O CNC permite ao usuário criar as suas próprias variáveis. Estas variáveis são de leitura
e escrita e se avaliam durante a preparação de blocos.

Variável. Significado.

(V.)P.name Estas variáveis mantêm o seu valor nas sub-rotinas locais e globais
(V.)P.name[nb] chamadas desde o programa. As variáveis são excluídas após a
execução de M30 ou reset.

(V.)S.name Estas variáveis mantêm o seu valor entre programas e também


(V.)S.name[nb] após um reset. As variáveis se eliminam quando se apaga o CNC,
ou também se podem eliminar desde o programa de usinagem
mediante a instrução #DELETE.

Substituir o sufixoname pelo nome da variável. Substituir o sufixo nb pelo número de


elementos do array (primeira vez) ou número do elemento dentro do array (vezes
seguintes).

V.P.myvar Variável com nome "myvar".


V.S.myvar
V.P.myvar[4] Definir a variável (primeira vez que for utilizada).
V.S.myvar[4] • Variável com nome "myvar".
• Variável de array de quatro elementos.
V.P.myvar[4]=100 Uma vez que a variável esteja definida.
V.S.myvar[4]=100 • Variável com nome "myvar".
• Atribuir ao quarto elemento do array o valor 100.

Inicializar as variáveis de usuário.

As variáveis podem ser apagadas a partir do programa peça por meio da instrução
#DELETE. Esta instrução deve estar sempre acompanhada de alguma variável; não é
permitido programá-la sozinha no bloco.

#DELETE V.P.localvar1 CNC 8060


#DELETE V.S.globalvar1 V.S.globalvar2
CNC 8065

(REF: 1901)

·57·
Manual de programação.

1.11 Os parâmetros aritméticos.

Os parâmetros aritméticos são variáveis de uso geral que o usuário pode utilizar para criar
os seus próprios programas. O CNC dispõe de parâmetros aritméticos locais, globais e
comuns. A faixa de parâmetros disponíveis de cada tipo está definida nos parâmetros de
máquina.

Os parâmetros aritméticos se programam mediante o código "P" seguido do número do


parâmetro. O CNC possui umas tabelas onde podemos consultar o valor destes parâmetros;
consulte no manual de operação como manipular estas tabelas.

1. O usuário poderá utilizar os parâmetros aritméticos ao editar os seus próprios programas.


Durante a execução, o CNC substituirá estes parâmetros pelos valores que nesse momento
Os parâmetros aritméticos.

tenham atribuídos.
CONSTRUÇÃO DE UM PROGRAMA.

P0=0 P1=1 P2=20 P3=50 P4=3


P10=1500 P100=800 P101=30
···
GP0 XP0 YP0 SP10 MP4 ==> G0 X0 Y0 S1500 M3
GP1 XP2 YP3 FP100 ==> G1 X20 Y50 F800
MP101 ==> M30

Parâmetros aritméticos locais.

Os parâmetros locais somente são acessíveis desde o programa ou sub-rotina, na qual


foram programados. Existem sete grupos de parâmetros locais em cada canal.

A faixa máxima de parâmetros locais é P0 a P99, sendo a faixa habitual P0 a P25.

Quando os parâmetros locais se utilizem no bloco de chamada a uma sub-rotina, também


poderão ter referência mediante as letras A-Z (excetuando a Ñ e a Ç) de forma que "A" é
igual a P0 e "Z" a P25.

Parâmetros aritméticos globais.

Os parâmetros globais são acessíveis desde qualquer programa e sub-rotina chamada


desde programa. O valor destes parâmetros é compartido pelo programa e pelas sub-
rotinas. Existe um grupo de parâmetros globais em cada canal.

A faixa máxima de parâmetros globais é P100 a P9999, sendo a faixa habitual P100 a P299.

Parâmetros aritméticos comuns.

Os parâmetros comuns são acessíveis desde qualquer canal. O valor destes parâmetros
é compartido por todos os canais. A leitura e escritura destes parâmetros detêm a
preparação de blocos.

A faixa máxima de parâmetros comuns é P10000 a P19999, sendo a faixa habitual P10000
a P10999.

Programação dos parâmetros aritméticos.


Nos blocos programados em código ISO, se pode definir mediante parâmetros os valores
de todos os campos; "N", "G", "F", "S", "T", "D", "M", "H", "NR" e cotas dos eixos. Também
se poderá, mediante direcionamento indireto, definir o número de um parâmetro mediante
outro parâmetro; "P[P1]", "P[P2+3]".
CNC 8060 Nos blocos com instruções, os valores de qualquer expressão podem ser definidos
CNC 8065 mediante parâmetros.

(REF: 1901)

·58·
Manual de program a çã o.

1.12 Operadores e funções aritméticas e lógicas.

Um operador é um símbolo que indica as operações matemáticas ou lógicas que se devem


efetuar. O CNC dispõe dos seguintes tipos de operadores.

Operadores aritméticos.

Permitem realizar operações aritméticas.

Operador. Operação. Exemplo. Resultado.

-
Soma.

Subtração.
P1 = 3+4

P2 = 5-2
P1=7

P2=3
1.

Operadores e funções aritméticas e lógicas.


CONSTRUÇÃO DE UM PROGRAMA.
Menos unária. P2 = -[3+4] P2=-7

* Multiplicação. P3 = 2*3 P3=6

/ Divisão. P4 = 9/2 P4=4.5

MOD Módulo ou resto da divisão. P5 = 5 MOD 2 P5=1

** Exponencial. P6 = 2**3 P6=8

Operador. Operação. Exemplo. Resultado.

+= Soma composta. P1 += 3 P1=P1+3

-= Subtração composta. P2 -= 5 P2=P2-5


*= Multiplicação composta. P3 *= 2 P3=P3*2

/= Divisão composta. P4 /= 9 P4=P4/9

Operadores relacionais.

Permitem efetuar comparações.

Operador. Operação. Exemplo. Resultado.

== Igualdade. P1 == 4

!= Desigualdade, diferente. P2 != 5
>= Maior ou igual que. P3 >= 10 Ve r d a d e i r o o u
falso.
<= Menor ou igual que. P4 <= 7

> Maior que. P5 > 5


< Menor que. P6 < 5

Operadores binários.

Permitem efetuar comparações binárias entre constantes e/ou expressões aritméticas. Se


a constante ou o resultado da expressão aritmética é um número fracionário, a parte decimal
será ignorada.

Operador. Operação. Exemplo. Resultado.

& AND binário. 1010 & 1100 1000

| OR binário. 1010 | 1100 1110

^ OR exclusivo (XOR). 1010 ^ 1100 0110

INV[...] Complementares. INV[0] 1


INV[1] 0
CNC 8060
Operadores lógicos.
CNC 8065
Permitem realizar comparações lógicas entre condições. Se recomenda colocar cada
condição entre colchetes, pois caso contrário é possível que se realize uma comparação
não desejada devido à prioridade entre os operadores.
(REF: 1901)
Operador. Operação. Exemplo.
* AND lógico. $IF [P11 == 1] * [P12 >=5]

+ OR lógico. $IF [P21 != 0] + [P22 == 8]

·59·
Manual de programação.

Constantes boolianas.

Constante. Operação. Exemplo.

TRUE Verdadeiro. $IF V.S.VAR == TRUE

FALSE Não verdadeiro. $IF V.S.VAR == FALSE

Funções trigonométricas

Operador. Operação. Exemplo. Resultado.

1. SIN[...]

COS[...]
Seno.

Co-seno.
P1 = SIN[30]

P2 = COS[30]
P1 = 0.5

P2 = 0.866
Operadores e funções aritméticas e lógicas.
CONSTRUÇÃO DE UM PROGRAMA.

TAN[...] Tangente. P3 = TAN[30] P3=0,5773

ASIN[...] Arco seno. P4 = ASIN[1] P4 = 90

ACOS[...] Arco co-seno. P5 = ACOS[1] P5 = 0

ATAN[...] Arco tangente. P6 = ATAN[1] P6 = 45


(resultado entre ±90º).

ARG[..., ...] Arco-tangente y/x. P7=ARG[-1,1] P7=315


(resultado entre 0 e 360º).

Neste tipo de funções é necessário considerar que:


• Na função "TAN" o argumento não poderá tomar os valores ...-90º, 90º, 270º...
• Nas funções "ASIN" e "ACOS" o argumento sempre deve estar entre ±1.

Funções matemáticas.

Operador. Operação. Exemplo. Resultado.

ABS[...] Valor absoluto. P1 = ABS[-10] P1 = 10


SQR[...] Função quadrado. P2 = SQR[4] P2 = 16

SQRT[...] Raiz quadrada. P3 = SQRT[16] P3=4

LOG[...] Logaritmo decimal. P4 = LOG[100] P4 = 2


LN[...] Logaritmo neperiano. P5 = LN[100] P5 = 4.6051

EXP[...] Função "e". P6 = EXP[1] P6 = 2.7182

DEXP[...] Expoente decimal. P6 = DEXP[2] P7 = 100

Neste tipo de funções é necessário considerar que:


• Nas funções "LN" e "LOG" o argumento deve ser maior que zero.
• Na função "SQRT" o argumento deve ser positivo.

Outras funções.

Operador. Operação. Exemplo. Resultado.

INT[...] Devolve a parte inteira. P1 = INT[4.92] P1 = 4

FRACT[...] Devolve a parte decimal. P2 = FRACT[1.56] P2 = 0.56

ROUND[...] Arredondamento ao número inteiro mais P3 = ROUND[3.12] P3=3


próximo P4 = ROUND[4.89] P4 = 5

FUP[...] Arredonda por excesso para um número P5 = FUP[3.12] P5 = 4


inteiro. P6 = FUP[9] P6 = 9
CNC 8060 EXIST[...] Verifica se existe a variável ou o parâmetro $IF EXIST[P1]
CNC 8065 selecionado $IF EXIST[P3] == TRUE
$IF EXIST[P3] == FALSE

Na função "EXIST", a programação de "$IF EXIST[P1] == TRUE" é equivalente a programar


"$IF EXIST[P1]".
(REF: 1901)

·60·
Manual de program a çã o.

1.13 Expressões aritméticas e lógicas.

Uma expressão é qualquer combinação válida entre operadores, constantes, parâmetros


e variáveis. O CNC permite programar por meio de expressões a parte numérica de qualquer
função, instrução, etc.

O modo de operar com estas expressões é estabelecido pelas prioridades dos operadores
e sua associatividade:

Prioridade de maior a menor Associatividade

Funções, - (unário)

** (exponencial), MOD (resto)


da direita à esquerda.

da esquerda à direita.
1.

CONSTRUÇÃO DE UM PROGRAMA.
Expressões aritméticas e lógicas.
* (multiplicação, AND lógico), / (divisão) da esquerda à direita.

+ (soma, OR lógico), - (subtração) da esquerda à direita.

Operadores relacionais da esquerda à direita.

& (AND),^ (XOR) da esquerda à direita.

| (OR) da esquerda à direita.

É conveniente utilizar colchetes para esclarecer a ordem em que se produz a avaliação da


expressão. O uso de colchetes redundantes ou adicionais não produzirá erros nem
diminuirá a velocidade de execução.
P3 = P4/P5 - P6 * P7 - P8/P9
P3 = [P4/P5] - [P6 * P7] - [P8/P9]

Expressões aritméticas.
Dão como resultado um valor numérico. Se formam combinando os operadores aritméticos
e binários com as constantes, parâmetros e variáveis.

Este tipo de expressões também podem ser utilizadas para atribuir valores aos parâmetros
e às variáveis:
P100 = P9 P101 = P[P7] P102 = P[P8 + SIN[P8*20]]
P103 = V.G.TOOL
V.G.FIXT[1].X=20 V.G.FIXT[1].Y=40 V.G.FIXT[1].Z=35

Expressões relacionais.
Dão como resultado verdadeiro ou falso. Se formam combinando os operadores de relação
e lógicos com as expressões aritméticas, constantes, parâmetros e variáveis.
... [P8==12.6] ...
Analisa se o valor de P8 é igual a 12.6.
... ABS[SIN[P4]] > 0.8 ...
Analisa se o valor absoluto do seno de P4 é maior que 0.8.
... [[P8<=12] + [ABS[SIN[P4]] >=0.8] * [V.G.TOOL==1]] ...

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·61·
1.

·62·
CONSTRUÇÃO DE UM PROGRAMA.

(REF: 1901)
CNC 8065
CNC 8060
Expressões aritméticas e lógicas.
Manual de programação.
2
2. GENERALIDADES DA MÁQUINA

2.1 Nomenclatura dos eixos

O CNC permite ao fabricante selecionar até 28 eixos (devendo estar definidos


adequadamente como lineares, rotativos, etc., por meio dos parâmetros de máquina), não
existindo nenhum tipo de limitação na programação dos mesmos, podendo realizar-se
interpolações com todos eles ao mesmo tempo.

A norma DIN 66217 denomina os diferentes tipos de eixos como:


X-Y-Z Eixos principais da máquina. Os eixos X-Y formam o plano de trabalho principal,
enquanto que o eixo Z é paralelo ao eixo principal da máquina e perpendicular
ao plano XY.
U-V-W Eixos auxiliares, paralelos a X-Y-Z respectivamente.
A-B-C Eixos rotativos, sobre os eixos X-Y-Z respectivamente.
E Eixo de extrusão em máquinas de fabricação aditiva ou impressão 3D.

Entretanto, o fabricante da máquina pode ter denominado os eixos da máquina, com outros
nomes diferentes.

Opcionalmente, o nome dos eixos pode estar acompanhado de um número identificativo,


entre 1 e 9 (X1, X3, Y5, A8...).

CNC 8060
CNC 8065

Denominação dos eixos em diferentes máquinas.


(REF: 1901)

·63·
Manual de programação.

Regra da mão direita

A direção dos eixos X-Y-Z se pode lembrar facilmente utilizando a régua da mão direita (ver
desenho inferior).

No caso dos eixos rotativos, o sentido positivo de rotação, vem determinado ao rodear com
os dedos o eixo principal sobre o qual se situa o eixo rotativo, quando o dedo polegar assinala
a direção positiva do eixo linear.

2.
Nomenclatura dos eixos
GENERALIDADES DA MÁQUINA

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·64·
Manual de program a çã o.

2.2 Sistema de Coordenadas

Considerando que um dos objetivos do Controle Numérico é controlar o movimento e


posicionamento dos eixos, é necessário dispor de um sistema de coordenadas que permita
definir no plano ou no espaço, a posição dos diferentes pontos que definem os
deslocamentos.

O sistema principal de coordenadas é composto pelos eixos X-Y-Z. Estes eixos são
perpendiculares entre si, e se juntam num ponto chamado origem, a partir do qual se define
a posição dos diferentes pontos.

2.

Sistema de Coordenadas
GENERALIDADES DA MÁQUINA
P (X,Y,Z)

(1,2,5)

(3,4,0)

(5,7,-2)

A posição de um ponto "P" no plano ou no espaço, se define por meio das suas
coordenadas nos diferentes eixos.

Também podem formar parte do sistema de coordenadas outros tipos de eixos, como são
os eixos auxiliares e rotativos.

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·65·
Manual de programação.

2.3 Sistemas de referência

Uma máquina pode utilizar os seguintes sistemas de referência.


• Sistema de referência da máquina.
É o sistema de coordenadas próprio da máquina, fixado pelo fabricante da máquina.
• Sistema de referência dos fixações.
Estabelece um sistema de coordenadas associado à fixação que se está utilizando. Se
ativa por programa e pode ser fixado pelo operador em qualquer posição da máquina.

2. Quando a máquina possui várias fixações, cada uma pode ter associado o seu próprio
sistema de referência.
• Sistema de referência da peça.
Sistemas de referência
GENERALIDADES DA MÁQUINA

Estabelece um sistema de coordenadas associado à peça que se está usinando. Se


ativa por programa e pode ser fixado pelo operador em qualquer ponto da peça.

Exemplo dos diferentes sistemas de coordenadas numa fresadora.

XM YM ZM Sistema de referência da máquina.


XF YF ZF Sistema de referência dos fixações.
XW YW ZW Sistema de referência da peça.

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·66·
Manual de program a çã o.

2.3.1 Origens dos sistemas de referência

A posição dos diferentes sistemas de referência vem determinada pelas suas respectivas
origens.

OM
Zero máquina

É a origem do sistema de referência da máquina, fixado pelo fabricante da máquina.

OF
2.

Sistemas de referência
GENERALIDADES DA MÁQUINA
zero fixação

É a origem do sistema de referência de fixação que se está utilizando. A sua posição pode
ser definida pelo usuário por meio do "deslocamento de fixação", e está referenciado com
respeito ao zero máquina.

O "deslocamento de fixação" pode ser definido desde o programa ou desde o painel frontal
do CNC, tal e como se explica no Manual de Operação.

OW
Zero peça

É a origem do sistema de referência da peça. A sua posição pode ser definida pelo usuário
por meio do "deslocamento de origem", e está referenciado:
• Referindo-se ao zero fixação, se o sistema de referência da fixação se encontra ativo.
Se trocamos o sistema de referência de fixação, o CNC atualiza a posição do zero peça
passando a estar referenciado com relação ao novo zero fixação.
• Referindo-se ao zero máquina, se o sistema de referência da fixação não se encontra
ativo. Se ativamos o sistema de referência da fixação, o CNC atualiza a posição do zero
peça passando a estar referenciado com relação ao zero fixação.

O "deslocamento de origem" pode ser definido desde o programa ou desde o painel frontal
do CNC, tal e como se explica no Manual de Operação.

Deslocamento de origem quando:


(A)O sistema de referência do fixação está ativado.
(B)O sistema de referência do fixação está desativado.

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·67·
Manual de programação.

2.4 Busca de referência de máquina.

2.4.1 Definição de "Busca de referência de máquina"

É a operação mediante a qual se realiza a sincronização do sistema. Esta operação é


necessária quando o CNC perde a posição de origem (por exemplo, apagando a máquina).

Para realizar a operação de "Busca de referência de máquina", o fabricante da máquina tem


definidos dois pontos especiais na máquina; zero máquina e ponto de referência de

2.
máquina.
• Zero máquina.
É a origem do sistema de referência da máquina.
GENERALIDADES DA MÁQUINA
Busca de referência de máquina.

• Ponto de referência de máquina.


É o ponto onde se realiza a sincronização do sistema (exceto quando a máquina dispõe
de I0 codificados ou medição absoluta). Pode estar situado em qualquer parte da
máquina.

Durante a operação de "Busca de referência de máquina" os eixos se deslocam ao ponto


de referência de máquina e o CNC aceita as cotas definidas pelo fabricante para esse ponto,
referidas ao zero máquina. No caso de dispor de I0 codificados ou medição absoluta, os
eixos só se deslocarão o necessário para verificar a sua posição.

Z H
X H

Z MH X MH

Z MW

Z MW
OM OW
X OM OW Z

X MW

X MH Z MH

OM Zero máquina.
OW Zero peça.
H Ponto de referência de máquina.
XMH YMH ZMH Cotas no sistema de referência da máquina.
XWH YWH ZWH Cotas no sistema de referência da peça.

Se programamos uma "Busca de referência de máquina" não se anulam os deslocamentos de fixação


i nem de origem; portanto, as cotas se visualizam no sistema de referência ativo.
Pelo contrário, se a "Busca de referência de máquina" se realiza eixo a eixo em modo MANUAL (não
em MDI), se anulam os deslocamentos ativos e as cotas se visualizam com referência ao zero
máquina.

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·68·
Manual de program a çã o.

2.4.2 Definição de "Busca de referência de máquina"

Quando se programa uma "Busca de referência de máquina", se faz referência aos eixos,
sucessivamente, na ordem definida pelo usuário. Não é necessário incluir todos os eixos
na "Busca de referência de máquina", só os que se deseja referenciar.

A "Busca de referência de máquina" se programa por meio da função G74, seguida dos eixos
que se querem fazer referência e o número que determina a ordem na qual se desejam
referenciar os eixos. Se a dois ou mais eixos atribuímos o mesmo número de ordem, estes
eixos começam a referenciar-se ao mesmo tempo e o CNC espera que todos eles finalizem,
antes de começar a referenciar o eixo seguinte.
2.

GENERALIDADES DA MÁQUINA
Busca de referência de máquina.
G74 X1 Y2

G74 X2 Z1 A3

G74 Z1 Y2 X3 U2

No caso de ter eixos numerados, poderão ser definidos junto aos outros atribuindo-lhes o
número de ordem da seguinte maneira.

G74 X1=1 X2=2

G74 X1=2 X2=1 A4 Z1=3

Busca de referência de máquina do spindle.

A busca de referência de máquina do spindle se realiza sempre junto à do primeiro eixo,


independentemente da ordem na qual se tenha definido.

A busca de referência e o estado do laço.

Os eixos trabalham habitualmente em laço fechado, mesmo que os eixos rotativos também
podem trabalhar em laço aberto, para permitir controlá-lo como se fosse um spindle.

O processo de busca de referência de máquina se realiza com os eixos e spindles


controlados em posição, isto é, com o laço de posição fechado. O CNC fechará o laço de
posição, automaticamente em todos os eixos e spindles para os quais se programe uma
busca de referência de máquina por meio da função G74.

Utilizando uma sub-rotina associada


Se o fabricante da máquina associou à função G74 uma sub-rotina de busca, esta função
se poderá programar sozinha no bloco e o CNC executará automaticamente a sub-rotina
que tenha associada [P.M.G. "REFPSUB (G74)"].

O modo no qual se realiza a "Busca de referência de máquina" por meio de uma sub-rotina CNC 8060
é idêntico ao explicado anteriormente. CNC 8065

(REF: 1901)

·69·
Manual de programação.

2.
GENERALIDADES DA MÁQUINA
Busca de referência de máquina.

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·70·
3
3. SISTEMA DE COORDENADAS

3.1 Programação em milímetros (G71) ou em polegadas (G70)

Os deslocamentos e o avanço dos eixos podem ser definidos no sistema métrico


(milímetros) ou no sistema inglês (polegadas). O sistema de unidades pode ser selecionada
desde o programa mediante as funções:
G70 Programação em polegadas.
G71 Programação em milímetros.

Ambas as funções se podem programar em qualquer parte do programa, não sendo


necessário que estejam sós no bloco.

Funcionamento
A partir da execução de uma destas funções, o CNC assume o referido sistema de unidades
para os blocos programados a seguir. Se não se programa nenhuma destas funções, o CNC
utiliza o sistema de unidades definido pelo fabricante da máquina [P.M.G. "INCHES"].

Quando se muda o sistema de unidades, o CNC transforma o avanço que se encontra ativo
ao novo sistema de unidades.

...
G01 G71 X100 Y100 F508 (Programação em milímetros)
(Avanço: 508 mm/minuto)
...
G70 (Se muda o sistema de unidades.)
(Avanço: 20 polegadas/minuto)
...

Propriedades das funções


As funções G70 e G71 são modais e incompatíveis entre si.

No momento da ligação, depois de executar-se M02 ou M30, e depois de uma


EMERGÊNCIA ou um RESET, o CNC aceita a função G70 ou G71 conforme tenha sido
definido pelo fabricante da máquina [P.M.G. "INCHES"].

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·71·
Manual de programação.

3.2 Coordenadas absolutas (G90) ou incrementais (G91)

As coordenadas dos diferentes pontos podem ser definidas em coordenadas absolutas


(com referência à origem ativa) ou incrementais (com referência à posição atual). O tipo de
coordenadas pode ser selecionada desde o programa mediante as funções:
G90 Programação em cotas absolutas.
G91 Programação em cotas incrementais.

Ambas as funções se podem programar em qualquer parte do programa, não sendo

3. necessário que estejam sós no bloco.


SISTEMA DE COORDENADAS
Coordenadas absolutas (G90) ou incrementais (G91)

Funcionamento
A partir da execução de uma destas funções, o CNC assume a referida forma programar
os blocos programados a seguir. Se não se programa nenhuma destas funções, o CNC
utiliza o modo de trabalho definido pelo fabricante da máquina [P.M.G. "ISYSTEM"].

Dependendo do modo de trabalho ativo (G90/G91), as coordenadas dos pontos estarão


definidas da seguinte maneira:
• Quando se programa em cotas absolutas (G90), as coordenadas do ponto se referem
ao origem do sistema de coordenadas estabelecido, geralmente ao origem da peça.

N10 G00 G71 G90 X0 Y0


N20 G01 X35 Y55 F450
N30 X75 Y25
N40 X0 Y0
N50 M30

Programação em cotas absolutas.

• Quando se programa em cotas incrementais (G91), as coordenadas do ponto se referem


à posição em que se encontra a ferramenta nesse momento. O sinal anteposto indica
o sentido de deslocamento.

N10 G00 G71 G90 X0 Y0


N20 G01 G91 X35 Y55 F450
N30 X40 Y-30
N40 X-75 Y-25
N50 M30

Programação em cotas incrementais.

Propriedades da função
As funções G90 e G91 são modais e incompatíveis entre si.

No momento da ligação, depois de executar-se M02 ou M30, e depois de uma


EMERGÊNCIA ou um RESET, o CNC aceita a função G90 ou G91 conforme tenha sido
definido pelo fabricante da máquina [P.M.G. "ISYSTEM"].
CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·72·
Manual de program a çã o.

3.2.1 Eixos rotativos.

O CNC admite diferentes formas de configurar um eixo rotativo, em função de como vai
realizar os deslocamentos. Desta maneira o CNC pode ter eixos rotativos com limites de
percurso, por exemplo entre 0º e 180º (eixo rotativo linearlike); eixos que sempre se
deslocam no mesmo sentido (eixo rotativo unidirecional); eixos que escolham o caminho
mais curto (eixo rotativo de posicionamento).

Em todos os eixos rotativos as unidades de programação são em graus, por isso não lhes
afeta a mudança entre milímetros e polegadas. O número de voltas que roda o eixo quando
se programa um deslocamento superior ao módulo, depende do tipo de eixo. Os limites para
visualizar as cotas dependem também do tipo de eixo. 3.

SISTEMA DE COORDENADAS
Coordenadas absolutas (G90) ou incrementais (G91)
Eixo rotativo linearlike.
O eixo se comporta como um eixo linear, porém as unidades de programação são em graus.
O CNC visualiza as cotas entre os limites de curso.

Eixo rotativo normal.


Este tipo de eixo rotativo pode rodar em ambos os sentidos. O CNC visualiza as cotas entre
os limites do módulo.

Movimentos em G90. Movimentos em G91.

O sinal da cota indica o sentido do deslocamento; Movimento incremental normal. O sinal da cota
o valor absoluto da cota indica a posição final. indica o sentido do deslocamento; o valor
absoluto da cota indica o aumento de posição.

Mesmo que o deslocamento programado seja Se o deslocamento programado é superior ao


superior ao módulo, o eixo nunca dá mais que módulo, o eixo dá mais de uma volta.
uma volta.

Eixo rotativo unidirecional.


Este tipo de eixo rotativo só se desloca num sentido, aquele que tem predeterminado. O
CNC visualiza as cotas entre os limites do módulo.

Movimentos em G90. Movimentos em G91.

O eixo se desloca conforme o seu sentido O eixo só admite movimentos conforme o seu
p r e d e t e r m i n a d o , a t é a l c a n ç a r a c o t a sentido predeterminado. O sinal da cota indica o
programada. sentido do deslocamento; o valor absoluto da CNC 8060
cota indica o aumento de posição.
CNC 8065
Mesmo que o deslocamento programado seja Se o deslocamento programado é superior ao
superior ao módulo, o eixo nunca dá mais que módulo, o eixo dá mais de uma volta.
uma volta.

(REF: 1901)

·73·
Manual de programação.

3.
SISTEMA DE COORDENADAS
Coordenadas absolutas (G90) ou incrementais (G91)

Eixo rotativo de posicionamento.


Este tipo de eixo rotativo pode ser deslocado em ambos os sentidos, porém nos movimentos
absolutos se desloca pelo caminho mais curto. O CNC visualiza as cotas entre os limites
do módulo.

Movimentos em G90. Movimentos em G91.

O eixo se desloca pelo caminho mais curto, até Movimento incremental normal. O sinal da cota
alcançar a cota programada. indica o sentido do deslocamento; o valor
absoluto da cota indica o aumento de posição.

Mesmo que o deslocamento programado seja Se o deslocamento programado é superior ao


superior ao módulo, o eixo nunca dá mais que módulo, o eixo dá mais de uma volta.
uma volta.

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·74·
Manual de program a çã o.

3.3 Coordenadas absolutas e incrementais no mesmo bloco (I).

O comando I pode ser adicionado à cota programada, e permite converter esta cota em
incremental. Este comando é não modal e indica que a cota está programada de forma
incremental, com independência do restante do bloco e da função G90/G91 ativa. Desta
forma, é possível programar movimentos absolutos e incrementais no mesmo bloco, sem
a necessidade de utilizar as funções G90/G91. Este tipo de programação incremental é
equivalente à G91 no que se refere ao âmbito de aplicação e resultado.

Programação. 3.
Este tipo de programação incremental só é admitida na programação de cotas, tanto

SISTEMA DE COORDENADAS
Coordenadas absolutas e incrementais no mesmo bloco (I).
cartesianas como polares. Adicionar o comando "I" em seguida ao valor numérico da cota
que se deseja programar em incremental.

G01 X12.4 Y-0.2 Z10I


Movimento dos eixos X e Y em coordenadas absolutas.
Movimento incremental do eixo Z.
G02 X100 Y10I I20 J0
A coordenada X do ponto final está em coordenadas absolutas (X100) e a coordenada
Y em coordenadas incrementais (Y10I).
G01 R100I Q45
Coordenadas polares. Programação incremental do raio.
G01 R150 Q15I
Coordenadas polares. Programação incremental do ângulo.
G09 X35 Y20 I-15I J25
O primeiro ponto (X35 Y20) está em coordenadas absolutas. A coordenada X do
segundo ponto está em coordenadas incrementais (I-15I) e a coordenada Y em
coordenadas absolutas (J25).

Programação de eixos.

No caso dos eixos, o CNC admite a programação incremental quando representam cotas:
blocos como G00, G01, G02, etc. e também em G198, G199 (limites de software). No caso
em que os eixos tenham outro significado (G112, G74, G14, etc.), não é admitido o formato
incremental.

Programação de eixos com curingas.

O CNC permite a programação incremental nos curingas para eixos: para @1, @2, @3 e
para todos os ?n.

@1=12I @2=-34I @3=12.6I


?1=24I ?5=-23I

Programação paramétrica.

O CNC permite a programação incremental quando os parâmetros são utilizados como


cotas.

XP1I
X-P10I
Z [P10+P20]I
Z2=P14I
CNC 8060
Ciclos fixos. CNC 8065
Nos ciclos fixos somente pode ser utilizada a programação incremental no posicionamento
prévio; não é admitida a programação incremental em seus parâmetros de entrada.

X100I G81 I-25 (REF: 1901)

·75·
Manual de programação.

3.4 Programação em raios (G152) ou em diâmetros (G151)

As seguintes funções estão orientadas a máquinas tipo torno. A modalidade de programação em


i diâmetros só está disponível nos eixos permitidos pelo fabricante da máquina (DIAMPROG=SI).

A modalidade de programação em raios ou em diâmetros pode ser selecionada desde o


programa por meio das funções:
G151 Programação em diâmetros.

3. G152 Programação em raios.

Estas funções se podem programar em qualquer parte do programa, não sendo necessário
SISTEMA DE COORDENADAS
Programação em raios (G152) ou em diâmetros (G151)

que estejam sós no bloco.

Funcionamento
A partir da execução de uma destas funções, o CNC assume a referida modalidade de
programação para os blocos programados a seguir.

Programação em raios. Programação em diâmetros.

Quando se muda a modalidade de programação, o CNC muda o modo de visualização das


cotas nos eixos correspondentes.

Propriedades da função
As funções G151 e G152 são modais e incompatíveis entre si.

No momento da ligação, depois de executar-se M02 ou M30 e depois de uma


EMERGÊNCIA ou RESET, o CNC assumirá a função G151 se algum dos eixos é
personalizado nos parâmetros de máquina com DIAMPROG=SI.

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·76·
Manual de program a çã o.

3.5 Programação de cotas

3.5.1 Coordenadas cartesianas

A programação das cotas se realiza de acordo com um sistema de coordenadas


cartesianas. Este sistema é composto por dois eixos no plano e por três ou mais eixos no
espaço.

Definição de cotas
A posição dos diferentes pontos neste sistema se expressa por meio das suas coordenadas
3.

SISTEMA DE COORDENADAS
Programação de cotas
nos diferentes eixos. As cotas poderão ser programadas em coordenadas absolutas ou
incrementais e se poderão expressar em milímetros ou em polegadas.

Eixos padrão (X...C)

As cotas se programam por meio do nome do eixo seguido do valor da cota.

Eixos numerados (X1...C9)

Se o nome do eixo é do tipo X1, Y2... é necessário incluir o sinal "=" entre o nome do eixo
e o valor da cota.

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·77·
Manual de programação.

3.5.2 Coordenadas polares

No caso de existir elementos circulares ou dimensões angulares, para expressar as


coordenadas dos diferentes pontos no plano pode resultar mais conveniente utilizar
coordenadas polares.

Neste tipo de coordenadas é necessário um ponto de referência ao qual se denomina


"origem polar", que será a origem do sistema de coordenadas polares.

3. Definição de cotas
A posição dos diferentes pontos se expressa definindo o raio "R" e o ângulo "Q", da seguinte
SISTEMA DE COORDENADAS
Programação de cotas

maneira:
Raio Será a distância entre a origem polar e o ponto.
Ângulo Será formado pelo eixo de abcissas e a linha que une a origem polar com
o ponto.

R Raio

Q Ângulo

OP Origem polar

O raio poderá ser mostrado em milímetros ou em polegadas, enquanto que o ângulo estará
definido em graus.

Ambos os valores se poderão expressar em cotas absolutas (G90) ou incrementais (G91).


• Quando se trabalha em G90, os valores de "R" e "Q" serão cotas absolutas. O valor
atribuído ao raio deve ser sempre positivo ou zero.
• Quando se trabalha em G91, os valores de "R" e "Q" serão cotas incrementais. Mesmo
que se permite programar valores negativos de "R" quando se programa em cotas
incrementais, o valor resultante que lhe for atribuído ao raio deve ser sempre positivo.

Se se programa um valor de "Q" superior a 360º, se tomará o módulo depois de ser dividido
entre 360. Desta maneira, Q420 é o mesmo que Q60, e Q-420 é o mesmo que Q-60.

Pré-seleção da origem polar


A "origem polar" poderá ser selecionada desde o programa por meio da função G30. Se
não se seleciona, se aceita como "origem polar" a origem do sistema de referência ativo
(zero peça). Ver capítulo "5 Seleção de origens".

A "origem polar" selecionado se modifica nos seguintes casos:


• Cada vez que se mude o plano de trabalho, o CNC aceita como nova "origem polar" o
zero peça.
• No momento da ligação, depois de executar-se M02, M30 ou depois de uma
CNC 8060 EMERGÊNCIA ou RESET, o CNC assumirá como novo origem polar o zero peça.
CNC 8065

(REF: 1901)

·78·
Manual de program a çã o.

Exemplos. Definição de pontos em coordenadas polares.

Y
R Q P6
P0 0 0
P5
P1 100 0
P2 100 30 60o
P3 50 30 P2

3.
P4 50 60 P4
P5 100 60
P6 100 90 50 P3
30o
X

SISTEMA DE COORDENADAS
Programação de cotas
P1
P0

Y
R Q 25 25
P1 46 65 10 10
P2 31 80
P1
P3 16 80 P10

P4 16 65
P5 10 65
P9 P8 P2
P6 10 115 15
P7 16 100
P8 31 100
P3 15
P9 31 115 P7 P4
P10 46 115 P5 6
P6
10
X
Ow

R Q
X
P0 430 0
63.4o
P1 430 33.7 P6
P5
P2 340 45 P2 P1
45o
P3 290 33.7 P4
P3
P4 230 45 33.7o
P5 360 63.4 Z
P0
P6 360 90

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·79·
Manual de programação.

3.5.3 Ângulo e coordenada cartesiana.

No plano principal pode-se definir um ponto através de suas coordenadas cartesianas


(X..Z)e o ângulo (Q) formado pelo eixo das abcissas e a linha que une os pontos inicial e
final. Se for desejado representar-se um ponto no espaço, o restante das coordenadas
poderão ser programadas, em coordenadas cartesianas.

Sempre deve-se programar os dois valores, cota e ângulo; caso contrário, mantém-se a
compatibilidade com a programação polar/cartesiana. Este tipo de programação é válido
para interpolações lineares e circulares.

3. • As coordenadas poderão ser absolutas (G90) ou incrementais (G91), e poderão ser


expressas em milímetros ou polegadas.
• O ângulo será sempre um valor absoluto (independentemente da função G90/G91
SISTEMA DE COORDENADAS
Programação de cotas

ativa), e será expresso em graus.

G90 G00 X35 Y15 G90 G00 X35 Y15


G01 Y40 Q120 F500 G03 Y30 Q135 R15 F500

Da mesma forma que na programação em coordenadas polares, não é permitida a


programação cota e ângulo quando a função #MCS está ativa.

Exemplo de programação (modelo -M-).

CNC 8060
CNC 8065 G00 G90 X0 Y20 ; Ponto P0
G01 X30 Q45 ; Ponto P1
G01 Y60 Q90 ; Ponto P2
G01 X50 Q-45 ; Ponto P3
(REF: 1901) G01 Y20 Q-135 ; Ponto P4
G01 X10 Q180 ; Ponto P0

·80·
Manual de program a çã o.

Exemplo de programação (modelo -T-)

3.

SISTEMA DE COORDENADAS
Programação de cotas
G00 G90 X0 Z160 ; Ponto P0
G01 X30 Q90 ; Ponto P1
G01 Z110 Q150 ; Ponto P2
G01 Z80 Q180 ; Ponto P3
G01 Z50 Q145 ; Ponto P4
G01 X100 Q90 ; Ponto P5

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·81·
Manual de programação.

3.
SISTEMA DE COORDENADAS
Programação de cotas

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·82·
4
4. PLANOS DE TRABALHO.

Os planos de trabalho determinam que eixos definem o plano/triedro de trabalho e que eixo
corresponde ao eixo longitudinal da ferramenta. A seleção de planos é necessária quando
queremos executar operações como:
• Interpolações circulares e helicoidais.
• Chanfrados e arredondamentos de arestas.
• Entrada e saídas tangenciais.
• Ciclos fixos de usinagem.
• Compensação de raio e comprimento da ferramenta.

Estas operações, exceto a compensação de comprimento, só podem ser executadas no


plano de trabalho ativo. A compensação de comprimento, pelo contrário, só pode ser
aplicada sobre o eixo longitudinal.

Comandos para modificar os planos de trabalho.

Modelo fresadora ou modelo torno com configuração de eixos tipo "triedro".

Função. Significado.

G17 Plano principal formado pelo primeiro eixo (abscissas), segundo eixo (ordenadas)
e o terceiro eixo (perpendicular) do canal.

G18 Plano principal formado pelo terceiro eixo (abscissas), primeiro eixo (ordenadas) e
o segundo eixo (perpendicular) do canal.
G19 Plano principal formado pelo segundo eixo (abscissas), terceiro eixo (ordenadas) e
o primeiro eixo (perpendicular) do canal.

G20 Selecionar um plano de trabalho qualquer, formado pelos três primeiros eixos do
canal.

Instrução. Significado.

#TOOL AX Seleção do eixo longitudinal da ferramenta.

Modelo torno com configuração de eixos tipo "plano".

Função. Significado.

G18 Plano principal formado pelo segundo eixo (abscissas), e o primeiro eixo
(ordenadas) do canal.

G20 Seleção do eixo longitudinal da ferramenta.

Instrução. Significado.

#TOOL AX Seleção do eixo longitudinal da ferramenta. CNC 8060


CNC 8065

(REF: 1901)

·83·
Manual de programação.

4.1 Acerca dos planos de trabalho nos modelos torno ou fresadora.

O funcionamento dos planos de trabalho depende da configuração geométrica dos eixos.


Num modelo fresadora, a configuração geométrica dos eixos sempre é do tipo "triedro" em
quanto que num modelo torno, a configuração geométrica dos eixos poderá ser do tipo
"triedro" ou do tipo "plano" (parâmetro GEOCONFIG).

X+ Y+
X+
4.
PLANOS DE TRABALHO.
Acerca dos planos de trabalho nos modelos torno ou fresadora.

Z+
Z+

Configuração de eixos tipo "plano". Configuração de eixos tipo "triedro".

Configuração dos eixos tipo "triedro" (modelo torno ou


fresadora).
Esta configuração dispõe de três eixos formando um triedro cartesiano tipo XYZ. Podem
existir mais eixos, além dos que formam o triedro, que poderão formar parte do triedro ou
ser eixos auxiliares, rotativos, etc.

A ordem na qual se definem os eixos do canal estabelece quais serão os planos de trabalho
principais, os que selecionamos com as funções G17, G18 e G19. Com a função G20
podemos formar qualquer plano de trabalho com os três primeiros eixos do canal. O plano
de trabalho padrão o define o fabricante (parâmetro IPLANE), sendo o plano habitual G17
num modelo fresadora e G18 num modelo torno.

O CNC visualiza as funções ·G· associadas aos planos de trabalho.

Configuração de eixos tipo "plano" (modelo torno).


Esta configuração possui de dois eixos formando o plano habitual de trabalho em torno.
Pode haver mais eixos, mas não podem formar parte do triedro; deverão ser eixos auxiliares,
rotativos, etc.

Com esta configuração, o plano de trabalho sempre é G18 e estará formado pelos dois
primeiros eixos definidos no canal, o segundo eixo como eixo de abscissas e o primeiro eixo
como eixo de ordenadas. As funções ·G· associadas aos planos de trabalho têm os
seguintes efeitos.

Função. Significado.

G17 Não muda de plano e mostra um warning avisando disso.

G18 Não produz nenhum efeito (a não ser que esteja ativada a função G20).

G19 Não muda de plano e mostra um warning avisando disso.

G20 É permitido se não altera o plano principal; isto é, só se pode usar para mudar o eixo
CNC 8060 longitudinal.
CNC 8065
O CNC não visualiza as funções ·G· associadas aos planos de trabalho, pois sempre é o
mesmo plano.

(REF: 1901)

·84·
Manual de program a çã o.

4.2 Selecionar os planos principais de trabalho.

4.2.1 Modelo fresadora ou modelo torno com configuração de eixos tipo


"triedro".

Os planos principais se podem selecionar desde o programa mediante as funções G17, G18
e G19, e estarão formados por dois dos três primeiros eixos do canal. O terceiro eixo
corresponde ao eixo perpendicular ao plano que coincide com o eixo longitudinal da
ferramenta, aquele sobre o qual é realizada a compensação de comprimento.
G17 Plano principal formado pelo primeiro eixo (abscissas), segundo eixo
(ordenadas) e o terceiro eixo (perpendicular) do canal.
4.

Selecionar os planos principais de trabalho.


PLANOS DE TRABALHO.
G18 Plano principal formado pelo terceiro eixo (abscissas), primeiro eixo (ordenadas)
e o segundo eixo (perpendicular) do canal.
G19 Plano principal formado pelo segundo eixo (abscissas), terceiro eixo (ordenadas)
e o primeiro eixo (perpendicular) do canal.

O OEM, através do parâmetro da máquina LCOMPTYP, pode alterar o comportamento do


eixo longitudinal ao trocar de plano, de modo que o CNC mantenha o eixo longitudinal que
se encontrava ativo antes da troca de plano.

A função G20 pode selecionar qualquer plano com os três primeiros eixos do canal. A função
G20 e a sentença #TOOL AX podem trocar o eixo longitudinal da ferramenta.

Programação.
Estas funções se podem programar em qualquer parte do programa, não sendo necessário
que estejam sós no bloco.

Formato de programação.

O formato de programação é o seguinte:


G17
G18
G19

G17
G18
G19

Propriedades da função e influência do reset, do desligamento


e da função M30.
As funções G17, G18, G19 e G20 são modais e incompatíveis entre si. No momento da
ligação, depois de se executar M02 ou M30, e depois de uma emergência ou um reset, o
CNC aceita a função G17 ou G18 conforme tenha sido definido pelo fabricante da máquina
(parâmetro IPLANE).

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·85·
Manual de programação.

4.2.2 Modelo torno com configuração de eixos tipo "plano".

O plano de trabalho sempre é G18 e estará formado pelos dois primeiros eixos definidos
no canal. As funções G17 e G19 não têm significado para o CNC.
G18 Plano principal formado pelo segundo eixo (abscissas), e o primeiro eixo
(ordenadas) do canal.

Com ferramentas de torno a compensação de comprimento se aplica em todos os eixos nos


quais se tenha definido offset na ferramenta.

4. Nas ferramentas de fresadora, a compensação de longitude se aplica ao segundo eixo do


canal. Se foram definidos os eixos X (primeiro eixo do canal) e Z (segundo eixo do canal),
o plano de trabalho será ZX e o eixo longitudinal o Z. A função G20 e a sentença #TOOL
Selecionar os planos principais de trabalho.
PLANOS DE TRABALHO.

AX podem trocar o eixo longitudinal da ferramenta.

Programação.
Estas funções se podem programar em qualquer parte do programa, não sendo necessário
que estejam sós no bloco.

Formato de programação.

O formato de programação é o seguinte:


G18

G18

Propriedades da função e influência do reset, do desligamento


e da função M30.
As funções G18 e G20 são modais e incompatíveis entre si. No momento da ligação, depois
de executar-se M02 ou M30 ou depois de uma emergência ou reset, o CNC assumirá o
código G18.

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·86·
Manual de program a çã o.

4.3 Seleção um novo plano de trabalho e um eixo longitudinal


qualquer.

O significado da função G20 depende do tipo de configuração dos eixos da máquina; tipo
"plano" (para torno) ou tipo "triedro" (para torno ou fresadora).
• Quando a configuração dos eixos é do tipo triedro, a função G20 permite definir qualquer
plano de trabalho formado pelos três primeiros eixos do canal. Para construir um plano
com outros eixos, primeiro há que incluir esses eixos no triedro principal (sentença
#SET AX).
• Quando a configuração dos eixos é do tipo plano, o plano de trabalho sempre é G18
e a função G20 somente permite trocar o eixo longitudinal da ferramenta.
4.

PLANOS DE TRABALHO.
Seleção um novo plano de trabalho e um eixo longitudinal qualquer.
Programação.
Na hora de programar esta sentença há que definir o novo eixo de abscissas e ordenadas
do plano e o eixo longitudinal da ferramenta. Se o eixo longitudinal coincide com um dos
eixos do plano, também há que definir qual é o eixo perpendicular ao plano.

Formato de programação.

O formato de programação é o seguinte; entre chaves se mostra a lista de argumentos e


entre colchetes angulares os que são opcionais.
G20 X~C{axistype} X~C{axistype} X~C{axistype} <X~C{axistype}>
{axistype} Valor que determina o lugar do eixo no plano.
Valores para determinar o lugar do eixo no plano.

O plano de trabalho se define selecionando o eixo de abcissas, o eixo de ordenadas, o eixo


perpendicular e o eixo longitudinal da ferramenta A seleção se realiza atribuindo aos eixos
programados junto a G20 um dos seguintes valores.

Valor. Tipo de eixo dentro do plano de trabalho.

1 Eixo de abcissas.
2 Eixo de ordenadas.

±3 Eixo longitudinal da ferramenta. O sinal indica a orientação da ferramenta.

4 Reservado.
5 Eixo perpendicular ao plano de trabalho, necessário só quando o eixo longitudinal da
ferramenta seja o mesmo que o eixo de abscissas ou ordenadas. Em caso contrário, o
eixo perpendicular será o eixo longitudinal da ferramenta.

G20 X1 Z2 Y3
O eixo X é o eixo de abcissas.
O eixo Z é o eixo de ordenadas.
O eixo Y é o eixo longitudinal da ferramenta e o eixo
perpendicular ao plano.

G20 X1 Y2 X3 Z5
O eixo X é o eixo de abcissas e o eixo longitudinal da ferramenta.
O eixo Y é o eixo de ordenadas.
O eixo Z é o eixo perpendicular ao plano. CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·87·
Manual de programação.

Seleção do eixo longitudinal da ferramenta.

Quando se seleciona o eixo longitudinal com G20, podemos estabelecer a orientação da


ferramenta conforme o sinal programado.
• Se o parâmetro para selecionar o eixo longitudinal é positivo, a ferramenta se posiciona
no sentido positivo do eixo.
• Se o parâmetro para selecionar o eixo longitudinal é negativo, a ferramenta se posiciona
no sentido negativo do eixo.

4.
PLANOS DE TRABALHO.
Seleção um novo plano de trabalho e um eixo longitudinal qualquer.

G20 X1 Y2 Z3 G20 X1 Y2 Z-3 G20 X1 Y2 X-3 Z5

Propriedades da função e influência do reset, do desligamento


e da função M30.
A função G20 é modal e incompatível com G17, G18 e G19. No momento da ligação, depois
de se executar M02 ou M30, e depois de uma emergência ou um reset, o CNC aceita a
função G17 ou G18 conforme tenha sido definido pelo fabricante da máquina (parâmetro
IPLANE).

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·88·
Manual de program a çã o.

4.4 Seleção do eixo longitudinal da ferramenta.

A sentença #TOOL AX permite trocar o eixo longitudinal da ferramenta, exceto nas de


tornear. Esta instrução permite selecionar como novo eixo longitudinal qualquer eixo da
máquina.

Programação.
No momento de programar esta instrução, tem que ser definido o novo eixo e orientação
da ferramenta. 4.
Formato de programação.

PLANOS DE TRABALHO.
Seleção do eixo longitudinal da ferramenta.
O formato de programação é o seguinte; entre chaves se mostra a lista de argumentos.
#TOOL AX [X~C{+|-}]
{+|-} Orientação da ferramenta.

#TOOL AX [Z+]
#TOOL AX [V2-]

Definir a orientação da ferramenta.

A orientação da ferramenta se define da seguinte maneira.


Sinal + Orientação positiva da ferramenta.
Sinal - Orientação negativa da ferramenta.

Orientação positiva da ferramenta.

#TOOL AX [X+]
#TOOL AX [Y+]
#TOOL AX [Z+]

Orientação negativa da ferramenta.

#TOOL AX [X-]
#TOOL AX [Y-]
#TOOL AX [Z-]

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·89·
4.

·90·
PLANOS DE TRABALHO.

(REF: 1901)
CNC 8065
CNC 8060
Seleção do eixo longitudinal da ferramenta.
Manual de programação.
5
5. SELEÇÃO DE ORIGENS

O CNC permite programar os deslocamentos no sistema de referência da máquina, ou


então realizar deslocamentos com o objetivo de utilizar sistemas de referência relativos às
fixações ou à peça, sem ter assim necessidade de modificar as coordenadas dos diferentes
pontos da peça na hora de programar.

Há três tipos de deslocamentos diferentes; deslocamento de fixação, deslocamento de


origem e deslocamento do autômato. O CNC pode ter vários destes deslocamentos ativos
simultaneamente, neste caso, a origem do sistema de referência ativo será definido pela
soma dos deslocamentos ativos.

Tipo de deslocamento. Descrição.

Deslocamento de fixação. Distância entre o zero máquina e o zero fixação.


Nas máquinas que possuem vários sistemas de fixação, este
deslocamento permite selecionar a fixação que vai ser utilizada.

Deslocamento de origem. Distância entre o zero fixação e o zero peça. Se o zero fixação
não está ativo (não há deslocamento de fixação), o
deslocamento de origem se mede com referência ao zero
máquina.
O deslocamento de origem pode ser fixado por meio de una pré-
seleção de cotas ou um deslocamento de origem.

Deslocamento do autômato. Deslocamento especial dirigido pelo PLC que se utiliza para
corrigir desvios produzidos por dilatações, etc.
O PLC sempre aplica este deslocamento, inclusive durante a
programação com referência ao zero máquina.

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·91·
Manual de programação.

5.1 Programação com respeito ao zero máquina

O zero máquina é a origem do sistema de referência da máquina. A programação dos


deslocamentos com referência ao zero máquina se realiza por meio das instruções #MCS
e #MCS ON/OFF.

Programar um deslocamento com respeito ao zero máquina.

5. Esta instrução pode ser acrescentada a qualquer bloco no qual se tenha definido um
deslocamento, de maneira que este se executa no sistema de referência da máquina.

G00 X30 Y30


SELEÇÃO DE ORIGENS
Programação com respeito ao zero máquina

G92 X0 Y0 (Pré-seleção de coordenadas)


G01 X20 Y20
#MCS X30 Y30 (Deslocamento com respeito ao zero máquina. Se anulam os
deslocamentos)
G01 X40 Y40 (Se recuperam os deslocamentos)
G01 X60 Y60
M30

Sistema de coordenadas máquina.


As instruções #MCS ON e #MCS OFF ativam e desativam o sistema de coordenadas da
máquina; portanto, os deslocamentos programados entre ambas as instruções se executam
no sistema de referência da máquina. Ambas as instruções devem ser programadas sós
num bloco.

G92 X0 Y0 (Pré-seleção de coordenadas)


G01 X50 Y50
#MCS ON (Começa a programação com respeito ao zero máquina)
G01 ...
G02 ...
G00 ...
#MCS OFF (Finaliza a programação com respeito ao zero máquina) Se recuperam
os deslocamentos)

Considerações aos deslocamentos com referência ao zero


máquina.

Deslocamentos e transformações de coordenadas

Quando se executa um deslocamento com referência ao zero máquina se ignoram os


deslocamentos ativos (exceto o dirigido pelo PLC), cinemáticas e transformações
cartesianas; por conseguinte, o deslocamento se efetua no sistema de referência da
máquina. Depois de finalizado o deslocamento se recuperam os deslocamentos,
cinemáticas e transformações cartesianas que se encontravam ativas.

Os deslocamentos programados não admitem coordenadas polares nem se permitem


outros tipos de transformações como espelhamento , rotação de coordenadas ou fator de
escala. Enquanto está ativa a função #MCS também não se admitem funções de definição
CNC 8060
de uma nova origem como G92, G54-G59, G158, G30, etc.
CNC 8065
A compensação de raio e comprimento

Durante os deslocamentos referentes ao zero máquina também se anula temporariamente


a compensação de raio e comprimento da ferramenta. O CNC entende que as cotas foram
(REF: 1901)
programadas com referência à base da ferramenta, não da ponta.

·92·
Manual de program a çã o.

O sistema de unidades; milímetros ou polegadas

Nos deslocamentos referentes ao zero máquina se ignoram as unidades G70/G71


(polegadas/milímetros) selecionadas pelo usuário. Se aceita o sistema de unidades definido
previamente no controle (parâmetro INCHES); o que aceita o CNC depois de ser ligado.
Estas unidades são aceitas tanto para a definição das cotas como para o avanço e para a
velocidade.

5.

SELEÇÃO DE ORIGENS
Programação com respeito ao zero máquina

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·93·
Manual de programação.

5.2 Fixar a cota de máquina (G174).

Utilize esta função com precaução. Alterar a cota de máquina pode fazer com que os eixos ultrapassem
os limites de curso durante o movimento.

A função G174 permite fixar a cota de máquina dum eixo ou spindle, isto é, estabelecer
temporariamente um novo zero de máquina. A nova cota de máquina permanece ativa até
que o eixo ou spindle efetue uma busca de referência máquina, momento no qual o CNC
restaura o zero máquina original (o definido nos parâmetros de máquina).

5. Depois de executar a função G174, o CNC entende que a cota programada define a posição
atual com respeito ao zero máquina. Os deslocamentos de origem, movimentos com
respeito ao zero máquina, etc estarão referenciados à cota programada em G174.
SELEÇÃO DE ORIGENS
Fixar a cota de máquina (G174).

Programação da função.
Programar a função G174, e a seguir, a cota máquina de um único eixo ou spindle. Para
os eixos gantry, programar a cota máquina do eixo mestre. A função só permite fixar a cota
de máquina de um eixo ou spindle; para fixar a cota de máquina de vários eixos, programar
uma função G174 para cada eixo.

Na ho r a de f ix ar a c o ta d e m áq ui n a, o CN C i gn o r a a s u ni d ad es G7 0 / G7 1
(polegadas/milímetros) selecionadas pelo usuário e utiliza o sistema de unidades
predefinido no controle (parâmetro INCHES). O CNC tampouco tem em consideração
nenhuma outra opção raios/diâmetros, espelhamento, fator de escala, etc.

Formato de programação.

O formato de programação é o seguinte:


G174 X..C
G174 S
X..C Cota máquina nos eixos.
S Cota máquina nos spindles.

G174 X100
G174 S180

Considerações e limitações.
• A função G174, por si só, não provoca nenhum deslocamento nos eixos ou spindles da
máquina. Depois de executar a função G174, o CNC considera que o eixo ou spindle
está referenciado e comprova que está dentro dos limites de software.
• O CNC não permite fixar a cota de máquina em eixos acoplados, tandem ou que formem
parte da cinemática ou transformada ativa. O CNC não permite fixar a cota de máquina
em spindles tandem. Antes de fixar a nova cota de máquina, o CNC comprova que o
eixo ou spindle está em posição e que não está sincronizado, dando erro em caso
contrário.

Nos eixos Sercos, a função G174 também inicializa a cota do regulador. Para fixar a cota de máquina
i em eixos Sercos posição, é necessária uma versão do regulador V6.20 ou superior.

• Em eixos gantry, o CNC aplica a cota definida em G174 para ambos os eixos, mestre
e escravo.
CNC 8060 • É permitido executar G174 em um grupo multi-eixo desativado.
CNC 8065

Propriedades da função e influência do reset, do desligamento


e da função M30.
(REF: 1901)
A função G174 é modal. Esta função não é afetada pelas funções M02 ou M30, nem por
um RESET, emergência ou desligado do CNC No momento da ligação, o CNC assume as
cotas máquina que se encontravam ativas quando se apagou.

·94·
Manual de program a çã o.

5.3 Deslocamento de fixação

Os deslocamentos de fixação permitem selecionar o sistema de fixação que se deseja


utilizar (se se dispõe de mais de um sistema de fixação). Quando se aplica um deslocamento
de fixação, o CNC aceita como um novo zero de fixação, o ponto definido pelo deslocamento
de fixação selecionado.

Definição
Para aplicar um deslocamento de fixação, este deve ter sido definido previamente. Para
isso, o CNC dispõe de uma tabela na qual o usuário pode definir até 10 deslocamentos de
5.
fixação diferentes. Os dados das tabelas podem-se definir:

SELEÇÃO DE ORIGENS
Deslocamento de fixação
• Manualmente, desde o painel frontal do CNC (tal e como se explica no Manual de
Operação).
• Desde o programa, atribuindo à variável "V.A.FIXT[n].Xn" (do deslocamento "n" do eixo
"Xn"), o valor correspondente.

Ativação
Depois de definidos os deslocamentos de fixação na tabela, se podem ativar desde o
programa atribuído à variável "V.G.FIX" o número do deslocamento que se quer aplicar.

Só pode existir ativo um deslocamento de fixação; portanto, ao aplicar um deslocamento


de fixação se anulará o anterior. Atribuindo-lhe o valor "V.G.FIX=0" se anulará o
deslocamento de fixação ativo.

Exemplo de deslocamento de fixação numa fresadora.

X Y

V.G.FIX=1 30 50

V.G.FIX=2 120 50

N100 V.A.FIXT[1].X=30 V.A.FIXT[1].Y=50


N110 V.A.FIXT[2].X=120 V.A.FIXT[2].Y=50
...
N200 V.G.FIX=1 (Aplica-se o primeiro deslocamento de fixação)
N210 ... (Programação na fixação 1)
N300 V.G.FIX=2 (Aplica-se o segundo deslocamento de fixação)
N310 ... (Programação na fixação 2)
N400 V.G.FIX=0 (Se anula o deslocamento de fixação. Não existe nenhum sistema de
fixação ativo)

Considerações
CNC 8060
Um deslocamento de fixação, por si só, não provoca nenhum deslocamento nos eixos da
máquina. CNC 8065

Propriedades
(REF: 1901)
No momento da ligação, o CNC aceita o deslocamento de fixação que se encontrava ativo
quando se apagou o CNC. Da mesma maneira, o deslocamento de fixação também não
será afetado pelas funções M02 nem M30, nem por um RESET do CNC.

·95·
Manual de programação.

5.4 Pré-seleção de cotas (G92)

A pré-seleção de cotas se define por meio da função G92, e pode ser realizada sobre
qualquer eixo da máquina.

Quando se realiza uma pré-seleção de cotas, o CNC entende que as cotas dos eixos
programados a seguir, da função G92 definem a posição atual dos eixos. O resto dos eixos,
que não foram definidos junto a G92, não são afetados pela pré-seleção.

5.
SELEÇÃO DE ORIGENS
Pré-seleção de cotas (G92)

N100 G90 G01 X40 Y30 (Posicionamento em P0)


N110 G92 X0 Y0 (Pré-selecionar P0 como origem peça)
... (Usinagem de perfil 1)
N200 G90 G01 X80 Y0 (Posicionamento em P1)
N210 G92 X0 Y0 (Pré-selecionar P1 como origem peça)
... (Usinagem de perfil 2)
N300 G92 X120 Y30 (Recuperação de OW como origem peça)

Considerações
Uma pré-seleção de cotas, por si só, não provoca nenhum deslocamento nos eixos da
máquina.

Se desde o modo manual se realiza a busca de referência máquina de um eixo, se anula


a pré-seleção no referido eixo.

Propriedades da função
A função G92 é modal, os valores pré-selecionados permanecem ativos até que se anule
a pré-seleção (por meio de outra pré-seleção, um deslocamento de origem ou por meio da
função G53).

No momento da ligação, o CNC aceita a pré-seleção de cotas que se encontrava ativa


quando se apagou o CNC. Da mesma maneira, a pré-seleção de cotas também não será
afetada pelas funções M02 nem M30, nem por um RESET do CNC.

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·96·
Manual de program a çã o.

5.5 Deslocamentos de origem (G54-G59/G159)

Os deslocamentos de origem permitem colocar o zero peça em diferentes posições da


máquina. Quando se aplica um deslocamento de origem, o CNC aceita como um novo zero
peça o ponto definido pelo deslocamento de origem selecionado.

Definição dos deslocamentos de origem.


Para aplicar um deslocamento de origem, este deve ter sido definido previamente. Para
isso, o CNC dispõe de uma tabela na qual o usuário pode definir até 99 deslocamentos de
origem diferentes. Os dados da tabela podem ser definidos manualmente (conforme se
5.
explica no manual de operação) ou a partir do programa (através de variáveis).

SELEÇÃO DE ORIGENS
Deslocamentos de origem (G54-G59/G159)
O OEM pode ter configurado a tabela de origens de uma das seguintes formas (parâmetro
máquina FINEORG).
• Cada deslocamento de origem é constituído de um valor único. Ao executar a função
G159, o CNC assume este valor como novo deslocamento de origem.
• Cada deslocamento de origem é constituído por um valor grosseiro (ou absoluto) e outro
fino (ou incremental). Ao executar a função G159, o CNC assume como novo
deslocamento de origem a soma de ambas as partes.

Ativação de um deslocamento de origem.


Depois de definidos os deslocamentos de origem na tabela, estes podem ser ativados desde
o programa por meio da função G159, programando a seguir o número de deslocamento
a ativar.
G159=2 O CNC aplica o segundo deslocamento de origem.
G159=11 O CNC aplica o décimo primeiro deslocamento de origem.

Os seis primeiros deslocamentos da tabela também podem ser aplicados por meio das
funções G54 a G59; G54 para o primeiro deslocamento (equivalente a G159=1), G55 para
o segundo deslocamento (equivalente a G159=2) e assim sucessivamente.
G54 O CNC aplica o primeiro deslocamento de origem (G159=1).
G59 O CNC aplica o sexto deslocamento de origem (G159=6).

Y X Y

G54 (G159=1) 20 70
G54
70 G55 (G159=2) 50 30
Ow G56 (G159=3) 120 10

P1
G55
30
Ow
Ow G56
10 X
OM 20 50 120

N100 V.A.ORGT[1].X=20 V.A.ORGT[1].Y=70


N110 V.A.ORGT[2].X=50 V.A.ORGT[2].Y=30
N100 V.A.ORGT[3].X=120 V.A.ORGT[3].Y=10
...
CNC 8060
N100 G54
(Se aplica o primeiro deslocamento de origem)
CNC 8065
N200 G159=2
(Se aplica o segundo deslocamento de origem)
N300 G56 X20 Y30
(REF: 1901)
(Se aplica o terceiro deslocamento de origem)
(Os eixos se deslocam ao ponto X20 Y30 (ponto P1) com referência à terceira origem)

·97·
Manual de programação.

X 90 90 90 90

A4 A3 A2 A1

Z
150 240 330 420

5. G57 G56 G55 G54


SELEÇÃO DE ORIGENS
Deslocamentos de origem (G54-G59/G159)

X Z

G54 (G159=1) 0 420

G55 (G159=2) 0 330

G56 (G159=3) 0 240

G57 (G159=4) 0 150

N100 V.A.ORGT[1].X=0 V.A.ORGT[1].Z=420


N110 V.A.ORGT[2].X=0 V.A.ORGT[2].Z=330
N100 V.A.ORGT[3].X=0 V.A.ORGT[3].Z=240
N100 V.A.ORGT[4].X=0 V.A.ORGT[4].Z=150
N100 G54 (Se aplica o primeiro deslocamento de origem absoluto)
··· (Usinagem de perfi A1)
N200 G55 (Se aplica o segundo deslocamento de origem absoluto)
··· (Usinagem de perfi A2)
N300 G56 (Se aplica o terceiro deslocamento de origem absoluto)
··· (Usinagem de perfi A3)
N200 G57 (Se aplica o quarto deslocamento de origem absoluto)
··· (Usinagem de perfi A4)

Só pode existir ativo um deslocamento de origem; portanto, ao aplicar um deslocamento


de origem se anulará o anterior. Se programamos a função G53, se anulará o deslocamento
de origem ativo.

A função correspondente ao deslocamento de origem selecionado pode ser programada


em qualquer bloco do programa. Se o acrescentamos a um bloco com informação sobre
a trajetória, o deslocamento de origem se aplicará antes de executar o deslocamento
programado.

Considerações
Um deslocamento de origem, por si só, não provoca nenhum deslocamento nos eixos da
máquina.

Se desde o modo manual se realiza a busca de referência de máquina de um eixo, se anula


CNC 8060 o deslocamento de origem absoluto no referido eixo.

CNC 8065
Propriedades das funções
As funções G54, G55, G56, G57, G58, G59 e G159 são modais e incompatíveis entre si
(REF: 1901) e com as funções G53 e G92.

No momento da ligação, o CNC aceita o deslocamento de origem que se encontrava ativo


quando se apagou o CNC. Da mesma maneira, o deslocamento de origem não será afetado
pelas funções M02 nem M30, nem por um RESET do CNC.

·98·
Manual de program a çã o.

5.5.1 Varáveis para definir os deslocamentos de origem

Tabela de origens (sem ajuste fino do deslocamento de origem absoluto).

As seguintes variáveis são acessíveis a partir do programa peça e a partir do modo


MDI/MDA. Para cada uma delas se indica se o acesso é de leitura (R) ou de escrita (W).

Variável. R/W Significado.

(V.)[ch].A.ORG.xn R Valor do deslocamento de origem ativo (absoluto G159


+ incremental G158).

(V.)[ch].A.ADDORG.xn R Valor do deslocamento de origem incremental ativo


(G158).
5.

SELEÇÃO DE ORIGENS
Deslocamentos de origem (G54-G59/G159)
(V.)[ch].A.ORGT[nb].xn R/W Deslocamento definido no deslocamento de origem
[nb].

Tabela de origens (com ajuste fino do deslocamento de origem absoluto).

As seguintes variáveis são acessíveis a partir do programa peça e a partir do modo


MDI/MDA. Para cada uma delas se indica se o acesso é de leitura (R) ou de escrita (W).

Variável. R/W Significado.

(V.)[ch].A.ORG.xn R Valor do deslocamento de origem ativo (absoluto G159


grosseiro + absoluto G159 fino + incremental G158).

(V.)[ch].A.ADDORG.xn R Valor do deslocamento de origem incremental ativo


(G158).

(V.)[ch].A.COARSEORG.xn R Valor do deslocamento de origem absoluto ativo


(G159), parte grosseira.

(V.)[ch].A.FINEORG.xn R Valor do deslocamento de origem absoluto ativo


(G159), parte fina.

(V.)[ch].A.ORGT[nb].xn R/W Defasagem definida no deslocamento de origem [nb];


parte grosseira mais parte fina. Ao escrever esta
variável, o valor é atribuído à parte grosseira, apagando
a parte fina.

(V.)[ch].A.COARSEORGT[nb].xn R/W Defasagem definida no deslocamento de origem [nb];


parte grosseira.

(V.)[ch].A.FINEORGT[nb].xn R/W Defasagem definida no deslocamento de origem [nb];


parte fina.

Sintaxe das variáveis.


·ch· Número de canal.
·nb· Número de deslocamentos de origem.
·xn· Nome, número lógico ou índice do eixo

V.A.ORG.Z Eixo Z.
V.A.ADDORG.3 Eixo com número lógico ·3·.
V.[2].A.COARSEORG.3 Eixo com índice ·3· no canal ·2·.
V.[2].A.FINEORG.3 Eixo com índice ·3· no canal ·2·.
V.A.ORGT[1].Z Deslocamento G54 (G159=1). Eixo Z.
V.A.ORGT[1].Z Deslocamento G54 (G159=1). Eixo Z.
V.A.COARSEORGT[4].3 Deslocamento G57 (G159=4). Eixo com número lógico ·3·.
V.[2].A.FINEORGT[9].3 Deslocamento G159=9. Eixo com índice ·3· no canal ·2·.
CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·99·
Manual de programação.

5.5.2 Deslocamento de origem incremental (G158)

Quando é aplicado um deslocamento de origem incremental, o CNC adiciona-o ao


deslocamento de origem absoluto que se encontra ativo neste momento.

Programação
Os deslocamentos de origem incrementais são definidos a partir do programa através da

5. função G158, programando em seguida os valores do deslocamento de origem que se quer


aplicar em cada eixo. Para cancelar o deslocamento de origem incremental, programar a
função G158 sem eixos no bloco. Para cancelar o deslocamento incremental somente em
determinados eixos, programar um deslocamento incremental de 0 em cada um deles.
SELEÇÃO DE ORIGENS
Deslocamentos de origem (G54-G59/G159)

Y
2 3
65
W W
50
1 4
20
W W X
20 40 60 120
X Y
G54 (G159=1) 20 20

G55 (G159=2) 120 20

N100 G54 (Se aplica o primeiro deslocamento de origem)


··· (Usinagem de perfil 1)
N200 G158 X20 Y45 (Se aplica o deslocamento de origem incremental)
··· (Usinagem de perfil 2)
N300 G55 (Se aplica o segundo deslocamento de origem) A função G158 continua
ativa)
··· (Usinagem de perfil 3)
N400 G158 (Anula-se o delocamento de origem incremental. A função G55 continua
ativa)
··· (Usina-se o perfil 4)

X 90 90 90 90

A4 A3 A2 A1

Z
150 240 330 420
G55 G54

CNC 8060
CNC 8065 G158 G158
G158

X Z
(REF: 1901) G54 (G159=1) 0 420

G55 (G159=2) 0 330

·100·
Manual de program a çã o.

N100 G54 (Se aplica o primeiro deslocamento de origem absoluto)


··· (Usinagem de perfi A1)
N200 G158 Z-90 (Se aplica o deslocamento de origem incremental)
··· (Usinagem de perfi A2)
N300 G55 (Se aplica o segundo deslocamento de origem absoluto)
(O deslocamento de origem incremental continua ativo)
··· (Usinagem de perfi A3)
N200 G158 Z-180
···
(Se aplica o segundo deslocamento de origem incremental)
(Usinagem de perfi A4)
5.

SELEÇÃO DE ORIGENS
Deslocamentos de origem (G54-G59/G159)
Só pode haver um deslocamento incremental ativo em cada eixo; por isso, ao se aplicar um
deslocamento de origem incremental sobre um eixo, é cancelado o que estava ativo
anteriormente no referido eixo. Os deslocamentos dos eixos restantes não são afetados.

Y
80
W

50
W W

20
W W
X
M 20 40 70 120
X Y
G54 (G159=1) 20 20

N100 G54 (Se aplica o deslocamento de origem absoluto)


N200 G158 X20 Y60 (Aplica-se o primeiro deslocamento incremental)
N300 G158 X50 Y30 (Aplica-se o segundo deslocamento incremental)
N400 G158 X100 (Aplica-se o terceiro deslocamento incremental)
N500 G158 Y0 (Aplica-se o quarto deslocamento incremental)
N600 G158 X0 (Cancela-se o deslocamento incremental)

O deslocamento de origem incremental não se anula depois de aplicar um novo


deslocamento de origem absoluto (G54-G59 ou G159).

Considerações
Um deslocamento de origem incremental, por si próprio, não provoca nenhum
deslocamento nos eixos da máquina.

Se a partir do modo manual for realizada uma busca de referência máquina de um eixo,
anula-se o deslocamento de origem incremental no referido eixo.

Propriedades da função CNC 8060


A função G158 é modal. CNC 8065
No momento da ligação, o CNC assume o deslocamento de origem incremental que se
encontrava ativo no momento em que se apagou. Mesmo assim, o deslocamento de origem
incremental não é afetado pelas funções M02 e M30, nem por um RESET do CNC.
(REF: 1901)

·101·
Manual de programação.

5.5.3 Exclusão de eixos no deslocamento de origem (G157)

A exclusão de eixos permite selecionar sobre quais os eixos que não se deseja aplicar o
seguinte deslocamento de origem absoluto. Depois de aplicar o deslocamento de origem
se desativa a exclusão de eixos programada, sendo necessário voltar a programá-la cada
vez que precisemos aplicá-la.

Ativação

5. A exclusão de eixos se define programando a função G157, e a seguir os eixos junto ao


valor que determina se ativamos (<eje>=1) ou se desativamos (<eje>=0) a exclusão nesse
eixo.
SELEÇÃO DE ORIGENS
Deslocamentos de origem (G54-G59/G159)

Também se permite ativar a exclusão programando somente, depois da função G157, os


eixos sobre os que se aplica a exclusão.

A exclusão de eixos e o deslocamento de origem podem ser programados no mesmo bloco.


Neste caso, a exclusão se ativará antes de aplicar o deslocamento de origem.

G55
(Se aplica o segundo deslocamento de origem em todos os eixos)

G157 X Z
(Ativação da exclusão nos eixos X-Z)
G57
(Aplica-se o quarto deslocamento de origem, exceto nos eixos X-Z. Estes eixos conservam o
deslocamento anterior)
···
G159=8
(Se aplica o oitavo deslocamento de origem em todos os eixos)

G59 G157 Y
(Aplica-se o sexto deslocamento de origem, exceto no eixo Y. Este eixo conserva o deslocamento
anterior)
···
G54
(Se aplica o primeiro deslocamento de origem em todos os eixos)

A exclusão de eixos não afeta aos deslocamentos de origem ativos. Quando se exclui um
eixo ao aplicar um novo deslocamento de origem, se mantém o deslocamento que estiver
ativo no referido eixo.

Considerações
A exclusão de eixos não afeta à pré-seleção de cotas nem aos deslocamentos de origem
incrementais, que sempre se aplicarão sobre todos os eixos. Da mesma forma, também não
serão afetados os deslocamentos de fixação nem do PLC.

Propriedades da função
A função G157 é modal até que se execute um deslocamento de origem absoluto.
CNC 8060 No momento da ligação ou depois de uma EMERGÊNCIA, o CNC não aceita nenhuma
CNC 8065 exclusão de eixos.

(REF: 1901)

·102·
Manual de program a çã o.

5.6 Anulação do deslocamento de origem (G53)

A partir da execução da função G53 se anula o deslocamento de origem ativo, tanto se


procede de uma pré-seleção (G92) como de um deslocamento de origem, incluído o
deslocamento incremental e a exclusão de eixos definida. Também se anula o
deslocamento de origem proveniente de uma medição com apalpador.

Os deslocamentos de fixação e do PLC não são afetados por esta função.

A diferença das instruções #MCS e #MCS ON/OFF que sempre executam os


deslocamentos com referência ao zero máquina, a função G53 permite executar os
deslocamentos com referência ao zero fixação ( se se encontra ativo). 5.

SELEÇÃO DE ORIGENS
Anulação do deslocamento de origem (G53)
Y Y

Ow

OF X

OM X

N10 V.G.FIX=1 (Se anula o deslocamento de fixação. Se programa respeito OF)


N20 G54 (Se aplica o deslocamento de origem. Se programa respeito OW)
N30 #MCS X20 Y20 (Se ativa o sistema de coordenadas da máquina. Se programa respeito
OM)
N40 G01 X60 Y0 (Se programa respeito OW)
N50 G53 (Se anula o deslocamento de origem G54. Se programa respeito OF)

A função G53 pode ser programada em qualquer bloco do programa. Se o acrescentamos


a um bloco com informação sobre a trajetória, o deslocamento ou pré-seleção se anula antes
de executar o deslocamento programado.

Considerações
A função G53, por si só, não provoca nenhum deslocamento nos eixos da máquina.

Propriedades da função
A função G53 é modal e incompatível com a função G92, os deslocamentos de origem e
a medição com apalpador.

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·103·
Manual de programação.

5.7 Pré-seleção da origem polar (G30)

A função G30 permite pré-selecionar qualquer ponto, do plano de trabalho, como nova
origem de coordenadas polares. Se não se seleciona, se aceita como origem polar a origem
do sistema de referência ativo (zero peça).

Programação

5. A pré-seleção da origem polar deve ser programada sozinha no bloco. O formato de


programação destas funções é "G30 Q I J", onde:
I, J Definem a abcissa e a ordenada da nova origem polar. Se definem em cotas absolutas e estão
SELEÇÃO DE ORIGENS
Pré-seleção da origem polar (G30)

referidas ao zero peça.


Se se programam, devem ser programados ambos os parâmetros.
Se não se programam, se aplicará como origem polar o ponto no qual nesse momento se
encontra a ferramenta.

Portanto, a função G30 poderá ser programada das seguintes formas:


G30 I J Se aceita como nova origem polar o ponto com abcissa "I" e ordenada "J", com referência
ao zero peça.
G30 Se assume como nova origem polar a posição na qual se encontra a ferramenta.

Y
P2

P3 P1
30

X
P0
35

Sendo o ponto inicial X0 Y0, se tem:


G30 I35 J30 (Pré-selecionar P3 como origem polar)
G90 G01 R25 Q0 (Ponto P1)
G03 Q90 (Ponto P2)
G01 X0 Y0 (Ponto P0)
M30

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·104·
Manual de program a çã o.

X
90 P0
P5
80 P1

P2 P3
40

P6 P4 Z
50 90 130 170
5.

SELEÇÃO DE ORIGENS
Pré-seleção da origem polar (G30)
G18 G151 ; Plano principal Z-X e programação em diâmetros.
G90 X180 Z50 ; Ponto P0, programação em diâmetros.
G01 X160 ; Ponto P1, em linha reta (G01).
G30 I90 J160 ; Pré-seleção do P5 como origem polar.
G03 Q270 ; Ponto P2, em arco (G03).
G01 Z130 ; Ponto P3, em linha reta (G01).
G30 I130 J0 ; Pré-selecionar P6 como origem polar.
G02 Q0 ; Ponto P4, em arco (G02).

Propriedades da função
A função G30 é modal. A origem polar se mantém ativa até que se pré-selecione outro valor
ou se mude o plano de trabalho. Quando se muda o plano de trabalho, se aceita como nova
origem polar o zero peça de referido plano.

No momento da ligação, depois de executar-se M02, M30 ou depois de uma EMERGÊNCIA


ou RESET, o CNC assumirá como novo origem polar o zero peça que se encontra
selecionado.

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·105·
Manual de programação.

5.
SELEÇÃO DE ORIGENS
Pré-seleção da origem polar (G30)

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·106·
6
6. FUNÇÕES TECNOLÓGICAS

6.1 Avanço de usinagem (F)

O avanço de usinagem pode ser selecionado por programa mediante o código "F",
mantendo-se ativo enquanto não se programe outro valor. As unidades de programação
dependem do modo de trabalho ativo (G93, G94 ou G95), e do tipo de eixo que se desloca
(linear ou rotativo).
G94 - Avanço em milímetros/minuto (polegadas/minuto).
G95 - Avanço em milímetros/revolução (polegadas/revolução).
G93 - Especificação do tempo de usinagem em segundos.

O avanço "F" programado é efetivo nas interpolações lineares (G01) e circulares (G02,
G03). Os deslocamentos em G00 (posicionamento rápido) se executam em avanço rápido,
independentemente do avanço “F” programado.

Movimento sem avanço programado.


Em principio, quando se programa um movimento em G01/G02/G03 e não há nenhum
avanço definido, o CNC mostrará o erro correspondente.

Opcionalmente, o fabricante pode ter configurado o CNC para que os movimentos se


realizem em avanço máximo de usinagem, definido pelo parâmetro de máquina MAXFEED.

Limitação do avanço.
O fabricante pode ter limitado o avanço máximo por meio do parâmetro de máquina
MAXFEED. Se tentamos ultrapassar o avanço máximo desde o programa de usinagem,
desde o PLC ou desde o painel de comando, o CNC limita o avanço ao máximo definido
sem mostrar nenhum erro nem warning.

Se este parâmetro tem valor 0 (zero), não se limita o avanço de usinagem e o CNC aceita
como avanço máximo o definido para G00.

Variável para limitar o avanço desde o PLC.

Dispomos da variável (V.)[n].PLC.G00FEED de escrita desde o PLC para definir, num


determinado momento e em tempo real, a velocidade máxima do canal para qualquer tipo
de movimento.

Regulação do avanço.
O avanço "F" programado poderá variar entre 0% e 200% por meio do seletor que se
CNC 8060
encontra no painel de comando do CNC, ou então selecioná-lo por programa ou desde o CNC 8065
PLC. Contudo, a variação máxima do avanço estará limitada pelo fabricante da máquina
[P.M.G. "MAXOVR"].

Quando se realizem deslocamentos em G00 (posicionamento rápido), a percentagem de


avanço estará fixa em 100% ou poderá variar entre 0% e 100% conforme tenha sido definido (REF: 1901)

pelo fabricante da máquina [P.M.G. "RAPIDOVR"].

Quando se executem operações de rosqueamento não será permitido modificar a


percentagem de avanço, trabalhando em 100% do avanço "F" programado.

·107·
Manual de programação.

Supondo cómo calcula o CNC o avanço.


O avanço se mede sobre a trajetória que segue a ferramenta, quer seja ao longo da linha
reta especificada (interpolações lineares) ou sobre a tangente ao arco especificado
(interpolações circulares).

6.
FUNÇÕES TECNOLÓGICAS
Avanço de usinagem (F)

Direção do avanço em interpolações lineares e circulares.

Quando na interpolação só intervêm os eixos principais da máquina, a relação entre os


componentes do avanço em cada eixo e o avanço "F" programado é a mesma que existe
entre o deslocamento de cada eixo e o deslocamento resultante programado.

F  x
Fx = -------------------------------------------
-
2 2
  x  +  y  

F  y
Fy = -------------------------------------------
-
2 2
  x  +  y  

Quando na interpolação intervêm eixos rotativos, o avanço destes eixos se calcula de


maneira que o começo e o fim do seu movimento coincida com o dos eixos principais. Se
o avanço calculado para o eixo rotativo é superior ao seu máximo permitido, o CNC adaptará
o avanço "F" programado para que o eixo rotativo se desloque ao seu máximo avanço
possível.

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·108·
Manual de program a çã o.

6.2 Funções associadas ao avanço

6.2.1 Unidades de programação do avanço (G93/G94/G95)

As funções associadas às unidades de programação permitem escolher se o avanço se


programa em mm/minuto (polegadas/minuto), em mm/revolução (polegadas/revolução), ou
se pelo contrário, se programa o tempo que necessitam os eixos para alcançar uma posição.

Programação
As funções associadas às unidades de programação são:
6.

Funções associadas ao avanço


FUNÇÕES TECNOLÓGICAS
G94 Avanço em milímetros/minuto (polegadas/minuto).
G95 Avanço em milímetros/revolução (polegadas/revolução).
G93 Especificação do tempo de usinagem em segundos.

Estas funções se podem programar em qualquer parte do programa, não sendo necessário
que estejam sós no bloco. Se o deslocamento corresponde a um eixo rotativo, as unidades
de programação se considerarão definidas em graus, em lugar de em milímetros
(polegadas), da seguinte maneira:

Eixos lineais Eixos rotativos

G94 milímetros (polegadas)/minuto graus/minuto


G95 milímetros (polegadas)/revolução graus/revolução

G93 segundos segundos

G94
Avanço em milímetros/minuto (polegadas/minuto)

A partir do momento em que se executa a função G94, o controle entende que os avanços
programados mediante o código "F" são em milímetros/minuto (polegadas/minuto). Se o
deslocamento corresponde a um eixo rotativo, o CNC interpretará que o avanço se encontra
programado em graus/minuto.

G95
Avanço em milímetros/revolução (polegadas/revolução)

A partir do momento em que se executa a função G95, o controle entende que os avanços
programados mediante o código "F" são em milímetros/revolução (polegadas/revolução) do
spindle master do canal. Se o deslocamento corresponde a um eixo rotativo, o CNC
interpretará que o avanço se encontra programado em graus/revolução.

Se o spindle não possui transdutor, o CNC utilizará as rotações teóricas programadas para
calcular o avanço. Esta função não afeta os deslocamentos rápidos em G00, que sempre
serão realizados em milímetros/minuto (polegadas/minuto).

G93
Especificação do tempo de usinagem em segundos

A partir do momento em que se executa a função G93, o controle entende que os


deslocamentos devem efetuar-se no tempo indicado mediante o código "F", programado
em segundos.
CNC 8060
Esta função não afeta os deslocamentos rápidos em G00, que sempre serão realizados em CNC 8065
milímetros/minuto (polegadas/minuto).

Propriedades das funções


(REF: 1901)
As funções G93, G94 e G95 são modais e incompatíveis entre si.

No momento da ligação, depois de se executar M02 ou M30, e depois de uma


EMERGÊNCIA ou um RESET, o CNC aceita a função G94 ou G95 conforme tenha sido
definido pelo fabricante da máquina [P.M.G. "IFEED"].

·109·
Manual de programação.

6.2.2 Adaptação do avanço (G108/G109/G193)

Estas funções permitem controlar a adaptação do avanço entre dois blocos consecutivos,
programados com avanços diferentes.

Programação
As funções associadas à adaptação do avanço são:

6. G108
G109
Adaptação do avanço no começo do bloco.
Adaptação do avanço ao final do bloco.
Funções associadas ao avanço
FUNÇÕES TECNOLÓGICAS

G193 Interpolação do avanço.

Estas funções se podem programar em qualquer parte do programa, não sendo necessário
que estejam sós no bloco.

G108
Adaptação do avanço no começo do bloco

Quando está ativa a função G108, a adaptação ao novo avanço (aceleração ou


desaceleração) se realiza no começo do seguinte bloco, de modo que o bloco que se está
executando finaliza seu movimento ao avanço "F" programado.

N10 G01 G108 X100 F300 N10 G01 G108 X100 F100
N20 X250 F100 N20 X250 F300

G109
Adaptação do avanço ao final do bloco

Quando se programa a função G109, a adaptação ao novo avanço (aceleração ou


desaceleração) se realiza no final do bloco que está sendo executado, de maneira que o
seguinte bloco começa a executar o seu avanço "F" programado.

N10 G01 G109 X100 F300 N10 G01 G109 X100 F100
N20 X250 F100 N20 X250 F300

G193
Interpolação do avanço
CNC 8060
Quando se programa a função G193, a adaptação ao novo avanço é linearmente interpolada
CNC 8065 durante o deslocamento programado no bloco.

N10 G01 X150 F400


(REF: 1901) N20 G193 X250 F200
N30 X350

·110·
Manual de program a çã o.

Considerações
A adaptação do avanço (G108 e G109) está disponível quando o fabricante configurou o
CNC para trabalhar com aceleração trapezoidal ou seno quadrado. A interpolação do
avanço (G193) somente está disponível quando o fabricante configurou o CNC para
trabalhar com aceleração linear. O tipo de aceleração ativo no CNC pode ser consultado
no parâmetro de máquina geral SLOPETYPE.

Padrão o CNC aplica a adaptação do avanço mais restritiva em cada situação, sem superar
o avanço definido para cada bloco. Isto é, o CNC aplica G108 para aumentar o avanço e

6.
G109 para diminuí-lo.

Aumento do avanço, G108. Diminuição do avanço, G109.

Funções associadas ao avanço


FUNÇÕES TECNOLÓGICAS
N10 G01 X100 F100 N10 G01 X100 F300
N20 X250 F300 N20 X250 F100

O CNC não interpolará o avanço nas inversões de movimento com redução de avanço. Nesta situação,
i como o eixo alcança F0 no final do bloco anterior a G193 (ponto de inversão), ele realiza o movimento
seguinte no avanço programado em G193.
N10 G0 X1100
N20 G01 X1000 F120
N30 G01 G193 X2000 F100 ; Inversão de movimento com redução do avanço.

Propriedades das funções


As funções G108, G109 e G193 não são modais.

No momento da ligação, depois de executar-se M02 ou M30, e depois de uma


EMERGÊNCIA ou um RESET, o CNC aplica o funcionamento padrão; G108 para acelerar
e G109 para desacelerar.

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·111·
Manual de programação.

6.2.3 Modalidade de avanço constante (G197/G196)

Estas funções permitem selecionar se durante a usinagem se mantém constante o avanço


do centro da ferramenta ou o avanço do ponto de corte, de maneira que quando se trabalhe
com compensação de raio, o avanço "F" programado corresponda ao ponto de contato entre
a peça e a ferramenta.

Programação

6. As funções associadas ao modo do avanço são:


G197 Avanço do centro da ferramenta constante.
Funções associadas ao avanço
FUNÇÕES TECNOLÓGICAS

G196 Avanço do ponto de corte constante.

Estas funções se podem programar em qualquer parte do programa, não sendo necessário
que estejam sós no bloco.

G197
Avanço do centro da ferramenta constante

A partir do momento em que se executa a função G197, o controle entende que o avanço
"F" programado corresponde ao centro da ferramenta. Isto requer que o avanço do ponto
de corte em curvas interiores aumenta, e nas curvas exteriores diminui.

O avanço no ponto de contato será:

R
F R = ------------  F P
R+r
Sendo:

FP Avanço programado.

R Raio da trajetória.

r Raio da ferramenta.

G196
Avanço do ponto de corte constante

A partir do momento em que se executa a função G196, o controle entende que o avanço
"F" programado corresponde ao ponto de contato da ferramenta com a peça. Desta forma
se consegue que a superfície de acabamento seja uniforme, inclusive nos trechos curvos, .

Raio mínimo para aplicar avanço constante

Por meio da instrução "#TANGFEED RMIN [<raio>]" podemos estabelecer um raio mínimo,
de maneira que só se aplique avanço tangencial constante, nos trechos curvos cujo raio seja
maior que o mínimo fixado. Se não se programa ou atribui valor zero, o CNC aplicará avanço
tangencial constante em todos os trechos curvos.

O raio mínimo se aplica a partir do seguinte bloco com informação de movimento, e não
perde o seu valor depois da execução da função G197.

CNC 8060 Propriedades das funções


CNC 8065 As funções G197 e G196 são modais e incompatíveis entre si.

No momento da ligação, depois de executar-se M02 ou M30 ou depois de uma


EMERGÊNCIA ou RESET, o CNC assumirá o código G197.

(REF: 1901)

·112·
Manual de program a çã o.

6.

Funções associadas ao avanço


FUNÇÕES TECNOLÓGICAS
N10 G01 G196 G41 X12 Y10 F600 (Compensação de raio e avanço tangencial constante)
N20 G01 X12 Y30
N30 G02 X20 Y30 R4 (Avanço tangencial constante)
N40 G03 X30 Y20 R10 (Avanço tangencial constante)
N50 #TANGFEED RMIN [5] (Raio mínimo = 5)
N60 G01 X40 Y20
N70 G03 X50 Y30 R10 (Avanço tangencial constante)
N80 G02 X58 Y30 R4 (Não há avanço tangencial constante.
RPROGRAMADO < RMINIMO)
N90 G01 X58 Y20
N100 #TANGFEED RMIN [15] (Raio mínimo = 15)
N110 G03 X68 Y10 R10 (Não há avanço tangencial constante.
RPROGRAMADO < RMINIMO)
N120 G01 X80 Y10
N130 G01 G40 X100
N140 M30

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·113·
Manual de programação.

6.2.4 Anulação do percentagem de avanço (G266)

G266
Percentagem de avanço em 100%

Esta função determina a percentagem de avanço em 100%, não sendo possível modificar-
se este valor por meio do seletor do Painel de Comando nem desde o PLC.

A função G266 só atua no bloco no qual foi programada, portanto, só tem razão de ser,

6.
acrescentá-la a um bloco no qual se tenha definido um deslocamento.
Funções associadas ao avanço
FUNÇÕES TECNOLÓGICAS

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·114·
Manual de program a çã o.

6.2.5 Controle de aceleração (G130/G131)

Estas funções permitem modificar a aceleração e desaceleração dos eixos e spindles.

Programação
As funções associadas ao controle da aceleração são:
G130 Percentagem de aceleração a aplicar, por eixo ou spindle.
G131 Percentagem de aceleração a aplicar, global. 6.

Funções associadas ao avanço


FUNÇÕES TECNOLÓGICAS
a0 : Aceleração nominal, definida pelo fabricante da máquina.
aP : Aceleração a aplicar, definida pelo usuário.

G130
Percentagem de aceleração a aplicar, por eixo ou spindle

A percentagem de aceleração a aplicar em cada eixo ou spindle se define por meio da função
G130, e a seguir, os eixos e spindles com a nova percentagem de aceleração que se quer
aplicar sobre cada um deles.

Os valores de aceleração a aplicar deverão ser inteiros (não se admitem decimais).

...
G00 X0 Y0
G01 X100 Y100 F600
G130 X50 Y20 (Aceleração no eixo X=50%)
(Aceleração no eixo Y=20%)
G01 X0
G01 Y0
G131 100 X50 Y80 (Se recupera em 100% de aceleração em todos os eixos)
(Deslocamento ao ponto X=50 Y=80)
...

G131
Percentagem de aceleração a aplicar, global

A percentagem de aceleração a aplicar em todos os eixos e spindles se define mediante


a função G131 e a seguir, o novo valor de aceleração a aplicar.

Os valores de aceleração a aplicar deverão ser inteiros (não se admitem decimais).

Se acrescentamos a um bloco no qual está definido um deslocamento, os novos valores


de aceleração se aceitarão antes de executar o deslocamento.
CNC 8060
CNC 8065
Considerações
A instrução #SLOPE determina a influência dos valores definidos mediante estes valores.
• Nos posicionamentos em modo rápido (G00)
(REF: 1901)
• Na fase de aceleração ou desaceleração.
• No jerk das fases de aceleração e desaceleração.

·115·
Manual de programação.

As percentagens programadas são absolutas, isto é, programar duas vezes uma


percentagem de 50% requer aplicar uma percentagem de aceleração de 50%, e não de
25%.

Propriedades das funções


As funções G130 e G131 são modais e incompatíveis entre si.

No momento da ligação, depois de executar-se M02 ou M30 ou depois de uma

6. EMERGÊNCIA ou RESET, se restabelece o 100% de aceleração em todos os eixos e


spindles.
Funções associadas ao avanço
FUNÇÕES TECNOLÓGICAS

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·116·
Manual de program a çã o.

6.2.6 Controle do jerk (G132/G133)

Estas funções permitem modificar o jerk dos eixos e spindles.

Programação
As funções associadas ao controle do jerk são:
G132 Percentagem de jerk a aplicar, por eixo ou spindle.
G133 Percentagem de jerk a aplicar, global. 6.

Funções associadas ao avanço


FUNÇÕES TECNOLÓGICAS
G132
Percentagem de jerk a aplicar, por eixo ou spindle

A percentagem de jerk a aplicar em cada eixo ou spindle se define por meio da função G132,
e a seguir, os eixos e spindles com o novo jerk que se quer aplicar sobre cada um deles.

Os valores de jerk a aplicar deverão ser inteiros (não se admitem decimais).

G00 X0 Y0
G01 X100 Y100 F600
G132 X20 Y50 (Jerk no eixo X=20%)
(Jerk no eixo Y=50%)
G01 X0
G01 Y0
G133 100 X50 Y80 (Se recupera em 100% de jerk em todos os eixos. Deslocamento ao
ponto X=50 Y=80

G133
Percentagem de jerk a aplicar, global

A percentagem de jerk a aplicar em todos os eixos e spindles se define mediante a função


G133 e a seguir, o novo valor de jerk a aplicar.

Os valores de jerk a aplicar deverão ser inteiros (não se admitem decimais).

Se acrescentamos a um bloco no qual está definido um deslocamento, os novos valores


de jerk se aceitarão antes de executar o deslocamento.

Considerações
A instrução #SLOPE determina se as novas percentagens se aplicam ou não aos
posicionamentos em modo rápido (G00).

As percentagens programadas são absolutas, isto é, programar duas vezes uma


percentagem de 50% requer aplicar uma percentagem de jerk de 50%, e não de 25%.

Propriedades das funções


As funções G132 e G133 são modais e incompatíveis entre si.

No momento da ligação, depois de executar-se M02 ou M30 ou depois de uma


EMERGÊNCIA ou RESET, se restabelece o 100% de jerk em todos os eixos e spindles. CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·117·
Manual de programação.

6.2.7 Controle do Feed-Forward (G134)

Por meio do controle de Feed-Forward nos avanços podemos minimizar o erro de repetição.

Além de ser por programa, o feed-forward pode ser aplicado desde os parâmetros de
máquina e desde o PLC. O valor definido por PLC será o mais prioritário enquanto que o
definido nos parâmetros de máquina será o menos prioritário.

6.
Programação

G134
Funções associadas ao avanço
FUNÇÕES TECNOLÓGICAS

Percentagem de Feed-Forward a aplicar

A percentagem de Feed-Forward que se aplica em cada eixo se define por meio da função
G134, e a seguir, os eixos com a nova percentagem de Feed-Forward que se quer aplicar
sobre cada um deles.

Os valores de Feed-Forward a aplicar poderão ser definidos até dois decimais.

G134 X50.75 Y80 Z10 (Percentagem de Feed-Forward a aplicar:)


(No eixo X=50.75%)
(No eixo Y=80%)
(No eixo Z=10%)

Considerações
O valor máximo de Feed-Forward que se pode aplicar está limitado em 120%.

As percentagens programadas são absolutas, isto é, programar duas vezes uma


percentagem de 50% requer aplicar uma percentagem de Feed-Forward de 50%, e não de
25%.

O valor definido por meio de G134 prevalece sobre os definidos nos parâmetros de máquina,
mas não sobre o definido desde o PLC.

Propriedades das funções


A função G134 é modal.

No momento da ligação, depois de executar-se M02 ou M30 ou depois de uma


EMERGÊNCIA ou RESET, se restabelece o Feed-Forward definido pelo fabricante da
máquina em cada eixo.

Variável para definir o feed-forward desde o PLC


Se dispõe da variável(V.)A.PLCFFGAIN.Xn de escrita desde o PLC para definir a
percentagem de feed-forward em cada um dos eixos. O valor definido por esta variável
prevalece sobre os definidos nos parâmetros de máquina e por programa.

Se esta variável se define com um valor negativo, se anula o seu efeito (o valor zero é válido).
Esta variável não se inicializa com reset nem ao validar os parâmetros.
CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·118·
Manual de program a çã o.

6.2.8 Controle do AC-Forward (G135)

Por meio do controle de AC-Forward podemos melhorar a resposta do sistema nas


mudanças de aceleração, e diminuir o erro de repetição nas fases de aceleração e
desaceleração.

Além de ser por programa, o AC-forward pode ser aplicado desde os parâmetros de
máquina e desde o PLC. O valor definido por PLC será o mais prioritário enquanto que o
definido nos parâmetros de máquina será o menos prioritário.

Programação
6.

Funções associadas ao avanço


FUNÇÕES TECNOLÓGICAS
G135
Percentagem de AC-Forward a aplicar

A percentagem de AC-Forward que se aplica em cada eixo se define por meio da função
G135, e a seguir, os eixos com a nova percentagem de AC-Forward que se quer aplicar
sobre cada um deles.

Os valores de AC-Forward a aplicar poderão ser definidos até um decimal.

G135 X55.8 Y75 Z110 (Percentagem de AC-Forward a aplicar:)


(No eixo X=55.8%)
(No eixo Y=75%)
(No eixo Z=110%)

Considerações
O valor máximo de AC-Forward que se pode aplicar está limitado em 120%.

As percentagens programadas são absolutas, isto é, programar duas vezes uma


percentagem de 50% requer aplicar uma percentagem de AC-Forward de 50%, e não de
25%.

O valor definido por meio de G135 prevalece sobre os definidos nos parâmetros de máquina,
mas não sobre o definido desde o PLC.

Propriedades das funções


A função G135 é modal.

No momento da ligação, depois de executar-se M02 ou M30 ou depois de uma


EMERGÊNCIA ou RESET, se restabelece o AC-Forward definido pelo fabricante da
máquina em cada eixo.

Variável para definir o AC-forward desde o PLC


Se dispõe da variável(V.)A.PLCACFGAIN.Xn de escrita desde o PLC para definir a
percentagem de AC-forward em cada um dos eixos. O valor definido por esta variável
prevalece sobre os definidos nos parâmetros de máquina e por programa.

Se esta variável se define com um valor negativo, se anula o seu efeito (o valor zero é válido).
Esta variável não se inicializa com reset nem ao validar os parâmetros. CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·119·
Manual de programação.

6.3 Velocidade do spindle (S)

A velocidade do spindle se seleciona por programa mediante o nome do spindle, seguido


da velocidade desejada. Num mesmo bloco podem ser programadas as velocidades de
todos os spindles do canal. Ver capítulo "7 O spindle. Controle básico.".

S1000
S1=500
S1100 S1=2000 S4=2345

6. A velocidade programada se mantém ativa enquanto não se programe outro valor. No


momento da ligação, depois de executar-se M30 ou M30 e depois de uma emergência ou
FUNÇÕES TECNOLÓGICAS
Velocidade do spindle (S)

reset, os spindles aceitam velocidade ·0·.

A velocidade poderá ser programada em rpm ou em m/min (pés/min), dependendo da


função G197 ou G196 ativa. As unidades padrão são rpm.

Arranque e parada do spindle


Definir uma velocidade não implica colocar em funcionamento o spindle. A colocação em
funcionamento se define mediante as seguintes funções auxiliares
M03 - Arranca o spindle à direita.
M04 - Arranca o spindle à esquerda.
M05 - Detém a rotação do spindle.

Velocidade máxima
A velocidade de rotação máxima em cada gama está limitada pelo fabricante da máquina.
Se programamos uma velocidade de rotação superior, o CNC limita o seu valor ao máximo
permitido pela gama ativa. O mesmo ocorre se tentamos ultrapassar a velocidade máxima
por meio das teclas "+" e "-" do Painel de Comando, desde o PLC ou por programa.

Regulação da velocidade
A velocidade "S" programada pode variar entre 50% e 120% por meio das teclas "+" e "-"
do Painel de Comando ou desde o PLC. Entretanto, a variação máxima e mínima poderão
ser diferentes dependendo de como tenham sido personalizadas pelo fabricante da
máquina [P.M.E. "MINOVR" y "MAXOVR"].

Da mesma maneira, o passo incremental associado às teclas "+" e "-" do Painel de Comando
para variar a "S" programada será de 10 em 10, mesmo que este valor poderá ser diferente
em função de como tenha sido personalizado pelo fabricante da máquina [P.M.E.
"STEPOVR"].

Quando se executem operações de rosca não se permitirá modificar a velocidade


programada, trabalhando a 100% da velocidade "S" programada.

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·120·
Manual de program a çã o.

6.4 Número de ferramenta (T)

O código "T" identifica a ferramenta que se quer selecionar. As ferramentas podem estar
num magazine supervisado pelo CNC ou num magazine manual (o que se denomina
ferramentas de ligação à terra).

O formato de programação é T<0-4294967294>, permitindo a programação por meio de


parâmetros ou expressões aritméticas. Nestes casos, o valor calculado é arredondado
padrão a um número inteiro. Se o resultado é um valor negativo, o CNC mostrará o erro
correspondente.

6.
Definição

FUNÇÕES TECNOLÓGICAS
Número de ferramenta (T)
Para selecionar uma ferramenta, a mesma deve ter sido definida previamente. Para isso,
o CNC dispõe de uma tabela na qual o usuário pode definir os dados correspondentes de
cada ferramenta. Além disso, em caso de possuir um magazine monitorado pelo CNC se
deve definir a posição que ocupa cada ferramenta no magazine. Para isso, o CNC dispõe
de uma tabela na qual o usuário pode definir a posição correspondente de cada ferramenta.
Os dados das tabelas podem-se definir:
• Manualmente, desde o painel frontal do CNC (tal e como se explica no Manual de
Operação).
• Desde o programa, utilizando as variáveis associadas (da forma como se explica no
capítulo correspondente deste manual).

Selecionar uma ferramenta


A ferramenta desejada para usinagem se pode selecionar por programa mediante o código
"T<n>", onde <n> é o número de ferramenta.
• Num torno, o código "T" seleciona a ferramenta no porta-ferramenta.

Exemplo num modelo torno.


N10 ...
N20 T1 (O CNC seleciona a ferramenta T1 no porta-ferramentas)
N30 ... (O CNC carrega a ferramenta T1 no spindle)
N40 ...
N50 T2 (O CNC seleciona a ferramenta T2 no porta-ferramentas)

• Numa fresadora, o código "T" só seleciona a ferramenta. Depois de selecionar uma


ferramenta, é necessário programar a função M06 para carregá-la no spindle. O
processo de carga e descarga se realiza conforme a sub-rotina associada à função M06,
se assim foi definida pelo fabricante da máquina.

Exemplo num modelo fresadora.


N10 ...
N20 T1 (O CNC seleciona a ferramenta T1 no magazine)
N30 M06 (O CNC carrega a ferramenta T1 no spindle)
N40 ...
N50 T2 (O CNC seleciona a ferramenta T2)
N60 ...
N70 ... CNC 8060
N80 ... CNC 8065
N90 M06 (O CNC carrega a ferramenta T2 no spindle)
N100 ...
N110 M30
(REF: 1901)

·121·
Manual de programação.

Carga e descarga de uma ferramenta no magazine


Para carregar as ferramentas no magazine, este deve estar em modo carga. Para
descarregar as ferramentas do magazine, este deve estar em modo descarga. As
ferramentas se carregam no magazine desde ligação à terra passando pelo spindle e se
descarregam a terra passando pelo spindle.

O modo de trabalho do magazine se estabelece mediante a variável V.[n].TM.MZMODE


onde n é o número de canal. Dependendo do valor da variável, o gestor considerará um
dos seguintes modos de trabalho.

6. Valor

0
Significado

Modo normal (padrão e depois Reset).


FUNÇÕES TECNOLÓGICAS
Número de ferramenta (T)

1 Modo carga de magazine .

2 Modo descarga de magazine.

Quando o magazine em modo carga ou modo descarga, a operação se realiza desde o


programa mediante o código Tn onde n é o número da ferramenta. Depois de terminada
a carga ou descarga de ferramentas, tem que se colocar o magazine em modo normal (valor
·0·).

V.[1].TM.MZMODE = 1
T1 M6
T2 M6
···
V.[1].TM.MZMODE = 0

Carga de uma ferramenta numa posição concreta do magazine

Existem ferramentas que pelas características (tamanho, peso, etc.) é necessário colocá-
las numa posição concreta do magazine; por exemplo, para manter equilibrado o magazine.

O comando POSn define a posição do magazine no qual se deseja colocar a ferramenta.


Sua programação deve estar sempre no mesmo bloco que Tn.

V.[1].TM.MZMODE = 1
T3 M6 POS24
(Coloca a ferramenta 3 na posição 24 do magazine )
···
V.[1].TM.MZMODE = 0

A seleção da posição do magazine só se permite quando o magazine está em modo carga.


Em caso contrário se mostrará o erro correspondente.

Carga de uma ferramenta num sistema de vários magazines

Se se possui de mais de um magazine, é necessário indicar em qual deles se deseja


carregar a ferramenta mediante o código MZn, onde n indica o número de magazine. Sua
programação deve estar sempre no mesmo bloco que Tn.

T1 MZ1 M6
(Coloca a ferramenta 1 no primeiro magazine )
T8 MZ2 POS17 M6
(Coloca a ferramenta 8 no segundo magazine na posição 17)

CNC 8060 Considerações. A ferramenta e a função M06.


CNC 8065
O fabricante da máquina pode ter associado ao código "T" uma sub-rotina que se executará
automaticamente ao selecionar uma ferramenta. Se dentro desta sub-rotina se incluiu a
função M06, o processo de carga da ferramenta no spindle se realizará quando se execute
o código "T".
(REF: 1901)

·122·
Manual de program a çã o.

Situar um magazine de porta-ferramentas.


O CNC permite colocar o porta-ferramentas numa posição concreta, independentemente,
de que na posição indicada exista ou não uma ferramenta. Se a posição selecionada contém
uma ferramenta, o CNC aceita-a como ferramenta programada; em caso contrário, o CNC
aceita T0.

Programação.

Na hora de programar esta instrução, tem que ser definido o número de magazine e a

6.
posição a selecionar no porta-ferramentas. A nova posição do porta-ferramentas poderá ser
definida com aumento, definindo o número de posições a rodar e o sentido de rotação, ou
de maneira absoluta, definindo a posição a alcançar.

FUNÇÕES TECNOLÓGICAS
Número de ferramenta (T)
O formato de programação é o seguinte; entre chaves se mostra a lista de argumentos e
entre colchetes angulares os que são opcionais
#ROTATEMZ{mz} P{pos}
#ROTATEMZ{mz} {±n}
{mz} Número de magazine .
{pos} Posição absoluta do porta-ferramentas.
{±n} Número de posições a rodar; o sinal indica o sentido de rotação, positivo ou negativo.
Se só se programa o sinal, o porta-ferramentas roda a posição.

#ROTATEMZ1 P5
(Posicionamento absoluto; selecionar a posição 5.)
#ROTATEMZ2 +3
(Posicionamento incremental; rodar o porta-ferramentas 3 posições em sentido positivo.)
#ROTATEMZ1 -7
(Posicionamento incremental; rodar o porta-ferramentas 7 posições em sentido negativo.)
#ROTATEMZ2 +
(Posicionamento incremental; rodar o porta-ferramentas 1 posição em sentido positivo.)
#ROTATEMZ1 -
(Posicionamento incremental; rodar o porta-ferramentas 1 posição em sentido negativo.)

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·123·
Manual de programação.

6.5 Número de corretor (D).

No corretor de ferramenta se encontram definidas as dimensões da ferramenta. Cada


ferramenta pode ter associados vários corretores, de maneira que quando se disponha de
ferramentas combinadas, as quais estão divididas em partes de diferentes dimensões, se
usará um corretor para cada uma das partes.

6.
FUNÇÕES TECNOLÓGICAS
Número de corretor (D).

Quando se ativa um corretor o CNC aceita as dimensões da ferramenta definidas nesse


corretor, de maneira que quando se trabalhe com compensação de raio ou comprimento,
o CNC aplicará essas dimensões para compensar a trajetória.

Definição
Para ativar um corretor, este deve ter sido definido previamente. Para isso, o CNC dispõe,
na tabela de ferramentas, de uma seção na qual o usuário pode definir vários corretores
diferentes. Os dados das tabelas podem-se definir:
• Manualmente, desde o painel frontal do CNC (tal e como se explica no Manual de
Operação).
• Desde o programa, utilizando as variáveis associadas (da forma como se explica no
capítulo correspondente deste manual).

Os corretores somente estão associados à ferramenta para a qual foram definidos. Isto
significa que ao ativar um corretor, se ativará o corretor correspondente à ferramenta ativa.

Ativação
Depois de definidos os corretores na tabela, podemos selecionar desde o programa
mediante o código "D<n>", onde <n> é o número de corretor que se deseja aplicar. O número
de corretor também pode ser definido por meio de um parâmetro ou expressão aritmética.

Se não se programa nenhum corretor, o CNC aceita o corretor D1.

N10 ...
N20 T7 D1 (Se seleciona a ferramenta T7 e o corretor D1)
N30 M06 (Se carrega a ferramenta T7 no spindle)
N40 F500 S1000 M03
N50 ... (Operação 1)
N60 D2 (Se seleciona o corretor D2 da T7)
N70 F300 S800
N80 ... (Operação 2)
N90 ...
CNC 8060
CNC 8065 Só pode haver ativo um corretor de ferramenta; portanto, ao ativar um corretor se anulará
o anterior. Se programamos o corretor "D0" se desativará o corretor ativo.

(REF: 1901)

·124·
Manual de program a çã o.

N10 ...
N20 T1 M06 (Seleção e carga da ferramenta T1. Se ativa, padrão, o corretor D1)
N30 F500 S1000 M03
N40 ... (Operação 1)
N50 T2 (Preparação da ferramenta T2)
N60 D2 (Seleção do corretor D2 para a ferramenta T1)
N70 F300 S800
N80 ...
N90 M6
(Operação 2)
(Carga da ferramenta T2 com o seu corretor D1)
6.

FUNÇÕES TECNOLÓGICAS
Número de corretor (D).
N100 F800 S1200 M03
N110 ... (Operação 3)
N120 ...

Considerações
Quando se ativa o corretor de ferramenta, se ativa também a compensação do comprimento
da ferramenta. Também se ativa a compensação depois de uma troca de ferramenta, pois
se aceita o corretor "D1" depois da troca (se não se programou outro).

Quando se desativa o corretor de ferramenta, mediante "D0", se desativa a compensação


de comprimento e de raio.

G01 Z0 D1 G01 Z0 D0

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·125·
Manual de programação.

6.6 Funções auxiliares (M)

As funções auxiliares "M" estão relacionadas com a execução geral do programa do CNC
e o controle dos mecanismos da máquina, como por exemplo a troca de gamas do spindle,
o refrigerante, a troca de ferramenta, etc.

Programação

6. É permitido programar até 7 funções auxiliares "M" no mesmo bloco. O formato de


programação é M<0-65535>, permitindo a programação por meio de parâmetros ou
expressões aritméticas. Nestes casos, o valor calculado é arredondado padrão a um
número inteiro. Se o resultado é um valor negativo, o CNC mostrará o erro correspondente.
FUNÇÕES TECNOLÓGICAS
Funções auxiliares (M)

Execução
Dependendo de como tenham sido personalizadas pelo fabricante da máquina (Tabela de
funções "M"):
• As funções auxiliares "M" serão executadas antes ou depois do movimento do bloco no
qual estão programadas.
Se personalizamos uma função "M" para que se execute depois do movimento do bloco,
dependendo da função G05 ou G07 ativa:
G05 A função "M" se executa com o final teórico do movimento (quando os eixos não
chegaram à posição).
G07 A função "M" se executa com o final real do movimento (quando os eixos já estão em
posição).

• O CNC esperará ou não a confirmação de função "M" executada para continuar com
a execução do programa. Em caso de esperar confirmação, esta terá que produzir-se
antes ou depois de executar o movimento do bloco, no qual foi programada.
• As funções "M" que não tenham sido personalizadas na tabela executar-se-ão antes do
movimento do bloco no qual foram programadas, e o CNC esperará a confirmação de
função "M" executada antes de executar o movimento do bloco.

Algumas das funções auxiliares "M" têm atribuídas um significado interno no CNC. Na seção
"6.6.1 Listagem de funções "M"" deste mesmo capítulo se mostra uma lista destas funções,
junto com o seu significado dentro do CNC.

Sub-rotina associada
As funções auxiliares "M" podem ter uma sub-rotina associada, que se executará em lugar
da função.

Se dentro de uma sub-rotina associada a una função "M" se programa a mesma função "M",
esta se executará porém não a sub-rotina associada.

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·126·
Manual de program a çã o.

6.6.1 Listagem de funções "M"

Interrupção do programa (M00/M01)

M00
Parada de programa.

6.
A função M00 interrompe a execução do programa. Não detém o spindle nem inicializa as
condições de corte.

Para iniciar novamente a execução do programa, será necessário pressionar a tecla

FUNÇÕES TECNOLÓGICAS
Funções auxiliares (M)
[MARCHA] do Painel de Comando.
É recomendado personalizar esta função na tabela de funções "M", de forma que se
executem no final do bloco no qual está programada.

M01
Parada condicional do programa.

Quando está ativo o interruptor exterior de parada condicional (sinal "M01 STOP" do PLC),
interrompe a execução do programa. Não detém o spindle nem inicializa as condições de
corte.

Para iniciar novamente a execução do programa, será necessário pressionar a tecla


[MARCHA] do Painel de Comando.

É recomendado personalizar esta função na tabela de funções "M", de forma que se


executem no final do bloco no qual está programada.

Troca de ferramenta (M06)

M06
Troca de ferramenta.

A função M06 executa a troca de ferramenta. O CNC supervisionará o trocador de


ferramenta e atualizará a tabela correspondente ao magazine de ferramentas.

Se recomenda ter personalizada esta função na tabela de funções "M", de forma que se
execute a sub-rotina correspondente ao trocador de ferramentas instalado na máquina.

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·127·
Manual de programação.

6.7 Funções auxiliares (H)

As funções auxiliares "H" se utilizam para enviar informação ao PLC. Ao contrário das
funções "M", as funções auxiliares "H" não esperam confirmação de função executada para
continuar com a execução do programa.

Programação

6. É permitido programar até 7 funções auxiliares "H" no mesmo bloco. O formato de


programação é H<0 - 65535>, permitindo a programação por meio de parâmetros ou
expressões aritméticas. Nestes casos, o valor calculado é arredondado padrão a um
número inteiro. Se o resultado é um valor negativo, o CNC mostrará o erro correspondente.
FUNÇÕES TECNOLÓGICAS
Funções auxiliares (H)

Execução
As funções auxiliares "H" se executar-se-ão no começo do bloco no qual estão
programadas.

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·128·
7
7. O SPINDLE. CONTROLE BÁSICO.

O CNC pode ter até quatro spindles repartidos entre os diferentes canais do sistema. Um
canal pode ter associado um, vários ou nenhum spindle.

Cada canal só pode controlar os seus spindles; não se pode arrancar ou deter os spindles
de outro canal de uma maneira direta. De uma forma indireta, o CNC pode controlar os
spindles de outro canal mediante a instrução #EXBLK.

Canal multi-árvore
Quando um canal possua dois ou mais spindles, diremos que se trata de um canal com
muitos spindles. Desde o programa de usinagem ou MDI se poderá indicar a qual spindle
estão dirigidos os comandos; se não se indica, os comandos se dirigem à árvore master
do canal.

Todos os spindles do canal poderão estar em funcionamento ao mesmo tempo. Além disso,
cada um deles poderá estar num modo diferente; poderão rodar em sentidos diferentes,
estar em modo posicionamento, etc.

spindle principal do canal.

Se conhece por eixo master o spindle principal do canal. Em geral, sempre que um canal
tenha um só spindle, este será sempre o spindle principal. Quando um canal tiver vários
spindles, o CNC escolherá o spindle master conforme o critério fixado. Ver "7.1 O spindle
principal do canal" na página 130.

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·129·
Manual de programação.

7.1 O spindle principal do canal

Se conhece por eixo master o spindle principal do canal. É o spindle ao que se dirigem as
ordens quando não se especifica um spindle em concreto. Em geral, sempre que um canal
tenha um só spindle, este será sempre o spindle principal.

Critério do CNC para selecionar o spindle master depois de


executar M02, M30, depois de uma emergência ou reset e depois
7. de reiniciar o CNC.
A seleção do spindle master no canal depende do parâmetro máquina MASTERSPDL. Este
O SPINDLE. CONTROLE BÁSICO.
O spindle principal do canal

parâmetro indica se o canal mantém o spindle master atual ou recupera o seu spindle master
original, depois de executar M02, M30, depois de uma emergência ou reset e depois de
reiniciar o CNC.

MASTERSPDL Significado.

Temporal. O canal recupera o seu spindle master original se está livre; caso contrário,
seleciona como master o primeiro spindle disponível da configuração original.

Mantido. O canal mantém o spindle master ativo.

Quando um canal não mantém o seu spindle master, no arranque do CNC e depois de um
reset, o canal aceita como spindle master o primeiro spindle definido nos parâmetros de
máquina do canal (master original). Se este spindle se encontra parado ou cedido a outro
canal, o canal aceita como master o seguinte spindle definido nos parâmetros de máquina
e assim sucessivamente. Se não existe no canal spindles da configuração original (a
definida nos parâmetros de máquina) porque estão parados ou cedidos, se escolhe como
spindle master o primeiro da configuração atual que não esteja parado.

Intercâmbio de spindles entre canais.

Numa situação com intercâmbio de spindles entre canais, o comportamento deste


parâmetro também depende do parâmetro AXISEXCH, o qual define se a mudança de canal
de um spindle é temporária ou permanente. Se o spindle master atual do canal é um spindle
cedido por outro canal e a sua licença de mudança de canal é temporária
(AXISEXCH=Temporário), o spindle volta ao seu canal original.

Qual é o spindle master depois de executar M30?

Quando se executa um M30 se segue o mesmo critério, mas levando em consideração que
depois de executar esta função não se desfazem os intercâmbios temporais de spindles;
se desfazem no começo do programa seguinte. Isto requer que o master original pode não
estar disponível depois de executar M30, mas sim estar disponível no início do seguinte
programa. Nesta situação, depois de um M30 o canal aceitará momentaneamente um
spindle master que mudará no início do seguinte programa.

Qual é o spindle master depois de modificar a configuração do


canal?
Se não se especifica um spindle master, depois de parar ou intercambiar spindles, se aceita
um, de acordo com o seguinte critério. Em geral, sempre que um canal tenha um só spindle,
este será sempre o spindle principal.
• Se existe um único spindle em todo o sistema, sempre será o spindle master do canal
no qual se encontre.
CNC 8060 • Se a um canal sem spindles se acrescenta um, este será o spindle master.
CNC 8065 • Se um canal cede o seu spindle master e fica com um único spindle, este será o seu
novo spindle master.
• Se um canal com dois spindles mas sem spindle master cede um deles, o que fica será
o seu spindle master.
(REF: 1901)
• Inicialmente, num canal com vários spindles, será spindle master o primeiro spindle
configurado conforme os parâmetros de máquina.

·130·
Manual de program a çã o.

• Se ficam dois ou mais spindles num canal e não se pode aplicar nenhuma regra das
anteriores, se segue o seguinte critério.
Se algum dos spindles é o master original, se aceita como spindle master. Se este está
parado, se escolhe o seguinte spindle da configuração original (os definidos nos
parâmetros de máquina) e assim sucessivamente.
Se no canal não existem disponíveis spindles da configuração original, se aceita como
master o primeiro spindle de sua configuração atual. Se este está parado, se escolhe
o seguinte spindle e assim sucessivamente.

Qual é o spindle master depois de parar ou mover os spindles? 7.

O SPINDLE. CONTROLE BÁSICO.


O spindle principal do canal
Se aplica o mesmo tratamento explicado, em caso de modificar a configuração do canal.

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·131·
Manual de programação.

7.1.1 Seleção manual de um spindle master

Selecionar um novo spindle master.


Sempre que um canal tenha um só spindle, esse será o seu spindle master. Quando um
canal tiver vários spindles, o CNC escolherá o spindle master conforme o critério explicado
anteriormente. Entretanto, poderá ser selecionado um spindle master diferente, desde MDI
ou programa de usinagem mediante a instrução #MASTER.

7. Formato de programação.
#MASTER sp
O SPINDLE. CONTROLE BÁSICO.
O spindle principal do canal

sp Nome do spindle.

#MASTER S
#MASTER S2

Anulação do spindle master.


A seleção do spindle master pode ser realizada a qualquer momento. Se o spindle master
muda de canal, o canal selecionará um novo spindle master conforme o critério explicado
anteriormente.

No momento da ligação, depois de se executar M02 ou M30, e depois de uma emergência


ou reset, o CNC atua de acordo com o que tenha sido definido pelo fabricante (parâmetro
MASTERSPDL).

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·132·
Manual de program a çã o.

7.2 Velocidade do spindle

A velocidade do spindle se seleciona por programa mediante o nome do spindle, seguido


da velocidade desejada. Num mesmo bloco podem ser programadas as velocidades de
todos os spindles do canal. Não é permitido programar a velocidade de um spindle que não
se encontre no canal.

A velocidade programada se mantém ativa enquanto não se programe outro valor. No


momento da ligação, depois de executar-se M30 ou M30 e depois de uma emergência ou
reset, os spindles aceitam velocidade ·0·.

Formato de programação 7.
O nome do spindle poderá ser qualquer um da faixa S, S1…S9. Para o spindle "S" se pode

Velocidade do spindle
O SPINDLE. CONTROLE BÁSICO.
omitir a programação do sinal "=".
Sn={vel}
S{vel}
Sn Nome do spindle.
S spindle "S".
{vel} Velocidade de rotação.

S1000
S1=500
S1100 S1=2000 S4=2345

A velocidade poderá ser programada em rpm ou em m/min (pés/min), dependendo da


função G97 ou G96 ativa. As unidades padrão são rpm.

Arranque e parada do spindle


Definir uma velocidade não implica colocar em funcionamento o spindle. A colocação em
funcionamento se define mediante as seguintes funções auxiliares Ver "7.3 Arranque e
parada do spindle" na página 136.
M03 - Arranca o spindle à direita.
M04 - Arranca o spindle à esquerda.
M05 - Detém a rotação do spindle.

As gamas de velocidade
Cada spindle pode possuir até quatro gamas de velocidade diferentes. Cada gama significa
uma classe de velocidade dentro da qual o CNC pode trabalhar. A velocidade programada
deve estar dentro da gama ativa; em caso contrário, é necessário efetuar uma troca de
gama. O CNC não admite velocidades superiores à definida na última gama.

A troca de gama de velocidade pode ser automática ou manual. Quando a mudança é


manual, a gama de velocidade se seleciona mediante as funções auxiliares M41 a M44.
Quando a mudança é automática, o próprio CNC se encarrega de gerar estas funções em
função da velocidade programada. Ver "7.4 Troca de gama de velocidade" na página 138.

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·133·
Manual de programação.

7.2.1 G192. Limitação da velocidade de rotação

A função G192 limita a velocidade de rotação do spindle em ambos os modos de trabalho;


G96 e G97. Esta função se considera especialmente útil quando se trabalha à velocidade
de corte constante, na usinagem de peças de grandes dimensões ou em trabalhos de
manutenção do spindle.

Se não se programa a função G192, a velocidade de rotação será limitada pelo parâmetro
de máquina G00FEED da gama.

7. G192. Programação do limite para a velocidade de rotação


Velocidade do spindle
O SPINDLE. CONTROLE BÁSICO.

A limitação da velocidade de rotação é definida programando a função G192 e a seguir a


velocidade máxima em cada um dos spindles. Esta função pode ser programada com o
spindle em funcionamento; neste caso, o CNC limitará a velocidade ao novo valor
programado.

Formato de programação

O nome do spindle poderá ser qualquer um da faixa S, S1…S9. Para o spindle "S" se pode
omitir a programação do sinal "=".
G192 Sn={vel}
G192 S{vel}
{vel} Máxima velocidade de rotação.

G192 S1000
G192 S1=500

A velocidade de rotação máxima se define sempre em RPM. Se permite a programação


mediante parâmetros, variáveis ou expressões aritméticas.

Propriedades da função e influência do reset, do desligamento


e da função M30.
A função G192 é modal.

No momento da partida, o CNC cancela a função G192. Depois de se executar M02 ou M30
e depois de uma emergência ou um reset, o CNC mantém a função G192.

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·134·
Manual de program a çã o.

7.2.2 Velocidade de corte constante

As seguintes funções estão orientadas a máquinas tipo torno. Para que a modalidade de velocidade
i de corte constante esteja disponível, o fabricante da máquina deve ter definido um dos eixos como
–eixo frontal- (geralmente o eixo diametral da peça).

As funções associadas à programação da velocidade permitem selecionar se se deseja


trabalhar à velocidade de corte constante ou à velocidade de rotação constante. A
velocidade de corte constante só está disponível no spindle master do canal.
G96 - Velocidade de corte constante.
7.

Velocidade do spindle
O SPINDLE. CONTROLE BÁSICO.
G97- Velocidade de rotação constante.

Com velocidade de corte constante o CNC varia a velocidade de rotação do spindle à medida
que se desloca o eixo frontal, para manter constante a velocidade de corte entre a ponta
da ferramenta e a peça, otimizando desta maneira as condições de usinagem. Quando se
trabalha à velocidade de corte constante é aconselhável limitar por programa a velocidade
de rotação máxima que pode alcançar o spindle. Ver "7.2.1 G192. Limitação da velocidade
de rotação" na página 134.

G96. Velocidade de corte constante


A função G96 só afeta ao spindle master do canal.

A partir do momento em que se executa a função G96, o CNC entende que as velocidades
programadas para o spindle master do canal estão em metros/minuto (pies/minuto). A
ativação deste modo de trabalho se origina quando, ao estar ativa a função G96, se
programa uma nova velocidade.

Esta função se pode programar em qualquer parte do programa, não sendo necessário que
estiver só no bloco. É recomendável programar a velocidade no mesmo bloco que a função
G96. A gama de velocidade deve ser selecionada no mesmo bloco ou num anterior.

G97. Velocidade de rotação constante


A função G97 afeta a todos os spindles do canal.

A partir do momento em que se executa a função G97, o CNC entende que as velocidades
programadas estão em RPM, e começa a trabalhar na modalidade de velocidade de rotação
constante.

Esta função se pode programar em qualquer parte do programa, não sendo necessário que
estiver só no bloco. É recomendável programar a velocidade no mesmo bloco que a função
G97; se não se programa, o CNC aceita como velocidade programada aquela à que nesse
momento está rodando o spindle. A gama de velocidade se pode selecionar em qualquer
momento.

Propriedades da função e influência do reset, do desligamento


e da função M30.
As funções G96 e G97 são modais e incompatíveis entre si. No momento da partida e depois
de uma emergência, o CNC assume a função G97. Depois de ser executada M02 ou M30
e depois de um reset, o comportamento da função G96 depende do parâmetro SPDLSTOP.
CNC 8060
SPDLSTOP Significado. CNC 8065
Sim Após M2, M30 ou reset, o CNC cancela a função G96 (ativa G97).

Não Após M2, M30 ou reset, o CNC mantém a função G96 ativa.

(REF: 1901)

·135·
Manual de programação.

7.3 Arranque e parada do spindle

Para colocar em funcionamento um spindle, deve ter uma velocidade definida. A colocação
em funcionamento e a parada do spindle se definem mediante as seguintes funções
auxiliares.
M03 - Arranque do spindle à direita.
M04 - Arranque do spindle à esquerda.
M05 - Parada de spindle.

7. Estas funções são modais e incompatíveis entre si e com a função M19.


O SPINDLE. CONTROLE BÁSICO.
Arranque e parada do spindle

M03/M04. Arranque do spindle à direita/esquerda.


A função M03 arranca o spindle à direita e a função M04 arranca o spindle à esquerda. É
recomendado personalizar estas funções na tabela de funções "M", de forma que se
executem no final do bloco no qual estão programadas.

Estas funções podem ser definidas junto à velocidade programada ou num bloco diferente.
Se no bloco no qual se programam não existe referência a nenhum spindle, se aplicam ao
spindle master do canal.

S1000 M3
(O spindle "S" arranca à direita a 1000 r.p.m.)
S1=500 M4
(O spindle "S1" arranca à esquerda a 500 r.p.m.)
M4
(O spindle master arranca à esquerda)

Se programamos vários spindles num só bloco, as funções M3 e M4 se aplicam a todos eles.


Para arrancar os spindles em sentidos diferentes, definir junto a cada função M o spindle
à que está associada, da seguinte forma.
M3.S / M4.S Função M3 ou M4 associada ao spindle S.

S1000 S2=456 M3
(Rotação à direita do spindle "S" a 1000 r.p.m. e de S2 a 456 r.p.m)
M3.S S1000 S2=456 M4.S2
(Rotação à direita do spindle "S" a 1000 r.p.m.)
(Rotação à esquerda do spindle "S2" a 456 r.p.m.)

M05. Parada de spindle.


A função M05 detém o spindle.

Para deter um spindle, definir junto à função M5 o spindle ao que está associada, da seguinte
forma. Se não faz referência a nenhum spindle, se aplica ao spindle master.
M5.S Função M5 associada ao spindle S.

S1000 S2=456 M5
(Detém o spindle master)
M5.S M5.S2 S1=1000 M3.S1
(Detém os spindles "S" e "S2")
(Rotação à direita do spindle "S1")
CNC 8060
CNC 8065
Sentido de rotação predefinido na tabela de ferramentas.
O CNC permite definir um sentido de rotação predeterminado para cada ferramenta. Este
valor é definido na tabela de ferramentas.
(REF: 1901)
Quando atribuímos um sentido de rotação na tabela, o CNC comprovará durante a execução
se o sentido de rotação da tabela coincide com o programado (M03/M04). Se ambos os
sentidos de rotação não coincidem, o CNC mostrará o erro correspondente. O CNC realiza
esta verificação cada vez que se programa uma M03, M04 ou M06.

·136·
Manual de program a çã o.

Conhecer qual é o sentido da rotação predeterminado.

O sentido de rotação predeterminado para cada ferramenta pode ser consultado na tabela
de ferramentas; o da ferramenta ativa também pode ser consultado por meio de uma
variável.
(V.)G.SPDLTURDIR
Esta variável devolve o sentido de rotação pré-determinado para a ferramenta ativa.
Valor ·0· se não tem nenhum sentido de rotação predeterminado, valor ·1· se o sentido
é M03 e valor ·2· se sentido é M04.

Anular temporariamente o sentido de rotação predeterminado.

Desde o programa de usinagem se permite anular temporariamente o sentido de rotação


7.

O SPINDLE. CONTROLE BÁSICO.


Arranque e parada do spindle
predeterminado da ferramenta ativa. Isto se consegue atribuindo à variável
V.G.SPDLTURDIR valor ·0·.

Quando se efetue uma troca de ferramenta, esta variável aplicará o valor que lhe
corresponda, conforme o definido na tabela de ferramentas.

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·137·
Manual de programação.

7.4 Troca de gama de velocidade

Cada spindle pode possuir até quatro gamas de velocidade diferentes. Cada gama significa
uma classe de velocidade dentro da qual o CNC pode trabalhar. A velocidade programada
deve estar dentro da gama ativa; em caso contrário, é necessário efetuar uma troca de
gama.

A troca de gama de velocidade pode ser automática ou manual. Quando a mudança é


manual, a gama de velocidade se seleciona mediante as funções auxiliares M41 (classe
1) a M44 (classe 4). Quando a mudança é automática, o próprio CNC se encarrega de gerar

7. estas funções em função da velocidade programada.


Troca de gama de velocidade
O SPINDLE. CONTROLE BÁSICO.

M41 M42 M43

S1 S2 S3 rpm

O gráfico mostra um spindle com três gamas de velocidade. A primeira vai desde 0 a S1 rpm; a
segunda desde S1 a S2; a terceira desde S2 a S3.

A configuração das gamas de velocidade (mudança automática ou manual, velocidade


máxima em cada faixa, etc.) é definida pelo fabricante da máquina. Ver "Como conhecer
a configuração das gamas de velocidade de um spindle." na página 139.

Troca manual da gama de velocidade.


Quando a mudança é manual, a gama de velocidade se seleciona mediante as funções
auxiliares M41 a M44.
M41 - Seleciona a gama de velocidade ·1·.
M42 - Seleciona a gama de velocidade ·2·.
M43 - Seleciona a gama de velocidade ·3·.
M44 - Seleciona a gama de velocidade ·4·.

Estas funções podem ser definidas junto aos spindles programados ou num bloco diferente.
Se no bloco no qual se programam não existe referência a nenhum spindle, se aplicam ao
spindle master do canal.

S1000 M41
S1=500 M42
M44

Se programamos vários spindles num só bloco, as funções se aplicam a todos eles. Para
aplicar gamas diferentes aos spindles, definir junto a cada função M o spindle à que está
associada, da seguinte forma.
M41.S Função M41 associada ao spindle S.

S1000 S2=456 M41


(Gama de velocidade 1 ao spindle "S" e "S2")
M41.S M42.S3
(Gama de velocidade ·1· ao spindle "S")
(Gama de velocidade ·2· ao spindle "S3")

CNC 8060
CNC 8065 Influência do reset, do apagamento e da função M30.
As gamas de velocidade são modais. No momento da ligação, o CNC aceita a gama definida
pelo fabricante da máquina. Depois de se executar M02 ou M30 e depois de uma
(REF: 1901)
emergência ou reset se mantém a gama de velocidade ativa.

·138·
Manual de program a çã o.

Conhecer qual é a gama ativa.


Na janela de funções M dos modos automático ou manual se mostra qual é a gama de
velocidade ativa; se não mostra nenhuma, significa que está ativa a gama ·1·.

A gama de velocidade ativa, também pode ser consultada por meio da seguinte variável.
(V.)[n].G.MS[i]
Variável de leitura desde o PRG e PLC.
A variável indica o estado da função auxiliar Mi. A variável devolve o valor ·1· se está

7.
ativa e um ·0· em caso contrário.

Troca de gama de velocidade


O SPINDLE. CONTROLE BÁSICO.
Troca de gama nos spindles Sercos.
Quando se possui spindles Sercos, as funções M41-M44 também requerem a mudança de
gama de velocidade do regulador.

Como conhecer a configuração das gamas de velocidade de um


spindle.
Tanto o tipo de mudança de gama de velocidade (automático ou manual) como a velocidade
máxima em cada gama são definidos pelo fabricante da máquina. A configuração pode ser
consultada diretamente na tabela de parâmetros de máquina ou por meio das seguintes
variáveis.

Como saber se o spindle dispõe de troca automática.


(V.)SP.AUTOGEAR.Sn
Variável de leitura desde o PRG e PLC.
A variável indica se o spindle Sn dispõe de troca automática da gama de velocidade.
A variável devolve o valor ·1· em caso afirmativo e ·0· se a mudança é manual.

Número de gamas de velocidade disponíveis


(V.)SP.NPARSETS.Sn
Variável de leitura desde o PRG e PLC.
A variável indica o número de gamas definidas do spindle Sn.

Velocidade máxima em cada gama.


(V.)SP.G00FEED[g].Sn
Variável de leitura desde o PRG e PLC.
A variável indica a velocidade máxima do spindle Sn na gama g.

Gama de velocidade ativa padrão.


(V.)SP.DEFAULTSET.Sn
Variável de leitura desde o PRG e PLC.
A variável indica qual é a gama de velocidade que aceita o CNC nele mesmo, depois
da ligação para o spindle Sn.

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·139·
Manual de programação.

7.5 Parada orientada de spindle

Este modo de trabalho só está disponível em máquinas que possuem um transdutor rotativo
i (codificador) acoplado ao spindle.

A parada orientada do spindle se define por meio da função M19. Esta função detém o
spindle e o posiciona no ângulo definido pelo parâmetro “S”. Ver "Como se realiza o

7.
posicionamento?" na página 141.

Depois de executar a função M19, o spindle deixa de trabalhar em modo velocidade e


começa a trabalhar em modo posicionamento. Este modo permanece ativo até que se volte
O SPINDLE. CONTROLE BÁSICO.
Parada orientada de spindle

a arrancar o spindle em modo velocidade com M3/M4.

Programar uma parada orientada do spindle


Cada vez que se queira efetuar um posicionamento do spindle, é necessário programar a
função M19 e o ângulo de posicionamento. Se não se define o ângulo, o CNC orienta o
spindle master em 0º.

Mesmo que esteja a função M19 ativa, se definimos um valor de “S” sem M19, o CNC o
aceita como nova velocidade de rotação para a próxima vez que se arranque o spindle em
modo velocidade com M03/M04.

Formato de programação (1).

Quando se executa a função M19 o CNC entende que o valor introduzido mediante o código
“Sn” indica a posição angular do spindle. Se programamos vários spindles num só bloco,
a função M19 se aplica a todos eles.
M19 S{pos}
S{pos} spindle que se deseja orientar e ângulo de posicionamento.
O ângulo se define em graus.

M19 S0
(Posicionamento do spindle S a 0º)
M19 S2=120.78
(Posicionamento do spindle S2 a 120.78º)
M19 S1=10 S2=34
(Posicionamento do spindle S1 a 10º e de S2 a 34º)

A posição angular programar-se-á em graus e sempre se interpreta em cotas absolutas, por


isso não se verá afetada pelas funções G90/G91. Para realizar o posicionamento, o CNC
calcula o módulo (entre 0 e 360º) do valor programado.

Formato de programação (2). Posicionamento do spindle em 0º.

Para orientar o spindle na posição ·0·, também é possível programar definindo junto à
função M19 o spindle que se quer orientar. Se não se define o spindle, o CNC entende que
se deseja orientar o spindle master.
M19.S
S spindle que se deseja orientar em 0º.

M19.S4
CNC 8060 (Posicionamento do spindle S4 a 0º)
M19
CNC 8065 (Posicionamento do spindle master a 0º)

Propriedades da função e influência do reset, do desligamento


(REF: 1901)
e da função M30.
A função M19 é modal e incompatível com as funções M03, M04 e M05.

No momento da ligação, depois de executar-se M02 ou M30 e depois de uma emergência


ou um reset, o CNC põe o spindle em modo velocidade com a função M05.

·140·
Manual de program a çã o.

Como se realiza o posicionamento?


Quando se executa a função M19 o CNC atua da seguinte maneira.
1 O CNC detém o spindle (se estava rodando).
2 O spindle deixa de trabalhar em modo velocidade e começa a trabalhar em modo
posicionamento.
3 Se é a primeira vez que se executa a função M19, o CNC realiza uma busca de referência
de máquina do spindle.

7.
4 O spindle fica posicionado em 0º ou no ângulo definido pelo código “S” ( se este foi
programado). Para isso, se calculará o módulo (entre 0 e 360º) do valor programado e
o spindle alcançará a mencionada posição.

O SPINDLE. CONTROLE BÁSICO.


Parada orientada de spindle
N10 G97 S2500 M03
(O spindle roda a 2500RPM)
N20 M19 S50
(spindle em modo posicionamento. O spindle se orienta em 50º)
N30 M19 S150
(Posicionamento em 150º)
N40 S1000
(Nova velocidade de rotação. O spindle continua em modo posicionamento)
N50 M19 S-100
(Posicionamento em -100º)
N60 M03
(spindle controlado em velocidade. O spindle roda a 1000RPM)
N70 M30

Execução da função M19 pela primeira vez

Quando se executa a função M19 pela primeira vez, se efetua uma busca de referência de
máquina do spindle. As funções M19 programadas posteriormente, somente efetuam o
posicionamento do spindle. Se queremos voltar a fazer referência ao spindle, utilizar a
função G74.

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·141·
Manual de programação.

7.5.1 O sentido de rotação para orientar o spindle

O sentido de rotação para o posicionamento pode ser definido junto à função M19; se não
se define, o CNC aplica um sentido de rotação padrão. Cada spindle pode ter um sentido
de rotação padrão diferente.

Sentido de rotação padrão.

7. Se não se definiu um sentido de rotação, o CNC atua da seguinte maneira. Se no momento


de executar a função M19 se encontrava uma função M3 ou M4 ativa, embora a velocidade
seja zero, esta função determina o sentido no qual se orienta o spindle. Se não se encontra
uma função M3 ou M4 ativa, o sentido de rotação se estabelece em função do parâmetro
O SPINDLE. CONTROLE BÁSICO.
Parada orientada de spindle

de máquina SHORTESTWAY.
• Se o spindle é do tipo SHORTESTWAY se posiciona pelo caminho mais curto.
• Se o spindle não é do tipo SHORTESTWAY se posiciona no mesmo sentido que o último
movimento do spindle.

Sentido de rotação definido pelo usuário.


O sentido de posicionamento programado junto à função M19 se aplica a todos os spindles
programados no bloco. Se não se programa o sentido de rotação, cada spindle girará no
sentido de rotação que lhe tenha sido definido anteriormente; se não se definiu nenhum,
aceitará um sentido de rotação padrão.

O sentido de rotação programado se mantém até que se programe outro diferente.

Formato de programação (1). Sentido de rotação para todos os spindles


programados.
M19.POS S{pos}
M19.NEG S{pos}
POS Posicionamento em sentido negativo
NEG Posicionamento em sentido negativo.
S{pos} spindle que se deseja orientar e ângulo de posicionamento.

M19.NEG S120 S1=50


(O sentido negativo se aplica ao spindle "S" e "S1")
M19.POS S120 S1=50
(O sentido positivo se aplica ao spindle "S" e "S1")

Se não se define nenhum spindle, o CNC orienta o spindle master a 0º no sentido indicado.

Se se programa o sentido de orientação para um spindle do tipo SHORTESTWAY, o sentido


programado se ignora.

Formato de programação (2). Sentido de rotação para um só spindle.


Como num mesmo bloco podem ser programados vários spindles, é permitido aplicar o
sentido de rotação em um só. O resto de spindles rodarão no sentido que tenham ativo.
M19.POS.S S{pos} S{pos}
M19.NEG.S S{pos} S{pos}
POS.S spindle no qual se orienta em sentido positivo.

CNC 8060 NEG.S spindle no qual se orienta em sentido negativo.

CNC 8065 S{pos} spindle que se deseja orientar e ângulo de posicionamento.

M19.NEG.S1 S1=100 S34.75


(O sentido negativo se aplica ao spindle "S1")

(REF: 1901)

·142·
Manual de program a çã o.

Como saber o tipo de spindle.

O tipo de spindle pode ser consultado diretamente na tabela de parâmetros de máquina ou


por meio das seguintes variáveis.
(V.)SP.SHORTESTWAY.Sn
Variável de leitura desde o PRG e PLC.
A variável indica se o spindle Sn se posiciona pelo caminho mais curto. A variável
devolve o valor ·1· em caso afirmativo.

Propriedades da função e influência do reset, do desligamento 7.


e da função M30.

O SPINDLE. CONTROLE BÁSICO.


Parada orientada de spindle
No momento da ligação, depois de executar-se M02 ou M30 ou depois de uma emergência
ou reset, o CNC anula o sentido de rotação definido pelo usuário.

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·143·
Manual de programação.

7.5.2 Função M19 com subrotina associada.

A função M19 pode ter uma subrotina associada, que o CNC executa em vez da função.
Se dentro da sub-rotina associada a uma função M está programada a mesma função, o
CNC executará esta, porém não a sub-rotina associada.

A pesar de que a função pode abranger mais de um spindle no mesmo bloco, o CNC só
executa a subrotina uma vez. O seguinte comportamento é aplicável a todos os
posicionamentos programados no bloco.

7. Ao programar a função M19 e um posicionamento (M19 S), o CNC executa a subrotina


associada à função e ignora o posicionamento. O CNC executa o posicionamento ao
executar a função M19 desde a subrotina.
O SPINDLE. CONTROLE BÁSICO.
Parada orientada de spindle

• Se dentro da subrotina, a funçãon M19 não está acompanhada de um posicionamento


(S), o CNC executa o posicionamento programado no bloco de chamada.
• Se dentro da subrotina, a função M19 vai acompanhada de um posicionamento (S), o
CNC executa este posicionamento.

O mesmo critério se aplica ao sentido de deslocamento. Se junto com a função M19 que
chama a subrotina for programado o sentido de giro, este se aplica na M19 programada
dentro da subrotina, se este não tem outro especificado.

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·144·
Manual de program a çã o.

7.5.3 Velocidade de posicionamento

O CNC permite definir a velocidade de posicionamento do spindle; se não se define, o CNC


aceita como velocidade de posicionamento a definida no parâmetro de máquina REFEED1.
Cada spindle pode ter uma velocidade de posicionamento diferente.

Formato de programação.

A velocidade de posicionamento se define da seguinte maneira.

7.
S.POS={vel}
S Nome do spindle.
{vel} Velocidade de posicionamento.

O SPINDLE. CONTROLE BÁSICO.


Parada orientada de spindle
M19 S.POS=120 S1.POS=50
(Posicionamento do spindle S a 120 rpm e de S1 a 50 rpm)

A velocidade de posicionamento se define em rpm.

Conhecer a velocidade de posicionamento ativa.

A velocidade de posicionamento ativa para o CNC pode ser consultada por meio da seguinte
variável.
(V.)SP.SPOS.Sn
Variável de leitura desde o PRG e PLC.
A variável indica a velocidade de posicionamento ativa para o spindle Sn.

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·145·
Manual de programação.

7.6 Funções M com sub-rotina associada.

As funções M3, M4, M5, M19 e M41 a M44 podem ter uma sub-rotina associada, que o CNC
executa em lugar da função. Ainda uma função pode afetar a mais dum spindle no mesmo
bloco, o CNC só executa a sub-rotina uma vez por bloco.

Se dentro da sub-rotina associada a uma função M está programada a mesma função, o


CNC executará esta, porém não a sub-rotina associada. Quando dentro da sub-rotina há
programada uma função M do eixo árvore, esta se aplica aos eixos árvores programados
no próprio bloco da sub-rotina. Se no bloco da sub-rotina não está definido a quais eixos

7. árvores vão destinada a função, o CNC assumirá que esta vai destinada aos eixos árvore
programados no bloco de chamada à sub-rotina.

O CNC relaciona as funções com os eixos árvores segundo o seguinte critério, já seja no
O SPINDLE. CONTROLE BÁSICO.
Funções M com sub-rotina associada.

bloco de chamada ou dentro da sub-rotina.


• Se a função M está destinada a um eixo árvore (por exemplo, M3.S), o CNC só aplica
a função ao eixo árvore indicado.
• Se as funções M3 e M4 não estão destinadas a nenhum eixo árvore, o CNC as aplica
a todos os eixos árvores com velocidade programada no bloco e que não estejam a sua
vez destinados a outra função M. Se não há eixos árvores com velocidade programada,
o CNC as aplica ao eixo árvore máster.
• Se a função M19 não está destinada a nenhum eixo árvore, o CNC aplica a todos os
eixos árvores com velocidade programada no bloco e que não estejam a sua vez
destinados a outra função M.
• Se as funções M5 e M41 ao M44 não estão destinadas a nenhum eixo árvore, o CNC
as aplica ao eixo árvore máster.

Dentro da sub-rotina, o CNC aplica este critério a todas as funções M de spindle


programadas, não só às funções M que se corresponde com o bloco de chamada.

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·146·
8
8. CONTROLE DA TRAJETÓRIA.

8.1 Posicionamento em rápido (G00).

A função G00 executa um posicionamento rápido, segundo uma linha reta e com o avanço
rápido especificado pelo fabricante da máquina (OEM), desde a posição atual até o ponto
programado. Independentemente do número de eixos que se deslocam, a trajetória
resultante é sempre uma linha reta. Se houver eixos auxiliares ou rotativos programados
no bloco de interpolação linear, o CNC calculará o avanço destes eixos de modo que o início
e o fim de seu movimento coincidam com os dos eixos principais.

X,Y

G00

Programação.
A função G00 poderá ser modal ou não modal, dependendo de como ela tenha sido
configurada pelo OEM (parâmetro G0MODAL).
• Se a função G00 for modal, uma vez programada, ela permanecerá ativa até que uma
função incompatível seja programada (G01, G02, G03, G33 o G63). A função G00 pode
ser programada sozinha no bloco ou adicionada a um bloco de movimento.
• Se a função G00 não for modal, ela deve ser programada em cada bloco de avanço
rápido; se não estiver programada, o CNC assume G01.

Formato de programação.

O formato de programação é o seguinte: entre chaves são mostrados os argumentos e entre


colchetes angulares os que são opcionais.
G00 <X..C{posição}>
X..C{posição} Opcional. Ponto final do deslocamento.
Unidades: Milímetros, polegadas ou graus.

G00 CNC 8060


(Ativar a função G00 sem movimento).
CNC 8065
G00 X50.87 Y38.45
(Movimento em coordenadas cartesianas).
G00 R50.23 Q45
(Movimento em coordenadas polares).
(REF: 1901)

·147·
Manual de programação.

Ponto final do deslocamento.


• Em coordenadas cartesianas, definir as coordenadas do ponto final (X..C) nos diferentes
eixos. Não é necessário programar todos os eixos, somente aqueles que se desejam
deslocar.
• Em coordenadas polares, definir o raio (R) e o ângulo (Q) do ponto final em relação à
origem polar. O raio R que será a distância entre a origem polar e o ponto. O ângulo Q
que será formado pelo eixo de abcissas e a linha que une a origem polar com o ponto.
Se não se programa o ângulo ou o raio, se conserva o valor programado para o último
deslocamento.

8. Considerações.
CONTROLE DA TRAJETÓRIA.
Posicionamento em rápido (G00).

Comportamento do avanço.
• O movimento em G00 cancela temporariamente o avanço "F" programado, e o CNC
executa o deslocamento com o avanço rápido especificado pelo OEM (parâmetro
G00FEED). O CNC restaura o avanço "F" quando é programada uma função de
movimento G01, G02, G03, etc.
• Quando no deslocamento estão presentes dois ou mais eixos, o avanço resultante, se
calcula de maneira que ao menos um dos eixos se desloque no avanço máximo.
• Se definimos um avanço "F" no mesmo bloco que G00, o CNC guardará o valor atribuído
a "F" e o aplicará na próxima vez que se execute um deslocamento mediante uma função
do tipo G01, G02 ou G03.

Override do avanço.

O override do avanço será fixado em 100% ou poderá variar entre 0% e 100%, desde o
comutador do painel de comando, conforme tenha sido estabelecido pelo OEM (parâmetro
RAPIDOVR).

Ciclos fixos.

No âmbito de influência de um ciclo fixo ou sub-rotina modal (#MCALL), a última função G


programada permanecerá ativa, G0 ou G1; isto é, G0 mantém a condição de modal.

Propriedades da função e influência do reset, do desligamento


e da função M30.
A função G00 pode programar-se com G0.
A função G00 poderá ser modal ou não modal, dependendo de como tenha sido configurada
pelo OEM (parâmetro G0MODAL). A função G00 modal é incompatível com G01, G02, G03,
G33 e G63. Se no bloco seguinte a uma função G00 não modal não há função de movimento
programada (G0, G1, G2, G3, G33 ou G63), o CNC assume G1.

No momento da partida, apos ser executado M02 ou M30, e depois de uma emergência ou
reset, o CNC assume a função G00 ou G01 conforme tenha sido estabelecido pelo OEM
(parâmetro IMOVE). Se o CNC assume a função G00, e esta função está configurada como
não modal (parâmetro G0MODAL), a partir da programação de G1, G2 ou G3 o CNC assume
G1 como função modal.

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·148·
Manual de program a çã o.

8.2 Interpolação linear (G01).

A função G01 ativa o movimento linear, com o avanço "F" ativo, para os deslocamentos
programados a seguir. Se houver eixos auxiliares ou rotativos programados no bloco de
interpolação linear, o CNC calculará o avanço destes eixos de modo que o início e o fim de
seu movimento coincidam com os dos eixos principais.

X,Y 8.
G01

CONTROLE DA TRAJETÓRIA.
Interpolação linear (G01).
X

Programação.
A função G01 pode ser programada sozinha no bloco ou adicionada a um bloco de
movimento. A função G01 é modal; uma vez programada, ela permanecerá ativa até que
uma função incompatível seja programada (G00, G02, G03, G33 ou G63).

Formato de programação.

O formato de programação é o seguinte: entre chaves são mostrados os argumentos e entre


colchetes angulares os que são opcionais.
G01 <X..C{posição}> <F{avanço}>
X..C{posição} Opcional. Ponto final do deslocamento.
Unidades: Milímetros, polegadas ou graus.
F{avanço} Opcional. Avanço.
Unidades: As unidades dependem da função ativa.
- Se G93, segundos.
- Se G94, milímetros/minuto, polegadas/minuto ou graus/minuto.
- Se G95, milímetros/minuto, polegadas/minuto ou graus/volta.

G01
(Ativar a função G01 sem movimento).
G01 X600 Y400 F150
(Movimento em coordenadas cartesianas, com programação do avanço).
G01 R600 Q20 F200
(Movimento em coordenadas polares, com programação do avanço).

Ponto final do deslocamento.


• Em coordenadas cartesianas, definir as coordenadas do ponto final (X..C) nos diferentes
eixos. Não é necessário programar todos os eixos, somente aqueles que se desejam
deslocar.

G00 G90 X20 Y20 CNC 8060


G01 X-20 F350 CNC 8065
G01 Y-20
G01 X20
G01 Y20
M30
(REF: 1901)

·149·
Manual de programação.

• Em coordenadas polares, definir o raio (R) e o ângulo (Q) do ponto final em relação à
origem polar. O raio R que será a distância entre a origem polar e o ponto. O ângulo Q
que será formado pelo eixo de abcissas e a linha que une a origem polar com o ponto.
Se não se programa o ângulo ou o raio, se conserva o valor programado para o último
deslocamento.

G00 G90 X20 Y0


G01 R20 Q72 F350
G01 Q144

8.
G01 Q216
G01 Q288
G01 Q360
M30
CONTROLE DA TRAJETÓRIA.
Interpolação linear (G01).

Avanço.

O avanço "F" programado permanece ativo até que se programa um novo valor, portanto,
não é necessário defini-lo em cada bloco.

Considerações sobre o avanço.


• Quando no deslocamento estão presentes dois ou mais eixos, o CNC calcula o avanço
correspondente a cada eixo para que a trajetória resultante seja executada no avanço
"F" programado.
• O avanço "F" programado poderá ter uma variação entre 0% e 200% por meio do seletor
do painel de comando do CNC ou então selecioná-lo por programa ou desde o PLC.
Contudo, a variação máxima do avanço estará limitada pelo OEM [parâmetro
"MAXOVR"].
• O comportamento dos eixos auxiliares estará determinado pelo parâmetro de máquina
geral FEEDND.

Parâmetro.
FEEDND Significado.

Sim O avanço programado será o resultante da composição dos movimentos em


todos os eixos do canal (principais e auxiliares). Nenhum eixo excederá o avanço
programado.

Não Se algum dos eixos principais possuir deslocamento programado, o avanço


programado será o resultante da composição do movimento somente nestes
eixos. Os eixos restantes se deslocam no avanço que lhes corresponda para
terminar o movimento todos ao mesmo tempo. Os eixos auxiliares podem
exceder o avanço programado, porém sem ultrapassar o seu avanço máximo
de trabalho (parâmetro MAXFEED). Em caso de que fosse ultrapassar o
MAXFEED de algum eixo, o CNC limitará o avanço programado dos eixos
principais.
Se nenhum dos eixos principais estiver programado, o avanço programado será
alcançado naquele eixo que executa o maior movimento, terminando todos de
uma só vez.

Propriedades da função e influência do reset, do desligamento


e da função M30.
• A função G01 pode programar-se com G1.
CNC 8060 • A função G00 é modal e incompatível com G00, G02, G03, G33 e G63.
CNC 8065 • No momento da partida, apos ser executado M02 ou M30, e depois de uma emergência
ou reset, o CNC assume a função G00 ou G01 conforme tenha sido estabelecido pelo
OEM (parâmetro IMOVE). Se o CNC assume a função G00, e esta função está
configurada como não modal (parâmetro G0MODAL), a partir da programação de G1,
(REF: 1901) G2 ou G3 o CNC assume G1 como função modal.

·150·
Manual de program a çã o.

Exemplo de programação (modelo M).


Coordenadas cartesianas absolutas e incrementais.

X Y
P1 20 15

8.
P2 70 15
P3 70 30
P4 45 45

CONTROLE DA TRAJETÓRIA.
Interpolação linear (G01).
P5 20 45

Coordenadas absolutas.
N10 G00 G90 X20 Y15
N20 G01 X70 Y15 F450
N30 Y30
N40 X45 Y45
N50 X20
N60 Y15
N70 G00 X0 Y0
N80 M30

Coordenadas incrementais.
N10 G00 G90 X20 Y15
N20 G01 G91 X50 Y0 F450
N30 Y15
N40 X-25 Y15
N50 X-25
N60 Y-30
N70 G00 G90 X0 Y0
N80 M30

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·151·
Manual de programação.

Exemplo de programação (modelo M).


Coordenadas cartesianas e polares.

8.
CONTROLE DA TRAJETÓRIA.
Interpolação linear (G01).

N10 T1 D1
N20 M06
N30 G71 G90 F450 S1500 M03(Condições iniciais)
N40 G00 G90 X-40 Y15 Z10(Aproximação ao perfil 1)
N50 G01 Z-5
N60 X-40 Y30(Usinagem do perfil 1)
N70 X-65 Y45
N80 X-90
N90 Y15
N100 X-40(Fim do perfil 1)
N110 Z10
N120 G00 X20 Y45 F300 S1200(Aproximação ao perfil 2)
N130 G92 X0 Y0(Pré-seleção de zero peça)
N140 G01 Z-5
N150 G91 X30(Usinagem do perfil 2)
N160 X20 Y20
N170 X-20 Y20
N180 X-30
N190 Y-40(Fim do perfil 2)
N200 G90 Z10
N210 G92 X20 Y45(Restaurar o zero peça)
N220 G30 I-10 J-60(Pré-seleção da origem polar)
N230 G00 R30 Q60 F350 S1200(Aproximação ao perfil 3)
N240 G01 Z-5
N250 Q120(Usinagem do perfil 3)
N260 Q180
N270 Q240
N280 Q300
N290 Q360
N300 Q60(Fim do perfil 3)
CNC 8060 N310 Z10
CNC 8065 N320 G00 X0 Y0
N330 M30

(REF: 1901)

·152·
Manual de program a çã o.

Exemplo de programação (modelo T).


Programação em raios.

8.

CONTROLE DA TRAJETÓRIA.
Interpolação linear (G01).
Coordenadas absolutas.
G90 G95 G96 F0.15 S180 T2 D1 M4 M41
G0 X50 Z100
G1 X0 Z80; Ponto A
G1 X15 Z65; Trecho A-B
Z55; Trecho B-C
X40 Z30; Trecho C-D
Z0; Trecho D-E
G0 X50 Z100
M30

Coordenadas incrementais.
G90 G95 G96 F0.15 S180 T2 D1 M4 M41
G0 X50 Z100
G1 X0 Z80; Ponto A
G1 G91 X15 Z-15; Trecho A-B
Z-10; Trecho B-C
X25 Z-25; Trecho C-D
Z-30; Trecho D-E
G0 G90 X50 Z100
M30

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·153·
Manual de programação.

Exemplo de programação (modelo T).


Programação em diâmetros.

8.
CONTROLE DA TRAJETÓRIA.
Interpolação linear (G01).

Coordenadas absolutas.
G90 G95 G96 F0.15 S180 T2 D1 M4 M41
G0 X100 Z100
G1 X0 Z80; Ponto A
G1 X30 Z65; Trecho A-B
Z55; Trecho B-C
X80 Z30; Trecho C-D
Z0; Trecho D-E
G0 X100 Z100
M30

Coordenadas incrementais.
G90 G95 G96 F0.15 S180 T2 D1 M4 M41
G0 X100 Z100
G1 X0 Z80; Ponto A
G1 G91 X30 Z-15; Trecho A-B
Z-10; Trecho B-C
X50 Z-25; Trecho C-D
Z-30; Trecho D-E
G0 G90 X100 Z100
M30

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·154·
Manual de program a çã o.

8.3 Interpolação circular (G02/G03).

Os deslocamentos programados em G02 e G03 são executados de acordo com uma


trajetória circular, e com o avanço "F" programado, desde a posição atual até o ponto
especificado. A interpolação circular somente se pode executar no plano de trabalho ativo.
G02 Interpolação circular à direita (sentido horário).
G03 Interpolação circular à esquerda (sentido anti-horário).

8.
As definições de sentido horário (G02) e sentido anti-horário (G03) foram fixadas de acordo
com o sistema de coordenadas que a seguir se representa.

CONTROLE DA TRAJETÓRIA.
Interpolação circular (G02/G03).
O sistema de coordenadas se refere ao movimento da ferramenta sobre a peça.

Programação.
Coordenadas cartesianas (programação do centtro
do arco).

A definição do arco se efetua programando a função G02


ou G03, e a seguir as coordenadas do ponto final do arco
e as coordenadas do centro (com referência ao ponto
inicial), conforme os eixos do plano de trabalho ativo.

G02/G03 X Y I J
Coordenadas cartesianas (programação do raio do
arco).

A definição do arco se efetua programando a função G02


ou G03, e a seguir as coordenadas do ponto final do arco
e o raio do mesmo.

G02/G03 X Y R
Coordenadas polares.

A definição do arco se efetua programando a função G02 CNC 8060


ou G03, e a seguir as coordenadas do ponto final do arco
(raio e ângulo) e as coordenadas do centro (com CNC 8065
referência ao ponto inicial), conforme os eixos do plano
de trabalho ativo.

G02/G03 R Q I J (REF: 1901)

·155·
Manual de programação.

Considerações sobre o avanço.


• O avanço "F" programado permanece ativo até que se programa um novo valor,
portanto, não é necessário defini-lo em cada bloco.
• O avanço "F" programado poderá ter uma variação entre 0% e 200% por meio do seletor
do painel de comando do CNC ou então selecioná-lo por programa ou desde o PLC.
Contudo, a variação máxima do avanço estará limitada pelo OEM [parâmetro
"MAXOVR"].

8. Propriedades da função e influência do reset, do desligamento


e da função M30.
CONTROLE DA TRAJETÓRIA.
Interpolação circular (G02/G03).

• As funções G02 e G03 podem ser programadas como G2 e G3.


• As funções G02 e G03 são modais e incompatíveis entre si e também com G00, G01,
G33 e G63. A função G74 (Busca de zero) também se anulam as funções G02 e G03.
• No momento da partida, apos ser executado M02 ou M30, e depois de uma emergência
ou reset, o CNC assume a função G00 ou G01 conforme tenha sido estabelecido pelo
OEM (parâmetro IMOVE). Se o CNC assume a função G00, e esta função está
configurada como não modal (parâmetro G0MODAL), a partir da programação de G1,
G2 ou G3 o CNC assume G1 como função modal.

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·156·
Manual de program a çã o.

8.3.1 Coordenadas cartesianas (programação do centtro do arco).

A definição do arco se efetua programando a função G02 ou G03, e a seguir as coordenadas


do ponto final do arco e as coordenadas do centro (com referência ao ponto inicial),
conforme os eixos do plano de trabalho ativo.

G02
Y

8.

CONTROLE DA TRAJETÓRIA.
Interpolação circular (G02/G03).
I,J

X,Y

Formato de programação.

O formato de programação é o seguinte: entre chaves são mostrados os argumentos e entre


colchetes angulares os que são opcionais.
G02/G03 <X..C{ponto_final}> <I..K{centro}>
X..C{ponto_final} Opcional. Ponto final do arco.
Unidades: Milímetros, polegadas ou graus.
I..K{centro} Opcional. Centro do arco respeito do ponto inicial.
Unidades: Milímetros ou polegadas.

G02 X50 Y0 I28 J13

Ponto final do arco.

O ponto final é definido por suas coordenadas nos eixos do plano de trabalho ativo, e poderá
ser expresso tanto em cotas absolutas (G90) como incrementais (G91). Se não se
programam ou são iguais que as cotas do ponto inicial, se executará uma circunferência
completa.

Centro do arco respeito do ponto inicial.

As coordenadas do centro são medidas com referência ao ponto inicial. O centro do arco
será definido sempre em coordenadas cartesianas, pelas letras "I", "J" ou "K" dependendo
de qual seja o plano ativo. Quando uma das coordenadas do centro for igual a zero, não
será necessário programá-la. Estas coordenadas não são afetadas pelas funções G90 e
G91.

Plano. Programação do centro.


G17 G18 G19 As letras "I", "J" e "K" estão associadas ao primeiro, segundo e terceiro eixo do
canal respectivamente.
G17 (plano XY) G02/G03 X... Y... I... J...
G18 (plano ZX) G02/G03 X... Z... I... K...
G19 (plano YZ) G02/G03 Y... Z... J... K...

G20 As letras "I", "J" e "K" estão associadas ao eixo de abcissas, ordenadas e
perpendicular do plano definido.

#FACE [X, C, Z] O triedro ativo é formado pelos eixos definidos na instrução de ativação do eixo
CNC 8060
#CYL [Z, C, X, R] C. Os centros "I", "J", e "K" se associam aos eixos na mesma ordem em que estes CNC 8065
foram definidos ao ativar eixo C.

(REF: 1901)

·157·
Manual de programação.

Exemplos de programação

Plano XY (G17) Plano XY (G17) Plano YZ (G19)

XY XY YZ

8. ... N10 G17 G71 G94 N10 G19 G71 G94


G02 X60 Y15 I0 J-40 N20 G01 X30 Y30 F400 N20 G00 Y55 Z0
CONTROLE DA TRAJETÓRIA.
Interpolação circular (G02/G03).

... N30 G03 X30 Y30 I20 J20 N30 G01 Y55 Z25 F400
N40 M30 N40 G03 Z55 J20 K15
N50 Z25 J-20 K-15
N60 M30

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·158·
Manual de program a çã o.

8.3.2 Coordenadas cartesianas (programação do raio do arco).

Programando um arco mediante o método do raio, não é possível programar circunferências


i completas, já que existem infinitas soluções.

A definição do arco se efetua programando a função G02 ou G03, e a seguir as coordenadas


do ponto final do arco e o raio do mesmo.

8.
G02
Y

CONTROLE DA TRAJETÓRIA.
Interpolação circular (G02/G03).
R

X,Y

Formato de programação.

O formato de programação é o seguinte: entre chaves são mostrados os argumentos e entre


colchetes angulares os que são opcionais.
G02/G03 X..C{ponto_final} <R{raio}>
X..C{ponto_final} Ponto final do arco.
Unidades: Milímetros, polegadas ou graus.
R{raio} Opcional. Raio do arco.
Unidades: Milímetros ou polegadas.

G02 X50 Y0 R25


G02 X50 Y0 R-25

Ponto final do arco.

O ponto final é definido por suas coordenadas nos eixos do plano de trabalho ativo, e poderá
ser expresso tanto em cotas absolutas (G90) como incrementais (G91).

O formato de programação depende do plano de trabalho ativo.


G17 (plano XY) G02/G03 X... Y... R...
G18 (plano ZX) G02/G03 X... Z... R...
G19 (plano YZ) G02/G03 Y... Z... R...

Raio do arco.

O raio do arco é definido pela letra "R". Se o arco da circunferência é menor do que 180º,
o raio se programará com sinal positivo e se é maior do que 180º o sinal do raio será negativo.
Desta forma, e dependendo da interpolação circular G02 ou G03 escolhida, se definirá o
arco que interesse. O valor do raio permanece ativo até que lhe seja atribuído um novo valor,
seja programado um arco definindo as coordenadas do centro ou se programe um
deslocamento em coordenadas polares.

Arco 1
G02 X... Y... R-... CNC 8060
CNC 8065
Arco 2
G02 X... Y... R+...

Arco 3
G03 X... Y... R+... (REF: 1901)

Arco 4
G03 X... Y... R-...

·159·
Manual de programação.

Exemplos de programação

Plano XY (G17) Plano ZX (G18) Plano YZ (G19)

XY ZX YZ

8. G03 G17 X20 Y45 R30 G03 G18 Z20 X40 R-30 G02 G19 Y80 Z30 R30
CONTROLE DA TRAJETÓRIA.
Interpolação circular (G02/G03).

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·160·
Manual de program a çã o.

8.3.3 Coordenadas cartesianas (pré-programação do raio do arco) (G263).

A definição do arco é efetuada programando-se a função G02 ou G03, e a seguir as


coordenadas do ponto final do arco. O raio do arco é programado em um bloco anterior,
através da função G263 ou da instrução "R1".

Formato de programação.

O formato de programação é o seguinte: entre chaves são mostrados os argumentos e entre


colchetes angulares os que são opcionais.
G263={raio}
R1={raio}
8.
G02/G03 X..C{ponto_final}

CONTROLE DA TRAJETÓRIA.
Interpolação circular (G02/G03).
X..C{ponto_final} Ponto final do arco.
Unidades: Milímetros, polegadas ou graus.
{raio} Opcional. Raio do arco.
Unidades: Milímetros ou polegadas.

G263=25
G02 X50 Y0
R1=-33
G03 X88.32 Y12.34

Raio do arco.

O valor do raio é programado no mesmo bloco ou em um anterior à definição da interpolação


circular. As duas formas de definir o raio (G263 ou R1) são equivalentes. O CNC conserva
o valor do raio até que se programe uma interpolação circular definindo as coordenadas do
centro ou se programe um deslocamento em coordenadas polares.

Os exemplos a seguir realizam semi-círculos de raio 50.

N10 G01 G90 X0 Y0 F500


N20 G263=50
N30 G02 X100
;------------------------------------------
N10 G01 G90 X0 Y0
N20 G02 G263=50
N30 X100
;------------------------------------------
N10 G01 G90 X0 Y0 F450
N20 G01 R1=50
N30 G02 X100
;------------------------------------------
N10 G01 G90 X0 Y0
N20 G02 R1=50
N30 X100

Exemplos de programação

CNC 8060
CNC 8065

G01 G90 G94 X30 Y20 F350 G17 G71 G94 G17 G71 G94
G263=25 G00 X55 Y0 G01 X30 Y20 F400
(REF: 1901)
G02 X60 G01 X55 Y25 F400 G03 Y60 R1=30
G263=-25 G263=-25 G02 X75
G03 X30 G03 Y55 G03 Y20
M30 Y25 G02 X30
M30 M30

·161·
Manual de programação.

8.3.4 Coordenadas polares.

A definição do arco se efetua programando a função G02 ou G03, e a seguir as coordenadas


do ponto final do arco (raio e ângulo) e as coordenadas do centro (com referência ao ponto
inicial), conforme os eixos do plano de trabalho ativo.

G02
Y

8.
CONTROLE DA TRAJETÓRIA.
Interpolação circular (G02/G03).

I,J

X,Y
R
Q
X

Formato de programação.

O formato de programação é o seguinte: entre chaves são mostrados os argumentos e entre


colchetes angulares os que são opcionais.
G02/G03 <R{raio_final}> <Q{ângulo_final}> <I..K{centro}>
R{raio_final} Opcional. Raio do ponto final do arco.
Unidades: Milímetros, polegadas ou graus.
Q{ângulo_final} Opcional. Ângulo do ponto final do arco.
Unidades: Milímetros, polegadas ou graus.
I..K{centro} Opcional. Centro do arco respeito do ponto inicial.
Unidades: Milímetros ou polegadas.

G02 R50 Q25 I28 J13

Ponto final do arco.

O ponto final é definido por suas coordenadas polares, raio (R) e o ângulo (Q) do ponto final
com referência à origem polar. O raio R que será a distância entre a origem polar e o ponto.
O ângulo Q que será formado pelo eixo de abcissas e a linha que une a origem polar com
o ponto. Se não se programa o ângulo ou o raio, se conserva o valor programado para o
último deslocamento.
Se não se programa o ângulo ou o raio, se conserva o valor programado para o último
deslocamento. O raio e o ângulo podem ser definidos tanto em cotas absolutas (G90) como
incrementais (G91). Se é programado o ângulo em G91, se aumenta com referência ao
ângulo polar do ponto anterior; se é programado em G90, indica o ângulo que forma com
a horizontal que passa pela origem polar.

Programar um ângulo de 360º em G91 significa programar uma volta completa. Programar
um ângulo de 360º em G90 significa programar um arco onde o ponto final forma um ângulo
de 360º com a horizontal que passa pela origem polar.

Centro do arco respeito do ponto inicial.

As coordenadas do centro são medidas com referência ao ponto inicial. O centro do arco
será definido sempre em coordenadas cartesianas, pelas letras "I", "J" ou "K" dependendo
CNC 8060 de qual seja o plano ativo. Quando uma das coordenadas do centro for igual a zero, não
CNC 8065 será necessário programá-la; se as duas coordenadas forem omitidas, aceita-se a origem
polar como centro do arco. Estas coordenadas não são afetadas pelas funções G90 e G91.

(REF: 1901)

·162·
Manual de program a çã o.

Plano. Programação do centro.

G17 G18 G19 As letras "I", "J" e "K" estão associadas ao primeiro, segundo e terceiro eixo do
canal respectivamente.
G17 (plano XY) G02/G03 R... Q... I... J...
G18 (plano ZX) G02/G03 R... Q... I... K...
G19 (plano YZ) G02/G03 R... Q... J... K...

G20 As letras "I", "J" e "K" estão associadas ao eixo de abcissas, ordenadas e

8.
perpendicular do plano definido.

#FACE [X, C, Z] O triedro ativo é formado pelos eixos definidos na instrução de ativação do eixo
#CYL [Z, C, X, R] C. Os centros "I", "J", e "K" se associam aos eixos na mesma ordem em que estes

CONTROLE DA TRAJETÓRIA.
Interpolação circular (G02/G03).
foram definidos ao ativar eixo C.

Exemplos de programação

N10 G0 G90 X20 Y30 F350


N20 G30
N30 G02 R60 Q0 I30
N40 M30

N10 G0 G90 X0 Y0 F350


N20 G30 I45 J0
N30 G01 R20 Q110
N40 G02 Q70
N50 G03 Q110 I-6.8404 J18.7938
N60 M30

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·163·
Manual de programação.

8.3.5 Exemplo de programação (modelo M). Coordenadas polares.

Y
R Q P6
P0 0 0
P5
P1 100 0
P2 100 30 60o
P3 50 30 P2

8.
P4 50 60 P4
P5 100 60
P6 100 90 50 P3
30o
X
CONTROLE DA TRAJETÓRIA.
Interpolação circular (G02/G03).

P1
P0

Coordenadas Coordenadas
absolutas. incrementais.
G00 G90 X0 Y0 F350 G00 G90 X0 Y0 F350 ; Ponto P0.
G01 R100 Q0 G91 G01 R100 Q0 ; Ponto P1. Linha reta.
G03 Q30 G03 Q30 ; Ponto P2. Arco anti-horário.
G01 R50 Q30 G01 R-50 ; Ponto P3. Linha reta.
G03 Q60 G03 Q30 ; Ponto P2. Arco anti-horário.
G01 R100 Q60 G01 R50 ; Ponto P5. Linha reta.
G03 Q90 G03 Q30 ; Ponto P6. Arco anti-horário.
G01 R0 Q90 G01 R-100 ; Ponto P0, em linha reta.
M30 M30

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·164·
Manual de program a çã o.

8.3.6 Exemplo de programação (modelo M). Coordenadas polares.

Y
R Q 25 25
P1 46 65 10 10
P2 31 80
P1
P3 16 80 P10

P4 16 65

8.
P5 10 65
P9 P8 P2
P6 10 115 15
P7 16 100
P8 31 100

CONTROLE DA TRAJETÓRIA.
Interpolação circular (G02/G03).
P3 15
P9 31 115 P7 P4
P10 46 115 P5 6
P6
10
X
Ow

Coordenadas absolutas.
G90 R46 Q65 F350; Ponto P1.
G01 R31 Q80; Ponto P2. Linha reta.
G01 R16; Ponto P3. Linha reta.
G02 Q65; Ponto P4. Arco horário.
G01 R10; Ponto P5. Linha reta.
G02 Q115; Ponto P6. Arco horário.
G01 R16 Q100; Ponto P7. Linha reta.
G01 R31; Ponto P8. Linha reta.
G03 Q115; Ponto P9. Arco anti-horário.
G01 R46; Ponto P10. Linha reta.
G02 Q65; Ponto P1. Arco horário.
M30

Coordenadas incrementais.
G90 R46 Q65 F350; Ponto P1.
G91 G01 R-15 Q15; Ponto P2. Linha reta.
G01 R-15; Ponto P3. Linha reta.
G02 Q-15; Ponto P4. Arco horário.
G01 R-6; Ponto P5. Linha reta.
G02 Q-310; Ponto P6. Arco horário.
G01 R6 Q-15; Ponto P7. Linha reta.
G01 R15; Ponto P8. Linha reta.
G03 Q15; Ponto P9. Arco anti-horário.
G01 R15; Ponto P10. Linha reta.
G02 Q-50; Ponto P1. Arco horário.
M30

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·165·
Manual de programação.

8.3.7 Exemplo de programação (modelo T). Exemplos de programação

R Q
X
P0 430 0
63.4o
P1 430 33.7 P6
P5
P2 340 45 P2 P1
45o
P3 290 33.7 P4

8.
P3
P4 230 45 33.7o
P5 360 63.4 Z
P0
P6 360 90
CONTROLE DA TRAJETÓRIA.
Interpolação circular (G02/G03).

Coordenadas Coordenadas
absolutas. incrementais.
G18 G18 ; Plano Z-X,
G152 G152 ; Programação em raios.
G90 R430 Q0 F350 G90 R430 Q0 F350 ; Ponto P0.
G03 Q33.7 G91 G03 Q33.7 ; Ponto P1. Arco anti-horário.
G01 R340 Q45 G01 R-90 Q11.3 ; Ponto P2. Linha reta.
G01 R290 Q33.7 G01 R-50 Q-11.3 ; Ponto P3. Linha reta.
G01 R230 Q45 G01 R-60 Q11.3 ; Ponto P4. Linha reta.
G01 R360 Q63.4 G01 R130 Q18.4 ; Ponto P5. Linha reta.
G03 Q90 G03 Q26.6 ; Ponto P6. Arco anti-horário.
M30 M30

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·166·
Manual de program a çã o.

8.3.8 Coordenadas polares. Deslocamento temporal da origem polar ao


centro do arco (G31).

A função G31 transferida temporariamente à origem polar no centro do arco programado.


Esta função só atua no bloco no qual foi programada; depois de executado o bloco se
recupera a origem polar anterior.

Programação.
Esta função se acrescenta à interpolação circular G2/G3 programada. A função G31 não
suporta programação do raio polar; pode-se programar o ângulo e uma ou ambas as
8.
coordenadas do centro.

CONTROLE DA TRAJETÓRIA.
Interpolação circular (G02/G03).
Formato de programação.

O formato de programação é o seguinte: entre chaves são mostrados os argumentos e entre


colchetes angulares os que são opcionais.
G02/G03 G31 Q{ângulo_final} <I..K{centro}>
Q{ângulo_final} Opcional. Ângulo do ponto final do arco.
Unidades: Milímetros, polegadas ou graus.
I..K{centro} Opcional. Centro do arco respeito do ponto inicial.
Unidades: Milímetros ou polegadas.

G02 G31 Q25 I28 J13

G00 G90 X0 Y-40 F350


G01 X60
G03 G31 Q90 J10
G02 G31 Q180 J20
G03 X-40 I-40 J-20
G02 G31 Q270 I-20
G03 G31 Q270 J-10
G01 X0
M30

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·167·
Manual de programação.

8.3.9 Coordenadas cartesianas. Centro do arco em coordenadas absolutas


(não modal) (G06).

A função G06 especifica que o centro do arco é definido em cotas absolutas, com referência
à origem do sistema de referência ativo (zero peça, origem polar, etc.).

G02 G06

8.
Y
CONTROLE DA TRAJETÓRIA.
Interpolação circular (G02/G03).

I,J

X,Y

Programação.
Adicionar a função G06 a um bloco em que tenha sido estabelecida uma interpolação
circular. A função G06 não é modal, só atua no bloco no qual foi programada.

Formato de programação.

O formato de programação é o seguinte: entre chaves são mostrados os argumentos e entre


colchetes angulares os que são opcionais.
G02/G03 G06 <X..C{ponto_final}> <I..K{centro}>
X..C{ponto_final} Opcional. Ponto final do arco.
Unidades: Milímetros, polegadas ou graus.
I..K{centro} Opcional. Centro do arco em coordenadas absolutas.
Unidades: Milímetros ou polegadas.

G02 G06 X50 Y0 I38 J5

O exemplo mostra 2 formas diferentes de definir um arco, definindo o centro em coordenadas


absolutas.

G90 G06 G02 X50 Y10 I20 J30


;----------------------------------------------
G91 G06 G02 X0 Y-40 I20 J30

CNC 8060 Propriedades da função e influência do reset, do desligamento


CNC 8065 e da função M30.
• A função G09 pode ser programada como G9.
• A função G06 não é modal.

(REF: 1901)

·168·
Manual de program a çã o.

8.3.10 Coordenadas cartesianas. Centro do arco em coordenadas absolutas


(modal) (G261/G262)

A função G261 especifica que o centro do arco é definido em cotas absolutas, com referência
à origem do sistema de referência ativo (zero peça, origem polar, etc.). A função G262
cancela a função G261, e o centro do arco passa a estar definido em relação ao ponto inicial
do arco.

Y
G02 G261
Y
G02 G262 8.

CONTROLE DA TRAJETÓRIA.
Interpolação circular (G02/G03).
R R

I,J I,J

X,Y X,Y

Programação. Centro do arco em coordenadas absolutas (G261).


A função G261 pode ser programada sozinha no bloco ou adicionada a um bloco de
movimento. A função G261 é modal; uma vez programada, ela permanecerá ativa até que
uma função incompatível seja programada (G262).

Formato de programação.

O formato de programação é o seguinte: entre chaves são mostrados os argumentos e entre


colchetes angulares os que são opcionais.
G02/G03 G261 <X..C{ponto_final}> <I..K{centro}>
X..C{ponto_final} Opcional. Ponto final do arco.
Unidades: Milímetros, polegadas ou graus.
I..K{centro} Opcional. Centro do arco em coordenadas absolutas.
Unidades: Milímetros ou polegadas.

G02 G261 X50 Y0 I38 J5


G261
G02 X50 Y0 I38 J5

Programação. Centro do arco com referência ao ponto inicial.


A função G262 pode ser programada sozinha no bloco ou adicionada a um bloco de
movimento. A função G262 é modal; uma vez programada, ela permanecerá ativa até que
uma função incompatível seja programada (G261).

Formato de programação.

O formato de programação é o seguinte: entre chaves são mostrados os argumentos e entre


colchetes angulares os que são opcionais. CNC 8060
G02/G03 G261 <X..C{ponto_final}> <I..K{centro}> CNC 8065
X..C{ponto_final} Opcional. Ponto final do arco.
Unidades: Milímetros, polegadas ou graus.
I..K{centro} Opcional. Centro do arco em coordenadas absolutas.
Unidades: Milímetros ou polegadas. (REF: 1901)

G02 G261 X50 Y0 I38 J5


G261
G02 X50 Y0 I38 J5

·169·
Manual de programação.

Propriedades da função e influência do reset, do desligamento


e da função M30.
• As funções G261 e G262 são modais e incompatíveis entre si.
• No momento da ligação, depois de executar-se M02 ou M30 ou depois de uma
emergência ou reset, o CNC assumirá o código G262.

Exemplo de programação.

8. O exemplo mostra 2 formas diferentes de definir um arco, definindo o centro em coordenadas


absolutas.
CONTROLE DA TRAJETÓRIA.
Interpolação circular (G02/G03).

G261
G90 G02 X50 Y10 I20 J30
;----------------------------------------------
G261
G91 G06 G02 X0 Y-40 I20 J30

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·170·
Manual de program a çã o.

8.3.11 Correção do arco (G264/G265).

Para poder executar o arco programado, o CNC calcula os raios do ponto inicial e do ponto
final, que devem ser iguais. Quando isso não ocorre, o CNC tenta executar o arco corrigindo
seu centro ao longo da trajetória. A tolerância permitida para a diferença entre os dois raios
ou para situar o centro corrigido do arco, é definida pelo OEM (parâmetros CIRINERR e
CIRINFACT). A correção do centro do arco se pode ativar e desativar mediante as seguintes
funções:
G264 Cancelar a correção do arco.
G265 Ativar a correção do arco.
8.

CONTROLE DA TRAJETÓRIA.
Interpolação circular (G02/G03).
Programação. Ativar a correção do arco (G265).
A função G265 pode ser programada sozinha no bloco ou adicionada a um bloco de
movimento. Esta função é modal; uma vez programada, ela permanecerá ativa até que uma
função incompatível seja programada (G264).

Formato de programação.

O formato de programação é o seguinte:


G265

G02 G265 X50 Y0 I38 J5


G265
G02 X50 Y0 I38 J5

Correção do arco com G265.

Se os raios inicial e final do arco não coincidem, o CNC tenta calcular um novo centro dentro
da tolerância fixada, de maneira que se possa executar um arco entre os pontos
programados o mais aproximado ao arco definido. Para calcular se a margem de erro está
dentro da tolerância, o CNC leva em consideração o erro absoluto (diferença de raios) e
o erro relativo (% sobre o raio). Se algum destes valores está dentro da tolerância fixada
pelo fabricante da máquina, o CNC corrige a posição do centro.

Se o CNC não pode pôr o centro dentro destes limites, mostrará o erro correspondente.

Programação. Cancelar a correção do arco (G264).


A função G264 pode ser programada sozinha no bloco ou adicionada a um bloco de
movimento. Esta função é modal; uma vez programada, ela permanecerá ativa até que uma
função incompatível seja programada (G265).

Formato de programação.

O formato de programação é o seguinte:


G264

G02 G264 X50 Y0 I38 J5


G264
G02 X50 Y0 I38 J5

Correção do arco com G264. CNC 8060


Quando a diferença entre o raio inicial e o raio final está dentro da tolerância permitida, o CNC 8065
CNC executa o arco com o raio calculado a partir do ponto inicial, mantendo a posição do
centro.

Se a diferença entre ambos os raios excede a tolerância permitida, se mostrará o erro


(REF: 1901)
correspondente.

·171·
Manual de programação.

Propriedades da função e influência do reset, do desligamento


e da função M30.
• As funções G264 e G265 são modais e incompatíveis entre si.
• No momento da ligação, depois de executar-se M02 ou M30 ou depois de uma
emergência ou reset, o CNC assumirá o código G265.

8.
CONTROLE DA TRAJETÓRIA.
Interpolação circular (G02/G03).

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·172·
Manual de program a çã o.

8.4 Arco tangente à trajetória anterior (G08).

A função G08 permite programar uma trajetória circular tangente à trajetória anterior, sem
necessidade de programar as cotas (I, J ou K) do centro. A trajetória anterior poderá ser
linear ou circular.

Utilizando a função G08 não é possível programar circunferências completas, já que existem infinitas
i soluções.

Y
8.
X,Y

Arco tangente à trajetória anterior (G08).


CONTROLE DA TRAJETÓRIA.
G08

G01

Programação.
Programar as coordenadas do ponto final do arco junto à função G08.

Formato de programação.

O formato de programação é o seguinte: entre chaves são mostrados os argumentos e entre


colchetes angulares os que são opcionais.
G08 X..C{ponto_final}
X..C{ponto_final} Ponto final do arco.
Unidades: Milímetros, polegadas ou graus.

G08 G17 X50.87 Y38.45


Movimento em coordenadas cartesianas.
G08 R20.23 Q45
Movimento em coordenadas polares.

Coordenadas do ponto final do arco.

Pode-se definir o ponto final em coordenadas cartesianas ou polares, e poderá ser expresso
tanto em cotas absolutas como incrementais.

Propriedades da função e influência do reset, do desligamento


e da função M30.
• A função G08 pode programar-se com G8.
• A função G08 não é modal e portanto, se deverá programar sempre que se deseje
executar um arco tangente à trajetória anterior. Depois de executar esta função, o CNC
restaura a função G00, G01, G02 ou G03 que se encontrava ativa.
CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·173·
Manual de programação.

Exemplos de programação

Deseja-se programar uma linha reta, em seguida um arco tangente à mesma e finalmente um arco
tangente ao anterior.
Y
60 G90 G01 X70
G08 X90 Y60
40
G08 X110

8.
X
70 90 110

X G18 ; Plano ZX
Arco tangente à trajetória anterior (G08).
CONTROLE DA TRAJETÓRIA.

60 G152 ; Programação em raios.


50
G90 G01 X0 Z270
X50 Z250
Z
40 100 130 180 250 270 G08 X60 Z180
G08 X50 Z130
G08 X60 Z100
G01 X60 Z40
M30

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·174·
Manual de program a çã o.

8.5 Arco definido mediante três pontos (G09).

A função G09 permite definir uma trajetória circular (arco), programando o ponto final e um
ponto intermediário; isto é, em vez de programar as coordenadas do centro, programa-se
qualquer ponto intermediário. O ponto de partida do arco é o ponto de partida do movimento.

Utilizando a função G09 não é possível executar uma circunferência completa, já que é necessário
i programar três pontos diferentes.

Y
8.

Arco definido mediante três pontos (G09).


CONTROLE DA TRAJETÓRIA.
I,J
G09

X,Y

Programação.
Programar o ponto final e um ponto intermediário do arco junto à função G09. Ao programar
G09 não é necessário programar o sentido de deslocamento (G02 ou G03).

Formato de programação.

O formato de programação é o seguinte: entre chaves são mostrados os argumentos e entre


colchetes angulares os que são opcionais.
G09 X..C{ponto_final} I..K{ponto_intermediário}
X..C{ponto_final} Ponto final do arco.
Unidades: Milímetros, polegadas ou graus.
I..K{ponto_intermediário} Ponto intermediário do arco.
Unidades: Milímetros, polegadas ou graus.

G09 G17 X50.87 Y38.45 I28.34 J34.58


Movimento em coordenadas cartesianas.
G09 R20.23 Q45 I8 J-13.7
Movimento em coordenadas polares.

Coordenadas do ponto final do arco.

Pode-se definir o ponto final em coordenadas cartesianas ou polares, e poderá ser expresso
tanto em cotas absolutas como incrementais.

Coordenadas do ponto intermediário do arco.

O ponto intermediário será definido sempre em coordenadas cartesianas, pelas letras "I",
"J" ou "K" dependendo de qual seja o plano ativo. Estas coordenadas são afetadas pelas
funções G90 e G91.
G17 G18 G19 As letras "I", "J" e "K" estão associadas ao primeiro, segundo e terceiro
eixo do canal respectivamente. CNC 8060
G20 As letras "I",e "J" estão associadas ao eixo de abcissas e ordenadas do CNC 8065
plano definido.

(REF: 1901)

·175·
Manual de programação.

Propriedades da função e influência do reset, do desligamento


e da função M30.
• A função G09 pode programar-se com G9.
• A função G09 não é modal, portanto, deverá programar-se sempre que se deseje
executar uma trajetória circular definida por três pontos. Depois de executar esta função,
o CNC restaura a função G00, G01, G02 ou G03 que se encontrava ativa.

8. Exemplo de programação.
Arco definido mediante três pontos (G09).
CONTROLE DA TRAJETÓRIA.

G09 X35 Y20 I-15 J25

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·176·
Manual de program a çã o.

8.6 Interpolação helicoidal (G02/G03).

A interpolação helicoidal consta de uma interpolação circular no plano de trabalho e do


deslocamento linear do resto dos eixos programados. Se for desejado que a interpolação
helicoidal execute mais de uma volta, deve-se definir o passo da hélice.

8.

Interpolação helicoidal (G02/G03).


CONTROLE DA TRAJETÓRIA.
(A) (B)

(A) Interpolação helicoidal simples.


(B) Interpolação helicoidal de várias voltas.

Programação.
Programar junto à interpolação circular usando as funções G02, G03, G08 ou G09, e depois
o movimento linear do restante dos eixos. Se for desejado que a interpolação helicoidal
execute mais de uma volta, deve-se definir o passo da hélice.

Formato de programação.

O formato de programação é o seguinte: entre chaves são mostrados os argumentos e entre


colchetes angulares os que são opcionais. O formato da interpolação circular é explicado
em seus capítulos correspondentes.
G02/G03 (interpolação circular) X..C{movimento_linear} <I..K{passo}>
G08 (interpolação circular) X..C{movimento_linear} <I..K{passo}>
G09 (interpolação circular) X..C{movimento_linear} <I..K{passo}>
X..C{movimento_linear} Movimento linear da interpolação helicoidal em um ou vários eixos.
Unidades: Milímetros ou polegadas.
I..K{passo} Passo da hélice.
Unidades: Milímetros ou polegadas.

G01 G90 X-50 Y0 Z0


G02 G17 I50 J0 Z100 K37
G01 G90 X-50 Y0 Z0
G02 G17 X50 Y0 R50 Z110 K25
G01 G90 X-50 Y0 Z0
G02 R50 Q90 I50 J0 Z-90 K17
G01 G90 X-50 Y50 Z0
G01 Y0
G08 X50 Y0 Z58.45 K10.25
G01 G90 X-50 Y50 Z0
G01 Y0
G08 R50 Q65 Z69.45 K15.25
G01 G90 X-50 Y0 Z0
CNC 8060
G09 G17 X65 Y-12.9 I32 J56.78 Z-88 K12 CNC 8065
G01 G90 X-50 Y0 Z0
G09 G17 R45 Q-33 I32 J56.78 Z88 K11

(REF: 1901)
Ponto final no plano de trabalho.

Na interpolação helicoidal de várias voltas, se for definido o centro da interpolação circular,


não será necessário definir as coordenadas do ponto final no plano de trabalho. Este ponto
será calculado pelo CNC em função da altura e do passo da hélice.

·177·
Manual de programação.

Passo da hélice.

O passo da hélice é definido pela letra "I", "J" ou "K" associada ao eixo perpendicular ao
plano de trabalho ativo. O passo não é afetado pelas funções G90 e G91.

Plano. Programação do centro.

G17 G18 G19 O passo se define mediante a letra "K" (G17), "J" (G18) ou "I" (G19).

G20 O passo se define mediante a letra "K".

8. Exemplo de programação.
Interpolação helicoidal.
Interpolação helicoidal (G02/G03).
CONTROLE DA TRAJETÓRIA.

Diferentes formas de definir uma interpolação helicoidal, sendo o ponto inicial X20 Y0 Z0.

G03 X40 Y20 I20 J0 Z50


; -------------------------------------------
G03 X40 Y20 R-20 Z50
; -------------------------------------------
G03 R44.7213 Q26.565 I20 J0 Z50
; -------------------------------------------
G09 X40 Y20 I60 J0 Z50

Exemplo de programação.
Interpolação helicoidal de várias voltas.

Diferentes formas de definir una interpolação helicoidal de várias voltas, sendo o ponto inicial
X0 Y0 Z0.

G03 X0 Y0 I15 J0 Z50 K5


; -------------------------------------------
G03 R0 Q0 I15 J0 Z50 K5

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·178·
9
9. CONTROLE DA TRAJETÓRIA.
INTERVENÇÃO MANUAL.

A intervenção manual permite ativar a partir do programa o modo manual de trabalho; isto
é, permite deslocar os eixos manualmente, mesmo que um programa se encontre em
execução. O deslocamento pode ser realizado por meio de volantes ou desde o teclado de
jog (incremental ou contínuo). As funções associadas à intervenção manual são:
G200 Intervenção manual exclusiva.
G201 Ativação da intervenção manual aditiva.
G202 Anulação da intervenção manual aditiva.

A diferença entre a intervenção exclusiva e a aditiva está em que a intervenção manual


exclusiva (G200) interrompe a execução do programa para ativar o modo manual, ao passo
que a intervenção manual aditiva (G201) permite deslocar um eixo manualmente enquanto
se executam os deslocamentos programados.

Comportamento do avanço.
O avanço no qual se realizam os deslocamentos por meio da intervenção manual é
independente do avanço "F" ativo, e pode ser definido pelo usuário mediante instruções em
linguagem de alto nível, sendo possível definir um avanço diferente para cada modo de
trabalho (jog incremental e jog contínuo). Se não forem definidos, os deslocamentos serão
realizados com o avanço especificado pelo OEM.

A variação do avanço entre 0% e 200% mediante o seletor do painel de comando do CNC,


afeta por igual ao avanço "F" programado e ao avanço da intervenção manual.

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·179·
Manual de programação.

9.1 Intervenção manual aditiva (G201/G202).

A intervenção manual aditiva permite deslocar os eixos manualmente, por meio de volantes
ou do teclado de jog (contínuo ou incremental), durante a execução do programa. Esta
função pode ser aplicada em qualquer eixo da máquina; não poderá ser aplicada no spindle,
mesmo que este possa funcionar no modo de posicionamento.

Programação. Ativar a intervenção manual aditiva.


9. Para ativar a intervenção manual aditiva, deve-se programar a função G201 no mesmo
bloco e, em seguida, a instrução #AXIS com os eixos nos quais se deseja aplicá-la. Nesta
instrução deve ser definido um eixo pelo menos.
CONTROLE DA TRAJETÓRIA. INTERVENÇÃO MANUAL.
Intervenção manual aditiva (G201/G202).

Formato de programação.

O formato de programação é o seguinte: entre chaves são mostrados os argumentos e entre


colchetes angulares os que são opcionais.
G201 #AXIS[{axis}, .. , {axis}]
{axis} Nome do eixo.
Unidades: -.

G201 #AXIS [X, Z]


(Ativar a intervenção manual aditiva nos eixos XZ)

Programação. Cancelar a intervenção manual aditiva.


Para cancelar a intervenção manual aditiva, deve-se programar a função G202 no mesmo
bloco e, em seguida, a instrução #AXIS com os eixos nos quais se deseja cancelá-la. Se
programamos a função G202 sozinha, a intervenção manual se anula em todos os eixos.

Formato de programação.

O formato de programação é o seguinte: entre chaves são mostrados os argumentos e entre


colchetes angulares os que são opcionais.
G202
G202 #AXIS[{axis}, .. , {axis}]
{axis} Nome do eixo.
Unidades: -.

G202 #AXIS [X, Z]


(Cancelar a intervenção manual aditiva nos eixos XZ)
G202
(Cancelar a intervenção manual aditiva em todos os eixos)

Considerações
Os parâmetros de eixo MANFEEDP, IPOFEEDP, MANACCP, IPOACCP limitam o avanço
e a aceleração máxima que se aplica para cada tipo de deslocamento (manual ou
automático). Se a soma dos dois excede os 100%, será responsabilidade do usuário garantir
que os dois movimentos não sejam simultâneos no mesmo eixo porque se pode provocar
ultrapassagem da dinâmica.
CNC 8060
CNC 8065
Propriedades da função e influência do reset, do desligamento
e da função M30.

(REF: 1901)
As funções G201 e G202 são modais e incompatíveis entre si, e também com a função
G200. No momento da ligação, depois de executar-se M02 ou M30 ou depois de uma
emergência ou reset, o CNC assumirá o código G202.

·180·
Manual de program a çã o.

9.2 Intervenção manual exclusiva (G200).

A intervenção manual exclusiva permite deslocar os eixos manualmente, mediante volantes


ou teclado de jog (contínuo ou incremental), interrompendo para isso a execução do
programa. Esta função pode ser aplicada em qualquer eixo da máquina; não poderá ser
aplicada no spindle, mesmo que este possa funcionar no modo de posicionamento.

Para cancelar a intervenção manual e iniciar novamente a execução do programa, se deve


pressionar a tecla [MARCHA].

Programação.
9.

CONTROLE DA TRAJETÓRIA. INTERVENÇÃO MANUAL.


Intervenção manual exclusiva (G200).
Para ativar a intervenção manual aditiva, deve-se programar a função G200 no mesmo
bloco e, em seguida, a instrução #AXIS com os eixos nos quais se deseja aplicá-la. Se a
função G202 for programada sozinha, a intervenção manual aplica-se a todos os eixos.

Formato de programação.

O formato de programação é o seguinte: entre chaves são mostrados os argumentos e entre


colchetes angulares os que são opcionais.
G200
G200 #AXIS[{axis}, .. , {axis}]
{axis} Nome do eixo.
Unidades: -.

G200 #AXIS [X, Z]


(Interromper a execução e ativar a intervenção manual exclusiva nos eixos
XZ)
G200
(Interromper a execução e ativar a intervenção manual exclusiva em todos
os eixos)

Considerações
Se executamos uma intervenção manual antes de uma interpolação circular, e se desloca
um dos eixos que intervêm na interpolação circular, pode-se produzir um erro de círculo mal
programado ou executar uma circunferência diferente à programada.

Propriedades da função e influência do reset, do desligamento


e da função M30.
A função G200 não é modal e é incompatível com as funções G201 e G202. No momento
da ligação, depois de executar-se M02 ou M30 ou depois de uma emergência ou reset, o
CNC assumirá o código G202.

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·181·
Manual de programação.

9.3 Avanço para os movimentos em manual.

9.3.1 Avanço em modo jog contínuo (#CONTJOG).

Esta instrução permite configurar o avanço no modo jog contínuo para o eixo especificado.
Estes valores podem ser definidos antes ou depois de ativar a intervenção manual, e
permanecem ativos até que finalize o programa ou se efetue um reset.

9. Programação.
Programar a instrução #CONTJOG e, em seguida, o avanço e o eixo desejado.
CONTROLE DA TRAJETÓRIA. INTERVENÇÃO MANUAL.
Avanço para os movimentos em manual.

Formato de programação.

O formato de programação é o seguinte: entre chaves são mostrados os argumentos e entre


colchetes angulares os que são opcionais.
#CONTJOG [{feed}] {axis}
{feed} Avanço do eixo.
Unidades: Milímetros/minuto, polegadas/minuto ou graus/minuto.
{axis} Nome do eixo.
Unidades: -.

#CONTJOG [400] X
(Intervenção manual; avanço em jog contínuo para o X)
#CONTJOG [600] Y
(Intervenção manual; avanço em jog contínuo para o Y)

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·182·
Manual de program a çã o.

9.3.2 Avanço em jog Incremental (#INCJOG).

Esta instrução permite configurar, para cada posição do comutador de jog incremental, o
valor do deslocamento incremental e o avanço do eixo especificado. Estes valores podem
ser definidos antes ou depois de ativar a intervenção manual, e permanecem ativos até que
finalize o programa ou se efetue um reset.

Programação.
Programar a instrução #INCJOG e, em seguida, o incremento e o avanço em cada posição
do jog para o eixo desejado.
9.

CONTROLE DA TRAJETÓRIA. INTERVENÇÃO MANUAL.


Avanço para os movimentos em manual.
Formato de programação.

O formato de programação é o seguinte: entre chaves são mostrados os argumentos e entre


colchetes angulares os que são opcionais.
#INCJOG [[{increment_1},{feed_1}] [{increment_10},{feed_10}] ... [...]] <axis>
{feed_1} Avanço na posição 1 a 10000 do comutador de jog incremental.
·· Unidades: Milímetros/minuto, polegadas/minuto ou graus/minuto.
{feed_10000}
{increment_1} Incremento de posição na posição 1 a 10000 do comutador de jog
·· incremental.
{increment_10000} Unidades: Milímetros, polegadas ou graus.
{axis} Nome do eixo.
Unidades: -.

#INCJOG [[0.1,100][0.5,200][1,300][5,400][10,500]] X
(O deslocamento e o avanço do eixo X em cada posição do comutador de
jog incremental são os seguintes)
(Posição 1 do comutador: 0,1 mm a 100 mm/min)
(Posição 10 do comutador: 0.5 mm a 200 mm/min)
(Posição 100 do comutador: 1 mm a 300 mm/min)
(Posição 1000 do comutador: 5 mm a 400 mm/min)
(Posição 10000 do comutador: 10 mm a 500 mm/min)

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·183·
Manual de programação.

9.3.3 Avanço em jog Incremental (#MPG).

Esta instrução permite configurar, para cada posição do comutador de volante, qual será
a resolução do volante no eixo especificado. Estes valores podem ser definidos antes ou
depois de ativar a intervenção manual, e permanecem ativos até que finalize o programa
ou se efetue um reset.

Programação.

9. Programar a instrução #MPG e, em seguida, a resolução em cada posição do jog para o


eixo desejado.
CONTROLE DA TRAJETÓRIA. INTERVENÇÃO MANUAL.
Avanço para os movimentos em manual.

Formato de programação.

O formato de programação é o seguinte: entre chaves são mostrados os argumentos e entre


colchetes angulares os que são opcionais.
#MPG [{resolution_1},{resolution_10},{resolution_100}] {axis}
{resolution_1} Resolução na posição 1 a 100 do comutador de volante.
·· Unidades: Milímetros/impulso, polegadas/impulso ou graus/impulso.
{resolution_100}
{axis} Nome do eixo.
Unidades: -.

#MPG [0.1, 1, 10] X


(A resolução em cada posição do comutador de volante é a seguinte)
(Posição 1 do comutador: 0,1 mm/volta)
(Posição 10 do comutador: 1.0 mm/volta)
(Posição 100 do comutador: 10 mm/volta)

Esta instrução fixa o deslocamento por pulso de volante num tempo igual ao tempo de ciclo do CNC.
i Se o avanço necessário para este deslocamento supera o máximo estabelecido pelo fabricante da
máquina, o avanço se limitará a este valor e o deslocamento do eixo será menor que o programado
na instrução.
Exemplo: Se programamos um deslocamento de 5mm e o tempo de ciclo é igual a 4msg, se obtém
uma velocidade de 1250mm/seg. Se o avanço máximo está limitado a 1000mm/s, o deslocamento
real será de 4mm.

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·184·
Manual de program a çã o.

9.3.4 Limites de percurso para os movimentos em modo manual (#SET


OFFSET).

Esta instrução permite configurar os limites do percurso para os deslocamentos efetuados


pela intervenção manual aditiva. Estes limites não se levam em consideração nos
deslocamentos executados por programa. Os limites devem ser definidos depois de ativar
a intervenção manual, e permanecem ativos até que se desative a mesma.

Programação.
Programar a instrução #SET OFFSET e, em seguida, os limites inferior e superior do
9.
percurso para o eixo desejado.

CONTROLE DA TRAJETÓRIA. INTERVENÇÃO MANUAL.


Avanço para os movimentos em manual.
Formato de programação.

O formato de programação é o seguinte: entre chaves são mostrados os argumentos e entre


colchetes angulares os que são opcionais.
#SET OFFSET [{lower_limit},{upper_limit}] {axis}
{lower_limit} Limite inferior e superior de percurso.
{upper_limit} Unidades: Milímetros, polegadas ou graus.
{axis} Nome do eixo.
Unidades: -.

#SET OFFSET [-20,35] Y


(Limite inferior de percurso de 20 mm e superior de 35 mm no eixo Y)

Limite inferior e superior de percurso.

Os limites estão referidos à posição do eixo. O limite inferior deve ser menor ou igual a zero,
e o limite superior deve ser maior ou igual a zero.

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·185·
Manual de programação.

9.3.5 Sincronização de cotas e offset manual aditivo (#SYNC POS).

Esta instrução sincroniza a cota de preparação com a de execução e aceita o offset manual
aditivo.

Programação.
Programar a instrução #SYNC POS sozinha no bloco.

9. Formato de programação.

O formato de programação é o seguinte: entre chaves são mostrados os argumentos e entre


CONTROLE DA TRAJETÓRIA. INTERVENÇÃO MANUAL.
Avanço para os movimentos em manual.

colchetes angulares os que são opcionais.


#SYNC POS

#SYNC POS

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·186·
Manual de program a çã o.

9.4 Variáveis

As seguintes variáveis são acessíveis a partir do programa peça e a partir do modo


MDI/MDA. Para cada uma delas se indica se o acesso é de leitura (R) ou de escrita (W).
A leitura destas variáveis detém a preparação de blocos.

Variável. PRG Significado.

(V.)[ch].A.MANOF.xn R Distância movida no modo manual ou inspeção da


ferramenta.

(V.)[ch].A.ADDMANOF.xn R
Unidades: Milímetros, polegadas ou graus.

Distância movida com G200 ou G201. O valor desta


variável se mantém durante a execução do programa,
9.

Variáveis
CONTROLE DA TRAJETÓRIA. INTERVENÇÃO MANUAL.
mesmo que se desative a intervenção manual.
Unidades: Milímetros, polegadas ou graus.

Sintaxe das variáveis.


·ch· Número de canal.
·xn· Nome, número lógico ou índice do eixo

V.A.ADDMANOF.Z Eixo Z.
V.A.ADDMANOF.4 Eixo com número lógico ·4·.
V.[2].A.ADDMANOF.1 Eixo com índice ·1· no canal ·2·.

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·187·
Manual de programação.

9.
Variáveis
CONTROLE DA TRAJETÓRIA. INTERVENÇÃO MANUAL.

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·188·
10
10. ROSQUEAMENTO ELETRÔNICO E
ROSQUEAMENTO RÍGIDO.

10.1 Rosqueamento eletrônico de passo constante (G33).

Para efetuar roscas eletrônicas, é necessário que a máquina possua um transdutor rotativo
i (codificador) acoplado ao spindle.

O rosqueamento eletrônico executa de um só passe a rosca programada. No rosqueamento


eletrônico, o CNC não interpola o deslocamento dos eixos com o do spindle.

Mesmo que freqüentemente este tipo de roscas se realizam ao longo de um eixo, o CNC
permite interpolar vários eixos. Além disso, a rosqueamento eletrônico permite realizar
roscas de várias entradas e junções de roscas.
Podemos efetuar roscas eletrônicas com qualquer spindle, mas se não se utiliza o spindle
master, o spindle utilizado deverá estar sincronizado com ele. Os spindles podem ser
sincronizados a partir do programa com as instruções #SYNC o #TSYNC.

Programação.
Programar a função G33 e, a seguir, as coordenadas do ponto final do rosqueamento e o
passo da rosca. Opcionalmente, pode-se estabelecer o ângulo de entrada, o que permite
efetuar roscas de várias entradas.

Formato de programação.

O formato de programação é o seguinte; entre chaves se mostra a lista de argumentos e


entre colchetes angulares os que são opcionais.
G33 X..Z{pos} I/J/K{pitch} <Q1={angle}>
X..Z{pos} Coordenadas do ponto final.
Unidades: milímetros/polegadas.
I/J/K{pitch} Passo de rosca.
Unidades: milímetros/polegadas.
Q1={angle} Opcional. Posição angular do spindle para o ponto inicial da rosca. Se não for
programado, a função assume o valor 0.
Unidades: ±359.9999 grau.

G33 Z-50 K3 Q1=0


(Rosca de passo 3 mm)
G33 Z-40 K1 Q1=30
G33 Z-80 K1 Q1=210
(Rosca de duas entradas, a 30º e 210º)
CNC 8060
Coordenadas do ponto final. CNC 8065
Mesmo que freqüentemente este tipo de roscas se realizam ao longo de um eixo, o CNC
permite interpolar vários eixos. As coordenadas do ponto final poderão ser estabelecidas
tanto em coordenadas cartesianas como em coordenadas polares, assim como em cotas
absolutas ou em cotas incrementais. (REF: 1901)

·189·
Manual de programação.

Passo de rosca.
• O passo se define mediante as letras "I", "J" ou "K" dependendo de qual seja o plano
ativo.
G17 G18 G19 As letras "I", "J" e "K" estão associadas ao primeiro, segundo e terceiro
eixo do canal respectivamente.
G20 As letras "I", "J" e "K" estão associadas ao eixo de abcissas,
ordenadas e perpendicular do plano definido.

10.
Exemplo:
Rosqueamento eletrônico no eixo Z e em diferentes planos (configuração de eixos XYZ no canal).
G17 (plano XY) G18 (plano ZX) G19 (plano YZ)
G33 Z40 K2 G33 Z40 K2 G33 Z40 K2
ROSQUEAMENTO ELETRÔNICO E ROSQUEAMENTO RÍGIDO.
Rosqueamento eletrônico de passo constante (G33).

G20 Z1 Y2 X3 G20 Y1 Z2 X3 G20 Y1 Z3 X2


G33 Z40 I2 G33 Z40 J2 G33 Z40 K2

• Quando na rosqueamento eletrônico se interpolam vários eixos, o passo não se define


sobre a trajetória; se define sobre um dos eixos.

• Se o passo da rosca não for programado, o CNC atua da seguinte forma.


1 Se não existe uma G33 ou G34 programada anteriormente, o CNC apresentará um erro.
2 Se existe uma G33 programada anteriormente, o passo será o da última G33
programada.
3 Se não existe uma G33, mas há uma G34 programada anteriormente, o passo será o
passo final da última G34 programada.

Posição angular do spindle.

Posição angular do spindle (entre ±359.9999º) para o ponto inicial da rosca. Este parâmetro
permite realizar roscas de múltiplas entradas. Sua programação é opcional; se não for
programado, a função executa a rosca em 0º (equivalente a programar Q1=0).

Considerações à execução.

Interromper a execução (tecla [STOP] ou marca _FEEDHOL do PLC).

O comportamento do CNC ao interromper um rosqueamento (tecla [STOP] ou marca


_FEEDHOL del PLC) depende da função G233. Ver "10.4 Remover os eixos após
interromper um rosqueamento eletrônico (G233)." na página 201.
CNC 8060
• Se G233 estiver ativa, ao interromper o rosqueamento, os eixos se afastam a distância
CNC 8065 programada na referida função. Se ao interromper o rosqueamento, o passe está
próximo de ser finalizado, o CNC ignora a G233 e detém os eixos no final do passe.
• Se G233 não estiver ativa, ao interromper o rosqueamento, os eixos detém-se no final
do passe.
(REF: 1901)

Busca de zero do spindle.

Se não se efetuou uma busca de referência do spindle, a primeira G33 realizá-la-á


automaticamente se se trabalha com o spindle master. Se o spindle não é o master e não
se efetuou a busca de referência, se mostrará um warning.

·190·
Manual de program a çã o.

Comportamento do avanço.

O avanço no qual se efetua a rosca depende da velocidade e do passo de rosca programado


(Avanço = Velocidade x Passo). A rosqueamento eletrônico se executa em 100% do avanço
calculado, não podendo ser modificados estes valores nem desde o painel de comando nem
desde o PLC.

Comportamento da velocidade e da ultrapassagem.

Se o fabricante permitir (parâmetro THREADOVR), o usuário poderá modificar a

10.
ultrapassagem da velocidade desde o painel de comando, neste caso o CNC adaptará o
avanço automaticamente respeitando o passo da rosca. Para poder modificar a
ultrapassagem, o feed forward ativo nos eixos envolvidos no rosqueamento deverá ser
superior ao 90%.

ROSQUEAMENTO ELETRÔNICO E ROSQUEAMENTO RÍGIDO.


Rosqueamento eletrônico de passo constante (G33).
Se existem dois ou mais G33 para a mesma rosca, todos os rosqueamentos devem começar
à mesma velocidade; em caso contrário, o ponto de entrada à rosca não coincidirá em todos
os roscados. O CNC permite variar a velocidade do spindle durante a passada de
rosqueamento.

Se tem programados dois ou mais G33 para uma rosca de várias entradas, todos os
rosqueamentos devem começar à mesma velocidade; caso contrário, o ângulo entre
entradas não coincidirá com o programado. O CNC permite variar a velocidade do spindle
durante a passada de rosqueamento.

Considerações sobre a junção de roscas.


Quando se trabalha em arredondamento de aresta (G05), o CNC permite juntar diferentes
roscas de forma contínua em uma mesma peça. Na junção de roscas, o CNC só considera
a posição angular do spindle (Q1) na primeira rosca, após a ativação de G33 ou G34. Até
que esta função seja desativada e se volte a ativá-la, o CNC ignora o parâmetro Q1 e efetua
a sincronização na passagem pelo referido ângulo.

Juntar uma rosca de passo fixo (G33) com uma rosca de passo variável (G34).

O passo inicial do rosqueamento variável (G34) deve ser igual ao passo do rosqueamento
fixo (G33). O incremento de passo do rosqueamento variável na primeira volta, será de meio
incremento ("K1"/2), e em voltas posteriores, será do incremento total "K1".

G33 Z-40 K2.5


G34 Z-80 K2.5 K1=1

Juntar uma rosca de passo variável (G34) com uma rosca de passo fixo (G33).

Esta combinação é utilizada para finalizar um rosqueamento de passo variável (G34) com
um pedaço de rosca que mantenha o passo final da rosca anterior . Neste caso, na rosca
de passo fixo G33 não se programa o passo, e o CNC utilizará o último passo do
rosqueamento anterior.

G34 Z-50 K2 K1=3


G33 Z-100

Propriedades da função e influência do reset, do desligamento


e da função M30.
A função G33 é modal e incompatível com G00, G01, G02, G03, G34, G63 e G100. No
momento da partida, depois de executar-se M02 ou M30, e depois de uma emergência ou CNC 8060
reset, o CNC assume a função G00 ou G01 conforme tenha sido estabelecido pelo CNC 8065
fabricante da máquina (parâmetro IMOVE).

(REF: 1901)

·191·
Manual de programação.

10.1.1 Exemplos de programação (modelo -M-).

Rosqueamento eletrônico de uma entrada

Se deseja realizar de uma só passada o seguinte rosqueamento eletrônico.

Posição: X30 Y30 Z0

10.
Profundidade: 30mm
Passo: 1.5mm
ROSQUEAMENTO ELETRÔNICO E ROSQUEAMENTO RÍGIDO.
Rosqueamento eletrônico de passo constante (G33).

S100 M03
G01 G90 X30 Y30 Z0
G33 Z-30 K1.5
M19 S0 (Parada orientada de spindle)
G91 G00 X3 (Retirada da ferramenta)
G90 Z10 (Retrocesso e saída do furo)

Como se programou uma velocidade de spindle de 100rpm e um passo de 1.5mm, o avanço


será 150 mm/min (a velocidade pelo passo).

Rosqueamento eletrônico de várias entradas


Se deseja efetuar uma rosca similar à anterior, mas de três entradas, a primeira das quais
se situa a 20º.

S100 M03
G01 G90 X30 Y30 Z0
G33 Z-30 K1.5 Q1=20 (Primeira rosca)
M19 S0
G91 G00 X3
G90 Z10
S100 M03
G33 Z-30 K1.5 Q1=140 (Segunda rosca)
M19 S0
G91 G00 X3
G90 Z10
S100 M03
G33 Z-30 K1.5 Q1=260 (Terceira rosca)
M19 S0
G91 G00 X3
G90 Z10
S100 M03
M30
CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·192·
Manual de program a çã o.

10.1.2 Exemplos de programação (modelo -T-)

Exemplo de programação do eixo X em raios.

Rosqueamento eletrônico longitudinal


Se deseja realizar de uma só passada, uma rosca cilíndrica de 2mm de profundidade e 5mm
de passo.

10.

ROSQUEAMENTO ELETRÔNICO E ROSQUEAMENTO RÍGIDO.


Rosqueamento eletrônico de passo constante (G33).
S100 M03
G00 G90 X200 Z190
X116 Z180
G33 Z40 K5
G00 X200
Z190

Como se programou uma velocidade de spindle de 100rpm e um passo de 5mm, o avanço


será 500 mm/min (a velocidade pelo passo).

Rosqueamento eletrônico longitudinal de várias entradas


Se deseja efetuar uma rosca similar à anterior, mas de dois entradas defasadas entre si
180º.

S100 M03
G00 G90 X200 Z190
CNC 8060
X116 Z180
CNC 8065
G33 Z40 K5 Q1=0
G00 X200
Z190
X116 Z180 (REF: 1901)

G33 Z40 K5 Q1=180


G00 X200
Z190

·193·
Manual de programação.

Rosqueamento eletrônico cônico


Se deseja realizar de uma só passada, uma rosca cônica de 2mm de profundidade e 5mm
de passo.

10.
ROSQUEAMENTO ELETRÔNICO E ROSQUEAMENTO RÍGIDO.
Rosqueamento eletrônico de passo constante (G33).

S100 M03
G00 G90 X200 Z190
X84
G33 X140 Z50 K5
G00 X200
Z190

Junção de roscas
Se trata de juntar um roscado longitudinal e um cônico de 2mm de profundidade e 5mm de
passo.

S100 M03
G00 G90 G05 X220 Z230
X96
G33 Z120 X96 K5
G33 Z60 X160 K5
G00 X220
Z230

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·194·
Manual de program a çã o.

10.2 Rosqueamento eletrônico de passo variável (G34)

Para efetuar roscas eletrônicas, é necessário que a máquina possua um transdutor rotativo
i (codificador) acoplado ao spindle.

O rosqueamento eletrônico executa de um só passe a rosca programada. No rosqueamento


eletrônico, o CNC não interpola o deslocamento dos eixos com o do spindle.

10.
Mesmo que freqüentemente este tipo de roscas se realizam ao longo de um eixo, o CNC
permite interpolar vários eixos. Além disso, a rosqueamento eletrônico permite realizar
roscas de várias entradas e junções de roscas.

Rosqueamento eletrônico de passo variável (G34)


ROSQUEAMENTO ELETRÔNICO E ROSQUEAMENTO RÍGIDO.
Podemos efetuar roscas eletrônicas com qualquer spindle, mas se não se utiliza o spindle
master, o spindle utilizado deverá estar sincronizado com ele. Os spindles podem ser
sincronizados a partir do programa com as instruções #SYNC o #TSYNC.

Programação.
Programar a função G34 e, a seguir, as coordenadas do ponto final do rosqueamento, o
passo da rosca e o incremento ou decremento do passo da rosca. Opcionalmente, pode-
se estabelecer o ângulo de entrada, o que permite efetuar roscas de várias entradas.

Formato de programação.

O formato de programação é o seguinte; entre chaves se mostra a lista de argumentos e


entre colchetes angulares os que são opcionais.
G34 X..Z{pos} I/J/K{pitch} K1={pitchvar} <Q1={angle}>
X..Z{pos} Coordenadas do ponto final.
Unidades: milímetros/polegadas.
I/J/K{pitch} Opcional. Passo inicial da rosca.
Unidades: milímetros/polegadas.
Q1={angle} Opcional. Posição angular do spindle para o ponto inicial da rosca. Se não for
programado, a função assume o valor 0.
Unidades: ±359.9999 grau.
K1={pitchvar} Opcional. Incremento (K1>0) ou decremento (K1<0) do passo da rosca por volta
do spindle.
Unidades: milímetros/polegadas.

G34 Z-50 K3 K1=2 Q1=0


(Rosca de passo 3 mm e um incremento de 2 mm por volta)
G34 Z-40 K1 K1=1.5 Q1=30
G34 Z-80 K1 K1=1.5 Q1=210
(Rosca de duas entradas, a 30º e 210º) CNC 8060
CNC 8065
Coordenadas do ponto final.

Mesmo que freqüentemente este tipo de roscas se realizam ao longo de um eixo, o CNC
permite interpolar vários eixos. As coordenadas do ponto final poderão ser estabelecidas
(REF: 1901)
tanto em coordenadas cartesianas como em coordenadas polares, assim como em cotas
absolutas ou em cotas incrementais.

·195·
Manual de programação.

Passo inicial da rosca.


• O passo se define mediante as letras "I", "J" ou "K" dependendo de qual seja o plano
ativo.
G17 G18 G19 As letras "I", "J" e "K" estão associadas ao primeiro, segundo e terceiro
eixo do canal respectivamente.
G20 As letras "I", "J" e "K" estão associadas ao eixo de abcissas,
ordenadas e perpendicular do plano definido.

10.
Exemplo:
Rosqueamento eletrônico no eixo Z e em diferentes planos (configuração de eixos XYZ no canal).
G17 (plano XY) G18 (plano ZX) G19 (plano YZ)
G34 Z40 K2 K1=1 G34 Z40 K2 K1=1 G34 Z40 K2 K1=1
Rosqueamento eletrônico de passo variável (G34)
ROSQUEAMENTO ELETRÔNICO E ROSQUEAMENTO RÍGIDO.

G20 Z1 Y2 X3 G20 Y1 Z2 X3 G20 Y1 Z3 X2


G34 Z40 I2 K1=1 G34 Z40 J2 K1=1 G34 Z40 K2 K1=1

• Quando no rosqueamento eletrônico se interpolam vários eixos, o passo é estabelecido


sobre um dos eixos, não sobre a trajetória.

• Se o passo inicial da rosca não for programado, o CNC atua da seguinte forma.
1 Se não existe uma G33 ou G34 programada anteriormente, o CNC apresentará um erro.
2 Se existe uma G33 programada anteriormente, o passo inicial de G34 será o passo da
última G33 programada.
3 Se não existe uma G33, mas há uma G34 programada anteriormente, o passo inicial
de G34 será o passo final da última G34 programada.

Posição angular do spindle.

Posição angular do spindle (entre ±359.9999º) para o ponto inicial da rosca. Este parâmetro
permite realizar roscas de múltiplas entradas. Sua programação é opcional; se não for
programado, a função executa a rosca em 0º (equivalente a programar Q1=0).

Incremento (K1>0) ou decremento (K1<0) do passo da rosca por volta do spindle.

A função executa uma rosca de passo I/J/K na primeira volta, I/J/K+K1 na segunda,
I/J/K+2*K1 na terceira e assim sucessivamente. o parâmetro K1 poderá ser positivo
(incremento do passo) ou negativo (decremento do passo), com as seguintes limitações.
• Se K1 é positivo, não poderá ser maior ou igual a duas vezes o passo inicial.
• Se K1 é positivo, ao incrementar o passo durante a usinagem nenhum eixo de
CNC 8060 rosqueamento poderá superar o seu avanço máximo (parâmetro MAXFEED).

CNC 8065 • Se K1 é negativo, o passo durante a usinagem não poderá chegar a zero ou negativo,
caso contrário o CNC exibirá o erro correspondente.

O incremento de passo em função do passo inicial, passo final e distância pode ser calculado
da seguinte forma.
(REF: 1901) K1 = ( (passo final)² – (passo inicial)² ) / 2 * (distância)

·196·
Manual de program a çã o.

Considerações à execução.

Início do rosqueamento.

Se o rosqueamento começa em aresta viva, o incremento de passo na primeira volta, será


de meio incremento ("K1"/2), e nas voltas posteriores, será do incremento total "K1".

Interromper a execução (tecla [STOP] ou marca _FEEDHOL do PLC).

O comportamento do CNC ao interromper um rosqueamento (tecla [STOP] ou marca

10.
_FEEDHOL del PLC) depende da função G233. Ver "10.4 Remover os eixos após
interromper um rosqueamento eletrônico (G233)." na página 201.
• Se G233 estiver ativa, ao interromper o rosqueamento, os eixos se afastam a distância
programada na referida função. Se ao interromper o rosqueamento, o passe está

Rosqueamento eletrônico de passo variável (G34)


ROSQUEAMENTO ELETRÔNICO E ROSQUEAMENTO RÍGIDO.
próximo de ser finalizado, o CNC ignora a G233 e detém os eixos no final do passe.
• Se G233 não estiver ativa, ao interromper o rosqueamento, os eixos detém-se no final
do passe.

Busca de zero do spindle.

Se não se efetuou uma busca de referência do spindle, a primeira G34 realizá-la-á


automaticamente se se trabalha com o spindle master. Se o spindle não é o master e não
se efetuou a busca de referência, se mostrará um warning.

Comportamento do avanço.

O avanço no qual se efetua a rosca depende da velocidade e do passo de rosca programado


(Avanço = Velocidade x Passo). A rosqueamento eletrônico se executa em 100% do avanço
calculado, não podendo ser modificados estes valores nem desde o painel de comando nem
desde o PLC.

Comportamento da velocidade e da ultrapassagem.

Se o fabricante permitir (parâmetro THREADOVR), o usuário poderá modificar a


ultrapassagem da velocidade desde o painel de comando, neste caso o CNC adaptará o
avanço automaticamente respeitando o passo da rosca. Para poder modificar a
ultrapassagem, o feed forward ativo nos eixos envolvidos no rosqueamento deverá ser
superior ao 90%.

Se existem dois ou mais G34 para a mesma rosca, todos os rosqueamentos devem começar
à mesma velocidade; em caso contrário, o ponto de entrada à rosca não coincidirá em todos
os roscados. O CNC permite variar a velocidade do spindle durante a passada de
rosqueamento.

Se tem programados dois ou mais G34 para uma rosca de várias entradas, todos os
rosqueamentos devem começar à mesma velocidade; caso contrário, o ângulo entre
entradas não coincidirá com o programado. O CNC permite variar a velocidade do spindle
durante a passada de rosqueamento.

Considerações sobre a junção de roscas.


Quando se trabalha em arredondamento de aresta (G05), o CNC permite juntar diferentes
roscas de forma contínua em uma mesma peça. Na junção de roscas, o CNC só considera
a posição angular do spindle (Q1) na primeira rosca, após a ativação de G33 ou G34. Até
que esta função seja desativada e se volte a ativá-la, o CNC ignora o parâmetro Q1 e efetua
a sincronização na passagem pelo referido ângulo.

Juntar uma rosca de passo fixo (G33) com uma rosca de passo variável (G34). CNC 8060
O passo inicial do rosqueamento variável (G34) deve ser igual ao passo do rosqueamento CNC 8065
fixo (G33). O incremento de passo do rosqueamento variável na primeira volta, será de meio
incremento ("K1"/2), e em voltas posteriores, será do incremento total "K1".

G33 Z-40 K2.5


(REF: 1901)
G34 Z-80 K2.5 K1=1

·197·
Manual de programação.

Juntar uma rosca de passo variável (G34) com uma rosca de passo fixo (G33).

Esta combinação é utilizada para finalizar um rosqueamento de passo variável (G34) com
um pedaço de rosca que mantenha o passo final da rosca anterior . Neste caso, na rosca
de passo fixo G33 não se programa o passo, e o CNC utilizará o último passo do
rosqueamento anterior.

G34 Z-50 K2 K1=3


G33 Z-100

10. Juntar dois rosqueamentos de passo variável (G34).

O passo inicial da segunda rosca deve ser igual ao passo final da primeira. Neste caso, no
segundo rosqueamento não se programa o passo, e o CNC utilizará o último passo do
Rosqueamento eletrônico de passo variável (G34)
ROSQUEAMENTO ELETRÔNICO E ROSQUEAMENTO RÍGIDO.

rosqueamento anterior. O incremento de passo do rosqueamento variável na primeira volta,


será de meio incremento ("K1"/2), e em voltas posteriores, será do incremento total "K1".

G34 Z-50 K2 K1=3


G34 Z-100 K1=-2

Propriedades da função e influência do reset, do desligamento


e da função M30.
A função G34 é modal e incompatível com G00, G01, G02, G03, G33, G63 e G100. No
momento da partida, depois de executar-se M02 ou M30, e depois de uma emergência ou
reset, o CNC assume a função G00 ou G01 conforme tenha sido estabelecido pelo
fabricante da máquina (parâmetro IMOVE).

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·198·
Manual de program a çã o.

10.3 Rosqueamento rígido (G63)

Para efetuar rosqueamentos rígidos, é necessário que a máquina possua um transdutor rotativo
i (codificador) acoplado ao spindle.

Ao efetuar-se rosqueamento rígido, o CNC interpola o deslocamento do eixo longitudinal


com o deslocamento do spindle.

Programação 10.

ROSQUEAMENTO ELETRÔNICO E ROSQUEAMENTO RÍGIDO.


Rosqueamento rígido (G63)
Para definir um rosqueamento rígido, devemos programar a função G63, e a seguir as
coordenadas do ponto final do rosqueamento, que se poderá definir em coordenadas
cartesianas ou polares. O passo da rosca será calculado pelo CNC em função do avanço
"F e da velocidade "S" ativas (Passo = Avanço / Velocidade).

A função G63 se encarrega de arrancar o spindle no sentido indicado pelo sinal da


velocidade "S" programado, ignorando as funções M3, M4, M5 ou M19 ativas. Só se poderá
definir uma velocidade de rotação negativa se está ativa a função G63.

...
G94 F300
G01 G90 X30 Y30 Z50
G63 Z20 S200
...
F 300
O passo da rosca será: --- = --------- = 1 ,5mm
S 200

Devido a que a função G63 não realiza o retorno automático da ferramenta depois de fazer
a rosca, para retirar a ferramenta se deverá executar a rosca em sentido contrário invertendo
o sentido de rotação do spindle (trocando o sinal da velocidade "S"). Se a rosca se efetua
a ponta de ferramenta de corte, a ferramenta também se poderá retirar realizando uma
parada orientada do spindle (M19) e separando a ponta da ferramenta da rosca.

Se deseja efetuar em X30 Y30 Z0, e de uma só passada, uma rosca de 30mm de profundidade e
de passo 4mm.

G94 F400 G94 F400


G01 G90 X30 Y30 Z0 G01 G90 X30 Y30 Z0
G63 Z-30 S100 G63 Z-30 S100
M19 S0 G63 Z0 S-100
G91 G01 X3 G01 Z10
G90 Z10

Roscas de várias entradas


CNC 8060
Este tipo de rosqueamento permite usinar roscas de várias entradas. O posicionamento em
cada entrada deve ser definido antes de cada rosqueamento. CNC 8065
...
G90 G01 X0 Y0 Z0 F150
M19 S0 (Primeira entrada em 0º) (REF: 1901)

G63 Z-50 S150 (Rosqueamento)


G63 Z0 S-150 (Retrocesso)
M19 S120 (Segunda entrada em 120º)
G63 Z-50 S150

·199·
Manual de programação.

G63 Z0 S-150
M19 S240 (Terceira entrada em 240º)
G63 Z-50 S150
G63 Z0 S-150
...

Rosqueamento de 3 entradas, 50mm de profundidade e passo 1mm.

10. Considerações à execução

Comportamento da velocidade
ROSQUEAMENTO ELETRÔNICO E ROSQUEAMENTO RÍGIDO.
Rosqueamento rígido (G63)

O rosqueamento se efetua à velocidade definida junto à função G63. Se não se define uma
velocidade específica para a rosca, se executará à velocidade que se encontre ativa nesse
momento. Se se define uma velocidade perto da função G63, essa será a velocidade ativa
no spindle, depois de terminado o rosqueamento.

O sentido de rotação do spindle já está determinado pelo sinal da velocidade "S"


programada, ignorando as funções M3, M4, M5 ou M19 ativas. Se se programa uma destas
funções, se anula à função G63.

Comportamento do avanço

Durante o processo do rosqueamento rígido se poderá variar o avanço entre 0% e 200%


por meio do seletor do Painel de Comando do CNC ou desde o PLC. O CNC adaptará a
velocidade de rotação para manter a interpolação entre o eixo e o spindle.

O rosqueamento rígido e o modo de inspeção de ferramenta

Se a execução do rosqueamento rígido é interrompida e se acessa ao modo inspeção de


ferramenta, é permitido mover em jog (só em jog) os eixos que intervêm no rosqueamento.
Ao mover o eixo também se moverá o spindle interpolado; o spindle com o qual se realiza
a rosca. Se no rosqueamento rígido intervêm vários eixos, ao mover um deles mover-se-
ão junto a ele todos os eixos compreendidos na rosca.

Desta forma se permite mover o eixo para fora ou para dentro da rosca as vezes desejadas,
até que se pressione a softkey de reposição. O deslocamento dos eixos se realiza no F
programado, a menos que algum eixo ou spindle exceda o seu avanço máximo permitido
(parâmetro MAXMANFEED), neste caso o avanço ficará limitado a este valor.

Durante a inspeção, o teclado de jog do spindle fica desabilitado. Só se poderá sair da rosca,
movendo em jog algum dos eixos envolvidos no rosqueamento rígido. Também não é
permitido programar as funções de M3, M4, M5 e M19 no spindle; estas funções são
ignoradas.

Durante a reposição, ao selecionar um dos eixos da rosca no menu de softkeys, se moverão


todos os eixos e o spindle que intervêm na rosca.

Propriedades das funções


A função G63 é modal e incompatível com G00, G01, G02, G03 e G33.

No momento da ligação, depois de executar-se M02 ou M30, e depois de uma


EMERGÊNCIA ou um RESET, o CNC aceita a função G00 ou G01 conforme tenha sido
definido pelo fabricante da máquina [P.M.G. "IMOVE"].

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·200·
Manual de program a çã o.

10.4 Remover os eixos após interromper um rosqueamento eletrônico


(G233).

Esta funcionalidade deve estar habilitada pelo OEM nos parâmetros máquina (parâmetro
i RETRACTTHREAD); caso contrário, ao interromper a execução durante um rosqueamento (através
da tecla [STOP] ou da marca _FEEDHOL do PLC), os eixos sempre irão parar no final do passe.

A função G233 permite programar a distância de segurança para a qual serão removidos
os eixos caso se interrompa um rosqueamento (G33/G34), seja através da tecla [STOP] ou
do PLC (marca _FEEDHOL). Nos ciclos fixos de rosqueamento (G86/G87 do modelo -T-)
ignora-se esta função, já que vai implícita na programação do ciclo.
10.

ROSQUEAMENTO ELETRÔNICO E ROSQUEAMENTO RÍGIDO.

(G233).
Remover os eixos após interromper um rosqueamento eletrônico
Esta funcionalidade é especialmente interessante em rosqueamentos longos, onde pode
ser necessário interromper o rosqueamento, seja por quebra da ferramenta seja porque a
usinagem não está correta, por exemplo, devido à vibrações na peça.

Programação. Estabelecer e cancelar a distância de segurança


para a saída da rosca.
• Para estabelecer uma distância de segurança, programar a função G233 e, em seguida,
a distância em cada um dos eixos.
• Para cancelar a distância de segurança em um eixo, estabelecer uma distância de
segurança de valor zero no eixo.
• Para cancelar a função, programá-la sozinha no bloco, ou estabelecer uma distância
de valor zero em todos os eixos nos quais está ativa. Em ambos os casos, a função G233
desaparece da história.

Formato de programação. Estabelecer uma distância de segurança.

O formato de programação é o seguinte; entre chaves se mostra a lista de argumentos.


G233 X..Z{distance}
X..Z{distance} Distância de saída da rosca no eixo perpendicular ao rosqueamento.
Unidades: milímetros/polegadas.

G233 X5
(A ferramenta se afasta 5 mm da rosca no eixo X)

Formato de programação. Cancelar a distância de segurança em um eixo.


O formato de programação é o seguinte:
G233 X0..Z0

G233 X0
(cancelar a distância de segurança no eixo X).

Formato de programação. Desativar a função.

O formato de programação é o seguinte:


G233
G233 X0..Z0

G233 CNC 8060


G233 X0 Z0
CNC 8065

A função G233 sozinha no bloco também indica o ponto no qual se reinicia a execução após
pressionar [START].
(REF: 1901)
Distância de saída da rosca no eixo perpendicular ao rosqueamento.

A distância de segurança é estabelecida somente no eixo perpendicular ao do


rosqueamento; ignora-se no restante dos eixos. Em roscas longitudinais externas será uma
distância positiva e em roscas internas será uma distância negativa.

·201·
Manual de programação.

Em um rosqueamento cônico, o eixo de rosqueamento será o eixo sobre o qual foi


estabelecido o passo.

Programação. Definir o bloco para reiniciar a execução após


pressionar [START].
Para reiniciar a execução, pressionar a tecla [START]; a execução continua no bloco
seguinte no qual esteja programada a função G233 sozinha.

10. Funcionamento.
ROSQUEAMENTO ELETRÔNICO E ROSQUEAMENTO RÍGIDO.

(G233).
Remover os eixos após interromper um rosqueamento eletrônico

A opção de remover os eixos ao interromper um rosqueamento depende da configuração


da máquina (parâmetro RETRACTTHREAD).

RETRACTTHREAD Significado.

ON O comportamento do CNC depende da função G233.

OFF O CNC ignora a função G233 e detém os eixos ao final do rosqueamento.

Quando a funcionalidade está habilitada (parâmetro RETRACTTHREAD), o CNC atua da


seguinte forma ao interromper um rosqueamento (tecla [STOP] ou marca _FEEDHOL do
PLC).
• Se G233 está ativa, o eixo perpendicular ao rosqueamento se afasta da peça a distancia
programada. O eixo de rosqueamento se afasta da peça a distância necessária para não
danificar a rosca, mantendo o passo.
• Se G233 estiver ativa, e ao interromper o rosqueamento o passe está próximo de
finalizar, o CNC ignora G233 e detém os eixos no final do passe.
• Se G233 não estiver ativa, os eixos são detidos no final do passe.

Avanço dos eixos.

O eixo perpendicular ao rosqueamento se afasta da peça com o avanço estabelecido no


parâmetro MAXFEED do set ativo. O eixo de rosqueamento mantém o passo.

Considerações e limitações.

G233 com várias funções G33/G34 seguidas.


A função G233 estabelece distância de saída da rosca para todos os rosqueamentos
G33/G34 que forem programados depois dela. Se houver várias funções G33/G34
seguidas, e em cada uma delas se deseja uma saída de rosca diferente, deve-se programar
a função G233 correspondente antes de cada uma delas.

Junção de roscas.

Se existirem vários rosqueamentos consecutivos (junção de roscas), a função G233 dá por


finalizados todos eles.

Ciclos fixos de rosqueamento, ISO e conversacional (modelo -T-).

A função G233 só se aplica aos rosqueamentos eletrônicos G33/G34; nos ciclos fixos de
rosqueamento, tanto ISO como conversacional, não se considera, já que vai implícita nos
próprios ciclos, programada como saída de rosca.
CNC 8060 • Nos ciclos fixos que possuam programada uma saída de rosca, a distância que o eixo
CNC 8065 perpendicular ao rosqueamento se afasta é calculada automaticamente, e corresponde
ao valor da referida saída de rosca de cada passe.
• Nos ciclos em que a saída da rosca não está programada, o comportamento depende
do parâmetro RETRACTTHREAD.
(REF: 1901)
RETRACTTHREAD Significado.
ON A ferramenta se afasta a cota de segurança, em direção perpendicular
ao eixo de rosqueamento (igual ao caso de possuir saída de rosca).

OFF Os eixos detém-se no final do passe.

·202·
Manual de program a çã o.

Uma vez que a ferramenta tenha se afastado a distância programada, retorna ao ponto
inicial do ciclo. A máquina fica à espera da ordem de marcha para repetir o passe
interrompido.

Ciclos fixos de rosqueamento, ISO e conversacional (modelo -T-).

A opção de remover os eixos ao interromper um rosqueamento depende da configuração


da máquina (parâmetro RETRACTTHREAD).

RETRACTTHREAD Significado.

ON

OFF
O CNC interrompe o rosqueamento e remove os eixos.

O CNC detém os eixos ao final do passe.


10.

ROSQUEAMENTO ELETRÔNICO E ROSQUEAMENTO RÍGIDO.

(G233).
Remover os eixos após interromper um rosqueamento eletrônico
Nos ciclos fixos de rosqueamento, tanto ISO como conversacional, o CNC ignora a função
G233, já que vai implícita nos próprios ciclos, programada como saída de rosca. Quando
a funcionalidade está habilitada (parâmetro RETRACTTHREAD), o CNC atua da seguinte
forma ao interromper um rosqueamento (tecla [STOP] ou marca _FEEDHOL do PLC).
• Nos ciclos fixos que possuam programada uma saída de rosca, a distância que o eixo
perpendicular ao rosqueamento se afasta é calculada automaticamente, e corresponde
ao valor da referida saída de rosca de cada passe.
• Nos ciclos em que a saída de rosca não esteja programada, os eixos se afastam a cota
de segurança, em direção perpendicular ao eixo de rosqueamento (igual ao caso de
possuir saída de rosca).

Uma vez que a ferramenta tenha se afastado a distância programada, retorna ao ponto
inicial do ciclo. A máquina fica à espera da ordem de marcha para repetir o passe
interrompido.

Propriedades da função e influência do reset, do desligamento


e da função M30.
A função G233 é modal. No momento da partida, depois de ser executado M02 ou M30,
e depois de uma emergência ou um reset, o CNC desativa esta função.

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·203·
Manual de programação.

10.4.1 Variáveis associadas a G233.

As seguintes variáveis são acessíveis a partir do programa peça e a partir do modo


MDI/MDA. Para cada uma delas se indica se o acesso é de leitura (R) ou de escrita (W).

Variável. PRG Significado.

V.[ch].G.RETREJ R O usuário interrompeu um rosqueamento e o CNC retirou os eixos


da rosca.
(0 = O CNC reiniciou a execução, ou M30 ou reset)

10.
(1 = Os eixos alcançaram a distância programada)

Sintaxe das variáveis.


ROSQUEAMENTO ELETRÔNICO E ROSQUEAMENTO RÍGIDO.

(G233).
Remover os eixos após interromper um rosqueamento eletrônico

V.G.RETREJ

10.4.2 Exemplo de programação.

Exemplo de rosqueamento com G33 e G233, onde foi programada uma saída de rosca para
que, após interromper a execução, os eixos parem no ponto inicial e repitam o
rosqueamento.

N10 G90 G18 S500 M3


N20: G0 X20
N30 Z5
N50 X10
N60 G233 X5
(Retirada da rosca)
N70 G33 Z30 K5
(Bloco de rosqueamento que pode ser interrompido com [STOP])
N80 G33 Z50 X15 K5
(Bloco de saída de rosca)
N90 G233
N100 $IF V.G.RETREJ == 0 $GOTO N120
N110 $GOTO N20
N120 ...

Se no bloco N70 produz-se um [STOP], o CNC interrompe o rosqueamento e retira os eixos


de acordo com o bloco N60. Após retirar os eixos, o CNC dá por finalizados os blocos N70
e N80, e prossegue a execução no bloco N90.

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·204·
11
11. AJUDAS GEOMÉTRICAS

11.1 Aresta viva (G07/G60)

Quando se trabalha em aresta viva, o CNC não começa a execução do seguinte


deslocamento, até que o eixo atinja a posição programada. O CNC entende que se atingiu
a posição programada quando o eixo se encontra a uma distancia inferior à "zona em
posição", definida pelo fabricante da máquina [P.M.E. "INPOSW"].

Programação
A usinagem em aresta viva pode ser ativada desde o programa mediante duas funções
diferentes:
G07 Aresta viva (modal).
G60 Aresta viva (não modal).

A função G07 permanece ativa no decorrer do programa enquanto que a função G60 só
atua no bloco no qual foi programada, por isso só se poderá acrescentar a um bloco no qual
se definiu um deslocamento.

...
G01 G91 G60 Y70 F500
G01 X70
...

...
G07
G01 G91 Y70 F500
G01 X70
...

Os perfis teórico e real coincidem, obtendo-se desta maneira cantos vivos, como se observa
na figura.

Propriedades das funções


A função G07 é modal e incompatível com G05, G50, G60, G61 e o modo HSC.

A função G60 não é modal. Depois de sua execução se recupera a função G05, G07, G50
ou HSC que se encontrava ativa. CNC 8060
No momento da ligação, depois de executar-se M02 ou M30, e depois de uma CNC 8065
EMERGÊNCIA ou um RESET, o CNC aceita a função G05, G07 ou G50 conforme tenha
sido definido pelo fabricante da máquina [P.M.G. "ICORNER"].

(REF: 1901)

·205·
Manual de programação.

11.2 Semi-arredondamento de aresta (G50)

Quando se trabalha em semi-arredondamento de aresta, o CNC começa a execução do


deslocamento seguinte depois de finalizada a interpolação teórica do deslocamento atual,
sem esperar que os eixos se encontrem em posição. A distância desde a posição
programada à posição de começo da execução do seguinte deslocamento depende do
avanço dos eixos.

11. Programação
A usinagem em semi-arredondamento de aresta pode ser ativada desde o programa
mediante a função G50:
AJUDAS GEOMÉTRICAS
Semi-arredondamento de aresta (G50)

...
G50
G01 G91 Y70 F500
G01 X70
...

Por meio desta função obter-se-ão cantos arredondados, tal e como se observa na figura.

Propriedades da função
A função G50 é modal e incompatível com G05, G07, G60, G61 e o modo HSC.

No momento da ligação, depois de executar-se M02 ou M30, e depois de uma


EMERGÊNCIA ou um RESET, o CNC aceita a função G05, G07, G50 ou HSC conforme
tenha sido definido pelo fabricante da máquina [P.M.G. "ICORNER"].

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·206·
Manual de program a çã o.

11.3 Arredondamento de aresta controlada (G05/G61)

Quando se trabalha em arredondamento de aresta se permite controlar os cantos do perfil


programado. O modo no qual se realiza esta usinagem depende do tipo do arredondado
de aresta selecionado.

Programação
O tipo de arredondamento de aresta se seleciona mediante a instrução "#ROUNDPAR" e
permanece ativo até que seja selecionado outro diferente. Na seção "11.3.1 Tipos de
arredondamento de aresta" deste mesmo capítulo se mostra uma descrição dos diferentes
11.
tipos de arredondado de aresta disponíveis.

AJUDAS GEOMÉTRICAS
Arredondamento de aresta controlada (G05/G61)
Depois de selecionar o tipo de arredondado de aresta, este pode ser ativado desde o
programa por meio das funções:
G05 Arredondamento de aresta controlada (modal).
G61 Arredondamento de aresta controlada (não modal).

A função G05 permanece ativa no decorrer do programa enquanto que a função G61 só
atua no bloco no qual foi programada, por isso só se poderá acrescentar a um bloco no qual
se definiu um deslocamento.

Considerações
Esta operação pode ser aplicada a qualquer aresta, independentemente de que esteja
definida entre trajetórias retas e/ou circulares.

A usinagem da aresta se realiza mediante uma trajetória curva, não mediante arcos de
circunferência. A forma da curva depende do tipo de arredondado de aresta selecionado,
bem como das condições dinâmicas (avanço e aceleração) dos eixos implicados.

Propriedades das funções


A função G05 é modal e incompatível com G07, G50, G60, G61 e o modo HSC.

A função G61 não é modal. Depois de sua execução se recupera a função G05, G07, G50
ou HSC que se encontrava ativa.

No momento da ligação, depois de executar-se M02 ou M30, e depois de uma


CNC 8060
EMERGÊNCIA ou um RESET, o CNC aceita a função G05, G07 ou G50 conforme tenha
sido definido pelo fabricante da máquina [P.M.G. "ICORNER"]. CNC 8065

(REF: 1901)

·207·
Manual de programação.

11.3.1 Tipos de arredondamento de aresta

Existem 5 tipos diferentes de contorno de aresta. Os 4 primeiros executam diferentes tipos


de arredondado de aresta, enquanto que o último executa uma aresta viva. Este último tipo
está orientado a máquinas especiais (laser, jacto de água, etc.), nas quais se emprega para
evitar "queimar" a aresta, por isso, não é aconselhável o seu uso em fresadora.

A seleção e a definição do arredondado de aresta se realiza mediante os parâmetros


associados à instrução "#ROUNDPAR". Esta instrução pode ter associados até 6
parâmetros, cujo significado dependerá do tipo do arredondado de aresta selecionado.

11. Tipo 1
AJUDAS GEOMÉTRICAS
Arredondamento de aresta controlada (G05/G61)

#ROUNDPAR [1,e]

Se define o desvio máximo permitido entre o ponto programado e o perfil resultante do


arredondado de aresta.

O arredondado de aresta se executa dando prioridade às condições dinâmicas da usinagem


(avanço e aceleração). Se executa a usinagem que mais se aproxime ao ponto programado,
sem ultrapassar o desvio programado, e que não necessite diminuir o avanço "F"
programado.

···
N70 #ROUNDPAR [1,3] (X50 Y30)
N80 G01 G91 G61 X50 F850 N90
N90 G01 Y30
···

···
N70 #ROUNDPAR [1,3] e ?
N75 G05
N80 G01 G91 X50 F850 N80 ?
N90 G01 Y30
···

#ROUNDPAR [1,e]
e: Distância entre o ponto programado e o perfil real.

As distâncias do ponto programado aos pontos onde começa e acaba o arredondado de


aresta se calculam automaticamente, e não poderão ser maiores que a metade da trajetória
programada no bloco. Ambas as distâncias serão iguais, exceto quando uma delas fique
limitada à metade da trajetória programada.

Para este tipo de arredondado de aresta só se utilizam os valores dos dois primeiros
parâmetros da instrução "#ROUNDPAR", portanto, não é necessário incluir todos os
parâmetros.

Tipo 2
#ROUNDPAR [2,f]

Se define a percentagem do avanço "F" ativo que vai ser usado para usinar o arredondado
de aresta.

Se executa o arredondado de aresta que mais se aproxime ao ponto programado e que


possa ser usinado na percentagem de avanço estabelecido.
CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·208·
Manual de program a çã o.

···
N70 #ROUNDPAR [2,40]
N80 G01 G91 G61 X50 F850
(X50 Y30)
N90 G01 Y30 N90
···

···
N70 #ROUNDPAR [2,40]

11.
N75 G05 ?
N80 G01 G91 X50 F850
N90 G01 Y30
N80 ?
···

AJUDAS GEOMÉTRICAS
Arredondamento de aresta controlada (G05/G61)
#ROUNDPAR [2,f]
f: Percentagem de avanço "F" para o contorno de aresta.

As distâncias do ponto programado aos pontos onde começa e acaba o arredondado de


aresta se calculam automaticamente, e não poderão ser maiores que a metade da trajetória
programada no bloco. Ambas as distâncias serão iguais, exceto quando uma delas fique
limitada à metade da trajetória programada.

Para este tipo de arredondado de aresta só se utilizam os valores dos dois primeiros
parâmetros da instrução "#ROUNDPAR", portanto, não é necessário incluir todos os
parâmetros.

Tipo 3
#ROUNDPAR [3,a,b]

Se define a distância do ponto programado aos pontos onde começa e acaba o


arredondamento da aresta.

··· (X50 Y30)


N20 #ROUNDPAR [3,10,3]
N50
N30 G00 G90 X0 Y0
N40 G01 X50 F850
N50 Y30
···
b

N40 a

#ROUNDPAR [3,a,b]
a: Distância ao ponto onde começa o contorno.
b: Distância ao ponto onde acaba o contorno.
Dependendo dos parâmetros "a" e "b", pode ocorrer que se produza um desvio no perfil programado
(da forma como se mostra no exemplo).

Para este tipo de arredondado de aresta só se utilizam os valores dos três primeiros
parâmetros da instrução "#ROUNDPAR", portanto, não é necessário incluir todos os
parâmetros.
CNC 8060
Tipo 4
CNC 8065
#ROUNDPAR [4,e]

Se define o desvio máximo permitido entre o ponto programado e o perfil resultante do


arredondado de aresta.
(REF: 1901)
O arredondado de aresta se executa dando prioridade às condições geométricas da
usinagem. Se executa a usinagem programada diminuindo o avanço "F" programado se for
necessário.

·209·
Manual de programação.

···
N70 #ROUNDPAR [4,3]
N80 G01 G91 G61 X50 F850
(X50 Y30)
N90 G01 Y30 N90
···

···
N70 #ROUNDPAR [4,3]
e ?

11.
N75 G05
N80 G01 G91 X50 F850
N90 G01 Y30 N80 ?
···
AJUDAS GEOMÉTRICAS
Arredondamento de aresta controlada (G05/G61)

#ROUNDPAR [4,e]
e : Distância entre o ponto programado e o perfil real.

As distâncias do ponto programado aos pontos onde começa e acaba o arredondado de


aresta se calculam automaticamente, e não poderão ser maiores que a metade da trajetória
programada no bloco. Ambas as distâncias serão iguais, exceto quando uma delas fique
limitada à metade da trajetória programada.

Para este tipo de arredondado de aresta só se utilizam os valores dos dois primeiros
parâmetros da instrução "#ROUNDPAR", portanto, não é necessário incluir todos os
parâmetros.

Tipo 5
#ROUNDPAR [5,a,b,Px,Py,Pz]

Se define a distância do ponto programado aos pontos onde começa e acaba o


arredondamento da aresta. Também se definem as coordenadas de um ponto intermediário
do arredondado de aresta.

···
N70 #ROUNDPAR [5,7,4,55,-15,0]
N80 G01 G91 G61 X40 F850
(X50 Y30)
N90 G01 Y20
N90
···

···
N70 #ROUNDPAR [5,7,4,55,-15,0] b
N75 G05
N80 a
N80 G01 G91 X40 F850
N90 G01 Y20
(Px, Py, Pz)
···

#ROUNDPAR [5,a,b,Px,Py,Pz]
a : Distância ao ponto onde começa o contorno.
b : Distância ao ponto onde acaba o contorno.
Px : Cota em X do ponto intermediário.
Py : Cota em Y do ponto intermediário.
Pz : Cota em Z do ponto intermediário.

CNC 8060 Para este tipo de arredondado de aresta só se utilizam os valores dos seis primeiros
CNC 8065 parâmetros da instrução "#ROUNDPAR".

Neste tipo de arredondado de aresta, a forma da curva depende da posição do ponto


intermediário e da distância do ponto programado aos pontos onde começa e acaba o
arredondado de aresta.
(REF: 1901)

·210·
Manual de program a çã o.

...
(Px, Py, Pz)
11.

AJUDAS GEOMÉTRICAS
Arredondamento de aresta controlada (G05/G61)
G92 X0 Y0
a
G71 G90
#ROUNDPAR [5,-30,-30,55,-5,0]
b (Px, Py, Pz)
G01 G61 X50 F850
N90 G01 Y40
...
Distâncias "a" e "b" negativas e maiores (em valor absoluto) que a distância do ponto programado
ao ponto intermediário em cada eixo (aproximadamente 4 vezes).

...
G92 X0 Y0
G71 G90 a
#ROUNDPAR [5,-5,-5,65,-15,0] b
G01 G61 X50 F850
(Px, Py, Pz)
G01 Y40
...
Distâncias "a" e "b" negativas e menores (em valor absoluto) que a distância do ponto programado
ao ponto intermediário em cada eixo.

...
G92 X0 Y0
G71 G90
b
#ROUNDPAR [5,5,5,65,-15,0]
a
G01 G61 X50 F850
(Px, Py, Pz)
G01 Y40
...
Distâncias "a" e "b" positivas.

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·211·
Manual de programação.

11.4 Arredondamento de arestas (G36)

Mediante a função G36 permite fazer arredondamento de uma aresta com um raio
determinado, sem a necessidade de calcular nem o centro nem os pontos inicial e final do
arco.

Programação

11. A definição do arredondamento deve ser programada entre as duas trajetórias que definem
a aresta que se deseja arredondar. Estas trajetórias podem ser lineares e/ou circulares.

O formato de programação é "G36 I<raio>", onde o valor do raio se programará em


AJUDAS GEOMÉTRICAS
Arredondamento de arestas (G36)

milímetros ou em polegadas, em função das unidades ativas.

G01 G90 X25 Y60 G03 G90 X40 Y50 I0 J30


G36 I5 G36 I5
G01 X40 Y0 G01 X40 Y0

Considerações
O valor "I" de arredondamento permanece ativo até que se programe outro valor, portanto,
não é necessário programá-lo em arredondamentos sucessivos do mesmo raio.

O valor "I" do raio do arredondamento é utilizado também pelas funções:


G37 (Entrada tangencial) como raio de entrada.
G38 (Saída tangencial) como raio de saída.
G39 (Chanfrado de arestas) e tamanho do chanfro.

Isto significa que o raio de arredondamento definido em G36 será o novo valor do raio de
entrada, raio de saída ou tamanho do chanfro quando se programe uma destas funções,
e vice-versa.

N10 G01 X10 Y10 F600


N20 G01 X10 Y50
N30 G36 I5 (Arredondamento. Raio=5)
N40 G01 X50 Y50
N50 G36 (Arredondamento. Raio=5)
N60 G01 X50 Y10
N70 G39 (Chanfro. Tamanho=5)
N80 G01 X90 Y10
CNC 8060
N90 G39 I10 (Chanfro. Tamanho=10)
CNC 8065 N100 G01 X90 Y50
N110 G36 (Arredondamento. Raio=10)
N120 G01 X70 Y50

(REF: 1901) N130 M30

·212·
Manual de program a çã o.

O avanço ao que se executa o arredondamento programado depende do tipo de


deslocamento programado a seguir:
• Se o seguinte deslocamento é em G00, o arredondamento se realizará em G00.
• Se o seguinte deslocamento é em G01, G02 ou G03, o arredondamento se realizará ao
avanço programado no bloco de definição do arredondamento. Se não se programou
o avanço, o arredondamento se realizará no avanço ativo.

N10 G01 G94 X10 Y10 F600


N20 G01 X10 Y50
N30 G36 I5
N40 G00 X50 Y50
(Arredondamento. G00)
11.
N50 G36 (Arredondamento. F=600mm/min.)

AJUDAS GEOMÉTRICAS
Arredondamento de arestas (G36)
N60 G01 X50 Y10
N70 G36 F300 (Arredondamento. F=300mm/min.)
N80 G01 X90 Y10 F600
N90 M30

Quando se define uma troca de plano entre as duas trajetórias que definem um
arredondamento, este se realiza no plano onde está definida a segunda trajetória.

N10 G01 G17 X10 Y10 Z-10 F600


N20 X10 Y50 Z0 (Plano X-Y)
N30 G36 I10
N40 G18 (Plano Z-X. O arredondamento se efetua neste plano)
N50 X10 Z30
N60 M30

Propriedades da função
A função G36 não é modal, portanto deverá programar-se sempre que se deseje realizar
o arredondamento de uma aresta.

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·213·
Manual de programação.

11.5 Chanfrado de arestas (G39)

Mediante a função G39, é possível inserir um chanfro com um tamanho determinado, sem
necessidade de calcular os pontos de interseção.

Programação
A definição do chanfro deve ser programada entre as duas trajetórias que definem a aresta

11. que se deseja fazer um chanfrado. Estas trajetórias podem ser lineares e/ou circulares.

O formato de programação é "G39 I<tamanho>", onde o valor do tamanho se programará


em milímetros ou em polegadas, em função das unidades ativas.
AJUDAS GEOMÉTRICAS
Chanfrado de arestas (G39)

G01 G90 X25 Y60 G03 G90 X40 Y50 I0 J30


G39 I5 G39 I5
G01 X40 Y0 G01 X40 Y0

Considerações
O valor "I" do tamanho do chanfro permanece ativo até que se programe outro valor,
portanto, não é necessário programá-lo em chanfrados sucessivos do mesmo tamanho.

O valor "I" do tamanho do chanfro é utilizado também pelas funções:


G36 (Arredondamento de arestas) como raio de arredondamento.
G37 (Entrada tangencial) como raio de entrada.
G38 (Saída tangencial) como raio de saída.

Isto significa que o tamanho do chanfro definido em G39 será o novo valor do raio de entrada,
raio de saída ou raio de arredondamento quando se programe uma destas funções, e vice-
versa.

N10 G01 X10 Y10 F600


N20 G01 X10 Y50
N30 G36 I5 (Arredondamento. Raio=5)
N40 G01 X50 Y50
N50 G36 (Arredondamento. Raio=5)
N60 G01 X50 Y10
N70 G39 (Chanfro. Tamanho=5)
N80 G01 X90 Y10
N90 G39 I10 (Chanfro. Tamanho=10)
CNC 8060
N100 G01 X90 Y50
CNC 8065
N110 G36 (Arredondamento. Raio=10)
N120 G01 X70 Y50
N130 M30
(REF: 1901)

·214·
Manual de program a çã o.

O avanço ao que se executa o chanfro programado depende do tipo de deslocamento


programado a seguir:
• Se o seguinte deslocamento é em G00, o chanfrado se realizará em G00.
• Se o seguinte deslocamento é em G01, G02 ou G03, a introdução automática de
chanfros se realizará no avanço programado no bloco de definição da introdução
automática de chanfros. Se não se programou o avanço, o chanfrado se realizará no
avanço ativo.

N10 G01 G94 X10 Y10 F600


N20 G01 X10 Y50
N30 G39 I5 (Chanfrado em G00) 11.
N40 G00 X50 Y50

AJUDAS GEOMÉTRICAS
Chanfrado de arestas (G39)
N50 G39 (Chanfrado. F=600mm/min.)
N60 G01 X50 Y10
N70 G39 F300 (Chanfrado. F=300mm/min.)
N80 G01 X90 Y10 F600
N90 M30

Quando se define uma troca de plano entre as duas trajetórias que definem um chanfrado,
este se realiza no plano onde está definida a segunda trajetória.

N10 G01 G17 X10 Y10 Z-10 F600


N20 X10 Y50 Z0 (Plano X-Y)
N30 G39 I10
N40 G18 (Plano Z-X. O chanfrado se efetua neste plano)
N50 X10 Z30
N60 M30

Propriedades da função
A função G39 não é modal, portanto deverá programar-se sempre que se deseje realizar
o chanfrado de uma aresta.

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·215·
Manual de programação.

11.6 Entrada tangencial (G37)

A função G37 permite começar a usinagem com uma entrada tangencial da ferramenta, sem
necessidade de calcular os pontos de interseção.

Programação
A entrada tangencial deve ser a única programada no bloco, e depois do bloco cuja trajetória

11. se deseja modificar, sendo necessário que esta trajetória seja retilínea (G00 ou G01).

O formato de programação é "G37 I<raio>", onde o valor do raio se programará em


milímetros ou em polegadas, em função das unidades ativas.
AJUDAS GEOMÉTRICAS
Entrada tangencial (G37)

A trajetória linear anterior à entrada tangencial deverá ter um comprimento igual ou maior
que duas vezes o raio de entrada. Da mesma maneira, o raio deverá ser positivo, e em caso
de trabalhar com compensação de raio, maior que o raio de da ferramenta.

G01 G90 X40 Y50 F800 G01 G90 X40 Y50 F800
G02 X70 Y20 I30 J0 G37 I10
G02 X70 Y20 I30 J0

Considerações
O valor "I" do raio da entrada tangencial permanece ativo até que se programe outro valor,
portanto, não é necessário programá-lo em entradas tangenciais sucessivas do mesmo
raio.

O valor "I" do raio da entrada é utilizado também pelas funções:


G36 (Arredondamento de arestas) como raio de arredondamento.
G38 (Saída tangencial) como raio de saída.
G39 (Chanfrado de arestas) e tamanho do chanfro.

Isto significa que o raio de entrada definido em G37 será o novo valor do raio de saída, raio
de arredondamento ou tamanho do chanfro quando se programem estas funções, e vice-
versa.

Propriedades da função
A função G37 não é modal, portanto deverá programar-se sempre que se deseje começar
uma usinagem com entrada tangencial.

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·216·
Manual de program a çã o.

11.7 Saída tangencial (G38)

A função G38 permite finalizar a usinagem com uma saída tangencial da ferramenta, sem
necessidade de calcular os pontos de interseção.

Programação
A saída tangencial deve ser a única programada no bloco, e antes do bloco cuja trajetória
queremos modificar, sendo necessário que esta trajetória seja retilínea (G00 ou G01).

O formato de programação é "G38 I<raio>", onde o valor do raio se programará em


11.
milímetros ou em polegadas, em função das unidades ativas.

AJUDAS GEOMÉTRICAS
Saída tangencial (G38)
A trajetória linear seguinte à saída tangencial deverá ter um comprimento igual ou maior que
duas vezes o raio de saída. Da mesma maneira, o raio deverá ser positivo, e em caso de
trabalhar com compensação de raio, maior que o raio de da ferramenta.

G02 X60 Y40 I20 J0 F800 G02 X60 Y40 I20 J0 F800
G01 X100 G38 I10
G01 X100

Considerações
O valor "I" do raio da saída tangencial permanece ativo até que se programe outro valor,
portanto, não é necessário programá-lo em saídas tangenciais sucessivas do mesmo raio.

O valor "I" do raio da saída é utilizado também pelas funções:


G36 (Arredondamento de arestas) como raio de arredondamento.
G37 (Entrada tangencial) como raio de entrada.
G39 (Chanfrado de arestas) e tamanho do chanfro.

Isto significa que o raio de saída definido em G38 será o novo valor do raio de entrada, raio
de arredondamento ou tamanho do chanfro quando se programem estas funções, e vice-
versa.

Propriedades da função
A função G38 não é modal, portanto deverá programar-se sempre que se deseje terminar
uma usinagem com saída tangencial.

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·217·
Manual de programação.

11.8 Espelhamento (G11, G12, G13, G10, G14)

Mediante o espelhamento se pode repetir a usinagem programada numa posição simétrica


com referência a um ou mais eixos. Quando se trabalha com espelhamento, os
deslocamentos dos eixos aos quais se aplica o espelhamento, se executam com o sinal
modificado.

Programação
11. O espelhamento pode ser aplicado desde o programa mediante as funções:
G10 Anulação de espelhamento.
AJUDAS GEOMÉTRICAS
Espelhamento (G11, G12, G13, G10, G14)

G11 Espelhamento no eixo X.


G12 Espelhamento no eixo Y.
G13 Espelhamento no eixo Z.
G14 Espelhamento nas direções programadas.

G10
Anulação de espelhamento

Desativa o espelhamento em todos os eixos, incluído o espelhamento ativado mediante


G14.

Se acrescentamos a um bloco no qual se definiu uma trajetória, o espelhamento se


desativará antes de executar o deslocamento.

G11 a G13
Espelhamento no eixo X, Y ou Z

As funções G11, G12 e G13 ativam o espelhamento em todos nos eixos X, Y e Z


respectivamente. Estas funções não se desativam mutuamente, o qual permite manter ativo
o espelhamento em vários eixos ao mesmo tempo.

Se se acrescenta a um bloco no qual se definiu uma trajetória, o espelhamento se ativará


antes de executar o deslocamento.

G11
(Espelhamento no eixo X)
G12
(Espelhamento no eixo Y. É mantida a do eixo X)
···
G10
(Anulação de espelhamento em todos os eixos)

G14
Espelhamento nas direções programadas

Permite ativar ou desativar o espelhamento em qualquer eixo. A ativação e desativação se


define programando a função G14 e seguidamente os eixos com o valor determinado
quando se ativa (<eixo>=-1) ou se desativa (<eixo>=1) o espelhamento nesse eixo.

G14 X-1 V-1


(Espelhamento nos eixos X e V)
CNC 8060 G14 X1
CNC 8065 (Anulação de espelhamento no eixo X. Se mantém no eixo V)
···
G14 V1
(Anulação de espelhamento no eixo V)
(REF: 1901)

·218·
Manual de program a çã o.

Considerações
Quando se usina um perfil mediante espelhamento, o sentido de usinagem é contrário ao
do perfil programado. Se este perfil se define com compensação de raio, quando se ative
o espelhamento o CNC trocará o tipo de compensação (G41 ou G42) para obter o perfil
programado.

11.

AJUDAS GEOMÉTRICAS
Espelhamento (G11, G12, G13, G10, G14)
%PROGRAM (Programa principal)
G00 G90 X0 Y0 Z20
... (Usinagem de perfil 1)
G11 (Espelhamento em X)
... (Usinagem de perfil 2)
G10 (Se desativa o espelhamento em todos os eixos)
M30

Propriedades das funções


As funções G11, G12, G13 e G14 são modais. Depois de ativado o espelhamento num eixo,
se mantém ativo até que se cancele por meio de G10 ou G14.

As funções G10 e G14 são incompatíveis entre si, também com G11, G12 e G13.

No momento da partida e após uma emergência, o CNC cancela a imagem espelho (assume
a função G10). O comportamento da imagem espelho após se executar M02 ou M30 e após
um reset depende do parâmetro máquina MIRRORCANCEL.

MIRRORCANCEL Comportamento da imagem espelho.

Sim As funções M02, M30 e reset cancelam a imagem espelho.

Não As funções M02, M30 e reset não afetam a imagem espelho.

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·219·
Manual de programação.

Exemplos de programação

11.
AJUDAS GEOMÉTRICAS
Espelhamento (G11, G12, G13, G10, G14)

%L PROFILE (Definição da sub-rotina "PROFILE")


N10 G00 X10 Y10
N20 G01 Z0 F400
N30 G01 X20 Y20 F850
N40 X50
N50 G03 X50 Y50 R15
N60 G01 X30
N70 X20 Y40
N80 Y20
N90 X10 Y10
N100 Z10 F400
M29 (Fim de sub-rotina)

%PROGRAM (Programa principal)


N10 G0 X0 Y0 Z10
N20 LL PROFILE (Chamada a uma sub-rotina. Perfil 1)
N30 G11 (Espelhamento em X)
N40 LL PROFILE (Chamada a uma sub-rotina. Perfil 2)
N50 G12 (Espelhamento nos eixos X e Y)
N60 LL PROFILE (Chamada a uma sub-rotina. Perfil 3)
N70 G14 X1 (Anulação de espelhamento no eixo X)
N80 LL PROFILE (Chamada a uma sub-rotina. Perfil 4)
N90 G10 (Se desativa o espelhamento em todos os eixos)
N100 G00 X0 Y0 Z50
M30

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·220·
Manual de program a çã o.

X
B A
60
40
20
Z
-150 -110 -60 60 110 150
11.

AJUDAS GEOMÉTRICAS
Espelhamento (G11, G12, G13, G10, G14)
%L PROFILE (Sub-rotina definida pela zona "A" da peça)
G90 G00 X40 Z150
G02 X80 Z110 R60
G01 Z60
G01 X124 Z-6
M17

%PROGRAM (Programa principal)


G18 G151 (Plano principal ZX e programação em diâmetros)
V.A.ORGT[1].Z=160 (Definição do primeiro deslocamento de origem G54)
G54 (Aplicação do deslocamento de origem)
LL PROFILE (Chamada a uma sub-rotina. Usinagem da zona "A")
G0 Z-150 (Movimento para evitar o choque com a peça)
G13 (Espelhamento no eixo Z)
LL PROFILE (Chamada a uma sub-rotina. Usinagem da zona "B")
G0 Z-200 (Retorno ao ponto inicial)
G10 (Desativar o espelhamento em todos os eixos)
M30

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·221·
Manual de programação.

11.9 Rotação do sistema de coordenadas (G73)

A função G73 permite girar o sistema de coordenadas tomando como centro de rotação a
origem do sistema de referência ativo (zero peça) ou o centro de rotação programado.

Programação
A rotação do sistema de coordenada deve ser programada somente no bloco. O formato

11. de programação destas funções é "G73 Q I J", onde:


Q Indica o ângulo de rotação em graus.
I, J Definem a abcissa e a ordenada do centro de rotação. Se definem em cotas absolutas e estão
AJUDAS GEOMÉTRICAS
Rotação do sistema de coordenadas (G73)

referidas ao zero peça.


Se se programam, devem ser programados ambos os parâmetros.
Se não se programam, se tomará o zero peça como centro de rotação.

Para anular a rotação de coordenadas se programará somente a função G73, sem nenhum
dado adicional.

G73 Q90 G73 Q90 I20 J30

Portanto, a função G73 poderá ser programada das seguintes formas:


G73 Q I J Rotação de "Q" graus com centro no ponto com abcissa "I" e ordenada "J", com
referência ao zero peça.
G73 Q Rotação de "Q" graus com centro no zero peça.
G73 Anulação da rotação de coordenadas.

Considerações
A função G73 é incremental; isto é, vão-se somando os diferentes valores de "Q"
programados.

CNC 8060
CNC 8065

Os valores de "I" e "J" são afetados pelos espelhamentos ativos. Se encontramos ativa
(REF: 1901) alguma função de espelhamento, o CNC aplicará primeiro a função espelhamento e a seguir
a rotação do sistema de coordenadas.

·222·
Manual de program a çã o.

Propriedades da função
A função G73 é modal. A rotação de coordenadas se mantém ativa até que se anule
mediante a função G73 ou se modifique o plano de trabalho.

No momento da ligação, depois de executar-se M02 ou M30 ou depois de uma


EMERGÊNCIA ou RESET, se anula a rotação do sistema de coordenadas ativo.

Exemplo de programação

Sendo o ponto inicial X0 Y0, se tem:


11.

AJUDAS GEOMÉTRICAS
Rotação do sistema de coordenadas (G73)
%L PROFILE (Sub-rotina com o perfil)
G01 X21 Y0 F300
G02 G31 Q0 I5 J0
G03 G31 Q0 I5 J0
G03 G31 Q180 I-10 J0
M29 (Fim de sub-rotina)

%PROGRAM (Programa)
$FOR P0=1, 8, 1 (Repete 8 vezes o perfil e a rotação de coordenadas)
LL PROFILE (Usinagem do perfil)
G73 Q45 (Rotação de coordenadas)
$ENDFOR
M30

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·223·
Manual de programação.

11.10 Fator de escala geral

Permite ampliar ou reduzir a escala das trajetórias e contornos programados. Desta maneira
podem-se realizar famílias de perfil semelhantes, mas de dimensões diferentes com um só
programa.

O fator escala geral se aplica a todos os eixos do canal. Depois de ativar o fator de escala
todas as coordenadas programadas se multiplicarão pelo valor do fator de escala definido,
até que se defina um novo fator de escala ou se anule.

11. Ativar o fator de escala


Fator de escala geral
AJUDAS GEOMÉTRICAS

O fator escala geral pode ser ativado mediante os comandos G72 ou #SCALE. Ambos os
comandos podem ser utilizados indistintamente.

Mesmo que existam dois diferentes comandos, o fator de escala é o mesmo; isto é, o fator
de escala programado com G72 modifica o programado com #SCALE e vice-versa.

Programação com G72.

Se programará a função G72 e a seguir o fator de escala definido mediante o parâmetro


S da seguinte maneira:
G72 S<escala>

Se programamos a função G72 sozinha ou se programamos um valor de escala de ·0· ou


·1·, se anula o fator escala ativo.

O parâmetro "S" que define o fator de escala deve ser programado a seguir à função G72.
Se o parâmetro é programado antes, se interpreta como velocidade do spindle.

Programação com #SCALE.

Se programará a instrução #SCALE e a seguir o fator de escala da seguinte maneira. É


necessária a programação dos colchetes.
#SCALE [<escala>]

Se se programa um valor de escala de ·0· ou ·1·, se anula o fator escala ativo.

G72 S2
#SCALE [2]
G72
#SCALE [1]

Anular o fator de escala


O fator escala geral pode ser anulado mediante os mesmos comandos G72 ou #SCALE,
definindo um valor de escala de ·0· ou ·1·. No caso da função G72, o fator escala também
se anula se é programada esta função sozinha no bloco.

Considerações
Se ativamos o sistema coordenadas da máquina (#MCS ON), se anula temporariamente
o fator de escala até que este sistema de coordenadas se desative (#MCS OFF).

Enquanto estiver ativo o sistema de coordenadas da máquina não é permitido ativar nem
CNC 8060 modificar o fator de escala.
CNC 8065

Propriedades

(REF: 1901) O fator escala permanece ativo até que se anule com outro fator de escala.

No momento da ligação, depois de executar-se M02 ou M30 ou depois de uma


EMERGÊNCIA ou RESET, o CNC anula o fator de escala ativo.

·224·
Manual de program a çã o.

Exemplo de programação

11.

Fator de escala geral


AJUDAS GEOMÉTRICAS
%L PROFILE (Perfil a usinar)
G90 X-19 Y0
G01 X0 Y10 F150
G02 X0 Y-10 I0 J-10
G01 X-19 Y0
M29

%PROGRAM
G00 X-30 Y10
#CALL PROFILE (Usinagem do perfil "a"))
G92 X-79 Y-30 (Pré-seleção de coordenadas)
#SCALE [2] (Aplica fator de escala de 2)
#CALL PROFILE (Usinagem do perfil "b")
#SCALE [1] (Anula o fator de escala)
M30

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·225·
Manual de programação.

X A1 A2
100

50

40 80 120 Z

11. 30 60 100
Fator de escala geral
AJUDAS GEOMÉTRICAS

%L PROFILE (Sub-rotina definida pela zona "A1" da peça)


G90 G01 X200 Z0
G01 X200 Z30 F150
G01 X160 Z40
G03 X160 Z60 R10
G02 X160 Z80 R10
G03 X160 Z100 R10
G02 X160 Z120 R10
M29

%PROGRAM (Programa principal)


G18 G151 (Plano principal ZX e programação em diâmetros)
G00 X206 Z0 (Aproximação)
LL PROFILE (Chamada a uma sub-rotina. Usinagem da zona "A1")
G92 Z0 (Pré-seleção de cotas)
G72 S0.5 (Aplicação do fator de escala)
LL PROFILE (Chamada a uma sub-rotina. Usinagem da zona "A2")
G72 S1 (Anulação do fator escala)
G01 X0
G0 X250 Z200 (Retorno ao ponto inicial)
G53 (Anulação da pré-seleção de cotas)
M30

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·226·
Manual de program a çã o.

11.11 Zona de trabalho.

As zonas de trabalho definem uma área restrita para o movimento da ferramenta, quer
proibindo-a sair da área programada (zona de não saída) ou proibindo a sua entrada (zona
de não entrada). O CNC permite definir cinco destas zonas de trabalho, que poderão estar
ativas simultaneamente.

Durante qualquer movimento dos eixos, no modo manual ou automático, o CNC monitora
as cotas teóricas para ver se a ferramenta entra em uma zona de não entrada ou deixa uma
zona de não saída. Em caso afirmativo, o CNC detém o movimento dos eixos e exibe o erro
correspondente.

Durante o movimento, o CNC pode monitorar a ponta da ferramenta, a base ou ambas. Este
11.
monitoramento funciona com e sem compensação do raio e do comprimento. Quando o

AJUDAS GEOMÉTRICAS
Zona de trabalho.
CNC monitora a ponta da ferramenta, faz isso levando em consideração as dimensões da
ferramenta.

Zona de trabalho em fresadora, definida em três eixos lineares.

Zona de trabalho em torno, definida em dois eixos lineares.

Os limites das zonas de trabalho são definidos em cotas de máquina. Basicamente, uma
zona de trabalho é definida pela programação da cota limite inferior e da cota limite superior
em um ou mais eixos do canal. Também é possível combinar uma área circular em dois dos
eixos com limites inferior e superior em outros eixos do canal.

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·227·
Manual de programação.

11.11.1 Comportamento do CNC quando existem zonas de trabalho ativas.

Considerações gerais.
• Após a partida, o CNC não monitorará as zonas cujos limites estejam definidos por eixos
com transdutor não absoluto e que não tenham sido referenciados.
• O CNC não monitorará as zonas de trabalho durante a busca de referência da máquina.
• O CNC leva em consideração as dimensões da ferramenta nos eixos do triedro principal.
Se houver alguma cinemática ativa, o CNC levará em consideração a direção da

11.
ferramenta.
• O CNC também aplica as zonas de trabalho aos eixos que funcionam como
visualizadores, neste caso monitorando o limite na direção do incremento real de
posição para zonas de não saída.
AJUDAS GEOMÉTRICAS
Zona de trabalho.

• O CNC monitora as cotas máquina dos eixos do canal; isto é, leva em conta tanto os
movimentos programados quanto aqueles provenientes do interpolador, independente
da intervenção manual e também do PLCOFFSET.

Distância de segurança.
• Os limites das zonas de trabalho possuem uma distância de segurança, definida nos
parâmetros da máquina (parâmetro ZONELIMITTOL) ou das variáveis. O CNC detém
o eixo quando este alcança a distância de segurança da zona; isto é, se a distância de
segurança é de 0,1 mm, a cota programada pode ser no máximo de 0,1 mm antes do
limite.

Sistema multicanal.
• Quando um eixo muda de canal, o CNC apaga os limites do eixo nas referidas zonas.
• Não é possível mudar um eixo de canal quando uma zona em que o referido eixo
participa esteja ativa.

Movimentos em modo automático.


• Antes de iniciar a execução de um bloco, o CNC verifica se as coordenadas finais estão
em alguma zona proibida ou se a trajetória cruza alguma zona proibida. Em caso
afirmativo, o CNC detém o movimento dos eixos e exibe o erro correspondente. Esta
verificação no início do bloco também será feita nos modos de simulação.
• Se, durante a execução, a intervenção manual for habilitada em algum eixo, a partir
deste ponto, o CNC verifica apenas a posição real para as zonas com limites nesse eixo.
Durante a preparação dos blocos, o CNC não verifica a posição para zonas com limites
definidos nesse eixo.

Movimentos em modo manual (jog contínuo, jog incremental ou volantes).


• Quando um eixo atinge o limite de uma zona, ele é detido e o CNC exibe o warning (aviso)
correspondente.
• O eixo é detido no limite mais restritivo de todas as zonas de trabalho na direção do
movimento, e respeitando a distância de segurança (parâmetro ZONELIMITTOL). O
CNC buscará os limites mais restritivos entre todas as zonas de não saída. Entre as
zonas de não entrada, o CNC levará em conta somente as que sejam relevantes para
a posição do eixo que se move. A zona de não entrada é considerada relevante se os
eixos restantes definidos na zona estão no interior dela e o eixo que se move, não.
• Para zonas de não saída, o CNC verifica o limite somente na direção do movimento,
permitindo, deste modo, o eixo retornar para uma zona válida.

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·228·
Manual de program a çã o.

11.11.2 Definir os limites das zonas de trabalho (G120/G121/G123).

O CNC permite definir os limites das zonas de trabalho por meio das seguintes funções.
Uma zona de trabalho pode ser limitada em todos os eixos do canal.
G120 Estabelecer os limites lineares inferiores da zona de trabalho.
G121 Estabelecer os limites lineares superiores da zona de trabalho.
G123 Estabelecer os limites circulares da zona de trabalho.

11.
Os limites das zonas de trabalho são definidos em cotas de máquina. Basicamente, uma
zona de trabalho é definida pela programação da cota limite inferior e da cota limite superior
em um ou mais eixos do canal. Também é possível combinar uma área circular em dois dos
eixos com limites inferior e superior em outros eixos do canal.

AJUDAS GEOMÉTRICAS
Zona de trabalho.
Programação. Definir os limites lineares de uma zona.
Programar a função G120 (limites inferiores) ou G121 (limites superiores) e, em seguida,
o número da zona e os limites em cada eixo, em cotas de máquina.

Formato de programação.

O formato de programação é o seguinte: entre chaves são mostrados os argumentos.


G120 K{zona} X..C{limite}
G121 K{zona} X..C{limite}
K{zona} Número de zona (entre 1 e 5).
X..C{limite} Limite inferior (G120) ou superior (G121) da zona, em cotas de máquina.
Unidades: Milímetros, polegadas ou graus.

G120 K1 X20 Y20


(Definir os limite inferiores da zona 1 nos eixos X Y)
G121 K1 X100 Y50
(Definir os limite superiores da zona 1 nos eixos X Y)

50

20

X
20 100

Nome do eixo e limite de zona.

Os limites da zona podem ser definidos em todos os eixos do canal, em cotas de máquina.
Os dois limites de uma zona (inferior e superior) podem ser positivos ou negativos, mas os
limites inferiores deverão ser menores que os limites superiores.

Os limites das zonas de trabalho no eixo transversal de uma máquina tipo torno sempre são
definidos em raios, independentemente do parâmetro DIAMPROG e da função G151/G152
ativa.
CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·229·
Manual de programação.

Programação. Definir os limites circulares de uma zona.


Programar la função G123 e, em seguida, o número da zona e suas dimensões.

Formato de programação.

O formato de programação é o seguinte: entre chaves são mostrados os argumentos.


G123 K{zona} X..C{centro} X..C{centro} R{raio}
K{zona} Número de zona (entre 1 e 5).

11.
X..C{centro} Cotas do centro nos dois eixos que definem o círculo, em cotas de máquina.
Unidades: Milímetros, polegadas ou graus.
R{raio} Raio da zona de trabalho.
AJUDAS GEOMÉTRICAS
Zona de trabalho.

Unidades: Milímetros ou polegadas.

G123 K2 X50 Y30 R20


(Definir uma zona circular de raio 20 no plano X Y)

Y
R20

30

X
50

Nome do eixo e limite de zona.

O limite da zona pode ser definido em dois eixos quaisquer do canal, em cotas de máquina.

Considerações.
• Definir os limites de uma zona, cancela os limites previamente definidos nessa zona.
Os limites circulares cancelam os limites lineares ou circulares previamente definidos
nos 2 eixos envolvidos. Os limites lineares (G120 ou G121) em um eixo cancelam os
limites lineares ou os limites circulares que existiam nesse eixo e no outro eixo que
definia a zona circular.
• Em uma mesma zona, pode-se combinar limites circulares em 2 eixos com limites
lineares em outros eixos diferentes.
• As mudanças programadas nos limites ou no estado das zonas interrompem a
preparação de blocos.
• No caso de zonas de não entrada, ao reposicionar os eixos após uma inspeção de
ferramenta, o usuário deve decidir qual é a ordem de reposição correta dos eixos para
não invadir a zona. Em qualquer caso, durante a reposição, o CNC exibirá um erro antes
de entrar em uma zona proibida.

Propriedades da função e influência do reset, do desligamento


e da função M30.
CNC 8060
CNC 8065 As funções G120, G121 e G123 são modais. No momento da partida, depois de ser
executado M02 ou M30, e depois de um reset, o CNC conserva os limites definidos.

(REF: 1901)

·230·
Manual de program a çã o.

11.11.3 Habilitar/desabilitar as zonas de trabalho (G122).

Uma vez que as zonas estejam definidas, a função G122 permite que elas sejam habilitadas
como zona de não saída ou zona de não entrada. Quando uma zona está habilitada, o CNC
por default monitora a ponta da ferramenta, mas opcionalmente oferece a opção de
monitorar a base ou ambas (base e ponta). Todas as zonas poderão ser habilitadas ao
mesmo tempo.

Programação.
Programar a função G122 e, em seguida, o número da zona e a ação a ser realizada
11.
(habilitar/desabilitar). Opcionalmente, será possível definir se o CNC monitora a ponta e/ou

AJUDAS GEOMÉTRICAS
Zona de trabalho.
a base da ferramenta.

Formato de programação.

O comando "E" deve sempre ir depois da função G122; caso contrário, o CNC irá interpretá-lo como
i o nome do eixo.

O formato de programação é o seguinte: entre chaves são mostrados os argumentos e entre


colchetes angulares os que são opcionais.
G122 K{zona} E{habilitar/desabilitar} <I{ponta/base}>
K{zona} Número de zona (entre 1 e 5).
E{ação} Desabilitar a zona o habilitá-la como zona de não entrada ou de não saída.
E0: Desabilitar a zona.
E1: Habilitar como zona de não entrada.
E2: Habilitar como zona de não saída.
I{monitorament Opcional (padrão I0). Ponto da ferramenta a ser monitorado.
o} I0: Monitorar a ponta da ferramenta.
I1: Monitorar a base da ferramenta.
I2: Monitorar tanto a ponta como a base da ferramenta.

G122 K1 E1
(Habilitar a zona 1 como zona de não entrada)
(Monitorar a ponta da ferramenta)

K1

G122 K2 E2 I2
(Habilitar a zona 2 como zona de não saída)
(Monitorar tanto a ponta como a base da ferramenta)

K2 CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·231·
Manual de programação.

Monitorar a ponta ou a base da ferramenta.

O CNC pode monitorar a ponta e/ou a base da ferramenta. Quando o CNC monitora a ponta
da ferramenta, faz isso levando em consideração as dimensões da ferramenta. O
monitoramento funciona com e sem compensação do raio e do comprimento.

Considerações.
Comportamento do CNC quando um eixo invade uma zona proibida.

11. Quando um ou vários eixos entram em uma zona de não entrada ou saem de uma zona
de não saída, o CNC interrompe a execução e exibe o erro correspondente. Para levar a
ferramenta até uma zona permitida, acessar o modo manual e mover os eixos que
AJUDAS GEOMÉTRICAS
Zona de trabalho.

ultrapassaram os limites. Estes eixos somente poderão ser deslocados na direção que os
coloque dentro dos limites.

O CNC possui a seguinte variável para indicar que algum dos eixos atingiu o limite de alguma
das zonas de trabalho.
(V.)[ch].G.ZONEWARN[k] Algum eixo alcançou o limite da zona de trabalho [k].

Cancelar os limites das zonas a partir do PLC. Marca LIM(axis)OFF do PLC.

Se a marca do PLC LIM(axis)OFF de um eixo estiver ativa, o CNC não considera os limites
de zonas definidos para este eixo (além dos limites de software). Isso facilita o retorno da
ferramenta a uma zona permitida, caso tenha invadido uma zona proibida.

Ativar várias zonas simultaneamente.


No caso de ativar várias zonas ao mesmo tempo (que se sobrepõem ou não) em um ou mais
eixos, o CNC segue os seguintes critérios:
• Se várias zonas de não saída estiverem ativas, é considerado um erro se tentar levar
a ferramenta a um ponto que esteja fora de todas elas.
• Se várias zonas de não entrada estiverem ativas, é considerado um erro se tentar levar
a ferramenta para um ponto que esteja dentro de qualquer uma delas.
• Se houver zonas ativas de não entrada e de não saída, é considerado um erro se tentar
levar a ferramenta a um ponto que esteja dentro de uma das zonas de não entrada ou
fora de todas as zonas de não saída.

Exemplos:

Para permitir o movimento somente nas zonas sombreadas, combinar 2 zonas não saída,
uma retangular e outra circular.

G122 K1 E2
G122 K2 E2

K1

K2

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·232·
Manual de program a çã o.

Para permitir o movimento somente na zona sombreada, combinar 2 zonas, uma dentro da
outra: a externa de não saída e a interna de não entrada.

G122 K1 E2
G122 K2 E1

K1
K2
11.

AJUDAS GEOMÉTRICAS
Zona de trabalho.
Se foram definidas 2 zonas de não saída, circulares ou rectangulares, uma dentro da outra,
o CNC só leva em conta a externa. Toda a zona sombreada é zona permitida.

G122 K1 E2
G122 K2 E2

K1
K2

Propriedades da função e influência do reset, do desligamento


e da função M30.
A função G122 é modal. No momento da partida, depois de executar M02 ou M30, e após
um reset, o CNC mantém ativas as zonas que estavam ativas.

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·233·
Manual de programação.

11.11.4 Resumo das variáveis associadas às zonas de trabalho.

As seguintes variáveis são acessíveis a partir do programa peça e a partir do modo


MDI/MDA. Para cada uma delas se indica se o acesso é de leitura (R) ou de escrita (W).

Variável. R/W Significado.

V.[ch].MPA.ZONELIMITTOL.xn R Valor definido no parâmetro ZONELIMITTOL. Distância


de segurança que o CNC aplica aos limites das zonas de
trabalho.

11. V.[ch].G.ZONEST[k] R Estado da zona de trabalho [k].


(0=Zona desabilitada).
(1=Zona habilitada como zona de não entrada).
AJUDAS GEOMÉTRICAS
Zona de trabalho.

(2=Zona habilitada como zona de não saída).

V.[ch].G.ZONETOOLWATCH[k] R Monitorar a ponta ou a base da ferramenta.


(0=Monitorar a ponta da ferramenta).
(1=Monitorar a base da ferramenta).
(2=Monitorar tanto a ponta como a base da
ferramenta).

V.[ch].G.ZONEWARN[k] R Algum eixo alcançou o limite da zona de trabalho [k].

V.[ch].A.ZONELIMITTOL.xn R/W Distância de segurança dos limites das zonas de trabalho.

V.[ch].A.ZONELOWLIM[k].xn R Límite inferior da zona [k].

V.[ch].A.ZONEUPLIM[k].xn R Límite superior da zona [k].

V.[ch].G.ZONECIR1[k] R Cota do centro da zona [k], de acordo com o primeiro eixo


que define a zona circular.

V.[ch].G.ZONECIR2[k] R Cota do centro da zona [k], de acordo com o segundo eixo


que define a zona circular.

V.[ch].G.ZONER[k] R Raio da zona [k] (zona circular).

V.[ch].G.ZONECIRAX1[k] R Eixo lógico correspondente à primeira cota do centro da


zona [k].

V.[ch].G.ZONECIRAX2[k] R Eixo lógico correspondente à segunda cota do centro da


zona [k].

Sintaxe das variáveis.


·ch· Número de canal.
·k· Número de zona.
·xn· Nome, número lógico ou índice do eixo

V.[2].G.ZONEST[1] Canal ·2·. Zona 1.


V.A.ZONEUPLIM[1].Z Eixo Z. Zona 1.
V.A.ZONEUPLIM[1].4 Eixo com número lógico ·4·. Zona 1.
V.[2].A.ZONEUPLIM[1].1 Eixo com índice ·1· no canal ·2·. Zona 1.

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·234·
12
12. FUNÇÕES PREPARATÓRIAS
ADICIONAIS

12.1 Temporização (G04 / #TIME).

A função G04 e a instrução #TIME permitem interromper a execução do programa durante


o tempo especificado. Os dois comandos são equivalentes e podem ser utilizados
indistintamente.

Programação (1). G04.


Programar a função G04, e a seguir, o tempo de espera.

Formato de programação.
O formato de programação é o seguinte: entre chaves são mostrados os argumentos e entre
colchetes angulares os que são opcionais. Se o tempo é programado com uma constante,
pode-se omitir o comando K.
G04 K{time}
G04 {time}
K{time} Tempo de espera.
Unidades: Segundos.
{time} Tempo de espera (programado por meio de uma constante).
Unidades: Segundos.

G04 K0.5
(Temporização de 0.5 segundos)
G04 8.5
(Temporização de 8.5 segundos)
P1=3
G04 KP1
(Temporização de 3 segundos)
P1=3
G04 K[P1+7]
(Temporização de 10 segundos)

Programação (2). #TIME.


No momento de definir esta instrução, deve-se programar o tempo de espera.

Formato de programação.

O formato de programação é o seguinte: entre chaves são mostrados os argumentos e entre CNC 8060
colchetes angulares os que são opcionais. Se o tempo é programado com uma constante
ou parâmetro, pode-se omitir os colchetes []. CNC 8065
#TIME [{time}]
#TIME {time}
{time} Tempo de espera.
(REF: 1901)
Unidades: Segundos.

·235·
Manual de programação.

#TIME [5]
#TIME 5
(Temporização de 5 segundos)
P1=2
#TIME [P1]
#TIME P1
(Temporização de 2 segundos)
P1=2
#TIME [P1+3]

12. (Temporização de 5 segundos)


FUNÇÕES PREPARATÓRIAS ADICIONAIS
Temporização (G04 / #TIME).

Propriedades da função e influência do reset, do desligamento


e da função M30.
A função G04 não é modal, portanto deverá programar-se sempre que se deseje realizar
uma temporização. A função G04 pode programar-se com G4.

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·236·
Manual de program a çã o.

12.2 Limites de software.

O CNC permite definir limites de software nos eixos lineares e eixos rotativos linearlike. Os
limites de software definem os limites de deslocamento dos eixos, para evitar que os carros
alcancem os limitadores mecânicos. Os carros alcançam os limitadores quando o ponto de
referência do porta-ferramentas se situa nos limites físicos.

X
FL
SL
T 12.

FUNÇÕES PREPARATÓRIAS ADICIONAIS


Limites de software.
T OM Z
Z
SL X
FL
Y
OM

OM Zero máquina.

T Ponto de referência do porta-ferramentas.

FL Limites físicos.

SL Limites de software, aplicados pelo CNC.

Posições programáveis dos eixos (dependem da ferramenta ativa).

Comportamento do CNC quando um eixo alcança os limites de


software.
Em modo automático, se for programada uma posição na qual o ponto de referência do
porta-ferramentas sai dos limites de software, o CNC detém a execução e mostra o erro
correspondente. As posições programáveis dos eixos dependerão das dimensões de cada
ferramenta.

Em modo manual, quando um eixo alcança os limites de software, o CNC detém a execução
e mostra o erro correspondente. Para levar o eixo até a zona permitida, acessar o modo
manual e mover o eixo que ultrapassou o limite. O eixo somente poderá ser deslocado na
direção que o coloque dentro dos limites.

Limite de software que aplica o CNC (primeiro e segundo limite).


Cada eixo pode ter dois limites de software ativos, chamados primeiro e segundo limite.
Como cada limite de software é definido por um limite superior e outro inferior, cada eixo
pode possuir definidos no total dois limites superiores e dois inferiores. De cada par de
limites (inferior e superior), o CNC aplica o mais restritivo, independentemente de que
pertençam ao primeiro ou segundo limite.

Y SL1
SL2
SL CNC 8060
CNC 8065
X

SL1 Primeiro limite de software. (REF: 1901)

SL2 Segundo limite de software.

SL Zona válida de movimento.

·237·
Manual de programação.

12.2.1 Definir o primeiro limite de software (G198/G199).

O CNC permite definir limites de software nos eixos lineares e eixos rotativos linearlike. Os
primeiros limites de software dos eixos estão pré-definidos nos parâmetros da máquina
(parâmetros LIMIT+ / LIMIT-). Estes limites podem ser alterados desde o programa por meio
das seguintes funções.
G198 Definir os limites inferiores de software (primeiro limite).
G199 Definir os limites superiores de software (primeiro limite).

12. O CNC também dispõe das seguintes variáveis, equivalentes às funções G198/G199. Ver
"12.2.2 Definir o primeiro limite de software por meio de variáveis." na página 240.
V.A.NEGLIMIT.xn Definir os limites inferiores de software (primeiro limite). Variável
FUNÇÕES PREPARATÓRIAS ADICIONAIS
Limites de software.

equivalente à G198.
V.A.POSLIMIT.xn Definir os limites superiores de software (primeiro limite). Variável
equivalente à G199.

Programação.
Programar uma das funções G198/G199, e a seguir, os eixos e seus novos limites de
software. Estas funções permitem programar vários eixos.

Formato de programação.
O formato de programação é o seguinte: entre chaves são mostrados os argumentos e entre
colchetes angulares os que são opcionais.
G198 X..C{soft_limit}
G199 X..C{soft_limit}
X..C{soft_limit} Nome do eixo e limite de software.
Unidades: milímetros ou polegadas.

G198 X-1000 Y-1000


(Novos limites inferiores X=-1000 Y=-1000)
G199 X1000 Y1000
(Novos limites superiores X=1000 Y=1000)

Nome do eixo e limite de software.

Os dois limites de um eixo (inferior e superior) podem ser positivos ou negativos, mas os
limites inferiores deverão ser menores que os limites superiores. No caso contrário pode
suceder que o eixo não se desloque em nenhuma direção.

Se ambos os limites de um eixo (inferior e superior) são definidos com valor 0 , o CNC anula
o primeiro limite de software do referido eixo, e aplica o segundo (se foi definido). Para
recuperar o primeiro limite, deve-se programá-lo novamente.

Considerações.

Programação absoluta (G90) ou incremental (G91)

Dependendo do modo de trabalho ativo G90 ou G91, a posição dos novos limites estará
definida em coordenadas absolutas (G90) no sistema de referência da máquina, ou em
coordenadas incrementais (G91) com referência aos limites ativos.
CNC 8060
CNC 8065 G90
G198 X-800
(Novo limite inferior X=-800)
G199 X500
(Novo limite superior X=500)
(REF: 1901) ·
G91
G198 X-700
(Novo limite inferior incremental X=-1500)

·238·
Manual de program a çã o.

Eixos fora de posição.

Se depois de definir os novos limites, algum eixo se encontra posicionado fora deles, o
referido eixo só poderá ser deslocado na direção que o coloque dentro dos novos limites
definidos.

Programação em um torno (raios/diâmetros).

Os limites de software num torno sempre são definidos em raios, independentemente do


parâmetro DIAMPROG e da função G151/G152 ativa.

Recuperar os limites de software definidos nos parâmetros de máquina.

Os limites de software definidos nos parâmetros da máquina podem ser recuperados desde
12.

FUNÇÕES PREPARATÓRIAS ADICIONAIS


Limites de software.
o programa utilizando suas variáveis.

G198 X[V.MPA.NEGLIMIT.X] Y[V.MPA.NEGLIMIT.Y]


G199 X[V.MPA.POSLIMIT.X] Y[V.MPA.POSLIMIT.Y]
(O CNC recupera os limites definidos nos parâmetros de máquina)

Propriedades da função e influência do reset, do desligamento


e da função M30.
No momento da ligação ou após validar os parâmetros máquina de eixos, o CNC assume
os limites de software definidos nos parâmetros da máquina. Depois de ser executado M02
ou M30, e depois de uma emergência ou um reset, o CNC mantém os limites de software
definidos por meio das funções G198 e G199.

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·239·
Manual de programação.

12.2.2 Definir o primeiro limite de software por meio de variáveis.

Os primeiros limites de software também podem ser definidos por meio de variáveis,
equivalentes à G198/G199. Tanto as funções como as variáveis alteram os mesmos limites
de software, razão pela qual é indiferente utilizar umas ou outras.
V.A.NEGLIMIT.xn Definir os limites inferiores de software (primeiro limite). Variável
equivalente à G198.
V.A.POSLIMIT.xn Definir os limites superiores de software (primeiro limite). Variável
equivalente à G199.

12. No momento da ligação, estas variáveis assumem o valor dos parâmetros de máquina
(LIMIT+ / LIMIT-).
FUNÇÕES PREPARATÓRIAS ADICIONAIS
Limites de software.

Programação dos limites de software.


A programação é equivalente às funções G198/G199. Os dois limites de um eixo (inferior
e superior) podem ser positivos ou negativos, mas os limites inferiores deverão ser menores
que os limites superiores. Se ambos os limites de um eixo (inferior e superior) são definidos
com valor 0 , o CNC anula o primeiro limite de software do referido eixo, e aplica o segundo
(se foi definido).

Considerações.

Programação absoluta (G90) ou incremental (G91)

Ao contrário das funções G198/G199, os limites definidos com variáveis G90/G91, sempre
estão em coordenadas absolutas e no sistema de referência da máquina.

Eixos fora de posição.

Se depois de definir os novos limites, algum eixo se encontra posicionado fora deles, o
referido eixo só poderá ser deslocado na direção que o coloque dentro dos novos limites
definidos.

Programação em um torno (raios/diâmetros).

Os limites de software num torno sempre são definidos em raios, independentemente do


parâmetro DIAMPROG e da função G151/G152 ativa.

Influência do reset, do apagamento e da função M30.


Depois de ser executado M02 ou M30, e depois de uma emergência ou um reset, o CNC
mantém os limites de software definidos por meio destas variáveis.

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·240·
Manual de program a çã o.

12.2.3 Definir o segundo limite de software por meio de variáveis.

Os segundos limites de software só podem ser definidos por meio de variáveis.


V.A.RTNEGLIMIT.xn Definir os limites inferiores de software (segundo limite).
V.A.RTPOSLIMIT.xn Definir os limites superiores de software (segundo limite).

No momento da ligação, estas variáveis assumem o valor dos primeiros limites de software.
Enquanto estas variáveis não forem definidas com um valor próprio, elas copiam o valor dos
primeiros limites de software.

12.
Programação dos limites de software.

FUNÇÕES PREPARATÓRIAS ADICIONAIS


Limites de software.
Os dois limites de um eixo (inferior e superior) podem ser positivos ou negativos, mas os
limites inferiores deverão ser menores que os limites superiores. Se os dois limites de um
eixo (inferior e superior) são definidos com o valor 0 , o CNC anula o segundo limite de
software do referido eixo.

Considerações.

Programação absoluta (G90) ou incremental (G91)

Os limites definidos com variáveis não dependem das funções G90/G91, sempre estão em
coordenadas absolutas e no sistema de referência da máquina.

Eixos fora de posição.

Se depois de definir os novos limites, algum eixo se encontra posicionado fora deles, o
referido eixo só poderá ser deslocado na direção que o coloque dentro dos novos limites
definidos.

Programação em um torno (raios/diâmetros).


Os limites de software num torno sempre são definidos em raios, independentemente do
parâmetro DIAMPROG e da função G151/G152 ativa.

Influência do reset, do apagamento e da função M30.


Depois de ser executado M02 ou M30, e depois de uma emergência ou um reset, o CNC
mantém os limites de software definidos por meio destas variáveis.

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·241·
Manual de programação.

12.2.4 Variáveis associadas aos limites de software.

As seguintes variáveis são acessíveis a partir do programa peça e a partir do modo


MDI/MDA. Para cada uma delas se indica se o acesso é de leitura (R) ou de escrita (W).

Variável. R/W Significado.

V.[ch].MPA.NEGLIMIT.xn R Limite inferior de software (primeiro limite) definido nos


parâmetros de máquina.

V.[ch].MPA.POSLIMIT.xn R Limite superior de software (primeiro limite) definido nos

12. V.[ch].A.NEGLIMIT.xn R/W


parâmetros de máquina.

Limite inferior de software (primeiro limite).


Equivalente à G198.Limite superior de software (primeiro
FUNÇÕES PREPARATÓRIAS ADICIONAIS
Limites de software.

limite).

V.[ch].A.POSLIMIT.xn R/W Equivalente à G199.


Equivalente a G199.

V.[ch].A.RTNEGLIMIT.xn R/W Limite inferior de software (segundo limite).

V.[ch].A.RTPOSLIMIT.xn R/W Limite superior de software (segundo limite).

V.[ch].G.SOFTLIMIT R Limite de software alcançado em algum eixo.


(0=Não 1=Sim)

Sintaxe das variáveis.


·ch· Número de canal.
·xn· Nome, número lógico ou índice do eixo

V.A.POSLIMIT.Z Eixo Z.
V.A.POSLIMIT.4 Eixo com número lógico ·4·.
V.[2].A.POSLIMIT.1 Eixo com índice ·1· no canal ·2·.
V.[2].G.SOFTLIMIT Canal ·2·.

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·242·
Manual de program a çã o.

12.3 Ativar e desativar eixos Hirth (G170/G171).

Se denomina eixo Hirth ao eixo que deve ser posicionado sempre em posições concretas,
múltiplas de seu passo (parâmetro HPITCH). Quando um eixo Hirth não está ativo,
comporta-se como um eixo rotativo ou linear normal. Os eixos Hirth podem ser desativados
e ativados desde o programa por meio das seguintes funções.
G170 Desativação de eixos Hirth
G171 Ativação de eixos Hirth.

Programação. Ativar um eixo Hirth.


12.

FUNÇÕES PREPARATÓRIAS ADICIONAIS


Ativar e desativar eixos Hirth (G170/G171).
Programar a função G171, e a seguir, os eixos a serem ativados como Hirth e a ordem em
que serão ativados. Esta função permite programar vários eixos.

Formato de programação.

O formato de programação é o seguinte: entre chaves são mostrados os argumentos.


G171 X..C{n_order}
X..C{n_order} Nome do eixo e número de ordem.

G171 B1 C2
(Ativar primeiro o eixo B e depois o C, como eixos Hirth)

Programação. Desativar um eixo Hirth.


Programar a função G170, e a seguir, os eixos Hirth a serem desativados e a ordem em
que irão ser desativados. Esta função permite programar vários eixos.

Formato de programação.

O formato de programação é o seguinte: entre chaves são mostrados os argumentos.


G170 X..C{n_order}
X..C{n_order} Nome do eixo e número de ordem.

G170 B2 C1
(Desativar primeiro o eixo C e depois o B)

Considerações.
• Se ao ativar um eixo Hirth, este se encontra numa posição não válida, o CNC mostrará
um aviso ao usuário para que coloque o referido eixo numa posição correta.
• Um eixo Hirth deve ser posicionado sempre em posições múltiplas de seu passo. Para
estes posicionamentos, O CNC considera o deslocamento ativo (pré-seleção ou
deslocamento de origem).
• Poderão ser eixos Hirth tanto eixos lineais como rotativos. Só poderão ser ativados como
eixos Hirth, aqueles eixos que tenham sido definidos pelo fabricante da máquina (OEM)
(parâmetro HIRTH).

Propriedades da função e influência do reset, do desligamento CNC 8060


e da função M30. CNC 8065
As funções G170 e G171 são modais e incompatíveis entre si. No momento da ligação,
depois de ser executado M02 ou M30, e depois de uma emergência ou reset, o CNC ativa
todos os eixos Hirth.
(REF: 1901)

·243·
Manual de programação.

12.4 Troca de set e gama.

12.4.1 Trocar o set de parâmetros de um eixo (G112)

O CNC pode dispor de até quatro sets de parâmetros diferentes por cada eixo, definidos
pelo fabricante da máquina (OEM) na tabela de parâmetros de máquina. O set de
parâmetros pode ser selecionado desde o programa por meio da função G112. Esta função
não realiza nenhuma troca física na máquina (troca de engrenagens), somente assume os
parâmetros do set selecionado. Quando se possui eixos Sercos, a função G112 também

12. requer a mudança da gama de velocidade do regulador.


FUNÇÕES PREPARATÓRIAS ADICIONAIS
Troca de set e gama.

Programação.
Programar a função G112, e a seguir, os eixos e o set de parâmetros que se deseja ativar
em cada um deles. Esta função permite programar vários eixos.

Formato de programação.

O formato de programação é o seguinte: entre chaves são mostrados os argumentos e entre


colchetes angulares os que são opcionais.
G112 X..C{set}
X..C{set} Nome do eixo e set de parâmetros (entre 1 e 4).

G112 X2 Y3
(O CNC seleciona o segundo set de parâmetros no eixo X e o terceiro
set no eixo Y)

Troca do set de parâmetros do spindle.

O CNC só permite trocar o set de parâmetros do spindle quando este trabalha como eixo
C. Neste caso, a troca do set é programada utilizando o nome do eixo, não o do spindle.

#CAX[S,C]
G112 C2
(Seleciona o segundo set de parâmetros no eixo C)

Propriedades da função e influência do reset, do desligamento


e da função M30.
A função G112 é modal. Após validar os parâmetros de máquina, cada vez que é executado
um programa no modo automático, no momento da ligação, depois de ser executado M02
ou M30 e depois de uma emergência ou um reset, o CNC atua da seguinte maneira,
conforme o que foi definido pelo fabricante da máquina (parâmetro DEFAULTSET).

DEFAULTSET Significado.

0 O CNC mantém o set de parâmetros.

1..4 Número do set assumido pelo CNC.

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·244·
Manual de program a çã o.

12.4.2 Trocar a gama e o set de um regulador Sercos por meio de variáveis.

As seguintes variáveis permitem trocar a gama e o set de um regulador Sercos, tanto para
eixos como para spindles. Esta variável não afeta o set de parâmetros do CNC.
(V.)[ch].A.SETGE.xn Selecionar o set e a gama em um regulador Sercos.
(V.)[ch].A.SETGE.sn
(V.)[ch].SP.SETGE.sn

Programação. 12.
O regulador pode possuir 8 gamas de trabalho ou reduções identificadas de 0 a 7 (parâmetro

FUNÇÕES PREPARATÓRIAS ADICIONAIS


Troca de set e gama.
GP6 do regulador) e de 8 conjuntos de parâmetros (parâmetro GP4 do regulador)
identificados de 0 a 7.

Os 4 bits de menos peso indicam a gama de trabalho e os 4 bits de mais peso indicam o
set de parâmetros. Se algum conjunto de 4 bits tem valor ·0·, o CNC não muda a gama ou
o set ativo no regulador. Exemplo de alguns valores da variável.

Valor. Significado.

$21 Primeira gama ou redução (gama ·0·).


Segundo set de parâmetros (set ·1·).

$40 O regulador mantém a gama ou redução ativa.


Quarto set de parâmetros (set ·3·).
$07 Sétima gama ou redução (gama ·6·).
O regulador mantém o set de parâmetros ativo.

Considerações.
Só pode haver um processo de troca em funcionamento. Se enquanto dura o processo
existem programadas outras mudanças de gama ou de set, mesmo que seja em
reguladores diferentes, o CNC só conserva a última programada e o resto de mudanças
intermediárias as ignora.

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·245·
Manual de programação.

12.4.3 Variáveis associadas à troca do set e da gama.

As seguintes variáveis são acessíveis a partir do programa peça e a partir do modo


MDI/MDA. Para cada uma delas se indica se o acesso é de leitura (R) ou de escrita (W).

Variável. R/W Significado.

(V.)[ch].A.ACTIVSET.xn R Set de parâmetros ativo no eixo ou spindle.


(V.)[ch].A.ACTIVSET.sn Esta variável devolve o valor de execução ou preparação
(V.)[ch].SP.ACTIVSET.sn da seguinte maneira. Se o eixo ou spindle pertence ao canal

12.
que pede a variável, esta devolve o valor de preparação; se
o eixo ou spindle pertencem a um canal diferente, a variável
devolve o valor de execução e detém a preparação dos
blocos.
FUNÇÕES PREPARATÓRIAS ADICIONAIS
Troca de set e gama.

(V.)[ch].A.SETGE.xn R/W Selecionar o set e a gama em um regulador Sercos.


(V.)[ch].A.SETGE.sn Os 4 bits de menos peso indicam a gama de trabalho e os
(V.)[ch].SP.SETGE.sn 4 bits de mais peso indicam o set de parâmetros. Se algum
conjunto de 4 bits tem valor ·0·, o CNC não muda a gama
ou o set ativo no regulador.

Sintaxe das variáveis.


·ch· Número de canal.
·xn· Nome, número lógico ou índice do eixo
·sn· Nome, número lógico ou índice do spindle.

V.A.ACTIVSET.Z Eixo Z.
V.A.ACTIVSET.S spindle S.
V.SP.ACTIVSET.S spindle S.
V.SP.ACTIVSET spindle master.
V.A.ACTIVSET.4 Eixo ou spindle com número lógico ·4·.
V.[2].A.ACTIVSET.1 Eixo com índice ·1· no canal ·2·.
V.SP.ACTIVSET.2 spindle com índice ·2· no sistema.
V.[2].SP.ACTIVSET.1 spindle com índice ·1· no canal ·2·.

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·246·
Manual de program a çã o.

12.5 Suavizar a trajetória e o avanço.

Por default, o CNC calcula o espaço e o avanço sobre os três eixos principais, e os eixos
restantes seguem no avanço que lhes corresponda. Desta forma, em uma máquina com
cinemática e RTCP ativo, na qual se movimentam mais de três eixos, a ponta da ferramenta
se move com o avanço programado. No entanto, quando nestas usinagens existe
descontinuidades de movimento nos eixos não principais, este processo pode gerar
irregularidades no perfil de velocidade e, portanto, o movimento resultante pode não ser
sempre contínuo.

Para corrigir ambas as situações, o CNC dispõe das seguintes instruções, que permitem
que o movimento seja muito mais contínuo, melhorando assim o acabamento da usinagem
e reduzindo o tempo de usinagem. Estas instruções são incompatíveis entre si.
12.

FUNÇÕES PREPARATÓRIAS ADICIONAIS


Suavizar a trajetória e o avanço.
#PATHND Suavizar a trajetória.
#FEEDND Suavizar a trajetória e o avanço.

12.5.1 Suavizar a trajetória (#PATHND).

Com esta instrução ativa (#PATHND ON), o CNC calcula o espaço sobre todos os eixos,
obtendo desta forma um movimento mais suave. Se a instrução não estiver ativa
(#PATHND OFF), o CNC calcula o espaço sobre os três eixos principais.

Nos dois casos, o CNC aplica o avanço programado aos eixos principais; os eixos restantes
se deslocam com o avanço que lhes corresponda para terminar o movimento todos ao
mesmo tempo.

Programação. Ativar a suavização da trajetória.


Programar a instrução sozinha no bloco.

Formato de programação.

O formato de programação é o seguinte:


#PATHND ON

#PATHND ON

Programação. Desativar a suavização da trajetória.


Programar a instrução sozinha no bloco.

Formato de programação.

O formato de programação é o seguinte:


#PATHND OFF

#PATHND OFF

Propriedades da função e influência do reset, do desligamento


e da função M30. CNC 8060
CNC 8065
As instruções #PATHND e #FEEDND são incompatíveis entre si. No momento da partida,
após executar M02 ou M30 e depois de uma emergência ou um reset, o CNC assume o
comportamento definido pelo fabricante da máquina (parâmetro FEEDND).

(REF: 1901)

·247·
Manual de programação.

12.5.2 Suavizar a trajetória e o avanço (#FEEDND).

Com esta instrução ativa (#FEEDND ON), o CNC leva em consideração todos os eixos no
cálculo do espaço. O avanço programado será o resultante da composição dos movimentos
sobre todos os eixos do canal. O CNC aplica o avanço programado a todos os eixos.

Se a instrução não estiver ativa (#FEEDND OFF), o avanço programado será o resultante
da composição dos movimentos apenas sobre os três eixos principais. Os eixos restantes
se deslocam com o avanço que lhes corresponda para terminar o movimento todos ao
mesmo tempo.

12.
Programação. Ativar a suavização da trajetória e do avanço.
FUNÇÕES PREPARATÓRIAS ADICIONAIS
Suavizar a trajetória e o avanço.

Programar a instrução sozinha no bloco.

Formato de programação.

O formato de programação é o seguinte:


#FEEDND ON

#FEEDND ON

Programação. Desativar a suavização da trajetória e do avanço.


Programar a instrução sozinha no bloco.

Formato de programação.

O formato de programação é o seguinte:


#FEEDND OFF

#FEEDND OFF

Considerações.
• O CNC somente limita o avanço programado se algum eixo exceder o seu avanço
máximo (parâmetro MAXFEED).
• Se nenhum dos eixos principais estiver programado, o avanço programado será
alcançado naquele eixo que executa o maior movimento, terminando todos de uma só
vez.

Propriedades da função e influência do reset, do desligamento


e da função M30.
As instruções #PATHND e #FEEDND são incompatíveis entre si. No momento da partida,
após executar M02 ou M30 e depois de uma emergência ou um reset, o CNC assume o
comportamento definido pelo fabricante da máquina (parâmetro FEEDND).

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·248·
13
13. COMPENSAÇÃO DE
FERRAMENTA

A compensação de ferramenta permite programar o contorno a usinar a partir das


dimensões da peça, e sem levar em consideração as dimensões da ferramenta que
posteriormente se vai utilizar. Desta forma, se evita a necessidade de calcular e definir a
trajetória em função do raio ou o comprimento da ferramenta.

Tipos de compensação

Compensação de raio (fresadora).

Quando se trabalha com compensação de raio, o centro da ferramenta segue a trajetória


programada a uma distância igual ao raio da ferramenta. Desta forma, se conseguem as
dimensões corretas da peça programada.

Compensação de raio (torno).

O CNC assume como ponta teórica (P) a resultante das faces utilizadas na calibragem da
ferramenta. Sem compensação de raio a ponta teórica (P) percorre a trajetória programada
deixando sobras de usinagem nos trechos inclinados e curvos. Com compensação de raio
se leva em consideração o raio da ponta e o fator de forma ou tipo de ferramenta e se obtém
as dimensões da peça programada.

Compensação de comprimento.

Quando se trabalha com compensação de comprimento, o CNC compensa a diferença de


comprimento entre as diferentes ferramentas programadas.

A
Rp

CNC 8060
(A)Compensação de raio. CNC 8065
(B)Compensação de comprimento.

(REF: 1901)

·249·
Manual de programação.

Valores de compensação
O valor de compensação que se aplica em cada caso, se calcula a partir das dimensões
da ferramenta.
• Na compensação de raio, se aplica como valor de compensação a soma dos valores
do raio e desgaste do raio da ferramenta selecionada.
• Na compensação do comprimento, se aplica como valor de compensação a soma dos
valores do comprimento e do desgaste do comprimento da ferramenta selecionada.

13.
A ferramenta "T" e o corretor "D", onde estão definidas as dimensões da ferramenta, podem
ser selecionadas em qualquer parte do programa, inclusive com a compensação ativa. Se
não se seleciona nenhum corretor, o CNC aceita o corretor "D1".
COMPENSAÇÃO DE FERRAMENTA

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·250·
Manual de program a çã o.

13.1 Compensação de raio

A compensação de raio se aplica no plano de trabalho ativo, selecionado previamente,


mediante as funções G17 (plano XY), G18 (plano ZX), G19 (plano YZ) ou G20 (plano
definido pelo usuário).

Programação

13.
As funções para selecionar a compensação do raio são:
G41 Compensação de raio de ferramenta à esquerda.
G42 Compensação de raio de ferramenta à direita.

COMPENSAÇÃO DE FERRAMENTA
Compensação de raio
G40 Anulação da compensação de raio.

Compensação de raio em fresadora.

G40 G41 G42

Compensação de raio num torno horizontal.


X G42 G42 X
G41 G41
G41 G41
G42 G42
Z Z

Z Z
G42 G42
G41 G41
G41 G41
X G42 G42 X

Compensação de raio num torno vertical.


Z G42 G41 G41 G42 Z

G41 G42 G42 G41


X

Dependendo do tipo de compensação selecionado (G41/G42), o CNC colocará a


ferramenta à esquerda ou à direita da trajetória programada, conforme o sentido de
usinagem, e aplicará o valor de compensação. Se não se seleciona compensação de raio
(G40), numa fresadora o CNC colocará o centro da ferramenta sobre a trajetória
programada; num torno o CNC colocará a ponta teórica da ferramenta sobre a trajetória
programada.

Com a compensação de raio ativa, o CNC analisa antecipadamente os blocos a serem


CNC 8060
executados para detectar erros de compensação relacionados a degraus, arcos nulos, etc. CNC 8065
Se forem detectados, os blocos que os originam não serão executados e um aviso será
exibido na tela para alertar o usuário de que o perfil programado foi modificado. Se mostrará
um aviso por cada correção de perfil realizada.
(REF: 1901)

Propriedades das funções


As funções G40, G41 e G42 são modais e incompatíveis entre si. No momento da ligação,
depois de executar-se M02 ou M30 ou depois de uma EMERGÊNCIA ou RESET, o CNC
assumirá o código G40.

·251·
Manual de programação.

13.1.1 Fator de forma das ferramentas de torneamento

O fator de forma indica o tipo de ferramenta e as faces que foram utilizadas para a sua
calibragem. O fator de forma depende da posição da ferramenta e da orientação dos eixos
na máquina.

O seguinte exemplo mostra o fator de forma F3 em diferentes máquinas. Observe-se como


se mantém a posição relativa da ferramenta com respeito aos eixos.

Fator de forma F3 num torno horizontal.

13.
COMPENSAÇÃO DE FERRAMENTA
Compensação de raio

Fator de forma F3 num torno vertical.

A seguir se mostram os fatores de forma disponíveis nos tornos horizontais mais comuns.

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·252·
Manual de program a çã o.

X+

Z+

13.

COMPENSAÇÃO DE FERRAMENTA
Compensação de raio
F1 F2 F3 F1 F2 F3

F0

F8 F4 F9 F8 F4

F7 F6 F5 F7 F6 F5

F1 F2 F3 F2

F0

F8 F4 F9 F8 F4

F7 F6 F5 F6

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·253·
Manual de programação.

X+
Z+

13.
COMPENSAÇÃO DE FERRAMENTA
Compensação de raio

F7 F6 F5 F7 F6 F5

F0

F8 F4 F9 F8 F4

F1 F2 F3 F1 F2 F3

F7 F6 F5 F6

F0

F8 F4 F9 F8 F4

F1 F2 F3 F2

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·254·
Manual de program a çã o.

13.1.2 Funções associadas à compensação do raio

As funções associadas à compensação de raio podem ser programadas em qualquer parte


do programa, inclusive com a compensação de raio ativa.

SELEÇÃO DO TIPO DE TRANSIÇÃO ENTRE BLOCOS

A transição entre blocos determina como se enlaçam entre si as trajetórias compensadas.

13.
Programação

COMPENSAÇÃO DE FERRAMENTA
Compensação de raio
O tipo de transição pode ser selecionada desde o programa mediante as funções:
G136 Transição circular entre blocos.
G137 Transição linear entre blocos.

G136
Transição circular entre blocos.

Estando ativa a função G136, o CNC une as trajetórias compensadas mediante trajetórias
circulares.

G137
Transição linear entre blocos.

Estando ativa a função G137, o CNC une as trajetórias compensadas mediante trajetórias
retas.

(A) (B)

(A)Transição circular entre blocos (G136).


(B)Transição linear entre blocos (G137).

Observações
Em sucessivas seções deste capítulo, se oferece uma descrição gráfica de como se
enlaçam diferentes trajetórias, dependendo do tipo de transição (G136/G137) selecionada.

Propriedades das funções


As funções G136 e G137 são modais e incompatíveis entre si.

No momento da ligação, depois de executar-se M02 ou M30 ou depois de uma


EMERGÊNCIA ou RESET, o CNC assumirá a função G136 ou G137 em função do CNC 8060
parâmetro de máquina IRCOMP.
CNC 8065

(REF: 1901)

·255·
Manual de programação.

ESTRATÉGIA DE ATIVAÇÃO E ANULAÇÃO DE COMPENSAÇÃO DE


RAIO

As funções associadas à estratégia de ativação e anulação determinam como se inicia e


se finaliza a compensação de raio.

Programação

13. O tipo de estratégia pode ser selecionada desde o programa mediante as funções:
G138 Ativação/anulação direta da compensação.
G139 Ativação/anulação indireta da compensação.
COMPENSAÇÃO DE FERRAMENTA
Compensação de raio

G138
Ativação/anulação direta da compensação.

Quando se inicia a compensação, a ferramenta se desloca diretamente à perpendicular da


trajetória seguinte (não beirando a aresta).

Ao finalizar a compensação, a ferramenta se desloca diretamente ao ponto programado


(não beirando a aresta).

(A) (B)

(A)Inicio de compensação.
(B)Fim de compensação.

G139
Ativação/anulação indireta da compensação.

Quando se inicia a compensação, a ferramenta se desloca à perpendicular da trajetória


seguinte beirando a aresta.

Ao finalizar a compensação, a ferramenta se desloca ao ponto final beirando a aresta.

(A) (B)

(A)Inicio de compensação.
(B)Fim de compensação.

O modo em que a ferramenta bordeja a aresta, depende do tipo de transição (G136/G137)


CNC 8060
selecionado.
CNC 8065

Observações
(REF: 1901) Em sucessivas seções deste capítulo, se oferece uma descrição gráfica de como se inicia
e finaliza a compensação de raio, dependendo do tipo de estratégia (G138/G139)
selecionada.

·256·
Manual de program a çã o.

Propriedades das funções


As funções G138 e G139 são modais e incompatíveis entre si.

No momento da ligação, depois de executar-se M02 ou M30 ou depois de uma


EMERGÊNCIA ou RESET, o CNC assumirá o código G139.

13.

COMPENSAÇÃO DE FERRAMENTA
Compensação de raio

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·257·
Manual de programação.

13.1.3 Inicio da compensação de raio

A compensação de raio se seleciona mediante as funções:


G41 Compensação de raio de ferramenta à esquerda.
G42 Compensação de raio de ferramenta à direita.

G42
X

13. G41
G41
G42
COMPENSAÇÃO DE FERRAMENTA
Compensação de raio

Z G41 G42

Depois de executar uma destas funções, a compensação de raio se ativará durante o


seguinte movimento no plano de trabalho, que deve ser um deslocamento linear.

O modo em que se inicia a compensação de raio depende do tipo de estratégia de ativação


G138/G139, e do tipo de transição G136/G137 selecionadas:
• G139 / G136
A ferramenta se desloca na perpendicular da seguinte trajetória, bordejando a aresta
mediante uma trajetória circular.
• G139/G137
A ferramenta se desloca na perpendicular da seguinte trajetória, bordejando a aresta
mediante trajetórias lineares.
• G138
A ferramenta se desloca diretamente à perpendicular da trajetória seguinte. Não
intervém o tipo de transição (G136/G137) programado.

Nas seguintes tabelas se mostram diferentes possibilidades de inicio da compensação de


raio, dependendo das funções selecionadas. A trajetória programada se representa com
traço contínuo e a trajetória compensada com traço descontinuo.

Inicio da compensação sem deslocamento programado

Depois de ativar a compensação, pode ocorrer que no primeiro bloco de movimento não
intervenham os eixos do plano. Por exemplo, porque não foram programados, se programou
o mesmo ponto em que se encontra a ferramenta ou se programou um deslocamento
incremental nulo.

Neste caso a compensação se efetua no ponto no qual se encontra a ferramenta, da


seguinte maneira. Em função do primeiro deslocamento programado no plano, a ferramenta
se desloca perpendicular à trajetória sobre seu ponto inicial.

O primeiro deslocamento programado no plano poderá ser linear ou circular.

X
Y
CNC 8060 ···
CNC 8065 X (X0 Y0) G90
G01 Y40
···
G90 G91 G40 Y0 Z10
G01 X-30 Y30 G02 X20 Y20 I20 J0
G01 G41 X-30 Y30 Z10 ···
(REF: 1901) G01 X25
···
(X0 Y0)

·258·
Manual de program a çã o.

TRAJETÓRIA RETA-RETA

Quando o ângulo entre as trajetórias é menor ou igual que 180º, o modo em que se ativa
a compensação de raio é independente das funções G136/G137 e G138/G139
selecionadas.

13.

COMPENSAÇÃO DE FERRAMENTA
Compensação de raio
0º <  < 90º  = 90º

90º <  < 180º  = 180º

Quando o ângulo entre as trajetórias é maior que 180º, o modo em que se ativa a
compensação de raio depende da estratégia de ativação (G138/G139) e do tipo de transição
(G136/G137) selecionado.

G139 / G136 G139/G137 G138

180º <  < 270º 180º <  < 270º 180º <  < 270º

 = 270º  = 270º  = 270º

270º <  < 360º 270º <  < 360º 270º <  < 360º

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·259·
Manual de programação.

TRAJETÓRIA RETA - ARCO

Quando o ângulo entre a trajetória reta e a tangente da trajetória circular é menor ou igual
que 180º, o modo em que se ativa a compensação de raio é independente das funções
G136/G137 e G138/G139 selecionadas.

13.
COMPENSAÇÃO DE FERRAMENTA
Compensação de raio

0º <  < 90º  = 90º

90º <  < 180º  = 180º

Quando o ângulo entre a trajetória reta e a tangente da trajetória circular é maior que 180º,
o modo em que se ativa a compensação de raio depende da estratégia de ativação
(G138/G139) e do tipo de transição (G136/G137) selecionado.

G139 / G136 G139/G137 G138

180º <  < 270º 180º <  < 270º 180º <  < 270º

 = 270º  = 270º  = 270º

270º <  < 360º 270º <  < 360º 270º <  < 360º

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·260·
Manual de program a çã o.

13.1.4 Trechos de compensação de raio

O modo em que se enlaçam as trajetórias compensadas somente depende do tipo de


transição G136/G137 selecionado.

Nas tabelas seguintes se mostram diferentes possibilidades de transição entre diferentes


trajetórias, dependendo da função G136 ou G137 selecionada. A trajetória programada se
representa com traço contínuo e a trajetória compensada com traço descontinuo.

TRAJETÓRIA RETA-RETA 13.


Quando o ângulo entre as trajetórias é menor ou igual que 180º, a transição entre as

COMPENSAÇÃO DE FERRAMENTA
Compensação de raio
trajetórias é independente da função G136/G137 selecionada.

0º <  < 90º  = 90º

90º <  < 180º

Quando o ângulo entre as trajetórias é maior que 180º, o modo em que se enlaçam as
trajetórias compensadas depende do tipo de transição G136/G137 selecionado.

G136 G137

180º <  < 270º 180º <  < 270º

 = 270º  = 270º

CNC 8060
CNC 8065
270º <  < 360º 270º <  < 360º

(REF: 1901)

·261·
Manual de programação.

TRAJETÓRIA RETA - ARCO

Quando o ângulo entre a trajetória reta e a tangente da trajetória circular é menor ou igual
que 180º, a transição entre as trajetórias é independente da função G136/G137
selecionada.

13.
COMPENSAÇÃO DE FERRAMENTA
Compensação de raio

0º <  < 90º  = 90º

90º <  < 180º  = 180º

Quando o ângulo entre a trajetória reta e a tangente da trajetória circular é maior que 180º,
o modo em que se enlaçam as trajetórias compensadas depende do tipo de transição
G136/G137 selecionado.

G136 G137

180º <  < 270º 180º <  < 270º

 = 270º  = 270º

270º <  < 360º 270º <  < 360º

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·262·
Manual de program a çã o.

TRAJETÓRIA ARCO - RETA

Quando o ângulo entre a tangente da trajetória circular e a trajetória reta é menor ou igual
que 180º, a transição entre as trajetórias é independente da função G136/G137
selecionada.

13.

COMPENSAÇÃO DE FERRAMENTA
Compensação de raio
0º <  < 90º  = 90º

90º <  < 180º  = 180º

Quando o ângulo entre a tangente da trajetória circular e a trajetória reta, é maior que 180º,
o modo em que se enlaçam as trajetórias compensadas depende do tipo de transição
G136/G137 selecionado.

G136 G137

180º <  < 270º 180º <  < 270º

 = 270º  = 270º

270º <  < 360º 270º <  < 360º

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·263·
Manual de programação.

TRAJETÓRIA ARCO - ARCO

Quando o ângulo entre as tangentes das trajetórias circulares é menor ou igual que 180º,
a transição entre as trajetórias é independente da função G136/G137 selecionada.

13.
0º <  < 90º  = 90º
COMPENSAÇÃO DE FERRAMENTA
Compensação de raio

90º <  < 180º  = 180º

Quando o ângulo entre as tangentes das trajetórias circulares é maior que 180º, o modo
em que se enlaçam as trajetórias compensadas depende do tipo de transição G136/G137
selecionado.

G136 G137

180º <  < 270º 180º <  < 270º

 = 270º  = 270º

270º <  < 360º 270º <  < 360º

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·264·
Manual de program a çã o.

13.1.5 Mudança do tipo de compensação de raio durante a usinagem

A compensação se pode mudar de G41 a G42 ou vice-versa sem necessidade de anulá-


la com G40. A mudança se pode realizar em qualquer bloco de movimento e incluso num
de movimento nulo; isto é, sem movimento nos eixos do plano ou programando duas vezes
o mesmo ponto.

Se compensam, independentemente, o último movimento anterior à mudança e o primeiro


movimento posterior à mudança. Para realizar a mudança do tipo de compensação, os
diferentes casos se resolvem seguindo os seguintes critérios:
A As trajetórias compensadas se cortam.
As trajetórias programadas se compensam cada uma pelo lado que lhe corresponde.
13.
A mudança de lado se produz no ponto de corte entre ambas as trajetórias.

COMPENSAÇÃO DE FERRAMENTA
Compensação de raio
B As trajetórias compensadas não se cortam.
Se introduz um trecho adicional entre ambas trajetórias. Desde o ponto perpendicular
à primeira trajetória no ponto final até ao ponto perpendicular à segunda trajetória no
ponto inicial. Ambos os pontos se situam a uma distância R da trajetória programada.

A seguir se expõe um resumo dos diferentes casos:


• Trajetória reta – reta:

A B

• Trajetória reta – circulo:

A B

• Trajetória circulo – reta:

A B

• Trajetória circulo – circulo:

CNC 8060
CNC 8065

A B (REF: 1901)

·265·
Manual de programação.

• Trajetória de ida e volta pelo mesmo caminho.

A B

13. • Trajetória intermediária de comprimento igual ao raio da ferramenta:


COMPENSAÇÃO DE FERRAMENTA
Compensação de raio

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·266·
Manual de program a çã o.

13.1.6 Anulação da compensação de raio.

A compensação de raio se anula mediante a função G40.

Depois de executar esta função, a compensação de raio se anulará durante o seguinte


movimento no plano de trabalho, que deve ser um deslocamento linear.

O modo em que se anula a compensação de raio depende do tipo de estratégia de anulação


G138/G139, e do tipo de transição G136/G137 selecionados:
• G139 / G136
A ferramenta se desloca ao ponto final, bordejando a aresta mediante uma trajetória
circular.
13.
• G139/G137

COMPENSAÇÃO DE FERRAMENTA
Compensação de raio
A ferramenta se desloca ao ponto final, bordejando a aresta mediante trajetórias
lineares.
• G138
A ferramenta se desloca diretamente ao ponto final. Não intervém o tipo de transição
(G136/G137) programado.

Nas seguintes tabelas se mostram diferentes possibilidades de anulação da compensação


de raio, dependendo das funções selecionadas. A trajetória programada se representa com
traço contínuo e a trajetória compensada com traço descontinuo.

Fim da compensação sem deslocamento programado

Depois de anular a compensação, pode ocorrer que no primeiro bloco de movimento não
intervenham os eixos do plano. Por exemplo, porque não foram programados, se programou
o mesmo ponto em que se encontra a ferramenta ou se programou um deslocamento
incremental nulo.

Neste caso a compensação se anula no ponto no qual se encontra a ferramenta, da seguinte


maneira. Em função do último deslocamento efetuado no plano, a ferramenta se desloca
ao ponto final sem compensar a trajetória programada.

(X0 Y0)
(X0 Y0)

Y X

X ···
··· G90
G90 G03 X-20 Y-20 I0 J-20
G01 X-30 G91 G40 Y0
G01 G40 X-30 G01 X-20
G01 X25 Y-25 ···
···

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·267·
Manual de programação.

TRAJETÓRIA RETA-RETA

Quando o ângulo entre as trajetórias é menor ou igual que 180º, o modo em que se anula
a compensação de raio é independente das funções G136/G137 e G138/G139
selecionadas.

13.
COMPENSAÇÃO DE FERRAMENTA
Compensação de raio

0º <  < 90º  = 90º

90º <  < 180º  = 180º

Quando o ângulo entre as trajetórias é maior que 180º, o modo em que se anula a
compensação de raio depende da estratégia de anulação (G138/G139) e do tipo de
transição (G136/G137) selecionado.

G139 / G136 G139/G137 G138

180º <  < 270º 180º <  < 270º 180º <  < 270º

 = 270º  = 270º  = 270º

270º <  < 360º 270º <  < 360º 270º <  < 360º

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·268·
Manual de program a çã o.

TRAJETÓRIA ARCO-RETA

Quando o ângulo entre a tangente da trajetória circular e a trajetória reta é menor ou igual
que 180º, o modo em que se anula a compensação de raio é independente das funções
G136/G137 e G138/G139 selecionadas.

13.

COMPENSAÇÃO DE FERRAMENTA
Compensação de raio
0º <  < 90º  = 90º

90º <  < 180º  = 180º

Quando o ângulo entre a tangente da trajetória circular e a trajetória reta é maior que 180º,
o modo em que se anula a compensação de raio depende da estratégia de anulação
(G138/G139) e do tipo de transição (G136/G137) selecionado.

G139 / G136 G139/G137 G138

180º <  < 270º 180º <  < 270º 180º <  < 270º

 = 270º  = 270º  = 270º

270º <  < 360º 270º <  < 360º 270º <  < 360º

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·269·
Manual de programação.

13.2 Compensação de comprimento

Compensação de comprimento em fresadora.

Numa fresadora, a compensação de comprimento se aplica sobre o eixo de comprimento,


isto é, sobre o eixo indicado mediante a instrução "#TOOL AX", ou em seu default, ao eixo
longitudinal designado mediante a seleção de planos.
Se G17, se aplica compensação longitudinal ao eixo Z.
Se G18, se aplica compensação longitudinal ao eixo Y.

13. Se G19, se aplica compensação longitudinal ao eixo X.

Sempre que se execute uma das funções G17, G18 ou G19, o CNC aceita como um novo
COMPENSAÇÃO DE FERRAMENTA
Compensação de comprimento

eixo longitudinal, o eixo perpendicular ao plano selecionado. Se a seguir se executa a


instrução "#TOOL AX", o novo eixo longitudinal selecionado, substitui o anterior.

Z=0
OW

Posicionamento em cota zero de diferentes ferramentas, com a compensação de


comprimento desativada.

OW Z=0

Posicionamento em cota zero de diferentes ferramentas, com a compensação de


comprimento ativada.

Compensação de comprimento em torno.


No torneamento o CNC leva em consideração as dimensões da nova ferramenta, definidas
no corretor correspondente, e desloca a torre do porta-ferramentas para que a ponta da nova
ferramenta ocupe a mesma posição que a anterior.

Off. X Off. X´

CNC 8060
CNC 8065

Off. Z Off. Z´
(REF: 1901)

·270·
Manual de program a çã o.

Programação
A compensação de comprimento se ativa ao selecionar um corretor de ferramenta.
• Para ativar a compensação se deve programar o código "D<n>", onde <n> é o número
do corretor no qual estão definidas as dimensões da ferramenta que vão ser utilizadas
como valores de compensação.
• Para anular a compensação se deve programar o código "D0".

Depois de executado um destes códigos, a compensação de comprimento se ativa ou se

13.
anula durante o seguinte movimento do eixo longitudinal.

COMPENSAÇÃO DE FERRAMENTA
Compensação de comprimento

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·271·
Manual de programação.

13.3 Compensação de ferramenta 3D.

Na compensação de raio (G41/G42) a orientação da ferramenta é constante. A


compensação de ferramenta 3D permite mudar a orientação da ferramenta durante a
trajetória, levando em consideração as dimensões e a forma da ferramenta.

Existem dois tipos de compensação 3D: a compensação para-axial (ou fatores de


compensação) ou a compensação calculada a partir do vetor normal. No primeiro caso, o
CAM gera o programa com os blocos necessários para gerar as trajetórias. No segundo
caso, o CAM gera os blocos com um vetor normal à superfície e o CNC realizará os cálculos

13. oportunos para gerar as trajetórias. Os dois tipos de compensação 3D são incompatíveis
com a compensação do raio da ferramenta (G41/G42).
COMPENSAÇÃO DE FERRAMENTA
Compensação de ferramenta 3D.

Programação. Ativar a compensação 3D.


Esta instrução deve ser programada sozinha no bloco. No momento de programar esta
instrução, deve-se definir o tipo de compensação 3D a ser ativada.

Formato de programação.

O formato de programação é o seguinte; entre chaves se mostra a lista de argumentos e


entre colchetes angulares os que são opcionais.
#COMP3D <ON>
#COMP3D <ON> [<{mode}>]
{mode} Opcional. Tipo de compensação. Programar um dos seguintes
comandos.
• PARAX: Compensação 3D para-axial (padrão).
• NORMAL: Compensação 3D com vetor normal.

#COMP3D
#COMP3D ON
#COMP3D [PARAX]
#COMP3D ON [PARAX]
#COMP3D [NORMAL]
#COMP3D ON [NORMAL]

O modo para-axial é o modo padrão; entretanto, dentro de um mesmo programa é mantido


o último modo selecionado.

Tipo de compensação. Compensação 3D para-axial.

O CAM calcula as trajetórias e entrega ao CNC um programa com as informações


necessárias para gerar as trajetórias nos cantos. O CAM leva em conta a forma da
ferramenta, razão pela qual o programa pode ser executado com qualquer tipo de
ferramenta.

O CAM acrescenta aos blocos de movimento um vetor (sem normalizar) da forma N[P,Q,R].
O vetor gerado pelo CAM é um vetor de compensação (vetor para-axial) sobre a cota
programada, um vetor de offsets. Este vetor é o equivalente ao que seria gerado pelo CNC
levando em conta o vetor normal à superfície, o vetor de orientação da ferramenta, o tipo
de ferramenta e a interseção com a trajetória seguinte. A partir deste vetor, o CNC calcula
o offset a ser adicionado à cota programada em função do raio da ferramenta.
Offset X = Raio da ferramenta * P

CNC 8060 Offset Y = Raio da ferramenta * Q

CNC 8065 Offset Z = Raio da ferramenta * R

A compensação para-axial é uma compensação 3D completa para máquinas de 5 eixos,


que é aplicada para pequenos deslocamentos e superfícies 3D. No caso de se ir trabalhar
com os rotativos, recomenda-se ativar o RTCP.
(REF: 1901)
Com este modo, o CNC pode compensar perfis formados por segmentos, por segmentos
e arcos tangentes entre eles e também por arcos, sempre que sigam sendo após terem sido
compensados.

·272·
Manual de program a çã o.

Tipo de compensação. Compensação 3D com vetor normal.

O CAM gera um programa com as informações necessárias para que o CNC gere as
trajetórias nos cantos, de acordo com o tipo de ferramenta, se for necessário. Este tipo de
compensação somente pode ser executada com ferramentas cilíndricas, toroidais ou
esféricas.

O CAM acrescenta aos blocos de movimento um vetor normal (unitário) à superfície, da


forma N[P,Q,R]. A partir deste vetor, o CNC calcula o offset a ser adicionado à cota
programada em função do tipo de ferramenta e da interseção com a trajetória seguinte.

Programação. Cancelar a compensação 3D.


13.

COMPENSAÇÃO DE FERRAMENTA
Compensação de ferramenta 3D.
Esta instrução deve ser programada sozinha no bloco.

Formato de programação.

O formato de programação é o seguinte:


#COMP3D OFF

#COMP3D OFF

Considerações.
• A compensação 3D é incompatível com a compensação de raio de ferramenta
(G41/G42).
• A compensação 3D afeta os movimentos lineares (G00, G01), circulares (G02, G03,
G08, G09) e rosqueamentos (G33, G63).
• A compensação 3D não afeta os movimentos com apalpador (G100, G103), busca de
referência (G74) nem polinômios (#POLY).
• Durante a inspeção de ferramenta, o CNC cancela temporariamente a compensação
3D; isto é, não aplica o vetor normal aos movimentos em jog ou em MDI. O CNC recupera
a compensação 3D ao reiniciar o programa após a inspeção.

Propriedades da função e influência do reset, do desligamento


e da função M30
No instante da partida, após serem executados M02 ou M30 e depois de um reset, o CNC
desativa a compensação 3D e a inicializa no modo para-axial de compensação. Quando
a compensação 3D está ativa, a janela de funções G ativas mostra "C3D".

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·273·
Manual de programação.

13.3.1 Programação do vetor no bloco.

A programação do vetor é obrigatória em todos os blocos de movimento lineares e


circulares; se não for programado, e a compensação 3D estiver ativa, o CNC dará um erro.
Se o vetor for programado e a compensação 3D não estiver ativa, o CNC ignora a referida
programação. Desta forma, é possível utilizar os mesmos blocos para gerar superfícies
compensadas ou não dependendo se está ativa #COMP3D.

13. Programação.
O vetor pode ser programado em qualquer parte do bloco. Para a compensação para-axial,
o vetor pode estar sem normalizar, enquanto que para a compensação com vetor normal,
COMPENSAÇÃO DE FERRAMENTA
Compensação de ferramenta 3D.

o vetor deve ser unitário.

Formato de programação.

O vetor pode ser programado em qualquer parte do bloco. O formato de programação é o


seguinte:
N[{p,q,r}]
{p,q,r} Componentes do vetor.

N[1,0,1]
N[-1,0,-1]
N[-1.4,-0.4,1.333]
N[P1,-P10,10]
N[P1+3,-P10-P2,10*P100]

Programação do vetor.

O vetor (para-axial ou normal) é programado da forma N[P,Q,R], onde os três componentes


do vetor são obrigatórios. Os componentes do vetor podem ser valores numéricos,
paramétricos ou o resultado de expressões matemáticas.

Considerações ao vetor (para-axial ou normal).


A programação do vetor não é afetada pelas seguintes transformações de cotas: se são
afetadas pela imagem espelho.
• Programação milímetros/polegadas (G70/G71).
• Programação raios/diâmetros (G150/151).
• Cotas incrementais/absolutas (G90/G91).
• Fator de escala (G72).
• Deslocamentos de origem G159.
• Rotação de coordenadas no plano (G73).

Os componentes do vetor N[p,q,r] são aplicados aos três primeiros eixos do triedro principal
do canal, independentemente do plano ativo (G17, G18, G19 ou G20). Se os três primeiros
eixos do canal são XYZ e o vetor é N[A,B,C], o componente A é aplicado sempre ao eixo
X; o B ao eixo Y; o C ao eixo Z.

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·274·
14
14. CONTROLAR A EXECUÇÃO E
VISUALIZAÇÃO DO PROGRAMA.

14.1 Condição de salto de bloco (/).

Para poder utilizar esta funcionalidade, o fabricante da máquina deve ter definido a manobra de PLC
correspondente. Consulte a documentação da máquina para obter mais informações.

A condição de salto de bloco (/) é controlada pela marca BLKSKIP1 do PLC; o usuário
poderá ativá-la a partir do painel de operação se o OEM deixou disponível um botão ou tecla
para tal finalidade. Se esta marca se encontra ativa, o CNC não executará os blocos em
que se encontra programada, continuando com a execução no bloco seguinte.

Programação.
A condição de salto do bloco deve ser programada no início do bloco.

Formato de programação.

O formato de programação é o seguinte:


/

/N10 X10 Y20 F1000

Considerações.
O CNC analisa a condição de salto do bloco durante a preparação dos blocos. Quando se
deseja que a condição de salto de bloco seja analisada no momento da execução, é
necessário interromper a preparação de blocos, programando para isso a instrução
#FLUSH no bloco anterior. Ver "14.6 Interromper a preparação dos blocos (#FLUSH)." na
página 285.

#FLUSH
/N10 X10 Y20 F1000

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·275·
Manual de programação.

14.2 Abortar a execução do programa e reiniciá-la em outro bloco ou


programa.

Para poder utilizar esta funcionalidade, o fabricante da máquina deve ter definido a manobra de PLC
correspondente. Consulte a documentação da máquina para obter mais informações.

O CNC dispõe de um modo de interrupção especial, supervisado desde o PLC, o qual


permite abortar a execução do programa e continuar a partir de um determinado bloco

14.
previamente definido ou então em outro programa. Se a execução continua num programa
diferente, este se executará desde o princípio; não se poderá selecionar o bloco inicial.

O ponto no qual continua a execução é definido e cancelado por meio da instrução #ABORT.
Abortar a execução do programa e reiniciá-la em outro bloco ou
programa.
CONTROLAR A EXECUÇÃO E VISUALIZAÇÃO DO PROGRAMA.

#ABORT Definir o bloco ou programa no qual continua a execução.


#ABORT OFF Anular o ponto no qual continua a execução.

Dentro do mesmo programa se podem definir diferentes pontos de continuação; quando se


interrompa o programa, o CNC utilizará o que se encontre ativo nesse momento, isto é, o
último que tenha executado.

Considerações.

Abortar o programa.

Geralmente esta função se ativa e desativa mediante um pulsador externo ou uma tecla
configurada para tal fim. Este modo de interrupção não se aplica quando se pressiona a tecla
[STOP].

Quando desde o CNC se interrompe o programa, o canal de CNC aborta a execução do


programa mas sem afetar o spindle, Inicializa a história do programa e reinicia a execução
no ponto indicado pela instrução #ABORT ativa.

Abortar um rosqueamento e outras operações de usinagem que não têm interrupção.

Se o CNC interrompe o programa durante uma operação de rosqueamento que não tem
interrupção, o comportamento do CNC será equivalente ao que se produz com um reset.
Após receber a ordem de interromper a execução, o CNC interromperá a execução depois
de finalizada a operação corretamente. Com o programa interrompido, será necessário
repetir a ordem de abortar o programa, para que o CNC o faça.

Considerações na hora de renovar o programa.


Quando se interrompe o programa, se inicializa o historial. Por isso, no bloco onde se reinicia
a execução, é recomendável definir umas condições mínimas de usinagem como o avanço,
funções ·M·, etc.

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·276·
Manual de program a çã o.

14.2.1 Definir o bloco ou programa no qual continua a execução (#ABORT).

O ponto no qual continua a execução se define por meio da instrução #ABORT. Dentro do
mesmo programa se podem definir diferentes pontos de continuação; quando se interrompa
o programa, o CNC utilizará o que se encontre ativo nesse momento, isto é, o último que
tenha executado. Se não existe nenhum ponto de continuação definido, a execução
continua na instrução #ABORT OFF; se esta instrução não estiver definida, a execução
salta para o final do programa (M30).

Programação. 14.
Programar a instrução sozinha no bloco. No momento de definir esta instrução,

Abortar a execução do programa e reiniciá-la em outro bloco ou


programa.
CONTROLAR A EXECUÇÃO E VISUALIZAÇÃO DO PROGRAMA.
opcionalmente poderá se definir o bloco ou o programa em que continua a execução.

Formato de programação.

O formato de programação é o seguinte: entre chaves são mostrados os argumentos.


#ABORT
#ABORT {etiqueta}
#ABORT ["{path\nome}"]
{etiqueta} Etiqueta do bloco.
{path\nome} Nome e endereço (path) do programa.

#ABORT
(Cancelar o ponto ativo).
(A execução continua em #ABORT OFF; se não existir, continua em M30).
#ABORT N120
(A execução continua no bloco N120).
#ABORT [LABEL]
(A execução continua no bloco [LABEL]).
#ABORT ["PRG.NC"]
(A execução continua no programa PRG.NC).
#ABORT ["C:\FAGORCNC\USERS\PRG\EXAMPLE.NC"]
(A execução continua no programa EXAMPLE.NC).

Programação das etiquetas.

As etiquetas que identificam os blocos poderão ser do tipo número ou do tipo nome. No
programa, nas etiquetas do tipo número, deve-se acrescentar o caractere ":" após o número
do bloco.

#ABORT N50
·
·
N50: G01 G91 X15 F800
#ABORT [LABEL]
·
·
[LABEL] G01 G91 F800

Nome e endereço (path) do programa.

O programa a executar pode ser definido escrevendo o path completo ou sem ele. Quando
se indica o path completo, o CNC somente busca o programa na pasta indicada. Se não CNC 8060
se indicou o path, o CNC busca o programa nas seguintes pastas e na ordem seguinte. CNC 8065
1 Diretório selecionado mediante a instrução #PATH.
2 Diretório do programa que executa a instrução #ABORT.
3 Diretório definido pelo parâmetro de máquina SUBPATH. (REF: 1901)

·277·
Manual de programação.

Considerações.
É recomendável programar as etiquetas às que se salta na zona inicial do programa, fora
do programa principal. No caso contrário, e em função do comprimento do programa, se
as etiquetas de salto se encontram definidas no final do mesmo, a instrução #ABORT pode
demorar em procurá-la.

14. 14.2.2 Ponto por padrão para continuar a execução (#ABORT OFF).

Se não há nenhum ponto de continuação definido ou este foi cancelado, a execução


continua na instrução #ABORT OFF; se esta instrução não está definida, a execução salta
Abortar a execução do programa e reiniciá-la em outro bloco ou
programa.
CONTROLAR A EXECUÇÃO E VISUALIZAÇÃO DO PROGRAMA.

para o final do programa (M30).

Programação.
Programar a instrução sozinha no bloco.

Formato de programação.

O formato de programação é o seguinte:


#ABORT OFF

#ABORT OFF

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·278·
Manual de program a çã o.

14.3 Repetição de um bloco (NR).

14.3.1 Repetição de um bloco de deslocamento n vezes (NR/NR0).

O comando NR indica o número de vezes que é executado o deslocamento programado


no bloco. Se for programado NR0, o CNC executa o bloco uma única vez.

14.
Programação.
Este comando deve ser adicionado a um bloco de deslocamento. No momento de
programar este comando, deve-se definir o número de repetições.

Repetição de um bloco (NR).


CONTROLAR A EXECUÇÃO E VISUALIZAÇÃO DO PROGRAMA.
Formato de programação.

O formato de programação é o seguinte: entre chaves são mostrados os argumentos.


NR{repetições}
NR0
{repetições} Número de repetições.

G91 G01 X34.678 F150 NR4


(O CNC repete o bloco 4 vezes).
G91 G01 X34.678 F150 NR0
(El CNC executa o bloco 1 vez, sem repetições).

Considerações.

Blocos de deslocamento sob a influência de um ciclo fixo ou sub-rotina modal.

Se dentro da zona de influência de um ciclo fixo ou sub-rotina modal, for programado um


bloco de deslocamento que contém o comando NR, o CNC efetua o deslocamento
programado e o ciclo fixo ou a sub-rotina o número de vezes programado.

Não executar o ciclo fixo ou a sub-rotina modal após o deslocamento.

Se o número de repetições é zero (NR0), o CNC executará somente o deslocamento


programado.

T11 M6
(Troca de ferramenta).
F100 S800 M3
(Condições iniciais).
G0 G90 X0 Y0 Z20
(Posicionamento).
G81 I-20 Z1
(Execução do ciclo fixo em X0 Y0).
G91 X15 NR3
(Repetir o deslocamento e o ciclo fixo 3 vezes).
G90 X30 Y30 NR0
(Deslocamento sem executar o ciclo fixo).
G80
(Final do ciclo fixo).
M30.

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·279·
Manual de programação.

14.3.2 Preparar uma sub-rotina sem executá-la (NR0).

O comando NR0 (sempre com valor 0) impede a execução das sub-rotinas modais ou do
ciclo modal programado no bloco, mas o deixa pronto para executá-lo nos blocos de
movimento seguintes. Os movimentos podem ser definidos nos blocos seguintes ou em
uma sub-rotina.

Programação.

14. Adicionar o comando NR0 (sempre com valor 0) a um bloco com uma sub-rotina modal ou
um ciclo modal.
Repetição de um bloco (NR).
CONTROLAR A EXECUÇÃO E VISUALIZAÇÃO DO PROGRAMA.

Formato de programação.

O formato de programação é o seguinte: entre chaves são mostrados os argumentos.


NR0

T11 M6
(Troca de ferramenta).
F100 S800 M3
(Condições iniciais).
G0 G90 Z100
G81 Z5 I-20 NR0
(Definição do ciclo fixo; sem execução).
Y0 X20
(Deslocamento e execução do ciclo fixo).
X40 NR0
(Deslocamento e execução do ciclo fixo).
X60 NR0
(Deslocamento sem executar o ciclo fixo).
X80
X100 NR0
Y50
X80 NR0
X60
X40
X20 NR0
G80
G0 G90 Z100
M30

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·280·
Manual de program a çã o.

14.4 Repetição de um grupo de blocos (#RPT).

A instrução #RPT permite repetir a execução de uma parte do programa definida entre dois
blocos, os quais estarão identificados por meio de etiquetas. O número de vezes para repetir
os blocos é configurável; se não estiver programado, o CNC repete o grupo de blocos
apenas uma vez. Depois de finalizada a repetição, a execução continua no bloco seguinte
ao da instrução #RPT.

O grupo de blocos a repetir deve estar definido no mesmo programa ou sub-rotina que
executa esta instrução. Também poderão estar depois do programa (depois da função M30).

Como no grupo de blocos a ser repetido, pode ter sido definida uma segunda repetição de
blocos, dentro desta uma terceira e assim por diante, o CNC limita esse tipo de chamadas
14.
a um máximo de 20 níveis de aninhamento.

Repetição de um grupo de blocos (#RPT).


CONTROLAR A EXECUÇÃO E VISUALIZAÇÃO DO PROGRAMA.
Programação.
Programar a instrução sozinha no bloco. No momento de programar esta instrução, devem
ser definidos os blocos inicial e final da repetição. Opcionalmente, pode-se definir o número
de vezes a serem repetidos os blocos.

Formato de programação.

O formato de programação é o seguinte: entre chaves são mostrados os argumentos e entre


colchetes angulares os que são opcionais.
#RPT [{etiqueta_inicial}, {etiqueta_final}, <{repetições}>]
{etiqueta_inicial} Etiqueta do bloco inicial.
{etiqueta_final} Etiqueta do bloco final.
{repetições} Número de repetições.
Opcional (padrão, 1).

#RPT [N100, N200]


(O CNC repete uma vez os blocos N100 a N200).
#RPT [N18, N19, 7]
(O CNC repete sete vezes os blocos N18 a N19).
#RPT [[BEGIN], [END]]
(O CNC repete uma vez os blocos [BEGIN] a [END]).

Programação das etiquetas.

As etiquetas que identificam os blocos poderão ser do tipo número ou do tipo nome. A
etiqueta do bloco inicial pode fazer parte do bloco a ser repetido, mas a etiqueta do bloco
final deverá estar sozinho no bloco. As etiquetas dos blocos inicial e final devem ser
diferentes.
• Programação com etiquetas do tipo número. No programa, nas etiquetas dos blocos
inicial e final, deve-se acrescentar o caractere ":" após o número do bloco.

#RPT [N50,N70]
·
·
N50: G01 G91 X15 F800 (bloco inicial)
X-10 Y-10
X20
X-10 Y10
N70: (bloco final)
CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·281·
Manual de programação.

• Programação com etiquetas do tipo nome.

#RPT [[BEGIN],[END]]
·
·
[BEGIN] G01 G91 F800 (bloco inicial)
X-10 Y-10
X20
X-10 Y10
G90

14. [END] (bloco final)


Repetição de um grupo de blocos (#RPT).
CONTROLAR A EXECUÇÃO E VISUALIZAÇÃO DO PROGRAMA.

Considerações.

Repetir a execução de um único bloco.

A repetição de um único bloco é programada da seguinte maneira. Os blocos de


deslocamento também podem ser repetidos por meio do comando "NR". Ver
"14.3.1 Repetição de um bloco de deslocamento n vezes (NR/NR0)." na página 279.

N10 #RPT [N10,N20,4]


N10: G01 G91 F800 (bloco inicial)
N20: (bloco final)

A repetição de blocos e os laços (loops) de execução ($IF, $WHILE, etc.).

O grupo de blocos a ser repetido pode incluir laços (loops) de execução, como $IF, $WHILE,
etc. Neste caso, uma instrução de fechamento de laço deve sempre ser acompanhada pela
instrução de abertura correspondente. Se dentro do grupo de blocos a ser repetido existir
somente a instrução de fechamento de laço, o CNC mostrará o erro correspondente.

Forma correta. Forma incorreta.

#RPT [N10,N20] #RPT [N10,N20]


· ·
N10: $FOR P1=1,10,1 $FOR P1=1,10,1
· ·
· N10:
$ENDFOR ·
· $ENDFOR
N20: N20:

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·282·
Manual de program a çã o.

14.4.1 Exemplo de programação.

14.

Repetição de um grupo de blocos (#RPT).


CONTROLAR A EXECUÇÃO E VISUALIZAÇÃO DO PROGRAMA.
%PROGRAM
G00 X-25 Y-5
N10: G91 G01 F800 (Perfil "a")
X10
Y10
X-10
Y-10
G90
N20:
G00 X15
#RPT [N10, N20] (Perfil "b")
#RPT [[INIT], [END], 2] (Perfis "c" e "d")
M30

[INIT]
G1 G90 X0 Y10
G1 G91 X10 Y10
X-20
X10 Y-10
G73 Q180
[END]

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·283·
Manual de programação.

14.5 Interromper a preparação dos blocos até que ocorra um evento


(#WAIT FOR).

A instrução #WAIT FOR interrompe a preparação dos blocos até que se cumpra a condição
programada.

Programação.

14. Programar a instrução sozinha no bloco. No momento de programar esta instrução, deve-
se definir a condição para retomar a preparação dos blocos.
(#WAIT FOR).
Interromper a preparação dos blocos até que ocorra um evento
CONTROLAR A EXECUÇÃO E VISUALIZAÇÃO DO PROGRAMA.

Formato de programação.

O formato de programação é o seguinte: entre chaves são mostrados os argumentos.


#WAIT FOR [{condição}]
{condição} Comparação que tenha como resultado verdadeiro ou falso.

#WAIT FOR [V.PLC.O[1] == 1]


(O CNC espera que a variável assuma o valor ·1· para retomar a preparação dos blocos).

Considerações.
Esta instrução não sincroniza a preparação e execução de blocos; para a sincronização,
utilizar a função #FLUSH. Ver "14.6 Interromper a preparação dos blocos (#FLUSH)." na
página 285.

P100=1
#FLUSH
#WAIT FOR [P100==0]

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·284·
Manual de program a çã o.

14.6 Interromper a preparação dos blocos (#FLUSH).

O CNC vai lendo até vinte blocos por diante do que está executando, com o objetivo de
calcular com antecipação a trajetória a percorrer. Esta leitura previa se conhece como
preparação de blocos. A instrução #FLUSH detém a preparação de blocos, executa até o
último bloco preparado, sincroniza a preparação e execução de blocos e continua a
execução do programa e a preparação de blocos.

Nos blocos há informações que o CNC avalia no momento de lê-lo; se for desejável avaliá-
las no momento de executá-lo, deverá ser utilizada a instrução #FLUSH.

14.
Programação.

Interromper a preparação dos blocos (#FLUSH).


CONTROLAR A EXECUÇÃO E VISUALIZAÇÃO DO PROGRAMA.
Programar a instrução sozinha no bloco.

Formato de programação.

O formato de programação é o seguinte:


#FLUSH

#FLUSH

Influência da preparação de blocos na execução de algumas


funções.

Compensação de raio.

É necessário ter precaução com a programação da instrução #FLUSH, já que intercalada


entre blocos de usinagem com compensação pode provocar perfis indesejáveis. É
necessário considerar que deter a preparação de blocos pode provocar trajetórias
compensadas diferentes às programadas, junções não desejadas quando se trabalha com
trechos pequenos, deslocamentos de eixos a saltos, etc.

Condição de salto de bloco.

O CNC analisa a condição de salto do bloco durante a preparação dos blocos. A instrução
#FLUSH permite avaliar a condição de salto de bloco no momento da execução.

N110 #FLUSH
/N120 G01 X100

As variáveis.

O CNC valora algumas variáveis durante a preparação de blocos e outras durante a


execução.
• Variáveis que utilizam o valor de execução. Estas variáveis interrompem
temporariamente a preparação de blocos, a qual é retomada quando finaliza a
leitura/escrita da variável.
• Variáveis que utilizam o valor de preparação. Para forçar a avaliação da variável no
momento de sua execução, programar a instrução #FLUSH no bloco anterior.

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·285·
Manual de programação.

14.7 Habilitar/desabilitar o tratamento de bloco único (#ESBLK/


#DSBLK).

As instruções #ESBLK e #DSBLK ativam e desativam o tratamento do bloco único.


#ESBLK Habilitar o tratamento de bloco único.
#DSBLK Desabilitar o tratamento de bloco único.

Quando o programa é executado no modo "bloco a bloco", o grupo de blocos que se

14.
encontra entre as duas instruções é executado em um ciclo contínuo; isto é, a execução
não é interrompida no final do bloco, mas continua no próximo bloco até que a instrução
#DSBLK seja atingida.
Habilitar/desabilitar o tratamento de bloco único (#ESBLK/
#DSBLK).
CONTROLAR A EXECUÇÃO E VISUALIZAÇÃO DO PROGRAMA.

Programação.
Programar a instrução sozinha no bloco.

Formato de programação.

O formato de programação é o seguinte:


#ESBLK
#DSBLK

G01 X20 Y0 F850


G01 X20 Y20
#ESBLK (Começo do bloco único)
G01 X30 Y30
G02 X20 Y40 I-5 J5
G01 X10 Y30
G01 X20 Y20
#DSBLK (Fim do bloco único)
G01 X20 Y0
M30

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·286·
Manual de program a çã o.

14.8 Habilitar/desabilitar o sinal de stop (#DSTOP/#ESTOP).

A instrução #DSTOP desabilita o sinal de stop, tanto se proveniente do painel de controle


(tecla [STOP]) como do PLC. A instrução #ESTOP volta a habilitar o sinal de stop.
#ESTOP Habilitar o sinal de stop.
#DSTOP Desabilitar o sinal de stop.

Programação.
Programar a instrução sozinha no bloco.
14.

Habilitar/desabilitar o sinal de stop (#DSTOP/#ESTOP).


CONTROLAR A EXECUÇÃO E VISUALIZAÇÃO DO PROGRAMA.
Formato de programação.

O formato de programação é o seguinte:


#ESTOP
#DSTOP

#DSTOP
#ESTOP

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·287·
Manual de programação.

14.9 Habilitar/desabilitar o sinal de feed-hold (#DFHOLD/#EFHOLD).

A instrução #DFHOLD desabilita o sinal de feed-hold proveniente do PLC. A instrução


#EFHOLD volta a habilitar o sinal de feed-hold.
#EFHOLD Habilitar o sinal de feed-hold.
#DFHOLD Desabilitar o sinal de feed-hold.

14. Programação.
Programar a instrução sozinha no bloco.
Habilitar/desabilitar o sinal de feed-hold (#DFHOLD/#EFHOLD).
CONTROLAR A EXECUÇÃO E VISUALIZAÇÃO DO PROGRAMA.

Formato de programação.

O formato de programação é o seguinte:


#EFHOLD
#DFHOLD

#EFHOLD
#DFHOLD

Funcionamento do sinal de feed-hold do PLC.


Se o PLC habilitar o sinal de feed-hold, o canal do CNC detém temporariamente o avanço
dos eixos (mas mantém a rotação do spindle). Se o PLC habilitar o sinal de feed-hold em
um bloco sem movimento, o CNC continua a execução do programa até detectar um bloco
com movimento. Se o PLC desabilitar o sinal de feed-hold, o movimento dos eixos continua.
Todos as paradas e partidas de eixos são produzidas com as respectivas rampas de
aceleração e desaceleração.

Nas telas fornecidas pela Fagor, o texto "Freal" das telas dos modos automático e manual
aparece em vermelho quando o feed-hold está ativo.

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·288·
Manual de program a çã o.

14.10 Salto de bloco ($GOTO).

A instrução $GOTO continua a execução do programa no bloco definido, que pode estar
em um ponto anterior ou posterior do programa. A instrução $GOTO e o bloco de destino
devem estar no mesmo programa ou sub-rotina; não são permitidos saltos do programa para
sub-rotinas nem entre sub-rotinas.

Programação.
Programar a instrução sozinha no bloco ou junto com uma instrução $IF. 14.
Formato de programação.

Salto de bloco ($GOTO).


CONTROLAR A EXECUÇÃO E VISUALIZAÇÃO DO PROGRAMA.
O formato de programação é o seguinte:
$GOTO {etiqueta}
{etiqueta} Etiqueta do bloco.

Etiqueta do bloco.

As etiquetas que identificam os blocos poderão ser do tipo número ou do tipo nome. No
programa, nas etiquetas do tipo número, deve-se acrescentar o caractere ":" após o número
do bloco.

$GOTO N50 (o $GOTO N50:)


·
·
N50: G01 G91 X15 F800
$GOTO [LABEL]
·
·
[LABEL] G01 G91 F800

Considerações.
• Não se permite realizar saltos aos blocos encaixados dentro de outra instrução ($IF,
$FOR, $WHILE, etc).
• Embora as instruções de controle de fluxo devem ser programadas sozinhas no bloco,
a instrução $GOTO pode ser acrescentada a uma instrução $IF no mesmo bloco. Isto
permite sair do grupo de blocos aninhados numa instrução ($IF, $FOR, $WHILE, etc),
sem necessidade de terminar a volta.

N10 P0=10
N20 $WHILE P0<=10
N30 G01 X[P0*10] F400
N40 P0=P0-1
N50 $IF P0==1 $GOTO N100
N60 $ENDWHILE
N100: G00 Y30
M30

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CNC 8065

(REF: 1901)

·289·
Manual de programação.

14.11 Execução condicional ($IF).

14.11.1 Execução condicional ($IF).

A instrução $IF analisa a condição programada, e se estiver correta, executa os blocos


aninhados entre as instruções $IF e $ENDIF. Se a condição é falsa, a execução continua
no bloco seguinte a $ENDIF.

14. Programação.
Programar a instrução sozinha no bloco. A instrução $IF sempre acaba com um $ENDIF.
Execução condicional ($IF).
CONTROLAR A EXECUÇÃO E VISUALIZAÇÃO DO PROGRAMA.

Formato de programação.

O formato de programação é o seguinte: entre chaves são mostrados os argumentos.


$IF {condição}
$ENDIF
{condição} Comparação que tenha como resultado verdadeiro ou falso.

N20 $IF P1==1


N30 ...
N40 ...
N50 $ENDIF
N60 ...
(Se P1=1, o CNC executa os blocos N30 a N40; caso contrário, a execução continua em N60).

Considerações.
A instrução $IF sempre termina com um $ENDIF, exceto se lhe for acrescentada a instrução
$GOTO, em cujo caso pode ser omitida.

N20 $IF P1==1 $GOTO N40


N30...
N40: ...
N50...
(Se P1=1, a execução continua no bloco N40; caso contrário, a execução continua em N30).

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CNC 8065

(REF: 1901)

·290·
Manual de program a çã o.

14.11.2 Execução condicional ($IF - $ELSE).

A instrução $IF analisa a condição programada, e se estiver correta, executa os blocos


aninhados entre as instruções $IF e $ELSE. Se a condição é falsa, a instrução $IF executa
os blocos aninhados entre $ELSE e $ENDIF. A execução continua no bloco seguinte a
$ENDIF.

Programação.
Programar a instrução sozinha no bloco. A instrução $IF sempre acaba com um $ENDIF. 14.
Formato de programação.

Execução condicional ($IF).


CONTROLAR A EXECUÇÃO E VISUALIZAÇÃO DO PROGRAMA.
O formato de programação é o seguinte: entre chaves são mostrados os argumentos.
$IF {condição}
$ELSE
$ENDIF
{condição} Comparação que tenha como resultado verdadeiro ou falso.

N20 $IF P1==1


N30...
N40...
N50 $ELSE
N60...
N70...
N80 $ENDIF
N90 ...
(Se P1=1, o CNC executa os blocos N30 a N40; caso contrário, executa os blocos N60 a N70).

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·291·
Manual de programação.

14.11.3 Execução condicional ($IF - $ELSEIF).

A instrução $IF analisa a condição programada, e se estiver correta, executa os blocos


aninhados entre as instruções $IF e $ELSEIF. A execução continua no bloco seguinte a
$ENDIF.

Se a condição $IF for falsa, a instrução $ELSEIF analisa a condição programada, e se


estiver correta, executa os blocos aninhados entre as instruções $ELSEIF e $ENDIF (ou
o próximo $ELSEIF, se houver). Poderão ser definidas tantas instruções $ELSEIF quantas
sejam necessárias. A execução continua no bloco seguinte a $ENDIF.

14. A instrução $ELSE é opcional. Neste caso, se todas as condições definidas são falsas, se
executam os blocos aninhados entre as instruções $ELSE e $ENDIF.
Execução condicional ($IF).
CONTROLAR A EXECUÇÃO E VISUALIZAÇÃO DO PROGRAMA.

Programação.
Programar a instrução sozinha no bloco. A instrução $IF sempre acaba com um $ENDIF.

Formato de programação.

O formato de programação é o seguinte: entre chaves são mostrados os argumentos.


$IF {condição}
$ELSEIF {condição}
$ELSE
$ENDIF
{condição} Comparação que tenha como resultado verdadeiro ou falso.

N20 $IF P1==1


N30...
N40...
N50 $ELSEIF P2==[-5]
N60...
N70 $ELSE
N80...
N90 $ENDIF
N100 ...
(Se P1 = 1, os blocos N30 a N40 serão executados; a execução continua em N100).
(Se P1 ≠ 1 y P2 = -5, o bloco N60 será executado; a execução continua em N100).
(Se P1 ≠ 1 y P2 ≠ -5, o bloco N80 será executado; a execução continua em N100).

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·292·
Manual de program a çã o.

14.12 Execução condicional ($SWITCH).

A instrução $SWITCH calcula o valor de uma expressão, e executa o grupo de blocos


associado a este valor (blocos aninhados entre $CASE e $BREAK). Esta instrução pode
ter vários grupos de blocos aninhados ($CASE), cada um deles associado a um valor.

A instrução $DEFAULT é opcional. Se a expressão calculada por $SWITCH não coincidir


com nenhum $CASE, o CNC executa o conjunto de blocos aninhados entre as instruções
$DEFAULT e $ENDSWITCH.

Programação.
14.

Execução condicional ($SWITCH).


CONTROLAR A EXECUÇÃO E VISUALIZAÇÃO DO PROGRAMA.
Programar as instruções sozinhas no bloco. A instrução $SWITCH sempre acaba com um
$ENDSWITCH. A instrução $CASE sempre acaba com um $BREAK.

Formato de programação.

O formato de programação é o seguinte: entre chaves são mostrados os argumentos.


$SWITCH {expressão}
$CASE {valor}
$BREAK
$DEFAULT
$ENDSWITCH
{expressão} Parâmetro, variável, expressão aritmética ou expressão relacional.
{valor} Número, parâmetro, variável, expressão aritmética ou expressão relacional.

N20 $SWITCH [P1+P2/P4]


N30 $CASE 10
·
·
N60 $BREAK
N70 $CASE [P5+P6]
·
·
N100 $BREAK
N110 $DEFAULT
·
·
N140 $ENDSWITCH
N150 ...
A instrução $SWITCH calcula a expressão [P1+P2/P4].
• Se o resultado for 10, o CNC executa os blocos N40 a N50.
• Se o resultado for [P5+P6], o CNC executa os blocos N80 a N90.
• Se o resultado não coincidir com nenhuma opção, o CNC executa os blocos N120 a N130.
A execução continua em N150.

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·293·
Manual de programação.

14.13 Repetição de blocos ($FOR).

O CNC repete a execução dos blocos aninhados entre $FOR e $ENDFOR o número de
vezes programado. Quando $FOR é executado, um contador assume o valor inicial e
aumenta ou diminui seu valor de acordo com o incremento definido, até alcançar o valor final.

A instrução $BREAK é opcional e permite finalizar o laço (loop) mesmo sem haver concluído
o número de repetições. A execução continua no bloco seguinte a $ENDFOR.

A instrução $CONTINUE é opcional, e permite iniciar a próxima repetição mesmo que a

14. repetição em andamento não esteja concluída. Os blocos programados após a instrução
$CONTINUE até $ENDFOR são ignorados.
Repetição de blocos ($FOR).
CONTROLAR A EXECUÇÃO E VISUALIZAÇÃO DO PROGRAMA.

Programação.
Programar as instruções sozinhas no bloco. A instrução $FOR sempre acaba com um
$ENDFOR.

Formato de programação.

O formato de programação é o seguinte: entre chaves são mostrados os argumentos.


$FOR {contador} = {valor_inicial},{valor_final},{incremento}
$ENDFOR
{contador} Parâmetro aritmético ou variável de escrita.
{valor_inicial} Número, parâmetro, variável ou expressão aritmética.
{valor_final} Número, parâmetro, variável ou expressão aritmética.
{incremento} Número, parâmetro, variável ou expressão aritmética.

N30 $FOR P1=0,10,2


·
·
N50 $ENDFOR
(O CNC repete os blocos N30 a N50, desde P1=0 até P1=10, em incrementos de 2 (6 vezes)).
N12 $FOR V.P.VAR_NAME=20,15,-1
·
·
N42 $ENDFOR
(O CNC repete os blocos N22 a N32, desde V.P.VAR_NAME=20 até V.P.VAR_NAME=15, em
incrementos de -1 (5 vezes)).

Formato de programação.

O formato de programação é o seguinte:


$BREAK

$FOR P1= 1,10,1


·
·
$IF P2==2
$BREAK
$ENDIF
·
·
$ENDFOR
CNC 8060 (O loop é interrompido se P1 é maior que 10, ou se P2 é igual a 2).
CNC 8065

(REF: 1901)

·294·
Manual de program a çã o.

Formato de programação.

O formato de programação é o seguinte:


$CONTINUE

$FOR P1= 1,10,1


·
·
$IF P0==2
$CONTINUE
$ENDIF
·
·
14.
$ENDFOR

Repetição de blocos ($FOR).


CONTROLAR A EXECUÇÃO E VISUALIZAÇÃO DO PROGRAMA.
(Se P0=2, inicia uma nova repetição).

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·295·
Manual de programação.

14.14 Repetição condicional de blocos ($WHILE).

O CNC repete a execução dos blocos aninhados entre $WHILE e $ENDWHILE enquanto
a condição estabelecida permanecer válida. A condição é analisada no início de cada loop.

A instrução $BREAK é opcional, e permite finalizar o loop mesmo se a condição de parada


não for atendida. A execução continua no bloco seguinte a $ENDWHILE.

A instrução $CONTINUE é opcional, e permite iniciar o próximo laço (loop) mesmo que o
laço em andamento não esteja concluído. Os blocos programados após a instrução

14. $CONTINUE até $ENDWHILE são ignorados.


Repetição condicional de blocos ($WHILE).
CONTROLAR A EXECUÇÃO E VISUALIZAÇÃO DO PROGRAMA.

Programação.
Programar as instruções sozinhas no bloco. A instrução $WHILE sempre acaba com um
$ENDWHILE.

Formato de programação.

O formato de programação é o seguinte: entre chaves são mostrados os argumentos.


$WHILE {condição}
$ENDWHILE
{condição} Comparação que tenha como resultado verdadeiro ou falso.

$WHILE P1<= 10
P1=P1+1
·
·
·
$ENDWHILE
(O laço é repetido enquanto P1 for menor ou igual a 10).

Formato de programação.

O formato de programação é o seguinte:


$BREAK

$WHILE P1<= 10
·
·
$IF P2==2
$BREAK
$ENDIF
·
·
$ENDWHILE
(O loop é interrompido se P1 é maior que 10, ou se P2 é igual a 2).

Formato de programação.

O formato de programação é o seguinte:


$CONTINUE

$WHILE P1<= 10
·
CNC 8060
·
CNC 8065 $IF P0==2
$CONTINUE
$ENDIF
·
(REF: 1901) ·
$ENDWHILE
(Se P0=2, inicia um novo laço de repetição).

·296·
Manual de program a çã o.

14.15 Repetição condicional de blocos ($DO).

O CNC repete a execução dos blocos aninhados entre $DO e $ENDDO enquanto a
condição estabelecida permanecer válida. A condição é analisada no final de cada laço
(loop), portanto o grupo de blocos é executado no mínimo uma vez.

A instrução $BREAK é opcional, e permite finalizar o loop mesmo se a condição de parada


não for atendida. A execução continua no bloco seguinte a $ENDDO.

A instrução $CONTINUE é opcional, e permite iniciar o próximo laço (loop) mesmo que o
laço em andamento não esteja concluído. Os blocos programados após a instrução
$CONTINUE até $ENDDO são ignorados. 14.

Repetição condicional de blocos ($DO).


CONTROLAR A EXECUÇÃO E VISUALIZAÇÃO DO PROGRAMA.
Programação.
Programar as instruções sozinhas no bloco. A instrução $DO sempre acaba com um
$ENDDO.

Formato de programação.

O formato de programação é o seguinte: entre chaves são mostrados os argumentos.


$DO
$ENDDO {condição}
{condição} Comparação que tenha como resultado verdadeiro ou falso.

$DO
P1=P1+1
·
·
·
$ENDDO P1<=10
(O laço é repetido enquanto P1 for menor ou igual a 10).

Formato de programação.

O formato de programação é o seguinte:


$BREAK

$DO
·
·
$IF P2==2
$BREAK
$ENDIF
·
·
$ENDDO P1<= 10
(O loop é interrompido se P1 é maior que 10, ou se P2 é igual a 2).

Formato de programação.

O formato de programação é o seguinte:


$CONTINUE

$DO
CNC 8060
·
· CNC 8065
$IF P0==2
$CONTINUE
$ENDIF
· (REF: 1901)
·
$ENDDO P1<= 10
(Se P0=2, inicia um novo laço de repetição).

·297·
·298·
14.
CONTROLAR A EXECUÇÃO E VISUALIZAÇÃO DO PROGRAMA.

(REF: 1901)
CNC 8065
CNC 8060
Repetição condicional de blocos ($DO).
Manual de programação.
15
15. SUB-ROTINAS.

Uma sub-rotina é um conjunto de blocos que, convenientemente identificados, podem ser


chamados uma ou várias vezes desde outra sub-rotina ou desde o programa. É comum
utilizar as sub-rotinas para definir um conjunto de operações ou deslocamentos que se
repetem várias vezes no programa. O CNC permite executar até sete sub-rotinas por bloco
no total (G180, G380, G500, funções M com sub-rotina, etc.).

Tipos de sub-rotinas.
O CNC possui dois tipos de sub-rotinas, tais como sub-rotinas locais e globais. Há um
terceiro tipo disponível, as sub-rotinas OEM, que são um caso especial de sub-rotina global
definida pelo fabricante. Ver "15.5 Execução de sub-rotinas OEM." na página 312.

Sub-rotinas globais.

A sub-rotina global está armazenada na memória do CNC como um programa


independente. Esta sub-rotina pode ser chamada desde qualquer programa ou sub-rotina
em execução.

Sub-rotinas locais.

A sub-rotina local é definida como parte de um programa. Esta sub-rotina somente pode
ser chamada a partir do programa em que está definida.

Um programa pode possuir várias sub-rotinas locais, porém todas elas deverão estar
definidas antes do corpo do programa. Uma sub-rotina local poderá chamar a uma segunda
sub-rotina local, com a condição de que a sub-rotina que realiza a chamada esteja definida
depois da sub-rotina chamada.

Níveis de aninhamento de sub-rotinas e parâmetros.


As sub-rotinas definidas podem ser chamadas a partir do programa principal ou de outra
sub-rotina, podendo por sua vez chamar desta a uma segunda, da segunda a uma terceira,
etc. O CNC limita estas chamadas a um máximo de 20 níveis de aninhamento.

Os parâmetros aritméticos nas sub-rotinas

Parâmetros locais.

Os parâmetros locais definidos numa sub-rotina serão desconhecidos para o programa e


o resto das sub-rotinas, podendo ser utilizados somente na sub-rotina na qual estão
definidos.

É possível atribuir parâmetros locais a mais de uma sub-rotina, podendo existir um máximo
CNC 8060
de 7 níveis de aninhamento de parâmetros dentro dos 20 níveis de aninhamento de sub- CNC 8065
rotinas. Não são todos os tipos de chamada a sub-rotina que mudam o nível de
aninhamento; só as chamadas #PCALL, #MCALL e as funções G180 a G189 e G380 a G399
o fazem.
(REF: 1901)
Parâmetros globais.

Os parâmetros globais serão partilhados pelo programa e pelas sub-rotinas do canal.


Poderão ser utilizados em qualquer bloco do programa e das sub-rotinas,
independentemente do nível de aninhamento no qual se encontrem.

·299·
Manual de programação.

Parâmetros comuns.

Os parâmetros comuns serão partilhados pelo programa e pelas sub-rotinas de qualquer


canal. Poderão ser utilizados em qualquer bloco do programa e das sub-rotinas,
independentemente do nível de aninhamento no qual se encontrem.

15.
SUB-ROTINAS.

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·300·
Manual de program a çã o.

15.1 Execução de sub-rotinas a partir da memória RAM.

Se durante a execução são utilizadas as mesmas sub-rotinas, é mais eficiente carregar


estas sub-rotinas na memória RAM do CNC, uma vez que assim o acesso a elas é mais
rápido e, portanto, se otimiza o tempo de execução. Esta opção é válida tanto para as sub-
rotinas OEM como para as do usuário. Para carregar uma sub-rotina na memória RAM, ela
deve ter a extensão fst. O espaço reservado na memória RAM para as sub-rotinas é 5 Mb.

Sub-rotinas fst do usuário.


Sub-rotinas com extensão fst que não estão salvas na pasta ..mtb/sub. As rotinas de usuário
15.
cuja extensão é fst, são carregadas na memória RAM durante a preparação de blocos. O

SUB-ROTINAS.
Execução de sub-rotinas a partir da memória RAM.
CNC verifica se está carregada na memória RAM, e se não estiver e houver espaço, a
carrega.

Quando o programa (M02/M30) finaliza ou depois de um reset, se não houver nenhum outro
canal executando as sub-rotinas, o CNC as apaga da memória RAM. Desta forma, se uma
rotina do usuário com extensão fst é editada ou modificada, o CNC assume as alterações
na próxima vez que a executar.

Sub-rotinas fst do fabricante.


Sub-rotinas com extensão fst que salvas na pasta ..mtb/sub.
• Com o CNC no modo USER, as rotinas OEM cuja extensão é fst, são carregadas na
memória RAM ao iniciar a aplicação CNC.
Quando o fabricante estiver depurando suas sub-rotinas, estas deverão ter outra
extensão para que as alterações sejam levadas em conta sem a necessidade de reiniciar
a aplicação. Uma vez depuradas, o fabricante deverá alterar a extensão das sub-rotinas
para fst para que estas sejam carregadas na memória RAM.
• Com o CNC no modo SETUP (configuração), as rotinas OEM cuja extensão é fst, serão
carregadas na memória RAM durante a preparação dos blocos. O CNC verifica se está
carregada na memória RAM, e se não estiver e houver espaço, a carrega. Quando o
programa (M02/M30) finaliza ou depois de um reset, se não houver nenhum outro canal
executando as sub-rotinas, o CNC as apaga da memória RAM. Desta forma, as
alterações que são realizadas na sub-rotina serão levadas em conta na próxima vez em
que se execute o programa.

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·301·
Manual de programação.

15.2 Definição das sub-rotinas.

Da mesma forma que o corpo do programa, uma sub-rotina se compõe de um cabeçalho,


do corpo de programa e da função de final de sub-rotina.

Cabeçalho da sub-rotina local.


O cabeçalho da sub-rotina é um bloco que se compõe dos caracteres "%L" seguidos de um

15. espaço em branco e do nome da sub-rotina. O nome da sub-rotina admite 14 caracteres


e pode ser formado por letras maiúsculas, minúsculas e por números (não admite espaços
em branco).
SUB-ROTINAS.
Definição das sub-rotinas.

%L 0123456789
%L SUBROUTINE
%L SUB234S

A programação do cabeçalho é obrigatória. Quando se realiza a chamada a uma sub-rotina,


se utiliza o nome do cabeçalho.

Cabeçalho da sub-rotina global.


O cabeçalho de uma sub-rotina global é igual que o de um programa, isto é, um bloco que
se compõe do caractere "%" seguido do nome da sub-rotina. O nome admite 14 caracteres
e pode ser formado por letras maiúsculas, minúsculas e por números (não admite espaços
em branco).

%0123
%GLOBSUBROUTINE
%PART923R

A programação do cabeçalho é opcional. Quando se realiza a chamada a uma sub-rotina


global, não se utiliza o nome do cabeçalho; se utiliza o nome com o qual se guarda o arquivo
no CNC.

O nome definido no cabeçalho não tem nenhuma relação com o nome com que se guarda
o arquivo. Ambos os nomes podem ser diferentes.

Fim de sub-rotina global ou local.


O final de uma sub-rotina é estabelecido por meio de uma das funções M17, M29 ou da
instrução #RET, sendo todas elas equivalentes. A sentença #RETDSBLK finaliza a sub-
rotina e cancela o tratamento de bloco único. A programação de uma delas é obrigatória
para dar por finalizada a sub-rotina.

M17
M29
#RET
#RETDSBLK

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·302·
Manual de program a çã o.

15.3 Execução das sub-rotinas.

O CNC possui os seguintes comandos para chamar às sub-rotinas.

Comando. Tipo de chamada.

L Chamada a uma sub-rotina global.


Este comando não permite inicializar parâmetros.

LL Chamada a uma sub-rotina local.

15.
Este comando não permite inicializar parâmetros.

#CALL Chamada de sub-rotina local ou global.


Este comando não permite inicializar parâmetros.

SUB-ROTINAS.
Execução das sub-rotinas.
#PCALL Chamada de sub-rotina local ou global.
Este comando permite inicializar parâmetros locais.

#MCALL Chamada de sub-rotina local ou global com caractere modal.


Este comando permite inicializar parâmetros locais.

#MDOFF Anula o caractere modal de uma função.

A partir da execução de um destes comandos, o CNC executa a sub-rotina selecionada.


Quando finaliza a sub-rotina, a execução do programa continua a partir da instrução de
chamada.

Colocação (path) das sub-rotinas globais.


Quando se realiza a chamada a uma sub-rotina, pode ser definido o path (colocação) da
mesma. Quando se indica o path completo, o CNC somente busca a sub-rotinana no
diretório indicado. Se não se indicou o path, o CNC busca a sub-rotina nos seguintes
diretórios e na ordem seguinte.
1 Diretório selecionado mediante a instrução #PATH.
2 Diretório do programa em execução.
3 Diretório definido pelo parâmetro de máquina SUBPATH.

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·303·
Manual de programação.

15.3.1 LL. Chamada a uma sub-rotina local.

O comando LL realiza uma chamada a uma sub-rotina local. Este tipo de chamada não
permite inicializar parâmetros locais na sub-rotina.

Formato de programação.
O formato de programação é o seguinte:

15. LL sub
sub Nome da sub-rotina.
SUB-ROTINAS.
Execução das sub-rotinas.

LL sub2.nc

15.3.2 Chamada a uma sub-rotina.

O comando L realiza uma chamada a uma sub-rotina global. Este tipo de chamada não
permite inicializar parâmetros locais na sub-rotina. Quando se trate de uma sub-rotina
global, se poderá definir o path completo da mesma.

Formato de programação.
O formato de programação é o seguinte:
L <path> sub
path Opcional. Colocação da sub-rotina.
sub Nome da sub-rotina.

L C:\Cnc8070\Users\Prg\sub1.nc
L C:\Cnc8070\Users\sub2.nc
L Sub3.nc

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·304·
Manual de program a çã o.

15.3.3 #CALL. Chamada a uma sub-rotina local ou global.

A instrução #CALL realiza uma chamada a uma sub-rotina que poderá ser local ou global.
Este tipo de chamada não permite inicializar parâmetros locais na sub-rotina. Quando se
trate de uma sub-rotina global, se poderá definir o path completo da mesma.

Quando existem duas sub-rotinas, uma local e outra global, com o mesmo nome se segue
o seguinte critério. Se foi definido o path na chamada, se executará a sub-rotina global; se
não, se executará a sub-rotina local.

Formato de programação.
15.

SUB-ROTINAS.
Execução das sub-rotinas.
O formato de programação é o seguinte:

#CALL <path> sub


path Opcional. Colocação da sub-rotina.
sub Nome da sub-rotina.

#CALL C:\Cnc8070\Users\Prg\sub1.nc
#CALL C:\Cnc8070\Users\sub2.nc
#CALL Sub3.nc

Definição do path.

A definição do path é opcional. Se se define, o CNC só buscará a sub-rotina nessa pasta;


se não se define, o CNC buscará a sub-rotina nas pastas padrão. Ver "Colocação (path)
das sub-rotinas globais." na página 303.

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·305·
Manual de programação.

15.3.4 #PCALL. Chamada a uma sub-rotina local ou global inicializando


parâmetros.

A instrução #PCALL realiza uma chamada a uma sub-rotina que poderá ser local ou global.
Este tipo de chamada permite inicializar os parâmetros locais da sub-rotina. Quando se trate
de uma sub-rotina global, se poderá definir o path completo da mesma.

Quando existem duas sub-rotinas, uma local e outra global, com o mesmo nome se segue
o seguinte critério. Se foi definido o path na chamada, se executará a sub-rotina global; se
não, se executará a sub-rotina local.

15.
Formato de programação.
SUB-ROTINAS.
Execução das sub-rotinas.

O formato de programação é o seguinte:


#PCALL <path> sub <P0..Pn>
path Opcional. Colocação da sub-rotina.
sub Nome da sub-rotina.
P0..Pn Opcional. Inicialização de parâmetros.

#PCALL C:\Cnc8070\Users\Prg\sub1.nc
#PCALL C:\Cnc8070\Users\sub2.nc A12.3 P10=6
#PCALL Sub3.nc A12.3 F45.3 P10=6

Como definir os parâmetros locais?

A chamada à sub-rotina permite inicializar 57 parâmetros locais (P0 a P57). Os valores dos
parâmetros devem ser definidos após a instrução da chamada e poderão ser definidos de
duas maneiras. Ambas as formas de definir os parâmetros locais são equivalentes e se
podem combinar dentro de um mesmo bloco.
• Os parâmetros P0 a P25 também poderão ser definidos pelas letras A-Z, de modo que
"A" é igual a P0, "B" a P1 e assim por diante, até "Z" que é igual a P25.
• Os parâmetros P26 a P52 também poderão ser definidos da forma "D0 = " a "D31= ",
de modo que "D0=" é equivalente a P26, "D1=" a P27 e assim por diante, até "D31="
que é igual a P57.

Exemplo de programação.
#PCALL subroutine.nc A12.3 F45.3 P10=6 D0=34.12 D1=5 P28=0

Definição do path.

A definição do path é opcional. Se se define, o CNC só buscará a sub-rotina nessa pasta;


se não se define, o CNC buscará a sub-rotina nas pastas padrão. Ver "Colocação (path)
das sub-rotinas globais." na página 303.

Níveis de aninhamento dos parâmetros locais.


Se na instrução #PCALL são inicializados parâmetros locais, esta instrução gera um novo
nível de aninhamento para os parâmetros locais. Lembre que pode haver no máximo 7
níveis de aninhamento de parâmetros dentro dos 20 níveis de aninhamento das sub-rotinas.

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·306·
Manual de program a çã o.

15.3.5 #MCALL. Chamada a uma sub-rotina global com caractere modal.

A instrução #MCALL realiza uma chamada a uma sub-rotina que poderá ser local ou global.
Este tipo de chamada permite inicializar os parâmetros locais da sub-rotina. Quando se trate
de uma sub-rotina global, se poderá definir o path completo da mesma.

Quando existem duas sub-rotinas, uma local e outra global, com o mesmo nome se segue
o seguinte critério. Se foi definido o path na chamada, se executará a sub-rotina global; se
não, se executará a sub-rotina local.

Com este tipo de chamada, a sub-rotina adquire a categoria de modal; isto é, a sub-rotina
se mantém ativa nos sucessivos deslocamentos voltando a repetir-se no final de cada um.
Ver "Considerações ao caractere modal da sub-rotina." na página 308.
15.

SUB-ROTINAS.
Execução das sub-rotinas.
Formato de programação.
O formato de programação é o seguinte:
#MCALL <path> sub <P0..Pn>
path Opcional. Colocação da sub-rotina.
sub Nome da sub-rotina.
P0..Pn Opcional. Inicialização de parâmetros.

#MCALL C:\Cnc8070\Users\Prg\sub1.nc
#MCALL C:\Cnc8070\Users\sub2.nc A12.3 P10=6
#MCALL Sub3.nc A12.3 F45.3 P10=6

Como definir os parâmetros locais?

A chamada à sub-rotina permite inicializar 57 parâmetros locais (P0 a P57). Os valores dos
parâmetros devem ser definidos após a instrução da chamada e poderão ser definidos de
duas maneiras. Ambas as formas de definir os parâmetros locais são equivalentes e se
podem combinar dentro de um mesmo bloco.
• Os parâmetros P0 a P25 também poderão ser definidos pelas letras A-Z, de modo que
"A" é igual a P0, "B" a P1 e assim por diante, até "Z" que é igual a P25.
• Os parâmetros P26 a P52 também poderão ser definidos da forma "D0 = " a "D31= ",
de modo que "D0=" é equivalente a P26, "D1=" a P27 e assim por diante, até "D31="
que é igual a P57.

Exemplo de programação.
#MCALL subroutine.nc A12.3 F45.3 P10=6 D0=34.12 D1=5 P28=0

Definição do path.

A definição do path é opcional. Se se define, o CNC só buscará a sub-rotina nessa pasta;


se não se define, o CNC buscará a sub-rotina nas pastas padrão. Ver "Colocação (path)
das sub-rotinas globais." na página 303.

Anular o caractere modal da sub-rotina.


O caractere modal de uma sub-rotina se anula por meio da instrução #MDOFF e nos
seguintes casos. Ver "15.4 #PATH. Definir a situação das sub-rotinas globais." na página
311.
CNC 8060
• Depois de executar-se M02 ou M30 e depois de um reset.
CNC 8065
• Ao mudar o plano de trabalho.
• Ao programar um movimento com apalpador (G100).
• Quando se muda a configuração de eixos (#FREE AX, #CALL AX e #SET AX).
• Quando se chama a outra sub-rotina (#PCALL, #CALL, L, LL, G180-G189). (REF: 1901)

• Quando se ativa um ciclo fixo.

·307·
Manual de programação.

Níveis de aninhamento dos parâmetros locais.


Se na instrução #MCALL são inicializados parâmetros locais, esta instrução gera um novo
nível de aninhamento para os parâmetros locais. Lembre que pode haver no máximo 7
níveis de aninhamento de parâmetros dentro dos 20 níveis de aninhamento das sub-rotinas.

Considerações ao caractere modal da sub-rotina.


A sub-rotina modal não se executará nos blocos de movimento programados dentro da

15. própria sub-rotina nem das sub-rotinas associadas a T ou M6. Também não se executa
quando se programa um número de repetições de bloco com NR de 0 (zero).

Se num bloco de deslocamento se programa um número de repetições NR diferente de 0


SUB-ROTINAS.
Execução das sub-rotinas.

(zero) estando uma sub-rotina modal ativa, tanto o movimento como a sub-rotina se
repetirão NR vezes.

Se ao estar selecionada uma sub-rotina como modal se executa um bloco que contenha
a instrução #MCALL, a sub-rotina atual perderá a sua modalidade e a nova sub-rotina
selecionada se converterá em modal.

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·308·
Manual de program a çã o.

15.3.6 #MDOFF. Anular o caractere modal da sub-rotina.

A instrução #MDOFF anula o caractere modal da sub-rotina. .

Formato de programação.
O formato de programação é o seguinte:
#MDOFF

#MDOFF 15.

SUB-ROTINAS.
Execução das sub-rotinas.

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·309·
Manual de programação.

15.3.7 #RETDSBLK. Executar sub-rotina como bloco único.

A sentença #RETDSBLK finaliza a sub-rotina e cancela o tratamento de bloco único.

Formato de programação.
Programar a sentença somente no bloco e ao final da sub-rotina.
#RETDSBLK

15. #RETDSBLK
SUB-ROTINAS.
Execução das sub-rotinas.

Como construir a sub-rotina.

Quando se deseja que uma sub-rotina seja executada como bloco único geralmente possui
a seguinte estrutura.
%Sub.nc
#ESBLK; Começo do tratamento do bloco único.
·
·
#DSBLK; Fim do tratamento do bloco único.
#RET; Fim de sub-rotina.

Quando se executa esta sub-rotina no modo bloco a bloco, deve-se pressionar duas vezes
a tecla [START], uma vez que a execução se detém no bloco #RET. Para evitar isso, e para
que a sub-rotina seja executada com um único [START], a sub-rotina deve iniciar com
#ESBLK e finalizar com #RETDSBLK.
%Sub.nc
#ESBLK; Começo do tratamento do bloco único.
·
·
#RETDSBLK; Fim da sub-rotina e fim do tratamento de bloco único.

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·310·
Manual de program a çã o.

15.4 #PATH. Definir a situação das sub-rotinas globais.

A instrução #PATH define a colocação predeterminada das sub-rotinas globais. Se na


chamada a uma sub-rotina global não se define a situação da mesma, o CNC busca a sub-
rotina na pasta definida pela instrução #PATH.

Quando numa chamada a uma sub-rotina global se define a situação da mesma, o CNC
só busca a sub-rotina nessa direção; ignora a direção definida na instrução #PATH.

Formato de programação. 15.


O formato de programação é o seguinte:

#PATH. Definir a situação das sub-rotinas globais.


SUB-ROTINAS.
#PATH ["path"]
path Colocação predeterminada das sub-rotinas.

#PATH ["C:\Cnc8070\Users\Prg\"]
#PATH ["C:\Cnc8070\Users\"]

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·311·
Manual de programação.

15.5 Execução de sub-rotinas OEM.

O CNC permite ao fabricante da máquina definir até 30 sub-rotinas e associá-las às funções


G180 a G189 e G380 a G399, de maneira que quando um canal execute uma destas
funções, se executará a sub-rotina que tem associada a função para esse canal. Estas sub-
rotinas OEM se poderão executar de forma não-modal ou de forma modal e ademais permite
inicializar os parâmetros locais da sub-rotina.

15. Formato de programação.


Estas funções se podem programar em qualquer parte do programa, não sendo necessário
que estejam sós no bloco e permitem inicializar parâmetros locais na sub-rotina.
SUB-ROTINAS.
Execução de sub-rotinas OEM.

Formato de programação. Executar a sub-rotina de forma não-modal.

O formato de programação é o seguinte; entre chaves se mostra a lista de argumentos. Para


executar a sub-rotina de maneira não-modal, chamar-la mediante o código G (G180,G181,
etc.).
G180
G380
G180 {P0..Pn}
G380 {P0..Pn}
P0..Pn Opcional. Parâmetros locais da sub-rotina.

G180
G183 P1=12.3 P2=6
G388 A12.3 B45.3 P10=6

Formato de programação. Executar a sub-rotina de forma modal.

O formato de programação é o seguinte; entre chaves se mostra a lista de argumentos. Para


executar a sub-rotina de maneira modal, chamar-la mediante o código MG (MG180, MG181,
etc.).
MG180
MG380
MG180 {P0..Pn}
MG380 {P0..Pn}
P0..Pn Opcional. Parâmetros locais da sub-rotina.

G180
G183 P1=12.3 P2=6
G388 A12.3 B45.3 P10=6

Como definir os parâmetros locais?

A chamada à sub-rotina permite inicializar 57 parâmetros locais (P0 a P57). Os valores dos
parâmetros devem ser definidos após a instrução da chamada e poderão ser definidos de
duas maneiras. Ambas as formas de definir os parâmetros locais são equivalentes e se
podem combinar dentro de um mesmo bloco.
• Os parâmetros P0 a P25 também poderão ser definidos pelas letras A-Z, de modo que
"A" é igual a P0, "B" a P1 e assim por diante, até "Z" que é igual a P25.
• Os parâmetros P26 a P52 também poderão ser definidos da forma "D0 = " a "D31= ",
CNC 8060 de modo que "D0=" é equivalente a P26, "D1=" a P27 e assim por diante, até "D31="
que é igual a P57.
CNC 8065
Exemplo de programação.
G180 A12.3 F45.3 P10=6 D0=34.12 D1=5 P28=0

(REF: 1901)

·312·
Manual de program a çã o.

Informação adicional bloco.

Além da inicialização de parâmetros, junto a estas funções poderá ser acrescentado


qualquer outro tipo de informação adicional, inclusive deslocamentos. Esta informação
deverá ser programada diante da função de chamada à sub-rotina; caso contrário, os dados
serão considerados como inicialização de parâmetros. A sub-rotina associada se executa
depois de finalizada a execução do resto da informação programada no bloco.

G01 X50 F450 G180 P0=15 P1=20


Primeiro se realiza o deslocamento ao ponto X50 e a seguir se executa a sub-
rotina associada a G180 inicializando os parâmetros P0 e P1.
15.
G180 P0=15 P1=20 G01 X50 F450

SUB-ROTINAS.
Execução de sub-rotinas OEM.
Todos os dados se interpretam como inicialização de parâmetros, sendo
P6(G)=1, P23(X)=50 e P5(F)=450.

Anular uma sub-rotina modal.


O caráter modal duma sub-rotina se anula nos seguintes casos.
• Ao programar G80 ou #MDOFF.
• Ao mudar o plano de trabalho.
• Ao programar um movimento com apalpador (G100).
• Ao executar outra sub-rotina (#PCALL, #CALL, #MCALL, L, LL, G180-G189,
G380-G399).
• Ao executar um ciclo fixo.
• Depois de executar-se M02 ou M30 e depois de um reset.
• Quando se muda a configuração de eixos (#FREE AX, #CALL AX e #SET AX).

Níveis de aninhamento dos parâmetros locais.


Se estas funções inicializam parâmetros locais, é gerado um novo nível de aninhamento
para os parâmetros locais. Lembre que pode haver no máximo 7 níveis de aninhamento de
parâmetros dentro dos 20 níveis de aninhamento das sub-rotinas.

Considerações ao caractere modal da sub-rotina.


A sub-rotina modal não se executará nos blocos de movimento programados dentro da
própria sub-rotina nem das sub-rotinas associadas a T ou M6. Também não se executa
quando se programa um número de repetições de bloco com NR de 0 (zero).

Se num bloco de deslocamento se programa um número de repetições NR diferente de 0


(zero) estando uma sub-rotina modal ativa, tanto o movimento como a sub-rotina se
repetirão NR vezes.

Se estando selecionada uma sub-rotina como modal se executa outra sub-rotina OEM
modal, a sub-rotina atual perderá sua modalidade e a nova sub-rotina selecionada se
converterá em modal.

Propriedades da função e influência do reset, do desligamento CNC 8060


e da função M30.
CNC 8065
As funções G180-G189 e G380-G399 não são modais. As funções MG180-MG189 e
MG380-MG399 são modais.

(REF: 1901)

·313·
Manual de programação.

15.6 Sub-rotinas genéricas do usuário (G500-G599).

O CNC permite ao usuário definir até 100 sub-rotinas, comuns a todos os canais, e que
estarão associadas às funções G500 a G599, de modo que quando o CNC execute uma
destas funções, executará a sub-rotina que possui associada. Estas sub-rotinas OEM se
poderão executar de forma não-modal ou de forma modal e ademais permite inicializar os
parâmetros locais da sub-rotina.

Estas sub-rotinas são carregadas na memória RAM na primeira vez que são executadas.
Se não houver espaço na RAM, o CNC dará uma advertência (warning) e executará a sub-

15. rotina a partir do disco. Quando o programa (M30) finaliza, se não houver nenhum outro
canal executando as sub-rotinas, o CNC as apaga da memória RAM. Desta forma, se uma
sub-rotina do usuário é editada ou modificada, o CNC assume as alterações na próxima vez
SUB-ROTINAS.
Sub-rotinas genéricas do usuário (G500-G599).

que a executar.

Se a versão for atualizada, somente serão atualizadas as sub-rotinas fornecidas pela Fagor
se for selecionado o terceiro nivel de instalação "rename previous version and install
completely".

Formato de programação.
Estas funções se podem programar em qualquer parte do programa, não sendo necessário
que estejam sós no bloco e permitem inicializar parâmetros locais na sub-rotina.

Formato de programação. Executar a sub-rotina de forma não-modal.


O formato de programação é o seguinte; entre chaves se mostra a lista de argumentos. Para
executar a sub-rotina de maneira não-modal, chamar-la mediante o código G (G500,G501,
etc.).
G500
G500 {P0..Pn}
P0..Pn Opcional. Parâmetros locais da sub-rotina.

G500
G583 P1=12.3 P2=6
G588 A12.3 B45.3 P10=6

Formato de programação. Executar a sub-rotina de forma modal.

O formato de programação é o seguinte; entre chaves se mostra a lista de argumentos. Para


executar a sub-rotina de maneira modal, chamar-la mediante o código MG (MG500, MG501,
etc.).
MG500
MG500 {P0..Pn}
P0..Pn Opcional. Parâmetros locais da sub-rotina.

G500
G583 P1=12.3 P2=6
G588 A12.3 B45.3 P10=6

Como definir os parâmetros locais?

A chamada à sub-rotina permite inicializar 57 parâmetros locais (P0 a P57). Os valores dos
parâmetros devem ser definidos após a instrução da chamada e poderão ser definidos de
CNC 8060 duas maneiras. Ambas as formas de definir os parâmetros locais são equivalentes e se
CNC 8065 podem combinar dentro de um mesmo bloco.
• Os parâmetros P0 a P25 também poderão ser definidos pelas letras A-Z, de modo que
"A" é igual a P0, "B" a P1 e assim por diante, até "Z" que é igual a P25.
• Os parâmetros P26 a P52 também poderão ser definidos da forma "D0 = " a "D31= ",
(REF: 1901) de modo que "D0=" é equivalente a P26, "D1=" a P27 e assim por diante, até "D31="
que é igual a P57.

Exemplo de programação.
G588 P0=12.3 P5=45.3 K6 P26=34.12 P27=5 D2=0

·314·
Manual de program a çã o.

Informação adicional bloco.

Além da inicialização de parâmetros, junto a estas funções poderá ser acrescentado


qualquer outro tipo de informação adicional, inclusive deslocamentos. Esta informação
deverá ser programada diante da função de chamada à sub-rotina; caso contrário, os dados
serão considerados como inicialização de parâmetros. A sub-rotina associada se executa
depois de finalizada a execução do resto da informação programada no bloco.

G01 X50 F450 G500 P0=15 P1=20


Primeiro se realiza o deslocamento ao ponto X50 e a seguir se executa a sub-rotina
associada a G500 inicializando os parâmetros P0 e P1.
15.
G500 P0=15 P1=20 G01 X50 F450

SUB-ROTINAS.
Sub-rotinas genéricas do usuário (G500-G599).
Todos os dados se interpretam como inicialização de parâmetros, sendo P6(G)=1,
P23(X)=50 e P5(F)=450.

Sub-rotinas de usuário (G500-G599) e sub-rotinas modais.


As rotinas do usuário não alteram o estado modal/não modal de outras possíveis sub-rotinas
ativas; isto é, se houver uma sub-rotina ativa com #MCALL, dentro das sub-rotinas do
usuário, permanecerá modal.

Nesta situação, se o programa ativa uma sub-rotina local como modal e dentro da sub-rotina
do usuário existem blocos de movimento, o CNC dará um erro de sub-rotina não encontrada.
Para usar sub-rotinas modais fora do âmbito do programa, estas devem ser globais.

Anular uma sub-rotina modal.


O caráter modal duma sub-rotina se anula nos seguintes casos.
• Ao programar G80 ou #MDOFF.
• Depois de executar-se M02 ou M30 e depois de um reset.

Definir as sub-rotinas.
As sub-rotinas associadas às funções serão sub-rotinas globais, e terão o mesmo nome que
a função, sem extensão. As sub-rotinas deverão estar definidas na pasta ..\Users\Sub. Se
o CNC executa uma função e não existe a sub-rotina, o CNC fornecerá um erro.
G500 terá associada a sub-rotina G500.
G501 terá associada a sub-rotina G501.
···
G599 terá associada a sub-rotina G599.

Sub-rotinas fornecidas pela Fagor.

Sub-rotina. Significado.

G500 Cancelamento de HSC.

G501 Ativação de HSC para operações de desbaste.

CNC 8060
Executar as sub-rotinas. CNC 8065
O CNC executa a sub-rotina após executar a função à qual está associada. Para executar
a sub-rotina como bloco único, programar as instruções #ESBLK e #RETDSBLK. Após
executar a instrução #ESBLK, o CNC executa a seguir os blocos programados como um
bloco único até alcançar o final da sub-rotina (#RETDSBLK). (REF: 1901)

Se o arquivo que contém a sub-rotina possui o atributo "oculto", o CNC não visualiza o
conteúdo da sub-rotina durante a execução. Os atributos dos arquivos podem ser alterados
a partir do modo utilitários (consulte o manual de operação).

·315·
Manual de programação.

Níveis de aninhamento dos parâmetros locais.


Se estas funções inicializam parâmetros locais, é gerado um novo nível de aninhamento
para os parâmetros locais. Lembre que pode haver no máximo 7 níveis de aninhamento de
parâmetros dentro dos 20 níveis de aninhamento das sub-rotinas.

Propriedades da função e influência do reset, do desligamento


e da função M30.

15. As funções G500-G599 não são modais. As funções MG500-MG599 são modais.
SUB-ROTINAS.
Sub-rotinas genéricas do usuário (G500-G599).

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·316·
Manual de program a çã o.

15.7 Ajudas às sub-rotinas.

15.7.1 Arquivos de ajuda às sub-rotinas.

A cada sub-rotina OEM (G180, G380, etc.), sub-rotina do usuário (G500, G800, etc.) e sub-
rotina global chamada por meio de #MCALL ou #PCALL podem ser associados arquivos
de ajuda que serão mostrados durante a edição.

A janela de ajuda se torna visível durante a edição, depois do espaço em branco ou tabulador

15.
posterior à função G ou ao nome da sub-rotina. A janela de ajuda é somente informativa,
não se pode acessar a ela com o cursor nem navegar por ela. A janela de ajuda desaparece
com [ESC], apagando a palavra chave ou passando a outra linha do programa.

SUB-ROTINAS.
Ajudas às sub-rotinas.
A janela de ajuda das sub-rotinas só está disponível quando o editor utilize a linguagem do
CNC; quando o editor esteja habilitado para a linguagem dos 8055, estas ajudas não estarão
disponíveis. A janela de ajuda das sub-rotinas está disponível ainda estejam desativadas
as ajudas contextuais do editor.

Quando o arquivo de ajuda estiver visível, o texto do mesmo pode ser inserido no programa
peça mediante a tecla [INS].

Editar os arquivos de ajuda.


Cada sub-rotina pode dispor de dois arquivos de ajuda; um de texto (txt) e outro de desenho
(bmp). Não é necessário definir ambos os arquivos; podemos definir somente um deles.

Como a janela de ajuda é somente informativa, não se pode acessar a ela com o cursor
nem navegar por ela com as teclas de avanço de página. Por este motivo se recomenda
utilizar arquivos de ajuda curtos; por exemplo, que só contenham a descrição dos
parâmetros da sub-rotina. Além disso, como o texto do arquivo de ajuda pode ser inserido
no programa (tecla [INS]), recomenda-se o seguinte.
• Que o arquivo de ajuda contenha a linha de chamada à sub-rotina. Como o usuário deve
ter escrito parte da chamada para visualizar a janela de ajuda, o editor apaga a chamada
antes de inserir o texto de ajuda.
• Que todas as linhas do arquivo de ajuda sigam o formato de um comentário do CNC,
exceto a linha que contenha a chamada à sub-rotina.

Exemplo de um arquivo de ajuda para uma sub-rotina.


G180 P0= P1= P2= P3= P4= P5=
#COMMENT BEGIN
---------------- G180 ----------------
P1 = Movimento em X
P2 = Movimento em Y
P3 = Movimento em Z
P4 = Avance F
P5 = Velocidad S
--------------------------------------
#COMMENT END

Nome e localização dos arquivos.

Nome dos arquivos de ajuda.

O nome dos arquivos deve seguir a seguinte norma:


CNC 8060
Sub-rotina. Nome dos arquivos de ajuda. CNC 8065
G180-G189 O nome dos arquivos será a função à qual está associada.
G380-G399 Por exemploG180.txt e G180.bmp.
G500-G599
G800-G899
(REF: 1901)
G8000-G8999

#MCALL O nome dos arquivos deve ser o nome de sub-rotina.


#PCALL Por exemplo sub-rotina.txt e sub-rotina.bmp.

·317·
Manual de programação.

Onde guardar os arquivos de ajuda?

O fabricante da máquina poderá guardar os arquivos de ajuda nas pastas ..\Mtb\Sub\Help


e ..\Mtb\Sub\Help\{idioma}.. Como as alterações do diretório MTB no modo de trabalho
"Usuário" desaparecem ao desligar o equipamento, o usuário deverá guardar os seus
arquivos de ajuda nas pastas ..\Users\Sub\Help y ..\Users\Sub\Help\{idioma}.

O CNC procura os arquivos na seguinte ordem e mostra o primeiro arquivo encontrado,


portanto, recomenda-se que o usuário não defina sub-rotinas e/ou arquivos de ajuda com
o mesmo nome que os do fabricante. Se os arquivos de ajuda não existirem, o CNC não

15.
mostrará nenhuma ajuda e não dará erro.
..\Users\Sub\Help\{idioma}
..\Users\Sub\Help
SUB-ROTINAS.
Ajudas às sub-rotinas.

..\Mtb\Sub\Help\{idioma}
..\Mtb\Sub\Help\

A partir das versões V1.60 (8060) e V5.60 (8065), o CNC não busca mais os arquivos de ajuda nas
i seguintes pastas.
..\Users\Session\Help\{idioma}
..\Mtb\Sub\Help\{idioma}.
..\Users\Help\{idioma}.

Em versões anteriores às V1.60 (8060) e V5.60 (8065), o CNC buscava os arquivos de ajuda primeiro
i nas pastas do fabricante e depois nas pastas do usuário. A partir destas versões, o critério é o inverso.

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·318·
Manual de program a çã o.

15.7.2 Lista de sub-rotinas disponíveis.

O editor permite ter em um arquivo de texto (txt) uma lista sub-rotinas que se mostrará
durante a edição do programa de usinagem, cada vez que se edite uma instrução #PCALL
ou #MCALL.

O editor mostra a lista de sub-rotinas durante a edição, depois do espaço em branco ou


tabulador posterior as instruções #PCALL ou #MCALL. O funcionamento desta lista é
análogo às listas de variáveis, é possível mover-se mediante as setas pelos diferentes
elementos. Com [ENTER] o editor insere a linha selecionada na posição atual do cursor.
A lista de sub-rotinas desaparece com [ESC], apagando a palavra chave ou passando a
outra linha do programa 15.
Esta ajuda está sempre ativada, independentemente do estado da softkey de ajudas ao

SUB-ROTINAS.
Ajudas às sub-rotinas.
editor "Ajuda prog".

Editar a lista de sub-rotinas.


A lista de sub-rotinas deverá estar num arquivo de texto (txt). O arquivo deverá ser editado
de tal maneira que cada linha seja o nome de uma possível sub-rotina a chamar.

Exemplo de um arquivo com uma lista de sub-rotinas.


C:\CNC8070\USERS\SUB\FAGOR.NC
SUBROUTINE.NC
EXAMPLE.NC
POSITIONING.NC

Nome e localização dos arquivos.


O nome do arquivo deve ser pcall.txt.

Onde guardar a lista de sub-rotinas?

O fabricante da máquina poderá guardar o arquivo pcall.txt na pasta ..\Mtb\Sub\Help. Como


as modificações do diretório MTB no modo de trabalho "Usuário" desaparecem ao desligar
o equipamento, o usuário deverá guardar o seu arquivo pcall.txt na pasta ..\Users\Sub\Help.

O CNC busca os arquivos de ajuda nas duas pastas; se os arquivos não forem encontrados
nestas pastas, o CNC não exibirá nenhuma ajuda. Se existe o arquivo pcall.txt em ambos
os diretórios, a lista mostrará os nomes de sub-rotinas contidos em ambos.

A partir das versões V1.60 (8060) e V5.60 (8065), o CNC não busca mais os arquivos de ajuda nas
i seguintes pastas.
..\Users\Session\Help\{idioma}
..\Mtb\Sub\Help\{idioma}.
..\Users\Help\{idioma}.

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·319·
Manual de programação.

15.8 Sub-rotinas de interrupção.

As sub-rotinas de interrupção as definem o fabricante da máquina e se executam desde o


PLC. Quando o PLC ordena a execução duma destas sub-rotinas, o canal interrompe a
execução do programa e executa a sub-rotina de interrupção correspondente.

Se o programa já está interrompido (STOP) ou não há programa em execução (canal em


estado READY) a execução da sub-rotina depende do parâmetro SUBINTSTOP. Ademais,
para poder executar a sub-rotina quando não há programa em execução, o canal deve estar
em modo automático; não se permite executar a sub-rotina desde o modo manual.

15. O CNC executa a sub-rotina com a história atual do programa interrompido (funções G,
avanço, etc.). Uma vez finalizada a execução da sub-rotina, o CNC continua a execução
do programa a partir do ponto interrompido e mantendo as modificações realizadas pela
SUB-ROTINAS.
Sub-rotinas de interrupção.

sub-rotina na história (funções G, etc.).

A execução duma sub-rotina de interrupção se poderá interromper a sua vez mediante um


STOP, porém não por outra sub-rotina de interrupção. Quando uma sub-rotina está
interrompida, não se poderá entrar no modo inspeção.

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·320·
Manual de program a çã o.

15.8.1 Reposicionar eixos e spindles desde a sub-rotina (#REPOS).

A instrução #REPOS só está permitida dentro das sub-rotinas de interrupção e permite


reposicionar os eixos e spindles antes de finalizar dita sub-rotina. O CNC não reposiciona
os eixos no momento de executar a instrução, o faz no retorno da sub-rotina ao programa,
como última ação associada à sub-rotina.

Numa sub-rotina de interrupção pode haver programadas várias instruções #REPOS,


porém todas elas devem estar programadas ao final da sub-rotina, nos blocos anteriores
ao de fim de sub-rotina (#RET, M17, M29). Os blocos programados entre a última instrução
#REPOS e o bloco de fim de sub-rotina darão erro.
15.

Sub-rotinas de interrupção.
SUB-ROTINAS.
Programação.
Esta instrução se deve programar ao final da sub-rotina, antes do bloco de fim de sub-rotina.
Na hora de programar esta instrução, há que definir os eixos a reposicionar. Opcionalmente
se poderá indicar se o ponto de reposição para os eixos é o ponto onde se interrompeu o
programa ou o ponto inicial do bloco interrompido.

Formato de programação.

O formato de programação é o seguinte; entre chaves se mostra a lista de argumentos e


entre colchetes angulares os que são opcionais.
#REPOS <{point}> X~C <X~C>
{point} Opcional. Ponto de reposição. Este parâmetro se define com um dos
valores INT/INI.
X~C Seqüência de eixos e spindles a reposicionar.

#REPOS A1 A2 S1
O ponto de reposição é o ponto onde se interrompeu o programa.
#REPOS INT X A1 U Z S
O ponto de reposição é o ponto onde se interrompeu o programa.
#REPOS INI X Y Z
O ponto de reposição é o ponto inicial do bloco interrompido.

Seqüência de eixos e spindles a reposicionar.

O CNC reposiciona os eixos na ordem programada, exceto os eixos do plano ativo, os quais
se reposicionam à sua vez, quando o faz o primeiro deles. Como pode haver várias
instruções #REPOS numa mesma sub-rotina, a repetição eixos ou spindles numa mesma
seqüência ou uma anterior se ignora.

Ponto de reposição.

Este parâmetro se define com um dos seguintes comandos; se não se programa, a instrução
assume o valor INT.

Valor. Significado.

INT O ponto de reposição para os eixos é o ponto onde se


interrompeu o programa ao ativar a sub-rotina.

INI O ponto de reposição para os eixos é o ponto inicial do bloco


interrompido.

Numa mesma sub-rotina pode haver várias instruções #REPOS, porém todas elas devem
ter o mesmo ponto de reposição INT/INI. CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·321·
Manual de programação.

15.9 Sub-rotina associada ao start.

Em cada canal, o start da execução pode ter associada uma sub-rotina, que é executada
quando a tecla [START] é pressionada, no modo automático, para iniciar a execução do
programa inteiro; isto é, se nenhum ponto de início do programa for selecionado. O CNC
também não chama a sub-rotina ao executar um ciclo pelo modo conversacional. Esta sub-
rotina permite, por exemplo, possuir definidas algumas condições de usinagem que
condicionem a execução dos programas do usuário.

Se a sub-rotina existir, o CNC a executa imediatamente após ser pressionada a tecla

15. [START], antes de iniciar a execução do programa. Se a sub-rotina não existe, o CNC
executa diretamente o programa.
SUB-ROTINAS.
Sub-rotina associada ao start.

Execução da sub-rotina.
Durante a execução, o CNC mostra o nome da sub-rotina na barra de status geral. O CNC
não mostra os blocos em execução e, além disso, executa a sub-rotina como um único bloco;
isto é, não é afetado pela execução bloco a bloco.

Nome e colocação da sub-rotina.


O nome da sub-rotina deve ser PROGRAM_START (sem extensão) e estará arquivada na
pasta ..\Users\Sub. Se existirem vários canais, pode haver uma sub-rotina diferente para
cada canal, cujo nome deverá ser PROGRAM_START_Cn onde n é o número do canal (1
a 4).

Nome. Canal.

PROGRAM_START Canal 1. O CNC admite os dois nomes para a sub-rotina associada


PROGRAM_START_C1 ao primeiro canal; se existirem duas sub-rotinas, o CNC executa
PROGRAM_START.
PROGRAM_START_C2 Canal 2.

PROGRAM_START_C3 Canal 3.

PROGRAM_START_C4 Canal 4.

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·322·
Manual de program a çã o.

15.10 Sub-rotina associada ao reset.

Em cada canal, o reset pode possuir uma sub-rotina associada, que é executada
pressionando a tecla [RESET] no painel de controle ou quando o PLC ativa a marca
RESETIN. Esta sub-rotina permite, por exemplo, definir algumas condições iniciais
diferentes das que definem o reset ou condicionadas à configuração da máquina, ativar
operações/modos que desabilitam o reset, etc.

Se existir esta sub-rotina, el CNC a executa imediatamente após o reset. Se a sub-rotina


não existir, o CNC executa diretamente o reset.

15.
Execução da sub-rotina.

SUB-ROTINAS.
Sub-rotina associada ao reset.
Durante a execução, o CNC mostra o nome da sub-rotina na barra de status geral. O CNC
não mostra os blocos em execução e, além disso, executa a sub-rotina como um único bloco;
isto é, não é afetado pela execução bloco a bloco.

Nome e colocação da sub-rotina.


O nome da sub-rotina deve ser PROGRAM_RESET (sem extensão) e estará arquivada na
pasta ..\Users\Sub. Se existirem vários canais, pode haver uma sub-rotina diferente para
cada canal, cujo nome deverá ser PROGRAM_RESET_Cn onde n é o número do canal (1
a 4).

Nome. Canal.
PROGRAM_RESET Canal 1. O CNC admite os dois nomes para a sub-rotina associada
PROGRAM_RESET_C1 ao primeiro canal; se existirem duas sub-rotinas, o CNC executa
PROGRAM_RESET.
PROGRAM_RESET_C2 Canal 2.

PROGRAM_RESET_C3 Canal 3.

PROGRAM_RESET_C4 Canal 4.

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·323·
Manual de programação.

15.11 Sub-rotinas associadas ao ciclo de calibração da cinemática.

O ciclo de calibração da cinemática possui duas sub-rotinas associadas (KinCal_Begin.nc


e KinCal_End.nc) que o CNC executa antes e depois do ciclo.

Nome. Significado.

KinCal_Begin.nc Sub-rotina associada ao início do ciclo de calibração da cinemática.

KinCal_End.nc Sub-rotina associada ao fim do ciclo de calibração da cinemática.

15. A Fagor fornece ambas as sub-rotinas vazias; é responsabilidade do fabricante definir


ambas as sub-rotinas. Uma atualização de software não altera as sub-rotinas existentes.
SUB-ROTINAS.
Sub-rotinas associadas ao ciclo de calibração da cinemática.

Nome e colocação da sub-rotina.


O nome das sub-rotinas é KinCal_Begin.nc e KinCal_End.nc. As duas sub-rotinas devem
ser arquivadas na pasta .. \ Mtb \ Sub. Todos os canais utilizam as mesmas sub-rotinas.

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·324·
16
16. EXECUÇÃO DE BLOCOS E
PROGRAMAS.

16.1 Executa um programa no canal indicado.

A instrução #EXEC permite, desde um programa em execução, iniciar a execução de um


segundo programa em outro canal. A execução do programa começa no canal indicado em
paralelo com o seguinte bloco à instrução #EXEC. Se o canal no qual se trata de executar
o programa está ocupado, o CNC espera a que finalize a operação em andamento.

Canal ·1· Canal ·2·

%PRG1
G00 X0 Y0 Z20
G01 G90 X23 F100
G81 Z5 I-20
#EXEC ["PRG2.NC", 2]
G91 Y15 NR4
G80 Começo da execução.
G90 Z20 %PRG2
M30 ···
M30

Formato de programação.
O formato de programação é o seguinte: Entre colchetes angulares se indicam os
parâmetros opcionais.
#EXEC ["{prg}"<,{channel}>]
{prg} Colocação do programa de usinagem.
{channel} Opcional. Canal no qual se deseja executar o bloco.

#EXEC ["PRG1.NC",2]
(Executa no canal ·2· o programa especificado)
#EXEC ["MYPRG.NC"]
(Executa o programa como uma sub-rotina)
#EXEC ["C:\CNC8070\USERS\PRG\EXAMPLE.NC",3]
(Executa no canal ·3· o programa especificado)

Colocação (path) do programa.

O programa a executar pode ser definido escrevendo o path completo ou sem ele. Quando
se indica o path completo, o CNC somente busca o programa na pasta indicada. Se não CNC 8060
se indicou o path, o CNC busca o programa nas seguintes pastas e na ordem seguinte. CNC 8065
1 Diretório selecionado mediante a instrução #PATH.
2 Diretório do programa que executa a instrução #EXEC.
3 Diretório definido pelo parâmetro de máquina SUBPATH.
(REF: 1901)

·325·
Manual de programação.

Canal no qual se deseja executar o bloco.

A programação do canal é opcional. Se não se indica o canal ou este coincide com o canal
no qual se executa a instrução #EXEC, o segundo programa se executará como uma sub-
rotina. Neste caso as funções M02 e M30 efetuarão todas as ações associadas (qualquer
iniciação, envio ao PLC, etc.) exceto a de finalizar o programa. Depois de executar a função
M02 ou M30 se continua com a execução dos blocos programados após a instrução #EXEC.

Considerações.
16. Um programa que contém a instrução #EXEC se pode executar, simular, realizar uma análise
sintática ou realizar uma busca de bloco. Em todos os casos, os programas chamados por
EXECUÇÃO DE BLOCOS E PROGRAMAS.
Executa um programa no canal indicado.

meio da instrução #EXEC se executam nas mesmas condições que o programa original.

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·326·
Manual de program a çã o.

16.2 Executa um bloco no canal indicado.

A instrução #EXBLK permite, desde um programa em execução ou desde MDI, executar


um bloco em outro canal.

Se o canal no qual se trata de executar o bloco está ocupado, o CNC espera a que finalize
a operação em andamento. Depois da execução do bloco, o canal volta ao modo de trabalho
no que se encontrava.

Formato de programação. 16.


O formato de programação é o seguinte: Entre colchetes angulares se indicam os

EXECUÇÃO DE BLOCOS E PROGRAMAS.


Executa um bloco no canal indicado.
parâmetros opcionais.
#EXBLK [{block}<,{channel}>]
{block} Bloco a executar.
{channel} Opcional. Canal no qual se deseja executar o bloco.

#EXBLK [G01 X100 F550, 2]


(O bloco se executa no canal ·2·)
#EXBLK [T1 M6]
(O bloco se executa no canal atual)

Canal no qual se deseja executar o bloco.

A programação do canal é opcional. Se não se indica o canal e a instrução se executa desde


programa, o bloco se executa no próprio canal . Se a instrução se executa desde MDI e não
se indica o canal, o bloco se executa no canal ativo.

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·327·
·328·
16.
EXECUÇÃO DE BLOCOS E PROGRAMAS.

(REF: 1901)
CNC 8065
CNC 8060
Executa um bloco no canal indicado.
Manual de programação.
17
17. EIXO C

O CNC permite ativar eixos e spindles como eixo C, que interpolado junto a um eixo linear,
permita efetuar fresagens na superfície cilíndrica ou frontal de uma peça de revolução.
Mesmo que a máquina possa ter definidos vários eixos ou spindles como eixo C, só é
permitido ter ativo um deles.

Eixo ·C· num torno.

Num torno, o mais freqüente é ativar o spindle como eixo C e utilizar uma ferramenta
motorizada para realizar a usinagem.

Eixo ·C· numa fresadora.

Numa fresadora, o mais freqüente é ativar um eixo rotativo como eixo C e utilizar o spindle
para realizar a usinagem.

Configuração de um eixo C.
Para ativar um eixo ou spindle como eixo C, este deve ter sido definido como tal pelo
fabricante da máquina. Para saber se um eixo ou spindle pode ser ativado como eixo C,
consulte o parâmetro CAXIS na tabela de parâmetros de máquina ou a sua variável.
(V.)MPA.CAXIS.Xn
Variável que indica se o eixo ou spindle se pode habilitar como eixo C. Valor ·1· em caso
afirmativo e valor ·0· em caso contrário.

Na tabela de parâmetros de máquina, o parâmetro CAXNAME indica o nome padrão do eixo


C do canal. Este é o nome que vai adquirir um spindle habilitado como eixo C, se não se
indica o contrário desde o programa de usinagem.

Os deslocamentos de origem no eixo C.


Depois de definidos os deslocamentos de origem na tabela, se podem ativar desde o
programa por meio das funções G54 a G59 e G159. Os deslocamentos de origem sobre
um eixo C têm as seguintes particularidades.
• Se existe um deslocamento de origem ativo e posteriormente se ativa um eixo C, o
deslocamento correspondente ao eixo C não se aceita.
• Quando o spindle trabalha como eixo C (instrução #CAX) o deslocamento de origem
se aplica em graus.
• Quando está ativo a usinagem na superfície frontal (instrução #FACE) ou na superfície
cilíndrica (instrução #CYL) o deslocamento de origem se aplica nas unidades ativas,
milímetros ou polegadas.
CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·329·
Manual de programação.

17.1 Ativar o spindle como eixo C.

Quando se quiser utilizar um spindle como eixo C, primeiro é necessário habilitá-lo como
tal. Depois de feito isto, se poderão programar usinagens na superfície frontal ou cilíndrica
por meio das instruções #FACE ou #CYL.

Ativar o spindle como eixo C.

17. A instrução #CAX ativa um spindle como eixo C.

O formato de programação é o seguinte: Entre colchetes angulares se indicam os


parâmetros opcionais.
EIXO C
Ativar o spindle como eixo C.

#CAX [<{spdl}><,{name}>]
{spdl} Opcional. spindle que se quer ativar como eixo C.
{name} Opcional. Nome do eixo C.

#CAX
#CAX [S1]
#CAX [S,C]

Só é necessário indicar o spindle quando queremos ativar como eixo C um spindle diferente
do master. Em caso contrário se pode omitir a programação.

O parâmetro {name} estabelece o nome com o qual se identificará o eixo C. Este nome será
o utilizado no programa de usinagem para definir os deslocamentos. Se não se define o
nome, o CNC lhe atribui um nome padrão. Ver "Configuração de um eixo C." na página 329.

Programação spindle ativado como eixo C. Nome do eixo.

#CAX spindle master. Padrão.


#CAX [S1] spindle S1 (pode ser o master). Padrão.

#CAX [S,C] spindle S (pode ser o master). C

#CAX [S3,B2] spindle S3 (pode ser o master). B2

Considerações ao trabalhar com o eixo C

Se ativamos um spindle como eixo C e este se encontrava girando, se detém a rotação do


referido spindle. Estando ativo um spindle como eixo C, não se permite a programação de
uma velocidade no referido spindle.

Quando se ativa o spindle como eixo C, o CNC efetua uma busca de referência de máquina
do eixo C.

Acesso às variáveis de um spindle ativado como eixo C.

Depois de ativar um spindle como eixo C, para acessar às suas variáveis desde o programa
de usinagem ou MDI é necessário utilizar o novo nome do spindle. O acesso às variáveis
desde o PLC ou uma interface não muda; se mantém o nome original do spindle.

Influência das funções M3/M4/M5.

Se o spindle estiver trabalhando como eixo C, a execução de uma função M3, M4 ou M5


implicará que este passe a trabalhar automaticamente em laço aberto (equivalente a
programar #CAX OFF).
CNC 8060
CNC 8065
Desativar o spindle como eixo C.
O eixo C se desativa por meio da instrução #CAX, voltando este a trabalhar como um spindle
normal,
(REF: 1901) #CAX OFF

#CAX OFF

·330·
Manual de program a çã o.

Programação do spindle como eixo C.


Quando o spindle trabalhe como eixo C, a programação será realizada como se fosse um
eixo rotativo (em graus).

Programação do spindle master como eixo C.

#CAX
G01 Z50 C100 F100
G01 X20 C20 A50
#CAX OFF
17.
Programação de qualquer spindle como eixo C.

EIXO C
Ativar o spindle como eixo C.
#CAX [S1,C1]
(O spindle "S1" se ativa como eixo C, com o nome "C1")
G01 Z50 C1=100 F100
G01 X20 C1=20 A50 S1000
#CAX OFF

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·331·
Manual de programação.

17.2 Usinagem na superfície frontal

Para este tipo de usinagem se poderá utilizar como eixo C tanto um eixo rotativo como um
spindle. Se utilizamos um spindle, este deverá ser ativado, previamente como eixo C por
meio da instrução #CAX. Ver "17.1 Ativar o spindle como eixo C." na página 330.

Ativar a usinagem na superfície frontal.

17. A instrução #FACE ativa a usinagem na superfície frontal e também define o plano de
trabalho. O eixo a ativar como eixo C estará determinado pelo plano de trabalho definido.

O formato de programação é o seguinte: Entre colchetes angulares se indicam os


EIXO C
Usinagem na superfície frontal

parâmetros opcionais.
#FACE [{abs},{ord}<,{long}>]<[{kin}]>
{abs} Eixo de abcissas do plano de trabalho.
{ord} Eixo de ordenadas do plano de trabalho.
{long} Opcional. Eixo longitudinal da ferramenta.
{kin} Opcional. Número da cinemática.

#FACE [X,C]
#FACE [X,C][1]
#FACE [X,C,Z]
#FACE [X,C,Z][1]

A programação da cinemática é opcional; se não se programa, o CNC aplicará a primeira


cinemática definida nos parâmetros de máquina e que seja válida para este tipo de
usinagem.

Anular a usinagem na superfície frontal.


A usinagem se desativa por meio da instrução #FACE, da seguinte maneira.
#FACE OFF

#FACE OFF

Programação do eixo C.
A programação do eixo C se efetuará como se fosse um eixo linear, (em milímetros ou em
polegadas), o próprio CNC calculará o deslocamento angular correspondente em função
do raio selecionado. Quando se ativa a usinagem, o CNC passa a trabalhar em raios e em
G94 (mm/min).

CNC 8060
#FACE [X, C] #FACE [C, X]
CNC 8065

(REF: 1901)

·332·
Manual de program a çã o.

17.

EIXO C
Usinagem na superfície frontal
#FACE [X,C]
G90 X0 C-90
G01 G42 C-40 F600
G37 I10
X37.5
G36 I10
C0
G36 I15
X12.56 C38.2
G03 X-12.58 C38.2 R15
G01 X-37.5 C0
G36 I15
C-40
G36 I10
X0
G38 I10
G40 C-90
#FACE OFF
M30

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·333·
Manual de programação.

17.3 Usinagem na superfície cilíndrica

Para este tipo de usinagem se poderá utilizar como eixo C tanto um eixo rotativo como um
spindle. Se utilizamos um spindle, este deverá ser ativado, previamente como eixo C por
meio da instrução #CAX. Ver "17.1 Ativar o spindle como eixo C." na página 330.

Ativar a usinagem na superfície cilíndrica.

17. A instrução #CYL ativa a usinagem na superfície cilíndrica e também define o plano de
trabalho. O eixo a ativar como eixo C estará determinado pelo plano de trabalho definido.

O formato de programação é o seguinte: Entre colchetes angulares se indicam os


EIXO C
Usinagem na superfície cilíndrica

parâmetros opcionais.
#CYL [{abs},{ord},{long}{radius}]<[{kin}]>
{abs} Eixo de abcissas do plano de trabalho.
{ord} Eixo de ordenadas do plano de trabalho.
{long} Eixo longitudinal da ferramenta.
{radius} Raio do cilindro sobre o qual se realizará a usinagem.
{kin} Opcional. Número da cinemática.

#CYL [X,C,Z45]
#CYL [C,Y,Z30]
#CYL [X,C,Z45][3]

Se o raio se programa com valor ·0·, se adquire como raio do cilindro a distância entre o
centro de rotação e a ponta da ferramenta. Isto permite desenvolver a superfície sobre
cilindros de raio variável sem necessidade de ter que indicar o raio.

Em versões anteriores à V3.10 a programação do raio era opcional. Se atualizamos o software desde
i uma versão anterior, será necessário corrigir os programas.

A programação da cinemática é opcional; se não se programa, o CNC aplicará a primeira


cinemática definida nos parâmetros de máquina e que seja válida para este tipo de
usinagem.

Anular a usinagem na superfície cilíndrica.


A usinagem se desativa por meio da instrução #CYL, da seguinte maneira.
#CYL OFF

#CYL OFF

Programação do eixo C.
A programação do eixo C se efetuará como se fosse um eixo linear, (em milímetros ou em
polegadas), o próprio CNC calculará o deslocamento angular correspondente em função
do raio selecionado. Quando se ativa a usinagem, o CNC passa a trabalhar em raios e em
G94 (mm/min).

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

#CYL [B, Y, Z45] #CYL [Y, B, Z45]

·334·
Manual de program a çã o.

17.

EIXO C
Usinagem na superfície cilíndrica
#CYL [Y,B,Z20]
G90 G42 G01 Y70 B0
G91 Z-4
G90 B15.708
G36 I3
Y130 B31.416
G36 I3
B39.270
G36 I3
Y190 B54.978
G36 I3
B70.686
G36 I3
Y130 B86.394
G36 I3
B94.248
G36 I3
Y70 B109.956
G36 I3
B125.664
G91 Z4
#CYL OFF
M30

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·335·
Manual de programação.

17.
EIXO C
Usinagem na superfície cilíndrica

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·336·
18
18. TRANSFORMAÇÃO ANGULAR DE
EIXO INCLINADO.

Com a transformação angular de eixo inclinado se conseguem realizar movimentos ao longo


de um eixo que não está a 90º com respeito a outro. Os deslocamentos se programam no
sistema cartesiano e para realizar os deslocamentos se transformam em movimentos sobre
os eixos reais.

Em algumas máquinas os eixos não estão configurados ao estilo cartesiano, mas sim
formam ângulos diferentes de 90º entre si. Um caso típico é o eixo X de torno que por motivos
de robustez não forma 90º com o eixo Z, e tem outro valor.

X
X'
X Eixo cartesiano.
X' Eixo angular.
Z Eixo ortogonal.

Para poder programar no sistema cartesiano (Z-X), tem que ativar uma transformação
angular de eixo inclinado, que converta os movimentos aos eixos reais não perpendiculares
(Z-X'). Desta maneira, um movimento programado no eixo X se transforma em movimentos
sobre os eixos Z-X'; isto é, se passa a fazer movimentos ao longo do eixo Z e do eixo angular
X'.

Ativação e desativação da transformação angular.


O CNC não assume nenhuma transformação depois da ligação; a ativação das
transformações angulares se realiza desde o programa peça. Podemos ter ativas várias
transformações angulares.
A desativação das transformações angulares se efetua desde o programa de usinagem.
Opcionalmente, também se poderá "congelar" uma transformação para deslocar o eixo
angular, programando em cotas cartesianas.

Influência do reset, do apagamento e da função M30.


A transformação angular de eixo inclinado se mantém ativa depois de um RESET ou M30. CNC 8060
Depois de apagado o CNC, se desativa a transformação angular ativa. CNC 8065

(REF: 1901)

·337·
Manual de programação.

Considerações à transformação angular de eixo inclinado.


Os eixos que configuram a transformação angular devem cumprir os seguintes requisitos:
• Ambos os eixos devem pertencer ao mesmo canal.
• Ambos os eixos devem ser lineares.
• Ambos os eixos podem ser eixos principais num par de eixos acoplados ou eixos gantry.

Com a transformação angular ativa não se permite a busca de referência de máquina.

18.
Se a transformação angular está ativa, as cotas visualizadas serão as do sistema
cartesiano. Em caso contrário, se visualizam as cotas dos eixos reais.
TRANSFORMAÇÃO ANGULAR DE EIXO INCLINADO.

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·338·
Manual de program a çã o.

18.1 Ativação e desativação da transformação angular

Ativar a transformação angular.


Com a transformação ativa, os deslocamentos se programam no sistema cartesiano e para
realizar os deslocamentos o CNC as transforma em movimentos sobre os eixos reais. As
cotas visualizadas na tela serão as do sistema cartesiano.

A ativação da transformação angular se realiza mediante a função#ANGAX. Esta instrução


permite ativar a transformação em um ou vários eixos.
#ANGAX ON [1,...,n]
18.

TRANSFORMAÇÃO ANGULAR DE EIXO INCLINADO.


Ativação e desativação da transformação angular
1,...,n Transformação angular a ativar.

Na instrução de ativação se deve programar pelo menos uma transformação angular, caso
contrário se mostra o erro correspondente. O número da transformação angular está
determinado pela ordem em que foram definidos na tabela de parâmetros de máquina.

#ANGAX ON [1]
#ANGAX ON [5,7]

Para ativar várias transformações angulares, tanto faz ativá-las todas ao mesmo tempo que
uma a uma. Ao ativar uma transformação não se anulam as anteriores.

Esta instrução torna a ativar uma transformação angular congelada. Ver "18.2 Congelar
(suspender) a transformação angular." na página 340.

Anular a transformação angular.


Sem a transformação ativa, os deslocamentos se programam e se executam no sistema
de eixos reais. As cotas visualizadas na tela serão as dos eixos reais.

A desativação da transformação angular se realiza mediante a função#ANGAX. O formato


de programação é o seguinte: Entre colchetes angulares se indicam os parâmetros
opcionais.
#ANGAX OFF <[1,...,n]>
1,...,n Opcional. Transformação angular a ativar.

Se não se define nenhuma transformação, se desativam todas as do canal.

#ANGAX OFF
#ANGAX OFF [1]
#ANGAX OFF [5,7]

A transformação angular de eixo inclinado se mantém ativa depois de um RESET ou M30.


Depois de apagado o CNC, se desativa a transformação angular ativa.

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·339·
Manual de programação.

18.2 Congelar (suspender) a transformação angular.

A congelação da transformação angular é um modo especial para realizar movimentos ao


longo do eixo angular, mas se deve programar a cota no sistema cartesiano. Durante os
movimentos em modo manual não se aplica o congelamento da transformação angular.

A congelação da transformação angular se realiza mediante a instrução #ANGAX SUSP,


sendo o formato de programação o seguinte.
#ANGAX SUSP [1,...,n]

18. 1,...,n Transformação angular a ativar.

Se não se programa nenhuma transformação angular, se congelam todas as do canal. O


número da transformação angular está determinado pela ordem em que foram definidos na
TRANSFORMAÇÃO ANGULAR DE EIXO INCLINADO.
Congelar (suspender) a transformação angular.

tabela de parâmetros de máquina.

#ANGAX SUSP Congelação de todas as transformações do canal.


#ANGAX SUSP [1] Congelação da transformação ·1·.
#ANGAX SUSP [5,7] Congelação das transformações ·5· e ·7·.

Programação de deslocamentos depois de congelar a


transformação angular.
Com uma transformação angular congelada, no bloco de movimento somente se deve
programar a cota do eixo angular. Se se programa a cota do eixo ortogonal, o deslocamento
se realiza conforme a transformação angular normal.

Desativar a congelação de uma transformação.


A congelação de uma transformação angular se desativa depois de um reset ou M30.

A programação de #ANGAX ON sobre a transformada congelada torna a ativar a


transformação.

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·340·
Manual de program a çã o.

18.3 Obter informação da transformação angular.

Consultar a configuração da transformação angular.


Os dados de configuração da transformação angular podem ser consultados diretamente
na tabela de parâmetros de máquina ou mediante as seguintes variáveis.

Número de transformações angulares definidas.


(V.)MPK.NANG
Variável de leitura desde o PRG, PLC e INT. 18.
Devolve o número de transformações angulares definidas na tabela de parâmetros de

Obter informação da transformação angular.


TRANSFORMAÇÃO ANGULAR DE EIXO INCLINADO.
máquina.

Eixos que formam parte da transformação angular.

Estas variáveis fazem referência à transformação angular n. A programação dos colchetes


é obrigatória.
(V.)MPK.ANGAXNA[n]
(V.)MPK.ORTGAXNA[n]
Variável de leitura desde o PRG, PLC e INT.
A primeira devolve o nome do eixo angular. A segunda devolve o nome do eixo ortogonal.

Geometria da transformação angular.


Estas variáveis fazem referência à transformação angular n. A programação dos colchetes
é obrigatória.
(V.)MPK.ANGANTR[n]
Variável de leitura desde o PRG, PLC e INT.
Ângulo entre o eixo cartesiano e o eixo angular ao que está associado. Ângulo positivo
quando o eixo angular rodou no sentido horário e negativo em caso contrário.
(V.)MPK.OFFANGAX[n]
Variável de leitura desde o PRG, PLC e INT.
Offset da origem da transformação angular. Distância entre o zero máquina e a origem
do sistema de coordenadas do eixo inclinado.

Consultar o estado da transformação angular.

Estado da transformação angular.


(V.)[n].G.ANGAXST
Variável de leitura desde o PRG, PLC e INT.
Devolve o estado da transformação angular definida no canal.
(V.)[n].G.ANGIDST
Variável de leitura desde o PRG, PLC e INT.
Devolve o estado da transformação angular definida na posição [i] nos parâmetros de
máquina.

Ambas as variáveis devolvem os seguintes valores:

Valor Significado
CNC 8060
0 A transformação se encontra desativada.
CNC 8065
1 A transformação se encontra ativada.

2 A transformação se encontra congelada (suspensa).

(REF: 1901)

·341·
·342·
18.
TRANSFORMAÇÃO ANGULAR DE EIXO INCLINADO.

(REF: 1901)
CNC 8065
CNC 8060
Obter informação da transformação angular.
Manual de programação.
19
19. CONTROLE TANGENCIAL.

O Controle Tangencial permite que um eixo rotativo mantenha sempre a mesma orientação
com respeito à trajetória programada. A trajetória de usinagem se define nos eixos do plano
ativo e o CNC mantém a orientação do eixo rotativo durante toda a trajetória.

Orientação paralela à trajetória. Orientação perpendicular à trajetória.

Ativar e desativar o controle tangencial.


O CNC não ativa o controle tangencial no momento da ligação; a ativação se realiza desde
o programa de usinagem. Podemos ter ativo o controle tangencial em vários eixos. Depois
de ativo o controle tangencial, não se permite mover o eixo tangencial em modo manual nem
por programa; é o CNC o encarregado de orientar este eixo.

Opcionalmente, também se poderá “congelar” o controle tangencial, de maneira que,


posteriormente, se possa voltar a ativar nas mesmas condições.

O CNC oferece duas maneiras de programar o controle tangencial; por meio de funções em
código ISO ou por meio de comandos em linguagem de alto nível. Ambos os modos de
programar são equivalentes, podendo combinar-se ambos num mesmo programa de
usinagem.

Influência do reset, do apagamento e da função M30.


O controle tangencial é modal. No momento da ligação, depois de executar-se M02 ou M30
e depois de uma emergência ou reset se anula o controle tangencial.

Considerações ao controle tangencial.


O controle tangencial é compatível com a compensação de raio e com o comprimento de
ferramenta. Também se pode aplicar o espelhamento com o controle tangencial ativo.

Eixos permitidos no controle tangencial.

O controle tangencial só pode ser ativado em eixos rotativos de tipo módulo. Não é permitido CNC 8060
definir como eixo tangencial um dos eixos do plano ou o eixo longitudinal. Da mesma
maneira, também poderá ser eixo tangencial um eixo gantry, incluído o eixo gantry
CNC 8065
associado ao eixo rotativo.

A inspeção de ferramenta.
(REF: 1901)
Se permite realizar a inspeção de ferramenta com o controle tangencial ativo. Quando se
acessa à inspeção, o CNC desativa o controle tangencial para permitir mover os eixos.
Depois de abandonar a inspeção, o CNC volta a ativar o controle tangencial nas mesmas
condições que antes.

·343·
Manual de programação.

Deslocamento manual dos eixos.

Não é permitido mover o eixo tangencial enquanto o controle tangencial estiver ativo. Os
eixos não afetados pelo controle tangencial poderão ser deslocados livremente.

Quando desde o modo manual se movem os eixos desde o teclado de jog, o CNC desativa
o controle tangencial. Depois de finalizado o deslocamento, o CNC recupera o controle
tangencial nas mesmas condições que antes.

Modo MDI.

19. Desde o modo manual se pode acessar ao modo MDI para ativar o controle tangencial e
deslocar os eixos mediante blocos programados em modo MDI. Não é permitido mover o
eixo tangencial enquanto o controle tangencial estiver ativo.
CONTROLE TANGENCIAL.

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·344·
Manual de program a çã o.

19.1 Ativar e anular o controle tangencial.

O CNC oferece duas maneiras de monitorar o controle tangencial; por meio de funções em
código ISO ou por meio de comandos em linguagem de alto nível. Ambos os modos de
programar são equivalentes, podendo combinar-se ambos num mesmo programa de
usinagem.

Ativação do controle tangencial.


Com o controle tangencial ativo, os deslocamentos se programam nos eixos do plano de
trabalho ativo. Não é permitido programar deslocamentos do eixo tangencial; o encarregado
19.
de orientar este eixo é o CNC.

Ativar e anular o controle tangencial.


CONTROLE TANGENCIAL.
A ativação do controle tangencial se realiza mediante a funçãoG45 ou mediante a instrução
#TANGCTRL. Estes comandos também recuperam um controle tangencial congelado, mas
é necessário voltar a programar o ângulo. Ver "19.2 Congelar (suspender) o controle
tangencial." na página 348.

Formato de programação (1).

Esta função permite ativar o controle tangencial em um ou vários eixos; não permite definir
o avanço de posicionamento do eixo tangencial. Nesta função se deve definir ao menos um
eixo tangencial.
G45 X~C
X~C Eixo sobre o qual se ativa o controle tangencial e posição angular referente à trajetória.
O ângulo se define em graus (±359.9999).

G45 A90
G45 B45 W15.123 B2=-34.5

Formato de programação (2).

Esta instrução permite ativar o controle tangencial em um ou vários eixos e definir o avanço
de posicionamento do eixo tangencial. Não é necessário ativar nenhum eixo para poder
definir o avanço.

O formato de programação é o seguinte: Entre colchetes angulares se indicam os


parâmetros opcionais.
#TANGCTRL ON [<X~C>, <F>]
X~C Opcional. Eixo sobre o qual se ativa o controle tangencial e posição angular referente à
trajetória. O ângulo se define em graus (±359.9999).
F Opcional. Avanço para o movimento de orientação do eixo tangencial.

Mesmo que ambos os parâmetros são opcionais, se deve programar pelo menos um deles.

#TANGCTRL ON [A34.35]
#TANGCTRL ON [A90, F300]
#TANGCTRL ON [B-45, W15.123, F300]
#TANGCTRL ON [F300]

Combinar ambos os formatos de programação.

Ambos os formatos de programação se podem combinar num mesmo programa de


usinagem. Por exemplo, se pode utilizar a instrução para definir o avanço de posicionamento
e a função G45 para ativar o controle tangencial. CNC 8060
#TANGCTRL ON [F1000] CNC 8065
G45 W45

Programação do ângulo de posicionamento.


(REF: 1901)
O ângulo de posicionamento se define em graus (±359.9999). O ângulo se define com
referência à trajetória a seguir; ângulo positivo para posicionamentos em sentido anti-
horário e ângulo negativo para posicionamentos em sentido horário.

·345·
Manual de programação.

O ângulo de posicionamento só se conserva quando se congela (suspende) o controle


tangencial; no resto dos casos será necessário programá-lo cada vez que se ative o controle

19. tangencial. Ver "19.2 Congelar (suspender) o controle tangencial." na página 348.

Avanço de posicionamento para o eixo tangencial.


Ativar e anular o controle tangencial.
CONTROLE TANGENCIAL.

O avanço para os eixos tangenciais se define com a instrução #TANGCTRL. Este avanço
só se aplica aos deslocamentos dos eixos tangenciais; não aos eixos do plano, os quais
se deslocam em avanço F.

#TANGCTRL ON [F1000]

O avanço tangencial permanece ativo mesmo que se anule o controle tangencial. Isto
significa que o avanço se aplicará na próxima vez que se ative o controle tangencial.

Se não se definiu um avanço para o eixo tangencial, este atua da seguinte maneira. Em
qualquer caso, o avanço máximo de cada eixo tangencial estará limitado pelo seu parâmetro
de máquina MAXFEED.
• Se o eixo tangencial tem que deslocar-se sozinho, o faz ao avanço definido no parâmetro
de máquina MAXFEED.
• Se o eixo tangencial se desloca junto aos eixos do plano, o faz ao avanço dos referidos
eixos.

Funcionamento do controle tangencial.


Cada vez que se ativa o controle tangencial, o CNC atua da seguinte forma:
1 O CNC orienta o eixo tangencial referente ao primeiro trecho e o situa na posição
programada.

2 A interpolação dos eixos do plano começa depois que o eixo tangencial está
posicionado. Nos trechos lineares se mantém a orientação do eixo tangencial e nas
interpolações circulares se mantém a orientação programada durante todo o percurso.

CNC 8060
CNC 8065 3 Se a junção de dois trechos necessita uma nova orientação do eixo tangencial, o CNC
finaliza o trecho em curso, a seguir orienta o eixo tangencial referente ao seguinte trecho
e continua com a execução.

(REF: 1901)

·346·
Manual de program a çã o.

Anular o controle tangencial.


A anulação do controle tangencial se realiza mediante a funçãoG45 ou mediante a instrução
#TANGCTRL.

Formato de programação (1).

Esta função anula o controle tangencial em todos os eixos do canal.


G45

G45

Formato de programação (2).


19.

Ativar e anular o controle tangencial.


CONTROLE TANGENCIAL.
Esta instrução anula o controle tangencial em um ou vários eixos. Se não se programa
nenhum eixo, se anula o controle tangencial em todos os eixos do canal.

O formato de programação é o seguinte: Entre colchetes angulares se indicam os


parâmetros opcionais.
#TANGCTRL OFF <[X~C]>
X~C Opcional. Eixo no qual se anula o controle tangencial.

#TANGCTRL OFF
#TANGCTRL OFF [A]
#TANGCTRL OFF [B, W, V]

Anulação do controle tangencial durante a compensação de raio.

O controle tangencial pode ser anulado mesmo que a compensação de raio esteja ativa.
Entretanto, se recomenda congelar (suspender) o controle tangencial em vez de anulá-lo.
Isto é devido a que a instrução #TANGCTRL OFF, além de anular o controle tangencial, gera
uns blocos adicionais de final e início de compensação de raio.

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·347·
Manual de programação.

19.2 Congelar (suspender) o controle tangencial.

A congelação do controle tangencial é uma anulação especial na qual o CNC nos lembra
o ângulo programado. Quando se recupera o controle tangencial, o CNC orienta o eixo com
o mesmo ângulo que tinha no momento em que se congelou o controle tangencial. Congelar
o controle tangencial não anula a compensação de raio.

Ativar a congelação do controle tangencial.


19. Com o controle tangencial congelado (suspenso), os deslocamentos se programam nos
eixos do plano de trabalho ativo. Não é permitido programar deslocamentos do eixo
tangencial.
CONTROLE TANGENCIAL.
Congelar (suspender) o controle tangencial.

A congelação do controle tangencial se realiza mediante a funçãoG145 ou mediante a


instrução #TANGCTRL.

Formato de programação (1).

Esta função congela (suspende) o controle tangencial em um ou vários eixos. Se não se


programa nenhum eixo, se congela o controle tangencial em todos os eixos do canal.

O formato de programação é o seguinte: Entre colchetes angulares se indicam os


parâmetros opcionais.
G145 <K0> <X~C>
K0 Opcional. Congelar (suspender) o controle tangencial.
X~C Opcional. Eixo sobre o qual se congela o controle tangencial.

O parâmetro K pode tomar dois valores; ·0· e ·1·. Se definimos com valor ·1· significa que
se queremos recuperar um eixo tangencial congelado (suspenso) anteriormente. Se não
se programa o parâmetro K, o CNC aceita K0.

G145 K0
G145 K0 A
G145 K0 B W C
G145 BA

Formato de programação (2).

Esta instrução congela (suspende) o controle tangencial em um ou vários eixos. Se não se


programa nenhum eixo, se congela o controle tangencial em todos os eixos do canal.

O formato de programação é o seguinte: Entre colchetes angulares se indicam os


parâmetros opcionais.
#TANGCTRL SUSP <[X~C]>
X~C Opcional. Eixo sobre o qual se congela o controle tangencial.

#TANGCTRL SUSP
#TANGCTRL SUSP [A]
#TANGCTRL SUSP [B, W]

Anular a congelação do controle tangencial.


A recuperação do controle tangencial se realiza mediante a funçãoG145 ou mediante a
CNC 8060 instrução #TANGCTRL.
CNC 8065 Formato de programação (1).

Esta função recupera o controle tangencial em um ou vários eixos. Se não se programa


nenhum eixo, se recupera o controle tangencial em todos os eixos do canal.
(REF: 1901) O formato de programação é o seguinte: Entre colchetes angulares se indicam os
parâmetros opcionais.
G145 K1 <X~C>
K1 Recuperar o controle tangencial.
X~C Opcional. Eixo sobre o qual se recupera o controle tangencial.

·348·
Manual de program a çã o.

O parâmetro K pode tomar dois valores; ·0· e ·1·. Se definimos com valor ·0· significa que
queremos congelar o controle tangencial.

G145 K1
G145 K1 A
G145 K1 B W C

Formato de programação (2).

Esta instrução recupera o controle tangencial em um ou vários eixos. Se não se programa


nenhum eixo, se recupera o controle tangencial em todos os eixos do canal.

O formato de programação é o seguinte: Entre colchetes angulares se indicam os


19.
parâmetros opcionais.

CONTROLE TANGENCIAL.
Congelar (suspender) o controle tangencial.
#TANGCTRL RESUME <[X~C]>
X~C Opcional. Eixo sobre o qual se recupera o controle tangencial.

#TANGCTRL RESUME
#TANGCTRL RESUME [A]
#TANGCTRL RESUME [B, W, C]

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·349·
Manual de programação.

19.3 Obter informação do controle tangencial.

Consultar a configuração da transformação angular.


Os dados de configuração do controle tangencial podem ser consultados diretamente na
tabela de parâmetros de máquina ou mediante as seguintes variáveis.

¿É o eixo rotativo de tipo módulo?

19. (V.)[n].MPA.AXISMODE.Xn
A variável indica o tipo de eixo rotativo; se é de tipo módulo, a variável deve devolver
o valor ·0·.
CONTROLE TANGENCIAL.
Obter informação do controle tangencial.

Consultar os dados do controle tangencial.


(V.)A.TANGAN.Xn
Esta variável devolve o ângulo programado no eixo Xn.
(V.)G.TANGFEED
Esta variável devolve o avanço de posicionamento programado para o controle
tangencial.

Consultar o estado do controle tangencial.


(V.)PLC.TANGACTIVCn
Esta variável indica se no canal n se encontra ativo o controle tangencial. Valor ·1· se
o controle tangencial se encontra ativo ou valor ·0· em caso contrário.
(V.)PLC.TANGACTx
Esta variável indica se no eixo x se encontra ativo o controle tangencial. Valor ·1· se o
controle tangencial se encontra ativo ou valor ·0· em caso contrário.
(V.)[n].G.TGCTRLST
Devolve o estado do controle tangencial no canal. Valor ·0· se o controle tangencial está
desativado, valor ·1· se está ativo e valor ·2· se está congelado (suspenso).
(V.)[n].A.TGCTRLST.Xn
Devolve o estado do controle tangencial no eixo. Valor ·0· se o controle tangencial está
desativado, valor ·1· se está ativo e valor ·2· se está congelado (suspenso).

Inicialização das variáveis.


Quando se anula o controle tangencial se inicializam todas as variáveis menos
(V.)A.TANGFEED, já que o avanço programado se mantém para um possível controle
tangencial posterior.

Quando se congela (suspende) o controle tangencial, as variáveis atuam da seguinte


maneira.
(V.)A.TANGAN.Xn Mantém o valor do ângulo programado.
(V.)G.TANGFEED Não se inicializa.
(V.)PLC.TANGACTIVCn Não se inicializa.
(V.)PLC.TANGACTx Se inicializa.
CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·350·
20
20. CINEMÁTICAS E
TRANSFORMAÇÃO DE
COORDENADAS

A descrição da transformação geral de coordenadas está formada por três funcionalidades


básicas:

Instrução. Significado.

#KIN ID. Selecionar uma cinemática.

#CS. Definir um sistema de coordenadas de usinagem (plano inclinado).

#ACS. Definir um sistema de coordenadas de fixação.

#RTCP. Transformação RTCP (Rotating Tool Center Point).

#TLC. Corrigir a compensação longitudinal da ferramenta implícita do programa.

#CSROT ON Ativar a orientação da ferramenta no sistema de coordenadas peça.

#CSROT OFF Cancelar a orientação da ferramenta no sistema de coordenadas peça, e


portanto, ativar a orientação da ferramenta no sistema de coordenadas
máquina.

#DEFROT Como gerenciar as descontinuidades na orientação dos eixos rotativos.

#SELECT ORI Selecionar sobre quais eixos rotativos da cinemática é feito o cálculo da
orientação da ferramenta, para uma dada direção sobre a peça.

#KINORG Transformar o zero peça atual levando em conta a posição da cinemática


da mesa.

#TOOL ORI Ferramenta perpendicular ao plano inclinado.

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·351·
Manual de programação.

20.1 Sistemas de coordenadas.

Para uma melhor compreensão, os exemplos seguintes, mostram três sistemas de


coordenadas:
XYZ Sistema de coordenadas máquina.
X' Y' Z' Sistema de coordenadas peça.
X" Y" Z" Sistema de coordenadas da ferramenta.

20. Quando não se efetuou nenhum tipo de transformação e o spindle está em posição de
partida, os 3 sistemas de coordenadas coincidem.
CINEMÁTICAS E TRANSFORMAÇÃO DE COORDENADAS
Sistemas de coordenadas.

Quando se roda o spindle, o sistema de coordenadas da ferramenta (X" Y" Z") muda.

Se além disso se seleciona um novo sistema de coordenadas de usinagem (instrução #CS)


ou de fixação (instrução #ACS) também muda o sistema de coordenadas da peça (X' Y' Z').

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·352·
Manual de program a çã o.

20.2 Movimento em plano inclinado.

Denomina-se plano inclinado qualquer plano no espaço resultante da transformação de


coordenadas dos três primeiros eixos do canal (nos seguintes exemplos, XYZ). O CNC
permite selecionar qualquer plano do espaço e efetuar usinagens no mesmo. Para definir
o plano inclinado correspondente à usinagem utilizar as instruções #CS e #ACS que se
encontram explicadas mais adiante neste mesmo capítulo.

20.

CINEMÁTICAS E TRANSFORMAÇÃO DE COORDENADAS


Movimento em plano inclinado.
Para orientar a ferramenta perpendicular ao plano inclinado, utilizar a instrução #TOOL°ORI
ou as variáveis associadas à cinemática que indicam a posição que devem ocupar cada um
dos eixos rotativos do spindle. As novas cotas (figura da direita) estão referidas ao novo zero
peça e se presume que a ferramenta está posicionada perpendicularmente ao novo plano.

A partir deste momento, a programação e os deslocamentos dos eixos X, Y se efetuam ao


longo do plano inclinado selecionado e os deslocamentos do eixo Z serão perpendicular ao
mesmo.

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·353·
Manual de programação.

20.3 Selecionar uma cinemática (#KIN ID).

O fabricante pode selecionar até seis cinemáticas diferentes para a máquina, onde cada
uma delas indica o tipo de spindle ou mesa, suas características e dimensões.
Normalmente, o fabricante define no parâmetro de máquina geral KINID o número de
cinemática que se utiliza padrão.

Para trabalhar com transformação de coordenadas é necessário indicar qual cinemática se


está utilizando. Quando há várias cinemáticas definidas, a partir do programa peça pode-
se ativar a cinemática desejada por meio da instrução #KIN ID. Se somente existe uma

20. cinemática, e está definida como cinemática padrão, não é necessário programar esta
instrução.
CINEMÁTICAS E TRANSFORMAÇÃO DE COORDENADAS
Selecionar uma cinemática (#KIN ID).

Programação.
Na hora de definir esta instrução, deve-se definir o número da cinemática a ser ativada, das
seis que podem existir.

Formato de programação.

O formato de programação é o seguinte; entre chaves se mostra a lista de argumentos.


#KIN ID [{kin}]
{kin} Número da cinemática (entre 0 e 6). O valor 0 desativa a cinemática.

#KIN ID [2]
(Ativar a cinemática número 2)

Desativar a cinemática.
Programar a instrução #KIN ID com o valor 0 desativa a cinemática ativa.

#KIN ID [0]
(Desativar a cinemática ativa)

Considerações.
• A ativação das funções #RTCP, #TLC e #TOOL ORI deve ser feita sempre depois de
selecionar uma cinemática.

N50 #KIN ID [2]


(Ativar a cinemática número 2)
N60 #RTCP ON
(Ativar a transformação RTCP, com a cinemática 2)
.
.
N70 #RTCP OFF
(Desativar a transformação RTCP)
N80 M30

• Não é permitido mudar de cinemática, estando ativa a função #RTCP ou #TLC.

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·354·
Manual de program a çã o.

20.4 Sistemas de coordenadas (#CS / #ACS).

Se distinguem dois tipos de sistemas de coordenadas diferentes, isto é, o sistema de


coordenadas de usinagem e o sistema de coordenadas da fixação. Cada um deles se
controla por meio da sua instrução associada.
#CS A instrução #CS permite definir, armazenar, ativar e desativar até cinco
sistemas de ooordenadas de usinagem.
#ACS A instrução #ACS permite definir, armazenar, ativar e desativar até cinco

20.
sistemas de coordenadas de fixação. Este sistema é utilizado para
compensar as inclinações da peça devidas às fixações.

Ambas as instruções utilizam o mesmo formato de programação e se podem utilizar

CINEMÁTICAS E TRANSFORMAÇÃO DE COORDENADAS


Sistemas de coordenadas (#CS / #ACS).
independentemente ou de forma conjunta, como se indica nas seguintes seções.

Se podem misturar vários sistemas de coordenadas #ACS e #CS. Ao ativar um novo se


acrescenta ao sistema de coordenadas atual. Ver "20.4.8 Como combinar vários sistemas
de coordenadas." na página 368.

É recomendável começar o programa com #CS NEW ou #ACS NEW para evitar planos
indesejáveis. Isto ocorre, por exemplo, depois de interromper o programa e começar de
novo a sua execução.

Programação.
Ambas as instruções (#CS e #ACS) utilizam o mesmo formato de programação. Existem
diferentes formatos de programação, em função das operações que podem ser realizadas
com os sistemas de coordenadas: definir, ativar, armazenar, desativar e apagar.

No modo EDISIMU, o usuário pode acessar um editor que facilita a programação de planos inclinados
por meio das instruções #CS e #ACS. Para obter mais informação sobre o editor de planos inclinados
consultar o manual de operação.

Formato de programação.

O formato de programação geral é o seguinte; mais adiante, neste mesmo capítulo, é


mostrado de forma mais detalhada, os diferentes formatos para cada operação. Ver
"Programação detalhada." na página 356.
#CS <DEF/ON/NEW/OFF> <ALL> <ACT> [{nb}] [MODE {mode}, {V1}, {V2}, {V3},
{1}, {2}, {3}, <{align}>, <FIRST/SECOND>]
#ACS <DEF/ON/NEW/OFF> <ALL> <ACT> [{nb}] [MODE {mode}, {V1}, {V2}, {V3},
{1}, {2}, {3}, <{align}>, <FIRST/SECOND> <SOL2>]
DEF/ON/ Operação a realizar.
NEW/OFF DEF: Definir e armazenar um sistema de coordenadas.
ON: Definir, armazenar e ativar um sistema de coordenadas.
NEW: Desativar e apagar todos os sistemas de coordenadas.
OFF: Desativar um sistema de coordenadas.
ACT Junto com o comando DEF, assume e armazena o sistema de coordenadas atual.
ALL Junto com o comando ALL, desativa todos os sistemas de coordenadas.
{nb} Número do sistema de coordenadas (de 1 a 5).
MODE {mode} Modo de definição (de 1 a 6).
{V1}...{V3} Componentes do vector de translação.
{1}...{3} Ângulos de rotação.
{align} Opcional. Alinhamento do plano (valor 0/1). Somente nos modos 3, 4, 5.
CNC 8060
KEEP Opcional. Comando para manter o zero peça ao desativar o sistema de
coordenadas. CNC 8065
FIRST/SECOND Opcional. Comando para definir a orientação dos eixos. Somente no modo 6.
<SOL2> Opcional. Nos spindles tipo Hurón, utilizar a segunda solução para orientar o
spindle; se não for programado, utilizar a primeira.
(REF: 1901)

·355·
Manual de programação.

Modo de definição.

O modo de definição MODE estabelece a ordem na qual se giram os eixos para alcançar
o plano desejado. Em alguns casos a resolução do plano apresenta duas soluções; a
seleção se realiza definindo qual dos eixos do sistema de coordenadas fica alinhado com
o plano.

Manter o zero peça ao desativar um sistema de coordenadas.

Ao desativar uma transformação, se não se define o contrário, se recupera o zero peça que

20.
estava definido antes da ativação do plano inclinado. Para manter o zero peça atual, definido
junto com o sistema de coordenadas, programar o comando KEEP. Este comando só se
admite nas instruções que desativam um sistema de coordenadas.
CINEMÁTICAS E TRANSFORMAÇÃO DE COORDENADAS
Sistemas de coordenadas (#CS / #ACS).

spindles a 45º (tipo Huron).

Os spindles tipo Huron têm duas soluções na hora de orientar a ferramenta perpendicular
ao novo plano de trabalho. Para este tipo de spindles poderemos selecionar qual das duas
soluções queremos aplicar (comando SOL2). Ver "20.4.7 Trabalho com spindles a 45º (tipo
Huron)." na página 366.

Programação detalhada.
A seguir são apresentados todos os formatos de programação possíveis; entre chaves é
mostrada a lista de argumentos e entre colchetes angulares, os que são opcionais.

Formato para definir e armazenar (sem ativar) um sistema de coordenadas.

Se o sistema de coordenadas já foi definido previamente, estas instruções definem-no


novamente.
#CS DEF [{nb}] [MODE {mode}, {V1}, {V2}, {V3}, {1}, {2}, {3}, <{align}>,
<FIRST/SECOND>]
#ACS DEF [{nb}] [MODE {mode}, {V1}, {V2}, {V3}, {1}, {2}, {3}, <{align}>,
<FIRST/SECOND>]
{nb} Número do sistema de coordenadas (de 1 a 5).
MODE {mode} Modo de definição (de 1 a 6).
{V1}...{V3} Componentes do vector de translação.
{1}...{3} Ângulos de rotação.
{align} Opcional. Alinhamento do plano (valor 0/1). Somente nos modos 3, 4, 5.
FIRST/SECOND Opcional. Comando para definir a orientação dos eixos. Somente no modo 6.

#CS DEF [2] [MODE 1,0,15,5,30,15,4.5]


(Define e armazena um sistema de coordenadas novo como CS2)
#CS DEF [3] [MODE 3,0,15.5,30.15,4.5,1]
(Define e armazena um sistema de coordenadas novo como CS3)
#CS DEF [4] [MODE 6,20,105,50,30,FIRST]
(Define e armazena um sistema de coordenadas noovo como CS4)

Formato para definir, armazenar e ativar um sistema de coordenadas.


#CS ON [{nb}] [MODE {mode}, {V1}, {V2}, {V3}, {1}, {2}, {3}, <{align}>,
<FIRST/SECOND>]
#ACS ON [{nb}] [MODE {mode}, {V1}, {V2}, {V3}, {1}, {2}, {3}, <{align}>,
<FIRST/SECOND>]

CNC 8060 {nb} Número do sistema de coordenadas (de 1 a 5).

CNC 8065 MODE {mode} Modo de definição (de 1 a 6).


{V1}...{V3} Componentes do vector de translação.
{1}...{3} Ângulos de rotação.
{align} Opcional. Alinhamento do plano (valor 0/1). Somente nos modos 3, 4, 5.
(REF: 1901) FIRST/SECOND Opcional. Comando para definir a orientação dos eixos. Somente no modo 6.

#CS ON [2] [MODE 1,0,15,5,30,15,4.5]


(Define, armazena e ativa um sistema de coordenadas novo como CS2)

·356·
Manual de program a çã o.

Formato para definir e ativar (sem armazenar) um sistema de coordenadas.

Só se pode definir um, para definir outro anular o anterior. O sistema de coordenadas pode
ser utilizado, até o seu cancelamento, como qualquer outro sistema de coordenadas que
se armazena na memória.
#CS ON [MODE {mode}, {V1}, {V2}, {V3}, {1}, {2}, {3}, <{align}>,
<FIRST/SECOND>]
#ACS ON [MODE {mode}, {V1}, {V2}, {V3}, {1}, {2}, {3}, <{align}>,
<FIRST/SECOND>]
MODE {mode} Modo de definição (de 1 a 6).
{V1}...{V3}
{1}...{3}
Componentes do vector de translação.
Ângulos de rotação.
20.

CINEMÁTICAS E TRANSFORMAÇÃO DE COORDENADAS


Sistemas de coordenadas (#CS / #ACS).
{align} Opcional. Alinhamento do plano (valor 0/1). Somente nos modos 3, 4, 5.
FIRST/SECOND Opcional. Comando para definir a orientação dos eixos. Somente no modo 6.

#CS ON [MODE 1,0,15,5,30,15,4.5]


(Define e ativa um sistema de coordenadas novo)

Formato para desativar e apagar todos os sistemas de coordenadas atuais e definir,


armazenar e ativar um novo.
#CS NEW <KEEP> [{nb}] [MODE {mode}, {V1}, {V2}, {V3}, {1}, {2}, {3},
<{align}>, <FIRST/SECOND>]
#ACS NEW <KEEP> [{nb}] [MODE {mode}, {V1}, {V2}, {V3}, {1}, {2}, {3},
<{align}>, <FIRST/SECOND>]
{nb} Número do sistema de coordenadas (de 1 a 5).
MODE {mode} Modo de definição (de 1 a 6).
{V1}...{V3} Componentes do vector de translação.
{1}...{3} Ângulos de rotação.
{align} Opcional. Alinhamento do plano (valor 0/1). Somente nos modos 3, 4, 5.
KEEP Opcional. Comando para definir se ao desativar o sistema de coordenadaas, se
mantém o zero peça definido nele.
FIRST/SECOND Opcional. Comando para definir a orientação dos eixos. Somente no modo 6.

#CS NEW KEEP [2] [MODE 1,0,15,5,30,15,4.5]


(Desativa e apaga todos os sistemas de coordenadas)
(Define, armazena e ativa um sistema de coordenadas novo como CS2)
(Mantém o zero peça)

Formato para desativar e apagar todos os sistemas de coordenadas atuais e definir


e ativar um novo (sem armazenar).
#CS NEW <KEEP> [MODE {mode}, {V1}, {V2}, {V3}, {1}, {2}, {3}, <{align}>,
<FIRST/SECOND>]
#ACS NEW <KEEP> [MODE {mode}, {V1}, {V2}, {V3}, {1}, {2}, {3}, <{align}>,
<FIRST/SECOND>]
MODE {mode} Modo de definição (de 1 a 6).
{V1}...{V3} Componentes do vector de translação.
{1}...{3} Ângulos de rotação.
{align} Opcional. Alinhamento do plano (valor 0/1). Somente nos modos 3, 4, 5.
KEEP Opcional. Comando para definir se ao desativar o sistema de coordenadaas,
se mantém o zero peça definido nele.
FIRST/SECOND Opcional. Comando para definir a orientação dos eixos. Somente no modo 6. CNC 8060
#CS NEW [2] [MODE 1,0,15,5,30,15,4.5]
CNC 8065
(Desativa e apaga todos os sistemas de coordenadas)
(Define e ativa um sistema de coordenadas novo)

(REF: 1901)

·357·
Manual de programação.

Formato para assumir e armazenar o sistema de coordenadas atual.


#CS DEF ACT [{nb}]
#ACS DEF ACT [{nb}]
{nb} Número do sistema de coordenadas (de 1 a 5).

#CS DEF ACT [2]


(Assume e armazena o sistema de coordenadas atual como CS2)

20.
Formato para ativar um sistema de coordenadas armazenado.
#CS ON [{nb}]
#ACS ON [{nb}]
CINEMÁTICAS E TRANSFORMAÇÃO DE COORDENADAS
Sistemas de coordenadas (#CS / #ACS).

{nb} Número do sistema de coordenadas (de 1 a 5).

#CS ON [2]
(Ativa o sistema de coordenadas CS2)

Formato para ativar o último sistema de coordenadas armazenado.


#CS ON
#ACS ON

#CS ON
(Ativa o último sistema de coordenadas armazenado)

Formato para desativar o último sistema de coordenadas ativado.


#CS OFF <KEEP>
#ACS OFF <KEEP>
KEEP Opcional. Comando para definir se ao desativar o sistema de coordenadaas, se
mantém o zero peça definido nele.

#CS OFF
(Desativa o último sistema de coordenadas ativado)
#CS OFF KEEP
(Desativa o último sistema de coordenadas ativado)
(Mantém o zero peça)

Formato para desativar todos os sistemas de coordenadas ativos.


#CS OFF ALL
#ACS OFF ALL

#CS OFF ALL


(Desativa todos os sistemas de coordenadas ativos)

Os sistemas de coordenadas e o zero peça.


A origem do sistema de coordenadas está relacionado ao zero peça vigente. Com um
sistema de coordenadas CS ou ACS ativo, pode-se pré-selecionar novos zeros peça no
plano inclinado.

Ao desativar um plano inclinado, se não se define o contrário, se recupera o zero peça que
estava definido antes da ativação do plano inclinado. Opcionalmente, poderemos definir se
desejamos manter o zero peça atual.
CNC 8060 Em certas ocasiões pode ocorrer que ao ativar um sistema de coordenadaas CS ou ACS
CNC 8065 armazenado previamente, a origem das coordenadas do plano não seja o desejado. Isto
ocorre se o zero peça for modificado entre a definição e a aplicação do sistema de
coordenadas.

Considerações sobre ambas as funções.


(REF: 1901)
Ambos os sistemas de coordenadas (#CS e #ACS) se mantêm ativos depois de um reset
e depois de se executar M02 ou M30. No momento em que se liga, o CNC mantém ou
cancela o sistema de coordenadas conforme definido no parâmetro máquina CSCANCEL.

·358·
Manual de program a çã o.

20.4.1 Definir um sistema de coordenadas (MODE1).

Ambas as instruções utilizam o mesmo formato de programação podem ser utilizadas


independentemente ou de forma conjunta
#CS DEF [{n}] [MODE 1, {V1}, {V2}, {V3}, {1}, {2}, {3}]
#ACS DEF [{n}] [MODE 1, {V1}, {V2}, {V3}, {1}, {2}, {3}]

Este modo define um plano inclinado como resultado de girar primeiro sobre o primeiro eixo,
depois sobre o segundo e por último sobre o terceiro as quantidades indicadas em 1, 2,
3 respectivamente.

V1, V2, V3 Componentes do vetor de translação. 20.

CINEMÁTICAS E TRANSFORMAÇÃO DE COORDENADAS


Sistemas de coordenadas (#CS / #ACS).
Origem das coordenadas do plano inclinado com referência ao zero peça atual.

1, 2, 3 Ângulos de rotação para construir o plano inclinado.

Primeiro, girar sobre o primeiro eixo (X) o indicado por 1. Na figura, o novo sistema de
coordenadas resultante desta transformação se denomina X Y' Z' uma vez que os eixos Y,
Z foram rodados.

A seguir, girar sobre o segundo eixo (Y'), o indicado por 2. Na figura, o novo sistema de
coordenadas resultante desta transformação se denomina X' Y' Z'' uma vez que os eixos
Y, Z foram rodados.

Por último, girar sobre o terceiro eixo (Z''), o indicado por 3.
CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·359·
Manual de programação.

20.4.2 Definir um sistema de coordenadas (MODE2).

Ambas as instruções utilizam o mesmo formato de programação podem ser utilizadas


independentemente ou de forma conjunta
#CS DEF [{n}] [MODE 2, {V1}, {V2}, {V3}, {1}, {2}, {3}]
#ACS DEF [{n}] [MODE 2, {V1}, {V2}, {V3}, {1}, {2}, {3}]

Este modo define, em coordenadas esféricas, um plano inclinado como resultado de girar
primeiro sobre o terceiro eixo, em seguida sobre o segundo e novamente sobre o terceiro,
as quantidades indicadas em 1, 2, 3 respectivamente.

20. V1, V2, V3 Componentes do vetor de translação.


CINEMÁTICAS E TRANSFORMAÇÃO DE COORDENADAS
Sistemas de coordenadas (#CS / #ACS).

Origem das coordenadas do plano inclinado com referência ao zero peça atual.

1, 2, 3 Ângulos de rotação para construir o plano inclinado.

Primeiro, girar sobre o terceiro eixo (Z), o indicado por 1. Na figura, o novo sistema de
coordenadas resultante desta transformação se denomina X' Y' Z uma vez que os eixos Y,
Z foram rodados.

A seguir, girar sobre o segundo eixo (Y'), o indicado por 2. Na figura, o novo sistema de
coordenadas resultante desta transformação se denomina X' Y' Z'' uma vez que os eixos
Y, Z foram rodados.

CNC 8060 Por último, girar sobre o terceiro eixo (Z'), o indicado por 3.
CNC 8065

(REF: 1901)

·360·
Manual de program a çã o.

20.4.3 Definir um sistema de coordenadas (MODE3).

Ambas as instruções utilizam o mesmo formato de programação podem ser utilizadas


independentemente ou de forma conjunta
#CS DEF [{n}] [MODE 3, {V1}, {V2}, {V3}, {1}, {2}, {3}, <{align}>]
#ACS DEF [{n}] [MODE 3, {V1}, {V2}, {V3}, {1}, {2}, {3}, <{align}>]

Neste modo, o plano inclinado é definido pelos ângulos que o plano forma em relação ao
primeiro e segundo eixo (X Y) do sistema de coordenadas máquina.

V1, V2, V3 Componentes do vetor de translação.

Origem das coordenadas do plano inclinado com referência ao zero peça atual.
20.

CINEMÁTICAS E TRANSFORMAÇÃO DE COORDENADAS


Sistemas de coordenadas (#CS / #ACS).
1, 2 Ângulos do plano.

Ângulos que o plano inclinado forma com o primeiro e segundo eixo (X Y) do sistema de
coordenadas máquina.
1 Ângulo do plano com o primeiro eixo (X).
2 Ângulo do plano com o segundo eixo (Y).

{align}°Alinhamento do plano (valor 0/1).

Este argumento define qual dos eixos do novo plano (X' Y') fica alinhado com a aresta. Se
não for programado, é assumido o valor 0.
{align} = 0 Alinhamento do eixo X'.
{align} = 1 Alinhamento do eixo Y'.

CNC 8060
CNC 8065

3 Rotação de coordenadas.
(REF: 1901)
Este argumento permite definir e aplicar uma rotação de coordenadas no novo plano
cartesiano X' Y'.

·361·
Manual de programação.

20.4.4 Definir um sistema de coordenadas (MODE4).

Ambas as instruções utilizam o mesmo formato de programação podem ser utilizadas


independentemente ou de forma conjunta
#CS DEF [{n}] [MODE 4, {V1}, {V2}, {V3}, {1}, {2}, {3}, <{align}>]
#ACS DEF [{n}] [MODE 4, {V1}, {V2}, {V3}, {1}, {2}, {3}, <{align}>]

Neste modo, o plano inclinado é definido pelos ângulos que o plano forma em relação ao
primeiro e terceiro eixo (X Z) do sistema de coordenadas máquina.

20. V1, V2, V3 Componentes do vetor de translação.

Origem das coordenadas do plano inclinado com referência ao zero peça atual.
CINEMÁTICAS E TRANSFORMAÇÃO DE COORDENADAS
Sistemas de coordenadas (#CS / #ACS).

1, 2 Ângulos do plano.

Ângulos que o plano inclinado forma com o primeiro e terceiro eixo (X Z) do sistema de
coordenadas máquina.
1 Ângulo do plano com o primeiro eixo (X).
2 Ângulo do plano com o terceiro eixo (Z).

{align}°Alinhamento do plano (valor 0/1).

Este argumento define qual dos eixos do novo plano (X' Y') fica alinhado com a aresta. Se
não for programado, é assumido o valor 0.
{align} = 0 Alinhamento do eixo X'.
{align} = 1 Alinhamento do eixo Y'.

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)
3 Rotação de coordenadas.

Este argumento permite definir e aplicar uma rotação de coordenadas no novo plano
cartesiano X' Y'.

·362·
Manual de program a çã o.

20.4.5 Definir um sistema de coordenadas (MODE5).

Ambas as instruções utilizam o mesmo formato de programação podem ser utilizadas


independentemente ou de forma conjunta
#CS DEF [{n}] [MODE 5, {V1}, {V2}, {V3}, {1}, {2}, {3}, <{align}>]
#ACS DEF [{n}] [MODE 5, {V1}, {V2}, {V3}, {1}, {2}, {3}, <{align}>]

Neste modo, o plano inclinado é definido pelos ângulos que o plano forma em relação ao
segundo e terceiro eixo (Y Z) do sistema de coordenadas máquina.

V1, V2, V3 Componentes do vetor de translação.

Origem das coordenadas do plano inclinado com referência ao zero peça atual.
20.

CINEMÁTICAS E TRANSFORMAÇÃO DE COORDENADAS


Sistemas de coordenadas (#CS / #ACS).
1, 2 Ângulos do plano.

Ângulos que o plano inclinado forma com o segundo e terceiro eixo (Y Z) do sistema de
coordenadas máquina.
1 Ângulo do plano com o segundo eixo (Y).
2 Ângulo do plano com o segundo eixo (Y).

{align}°Alinhamento do plano (valor 0/1).

Este argumento define qual dos eixos do novo plano (X' Y') fica alinhado com a aresta. Se
não for programado, é assumido o valor 0.
{align} = 0 Alinhamento do eixo X'.
{align} = 1 Alinhamento do eixo Y'.

CNC 8060
CNC 8065

3 Rotação de coordenadas. (REF: 1901)

Este argumento permite definir e aplicar uma rotação de coordenadas no novo plano
cartesiano X' Y'.

·363·
Manual de programação.

20.4.6 Definir um sistema de coordenadas (MODE6).

Para usar esta definição é necessário fixar, na colocação em funcionamento da máquina, como
i posição de repouso do spindle a que ocupa a ferramenta quando está paralela ao eixo Z da máquina.

Ambas as instruções utilizam o mesmo formato de programação podem ser utilizadas


independentemente ou de forma conjunta
#CS DEF [{n}] [MODE 6, {V1}, {V2}, {V3}, {1}, <FIRST/SECOND>]

20. #ACS DEF [{n}] [MODE 6, {V1}, {V2}, {V3}, {1}, <FIRST/SECOND>]

Este modo define um novo plano de trabalho (plano inclinado) perpendicular à direção que
ocupa a ferramenta. O novo plano de trabalho aceita a orientação do sistema de
CINEMÁTICAS E TRANSFORMAÇÃO DE COORDENADAS
Sistemas de coordenadas (#CS / #ACS).

coordenadas da ferramenta.

Nesta máquina somente rodou o eixo rotativo principal. Ver a posição de repouso do spindle
na parte superior direita.

Pelo contrário nesta máquina, para conseguir a mesma orientação da ferramenta, giraram
ambos os eixos rotativos, o principal e o secundário. Ver a posição de repouso do spindle
na parte superior direita. O principal rodou 90º e por conseguinte os eixos X' Y' do plano
estarão rodados 90º.
Se na máquina se deseja orientar os eixos X', Y' como no caso anterior, terá que ser
CNC 8060 programado.
CNC 8065 #CS DEF [{n}] [MODE 6, {V1}, {V2}, {V3}, -90]

(REF: 1901)

·364·
Manual de program a çã o.

V1, V2, V3 Componentes do vetor de translação.

Origem das coordenadas do plano inclinado com referência ao zero peça atual.

20.

CINEMÁTICAS E TRANSFORMAÇÃO DE COORDENADAS


Sistemas de coordenadas (#CS / #ACS).
1 Rotação de coordenadas.

Este argumento permite definir e aplicar uma rotação de coordenadas no novo plano
cartesiano X' Y'.

<FIRST/SECOND> Alinhamento do plano.

Ao definir um plano inclinado perpendicular à ferramenta, o terceiro eixo do plano fica


totalmente definido com a orientação da ferramenta. Pelo contrário, a situação do primeiro
e do segundo eixo do novo plano, depende do tipo de spindle, sendo em spindles difícil de
prever, principalmente a 45º

Dependendo da opção programada, o comportamento é da seguinte forma:


• Se programamos o comando FIRST, a projeção do novo primeiro eixo do plano inclinado
fica orientado com o primeiro eixo da máquina.
• Se programamos o comando SECOND, a projeção do novo segundo eixo do plano
inclinado fica orientado com o segundo eixo da máquina.
• Se não se programa nenhum dos dois, não se pode estabelecer a priori a orientação
dos eixos, a qual dependerá do tipo de spindle.

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·365·
Manual de programação.

20.4.7 Trabalho com spindles a 45º (tipo Huron).

Os spindles tipo Huron têm duas soluções na hora de orientar a ferramenta perpendicular
ao novo plano de trabalho.
• A primeira solução é a que requer menor movimento do eixo rotativo principal (a
articulação mais próxima à guia ou mais distante da ferramenta) com referência à
posição zero.
• A segunda solução requer um maior movimento do eixo rotativo principal com referência
à posição zero.

20. A solução selecionada se aplicará tanto para o cálculo dos offset do spindle como para a
instrução #TOOL ORI, colocação da ferramenta perpendicular ao plano de trabalho. Ver
"20.5 Ferramenta perpendicular ao plano inclinado (#TOOL ORI)" na página 370.
CINEMÁTICAS E TRANSFORMAÇÃO DE COORDENADAS
Sistemas de coordenadas (#CS / #ACS).

Seleção de uma das soluções para orientar o spindle.


Quando se define um novo sistema de coordenadas, é permitido se selecionar qual das duas
soluções se quer aplicar. Para estes tipos de spindles, se o comando SOL2 for programado
junto com a instrução #CS ou #ACS, o CNC aplica a segunda solução; caso contrário, se
nada for programado, o CNC aplica a primeira solução.

Formato de programação.

O formato de programação é o seguinte; entre chaves se mostra a lista de argumentos e


entre colchetes angulares os que são opcionais.
#CS DEF [{n}] [MODE {mode},{V1},{V2},{V3},{1},{2},{3},<{align}>,<SOL2>]
#CS ON [{n}] [MODE {mode},{V1},{V2},{V3},{1},{2},{3},<{align}>,<SOL2>]
#CS ON [MODE {mode},{V1},{V2},{V3},{1},{2},{3},<{align}>,<SOL2>]
#CS NEW [{n}] [MODE {mode},{V1},{V2},{V3},{1},{2},{3},<{align}>,<SOL2>]
#CS NEW [MODE {mode},{V1},{V2},{V3},{1},{2},{3},<{align}>,<SOL2>]

#ACS DEF [{n}] [MODE {mode},{V1},{V2},{V3},{1},{2},{3},<{align}>,<SOL2>]


#ACS ON [{n}] [MODE {mode},{V1},{V2},{V3},{1},{2},{3},<{align}>,<SOL2>]
#ACS ON [MODE {mode},{V1},{V2},{V3},{1},{2},{3},<{align}>,<SOL2>]
#ACS NEW [{n}] [MODE {mode},{V1},{V2},{V3},{1},{2},{3},<{align}>,<SOL2>]
#ACS NEW [MODE {mode},{V1},{V2},{V3},{1},{2},{3},<{align}>,<SOL2>]

Consulta da posição a ser ocupada por cada eixo.


A posição a ser ocupada por cada um dos eixos rotativos, para se situar perpendicular ao
plano inclinado, pode ser consultada nas seguintes variáveis. Estas variáveis são
atualizadas pelo CNC cada vez que se seleciona um novo plano, por meio das instruções
#CS ou #ACS.

Variáveis para a primeira solução.

Variáveis Significado.

V.G.TOOLORIF1 Posição (coordenadas máquina) do primeiro eixo rotativo.

V.G.TOOLORIS1 Posição (coordenadas máquina) do segundo eixo rotativo.

V.G.TOOLORIT1 Posição (coordenadas máquina) do terceiro eixo rotativo.

V.G.TOOLORIO1 Posição (coordenadas máquina) do quarto eixo rotativo.

CNC 8060 Variáveis para a segunda solução.


CNC 8065
Variáveis Significado.

V.G.TOOLORIF2 Posição (coordenadas máquina) do primeiro eixo rotativo.

V.G.TOOLORIS2 Posição (coordenadas máquina) do segundo eixo rotativo.


(REF: 1901)
V.G.TOOLORIT2 Posição (coordenadas máquina) do terceiro eixo rotativo.

V.G.TOOLORIO2 Posição (coordenadas máquina) do quarto eixo rotativo.

·366·
Manual de program a çã o.

O posicionamento para que a ferramenta fique perpendicular ao plano definido deve ser feito
em cotas de máquina (#MCS), uma vez que o CNC fornece a solução em cotas de máquina,
ou por meio da instrução #TOOL ORI e movimento de algum eixo.
Opção 1. Movimento em cotas de máquina com a solução dada.
#MCS ON
G01B[V.G.TOOLORIF1] C[V.G.TOOLORIS1] F1720
#MCS OFF
Opção 2. Colocar o plano de trabalho perpendicular à ferramenta no próximo
movimento após #TOOL ORI.
#TOOL ORI
G01 X0 Y0 Z40
20.

CINEMÁTICAS E TRANSFORMAÇÃO DE COORDENADAS


Sistemas de coordenadas (#CS / #ACS).

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·367·
Manual de programação.

20.4.8 Como combinar vários sistemas de coordenadas.

O CNC permite combinar até dez sistemas de coordenadas ACS e CS entre si, para construir
novos sistemas de coordenadas. Por exemplo, pode-se combinar o sistema de
coordenadas ACS que gera uma fixação na peça, com o sistema de coordenadas CS que
define o plano inclinado da peça a ser usinada. Ao combinar vários sistemas de
coordenadas, o CNC atua do seguinte modo.
1 Primeiro, o CNC analisa os ACS e vai aplicando-os de modo consecutivo na ordem
programada, obtendo uma transformação ACS resultante.

20. 2 A seguir, o CNC analisa os CS e vai aplicando-os de modo consecutivo na ordem


programada, obtendo uma transformação CS resultante.
3 Por último, o CNC aplica o CS resultante sobre o ACS, obtendo o novo sistema de
CINEMÁTICAS E TRANSFORMAÇÃO DE COORDENADAS
Sistemas de coordenadas (#CS / #ACS).

coordenadas.

O resultado da mistura depende da ordem de ativação, conforme se pode observar na figura


seguinte.

Cada vez que se ativa ou desativa um #ACS ou #CS se volta a recalcular o sistema de
coordenadas resultante, como se pode observar na figura seguinte.

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·368·
Manual de program a çã o.

As instruções #ACS OFF e #CS OFF desativam o último #ACS ou #CS ativado,
respectivamente.

N100 #CS ON [1]


(CS[1])
N110 #ACS ON [2]
(ACS[2] + CS[1])
N120 #ACS ON [1]
(ACS[2] + ACS[1] + CS[1])
N130 #CS ON [2]
(ACS[2] + ACS[1] + CS[1] + CS[2])
N140 #ACS OFF
(ACS[2] + CS[1] + CS[2])
20.

CINEMÁTICAS E TRANSFORMAÇÃO DE COORDENADAS


Sistemas de coordenadas (#CS / #ACS).
N140 #CS OFF
(ACS[2] + CS[1])
N150 #CS ON [3]
(ACS[2] + CS[1] + CS[3])
N160 #ACS OFF ALL
(CS[1] + CS[3])
N170 #CS OFF ALL
M30

Um sistema de coordenadas #ACS ou #CS pode ser ativado várias vezes.

A figura seguinte mostra um exemplo da instrução #CS DEF ACT [n] para aceitar e
armazenar o sistema de coordenadas atual como um #CS.

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·369·
Manual de programação.

20.5 Ferramenta perpendicular ao plano inclinado (#TOOL ORI)

A instrução #TOOL ORI permite posicionar a ferramenta perpendicular ao plano inclinado


ativo. Depois de executar esta instrução, a ferramenta será posicionada perpendicular ao
plano inclinado (paralela ao terceiro eixo do sistema de coordenadas ativo), no primeiro
bloco de movimento programado a seguir.

Programação.
20. Programar a instrução sozinha no bloco.
CINEMÁTICAS E TRANSFORMAÇÃO DE COORDENADAS

Formato de programação.
Ferramenta perpendicular ao plano inclinado (#TOOL ORI)

O formato de programação é o seguinte:


#TOOL ORI

#TOOL ORI
(Ferramenta perpendicular ao plano inclinado; solicitação)
G1 X_ Y_ Z_
(Posicionamento sobre ponto definido, com a ferramenta perpendicular ao plano
inclinado)

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·370·
Manual de program a çã o.

20.5.1 Exemplos de programação

20.

CINEMÁTICAS E TRANSFORMAÇÃO DE COORDENADAS


Ferramenta perpendicular ao plano inclinado (#TOOL ORI)
#CS ON [1] [MODE 1, 0, 0, 20, 30, 0, 0]
(Definir o plano inclinado)
#TOOL ORI
(Ferramenta perpendicular ao plano inclinado; solicitação)
G90 G90 G0 X60 Y20 Z3
(Posicionamento sobre ponto P1)
(O spindle se orienta perpendicularmente ao plano durante este deslocamento)
G1 G91 Z-13 F1000 M3
(Furação)
G0 Z13
(Retrocesso)
G0 G90 X120 Y20
(Posicionamento sobre ponto P2)
G1 G91 Z-13 F1000
(Furação)
G0 Z13
(Retrocesso)
G0 G90 X120 Y120
(Posicionamento sobre ponto P3)
G1 G91 Z-13 F1000
(Furação)
G0 Z13
(Retrocesso)
G0 G90 X60 Y120
(Posicionamento sobre ponto P4)
G1 G91 Z-13 F1000
(Furação)
G0 Z13
(Retrocesso)
M30

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·371·
Manual de programação.

O seguinte exemplo mostra como fazer 3 furações com diferente inclinação num mesmo
plano:

20.
CINEMÁTICAS E TRANSFORMAÇÃO DE COORDENADAS
Ferramenta perpendicular ao plano inclinado (#TOOL ORI)

#CS ON [1] [MODE .....]


(Definir o plano inclinado)
#TOOL ORI
(Ferramenta perpendicular ao plano inclinado; solicitação)
G1 G90 X{P1} Y{P1} Z{P1+5}
(Deslocamento ao ponto P1)
(O spindle se orienta perpendicularmente ao plano durante este deslocamento)
G1 G91 Z-13 F1000 M3
(Furação)
G1 Z13
(Retrocesso)
G1 X{P2} Y{P2}
(Deslocamento ao ponto P2)
G90 B0
(Orientar a ferramenta o sistema de coordenadas máquina)
#MCS ON
(Programação em coordenadas de máquina)
G1 G91 Z-13 F1000
(Furação)
G1 Z13
(Retrocesso)
#MCS OFF
(Fim programação em coordenadas de máquina)
(É recuperado o sistema de coordenadas do plano)
G1 X{P3} Y{P3}
(Deslocamento ao ponto P3)
G90 B-100
(Posiciona a ferramenta em 100º)
#CS OFF
#CS ON [2] [MODE6 .....]
(Definir um plano inclinado perpendicular à ferramenta)
G1 G91 Z-13 F1000
(Furação)
CNC 8060 G1 Z30
CNC 8065 (Retrocesso)
#CS OFF
M30

(REF: 1901)

·372·
Manual de program a çã o.

20.6 Trabalho com RTCP (Rotating Tool Center Point).

O RTCP representa uma compensação de comprimento no espaço. O RTCP permite


modificar a orientação da ferramenta sem modificar a posição que ocupa a ponta da mesma
sobre a peça. É lógico, que o CNC deve deslocar vários eixos da máquina para manter a
posição que ocupa a ponta da ferramenta.

20.

CINEMÁTICAS E TRANSFORMAÇÃO DE COORDENADAS


Trabalho com RTCP (Rotating Tool Center Point).
Esta figura mostra o que ocorre ao girar o spindle quando o RTCP está ativo.

Esta figura mostra o que ocorre ao girar o spindle quando o RTCP não está ativo.

Depois de estar ativada a transformação RTCP se pode combinar posicionamentos do


spindle com interpolações lineares e circulares.

Programação. Ativar a transformação RTCP.


Esta instrução é programada sozinha no bloco.

Formato de programação.

O formato de programação é o seguinte:


#RTCP ON

#RTCP ON

Programação. Desativar a transformação RTCP.


Esta instrução é programada sozinha no bloco.

Formato de programação.
CNC 8060
CNC 8065
O formato de programação é o seguinte:
#RTCP OFF

#RTCP OFF
(REF: 1901)

·373·
Manual de programação.

Propriedades da função.
A transformação RTCP se mantém ativa inclusive depois de executar-se M02 ou M30,
depois de uma Emergência ou um Reset e depois de desligado o CNC.

Considerações à transformação RTCP


• Para poder trabalhar com transformação RTCP os três primeiros eixos do canal (por
exemplo, X Y Z) devem estar definidos, formar o triedro ativo e serem lineares. Estes

20. eixos podem ser eixos GANTRY.


• Com a transformação RTCP ativa é permitido realizar translações de origem (G54-G59,
G159) e pré-seleções de cotas (G92).
CINEMÁTICAS E TRANSFORMAÇÃO DE COORDENADAS
Trabalho com RTCP (Rotating Tool Center Point).

• Com a transformação RTCP ativa é permitido realizar movimentos em jog contínuo, jog
incremental e volante.
• Com a transformação RTCP ativa, o CNC só permite realizar uma busca de referência
de máquina (G74) dos eixos que não estiverem envolvidos no RTCP.
• A transformação RTCP não pode ser selecionada quando a compensação TLC está
ativa.
• Com a transformação RTCP ativa, o CNC não permite alterar a cinemática ativa
(#KIN ID).
• Com a transformação RTCP ativa, o CNC não permite alterar os limites de software
(G198/G199).

Ordem de programação recomendada.


Quando se trabalha com planos inclinados e transformação RTCP se recomenda seguir a
seguinte ordem de programação. É conveniente ativar primeiro a transformação RTCP, já
que permite orientar a ferramenta sem modificar a posição que ocupa a ponta da mesma.

#RTCP ON
(Ativar a transformação RTCP)
#CS ON
(Ativar o plano inclinado)
#TOOL ORI
(Colocar a ferramenta perpendicular ao plano)
G_ X_ Y_ Z_
(Usinagem sobre o plano inclinado)
·
·
·
#CS OFF
(Anular plano inclinado)
#RTCP OFF
(Desativar a transformação RTCP)
M30
(Fim programa peço)

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·374·
Manual de program a çã o.

20.6.1 Exemplos de programação

Exemplo 1. Interpolação circular mantendo fixa a orientação da ferramenta.

20.

CINEMÁTICAS E TRANSFORMAÇÃO DE COORDENADAS


Trabalho com RTCP (Rotating Tool Center Point).
• O bloco N20 seleciona o plano ZX (G18) e posiciona a ferramenta no ponto de começo
(30,90).
• O bloco N21 ativa a transformação RTCP.
• No bloco N22 foi programado um deslocamento ao ponto (100,20) e uma orientação da
ferramenta de 0º a -60º. O CNC efetua uma interpolação dos eixos X, Z, B de forma que
a ferramenta se vaia orientando durante o deslocamento.
• O bloco N23 efetua uma interpolação circular até ao ponto (170,90) mantendo a mesma
orientação de ferramenta em todo o curso.
• No bloco N24 foi programado um deslocamento ao ponto (170,120) e uma orientação
da ferramenta de –60º a 0º. O CNC efetua uma interpolação dos eixos X, Z, B de forma
que a ferramenta se vaia orientando durante o deslocamento.
• O bloco N25 desativa a transformação RTCP.

Exemplo 2. Interpolação circular com a ferramenta perpendicular à trajetória.

• O bloco N30 seleciona o plano ZX (G18) e posiciona a ferramenta no ponto de começo


(30,90).
• O bloco N31 ativa a transformação RTCP.
• No bloco N32 foi programado um deslocamento ao ponto (100,20) e uma orientação da
ferramenta de 0º a -90º. O CNC efetua uma interpolação dos eixos X, Z, B de forma que
a ferramenta se vaia orientando durante o deslocamento.
• No bloco N33 se deseja efetuar uma interpolação circular até o ponto (170,90)
mantendo, em todo momento, a ferramenta perpendicular à trajetória. CNC 8060
• No ponto inicial está orientada a -90º e no ponto final deve terminar orientada a 0º. O CNC 8065
CNC efetua uma interpolação dos eixos X, Z, B mantendo em todo o momento, a
ferramenta perpendicular à trajetória.
• O bloco N34 desloca a ferramenta ao ponto (170,120) mantendo a orientação de 0º.
• O bloco N35 desativa a transformação RTCP. (REF: 1901)

·375·
Manual de programação.

Exemplo 3. Usinagem dum perfil

20.
CINEMÁTICAS E TRANSFORMAÇÃO DE COORDENADAS
Trabalho com RTCP (Rotating Tool Center Point).

G18 G90
(Selecionar o plano ZX (G18))
#RTCP ON
(Ativar a transformação RTCP)
G01 X40 Z0 B0 F1000
(Posicionar a ferramenta em X40 Z0, orientando-a em 0º)
X100
(Deslocamento para X100 com a ferramenta orientada a 0º)
B-35
(Orientar a ferramenta a -35º)
X200 Z70
(Deslocamento até X200 Z70 com a ferramenta orientada a -35º)
B90
(Orientar a ferramenta a 90º)
G02 X270 Z0 R70 B0
Interpolação circular até X270 Z0, mantendo a ferramenta perpendicular à trajetória
G01 X340
(Deslocamento até X340 com ferramenta orientada em 0º)
#RTCP OFF
(Desativar a transformação RTCP)

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·376·
Manual de program a çã o.

20.7 Corrigir a compensação longitudinal da ferramenta implícita do


programa (#TLC).

Os programas gerados por pacotes CAD-CAM consideram o comprimento da ferramenta


e geram as cotas correspondentes à base da ferramenta. A instrução #TLC deve ser
utilizada quando o programa foi gerado com um pacote CAD-CAM e o CNC não dispõe de
uma ferramenta das mesmas dimensões. Quando se usa a função #TLC (Tool Length
Compensation) o CNC compensa a diferença de comprimento entre ambas as ferramentas,
a real e a teórica (a do cálculo). A função #TLC compensa a diferença de comprimento,
porém não corrige a diferença de raio.
20.

CINEMÁTICAS E TRANSFORMAÇÃO DE COORDENADAS

programa (#TLC).
Corrigir a compensação longitudinal da ferramenta implícita do
Programação. Ativar a compensação de comprimento TLC.
Na hora de definir esta instrução, deve-se definir a diferença de comprimento entre a
ferramenta real e a teórica utilizada para fazer o programa.

Formato de programação.

O formato de programação é o seguinte; entre chaves se mostra a lista de argumentos.


#TLC ON [{long}]
{long} Diferença de comprimento (real - teórico).

#TLC ON [1.5]
(Ativar com uma ferramenta 1,5 mm mais comprida)
#TLC ON [-2]
(Ativar com uma ferramenta 2 mm mais curta)

Programação. Cancelar a compensação de comprimento TLC.


Esta instrução é programada sozinha no bloco.

Formato de programação.

O formato de programação é o seguinte:


#TLC OFF

#TLC OFF

Considerações para a compensação TLC.


• Com a compensação TLC ativa, o CNC só permite realizar uma busca de referência de
máquina (G74) dos eixos que não estiverem envolvidos no TLC.
• A compensação TLC não pode ser selecionada quando a transformação RTCP está
ativa.
• Com a compensação TLC ativa, o CNC não permite alterar a cinemática ativa (#KIN ID).
• Com a compensação TLC ativa, o CNC não permite alterar os limites de software
(G198/G199).

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·377·
Manual de programação.

20.8 Forma de retirar a ferramenta ao perder o plano.

Se ocorre um desliga - liga do CNC quando se está trabalhando com cinemáticas se perde
o plano de trabalho que estava selecionado. Se a ferramenta está dentro da peça, seguir
os seguintes passos para retirá-la:

20.
CINEMÁTICAS E TRANSFORMAÇÃO DE COORDENADAS
Forma de retirar a ferramenta ao perder o plano.

1 Selecionar a cinemática que estava sendo utilizada por meio da instrução #KIN ID [n].
2 Utilizar a definição do sistema de coordenadas MODE6 para que o CNC selecione como
plano de trabalho um perpendicular à direção da ferramenta.
#CS ON [n] [MODE 6, 0, 0, 0, 0]
3 Deslocar a ferramenta, ao longo do eixo longitudinal, até retirá-la da peça. Este
deslocamento pode ser realizado em modo manual ou por programa, por exemplo, G0
G91 Z20.

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·378·
Manual de program a çã o.

20.9 Orientação da ferramenta no sistema de coordenadas peça.

20.9.1 Ativar a orientação da ferramenta no sistema de coordenadas peça.

Atualmente no CNC, para orientar a ferramenta havendo uma cinemática ativa, deve-se
programar os ângulos dos eixos rotativos (as posições que tomam os referidos eixos). Esta
instrução permite acrescentar à orientação da ferramenta definida no programa, a
orientação devida ao plano inclinado definido; ou seja, que a orientação da ferramenta possa
estar referida tanto ao sistema de coordenadas máquina como ao sistemas de coordenadas
peça (#CS/#ACS) definido com o plano inclinado.

Normalmente, o processo de orientar os eixos dá lugar a duas possíveis soluções de


20.
colocação dos eixos rotativos, para uma determinada orientação da ferramenta. O CNC

CINEMÁTICAS E TRANSFORMAÇÃO DE COORDENADAS


Orientação da ferramenta no sistema de coordenadas peça.
aplica aquela que dá lugar ao caminho mais curto em relação à posição atual. Se uma
pequena mudança de ângulo programado, dá lugar a uma grande mudança de ângulo
devido ao plano inclinado, é possível definir diferentes estratégias de ação em função do
ângulo (instrução #DEFROT).

Programação.
No momento de definir esta instrução, opcionalmente poderá se definir quando o CNC
orienta a ferramenta.

Formato de programação.
O formato de programação é o seguinte; entre chaves se mostra a lista de argumentos e
entre colchetes angulares os que são opcionais. A programação do comando ON é opcional.
#CSROT <ON>
#CSROT <ON> [ROTATE]

#CSROT
#CSROT ON
#CSROT [ROTATE]
#CSROT ON [ROTATE]

Comando ROTATE.

Com o comando ROTATE, o CNC orienta a ferramenta no novo sistema de coordenadas


junto com o primeiro bloco de movimento, ainda que não estejam programados os eixos
rotativos. Se não for programada a opção ROTATE, o CNC orienta a ferramenta junto com
o primeiro bloco de movimento no qual estão programados os eixos rotativos.

Considerações.
Uma vez ativada, esta instrução se mantém assim até que seja executado M02 ou M30,
um reset ou seja desativada (#CSROT OFF).

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·379·
Manual de programação.

20.9.2 Cancelar a orientação da ferramenta no sistema de coordenadas peça.

A instrução #CSROT OFF desativa a programação dos eixos rotativos da cinemática no


sistema de coordenadas ACS/CS ativo, e por conseguinte, ativa a programação destes
eixos no sistema de coordenadas máquina.

Depois de executar M30 e após um reset, também é desativada a programação dos eixos
rotativos da cinemática no sistema de coordenadas da peça.

20. Programação.
Programar a instrução sozinha no bloco.
CINEMÁTICAS E TRANSFORMAÇÃO DE COORDENADAS
Orientação da ferramenta no sistema de coordenadas peça.

Formato de programação.

O formato de programação é o seguinte:


#CSROT OFF

#CSROT OFF

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·380·
Manual de program a çã o.

20.9.3 Como gerenciar as descontinuidades na orientação dos eixos rotativos.

Normalmente, o processo de orientar os eixos dá lugar a duas possíveis soluções de


colocação dos eixos rotativos, para uma determinada orientação da ferramenta. O CNC
aplica aquela que dá lugar ao caminho mais curto em relação à posição atual.

Define-se como uma descontinuidade, quando uma pequena mudança de ângulo


programado dá lugar a uma grande mudança de ângulo nos eixos rotativos, devido ao plano
inclinado. Quando o CNC detecta uma descontinuidade, a instrução #DEFROT define como
deve atuar o CNC em função da diferença de ângulo entre o programado e o calculado.

20.
Programação.

CINEMÁTICAS E TRANSFORMAÇÃO DE COORDENADAS


Orientação da ferramenta no sistema de coordenadas peça.
Formato de programação.

O formato de programação é o seguinte; entre chaves se mostra a lista de argumentos e


entre colchetes angulares os que são opcionais.
#DEFROT [<{acción},><{criterio},><Q{ángulo}>]
{ação} Opcional. Ação do CNC quando encontra uma descontinuidade.
{critério} Opcional. Critério para resolver a descontinuidade.
Q{ângulo} Opcional. Ângulo de comparação.

#DEFROT
#DEFROT [ERROR, Q5]
#DEFROT [WARNING, DNEGF, Q10]
#DEFROT [NONE, LOWF]

O CNC admite a programação de qualquer combinação dos três parâmetros (mínimo um


e máximo três), mantendo a ordem.

Ação do CNC quando encontra uma descontinuidade.

Estes valores definem o que deve fazer o CNC quando encontra uma descontinuidade.

Comando. Significado.

ERROR Mostrar um erro e deter a execução.

WARNING Mostrar um warning e interromper a execução.


O CNC mostra uma tela para que o usuário decida a solução a aplicar: a solução
programada na instrução (argumento {critério}) ou a segunda solução.

NONE Ignorar a descontinuidade e continuar com a execução do programa.


O CNC aplica a solução programada na instrução (argumento {critério}), sem
mostrar para o usuário a tela para selecionar uma solução. Se não foi
programado um critério, o CNC aplica o último ativo.

Se não foi programado, o CNC assume o último valor programado. Depois de executar M30
e após um reset, o CNC assume o valor WARNING (mostrar um warnng e interromper a
execução).

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·381·
Manual de programação.

Critério para resolver a descontinuidade.

Os critérios possíveis são os seguintes:

Comando. Significado.

LOWF O caminho mais curto do eixo rotativo principal, depois o eixo secundário.

LOWS O caminho mais curto do eixo rotativo secundário, depois o eixo principal.
DPOSF Direção positiva do eixo rotativo principal.

20.
DPOSS Direção positiva do eixo rotativo secundário.

DNEGF Direção negativa do eixo rotativo principal.

DNEGS Direção negativa do eixo rotativo secundário.


CINEMÁTICAS E TRANSFORMAÇÃO DE COORDENADAS
Orientação da ferramenta no sistema de coordenadas peça.

VPOSF Valor positivo do eixo rotativo principal.

VPOSS Valor positivo do eixo rotativo secundário.

VNEGF Valor negativo do eixo rotativo principal.

VNEGS Valor negativo do eixo rotativo secundário.

Se não foi programado, o CNC assume o último valor programado. Depois de executar M30
e após um reset, o CNC assume o valor LOWF (o caminho mais curto do eixo rotativo
principal, depois o eixo secundário).

Ângulo de comparação.

Este valor indica a diferença máxima de percurso entre o ângulo programado e o ângulo
calculado, a partir do qual aplicam-se as ações e os critérios para selecionar a solução .

Se não foi programado, o CNC assume o último valor programado. Depois de executar M30
e após um reset, o CNC assume o valor 5º.

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·382·
Manual de program a çã o.

20.9.4 Tela para selecionar a solução desejada.

Quando a instrução #CSROT é programada com a opção WARNING (mostrar um warning


e interromper a execução) o CNC exibe a seguinte tela para que o usuário decida qual a
solução a aplicar, tanto para a posição do início do bloco como para a do final. A tela oferece
as duas soluções calculadas pelo CNC, mais uma terceira solução que permite programar
a posição dos eixos rotativos na própria tela. A posição dos eixos é expressa em cotas da
máquina.

20.

CINEMÁTICAS E TRANSFORMAÇÃO DE COORDENADAS


Orientação da ferramenta no sistema de coordenadas peça.
A

(A)Solução para a posição dos eixos rotativos no início do bloco.


(B)Solução para a posição dos eixos rotativos no final do bloco.

Por padrão, o CNC oferece uma solução. Se o usuário seleciona a solução oferecida pelo
CNC, este continua com a execução. Se for selecionada uma solução diferente da oferecida
pelo CNC, este acessa a inspeção de ferramenta para reposicionar os eixos.

Uma vez dentro da inspeção de ferramenta, o processo será o seguinte.


1 Afastar a ferramenta da peça, movendo os eixos lineares ou o eixo virtual da ferramenta
se estiver ativo.
2 Orientar os eixos rotativos da cinemática.
3 Reposicionar a ferramenta, movendo os eixos linares ou o eixo virtual da ferramenta se
estiver ativo.

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·383·
Manual de programação.

20.9.5 Exemplo de execução. Seleção de uma solução.

Para o exemplo supõe-se uma cinemática do tipo spindle CB. O programa de partida será
um círculo no plano XZ.
N1 X.. Y.. Z.. C0 B0
N2 X.. Y.. Z.. C0 B10
N3 X.. Y.. Z.. C0 B20
N4 X.. Y.. Z.. C0 B30
N5 X.. Y.. Z.. C0 B20

20. N6 X.. Y.. Z.. C0 B10


N7 X.. Y.. Z.. C0 B0
N8 X.. Y.. Z.. C0 B-10
N9 X.. Y.. Z.. C0 B-20
CINEMÁTICAS E TRANSFORMAÇÃO DE COORDENADAS
Orientação da ferramenta no sistema de coordenadas peça.

N10 X.. Y.. Z.. C0 B-30

E culminando para um círculo de raio 10.


N1 X0 Z10 C0 B0
N2 X1.736 Z9.8480 C0 B10
N3 X3.420 Z9.3969 C0 B20
N4 X5 Z8.660 C0 B30
...

Se a peça gira 90º em relação ao eixo C, o resulatado será um círculo no plano YZ.
#CS NEW[MODE1,0,0,0,0,0,90]
Z
10º ; Rotação de 90º sobre o eixo C.
8 7 6 #CSROT ON
9 5
1 2 N1 X0 Z10 C0 B0
10 3
4 N2 X1.736 Z9.8480 C0 B10
; Ponto de descontinuidade.
; Solução 1: C90 B10.
; Solução 2: C-90 B-10.
N3 X3.420 Z9.3969 C0 B20
N4 X5 Z8.660 C0 B30
M30
Y

No bloco N2 existe uma descontinuidade de percurso entre o programado e o calculado


maior do que 5°, que é o valor padrão para o ângulo programável na instrução #DEFROT.
Em função do critério que selecionamos, poderemos optar pela solução 1 ou 2 e, a partir
daí, seguir nos posicionando no restante dos blocos.
• Com #DEFROT [DPOSF] (direção positiva do eixo principal), optamos pela solução 1
e os posicionamentos resultantes dos eixos rotativos serão os seguintes.
N2 C90 B10
N3 C90 B20
N4 C90 B30
• Com #DEFROT [DNEF] (direção negativa do eixo principal), optamos pela solução 2 e
os posicionamentos resultantes dos eixos rotativos serão os seguintes.
N2 C-90 B-10
N3 C-90 B-20
N4 C-90 B-30

Se na definição do critério em #DEFROT optamos por WARNING (dar warning e gerar um


stop), o CNC selecionará a solução em função do critério escolhido. O CNC também
oferecerá a opção de mudar de uma opção para outra no referido bloco de movimento, tanto
na sua orientação inicial como na final, através de uma tela interativa.
CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·384·
Manual de program a çã o.

20.10 Seleção dos eixos rotativos que posicionam a ferramenta em


cinemáticas tipo 52.

A instrução #SELECT ORI permite selecionar sobre quais eixos rotativos da cinemática são
feitos os cálculos da orientação da ferramenta, para uma direção dada sobre a peça.

A cinemática 52 dispõe como máximo dois eixos rotativos no spindle e dois eixos rotativos
na mesa, o que implica que pode haver até quatro eixos rotativos para orientar a ferramenta
sobre a peça. Como consequência, no cálculo da posição dos eixos rotativos para orientar

20.
a ferramenta existe sempre múltiplas soluções. O cálculo de orientação da ferramenta sobre
a peça ocorre sempre nas seguintes instruções:
• #CS. Definir e selecionar o sistema de coordenadas de usinagem (plano

CINEMÁTICAS E TRANSFORMAÇÃO DE COORDENADAS


Seleção dos eixos rotativos que posicionam a ferramenta em
cinemáticas tipo 52.
inclinado).
• #ACS. Definir e selecionar o sistema de coordenadas de fixação.
• #TOOL ORI. Orientar a ferramenta perpendicular ao plano de trabalho.
• #CSROT. Orientação da ferramenta no sistema de coordenadas peça.

Programação.
No momento de definir esta instrução, deve-se definir os dois eixos rotativos que intervêm
no cálculao da posição.

Formato de programação.
O formato de programação é o seguinte; entre chaves se mostra a lista de argumentos.
#SELECT ORI [{ROT1}, {ROT2}]
{ROT1} Eixo rotativo da cinemática.
{ROT2} Eixo rotativo da cinemática.

Ambos os argumentos são definidos por meio dos seguintes comandos: HEAD1 (primeiro
eixo do spindle), HEAD2 (segundo eixo do spindle), TABLE1 (primeiro eixo da mesa),
TABLE2 (segundo eixo da mesa). É permitida qualquer ordem de programação.

#SELECT ORI [HEAD1, HEAD2]


Valor padrão.
As instruções de orientação da ferramenta trabalham sobre o primeiro e o segundo
eixo do spindle, deixando os eixos da mesa em sua posição atual.
#SELECT ORI [HEAD1, TABLE1]
As instruções de orientação da ferramenta trabalham sobre o primeiro eixo do spindle
e o primeiro eixo da mesa, deixando os outros dois eixos rotativos da cinemática em
sua posição atual.
#SELECT ORI [HEAD2, TABLE1]
As instruções de orientação da ferramenta trabalham sobre o segundo eixo do spindle
e o primeiro eixo da mesa, deixando os outros dois eixos rotativos da cinemática em
sua posição atual.

Considerações.
A instrução é modal. No momento em que se liga, depois de ser executado M02 ou M30,
e depois de uma EMERGÊNCIA ou um RESET, a instrução assume o seu valor padrão;
#SELECT ORI [HEAD1, HEAD2].
CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·385·
Manual de programação.

20.11 Transformar o zero peça atual levando em conta a posição da


cinemática da mesa.

Nas cinemáticas de sete eixos de spindle-mesa ou de cinco eixos de mesa, sem rotação
do sistema de coordenadas, pode ser necessário pegar um zero peça com os eixos da mesa
em qualquer posição, para poder utilizá-lo posteriormente quando se ativar o RTCP da
cinemática com a opção de manter o zero peça sem rotação do sistema de coordenadas.

A instrução #KINORG permite transformar o zero peça ativo em um novo zero peça que

20.
leve em conta a situação da mesa. Após executar esta instrução, as seguintes variáveis
oferecem os valores do zero peça transformado, considerando a posição da mesa.

Variável. Significado.
CINEMÁTICAS E TRANSFORMAÇÃO DE COORDENADAS

cinemática da mesa.
Transformar o zero peça atual levando em conta a posição da

(V.)[ch.]G.KINORG1 Posição do zero peça transformado pela instrução #KINORG, levando em


consideração a posição da mesa, no primeiro eixo do canal.

(V.)[ch.]G.KINORG2 Posição do zero peça transformado pela instrução #KINORG, considerando


a posição da mesa, no segundo eixo do canal.

(V.)[ch.]G.KINORG3 Posição do zero peça transformado pela instrução #KINORG, considerando


a posição da mesa, no terceiro eixo do canal.

Armazenar o valor destas variáveis na tabela de translações para dispor deste zero peça
e poder ativá-lo em qualquer momento.

Programação.
Programar a instrução sozinha no bloco.

Formato de programação.

O formato de programação é o seguinte:


#KINORG

#KINORG

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·386·
Manual de program a çã o.

20.11.1 Processo para armazenar um zero peça com os eixos da mesa em


qualquer posição.

Os seguintes passos são válidos tanto para a cinemática de mesa tipo 51, como para a
cinemática de spindle-mesa tipo 52 e as mesas padrão com parâmetro TDATA17=1.
1 Ativar a cinemática (#KIN ID [ ]).
2 Se for mais fácil para a medição, na cinemática tipo 52 (mesa-spindle) pode-se ativar
somente o RTCP da parte do spindle.
3 Colocar os eixos rotativos do spindle e da mesa na posição desejada para a medição
do zero peça. Realizar a medição e ativar o zero peça no ponto desejado em X-Y-Z
(G92).
20.

CINEMÁTICAS E TRANSFORMAÇÃO DE COORDENADAS

cinemática da mesa.
Transformar o zero peça atual levando em conta a posição da
4 A partir do zero peça atual, e sem mover os eixos rotativos da mesa, calcular as variáveis
referidas ao zero peça que levem em conta a situação atual do spindle e da mesa
(#KINORG).
5 Em qualquer momento, após executar #KINORG, armazenar o novo zero peça
calculado na tabela de translações.
V.A.ORGT[n].X = V.G.KINORG1
V.A.ORGT[n].Y = V.G.KINORG2
V.A.ORGT[n].Z = V.G.KINORG3

Os passos necessários para ativar e trabalhar com este zero peça, com a cinemática de
spindle-mesa ou mesa, sem rotação do sistema de coordenadas, mantendo o zero peça,
são os seguintes.
1 Ativar o zero peça no qual foram armazenados os valores (G159=n).
2 Ativar a cinemática.
3 Ativar o RTCP.
• Cinemática tipo 52: Ativar o RTCP completo (TDATA52=0) e sem rotação do
sistema de coordenadas (TDATA51=1).
• Cinemática tipo 51: Ativar o RTCP sem rotação do sistema de coordenadas
(TDATA31=1).

As variáveis da cinemática que se aplicam para cada TDATA, são o resultado da soma do valor mais
i o offset, definidos na tabela de parâmetros da máquina. O valor vem estabelecido pelo OEM e o offset
é um valor que pode ser alterado pelo usuário.

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·387·
Manual de programação.

20.11.2 Exemplo para manter o zero peça sem rotacionar o sistema de


coordenadas.

O seguinte exemplo mostra uma possível sequência de passos, para que o zero peça
medido possa ser conservado e recuperado após ativar-se o RTCP com a opção de manter
o zero peça e sem rotacionar o sistema de coordenadas. O zero peça poderá ser ativado
com os eixos rotativos em qualquer posição, tanto do spindle como da mesa.

O exemplo utiliza uma cinemática vetorial spindle-mesa do tipo 52, definida na terceira
tabela de cinemáticas. Os eixos rotativos do spindle são A-B e os eixos rotativos da mesa

20. U-V.
1 Ativar a cinemática.
CINEMÁTICAS E TRANSFORMAÇÃO DE COORDENADAS

cinemática da mesa.
Transformar o zero peça atual levando em conta a posição da

#KIN ID [3]

2 Ativar o RTCP só da parte do spindle (opcional). Esta opção permite trabalhar


comodamente, levando em conta a ponta da ferramenta e movendo os eixos X-Y-Z
alinhados em relação aos eixos máquina.

V.G.OFTDATA3[52]=1
(Aplicar RTCP só para a parte do spindle)
#RTCP ON

3 Medir o ponto de referência. Mover os eixos rotativos, tanto do spindle como da mesa,
para a posição desejada para medir em X-Y-Z o zero peça.

A_ B_ U_ V_
X_ Y_ Z_

4 Ativar o zero peça no ponto desejado em X-Y-Z.

G92 X_ Y_ Z_

5 Transformar o zero peça atual, sem mover os eixos rotativos da mesa, em um novo
conjunto de valores que levem em consideração a posição da mesa.

#KINORG

6 Armazenar os valores calculados, na tabela de origens; por exemplo, em G55 (G159=2).

V.A.ORGT[2].X = V.G.KINORG1
V.A.ORGT[2].Y = V.G.KINORG2
V.A.ORGT[2].Z = V.G.KINORG3

7 Mover os eixos para qualquer posição e prosseguir fazendo os processos desejados.

Para ativar o RTCP mantendo o zero peça medido e sem rotação do sistema de
coordenadas, com os eixos rotativos e lineares em qualquer posição, seguir os seguintes
passos.
1 Desativar o RTCP, se estiver ativo.

#RTCP OFF

2 Ativar a cinemática se há outra ativa.

#KIN ID [3]

3 Ativar o zero peça onde está salvo o KINORG; neste caso, G55.
CNC 8060
G55
CNC 8065
4 Ativar o RTCP completo, levando em conta o spindle e a mesa, e sem rotacionar o
sistema de coordenadas.

V.G.OFTDATA3[52]=0
(REF: 1901)
(Aplicar RTCP completo; mesa e spindle)
V.G.OFTDATA3[51]=1
(RTCP sem rotação do sistema de coordenadas)
#RTCP ON

·388·
Manual de program a çã o.

20.12 Resumo das variáveis associadas às cinemáticas.

As seguintes variáveis são acessíveis a partir do programa peça e a partir do modo


MDI/MDA. Para cada uma delas se indica se o acesso é de leitura (R) ou de escrita (W).

Variáveis relacionadas com a cinemática ativa.

Variáveis R/W Significado.

V.G.KINTYPE R Tipo de cinemática ativa.

V.G.NKINAX

V.G.SELECTORI
R

R
Número de eixos da cinemática ativa.

Eixos rotativos selecionados para posicionar a ferramenta


20.
(instrução #SELECT ORI).

CINEMÁTICAS E TRANSFORMAÇÃO DE COORDENADAS


Resumo das variáveis associadas às cinemáticas.
V.G.CSROTST R Estado da función #CSROT.

Variáveis relacionadas com a posição dos eixos rotativos da cinemática (1).

Estas variáveis indicam a posição dos eixos rotativos da cinemática.

Variáveis R/W Significado.

V.G.POSROTF R/W Posição atual do primeiro eixo rotativo da cinemática.

V.G.POSROTS R/W Posição atual do segundo eixo rotativo da cinemática.

V.G.POSROTT R/W Posição atual do terceiro eixo rotativo da cinemática.

V.G.POSROTO R/W Posição atual do quarto eixo rotativo da cinemática.

Variáveis relacionadas com a posição dos eixos rotativos da cinemática (2).

Estas variáveis indicam a posição que devem ocupar os eixos rotativos da cinemática para
situar a ferramenta perpendicular ao plano inclinado definido. Estas variáveis são de grande
utilidade quando o spindle não está motorizado totalmente (spindles mono-rotativos ou
manuais). Estas variáveis são atualizadas pelo CNC cada vez que se seleciona um novo
plano, por meio das instruções #CS ou #ACS.

Como a solução não é única para o caso dos spindles angulares, são fornecidas as duas
soluções possíveis: a que implica menor movimento do rotativo principal em relação à
posição zero (solução 1) e a que implica maior movimento do rotativo principal em relação
à posição zero (solução 2).

Variáveis R/W Significado.

V.G.TOOLORIF1 R Posição (coordenadas máquina) a ser ocupada pelo primeiro eixo


rotativo para colocar a ferramenta perpendicular ao plano inclinado,
conforme a solução 1.

V.G.TOOLORIF2 R Posição (coordenadas máquina) a ser ocupada pelo primeiro eixo


rotativo para colocar a ferramenta perpendicular ao plano inclinado,
conforme a solução 2.

V.G.TOOLORIS1 R Posição (coordenadas máquina) a ser ocupada pelo segundo eixo


rotativo para colocar a ferramenta perpendicular ao plano inclinado,
conforme a solução 1.

V.G.TOOLORIS2 R Posição (coordenadas máquina) a ser ocupada pelo segundo eixo


rotativo para colocar a ferramenta perpendicular ao plano inclinado,
conforme a solução 2.

V.G.TOOLORIT1 R Posição (coordenadas máquina) a ser ocupada pelo terceiro eixo


rotativo para colocar a ferramenta perpendicular ao plano inclinado,
conforme a solução 1.
CNC 8060
V.G.TOOLORIT2 R Posição (coordenadas máquina) a ser ocupada pelo terceiro eixo
rotativo para colocar a ferramenta perpendicular ao plano inclinado,
CNC 8065
conforme a solução 2.

V.G.TOOLORIO1 R Posição (coordenadas máquina) a ser ocupada pelo quarto eixo


rotativo para colocar a ferramenta perpendicular ao plano inclinado,
conforme a solução 1. (REF: 1901)

V.G.TOOLORIO2 R Posição (coordenadas máquina) a ser ocupada pelo quarto eixo


rotativo para colocar a ferramenta perpendicular ao plano inclinado,
conforme a solução 2.

·389·
Manual de programação.

O posicionamento para que a ferramenta fique perpendicular ao plano definido deve ser feito
em cotas de máquina, uma vez que o CNC fornece a solução em cotas de máquina, ou por
meio da instrução #TOOL ORI e movimento de algum eixo.
Opção 1. Movimento em cotas de máquina com a solução dada.
#MCS ON
G01B[V.G.TOOLORIF1] C[V.G.TOOLORIS1] F1720
#MCS OFF
Opção 2. Colocar o plano de trabalho perpendicular à ferramenta no próximo
movimento após #TOOL ORI.

20. #TOOL ORI


G01 X0 Y0 Z40
CINEMÁTICAS E TRANSFORMAÇÃO DE COORDENADAS
Resumo das variáveis associadas às cinemáticas.

Variáveis relacionadas com a opção CSROT (orientação da ferramenta no sistema de


coordenadas peça).

Variáveis R/W Significado.

V.G.CSROTST R Estado da función #CSROT.

V.G.CSROTF1[1] R Posição (coordenadas máquina) calculada para o primeiro eixo


rotativo da cinemática no início do bloco, para a solução 1 do modo
#CSROT.

V.G.CSROTF1[2] R Posição (coordenadas máquina) calculada para o primeiro eixo


rotativo da cinemática no final do bloco, para a solução 1 do modo
#CSROT.

V.G.CSROTS1[1] R Posição (coordenadas máquina) calculada para o segundo eixo


rotativo da cinemática no início do bloco, para a solução 1 do modo
#CSROT.

V.G.CSROTS1[2] R Posição (coordenadas máquina) calculada para o segundo eixo


rotativo da cinemática no final do bloco, para a solução 1 do modo
#CSROT.
V.G.CSROTT1[1] R Posição (coordenadas máquina) calculada para o terceiro eixo
rotativo da cinemática no início do bloco, para a solução 1 do modo
#CSROT.
V.G.CSROTT1[2] R Posição (coordenadas máquina) calculada para o terceiro eixo
rotativo da cinemática no final do bloco, para a solução 1 do modo
#CSROT.

V.G.CSROTO1[1] R Posição (coordenadas máquina) calculada para o quarto eixo


rotativo da cinemática no início do bloco, para a solução 1 do modo
#CSROT.

V.G.CSROTO1[2] R Posição (coordenadas máquina) calculada para o quarto eixo


rotativo da cinemática no final do bloco, para a solução 1 do modo
#CSROT.

V.G.CSROTF2[1] R Posição (coordenadas máquina) calculada para o primeiro eixo


rotativo da cinemática no início do bloco, para a solução 2 do modo
#CSROT.
V.G.CSROTF2[2] R Posição (coordenadas máquina) calculada para o primeiro eixo
rotativo da cinemática no final do bloco, para a solução 2 do modo
#CSROT.

V.G.CSROTS2[1] R Posição (coordenadas máquina) calculada para o segundo eixo


rotativo da cinemática no início do bloco, para a solução 2 do modo
#CSROT.
V.G.CSROTS2[2] R Posição (coordenadas máquina) calculada para o segundo eixo
rotativo da cinemática no final do bloco, para a solução 2 do modo
CNC 8060 #CSROT.
CNC 8065
V.G.CSROTT2[1] R Posição (coordenadas máquina) calculada para o terceiro eixo
rotativo da cinemática no início do bloco, para a solução 2 do modo
#CSROT.

V.G.CSROTT2[2] R Posição (coordenadas máquina) calculada para o terceiro eixo


(REF: 1901) rotativo da cinemática no final do bloco, para a solução 2 do modo
#CSROT.

V.G.CSROTO2[1] R Posição (coordenadas máquina) calculada para o quarto eixo


rotativo da cinemática no início do bloco, para a solução 2 do modo
#CSROT.

·390·
Manual de program a çã o.

Variáveis R/W Significado.

V.G.CSROTO2[2] R Posição (coordenadas máquina) calculada para o quarto eixo


rotativo da cinemática no final do bloco, para a solução 2 do modo
#CSROT.

V.G.CSROTF[1] R/W Posição (coordenadas máquina) a ocupar pelo primeiro eixo


rotativo da cinemática no início do bloco, para o modo #CSROT.
V.G.CSROTF[2] R/W Posição (coordenadas máquina) a ocupar pelo primeiro eixo
rotativo da cinemática no final do bloco, para o modo #CSROT.

V.G.CSROTS[1]

V.G.CSROTS[2]
R/W

R/W
Posição (coordenadas máquina) do segundo eixo rotativo no início
do bloco, para o modo #CSROT.

Posição (coordenadas máquina) a ocupar pelo segundo eixo


20.

CINEMÁTICAS E TRANSFORMAÇÃO DE COORDENADAS


Resumo das variáveis associadas às cinemáticas.
rotativo no final do bloco, para o modo #CSROT.
V.G.CSROTT[1] R/W Posição (coordenadas máquina) a ocupar pelo terceiro eixo rotativo
no início do bloco, para o modo #CSROT.

V.G.CSROTT[2] R/W Posição (coordenadas máquina) a ocupar pelo terceiro eixo rotativo
no final do bloco, para o modo #CSROT.
V.G.CSROTO[1] R/W Posição (coordenadas máquina) a ocupar pelo quarto eixo rotativo
no início do bloco, para o modo #CSROT.

V.G.CSROTO[2] R/W Posição (coordenadas máquina) a ocupar pelo quarto eixo rotativo
no final do bloco, para o modo #CSROT.
Variáveis relacionadas com a opção KINORG (posição do zero peça atual transformado, levando
em conta a posição da cinemática da mesa).

Variável. R/W Significado.


(V.)[ch.]G.KINORG1 R Posição do zero peça transformado pela instrução #KINORG,
levando em consideração a posição da mesa, no primeiro eixo do
canal.

(V.)[ch.]G.KINORG2 R Posição do zero peça transformado pela instrução #KINORG,


considerando a posição da mesa, no segundo eixo do canal.

(V.)[ch.]G.KINORG3 R Posição do zero peça transformado pela instrução #KINORG,


considerando a posição da mesa, no terceiro eixo do canal.

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·391·
·392·
20.
CINEMÁTICAS E TRANSFORMAÇÃO DE COORDENADAS

(REF: 1901)
CNC 8065
CNC 8060
Resumo das variáveis associadas às cinemáticas.
Manual de programação.
21
21. HSC. USINAGEM A ALTA
VELOCIDADE.

Atualmente muitas peças são desenhadas por meio de sistemas de CAD/CAM. Este tipo
de informação é posteriormente pós-processada para gerar um programa de CNC,
tipicamente formado por um grande número de blocos de todo o tipo de tamanhos, desde
vários milímetros até umas poucas décimas de mícron.

Neste tipo de peças é fundamental a capacidade do CNC para analisar um grande


quantidade de pontos por diante, de forma que seja capaz de gerar uma trajetória contínua
que passe pelos pontos do programa (ou pela sua proximidade) e mantendo na medida do
possível o avanço programado e as restrições de aceleração máxima, jerk, etc. de cada eixo
e da trajetória.

Modo HSC por padrão.


A ordem para executar programas formados por muitos blocos pequenos, típicos da
usinagem a alta velocidade, se realiza por meio de uma única instrução, #HSC. Esta função
oferece diferentes modos de trabalho: otimizando o acabamento superficial (modo
SURFACE), otimizando o erro de contorno (modo CONTERROR) ou a velocidade de
avanço da usinagem (modo FAST).

O modo de usinagem padrão é definido no parâmetro HSCDEFAULTMODE, onde a Fagor


oferece o modo SURFACE como modo padrão. Os algoritmos mais sofisticados do modo
SURFACE fazem com que as usinagens sejam mais precisas. Paralelamente, o CNC
controla de uma maneira muito mais suave o movimento da máquina, reduzindo de forma
notável as vibrações originadas pela geometria da peça ou pela dinâmica da máquina. A
redução das vibrações da máquina tem como consequência um aumento na qualidade
superficial das peças usinadas.

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·393·
Manual de programação.

21.1 Recomendações para a usinagem.

Seleção do erro cordal no CNC e no processado posteriormente


CAM.
Como se mencionou, o CNC introduz um erro entre a peça programada e a resultante, nunca
superior ao valor programado. Por outro lado, o sistema de CAM ao processar a peça
original e transformar as trajetórias num programa CNC também gera um erro. O erro

21. resultante pode chegar a ser a soma dos dois, portanto será necessário repartir o erro
máximo desejado entre os dois processos.

A seleção de um erro cordal grande na geração do programa e um erro cordal pequeno em


Recomendações para a usinagem.
HSC. USINAGEM A ALTA VELOCIDADE.

sua execução, levam a uma execução mais lenta e de pior qualidade. Neste caso aparecerá
o efeito de faceteado, porque o CNC segue perfeitamente o poliedro gerado pelo CAM. É
recomendável processar posteriormente no CAM com um erro menor que o desejado para
a usinagem HSC (entre 10% ou 20%). Por exemplo, para um erro máximo de 50 mícrons,
deveríamos processar posteriormente com 5 ou 10 mícrons de erro e programar no
comando HSC os 50 mícrons (#HSC ON [CONTERROR, E0.050]). Esta forma de
processamento posterior permita ao CNC modificar o perfil respeitando as dinâmicas de
cada eixo, sem produzir efeitos indesejáveis como as facetas. Se o processamento posterior
no CAM é realizado com um erro igual ao desejado, e é programado um erro muito pequeno
em HSC CONTERROR, o resultado obtido é que o CNC segue fielmente as facetas geradas
pelo CAM.

Procesamento posterior no CAM com um erro inferior ao desejado para a usinagem com HSC.

Trajetória desejada.

e
Trajetória gerada pelo CAM.

e = Erro gerado pelo CAM.

Trajetória usinada pelo CNC.

Processamento posterior no CAM com um erro igual ao desejado, e usinagem HSC com um erro
programado (CONTERROR) muito pequeno.

Trajetória desejada.
e

Trajetória gerada pelo CAM.

e = Erro gerado pelo CAM.

Trajetória usinada pelo CNC.

O programa de usinagem.
Devido ao CNC trabalhar com precisão de nanômetros, é possível obter-se melhores
resultados se as cotas possuírem entre 4 ou 5 casas decimais do que se tiverem só 2 ou 3.
CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·394·
Manual de program a çã o.

21.2 Sub-rotinas do usuário G500-G501 para ativar/cancelar o HSC.

O CNC permite ao usuário definir até 100 sub-rotinas, comuns a todos os canais, e que
estarão associadas às funções G500 a G599, de modo que quando o CNC execute uma
destas funções, executará a sub-rotina que possui associada.

As sub-rotinas G500 e G501 são pré-configuradas pela Fagor para desativar e ativar o HSC
no modo SURFACE (modo recomendado pela Fagor). As duas sub-rotinas podem ser
modificadas pelo usuário.

Sub-rotina.

G500
Significado.

Cancelamento de HSC.
21.

Sub-rotinas do usuário G500-G501 para ativar/cancelar o HSC.


HSC. USINAGEM A ALTA VELOCIDADE.
G501 Ativação do HSC no modo SURFACE.

Sub-rotinas fornecidas pela Fagor.

As sub-rotinas associadas às funções serão sub-rotinas globais, e terão o mesmo nome que
a função, sem extensão. As sub-rotinas deverão estar definidas na pasta ..\Users\Sub. Se
o CNC executa uma função e não existe a sub-rotina, o CNC fornecerá um erro.
G500 terá associada a sub-rotina G500.
G501 terá associada a sub-rotina G501.

Estas funções podem ser programadas em qualquer parte do programa, e permitem


inicializar os parâmetros locais da sub-rotina.

Programação das sub-rotinas.


O formato de programação é o seguinte: entre chaves mostra-se a lista de argumentos, que
serão os parâmetros para inicializar os parâmetros locais da sub-rotina. Os colchetes
angulares (sinais de maior e menor) indicam que todos os argumentos sãos opcionais.
G501 <A{%aceleração}> <E{erro}> <J{%jerk}> <M{modo}>
A Opcional. Porcentagem de aceleração.
E Opcional. Erro cordal máximo permitido (milímetros ou polegadas).
J Opcional. Porcentagem de pulos (jerk).
M Opcional. Modo HSC (1=SURFACE; 2=FAST; 3=CONTERROR).

G501
(Aceleração = 100%)
(Erro cordal = parâmetro de máquina HSCROUND)
(Jerk = 100%)
(Modo = parâmetro de máquina HSCDEFAULTMODE)

G501 A97.5 E0.01 M1


(Aceleração = 97.5%)
(Erro cordal = 0.01)
(Jerk = 100%)
(Modo = SURFACE)

Sub-rotina G500 fornecida pela Fagor (pode ser modificada pelo usuário).

; Cancelamento de HSC
#ESBLK CNC 8060
G131 100 ; % de aceleração global. CNC 8065
G133 100 ; % de pulos (jerk) global.
#HSC OFF
#RETDSBLK

(REF: 1901)

·395·
Manual de programação.

Sub-rotina G501 fornecida pela Fagor (pode ser modificada pelo usuário).

; -----------------------------------------
; -----------------------------------------
; HSC ACTIVATION
;
; OPTIONAL PARAMETERS
;
; E - CONTOUR TOLERANCE
; A - % ACCELERATION

21. ; J - % JERK
; M - HSCMODE
; 1 SURFACE
HSC. USINAGEM A ALTA VELOCIDADE.
Sub-rotinas do usuário G500-G501 para ativar/cancelar o HSC.

; 2 FAST
; 3 CONTERROR
;
; -----------------------------------------
; -----------------------------------------
#ESBLK
#HSC OFF
#PATHND ON
; --------------------HSC MODE ------------
$IF V.C.PCALLP_M
$IF [P12 == 1]
#HSC ON [SURFACE]
$ELSEIF [P12 == 2]
#HSC ON [FAST]
$ELSEIF [P12 == 3]
#HSC ON [CONTERROR]
$ENDIF
$ELSE
#HSC ON
$ENDIF
; --------------------CONTOUR TOLERANCE----
$IF V.C.PCALLP_E
#HSC ON [EP4]
$ENDIF
; --------------------ACCELERATION --------
$IF V.C.PCALLP_A
G131 P0
$ELSE
G131 100
$ENDIF
; --------------------JERK-----------------
$IF V.C.PCALLP_J
G133 P9
$ELSE
G133 100
$ENDIF
#RETDSBLK

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·396·
Manual de program a çã o.

21.2.1 Exemplo alternativo para as funções G500-G501 fornecidas pela Fagor.

As sub-rotinas G500 fornecidas pela Fagor podem ser modificadas pelo usuário. A seguir
é mostrado outro exemplo para ativar e desativar o HSC utilizando-se três sub-rotinas.

Sub-rotina. Significado.

G500 Cancelar o HSC.

G501 Ativação do HSC no modo FAST.

21.
G502 Ativação do HSC no modo SURFACE.

Sub-rotinas do usuário G500-G501 para ativar/cancelar o HSC.


HSC. USINAGEM A ALTA VELOCIDADE.
Programação das sub-rotinas.
O formato de programação é o seguinte: entre chaves são mostrados os argumentos e entre
colchetes angulares os que são opcionais. Nestas sub-rotinas, todos os argumentos são
opcionais.
G501 <A{%aceleração}> <E{erro}>
G502 <A{%aceleração}> <E{erro}>
A Opcional. Porcentagem de aceleração.
E Opcional. Erro cordal máximo permitido (milímetros ou polegadas).

G501
(Aceleração = 100%)
(Erro cordal = Duas vezes o valor definido no parâmetro de máquina HSCROUND)
G501 A97.5 E0.01
(Aceleração = 97.5%)
(Erro cordal = 0.01)

G502
(Aceleração = 100%)
(Erro cordal = Parâmetro de máquina HSCROUND)

Exemplo de sub-rotina G500. Cancelar o HSC.

;-------------------------------------------------------------------------
;-------------------------------------------------------------------------
; HSC DEACTIVATION
;-------------------------------------------------------------------------
;-------------------------------------------------------------------------
#ESBLK
G131 100 ;% acceleration
G133 100 ;% deceleration
V.G.DYNOVR = 100 ;%Dynamic override
#PATHND OFF
#HSC OFF

#RETDSBLK

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·397·
Manual de programação.

Exemplo de sub-rotina G501. Ativação do HSC no modo FAST.

;-------------------------------------------------------------------------
;-------------------------------------------------------------------------
; HSC ROUGHING ACTIVATION
; E - Contour Tolerance
; A - % Acceleration
;-------------------------------------------------------------------------
;-------------------------------------------------------------------------
#ESBLK

21. #HSC OFF


#PATHND ON
HSC. USINAGEM A ALTA VELOCIDADE.
Sub-rotinas do usuário G500-G501 para ativar/cancelar o HSC.

$IF V.C.PCALLP_A
G131 P0
$ELSE
G131 100
$ENDIF

$IF V.C.PCALLP_E == 0
P4 = 2 * V.MPG.HSCROUND
$ENDIF

#HSC ON [FAST, EP4]


V.G.DYNOVR = 120

#RETDSBLK

Exemplo de sub-rotina G502. Ativação do HSC no modo SURFACE.

;-------------------------------------------------------------------------
;-------------------------------------------------------------------------
; HSC FINISHING ACTIVATION
; E - Contour Tolerance
; A - % Acceleration
;-------------------------------------------------------------------------
;-------------------------------------------------------------------------
#ESBLK
#HSC OFF
V.G.DYNOVR = 100
#PATHND ON

$IF V.C.PCALLP_E == 0
P4 = V.MPG.HSCROUND
$ENDIF
$IF V.C.PCALLP_A
G131 P0
$ELSE
G131 100
$ENDIF

#HSC ON [SURFACE, EP4]

#RETDSBLK

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·398·
Manual de program a çã o.

21.3 Modo HSC SURFACE. Otimização do acabamento superficial.

É o modo recomendado de trabalho. Este modo otimiza o perfil de velocidad por meio de
algoritmos inteligentes que detectam alterações de curvatura.

Este modo proporciona bons resultados em tempo e em qualidade superficial solucionando


problemas de asperezas que podem surgir em função do perfil a usinar. Este modo é ótimo
para operações de acabamento nas quais se prime pela qualidade superficial.

Ativação do modo HSC. 21.


Programar a instrução sozinha no bloco. A ativação deste modo se realiza por meio da

Modo HSC SURFACE. Otimização do acabamento superficial.


HSC. USINAGEM A ALTA VELOCIDADE.
instrução #HSC ON e o comando SURFACE.

Formato de programação.

O formato de programação é o seguinte: entre chaves são mostrados os argumentos e entre


colchetes angulares os que são opcionais.
#HSC ON [<SURFACE> <,E{erro}> <,CORNER{ângulo}> <,RE{erro}>
<,SF{frequência}> <,AXF{frequência}> <,OS{frequência}>]
SURFACE Opcional. Modo HSC.
E{erro} Opcional. Erro cordal máximo permitido.
Unidades: Milímetros ou polegadas.
CORNER{ângulo} Opcional. Ângulo máximo para canto vivo.
Unidades: Entre 0 e 180º.
RE{erro} Opcional. Erro máximo nos eixos rotativos.
Unidades: Graus.
SF{frequência} Opcional. Frequência do filtro de trajetória para slope linear.
Unidades: Hertz.
AXF{frequência} Opcional. Frequência do filtro de eixos.
Unidades: Hertz.
OS{frequência} Opcional. Suavização da orientação dos eixos rotativos trabalhando com
RTCP.
Unidades: ms.

#HSC ON
(Modo SURFACE, se for o modo padrão)
(Erro cordal = parâmetro de máquina HSCROUND)
(Ângulo = parâmetro de máquina CORNER)
(Error RE = parâmetro máquina MAXERROR)
(Filtro SF = parâmetro máquina SOFTFREQ)
(Filtro AXF = parâmetro de máquina SURFFILTFREQ)
(Filtro OS = parâmetro de máquina ORISMOOTH)

#HSC ON [SURFACE]
(Erro cordal = parâmetro de máquina HSCROUND)
(Ângulo = parâmetro de máquina CORNER)

#HSC ON [SURFACE, E0.01]


(Erro cordal = 0.01)
(Ângulo = parâmetro de máquina CORNER)

#HSC ON [SURFACE, E0.01, CORNER150]


(Erro cordal = 0.01) CNC 8060
(Ângulo = 150º)
CNC 8065
#HSC ON [SURFACE, CORNER150]
(Erro cordal = parâmetro de máquina HSCROUND)
(Ângulo = 150º)
(REF: 1901)

Modo HSC.

Somente é preciso selecionar o modo de trabalho quando este não é o modo padrão
(parâmetro HSCDEFAULTMODE).

·399·
Manual de programação.

Erro cordal máximo permitido.

O comando E define o erro de contorno máximo permitido entre a trajetória programada e


a trajetória resultante (milímetros ou polegadas). Este comando é aplicado aos três
primeiros eixos lineares do canal. Sua programação é opcional; se não for programado, o
CNC assume como erro de contorno máximo o definido no parâmetro de máquina
HSCROUND.

Ângulo máximo para canto vivo.

21.
O comando CORNER define o ângulo máximo entre duas trajetórias (entre 0º e 180º),
abaixo do qual o CNC usina em canto vivo. Sua programação é opcional; se não for
programado, o CNC assume o ângulo definido no parâmetro de máquina CORNER.
HSC. USINAGEM A ALTA VELOCIDADE.
Modo HSC SURFACE. Otimização do acabamento superficial.

Erro máximo nos eixos rotativos.

O comando RE define o erro em todos os eixos rotativos e nos eixos lineares (exceto os
três primeiros eixos do canal). Sua programação é opcional; se não for programado, o CNC
assume como erro máximo o maior entre o parâmetro de máquina MAXERROR e o
comando E.

Frequência do filtro de trajetória para slope linear.

O comando SF permite aplicar filtros diferentes aos definidos nos parâmetros máquina.
Reduzir o valor deste comando para obter um movimento mais suave e ligeiramente mais
lento, sem perder precisão.

A programação do comando SF é opcional; se não for programado, o CNC assume como


frequência do filtro a frequência definida no parâmetro de máquina SOFTFREQ.

Frequência do filtro de eixos no modo HSC.

O comando AXF permite aplicar filtros diferentes aos definidos nos parâmetros máquina.
Reduzir o valor deste comando para obter uma trajetória mais suave e mais rápida, mas
com menor precisão.

A programação do comando AXF é opcional; se não for programado, o CNC assume como
frequência do filtro a frequência definida no parâmetro de máquina SURFFILTFREQ.

Suavização da orientação dos eixos rotativos trabalhando com RTCP.

O comando OS permite suavizar a orientação dos eixos rotativos, sem erro na ponta da
ferramenta, ao trabalhar com RTCP no modo HSC SURFACE. Aumentar o valor deste
comando para obter maior suavidade nos movimentos RTCP.

A programação do comando OS é opcional; se não for programado, o CNC assume o valor


definido no parâmetro de máquina ORISMOOTH.

Considerações.

Comandos E e CORNER.

O CNC mantém o valor dos comandos programados até que seja programado outro
diferente, desative-se o modo HSC, execute-se um reset ou se finalize o programa.

Cada vez que há troca de modo HSC, o CNC mantém os valores programados no modo
anterior para os comandos que não estão programados (por exemplo, o erro de contorno).
Se não existir um modo HSC programado previamente, o CNC assume os valores padrão
para os comandos que não estão programados.
CNC 8060
Exemplo 1.
CNC 8065 #HSC ON [CONTERROR, E0.050]
·
#HSC ON [SURFACE]
(Erro cordal = 0.050)
(REF: 1901)

Comandos RE, SF e AXF.

O CNC mantém o valor dos comandos programados até que seja programado outro
diferente, troque-se ou desative-se o modo HSC, execute-se um reset ou se finalize o
programa.

·400·
Manual de program a çã o.

Cada vez que há troca de modo HSC, o CNC assume os valores padrão, definidos nos
parâmetros máquina.

Executar um modo HSC partindo de condições iniciais.

Para executar um modo HSC partindo de condições iniciais, desativar previamente o modo
anterior. Ver "21.6 Anulação do modo HSC." na página 406.

Exemplo 2.
#HSC ON [CONTERROR, E0.050]

21.
·
#HSC OFF
·
#HSC ON [SURFACE]

Modo HSC SURFACE. Otimização do acabamento superficial.


HSC. USINAGEM A ALTA VELOCIDADE.
(Erro cordal = parâmetro de máquina HSCROUND)

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·401·
Manual de programação.

21.4 Modo HSC CONTERROR. Otimização do erro de contorno.

A partir desta instrução, o CNC modifica a geometria por meio de algoritmos inteligentes
de eliminação de pontos desnecessários e geração automática de polinômios. . Desta forma
o contorno se percorre a um avanço variável em função da curvatura e dos parâmetros
(aceleração e avanço programados) porém sem sair dos limites de erro impostos.

Programação.
21. Programar a instrução sozinha no bloco. A ativação deste modo se realiza por meio da
instrução #HSC ON e o comando CONTERROR.
Modo HSC CONTERROR. Otimização do erro de contorno.
HSC. USINAGEM A ALTA VELOCIDADE.

Formato de programação.

O formato de programação é o seguinte: entre chaves são mostrados os argumentos e entre


colchetes angulares os que são opcionais.
#HSC ON [<CONTERROR><,E {erro}><,CORNER
{ângulo}>,RE{erro},AXF{frequência}]
CONTERROR Opcional. Modo HSC.
E{erro} Opcional. Erro cordal máximo permitido.
Unidades: Milímetros ou polegadas.
CORNER{ângulo} Opcional. Ângulo máximo para canto vivo.
Unidades: Entre 0 e 180º.
RE{erro} Opcional. Erro máximo nos eixos rotativos.
Unidades: Graus.
AXF{frequência} Opcional. Frequência do filtro de eixos.
Unidades: Hertz.

#HSC ON [CONTERROR]
(Erro cordal = parâmetro de máquina HSCROUND)
(Ângulo = parâmetro de máquina CORNER)
(Error RE = parâmetro máquina MAXERROR)
(Filtro AXF = parâmetro de máquina HSCFILTFREQ)

#HSC ON [CONTERROR, E0.01]


(Erro cordal = 0.01)
(Ângulo = parâmetro de máquina CORNER)

#HSC ON [CONTERROR, E0.01, CORNER150]


(Erro cordal = 0.01)
(Ângulo = 150º)

#HSC ON [CONTERROR, CORNER150]


(Erro cordal = parâmetro de máquina HSCROUND)
(Ângulo = 150º)

Modo HSC.

Somente é preciso selecionar o modo de trabalho quando este não é o modo padrão
(parâmetro HSCDEFAULTMODE).

Erro cordal máximo permitido.

O comando E define o erro de contorno máximo permitido entre a trajetória programada e


CNC 8060 a trajetória resultante (milímetros ou polegadas). Este comando é aplicado aos três
CNC 8065 primeiros eixos lineares do canal. Sua programação é opcional; se não for programado, o
CNC assume como erro de contorno máximo o definido no parâmetro de máquina
HSCROUND.

(REF: 1901)
Ângulo máximo para canto vivo.

O comando CORNER define o ângulo máximo entre duas trajetórias (entre 0º e 180º),
abaixo do qual o CNC usina em canto vivo. Sua programação é opcional; se não for
programado, o CNC assume o ângulo definido no parâmetro de máquina CORNER.

·402·
Manual de program a çã o.

Erro máximo nos eixos rotativos.

O comando RE define o erro em todos os eixos rotativos e nos eixos lineares (exceto os
três primeiros eixos do canal). Sua programação é opcional; se não for programado, o CNC
assume como erro máximo o maior entre o parâmetro de máquina MAXERROR e o
comando E.

Frequência do filtro de eixos no modo HSC.

O comando AXF permite aplicar filtros diferentes aos definidos nos parâmetros máquina.

21.
Sua programação é opcional; se não for programado, o CNC assume como frequência do
filtro a frequência definida no parâmetro máquina HSCFILTFREQ.

Modo HSC CONTERROR. Otimização do erro de contorno.


HSC. USINAGEM A ALTA VELOCIDADE.
Considerações.

Comandos E e CORNER.

O CNC mantém o valor dos comandos programados até que seja programado outro
diferente, desative-se o modo HSC, execute-se um reset ou se finalize o programa.

Cada vez que há troca de modo HSC, o CNC mantém os valores programados no modo
anterior para os comandos que não estão programados (por exemplo, o erro de contorno).
Se não existir um modo HSC programado previamente, o CNC assume os valores padrão
para os comandos que não estão programados.

Exemplo 1.
#HSC ON [CONTERROR, E0.050]
·
#HSC ON [SURFACE]
(Erro cordal = 0.050)

Comandos RE, SF e AXF.

O CNC mantém o valor dos comandos programados até que seja programado outro
diferente, troque-se ou desative-se o modo HSC, execute-se um reset ou se finalize o
programa.

Cada vez que há troca de modo HSC, o CNC assume os valores padrão, definidos nos
parâmetros máquina.

Executar um modo HSC partindo de condições iniciais.

Para executar um modo HSC partindo de condições iniciais, desativar previamente o modo
anterior. Ver "21.6 Anulação do modo HSC." na página 406.

Exemplo 2.
#HSC ON [CONTERROR, E0.050]
·
#HSC OFF
·
#HSC ON [SURFACE]
(Erro cordal = parâmetro de máquina HSCROUND)

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·403·
Manual de programação.

21.5 Modo HSC FAST. Otimização da velocidade de avanço de


usinagem.

Além das recomendações para a geração dos programas no CAM, é possível ter programas
já gerados que não sigam uma continuidade entre o erro gerado pelo CAM, o tamanho de
bloco e o erro requerido pela função HSC. Para este tipo de programa, o modo HSC dispõe
de um modo rápido no qual o CNC gera trajetórias tentando recuperar essa continuidade
e assim poder trabalhar sobre uma superfície mais suave e obter uma velocidade de avanço
mais contínua.

21.
Programação.
Modo HSC FAST. Otimização da velocidade de avanço de
usinagem.
HSC. USINAGEM A ALTA VELOCIDADE.

Programar a instrução sozinha no bloco. A ativação deste modo se realiza por meio da
instrução #HSC ON e o comando FAST.

Formato de programação.

O formato de programação é o seguinte: entre chaves são mostrados os argumentos e entre


colchetes angulares os que são opcionais.
#HSC ON [<FAST> <,E {erro}> <,CORNER {ângulo}> <,RE{erro}> <,SF{frequência}>
<,AXF{frequência}]
FAST Opcional. Modo HSC.
E{erro} Opcional. Erro cordal máximo permitido.
Unidades: Milímetros ou polegadas.
CORNER{ângulo} Opcional. Ângulo máximo para canto vivo.
Unidades: Entre 0 e 180º.
RE{erro} Opcional. Erro máximo nos eixos rotativos.
Unidades: Graus.
SF{frequência} Opcional. Frequência do filtro de trajetória para slope linear.
Unidades: Hertz.
AXF{frequência} Opcional. Frequência do filtro de eixos.
Unidades: Hertz.

#HSC ON [FAST]
(Erro cordal = parâmetro de máquina HSCROUND)
(Ângulo = parâmetro de máquina CORNER)
(Error RE = parâmetro máquina MAXERROR)
(Filtro SF = parâmetro máquina SOFTFREQ)
(Filtro AXF = parâmetro de máquina FASTFILTFREQ)

#HSC ON [FAST, E0.05]


(Erro cordal = 0.05)
(Ângulo = parâmetro de máquina CORNER)

#HSC ON [FAST, E0.01, CORNER130]


(Erro cordal = 0.01)
(Ângulo = 130º)

Modo HSC.

Somente é preciso selecionar o modo de trabalho quando este não é o modo padrão
(parâmetro HSCDEFAULTMODE).
CNC 8060 Erro cordal máximo permitido.
CNC 8065
O comando E define o erro de contorno máximo permitido entre a trajetória programada e
a trajetória resultante (milímetros ou polegadas). Este comando é aplicado aos três
primeiros eixos lineares do canal. Sua programação é opcional; se não for programado, o
CNC assume como erro de contorno máximo o definido no parâmetro de máquina
(REF: 1901) HSCROUND.

A programação do erro cordal melhora a precisão nos trechos curvos ou circunferências,


contudo, e dadas as peculiaridades da execução no modo FAST, não é garantido o erro de
contorno nas arestas.

·404·
Manual de program a çã o.

Ângulo máximo para canto vivo.

O comando CORNER define o ângulo máximo entre duas trajetórias (entre 0º e 180º),
abaixo do qual o CNC usina em canto vivo. Sua programação é opcional; se não for
programado, o CNC assume o ângulo definido no parâmetro de máquina CORNER.

Erro máximo nos eixos rotativos.

O comando RE define o erro em todos os eixos rotativos e nos eixos lineares (exceto os
três primeiros eixos do canal). Sua programação é opcional; se não for programado, o CNC

21.
assume como erro máximo o maior entre o parâmetro de máquina MAXERROR e o
comando E.

Frequência do filtro de trajetória para slope linear.

Modo HSC FAST. Otimização da velocidade de avanço de


usinagem.
HSC. USINAGEM A ALTA VELOCIDADE.
O comando SF permite aplicar filtros diferentes aos definidos nos parâmetros máquina. Sua
programação é opcional; se não for programado, o CNC assume como frequência do filtro
a frequência definida no parâmetro máquina SOFTFREQ.

Frequência do filtro de eixos no modo HSC.

O comando AXF permite aplicar filtros diferentes aos definidos nos parâmetros máquina.
Sua programação é opcional; se não for programado, o CNC assume como frequência do
filtro a frequência definida no parâmetro máquina FASTFILTFREQ.

Considerações.

Porcentagem de aceleração na transição entre blocos.

A partir das versões V1.30 (8060) e V5.30 (8065/8070), a instrução #HSC não permite programar a
i porcentagem de aceleração para a transição entre blocos.

A porcentagem de aceleração na transição entre blocos pode ser modificada por meio das
funções G130/G131. O CNC assume por padrão o valor do parâmetro de máquina ACCEL.

Comandos E e CORNER.

O CNC mantém o valor dos comandos programados até que seja programado outro
diferente, desative-se o modo HSC, execute-se um reset ou se finalize o programa.

Cada vez que há troca de modo HSC, o CNC mantém os valores programados no modo
anterior para os comandos que não estão programados (por exemplo, o erro de contorno).
Se não existir um modo HSC programado previamente, o CNC assume os valores padrão
para os comandos que não estão programados.

Exemplo 1.
#HSC ON [CONTERROR, E0.050]
·
#HSC ON [SURFACE]
(Erro cordal = 0.050)

Comandos RE, SF e AXF.

O CNC mantém o valor dos comandos programados até que seja programado outro
diferente, troque-se ou desative-se o modo HSC, execute-se um reset ou se finalize o
programa.

Cada vez que há troca de modo HSC, o CNC assume os valores padrão, definidos nos
parâmetros máquina. CNC 8060
CNC 8065
Executar um modo HSC partindo de condições iniciais.

Para executar um modo HSC partindo de condições iniciais, desativar previamente o modo
anterior. Ver "21.6 Anulação do modo HSC." na página 406.
(REF: 1901)

·405·
Manual de programação.

21.6 Anulação do modo HSC.

A anulação do modo HSC se realiza mediante a instrução #HSC OFF. O modo HSC também
se desativa se é programada uma das funções G05, G07 ou G50. As funções G60 e G61
não desativam o modo HSC. Ativar um segundo modo HSC não anula o modo HSC anterior.

Programação.

21. Programar a instrução sozinha no bloco.

Formato de programação.
HSC. USINAGEM A ALTA VELOCIDADE.
Anulação do modo HSC.

O formato de programação é o seguinte:


#HSC OFF

#HSC OFF

Influência do reset, do apagamento e da função M30.


No momento da ligação, depois de executar-se M02 ou M30 e depois de uma emergência
ou reset se anula o modo HSC.

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·406·
22
22. EIXO VIRTUAL DA FERRAMENTA.

Define-se como eixo virtual da ferramenta um eixo fictício que se move sempre na direção
na qual se encontra orientada a ferramenta. Este eixo facilita o movimento na direção da
ferramenta quando esta não se encontra alinhada com os eixos da máquina, mas em
qualquer outra orientação dependendo da posição do eixo-árvore bi-rotativo ou tri-rotativo.

Desta forma, e em função da cinemática aplicada, serão deslocados os eixos X Y Z


correspondentes para que a ferramenta se desloque segundo seu eixo. Esta função facilita
a realização de furos, a remoção da ferramenta em sua direção ou aumentar ou diminuir
a profundidade do passe durante a usinagem de uma peça.

Eixo virtual da ferramenta.

Considerações sobre o eixo virtual da ferramenta.


• Pode haver um eixo virtual da ferramenta por canal.
• O eixo virtual da ferramenta deve ser um eixo linear e pertencer ao canal. O eixo virtual
da ferramenta não pode ser parte do triedro principal quando se encontra ativo.
• O eixo virtual da ferramenta, ao ser um eixo do canal, pode ser deslocado como qualquer
outro eixo nos diferentes modos de trabalho; automático, manual, inpeção de
ferramenta, reposição de eixos, etc.
• O eixo virtual da ferramenta possui limites de percurso, tanto por parãmetro da máquina
como por programa.

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·407·
Manual de programação.

22.1 Ativar o eixo virual da ferramenta.

A sentença #VIRTAX permite ativar o eixo virtual da ferramenta.

Programação.
No momento de definir esta sentença, opcionalmente poderá ser definida a cota sobre a
qual se encontra situado o eixo.

22. Formato de programação.

O formato de programação é o seguinte; entre chaves se mostra a lista de argumentos e


EIXO VIRTUAL DA FERRAMENTA.
Ativar o eixo virual da ferramenta.

entre colchetes angulares os que são opcionais.


#VIRTAX ON
#VIRTAX ON <[{pos}]>
{pos} Opcional. Posição do eixo.

#VIRTAX
Ativar a transformação do eixo virtual da ferramenta, em sua posição atual.
#VIRTAX ON
Ativar a transformação do eixo virtual da ferramenta, em sua posição atual.
#VIRTAX ON [15]
Ativar a transformação do eixo virtual da ferramenta, considerando que este se
encontra posicionado na cota 15.
#VIRTAX [0]
Ativar a transformação do eixo virtual da ferramenta, considerando que este se
encontra posicionado na cota 0.

A programação do comando ON é opcional.

Posição do eixo.

Este parâmetro permite ativar a transformação do eixo virtual da ferramenta, considerando


que este se encontra posicionado em uma cota concreta. Se for programado 0, o CNC
considera que o eixo virtual da ferramenta se encontra posicionado na cota 0.

Se a posição do eixo não for programada, o CNC ativa o eixo virtual tendo em conta sua
posição atual.

Exemplo 1. Aumentar ou diminir a profundidade do passe durante a usinagem.


No programa em execução estão ativas as funções #VIRTAX e G201. Neste caso o eixo virtual da
ferramenta poderá ser deslocado simultaneamente à execução do programa.

Trajetória de usinagem.

CNC 8060 Trajetória programada.


CNC 8065

Com o eixo virtual ativo sobre o eixo da ferramenta, este se deslocou a distância W por meio da
interpolação aditiva (G201).
(REF: 1901)

·408·
Manual de program a çã o.

Exemplo 2. Aumentar ou diminir a profundidade do passe durante a usinagem.


No programa em execução não estão ativas as funções #VIRTAX nem G201. Os passos para alterar
a profundidade do passe podem ser os seguintes.
(1) Deter a execução do programa com a tecla [STOP].
(2) Entrar no modo inspeção de ferramenta.
(3) A partir do modo MDI, executar #VIRTAX[0].
(4) Deslocar o eixo na distância desejada através do MDI, manual, etc.
(5) Retomar a execução sem reposicionar os eixos.

22.
22.2 Cancelar o eixo virtual da ferramenta.

EIXO VIRTUAL DA FERRAMENTA.


Cancelar o eixo virtual da ferramenta.
A sentença #VIRTAX OFF desativa a transformação do eixo virtual da ferramenta. O
comportamento do eixo virtual da ferramenta após executar M30 ou após um reset depende
do parâmetro VIRTAXCANCEL.

Programação.
Programar a instrução sozinha no bloco.

Formato de programação.
O formato de programação é o seguinte:
#VIRTAX OFF

#VIRTAX OFF

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·409·
Manual de programação.

22.3 Variáveis associadas ao eixo virtual da ferramenta.

As seguintes variáveis são acessíveis a partir do programa peça e a partir do modo


MDI/MDA. Para cada uma delas se indica se o acesso é de leitura (R) ou de escrita (W).

Variável. R/W Significado.

(V.)[ch].G.VIRTAXIS R Número lógico do eixo virtual da ferramenta.

(V.)[ch].G.VIRTAXST R Estado do eixo virtual da ferramenta.

22.
(0) desativado / (1) ativado.

(V.)[ch].A.VIRTAXOF.xn R Distância percorrida pelo eixo, devido ao deslocamento


do eixo virtual da ferramenta.
EIXO VIRTUAL DA FERRAMENTA.
Variáveis associadas ao eixo virtual da ferramenta.

Sintaxe das variáveis.


·ch· Número de canal.
·xn· Nome, número lógico ou índice do eixo

V.[2].G.VIRTAXS Canal ·2·.


V.A.VIRTAXOF.Z Eixo Z.
V.A.VIRTAXOF.4 Eixo com número lógico ·4·.
V.[2].A.VIRTAXOF.1 Eixo com índice ·1· no canal ·2·.

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·410·
23
23. VISUALIZAR MENSAGENS,
AVISOS E ERROS.

A visualização de mensagens oferece uma maneira simples de acompanhar a execução


de um programa, mostrando mensagens em pontos do programa que o operador considere
importantes, como o início de cada operação, etc. O CNC mostra apenas a última
mensagem executada. As mensagens, em combinação com a função M0 (interrupção do
programa), também são úteis para solicitar alguma ação do operador.

As janelas de aviso (warning) e erro são um recurso do CNC para informar sobre situações
indesejadas durante a execução do programa. Todos os avisos e erros permanecem ativos,
visíveis ou minimizados na barra de status, até que o operador os apague. As janelas de
aviso (warning) oferecem a possibilidade de continuar a execução do programa, enquanto
as janelas de erro interrompem a execução do mesmo.

Programação de mensagens, avisos e erros.


O CNC oferece as seguintes instruções para visualizar mensagens, janelas de aviso ou
janelas de erro. A tabela a seguir mostra um resumo das propriedades de cada uma das
instruções.

Instrução. Significado e propriedades.


#MSG Mostrar uma mensagem na barra de status.
• O CNC mostra apenas a última mensagem executada.
• O CNC não interrompe nem para a execução do programa.
• Uma mensagem vazia, um reset do CNC ou iniciar a execução de um
programa remove a mensagem.

#WARNING Mostrar uma janela de aviso (warning).


• O CNC mostra todas as janelas de aviso executadas.
• O CNC não interrompe nem para a execução do programa.
• A tecla [ESC] remove a janela.

#WARNINGSTOP Mostrar uma janela de aviso (warning) e interromper a execução.


• O CNC mostra todas as janelas de aviso executadas.
• O CNC interrompe a execução do programa. O usuário pode continuar
com a execução do programa ou pará-lo.
• A tecla [ESC] remove a janela.

#ERROR Mostrar uma janela de erro e parar a execução.


• O CNC mostra todas as janelas de erros executadas.
• O CNC interrompe a execução do programa e se coloca em status de
erro.
• A tecla [ESC] remove a janela e um reset do CNC apaga o status de erro.

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·411·
Manual de programação.

23.1 #ERROR. Exibir um erro na tela.

A instrução #ERROR detém a execução do programa e exibe na tela o erro indicado. O erro
pode ser definido por um texto ou por um número que faça referência à lista de erros do
CNC, do OEM ou do usuário. Erros e avisos estão na mesma lista; dependendo da instrução
programada, o CNC mostrará um aviso ou um erro.

23.
VISUALIZAR MENSAGENS, AVISOS E ERROS.
#ERROR. Exibir um erro na tela.

Janela de erro.

Programação.
Programar a instrução sozinha no bloco.

Formato de programação.

O formato de programação é o seguinte: entre chaves são mostrados os argumentos e entre


colchetes angulares os que são opcionais.
#ERROR [{número}]
#ERROR ["{texto}"]
{número} Número do erro.
Unidades: -.
{texto} Texto do erro.
Unidades: -.

#ERROR [1254]
#ERROR [P100]
#ERROR [P10+34]
#ERROR ["Texto do erro"]

Número do erro.

O número do erro deverá ser um número inteiro, e poderá ser definido por meio de uma
constante, um parâmetro ou uma expressão aritmética. No caso de serem utilizados
parâmetros locais, estes devem ser programados da forma P0, P1, etc.

Os textos definidos no arquivo cncError.txt pelo OEM ou pelo usuário, podem incluir até
CNC 8060 cinco valores de parâmetros e variáveis por meio dos identificadores de formato (%D, %i,
CNC 8065 %u, etc.). As variáveis ou os parâmetros cujo valor se deseja exibir deverão ser definidos
na instrução #ERROR, após o número e separados por vírgulas. Podem ser definidos até
cinco identificadores de formato em cada mensagem, e deve haver tantas variáveis ou
parâmetros de dados quanto identificadores.

(REF: 1901) #ERROR [10214, P20, V.G.FREAL]


(Mostrar o erro 10214, definido no arquivo cncError.txt)
(Substituir o primeiro identificador de formato pelo valor de P20)
(Substituir o primeiro identificador de formato pelo valor de V.G.REAL)

·412·
Manual de program a çã o.

Texto do erro.

O texto deve ser definido entre aspas. Se nenhum texto for definido, será exibida uma janela
de erro vazia. O texto permite incluir cinco valores de parâmetros e variáveis na mensagem
através dos identificadores de formato (%D,%i,%u, etc.). As variáveis ou os parâmetros cujo
valor se deseja exibir deverão ser definidos após o texto, separados por vírgulas. Podem
ser definidos até cinco identificadores de formato em cada mensagem, e deve haver tantas
variáveis ou parâmetros de dados quanto identificadores.

#ERROR ["A ferramenta atual é %D", V.G.TOOL]


#ERROR [10214, V.G.TOOL, V.G.FREAL, P1]
(O Erro 10214 deve estar definido no arquivo cncError.txt) 23.

VISUALIZAR MENSAGENS, AVISOS E ERROS.


#ERROR. Exibir um erro na tela.
Considerações.

Textos próprios da Fagor e textos do OEM/USER.

Os erros e avisos compreendidos entre 0 e 9999 e entre 23000 e 23999 são reservados
para a Fagor. O intervalo de erros e avisos de 10000 a 20000 está disponível para o OEM
e o usuário, para que possam criar seus próprios textos. Ver "23.5 Arquivo cncError.txt. Lista
de erros e warnings do OEM e do usuário." na página 419.

Identificadores de formato.

Ver "23.4 Identificadores de formato e caracteres especiais." na página 418.

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·413·
Manual de programação.

23.2 #WARNING / #WARNINGSTOP. Exibir um aviso na tela.

A visualização de avisos na tela pode ser programada por meio das instruções
#WARNINGSTOP ou #WARNING, dependendo de desejamos ou não interromper a
execução do programa. Em ambos os casos, o CNC exibe o aviso durante a preparação
dos blocos, e no caso de #WARNINGSTOP, o CNC interrompe a execução quando executa
a instrução. O aviso pode ser definido por um texto ou por um número que faça referência
à lista de erros do CNC, do OEM ou do usuário. Erros e avisos estão na mesma lista;
dependendo da instrução programada, o CNC mostrará um aviso ou um erro.

23. Instrução.

#WARNING
Significado.

Mostrar um warning sem interromper a execução do programa.


VISUALIZAR MENSAGENS, AVISOS E ERROS.
#WARNING / #WARNINGSTOP. Exibir um aviso na tela.

#WARNINGSTOP Mostrar um warning e interromper a execução do programa no ponto onde


se encontra a instrução. O usuário decide se continua com a execução a
partir deste ponto (tecla [START]), ou se a cancela (tecla [RESET]).

Janela de aviso.

Programação.
Programar a instrução sozinha no bloco.

Formato de programação.
O formato de programação é o seguinte: entre chaves são mostrados os argumentos e entre
colchetes angulares os que são opcionais.
#WARNING [{número}]
#WARNING ["{texto}"]
#WARNINGSTOP [{número}]
#WARNINGSTOP ["{texto}"]
{número} Número do aviso.
Unidades: -.
{texto} Texto do aviso.
Unidades: -.

#WARNING [1254]
#WARNINGSTOP [1254]
CNC 8060
#WARNING [P100]
CNC 8065 #WARNINGSTOP [P100]
#WARNING [P10+34]
#WARNINGSTOP [P10+34]
#WARNING ["Texto do aviso"]
(REF: 1901)
#WARNINGSTOP ["Texto do aviso"]
#WARNING [0]
(Apagar todos os warnings da tela)

·414·
Manual de program a çã o.

Número do aviso.

O número do warning deverá ser um número inteiro, e poderá ser definido por meio de uma
constante, um parâmetro ou uma expressão aritmética. No caso de serem utilizados
parâmetros locais, estes devem ser programados da forma P0, P1, etc.

Os textos definidos no arquivo cncError.txt pelo OEM ou pelo usuário, podem incluir até
cinco valores de parâmetros e variáveis por meio dos identificadores de formato (%D, %i,
%u, etc.). As variáveis ou os parâmetros cujo valor se deseja exibir deverão ser definidos
na instrução de chamada (por exemplo, #WARNING), após o número e separados por

23.
vírgulas. Podem ser definidos até cinco identificadores de formato em cada mensagem, e
deve haver tantas variáveis ou parâmetros de dados quanto identificadores.

#WARNING [10214, P20, V.G.FREAL]

VISUALIZAR MENSAGENS, AVISOS E ERROS.


#WARNING / #WARNINGSTOP. Exibir um aviso na tela.
(Exibir o warning 10214, definido no arquivo cncError.txt)
(Substituir o primeiro identificador de formato pelo valor de P20)
(Substituir o primeiro identificador de formato pelo valor de V.G.REAL)

Texto do aviso.

O texto deve ser definido entre aspas. Se nenhum texto for definido, será exibida uma janela
de erro vazia. O texto permite incluir cinco valores de parâmetros e variáveis na mensagem
através dos identificadores de formato (%D,%i,%u, etc.). As variáveis ou os parâmetros cujo
valor se deseja exibir deverão ser definidos após o texto, separados por vírgulas. Podem
ser definidos até cinco identificadores de formato em cada mensagem, e deve haver tantas
variáveis ou parâmetros de dados quanto identificadores.

#WARNING ["A ferramenta atual é %D", V.G.TOOL]

Apagar todos os warnings que estão sendo visualizados.


Programar um warning com valor 0 apaga todos os warnings que estão sendo visualizados.

#WARNING [0]
(Apagar todos os warnings da tela)

Considerações.

Textos próprios da Fagor e textos do OEM/USER.

Os erros e avisos compreendidos entre 0 e 9999 e entre 23000 e 23999 são reservados
para a Fagor. O intervalo de erros e avisos de 10000 a 20000 está disponível para o OEM
e o usuário, para que possam criar seus próprios textos. Ver "23.5 Arquivo cncError.txt. Lista
de erros e warnings do OEM e do usuário." na página 419.

Identificadores de formato.

Ver "23.4 Identificadores de formato e caracteres especiais." na página 418.

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·415·
Manual de programação.

23.3 #MSG. Visualizar uma mensagem na tela.

A instrução #MSG visualiza na parte superior da tela a mensagem indicada, sem deter a
execução do programa. A mensagem permanecerá ativa até que seja ativada uma
mensagem nova ou se apague. A mensagem pode ser definida por um texto ou por um
número que faça referência à lista de mensagens do OEM ou do usuário.

23.
VISUALIZAR MENSAGENS, AVISOS E ERROS.
#MSG. Visualizar uma mensagem na tela.

Mensagens do CNC, uma por canal.

Programação.
Programar a instrução sozinha no bloco.

Formato de programação.

O formato de programação é o seguinte: entre chaves são mostrados os argumentos e entre


colchetes angulares os que são opcionais.
#MSG [{número}]
#MSG ["{texto}"]
{número} Número da mensagem.
Unidades: -.
{texto} Texto da mensagem.
Unidades: -.

#MSG ["Mensagem de usuário"]


#MSG [100]
#MSG [P20]
#MSG [""]
(Apagar a mensagem)

Número da mensagem.

O número da mensagem deverá ser um número inteiro, e poderá ser definido por meio de
uma constante, um parâmetro ou uma expressão aritmética. No caso de serem utilizados
parâmetros locais, estes devem ser programados da forma P0, P1, etc.

Os textos definidos no arquivo cncMsg.txt pelo OEM ou pelo usuário, podem incluir até cinco
valores de parâmetros e variáveis por meio dos identificadores de formato (%D, %i, %u,
etc.). As variáveis ou os parâmetros cujo valor se deseja exibir deverão ser definidos na
instrução #MSG, após o número e separados por vírgulas. Podem ser definidos até cinco
identificadores de formato em cada mensagem, e deve haver tantas variáveis ou parâmetros
de dados quanto identificadores.

#MSG [100, V.G.TOOL]


CNC 8060 (Exibir a mensagem número 100, definida no arquivo cncMsg.txt)
(Substituir o primeiro identificador de formato pelo valor de V.G.TOOL)
CNC 8065
#MSG [P10, P20]
(Exibir a mensagem número P10, definida no arquivo cncMsg.txt)
(Substituir o primeiro identificador de formato pelo valor de P20)

(REF: 1901)

·416·
Manual de program a çã o.

Texto da mensagem.

O texto deve ser definido entre aspas. Se não se define nenhum texto, se apaga a
mensagem da tela. O texto permite incluir cinco valores de parâmetros e variáveis na
mensagem através dos identificadores de formato (%D,%i,%u, etc.). As variáveis ou os
parâmetros cujo valor se deseja exibir deverão ser definidos após o texto, separados por
vírgulas. Podem ser definidos até cinco identificadores de formato em cada mensagem, e
deve haver tantas variáveis ou parâmetros de dados quanto identificadores.

#MSG ["Peça número %D", P2]


#MSG ["Acabamento F=%D mm/min e S=%D RPM", P21, 1200]
#MSG ["A ferramenta %u está desgastada", V.G.TOOL] 23.

VISUALIZAR MENSAGENS, AVISOS E ERROS.


#MSG. Visualizar uma mensagem na tela.
Apagar a mensagem que está sendo exibida.
Programar uma mensagem vazia apaga a mensagem da tela. Um reset ou final do programa
não apaga a mensagem da tela.

#MSG [""]
(Apagar a mensagem da tela)

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·417·
Manual de programação.

23.4 Identificadores de formato e caracteres especiais.

Identificadores de formato.
Se for escrito um texto com um %letra que não esteja incluído nesta lista ou na seguinte,
o CNC o incluirá como %letra.

Identificador. Significado.

23. %d %D Número inteiro ou vírgula (ponto) flutuante (com ou sem


decimais). Neste identificador pode-se definir o número de
inteiros e decimais a serem exibidos (padrão 5.5); este
formato é definido entre o símbolo % e a letra, por
VISUALIZAR MENSAGENS, AVISOS E ERROS.
Identificadores de formato e caracteres especiais.

exemplo,%5.5d.
%i Número inteiro na base 10 com sinal (int).

%u Número inteiro na base 10 sem sinal (int).

%o Número inteiro na base 8 sem sinal (int).

%x Número inteiro na base 16, letras minúsculas (int).


%X Número inteiro na base 16, letras maiúsculas (int).

%f %F Vírgula (ponto) flutuante decimal de precisão simples


(float). Neste identificador pode-se definir o número de
inteiros e decimais a serem exibidos (padrão 5.5); este
formato é definido entre o símbolo % e a letra, por
exemplo,%5.5d.

%e Notação científica (mantissa / expoente), letras minúsculas


(decimal de precisão simples ou dupla).

%E Notação científica (mantissa / expoente), letras maiúsculas


(decimal de precisão simples ou dupla).

%c Escrever um caractere pelo seu código ASCII (número


decimal).
%s Escrever uma string (cadeia de caracteres) a partir de uma
string. Este identificador só pode ser usado com as
variáveis (V.)A.AXISNAME.xn e (V.)A.SPDLNAME.sn.

Caracteres especiais.
Se for escrito um texto com um %letra que não esteja incluído nesta lista ou na anterior, o
CNC o incluirá como %letra.

Identificador. Significado.

%% Caractere%.

\" Aspas.

#WARNING ["Diferença entre P12 e P14 > 40%%"]


#ERROR ["O parâmetro \"P100\" é incorreto"]
#MSG ["A ferramenta \"T1\" é de acabamento"]
#MSG ["80%% do avanço"]
#WARNING ["%s", V.A.AXISNAME.1]
(Exibir o nome do eixo).
CNC 8060 #WARNING ["%c", 65]
CNC 8065 (Exibir o caractere A, porque 65 é seu código ASCII).

(REF: 1901)

·418·
Manual de program a çã o.

23.5 Arquivo cncError.txt. Lista de erros e warnings do OEM e do


usuário.

O intervalo de erros e avisos de 10000 a 20000 está disponível para o OEM e o usuário,
para que possam criar seus próprios textos. Estes erros e warnings são salvos no arquivo
cncError.txt. Tanto o OEM quanto o usuário podem criar um desses arquivos por idioma.

Localização do arquivo.
O CNC procura as mensagens na seguinte ordem, e mostra a que encontra primeiro.
Portanto, é recomendável que o usuário não defina mensagens com o mesmo número que
23.

VISUALIZAR MENSAGENS, AVISOS E ERROS.


Arquivo cncError.txt. Lista de erros e warnings do OEM e do usuário.
as do fabricante.
..\Users\Data\Lang\{idioma}
..\Users\Data\Lang
..\Mtb\Data\Lang\{idioma}
..\Mtb\Data\Lang\English
..\Mtb\Data\Lang

#WARNING [10032]
(Procura o warning 10032 no arquivo cncError.txt)

Formato do arquivo.
Na pasta ..\Mtb\Data\Lang\{idioma} há um exemplo do arquivo cncError.txt. O mesmo
arquivo contém os erros e os warnings. O tipo de chamada (#ERROR/#WARNING)
determina se o CNC exibe um erro ou um warning.
• Os comentários devem começar pelo caractere ";".
• Os erros seguirão a estrutura: número + espaço ou tabulação + texto.

; Comentário.
10000 Primeiro erro/warning do OEM ou do usuário.
10001 Segundo erro/warning do OEM ou do usuário.

Exemplo de arquivo cncError.txt

Identificadores de formato.
CNC 8060
O texto permite incluir cinco valores de parâmetros e variáveis na mensagem através dos CNC 8065
identificadores de formato (%D,%i,%u, etc.). As variáveis ou os parâmetros cujo valor se
deseja exibir deverão ser definidos na chamada do warning ou erro.

10002 A ferramenta atual é %D.


(REF: 1901)
10003 Velocidade do spindle %u excessiva.

·419·
Manual de programação.

23.6 Arquivo cncMsg.txt. Lista de mensagens do OEM e do usuário.

O arquivo cncMsg.txt contém as mensagens definidas pelo OEM e pelo usuário para a
instrução #MSG. Tanto o OEM quanto o usuário podem criar um desses arquivos por idioma.

Localização do arquivo.
O CNC procura as mensagens na seguinte ordem, e mostra a que encontra primeiro.

23. Portanto, é recomendável que o usuário não defina mensagens com o mesmo número que
as do fabricante. Se a mensagem não existir em nenhum arquivo, o CNC não exibirá
nenhuma mensagem.
VISUALIZAR MENSAGENS, AVISOS E ERROS.
Arquivo cncMsg.txt. Lista de mensagens do OEM e do usuário.

..\Users\Data\Lang\{idioma}
..\Users\Data\Lang
..\Mtb\Data\Lang\{idioma}
..\Mtb\Data\Lang

#MSG [1234]
(Procura a mensagem 1234 no arquivo cncMsg.txt)

Formato do arquivo.
O formato do arquivo será:
• Os comentários devem começar pelo caractere ";".
• Os erros seguirão a estrutura: número + espaço ou tabulação + texto.

; Comentário.
1 Primeira mensagem.
2 Segunda mensagem.
3 Terceira mensagem.

Identificadores de formato.

O texto permite incluir cinco valores de parâmetros e variáveis na mensagem através dos
identificadores de formato (%D,%i,%u, etc.). As variáveis ou os parâmetros cujo valor se
deseja exibir deverão ser definidos na chamada da mensagem.

12 A ferramenta atual é %D.


13 Velocidade do spindle %u excessiva.

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·420·
Manual de program a çã o.

23.7 Resumo das variáveis.

As seguintes variáveis são acessíveis pelo programa peça (PRG) e pelo modo MDI/MDA,
PLC e (INT) uma aplicação externa. A tabela indica, para cada variável, se o acesso é de
leitura (R) ou de escrita (W). O acesso às variáveis pelo PLC, tanto para a leitura como para
a escrita, será síncrono. O acesso às variáveis pelo programa peça retorna o valor da
preparação de blocos (não detém a preparação), exceto quando indicado o contrário.

Variáveis PRG PLC INT

(V.)[ch].G.CNCERR
Número do erro de maior prioridade. Se vários canais estão no mesmo
grupo, um erro num canal provoca o mesmo erro em todos; neste caso,
R R R
23.
esta variável terá o mesmo valor para todos os canais do grupo.

Resumo das variáveis.


VISUALIZAR MENSAGENS, AVISOS E ERROS.
Unidades: -.

(V.)[ch].G.CNCWARNING R(*) R R
Número do warning exibido. Se há vários warnings, à medida que se
eliminam, se atualiza o valor da variável. Quando se elimina o último
warning, esta variável se inicializa em zero.
Unidades: -.

(V.)[ch].A.AXISNAME.xn R --- R
Nome do eixo. Esta variável pode ser utilizada para incluir o nome do
eixo nas instruções #WRITE, #MSG, #WARNING, #WARNINGSTOP e
#ERROR, usando o identificador %s.
Unidades: -.

(V.)[ch].A.SPDLNAME.sn R --- R
(V.)[ch].SP.SPDLNAME.sn
Nome do spindle. Esta variável pode ser utilizada para incluir o nome
d o s p i n d l e n a s i n s t r u ç õ e s # W R I T E , # M S G, # WA R N I N G,
#WARNINGSTOP e #ERROR, usando o identificador %s.
Unidades: -.
(*) O CNC avalia a variável durante a execução (detém a preparação de blocos).

Estas variáveis são inicializadas após um reset. Se vários canais estão no mesmo grupo,
o reset de um canal entende como sendo o reset de todos eles, e então se inicializam as
variáveis de todos os canais do grupo.

Sintaxe das variáveis.


·ch· Número de canal.
·xn· Nome, número lógico ou índice do eixo.
·sn· Nome, número lógico ou índice do spindle.

V.[2].G.CNCERR
V.[2].G.CNCWARNING
V.A.AXISNAME.4 Nome do eixo com número lógico ·4·.
V.[2].A.AXISNAME.1 Nome do primeiro eixo no canal ·2·.
V.SP.SPDLNAME.1 Nome do primeiro spindle do sistema de spindles.
V.[2].SP.SPDLNAME.1 Nome do primeiro spindle do canal ·2·.
V.A.SPDLNAME.1 Nome do spindle com número lógico ·1·.
V.[2].A.SPDLNAME.1 Nome do spindle com número lógico ·1·.

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·421·
·422·
23.
VISUALIZAR MENSAGENS, AVISOS E ERROS.

(REF: 1901)
CNC 8065
CNC 8060
Resumo das variáveis.
Manual de programação.
24
24. DMC (DYNAMIC MACHINING
CONTROL).

O DMC está disponível apenas para o spindle mestre, com regulação digital Fagor. O spindle deve
i estar habilitado para o DMC no parâmetro máquina DMCSPDL.

A escolha do avanço de usinagem depende do material a ser usinado, da ferramenta


(material, número de dentes, etc.) e da profundidade do passe. O avanço para uma
usinagem é fixado no início da mesma e permanece constante até o final. Se as condições
de usinagem mudarem (por exemplo, devido ao desgaste da ferramenta), a velocidade de
avanço programada pode não ser mais adequada, o que afeta negativamente a vida útil da
ferramenta, o tempo de usinagem, etc.

O DMC (Dynamic Machining Control ou Controle Dinâmico de Usinagem) ajusta a


velocidade de avanço durante a usinagem para manter a potência de corte o mais próxima
possível das condições ideais de usinagem. O DMC ajusta o avanço modificando o override.

O DMC otimiza o uso da máquina e da ferramenta, o que permite aumentar a taxa de


remoção de material (MRR ou Material Removal Rate), sem prejudicar a vida útil da
ferramenta, uma vez que esta funciona em suas condições nominais. A base para a
otimização é a potência de corte a ser alcançada, também chamada de potência alvo. Esta
potência depende não só da ferramenta, mas também do material e das condições de corte
(avanço, velocidade de rotação do spindle, profundidade do passe e passo lateral), razão
pela qual o seu valor deve estar ligado ao conjunto ferramenta+material+condições de corte.

O DMC está disponível somente para operações de fresamento com ferramentas do tipo
de "Fresar" e "Aplainar". Esta função pode ser aplicada a operações de desbaste e
acabamento, mas será em operações de desbaste onde esta função proporciona maiores
benefícios em tempo de usinagem e vida útil da ferramenta.

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·423·
Manual de programação.

24.1 Ativar o DMC.

A instrução #DMC ON ativa o DMC, sempre no spindle mestre. O DMC está disponível
somente para operações de fresamento com ferramentas do tipo de "Fresar" e "Aplainar".
O DMC pode ser aplicado em operações de desbaste e acabamento, mas será em
operações de desbaste onde esta função proporciona maiores benefícios em tempo de
usinagem e vida útil da ferramenta.

24. Programação.
Esta instrução deve ser programada sozinha no bloco. Ao definir esta instrução, todos os
comandos são opcionais.
DMC (DYNAMIC MACHINING CONTROL).
Ativar o DMC.

Formato de programação.

O formato de programação é o seguinte: entre chaves são mostrados os argumentos e entre


colchetes angulares os que são opcionais.
#DMC ON [<PWRSP {power}> <, OVRMIN{%}> <, OVRMAX{%}> <, FZMIN{feed}>
<, FZMAX{feed}>]
PWRSP{power} Potência alvo ou potência de corte ideal, definida como uma porcentagem da
potência nominal do spindle.
• Opcional: se não for programado, é calculado pelo CNC.
• Valores: 0 — 100 %.
OVRMIN{%} Mínimo override permitido para o DMC.
• Opcional (por padrão, o valor do parâmetro máquina MINDMCOVR).
• Valores: 10 — 100 %.
OVRMAX{%} Máximo override permitido para o DMC.
• Opcional (por padrão, o valor do parâmetro máquina MAXDMCOVR).
• Valores: 100 — 255 %.
FZMIN{feed} Avanço mínimo por dente permitido durante o DMC.
• Opcional: Se não for programado ou FZMIN > FZMAX, o CNC não
monitora o avanço mínimo por dente.
• Valores: 0 — 99999.9999 mm/dente
0 — 3937.00787 polegada/dente.
FZMAX{feed} Avanço máximo por dente permitido durante o DMC.
• Opcional: se não for programado ou FZMIN > FZMAX, o CNC não
monitora o avanço máximo por dente.
• Valores: 0 — 99999.9999 mm/dente
0 — 3937.00787 polegada/dente.

#DMC ON
(O CNC ativa o DMC com os valores por padrão).
(O DMC inicia a fase de aprendizagem para calcular a potência alvo).
#DMC ON [PWRSP 80, OVRMIN 90, OVRMAX 110, FZMIN 0.8, FZMAX 1.3]
(O CNC ativa o DMC com os valores programados).
#DMC ON [OVRMIN 90, OVRMAX 110, FZMIN 0.8, FZMAX 1.3]
(O CNC ativa o DMC com os valores programados).
(O DMC inicia a fase de aprendizagem para calcular a potência alvo).

Potência alvo ou potência de corte ideal.

A potência alvo é programada como uma porcentagem da potência nominal do spindle. A


programação da potência alvo é opcional; se não estiver programada, o CNC realiza uma
CNC 8060 fase de aprendizado para determiná-la. Ver "24.4.1 Funcionamento do DMC." na página
429.
CNC 8065
Avanço por dente.

O avanço modificado com o override respeita o avanço por dente mínimo e máximo fixado
(REF: 1901) para a ferramenta. Para que o CNC possa monitorar o avanço por dente, o número de dentes
da ferramenta deve ser definido na tabela de ferramentas.

·424·
Manual de program a çã o.

Considerações e limitações.

Modos de trabalho.
• O DMC só pode estar ativo durante a execução; durante a simulação, o CNC analisará
as instruções de ativação e desativação, mas não iniciará o DMC.
• O DMC só pode ser ativado no modo automático; não é ativado no modo manual. O DMC
é desativado ao entrar em modo de inspeção da ferramenta e é recuperado após o
reposicionamento dos eixos.

24.
• O DMC é incompatível com alguns tipos de operações, como rosqueamento, furação,
etc. Além disso, o DMC será desativado automaticamente se a ferramenta ativa não for
do tipo de "Fresar" ou "Aplainar".

DMC (DYNAMIC MACHINING CONTROL).


Ativar o DMC.
Mudança de ferramenta ou corretor.

As seguintes ações relacionadas com a ferramenta desativam o DMC. É de


responsabilidade do usuário programar o DMC novamente com os valores apropriados para
a nova ferramenta.
• Trocar a ferramenta.
• Mudar o corretor.
• Executar uma M6.
• Alterar qualquer uma das características do corretor que afetem o consumo de potência
do spindle (escrevendo a variável correspondente).

Inspeção de ferramenta.
Ao entrar no modo de inspeção da ferramenta, o
DMC é desativado. No final da inspeção da
ferramenta, o DMC é ativado automaticamente e
permite repetir a fase de aprendizagem
pressionando a softkey "Aprendizagem DMC".

Comportamento do DMC após ser desativado.

As trajetórias em G0, a parada de eixos com [STOP] e a softkey "Set DMC off" desativam
temporariamente o DMC. Perante estas situações, o DMC atua da seguinte forma:
• Se o DMC não começou a medir a potência sem carga (em vazio), ele não inicia o
processo.
• Se o DMC estiver aguardando o spindle atingir a velocidade programada ou estiver
medindo a potência sem carga, o DMC será desativado quando terminar de medir a
potência sem carga.
• Durante a fase de aprendizado, o DMC não conta como tempo de aprendizado o tempo
de duração da causa da desativação.
• Durante a execução sem carga, o DMC é desativado, porém continuará detectando as
entradas para a peça.
• Se a ferramenta estiver entrando na peça, o DMC será desativado quando a entrada
for concluída.
• Se a ferramenta estiver dentro da peça, o DMC será desativado, mas continuará
detectando as saídas da peça e os consumos excessivos de potência.
• Se a ferramenta estiver deixando a peça, o DMC será desativado quando a saída for CNC 8060
concluída.
CNC 8065

(REF: 1901)

·425·
Manual de programação.

24.2 Desativar o DMC.

A sentença #DMC OFF desativa o DMC. As funções M02 ou M30 (final do programa) e o
reset também desativam o DMC. Uma parada do spindle, função M5, desativa o DMC.

Programação.
Esta instrução deve ser programada sozinha no bloco. Esta instrução não possui comandos.

24. Formato de programação.

O formato de programação é o seguinte:


DMC (DYNAMIC MACHINING CONTROL).
Desativar o DMC.

#DMC OFF

#DMC OFF
(O CNC desativa o DMC).

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·426·
Manual de program a çã o.

24.3 Resumo das variáveis.

As seguintes variáveis são acessíveis pelo programa peça (PRG) e pelo modo MDI/MDA,
PLC e (INT) uma aplicação externa. A tabela indica, para cada variável, se o acesso é de
leitura (R) ou de escrita (W). O acesso às variáveis pelo PLC, tanto para a leitura como para
a escrita, será síncrono. O acesso às variáveis pelo programa peça retorna o valor da
preparação de blocos (não detém a preparação), exceto quando indicado o contrário.

Variáveis PRG PLC INT

(V.)[ch].MPG.MINDMCOVR
Mínimo override DMC de todos os eixos do canal.
Unidades: Percentagem.
R R R
24.

Resumo das variáveis.


DMC (DYNAMIC MACHINING CONTROL).
(V.)[ch].MPG.MAXDMCOVR R R R
Máximo override DMC de todos os eixos do canal.
Unidades: Percentagem.

(V.)[ch].MPA.DMCSPDL.sn R R R
Spindle com controle de potência habilitável.
Unidades: -.
(V.)[ch].G.FRO R(*) R R
Percentual de avanço (feed override) ativo.
Unidades: Percentagem.

(V.)[ch].G.PRGFRO R/W R R
Percentual de avanço (feed override) ativo definido pelo programa.
Unidades: Percentagem.

(V.)[ch].PLC.FRO R(*) R/W R


Percentual de avanço (feed override) definido pelo PLC.
Unidades: Percentagem.

(V.)[ch].G.CNCFRO R(*) R R/W


Percentual de avanço (feed override) selecionado no interruptor do
painel de controle.
Unidades: Percentagem.
(V.)[ch].G.NCUTTERS R/W R R
Ferramenta em preparação. Número de dentes.
Unidades: Dentes.

(V.)[ch].TM.NCUTTERS[offset] R/W(*) R/W R/W


Corretor [offset] da ferramenta ativa. Número de dentes.
Unidades: Dentes.

(V.)TM.NCUTTERST[tool][offset] R/W(*) R/W R/W


Corretor [offset] da ferramenta [tool]. Número de dentes.
Unidades: Dentes.

(V.)[ch].G.DMCPWRSP R R R
Potência alvo, definida como porcentagem da potência nominal do
spindle. Valor programado no comando PWRSP da instrução
#DMC ON.
Unidades: Percentagem.

(V.)[ch].G.DMCOVRMIN R R R
Percentual mínimo de avanço (feed override) permitido para o DMC.
Valor programado no comando OVRMIN da instrução #DMC ON.
Unidades: Percentagem.

(V.)[ch].G.DMCOVRMAX R R R
Percentual máximo de avanço (feed override) permitido para o DMC.
Valor programado no comando OVRMAX da instrução #DMC ON. CNC 8060
Unidades: Percentagem. CNC 8065
(V.)[ch].G.DMCFZMIN R R R
Avanço mínimo por dente permitido durante o DMC. Valor programado
no comando FZMIN da instrução #DMC ON.
Unidades: Milímetros/dente ou polegadas/dente.
(REF: 1901)
(V.)[ch].G.DMCFZMAX R R R
Avanço máximo por dente permitido durante o DMC. Valor programado
no comando FZMAX da instrução #DMC ON.
Unidades: Milímetros/dente ou polegadas/dente.
(*) O CNC avalia a variável durante a execução (detém a preparação de blocos).

·427·
Manual de programação.

Variáveis PRG PLC INT

(V.)[ch].G.DMCON R(*) R R
Status do DMC.
Unidades: -.

(V.)[ch].G.LEARNEDPWRSP R(*) R R
Potência alvo calculada pelo DMC na fase de aprendizado
(porcentagem da potência nominal).
Unidades: Percentagem.

24. (V.)[ch].G.DMCACTPWR
Potência ativa no spindle, medida pelo DMC (porcentagem da potência
nominal).
R(*) R R

Unidades: Percentagem.
Resumo das variáveis.
DMC (DYNAMIC MACHINING CONTROL).

(V.)[ch].G.DMCOVR R(*) R R
Percentual de avanço (feed override) calculado pelo DMC.
Unidades: Percentagem.

(V.)[ch].G.DMCFZ R(*) R R
Avanço por dente calculado pelo DMC.
Unidades: Milímetros/dente ou polegadas/dente.

(V.)[ch].G.DMCNOLOADPWR R(*) R R
Potência do spindle sem carga (em vazio) medida pelo DMC.
Unidades: Quilowatts

(V.)[ch].G.DMCSAVEDTIME R(*) R R
Tempo economizado por ação do DMC.
Unidades: Segundos.
(*) O CNC avalia a variável durante a execução (detém a preparação de blocos).

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·428·
Manual de program a çã o.

24.4 Operar com o DMC.

24.4.1 Funcionamento do DMC.

Após executar a instrução #DMC ON, o CNC ativará o DMC desde que o spindle possua
regulação digital, esteja girando em M3 ou M4 e tenha atingido a velocidade de rotação
programada (marca REVOK).

Calcular a potência sem carga (em vazio).


Na primeira vez que esta função é executada, o CNC detém o avanço dos eixos até que
24.

DMC (DYNAMIC MACHINING CONTROL).


Operar com o DMC.
o spindle atinja a velocidade de rotação programada e se estabilize. Em seguida, e com os
eixos parados, o CNC mede a potência consumida pelo spindle sem carga (sem usinar).
Todo o processo para medir a potência sem carga pode demorar alguns segundos, durante
os quais o CNC impede o avanço dos eixos.

Conhecer a potência sem carga (em vazio) permite ao CNC detectar as entradas e saídas
na peça durante a usinagem.

Fase de aprendizado.
Cada vez que #DMC ON é programada sem potência alvo (comando PWRSP), o DMC a
determina por meio de uma fase de aprendizado, que será iniciada automaticamente. Uma
vez obtido o referido valor, o funcionamento normal do DMC será iniciado.
A fase de aprendizagem pode ser repetida a
qualquer momento, com o DMC ativo,
pressionando a softkey "Aprendizagem DMC" do
modo automático. Após pressionar a softkey com o
DMC ativo, uma fase de aprendizado será iniciada
na próxima entrada na peça, independentemente
da potência alvo ter sido programada ou não
quando o DMC foi ativado.

Com os eixos em movimento, a fase de aprendizado inicia quando o DMC detecta a entrada
na peça. O DMC espera que o avanço atinja o valor programado e, durante o movimento
dos eixos, calcula a potência alvo ("potência consumida" – "potência sem carga"). A fase
de aprendizagem dura um minuto, a partir do momento em que a ferramenta entra na peça
uma distância igual ao raio. Se a ferramenta deixar a peça, o tempo para de ser contado
até que a ferramenta volte a entrar na peça.

O DMC escreverá na variável (V.)G.LEARNEDPWRSP o valor da potência alvo obtida na


fase de aprendizado, para que possa ser utilizado nas peças seguintes que forem usinadas
com o mesmo programa peça, evitando a fase de aprendizado.

Recomenda-se a realização da fase de aprendizagem com uma profundidade de passe tão


próxima quanto possível da que será utilizada durante a usinagem; caso contrário, se a
profundidade do passe for menor, a potência alvo calculada pode não ser apropriada.

Deter o DMC.
O menu de softkeys permite deter o DMC.

CNC 8060
CNC 8065

O DMC poderá ser ativado pelo mesmo menu de softkeys.


(REF: 1901)

·429·
Manual de programação.

Funcionamento do DMC.
Uma vez conhecida a potência alvo, e após detectar a entrada na peça, será iniciado o
funcionamento normal do DMC. Durante a usinagem, o DMC ajusta a velocidade de avanço
para que a potência de corte ("potência consumida" – "potência sem carga") seja a mais
próxima possível da potência alvo. O DMC ajusta o avanço modificando o override. Ver
"24.4.3 Percentagem de avanço (feed override)." na página 431.

Tratamento das entradas e saídas da peça.

24.
O DMC detecta as entradas e saídas da peça e realiza um tratamento especial do override
de avanço para que estas transições sejam suaves e não danifiquem a ferramenta. Para
as entradas na peça, o DMC usa um avanço de cerca de 75% até que a ferramenta entre
na peça uma distância igual ao raio da ferramenta. Além disso, o CNC tenta otimizar o tempo
DMC (DYNAMIC MACHINING CONTROL).
Operar com o DMC.

nas trajetórias sem carga.

A potência alvo e as entradas e saídas da peça.

Para garantir um funcionamento correto do DMC, a potência alvo (programada ou obtida


por meio de aprendizagem) deve ser no mínimo 20% da potência sem carga. Se o DMC
detectar uma situação desse tipo, exibe o aviso 3103.
• Se os valores reais da potência sem carga e da potência alvo durante a usinagem forem
semelhantes, é possível que o DMC não possa distinguir com precisão as entradas e
saídas da peça ou que detecte entradas ou saídas falsas. Neste caso, recomenda-se
rever o valor da potência alvo.
• Programar uma potência alvo mais elevada, que não será realmente alcançada, pode
ter como consequência que o DMC não detecte nunca entradas na peça, e execute toda
a usinagem como se a ferramenta estivesse trabalhando sem carga.

Por estes dois motivos, se a potência alvo real for inferior a 20% da potência sem carga,
recomenda-se a desativação da função DMC nesta usinagem.

Monitoramento da potência consumida.


Durante a operação, o DMC monitora continuamente a potência consumida pelo spindle,
para detectar problemas com a ferramenta ou na usinagem.

Detecção de choques.

Se a potência instantânea exceder a potência alvo em um intervalo pré-definido, o CNC


considera que houve uma colisão. Neste caso, o CNC exibe o aviso 3101, interrompe o
avanço dos eixos mantendo a rotação do spindle (comportamento equivalente a pressionar
[STOP]). Após verificar a causa do aviso, o usuário pode continuar a usinagem
(pressionando [START]), entrar no modo de inspeção da ferramenta ou finalizar a execução
para substituir a ferramenta danificada.

Ferramenta gasta. Consumo de potência excessivo e continuado.

Se o DMC detectar um consumo excessivo de potência durante um determinado tempo,


ele considera que a ferramenta está gasta ou danificada e mostra o aviso 3100 sem
interromper a execução. O usuário decide se é conveniente interromper a execução.

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·430·
Manual de program a çã o.

24.4.2 Status e progresso do DMC. Modo automático.

Durante a execução de um programa com o DMC ativo, o modo automático pode exibir o
status e o progresso desta função; para fazer isso, na softkey "Visualizar" do menu
horizontal, selecione a opção "DMC". Para retornar à tela padrão do modo automático, na
mesma softkey selecionar a opção "Padrão” (Standard).

Modo automático. Status e progresso do DMC.

24.

DMC (DYNAMIC MACHINING CONTROL).


Operar com o DMC.
24.4.3 Percentagem de avanço (feed override).

O percentual de avanço (feed override) pode ser ajustado, do mais prioritário ao menos
prioritário, pelo programa (variável V.G.PRGFRO), pelo PLC (variável V.PLC.FRO) ou pelo
interruptor do painel de controle. O valor definido pelo programa é o mais prioritário enquanto
o valor definido no interruptor do painel de controle é o menos prioritário.
• O percentual definido pelo programa ou pelo PLC tem maior prioridade do que aquela
definida pelo DMC; ambas as porcentagens inibem o DMC. Para cancelar o percentual
de avanço definido pelo programa ou pelo PLC, definir suas variáveis com o valor 0
(zero).
• O percentual definido pelo DMC afeta o percentual definido pelo interruptor do painel.

 %   OverrideJOG  % -
Override  %  = OverrideDMC
----------------------------------------------------------------------------------------------------
100

• O DMC poderá alterar o seu override dentro dos limites definidos pela instrução
#DMC ON (comandos OVRMIN, OVRMAX); se não forem definidos, os limites serão
definidos pelos parâmetros máquina MINDMCOVR e MAXDMCOVR. O override final
(overrideDMC + overrideJOG) poderá exceder estes limites.
• O CNC respeita sempre o limite máximo definido no parâmetro máquina MAXOVR.
• Se o usuário selecionar, pelo interruptor do painel de controle, um override inferior ao
MINDMCOVR, o CNC inibe o DMC (não o desativa); quando o override voltar a superar CNC 8060
MINDMCOVR, o DMC voltará a funcionar normalmente. CNC 8065
• O CNC respeita o avanço por dente mínimo e máximo definido para a ferramenta na
instrução #DMC ON (comandos FZMIN, FZMAX).

(REF: 1901)

·431·
Manual de programação.

24.
DMC (DYNAMIC MACHINING CONTROL).
Operar com o DMC.

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·432·
25
25. ABRIR E ESCREVER ARQUIVOS.

25.1 #OPEN. Abrir um arquivo para escrita.

A instrução #OPEN abre um arquivo, para escrever nele a partir do programa peça
(#WRITE). O arquivo deve possuir permissão para escrita, caso contrário o CNC exibirá o
erro correspondente A execução e a simulação escrevem sobre o mesmo arquivo.

Programação.
Programar a instrução sozinha no bloco.

Formato de programação.
O formato de programação é o seguinte: entre chaves são mostrados os argumentos e entre
colchetes angulares os que são opcionais.
#OPEN [{“arquivo”}, <A/D>, <F{IdDoArquivo}>, <KEEPLINE>, <TYPE{formato}>]
{“arquivo”} Nome do arquivo e, opcionalmente, o path (caminho) do mesmo. Se o caminho
(path) não for programado, o CNC salva o arquivo na mesma pasta do programa
que o executa.
A/D Opcional. Modo de acesso: por padrão, D.
A (APPEND): Adicionar ao arquivo.
D (DELETE): Excluir o conteúdo e escrever desde o início.
F{IdDoArquivo} Opcional. Identificador do arquivo (F1 a F4) para um acesso multicanal. A partir
de um canal, será possível escrever em um arquivo de qualquer canal, se o seu
identificador for conhecido. Se nenhum identificador for programado, somente o
canal que que abriu o arquivo poderá gravá-lo.
KEEPLINE Opcional. Não pule linha após cada escrita. Se não estiver programado, cada
escrita provocará uma quebra de linha.
TYPE{formato} Opcional. Formato do arquivo: por padrão UCS-2LE BOM.
1 = COD_ANSI
2 = UCS-2LE BOM

#OPEN ["FileForWrite.txt", A, F2, KEEPLINE]


#OPEN ["FileForWrite.txt", D]
#OPEN ["FileForWrite.txt"]
#OPEN ["FileForWrite.txt", A, F2, KEEPLINE, TYPE 2]

Caminho (path) e nome do arquivo.

A programação do path é opcional. O caminho (path) e o nome do arquivo devem ser


definidos entre aspas. O nome do arquivo não pode conter nenhum dos seguintes
caracteres: \ / : * ? " < > |. CNC 8060
CNC 8065
Identificador do arquivo para um acesso multicanal.

O identificador F1 a F4 permite que um canal possa escrever em um arquivo aberto em outro


canal, se conhecer o identificador. Se nenhum identificador for programado, somente o
canal que que abriu o arquivo poderá gravá-lo. Se um arquivo for aberto com um (REF: 1901)
identificador usado anteriormente, o CNC exibirá o erro correspondente.

·433·
Manual de programação.

Modo de acesso.
• A opção "D" (DELETE) exclui o arquivo e cria um novo no formato especificado no
comando TYPE (por padrão, UCS-2LE BOM).
• A opção "A" (APPEND) adiciona conteúdo a um arquivo existente. Se o arquivo não
existir, cria um novo no formato especificado no comando TYPE (por padrão,
UCS-2LE BOM). Se o arquivo já existir, o comando TYPE deve coincidir com o formato
do arquivo.

Quebra de linha.

25. Se o comando KEEPLINE for programado, a quebra de linha é gerenciada pelo texto da
instrução #WRITE, usando o identificador \n.
ABRIR E ESCREVER ARQUIVOS.
#OPEN. Abrir um arquivo para escrita.

#OPEN ["FileForWrite.txt", A, KEEPLINE]


#WRITE ["Mensagem \n"]
(A instrução #WRITE insere uma quebra de linha)

Se o comando KEEPLINE não for programado, cada escrita da instrução #WRITE


provocará uma quebra de linha. Se o identificador \n for adicionado ao texto, serão inseridas
duas quebras de linha.

#OPEN ["FileForWrite.txt", A]
#WRITE ["Mensagem"]
(A instrução #WRITE insere uma quebra de linha)
#WRITE ["Mensagem \n"]
(A instrução #WRITE insere duas quebras de linha)

Formato do arquivo (comando TYPE).


COD_ANSI Formato não-Unicode, para arquivos que serão usados em
aplicativos que não suportam o formato Unicode.
UCS-2LE BOM Formato Unicode (recomendado).

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·434·
Manual de program a çã o.

25.2 #WRITE. Escrever em um arquivo.

A instrução #WRITE escreve um texto no arquivo aberto pela instrução #OPEN. A partir de
um canal, será possível escrever em um arquivo de qualquer canal, se o seu identificador
for conhecido (comando "F"). A escrita é realizada durante a execução, mas o CNC não
aguarda que a escrita termine para continuar com a execução. As escritas serão
armazenadas até que um erro ocorra ou M30 seja executado.

Programação.
Programar a instrução sozinha no bloco.
25.

ABRIR E ESCREVER ARQUIVOS.


#WRITE. Escrever em um arquivo.
Formato de programação.

O formato de programação é o seguinte: entre chaves são mostrados os argumentos e entre


colchetes angulares os que são opcionais.
#WRITE [<F{IdDoArquivo},> "{Mensagem}"/{IdDaMensagem},
<{var1},>...<{var5}>]
F{IdDoArquivo} Opcional. Identificador do arquivo (F1 a F4) para um acesso multicanal. Se
nenhum identificador for programado, o programa escreve no arquivo aberto
com um #OPEN sem identificador “F” de arquivo, no canal que executa o
#WRITE.
"{Mensagem}" Mensagem ou número da mensagem predefinido do arquivo cncWrite.txt.
{IdDaMensagem} Ambas as mensagens admitem identificadores de formato.
{var1}...{var5} Opcional. Variáveis ou parâmetros cujo valor deve ser inserido no texto da
mensagem (substitui os identificadores de formato).

#WRITE ["Valor %d incorreto", P21]


(Escrever no arquivo que foi aberto no canal com um #OPEN sem identificador “F” de arquivo)
(A quebra de linha depende da programação de #OPEN, com ou sem KEEPLINE)
(O identificador %d é resolvido com o valor de P21)
#WRITE [F2, "Ferramenta %u gasta\n", V.G.TOOL]
(Escrever no arquivo aberto com #OPEN [F2])
(O identificador de formato \n insere uma quebra de linha) (Dependendo da programação de
#OPEN, com ou sem KEEPLINE, pode haver outra quebra de linha)
(O identificador %u é resolvido com o valor de V.G.TOOL)
#WRITE [F2, 10214, V.G.TOOL]
(Escrever no arquivo aberto com #OPEN [F2])
(A quebra de linha depende da programação de #OPEN, com ou sem KEEPLINE)
(Escrever o texto 10214, definido no arquivo cncWrite.txt)
(O identificador %d do texto 10214 é resolvido com o valor de V.G.TOOL)
#WRITE [F2, "%s = %d", V.A.AXISNAME.1, P100]
(Escrever no arquivo aberto com #OPEN [F2])
(A quebra de linha depende da programação de #OPEN, com ou sem KEEPLINE)
(Os identificadores %s e %d são resolvidos com o valor de V.A.AXISNAME.1 e P100)

Número da mensagem.

O número do erro deverá ser um número inteiro, e poderá ser definido por meio de uma
constante, um parâmetro ou uma expressão aritmética. No caso de serem utilizados
parâmetros locais, estes devem ser programados da forma P0, P1, etc.

Os textos definidos no arquivo cncWrite.txt pelo OEM ou pelo usuário podem incluir até cinco
valores de parâmetros e variáveis através dos identificadores de formato (%D, %i, %u, etc.).
As variáveis ou os parâmetros cujo valor se deseja exibir deverão ser definidos na instrução CNC 8060
#WRITE, após o número e separados por vírgulas. Podem ser definidos até cinco CNC 8065
identificadores de formato em cada mensagem, e deve haver tantas variáveis ou parâmetros
de dados quanto identificadores.

#WRITE [123, P20, V.G.FREAL]


(Escrever o texto 123, definido no arquivo cncWrite.txt) (REF: 1901)
(Substituir o primeiro identificador de formato pelo valor de P20)
(Substituir o primeiro identificador de formato pelo valor de V.G.REAL)

·435·
Manual de programação.

Texto do erro.

O texto deve ser definido entre aspas. O texto permite incluir cinco valores de parâmetros
e variáveis na mensagem através dos identificadores de formato (%D,%i,%u, etc.). As
variáveis ou os parâmetros cujo valor se deseja exibir deverão ser definidos após o texto,
separados por vírgulas. Podem ser definidos até cinco identificadores de formato em cada
mensagem, e deve haver tantas variáveis ou parâmetros de dados quanto identificadores.

#WRITE ["A ferramenta atual é %D", V.G.TOOL]

25. Identificadores de formato e caracteres especiais.


ABRIR E ESCREVER ARQUIVOS.
#WRITE. Escrever em um arquivo.

Identificadores de formato.

Se for escrito um texto com um %letra que não esteja incluído nesta lista ou na seguinte,
o CNC o incluirá como %letra.

Identificador. Significado.

%d %D Número inteiro ou vírgula (ponto) flutuante (com ou sem decimais). Neste


identificador pode-se definir o número de inteiros e decimais a serem exibidos
(padrão 5.5); este formato é definido entre o símbolo % e a letra, por
exemplo,%5.5d.

%i Número inteiro na base 10 com sinal (int).

%u Número inteiro na base 10 sem sinal (int).


%o Número inteiro na base 8 sem sinal (int).

%x Número inteiro na base 16, letras minúsculas (int).

%X Número inteiro na base 16, letras maiúsculas (int).


%f %F Vírgula (ponto) flutuante decimal de precisão simples (float). Neste identificador
pode-se definir o número de inteiros e decimais a serem exibidos (padrão 5.5);
este formato é definido entre o símbolo % e a letra, por exemplo,%5.5d.
%e Notação científica (mantissa / expoente), letras minúsculas (decimal de precisão
simples ou dupla).

%E Notação científica (mantissa / expoente), letras maiúsculas (decimal de precisão


simples ou dupla).

%c Escrever um caractere pelo seu código ASCII (número decimal).

%s Escrever uma string (cadeia de caracteres) a partir de uma string. Este


identificador só pode ser usado com as variáveis (V.)A.AXISNAME.xn e
(V.)A.SPDLNAME.sn.

O identificador %s somente pode ser utilizado com as variáveis (V.)A.AXISNAME.xn e


(V.)A.SPDLNAME.sn.

Caracteres especiais.

Se for escrito um texto com um %letra que não esteja incluído nesta lista ou na anterior, o
CNC o incluirá como %letra.

Identificador. Significado.

%% Caractere%.

\" Aspas.

\n Quebra de linha.
CNC 8060
#WRITE ["Diferença entre P12 e P14 > 40%%"]
CNC 8065
#WRITE ["O parâmetro \"P100\" é incorreto"]
#WRITE ["Mensagem com quebra de linha \n"]
#WRITE ["%s", V.A.AXISNAME.1]
(REF: 1901) (Escrever o nome do eixo).
#WRITE ["%c", 65]
(Escrever o caractere A, porque 65 é o seu código ASCII).

·436·
Manual de program a çã o.

25.3 #CLOSE. Fechar um arquivo.

A instrução #CLOSE fecha o arquivo aberto pela instrução #OPEN.

Programação.
Programar a instrução sozinha no bloco.

Formato de programação.

O formato de programação é o seguinte: entre chaves são mostrados os argumentos e entre


25.
colchetes angulares os que são opcionais.

ABRIR E ESCREVER ARQUIVOS.


#CLOSE. Fechar um arquivo.
#CLOSE [<F{IdDoArquivo}>]
F{IdDoArquivo} Opcional. Identificador do arquivo (F1 a F4) para um acesso multicanal. Se
nenhum identificador for programado, a instrução fecha o arquivo que foi aberto
no canal com um #OPEN sem identificador "F” de arquivo.

#CLOSE
#CLOSE [F2]

Considerações.
• Se o arquivo foi aberto sem um identificador (F1 a F4), a função M30 fecha o arquivo.
• Se o arquivo foi aberto com um identificador (F1 a F4), a função M30 não fecha o arquivo
para permitir o gerenciamento multicanal.
• Se ocorrer um erro no canal que abriu o arquivo, este será fechado com o reset.
• Ao desligar o CNC, todos os arquivos abertos serão fechados.

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·437·
Manual de programação.

25.4 Arquivo cncWrite.txt. Lista de mensagens do OEM e do usuário.

O arquivo cncWrite.txt contém as mensagens definidas pelo OEM e pelo usuário para a
instrução #WRITE. Tanto o OEM quanto o usuário podem criar um desses arquivos por
idioma.

Localização do arquivo.

25. O CNC pode possuir dois arquivos cncWrite.txt: aquele criado pelo OEM e aquele criado
pelo usuário. O CNC procura as mensagens nos dois arquivos, na seguinte ordem, e mostra
a mensagem que encontra primeiro. Portanto, é recomendável que o usuário não defina
mensagens com o mesmo número que as do fabricante. Se a mensagem não existir em
ABRIR E ESCREVER ARQUIVOS.
Arquivo cncWrite.txt. Lista de mensagens do OEM e do usuário.

nenhum arquivo, o CNC não exibirá nenhum erro.


..\Users\Data\Lang\{idioma}
..\Users\Data\Lang
..\Mtb\Data\Lang\{idioma}
..\Mtb\Data\Lang

Formato do arquivo.
O formato do arquivo será:
• Os comentários devem começar pelo caractere ";".
• Os erros seguirão a estrutura: número + espaço ou tabulação + texto.

; Comentário.
1 Primeira mensagem.
2 Segunda mensagem.
3 Terceira mensagem.

Identificadores de formato.

O texto permite incluir cinco valores de parâmetros e variáveis na mensagem através dos
identificadores de formato (%D,%i,%u, etc.). As variáveis ou os parâmetros cujo valor se
deseja exibir deverão ser definidos na chamada da mensagem.

12 A ferramenta atual é %D.


13 Velocidade do spindle %u excessiva.

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·438·
26
26. INSTRUÇÕES DE
PROGRAMAÇÃO.

26.1 Instruções de visualização. Definir o tamanho da zona gráfica

A instrução #DGWZ permite definir peças cilíndricas ou prismáticas em ambos os modelos


de CNC. As peças definidas são mantidas até que seja definida outra nova, sejam alteradas
ou se desligue o CNC. Podem ser programadas até quatro peças diferentes, e cada peça
poderá ser associada a vários canais simultaneamente.

Instrução. Modelo ·M·. Modelo ·T·. Máquina combinada.

#DGWZ Peça prismática. Peça cilíndrica. (*)

#DGWZ RECT Peça prismática. Peça prismática. Peça prismática.


#DGWZ CYL Peça cilíndrica. Peça cilíndrica. Peça cilíndrica.

(*) Em um modelo ·M· com a opção de máquina combinada, a instrução desenha uma peça prismática.
Em um modelo ·T· com a opção de máquina combinada, a instrução desenha uma peça cilíndrica.

As origens para as peças serão as definidas no canal de execução.

Programação.
No momento de programar esta instrução, deve-se definir o tamanho da peça e,
opcionalmente, o número da peça e os canais aos quais está associada. Os dois
parâmetros, número da peça e canais, podem ser programados em qualquer ordem.

Formato de programação (1). Definir uma peça prismática.

O formato de programação é o seguinte; entre chaves se mostra a lista de argumentos e


entre colchetes angulares os que são opcionais. Em um modelo fresadora, pode-se omitir
o comando RECT.
#DGWZ <RECT> [{Xmin},{Xmax},{Ymin},{Ymax},{Zmin},{Zmax}] <P{1-4}>
<C{1-4}>..<C{1-4}>
<RECT> Opcional no modelo fresadora. Peça prismática.
{Xmin}{Xmax} Limite mínimo e máximo no primeiro eixo do canal.
{Ymin}{Ymax} Limite mínimo e máximo no segundo eixo do canal.
{Zmin}{Zmax} Limite mínimo e máximo no terceiro eixo do canal.
<P{1-4}> Opcional. Número de peça (entre 1 e 4).
<C{1-4}> Opcional. Número do canal associado à peça (entre 1 e 4). A instrução
permite associar vários canais a uma mesma peça, em qualquer ordem.

#DGWZ [-10, 100, -15, 40, 0, 20]


(Programação válida somente em um modelo ·M·)
#DGWZ RECT [-10, 100, -15, 40, 0, 20]
CNC 8060
#DGWZ RECT [-10, 100, -15, 40, 0, 20] P1 C1 C2 CNC 8065
#DGWZ RECT [-10, 100, -15, 40, 0, 20] C2 P1 C1 C3

(REF: 1901)

·439·
Manual de programação.

Zmax
Zmin

26. Xmin
X

Ymax
INSTRUÇÕES DE PROGRAMAÇÃO.
Instruções de visualização. Definir o tamanho da zona gráfica

Ymin
Xmax

#DGWZ RECT [{Xmin},{Xmax},{Ymin},{Ymax},{Zmin},{Zmax}]

Formato de programação (2). Definir uma peça cilíndrica.

O formato de programação é o seguinte; entre chaves se mostra a lista de argumentos e


entre colchetes angulares os que são opcionais. Em um modelo torno, pode-se omitir o
comando CYL.
#DGWZ <CYL> {LongAxis} [{LongAxisMin},{LongAxisMax},{Int},{Ext}] <P{1-4}>
<C{1-4}>..<C{1-4}>
<CYL> Opcional no modelo torno. Peça cilíndrica.
{LongAxis} Eixo longitudinal do cilindro.
{LongAxisMin} Limite mínimo e máximo no eixo longitudinal.
{LongAxisMax}
{Int}{Ext} Raio/diâmetro interno e externo. O valor estará em raios ou diâmetros,
em função do parâmetro máquina DIAMPROG e a função G151/G152
ativa.
<P{1-4}> Opcional. Número de peça (entre 1 e 4).
<C{1-4}> Opcional. Número do canal associado à peça (entre 1 e 4). A instrução
permite associar vários canais a uma mesma peça, em qualquer ordem.

#DGWZ [-100, 0, 0, 40]


(Programação válida somente em um modelo ·T·)
#DGWZ CYL Z [-100, 0, 0, 40]
#DGWZ CYL Z [-100, 0, 0, 40] P1 C1 C2
#DGWZ CYL Z [-100, 0, 0, 40] C1 C4 P1 C2

Ext

Int
CNC 8060 LongAxisMin
CNC 8065
Z

LongAxisMax
(REF: 1901)
#DGWZ CYL {LongAxis} [{LongAxisMin},{LongAxisMax},{Int},{Ext}]

·440·
Manual de program a çã o.

Número da peça e número do canal.

O gráfico pode representar até quatro peças simultaneamente e cada uma delas pode estar
associada a um ou a vários canais. As origens das peças estão sempre associadas ao canal
de execução.
#DGWZ CYL/RECT [...]
Alterar ou criar a peça com número igual ao do canal de execução, e associada ao canal
de execução. Por exemplo, a partir do canal 1, a peça P1 será associada ao canal C1;
a partir do canal 2, a peça P2 será associada ao canal C2, etc.
#DGWZ CYL/RECT [...] Pn Cm
Alterar ou criar a peça Pn associada ao canal Cm.
#DGWZ CYL/RECT [...] Pn
26.
Alterar ou criar a peça Pn associada ao canal de execução.

INSTRUÇÕES DE PROGRAMAÇÃO.
Instruções de visualização. Definir o tamanho da zona gráfica
#DGWZ CYL/RECT [...] Cm
Alterar ou criar a peça Pm associada ao canal Cm.
#DGWZ CYL/RECT [...] Cn Cm
Alterar ou criar a peça Pn associada aos canais Cn e Cm.

Programação a partir do canal ·1·.


C1
#DGWZ RECT [...]

P1

Programação a partir do canal ·1·.


#DGWZ CYL Z [...] P1 C1
P2
P1
Programação a partir do canal ·2·.
#DGWZ CYL Z2 [...] P2 C2

C1
C2
Programação a partir do canal ·1·.
P1 #DGWZ CYL Z [...] P1 C1 C2

C2

C1

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·441·
Manual de programação.

26.2 Geração ISO.

A geração ISO converte os ciclos fixos, chamadas de sub-rotinas, laços (loops), etc., em
seu código ISO equivalente (funções G, F, S, etc.), de modo que o usuário possa alterar e
adaptar às suas necessidades (eliminar deslocamentos não desejados, etc.).

Bloco original. Geração ISO.

Ciclos fixos ISO e conversacionais. O CNC decompõe os ciclos em blocos ISO


(funções G, F, S, etc.).

26. Sub-rotinas locais. O CNC substitui as chamadas às sub-rotinas


locais pelo conteúdo da sub-rotina.
INSTRUÇÕES DE PROGRAMAÇÃO.
Geração ISO.

Loops condicionais ($IF, $FOR, etc.) e O CNC decompõe os loops e repetições em


repetição de blocos (#RPT, NR). blocos ISO (funções G, F, S, etc.).
Parâmetros e variáveis. O CNC substitui os parâmetros aritméticos e
variáveis por seus valores.

O CNC gera o novo código ISO durante a simulação do programa, seja desde o modo
EDISIMU ou desde o modo conversacional. A simulação de um ciclo a partir do editor de
ciclos não gera código ISO. Durante a conversão para o código ISO, o CNC guarda os novos
blocos em um programa novo (por padrão, com extensão .fiso), por isso não altera o
programa original.

Para gerar o código ISO durante a simulação, o programa deve incluir as seguintes
instruções. O CNC somente gera o código ISO da parte programada entre as duas
instruções e ignora o restante.
#ISO ON Habilitar a geração ISO.
#ISO OFF Desabilitar a geração ISO.

Programação. Habilitar a geração ISO.


No momento de definir esta instrução, opcionalmente poderá ser definida a localização
(path) e o nome do programa gerado. Se ao longo de um programa se desejar alterar algum
parâmetro, é preciso somente voltar a programar a instrução com os novos parâmetros.

Formato de programação.

O formato de programação é o seguinte: entre chaves são mostrados os argumentos e entre


colchetes angulares os que são opcionais. A programação do comando ON é opcional.
#ISO <ON> <[NAME="{path\name}"]>
NAME={path\name} Opcional. Caminho (path) e nome do programa de saída.

#ISO
(Habilitar a geração ISO)
#ISO ON [NAME="C:\Fagorcnc\Users\Prg\cycles.fiso"]
(Habilitar a geração ISO)
(O CNC guarda o programa na pasta indicada).
(O CNC guarda o programa com o nome "cycles.fiso")
#ISO [NAME="cycles.nc"]
(Habilitar a geração ISO)
(O CNC guarda o programa com o nome "cycles.nc")

CNC 8060 Caminho (path) e nome do arquivo gerado.


CNC 8065
O caminho (path) e o nome são opcionais; se não forem programados, o CNC assume o
último valor utilizado no programa. O CNC mantém os valores programados até finalizar o
programa.

(REF: 1901) Se o caminho (path) não for indicado, e não houver nenhum valor programado
anteriormente, o programa gerado estará na mesma pasta que o programa original. Se o
nome não for indicado, e não houver nenhum valor programado anteriormente, o programa
gerado receberá o nome do programa original, mas com a extensão .fiso.

·442·
Manual de program a çã o.

Programação. Desabilitar a geração ISO.


Esta instrução é programada sozinha no bloco. Sua programação é opcional; se não for
programado, o CNC gera o código ISO até o final do programa (M30).

Formato de programação.

O formato de programação é o seguinte:


#ISO OFF

#ISO OFF
(Desabilitar a geração ISO) 26.

INSTRUÇÕES DE PROGRAMAÇÃO.
Geração ISO.
Considerações.

Converter bolsões em código ISO.

Os blocos ISO gerados a partir dos bolsões, são calculados com um determinado raio de
ferramenta. Se esses blocos forem executados com outro raio, a usinagem não será a
esperada.

Programação da ferramenta nos ciclos fixos.

Existem ciclos fixos, sub-rotinas, etc., que precisam conhecer o raio da ferramenta para
gerar os blocos ISO. Nestes casos, o número da ferramenta deve ser programado em
seguida à instrução #ISO.

Programar duas instruções #ISO no mesmo programa.


• Se em um programa existem duas ou mais instruções #ISO com o mesmo nome, e entre
as duas instruções existe programada uma instrução #ISO OFF, a partir da segunda
instrução #ISO o CNC retoma a geração de blocos ISO no mesmo programa.
• Se em um programa existem duas ou mais instruções #ISO com o mesmo nome, e entre
as duas instruções não existe programada uma instrução #ISO OFF, a segunda
instrução #ISO não terá nenhum efeito.
• Se em um programa existem duas ou mais instruções #ISO com nomes diferentes, os
blocos ISO gerados a partir de cada instrução irão no programa especificado na referida
instrução. Não importa se entre as duas instruções existe programada ou não uma
instrução #ISO OFF.

Exemplos.
Exemplo. Converter uma sub-rotina. Programa após a geração ISO.
%L SUBROUTINE ···
G90 G01 X80 Y0 F500 (LL SUBROUTINE)
Z-2 G90 G01 X80 Y0 F500
G91 Y-25 Z-2
G03 Y50 R25 G91 Y-25
G01 Y-25 G03 Y50 R25
G90 G01 Z5 G01 Y-25
M29 G90 G01 Z5
(M29)
%PROGRAM ···
···
LL SUBROUTINE CNC 8060
···
CNC 8065

(REF: 1901)

·443·
Manual de programação.

Exemplo. Converter um ciclo fixo. Programa após a geração ISO.


G0 X0 Y0 G81 I-10 G0 X0 Y0 G80
;---------- G81 I-10 ----------
G40
M3
G0 G61 G90 Z5
G1 G60 Z-10
G0 G50 Z5

26. G0 G139
;-------------------------
INSTRUÇÕES DE PROGRAMAÇÃO.
Geração ISO.

Exemplo. Converter uma repetição. Programa após a geração ISO.


G91 G01 Q60 NR6 G91 G01 Q60 ;NR6
G91 G01 Q60 ;NR6
G91 G01 Q60 ;NR6
G91 G01 Q60 ;NR6
G91 G01 Q60 ;NR6
G91 G01 Q60 ;NR6

Exemplo. Converter parâmetros. Programa após a geração ISO.


$FOR P1=0,240,120 G73 Q[0]
G73 Q[P1] G73
$ENDFOR G73 Q[120]
G73
G73 Q[240]
G73

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·444·
Manual de program a çã o.

26.3 Acoplamento eletrônico de eixos

O CNC permite acoplar eletronicamente dois eixos entre si, de tal maneira que o movimento
de um deles (escravo) fique subordinado ao deslocamento do eixo ao qual foi acoplado
(mestre).

Podemos ter ativos vários acoplamentos de eixos ao mesmo tempo.

Os acoplamentos de eixos se ativam com a instrução #LINK e se anulam com a instrução


#UNLINK. Se alcançamos o final do programa com um par de eixos acoplados, este se
desativa depois da execução de M02 ou M30.

Considerações ao acoplamento de eixos


26.

Acoplamento eletrônico de eixos


INSTRUÇÕES DE PROGRAMAÇÃO.
Mesmo que a instrução #LINK admite vários pares de eixos, é necessário ter em
consideração as seguintes limitações:
• Os eixos principais (os três primeiros do canal) não podem ser eixos escravos.
• Os dois eixos de cada par escravo-mestre devem ser do mesmo tipo (lineares ou
rotativos).
• O eixo mestre dum par não pode ser o eixo escravo em outro par.
• Um eixo escravo não se pode acoplar a dois ou mais eixos mestres.

Da mesma forma, não se poderá ativar um novo acoplamento de eixos sem antes desativar
os pares de acoplamento de eixos anterior.

#LINK
Ativar o acoplamento eletrônico de eixos,
Esta instrução define e ativa os acoplamentos eletrônicos de eixos. Se podem ativar vários
acoplamentos ao mesmo tempo. A partir da execução desta instrução, todos os eixos
definidos como escravos ficarão subordinados aos seus correspondentes eixos mestres.
Nestes eixos escravos não se pode programar nenhum movimento enquanto continuem
acoplados.

Também se poderá definir por meio desta instrução a máxima diferença de erro de repetição
permitida, entre o eixo mestre e o eixo escravo de cada par.

O formato de programação é o seguinte:


#LINK [<master>,<slave>,<error>][...]

Parâmetro Significado

<master> Eixo mestre.

<slave> Eixo escravo.

<error> Opcional. Máxima diferença permitida entre o erro de


repetição de ambos os eixos.

A programação do erro é opcional; se não se programa não se realizará este teste. O erro
máximo se definirá em milímetros ou polegadas para os eixos lineares, e em graus para
os eixos rotativos.

#LINK [X,U][Y,V,0.5]
#LINK [X,U,0.5][Z,W]
#LINK [X,U][Y,V][Z,W]

CNC 8060
#UNLINK
Anular o acoplamento eletrônico de eixos CNC 8065
Esta instrução desativa os acoplamentos de eixos ativos.

#UNLINK
(Anula o acoplamento de eixos) (REF: 1901)

Se alcançamos o final do programa com um par de eixos acoplados, este se desativa depois
da execução de M02 ou M30.

·445·
Manual de programação.

26.4 Estacionar eixos.

Existem máquinas que, dependendo do tipo de usinagem, podem dispor de duas


configurações (eixos e spindles) diferentes. Para evitar que os elementos que não estão
presentes numa das configurações apresentem erro (reguladores, sistemas de medição,
etc.) o CNC permite estacionar os referidos elementos.

Por exemplo, uma máquina que intercambia um spindle normal com outro ortogonal pode
ter as seguintes configurações de eixos:

26.
• Com o spindle normal, configuração de eixos X Y Z.
• Com o spindle ortogonal, configuração de eixos X Y Z A B.
Neste caso, quando se trabalhe com o spindle normal, se estacionarão os eixos A B para
ignorar os sinais destes dois eixos.
Estacionar eixos.
INSTRUÇÕES DE PROGRAMAÇÃO.

Podemos ter estacionados vários eixos e spindles ao mesmo tempo, porém sempre se vão
estacionar (e se vão mover) de um a um.

Os eixos e os spindles se estacionam com a instrução #PARK e se anulam com a instrução


#UNPARK. Os eixos e spindles se mantêm estacionados depois de executar M02 ou M30,
depois de um RESET e inclusive depois de apagar e ligar o CNC.

Considerações para estacionar eixos

O CNC não permitirá parar um eixo nos seguintes casos.


• Se o eixo pertence à cinemática ativa.
• Se o eixo pertence a uma transformação #AC ou #ACS ativa.
• Se o eixo forma parte de uma transformação angular #ANGAX ativa.
• Se o eixo forma parte de um par gantry, tandem ou é um eixo acoplado.
• Se o eixo pertence a um controle tangencial #TANGCTRL ativo.

Considerações para estacionar spindles

O CNC não estacionar um spindle nos seguintes casos.


• Se o spindle não está parado.
• Se o spindle está trabalhando como eixo C.
• Com G96 ou G63 ativa e seja o spindle master do canal.
• Com G33 ou G95 ativa e seja o spindle master do canal ou o spindle que se utiliza para
sincronizar o avanço.
• Se o spindle forma parte de um par em tandem ou é um spindle sincronizado, tanto faz
que seja o mestre ou o escravo.

Se depois de estacionar os spindles fica um único spindle no canal, este passará a ser o
novo master. Se retiramos do estacionamento um spindle e este é o único spindle do canal,
também se aceita como o novo spindle master.

#PARK
Estaciona um eixo

Esta instrução permite estacionar o eixo ou o spindle selecionado. Quando um deles pára,
o CNC entende que este não forma parte da configuração da máquina e deixa de controlá-
lo (ignora os sinais provenientes do regulador, sistemas de medição, etc.).

Depois de parado um eixo ou spindle, não se pode fazer referência a ele no programa peça
CNC 8060 (deslocamentos, velocidade, funções M, etc.).

CNC 8065 O formato de programação é o seguinte:


#PARK <eixo/spindle>

Cada elemento (eixo ou spindle) se deve estacionar em separado. Entretanto, se pode


estacionar um segundo elemento sem necessidade de mover o primeiro.
(REF: 1901)

·446·
Manual de program a çã o.

Se tentamos estacionar um eixo ou spindle já estacionado, se ignora a programação.

#PARK A
(Estaciona o eixo "A")
#PARK S2
(Estaciona o spindle "S2")

#UNPARK
Retiramos do estacionamento um eixo

Esta instrução permite não estacionar o eixo ou o spindle selecionado. Quando se deixa
de mover um deles, o CNC entende que este forma parte da configuração da máquina e
26.
começa a controlá-lo.

Estacionar eixos.
INSTRUÇÕES DE PROGRAMAÇÃO.
O formato de programação é o seguinte:
#UNPARK <eixo/spindle>

Os eixos não se devem estacionar individualmente.

Se tentamos retirar do estacionamento um eixo ou spindle já retirado do estacionamento,


se ignora a programação.

#UNPARK A
(Retiramos do estacionamento o eixo "A")
#UNPARK S
(Retiramos do estacionamento o spindle "S")

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·447·
Manual de programação.

26.5 Modificar a configuração de eixos de um canal

Inicialmente cada canal tem atribuídos uns eixos conforme o definido nos parâmetros de
máquina. Durante a execução de um programa um canal poderá ceder os seus eixos ou
solicitar novos eixos. Esta possibilidade vem determinada pelo parâmetro de máquina
AXISEXCH, o qual estabelece se é possível que um eixo mude de canal e, se esta mudança
é permanente ou não.

Uma mudança permanente se mantém depois de finalizar o programa, depois de um reset


e ao ser ligado. A configuração original pode ser restabelecida tanto validando os

26. parâmetros de máquina gerais e reiniciando ou então por meio de um programa de


usinagem que desfaça as mudanças.
Modificar a configuração de eixos de um canal
INSTRUÇÕES DE PROGRAMAÇÃO.

Também se recuperará a configuração dos parâmetros de máquina se é produzido um erro de


checksum no arranque do CNC. .

Conhecer se um eixo pode cambiar de canal

O parâmetro de máquina AXISEXCH pode ser consultado por meio da seguinte variável.
V.MPA.AXISEXCH.Xn
Substituir o caractere "Xn" pelo nome ou número lógico do eixo.

Valor Significado

0 Não pode cambiar de canal.

1 A troca é temporária.

2 A troca é permanente.

Conhecer em que canal se encontra um eixo

Podemos conhecer em que canal se encontra um eixo por meio da seguinte variável.
V.[n].A.ACTCH.Xn
Substituir o caractere "Xn" pelo nome ou número lógico do eixo.
Substituir o caractere "n" pelo número do canal.

Valor Significado
0 Não se encontra em nenhum canal.

1-4 Número de canal.

Comandos para modificar a configuração de eixos desde um programa

As seguintes instruções permitem modificar a configuração dos eixos. Poderemos


acrescentar ou eliminar eixos, mudar o nome dos eixos e inclusive redefinir os eixos
principais do canal intercambiando o seu nome.

Quando se muda a configuração de eixos se anula a origem polar, a rotação de


coordenadas, o espelhamento e o fator escala ativo.

Na configuração de eixos (com G17 ativa), o eixo que ocupa a primeira posição será o eixo
de abcissas, o segundo será o eixo de ordenadas, o terceiro será o eixo perpendicular ao
plano de trabalho, o quarto será o primeiro eixo auxiliar e assim sucessivamente.

#SET AX
Estabelecer a configuração de eixos
CNC 8060 Define uma nova configuração de eixos no canal. Os eixos do canal não programados na
CNC 8065 instrução se eliminam e os programados que não existiam se acrescentam. Os eixos se
colocam no canal nas posições conforme se programam na instrução #SET AX.
Opcionalmente se poderá aplicar aos eixos definidos um ou vários offsets.

É equivalente a programar um #FREE AX de todos os eixos e a seguir um #CALL AX dos


(REF: 1901) novos eixos.

A instrução #SET AX também podemos utilizá-la somente para ordenar os eixos existentes
no canal de outra forma.

·448·
Manual de program a çã o.

O formato de programação é o seguinte:


#SET AX [<Xn>,...] <offset> <...>

Parâmetro Significado

<Xn> Eixos que formam parte da nova configuração. Se em vez


de definir um eixo se escreve um zero, nesta posição
aparece um "vazio" sem eixo.

<offset> Opcional. Determina que offset se aplica aos eixos. Se

26.
podem aplicar vários offsets.

#SET AX [X,Y,Z]
#SET AX [X,Y,V1,0,A]

Modificar a configuração de eixos de um canal


INSTRUÇÕES DE PROGRAMAÇÃO.
Definição dos offsets

Os offsets que se podem aplicar aos eixos se identificam por meio dos seguintes comandos.
Para aplicar vários offsets, programar os comandos correspondentes separados por um
espaço em branco.

Comando Significado

ALL Incluir todos os offsets.

LOCOF Incluir o offset da busca de referência.


FIXOF Incluir o offset de fixação.

ORGOF Incluir o offset de origem.

MEASOF Incluir o offset da medição.

MANOF Incluir o offset das operações manuais.

#SET AX [X,Y,Z] ALL


#SET AX [X,Y,V1,0,A] ORGOF FIXOF

Se ao definir uma nova configuração somente se realiza um intercâmbio na ordem dos eixos
no canal, os offset não serão levados em consideração.

Visualização na tela

Inicialmente os eixos se visualizam ordenados conforme tenham sido definidos na tabela


de parâmetros de máquina gerais (por canal) e posteriormente conforme se definem os
intercâmbios.

Y 00000.0000 X 00125.1500
? 00000.0000 Y 00089.5680
? 00000.0000 Z 00000.0000
Z 00000.0000 ? 00000.0000
A 00000.0000 ? 00000.0000
#SET AX [Y, 0, 0, Z, A] #SET AX [X, Y, Z] FIXOF ORGOF
CNC 8060
CNC 8065
Visualização na tela de diferentes configurações. Se presume uma máquina com 5 eixos
X-Y-Z-A-W.

(REF: 1901)
#CALL AX
Acrescentar um eixo à configuração.

Acrescenta um ou vários eixos à configuração atual e além disso permite definir a posição
na qual se deseja colocá-los. Se o eixo já existe na configuração, se coloca na nova posição.

·449·
Manual de programação.

Se o eixo já existe e não se programa uma posição, o eixo permanece em sua posição
original. Opcionalmente se poderá aplicar aos eixos definidos um ou vários offsets.

O formato de programação é o seguinte:


#CALL AX [<Xn>,<pos>...] <offset> <...>

Parâmetro Significado

<Xn> Eixos a acrescentar à configuração. Se o eixo já existe, se


coloca na nova posição.

26. <pos> Opcional. Posição do eixo na nova configuração. Se não se


programa, o eixo se coloca depois do último existente. Se
a posição está ocupada, se mostrará o erro
Modificar a configuração de eixos de um canal
INSTRUÇÕES DE PROGRAMAÇÃO.

correspondente.

<offset> Opcional. Determina que offset se aplica aos eixos. Se


podem aplicar vários offsets.

#CALL AX [X,A]
(Acrescenta os eixos X e A à configuração, depois do último eixo existente)
#CALL AX [V,4,C]
(Acrescenta à configuração o eixo V na posição 4 e o eixo C depois do último)

Definição dos offsets

Os offsets que se podem aplicar aos eixos se identificam por meio dos seguintes comandos.
Para aplicar vários offsets, programar os comandos correspondentes separados por um
espaço em branco.

Comando Significado

ALL Incluir todos os offsets.

LOCOF Incluir o offset da busca de referência.

FIXOF Incluir o offset de fixação.

ORGOF Incluir o offset de origem.

MEASOF Incluir o offset da medição.


MANOF Incluir o offset das operações manuais.

#CALL AX [X] ALL


#CALL AX [V1,4,Y] ORGOF FIXOF

Visualização na tela

Inicialmente os eixos se visualizam ordenados conforme tenham sido definidos na tabela


de parâmetros de máquina gerais (por canal) e posteriormente conforme se definem os
intercâmbios.

Configuração de eixos
Y 00000.0000 #SET AX [Y, 0, 0, Z]
Y: Eixo de abcissas.
X 00000.0000 Z: Primeiro eixo auxiliar.

W 00000.0000 #CALL AX [X,2, W, 3]


Y: Eixo de abcissas.
CNC 8060
CNC 8065
Z 00000.0000 X: Eixo de ordenadas.
W: Eixo perpendicular ao plano.
? 00000.0000 Z: Primeiro eixo auxiliar.

(REF: 1901)

·450·
Manual de program a çã o.

#FREE AX
Liberar um eixo da configuração.

Elimina os eixos programados da configuração atual. Depois de retirar um eixo, a posição


fica desocupada, porém não se altera a ordem dos eixos que continuam no canal.

O formato de programação é o seguinte:


#FREE AX [<Xn>,...]

Parâmetro Significado

<Xn> Eixo a eliminar da configuração.


26.
#FREE AX [X,A]

Modificar a configuração de eixos de um canal


INSTRUÇÕES DE PROGRAMAÇÃO.
(Elimina os eixos X e A da configuração)
#FREE AX ALL
(Elimina todos os eixos do canal)

Visualização na tela

Inicialmente os eixos se visualizam ordenados conforme tenham sido definidos na tabela


de parâmetros de máquina gerais (por canal) e posteriormente conforme se definem os
intercâmbios.

X 00000.0000 X 00000.0000
Y 00000.0000 ? 00000.0000
Z 00000.0000 Z 00000.0000
A 00000.0000 ? 00000.0000
B 00000.0000 B 00000.0000

#FREE AX [Y, A]

Visualização na tela de diferentes configurações. Se presume uma máquina com 5 eixos


X-Y-Z-A-W.

#RENAME AX
Dar novo nome aos eixos

Muda o nome dos eixos. Para cada par de eixos programado, o primeiro eixo adquire o nome
do segundo. Se o segundo eixo está presente na configuração, adquire o nome do primeiro.
Se pode dar novo nome a qualquer eixo com qualquer nome, exista ou não no canal ou em
outros canais.

O formato de programação é o seguinte:


#RENAME AX [<Xn1>,<Xn2>][...]

Parâmetro Significado

<Xn1> Eixo ao que se quer mudar o nome. CNC 8060


<Xn2> Novo nome do eixo. CNC 8065
#RENAME AX [X,X1]
(O eixo X passa a ser denominado X1. Se o X1 existe já no canal passa a ser
denominado X.)
#RENAME AX [X1,Y][Z,V2] (REF: 1901)

O parâmetro máquina RENAMECANCEL indica se o CNC mantém ou cancela o nome dos


eixos e spindles depois de executar M02 ou M30, depois de um reset ou no começo de um
novo programa peça no mesmo canal.

·451·
Manual de programação.

Depois de apagado ou acendido do CNC, os eixos e árvores sempre mantêm o novo nome,
exceto depois dum erro de checksum ou a validação dos parâmetros máquina que
requeiram recuperar a configuração original dos canais, eixos ou spindles. Em ambos os
casos, os nomes originais dos eixos e árvores serão recuperados.

Quando um canal libera um eixo (Instruções #SET ou #FREE), este sempre recupera o seu
nome original.

Mesmo que o #RENAME seja mantido (parâmetro RENAMECANCEL), o CNC o anula se


depois de um reset ou inicio de um novo programa, o canal recupera um eixo com o mesmo

26.
nome. Isto passa se o #RENAME utiliza o nome de um eixo cujo tipo de licença de mudança
de canal é temporária ou não_intercâmbio (parâmetro AXISEXCH), que não está no canal
nesse momento.
Modificar a configuração de eixos de um canal
INSTRUÇÕES DE PROGRAMAÇÃO.

Acesso às variáveis de um eixo de novo nome.

Depois de mudar o nome a um eixo, para acessar às suas variáveis desde o programa de
usinagem ou MDI é necessário utilizar o novo nome do spindle. O acesso às variáveis desde
o PLC ou uma interface não muda; se mantém o nome original do eixo.

#RENAME AX OFF
Cancelar a mudança de nome.

Esta instrução cancela a mudança de nome dos eixos indicados, independentemente de


o indicado no parâmetro RENAMECANCEL; se não se define nenhum eixo, anula a
mudança de nome de todos os eixos do canal.
O formato de programação é o seguinte:
#RENAME AX OFF [<Xn>, <Xn>, ...]

Parâmetro Significado
<Xn> Eixo de novo nome.

#RENAME AX OFF [X]


(Cancelar a mudança de nome do eixo X).
#RENAME AX OFF
(Cancelar a mudança de nome de todos os eixos).

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·452·
Manual de program a çã o.

26.6 Modificar a configuração dos spindles de um canal

O CNC pode ter até quatro spindles repartidos entre os diferentes canais do sistema. Um
canal pode ter associado um, vários ou nenhum spindle.

Inicialmente cada canal tem atribuídos uns spindles conforme o definido nos parâmetros
de máquina. Durante a execução de um programa um canal poderá ceder os seus spindles
ou solicitar novos spindles. Esta possibilidade vem determinada pelo parâmetro de máquina
AXISEXCH, o qual estabelece se é possível que um spindle mude de canal e, se esta
mudança é permanente ou não.

Uma mudança permanente se mantém depois de finalizar o programa, depois de um reset


e ao ser ligado. A configuração original pode ser restabelecida tanto validando os
26.

Modificar a configuração dos spindles de um canal


parâmetros de máquina gerais e reiniciando ou então por meio de um programa de

INSTRUÇÕES DE PROGRAMAÇÃO.
usinagem que desfaça as mudanças.

Também se recuperará a configuração dos parâmetros de máquina se é produzido um erro de


checksum no arranque do CNC. .

Conhecer se um spindle pode cambiar de canal

O parâmetro de máquina AXISEXCH pode ser consultado por meio da seguinte variável.
V.MPA.AXISEXCH.Sn
Substituir o caractere "Sn" pelo nome do spindle.

Valor Significado

0 Não pode cambiar de canal.

1 A troca é temporária.

2 A troca é permanente.

Conhecer em que canal se encontra um spindle

Podemos conhecer em que canal se encontra um spindle por meio da seguinte variável.
V.[n].A.ACTCH.Sn
Substituir o caractere "Sn" pelo nome do spindle.
Substituir o caractere "n" pelo número do canal.

Valor Significado

0 Não se encontra em nenhum canal.


1-4 Número de canal.

Comandos para modificar a configuração de spindles desde um programa

As seguintes instruções permitem modificar a configuração dos spindles do canal.


Poderemos acrescentar ou eliminar spindles, mudar o nome dos spindles e definir qual é
o spindle master do canal.

#FREE SP
Liberar um spindle da configuração

Elimina os spindles definidos da configuração atual.

O formato de programação é o seguinte:


#FREE SP [<Sn>,...] CNC 8060
#FREE SP ALL
CNC 8065
Parâmetro Significado

<Sn> Nome do spindle.

ALL Libera todos os spindles do canal. (REF: 1901)

·453·
Manual de programação.

#FREE SP [S]
(Elimina o spindle S da configuração)
#FREE SP [S1,S4]
(Elimina os spindles S1 y S4 da configuração)
#FREE SP ALL
(Elimina todos os spindles da configuração)

#CALL SP
Acrescentar um spindle à configuração

26. Acrescenta um ou vários spindles à configuração atual A posição dos spindles no canal não
é relevante. Para acrescentar um spindle ao canal, o spindle deve estar livre; não deve estar
Modificar a configuração dos spindles de um canal
INSTRUÇÕES DE PROGRAMAÇÃO.

em outro canal.

O formato de programação é o seguinte:


#CALL SP [<Sn>,...]

Parâmetro Significado

<Sn> Nome do spindle.

#CALL SP [S1]
(Acrescenta o spindle S1 à configuração)
#CALL SP [S,S2]
(Acrescenta os spindles S e S2 da configuração)

#SET SP
Estabelecer a configuração dos spindles

Define uma nova configuração de spindles. Os spindles existentes no canal e não


programados em #SET SP se eliminam e os programados que ainda não estão no canal
se acrescentam. Quando uma nova configuração é definida, a ordem em que os spindles
são definidos não é relevante; o CNC sempre os ordena em ordem crescente de acordo
com a lista de parâmetros de máquina.

É equivalente a programar um #FREE SP todos os spindles e seguidamente um #CALL SP


dos novos spindles. O formato de programação é o seguinte:
#SET SP [<Sn>,...]

Parâmetro Significado
<Sn> Nome do spindle.

#SET SP [S]
(Configuração de um spindle)
#SET SP [S1,S2]
(Configuração de dois spindles)

#RENAME SP
Dar novo nome aos eixos-arvore

Muda o nome dos spindles. Para cada par de spindles programado, o primeiro spindle
adquire o nome do segundo. Se o segundo spindle está presente na configuração, adquire
o nome do primeiro. Se pode dar novo nome a qualquer eixo com qualquer nome, exista
ou não no canal ou em outros canais.
CNC 8060
CNC 8065 O formato de programação é o seguinte:
#RENAME SP [<Sn>,<Sn>][...]

Parâmetro Significado
(REF: 1901) <Sn> Nome do spindle.

#RENAME SP [S,S1]
#RENAME SP [S1,S2][S3,S]

·454·
Manual de program a çã o.

O parâmetro máquina RENAMECANCEL indica se o CNC mantém ou cancela o nome dos


eixos e spindles depois de executar M02 ou M30, depois de um reset ou no começo de um
novo programa peça no mesmo canal.

Depois de apagado ou acendido do CNC, os eixos e árvores sempre mantêm o novo nome,
exceto depois dum erro de checksum ou a validação dos parâmetros máquina que
requeiram recuperar a configuração original dos canais, eixos ou spindles. Em ambos os
casos, os nomes originais dos eixos e árvores serão recuperados.

Quando um canal libera um spindle (Instruções #SET ou #FREE), este sempre recupera

26.
o seu nome original.

Mesmo que o #RENAME seja mantido (parâmetro RENAMECANCEL), o CNC o anula se


depois de um reset ou inicio de um novo programa, o canal recupera um spindle com o

Modificar a configuração dos spindles de um canal


INSTRUÇÕES DE PROGRAMAÇÃO.
mesmo nome. Isto passa se o #RENAME utiliza o nome de um spindle cujo tipo de licença
de mudança de canal é temporária ou não_intercâmbio (parâmetro AXISEXCH), que não
está no canal nesse momento.

Acesso às variáveis de um eixo de novo nome.

Depois de mudar o nome a um eixo, para acessar às suas variáveis desde o programa de
usinagem ou MDI é necessário utilizar o novo nome do spindle. O acesso às variáveis desde
o PLC ou uma interface não muda; se mantém o nome original do eixo.

#RENAME SP OFF
Cancelar a mudança de nome.

Esta instrução cancela a mudança de nome dos spindles indicados, independentemente


de o indicado no parâmetro RENAMECANCEL; se não se define nenhum spindle, anula a
mudança de nome de todos os spindles do canal.

O formato de programação é o seguinte:


#RENAME SP OFF [<Sn>, <Sn>, ...]

Parâmetro Significado

<Sn> spindle de novo nome.

#RENAME SP OFF [S3]


(Cancelar a mudança de nome do spindle S3).
#RENAME SP OFF
(Cancelar a mudança de nome de todos os spindles).

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·455·
Manual de programação.

26.7 Sincronização dos spindles

Este modo permite estabelecer o movimento de um spindle (escravo) sincronizado com


outro spindle (mestre) por meio de uma relação dada. A sincronização de spindles se
programa sempre no canal ao qual pertence o spindle escravo, tanto para ativá-la e
desativá-la, como para dar-lhe um reset.

Existem dois tipos de sincronização; sincronização em velocidade ou em posição. A


ativação e anulação dos diferentes tipos de sincronização se programam por meio das
seguintes instruções.

26. #SYNC
#TSYNC
- Sincronização de spindles considerando a cota real.
- Sincronização de spindles considerando a cota teórica.
Sincronização dos spindles
INSTRUÇÕES DE PROGRAMAÇÃO.

#UNSYNC - Anulação da sincronização dos spindles.

#SYNC
Sincronização de spindles considerando a cota real

#TSYNC
Sincronização de spindles considerando a cota teórica

O formato de programação para cada uma delas é o seguinte. Entre os caracteres <> se
indicam os parâmetros opcionais.
#SYNC [{master}, {slave} <,N{nratio}, D{dratio}> <,O{posync}> <,{looptype}>
<,{keepsync}>][··]
#TSYNC [{master}, {slave} <,N{nratio}, D{dratio}> <,O{posync}> <,{looptype}>
<,{keepsync}>][··]

Com cada par de colchetes se define uma sincronização entre dois spindles.

Parâmetro Significado

{master} spindle da sincronização.


{slave} spindle escravo da sincronização.

{nratio} Opcionais. É um par de números que definem a relação de transmissão


{dratio} (nratio/dratio) entre os spindles sincronizados.
Ambos os valores podem ser positivos ou negativos.

{posync} Opcional. Este parâmetro define que a sincronização se realiza em posição e


além disso determina a defasagem entre os dois spindles.
Se permitem valores positivos ou negativos e maiores de 360º.
{looptype} Opcional. Este parâmetro indica o tipo de laço para o spindle mestre. Com valor
"CLOOP" o spindle trabalha em laço fechado. Com valor "OLOOP" o spindle
trabalha em laço aberto.
Se não se programa se aceita o valor "CLOOP".

{keepsync} Opcional. Este parâmetro indica se o CNC cancela a sincronização de spindles


depois de executar M02, M30 ou depois de um erro ou reset. Com valor
"CANCEL", o CNC cancela a sincronização; com valor "NOCANCEL" não a
cancela.
Se não se programa, a instrução aceita o valor definido pelo fabricante
(parâmetro SYNCCANCEL).

#SYNC [S,S1]
Os spindles se sincronizam em velocidade. O spindle escravo S1 gira à mesma velocidade que
o spindle mestre S.
CNC 8060 #SYNC [S,S1,N1,D2]
CNC 8065 O spindle escravo S1 gira na metade (1/2) de velocidade que o mestre S.
#SYNC [S,S1,N1,D2,O15]
Depois de sincronizar-se em velocidade e em posição, o spindle escravo S1 segue o mestre S
com a defasagem indicada, que neste caso em especial pode ser 0º.
(REF: 1901) #SYNC [S,S1,O30,OLOOP]
Sincronização em velocidade e em posição com uma defasagem de 30º. O spindle mestre
trabalha em laço aberto.
#SYNC [S,S1,O30,CLOOP, CANCEL]
Sincronização em velocidade e em posição com uma defasagem de 30º. O spindle mestre
trabalha em laço fechado. O CNC cancela a sincronização depois do M30, um erro ou um reset.

·456·
Manual de program a çã o.

Considerações à sincronização
A função #SYNC pode executar-se trabalhando em laço aberto (M3 ou M4) ou então em laço
fechado (M19). Na sincronização, o spindle mestre poderá trabalhar em laço aberto ou
fechado; o eixo escravo sempre estará em laço fechado.

Numa mesma instrução #SYNC ou #TSYNCpodem ser programados vários pares de


spindles sincronizados. Também se permite programar várias instruções #SYNC sucessivas
com efeito aditivo enquanto não entrem em conflito com as anteriores.

O spindle escravo deve estar no canal em que se ativa a sincronização enquanto que o
spindle mestre pode estar em qualquer canal. Se permite que vários eixos escravos tenham
o mesmo eixo mestre porém um eixo escravo não pode ser mestre de um terceiro; desta
forma, se evitam as voltas nas sincronizações.
26.

Sincronização dos spindles


INSTRUÇÕES DE PROGRAMAÇÃO.
Podemos programar primeiro a sincronização em velocidade e a seguir em posição ou então
se podem programar ambas ao mesmo tempo. Depois de um par estar sincronizado,
podemos modificar a sua relação de velocidades e/ou a sua defasagem; caso seja
necessário, os spindles deixarão de sincronizar-se e voltarão a sincronizar para adotar a
mudança.

Para garantir um seguimento adequado é recomendável que os dois spindles trabalhem em


laço fechado. Depois dos dois estar em laço fechado, o spindle escravo passa da velocidade
que está à velocidade de sincronização. O spindle mestre pode estar girando quando se
programa a sincronização e a passagem a laço fechado o fará mantendo a rotação.

Programação do spindle mestre e escravo

Para o spindle escravo não é permitido programar a velocidade, as funções de spindle M3


M4 M5 M19, trocas de gama M41 a M44 nem variar a ultrapassagem.

Para o spindle mestre se permite programar as seguintes funções:


• Mudar a velocidade de rotação do spindle desde PLC ou CNC.
• Executar as funções de velocidade G94, G95, G96 e G97.
• Executar as funções auxiliares M3, M4, M5 e M19.
• Mudar o override do spindle desde PLC, CNC ou teclado.
• Mudar o limite da velocidade do spindle desde PLC ou CNC.
• Com o eixo C ativado, definir o plano XC ou ZC.

Se permite que ao definir a sincronização, ou com ela ativa, o eixo mestre trabalhe como
eixo C ou em G63. Também se permite que no spindle mestre estejam ativas as funções
G33, G95 ou G96. No caso do escravo, também se permite manter ativas as funções G33
e G95, porém a função G96 ficará temporariamente "congelada" e sem efeito durante a
sincronização.

Pelo contrário, não se permite trocar de canal os spindles sincronizados nem efetuar trocas
de gama M41 a M44. Se a mudança de gama é automática e a nova velocidade requer uma
mudança de gama, se mostrará o erro correspondente.

Gama de trabalho

Os spindles podem ter gamas diferentes. Se no momento da sincronização os spindles não


estão no mesmo estado, o escravo "congela" o seu estado, muda para a gama indicada no
parâmetro de máquina SYNCSET e deve seguir ao mestre.

Se o mestre pertence ao mesmo canal, também muda para a gama indicada no seu
parâmetro SYNCSET. Se o mestre está em outro canal, antes de ativar a sincronização se
deve ativar a gama. É portanto responsabilidade do usuário preparar o spindle mestre para
que o escravo se possa sincronizar. CNC 8060
Busca de referência de máquina CNC 8065
Antes de ativar a sincronização em posição, se buscará o ponto de referência de máquina
do spindle escravo, em caso de que nunca se tenha buscado. Se o spindle mestre está no
mesmo canal e não se fez referência ao mesmo, também se força a sua busca. Se o mestre
(REF: 1901)
está em outro canal e não se fez referência, dará erro.

·457·
Manual de programação.

#UNSYNC
Desacoplar um ou vários spindles

O formato de programação é o seguinte: Entre os caracteres <> se indicam os parâmetros


opcionais.
#UNSYNC
#UNSYNC [slave1 <,slave2> ...]

Se não se define nenhum parâmetro, se desacoplam todos os spindles.

26.
Parâmetro Significado

slave spindle escravo a sincronizar,


Sincronização dos spindles
INSTRUÇÕES DE PROGRAMAÇÃO.

#UNSYNC
Se desacoplam todos os spindles do canal.
#UNSYNC [S1,S2]
Os spindles escravos S1 e S2 se desacoplam do spindle mestre ao qual estavam
sincronizados.

Considerações ao desacoplamento
A sincronização também se anula com M30 e RESET.

Quando se desfaz a sincronização, o eixo mestre continua no seu estado atual e o escravo
se detém. O escravo não recupera a função M prévia à sincronização, porém mantém a
gama de sincronização até que se programe uma nova função S.

Variáveis associadas ao movimento de sincronização


Estas variáveis são de leitura e escrita (R/W) síncrona e se avaliam durante a execução.
As denominações das variáveis são genéricas.
• Substituir o caractere "n" pelo número de canal, conservando os colchetes. O primeiro
canal se identifica com o número 1, não sendo válido o 0.
• Substituir o caráter "Xn" pelo nome, número lógico ou índice no canal do eixo.

Ajustar a relação de sincronização em velocidade

(V.)[n].A.GEARADJ.Xn
De leitura desde o PRG, PLC e INT. A leitura desde o PLC virá expressa em centésimas (x100).

Ajuste fino da relação de transmissão durante a sincronização. Se programa como


percentagem sobre o valor original do ajustamento.

Sincronização em velocidade

(V.)[n].A.SYNCVELW.Xn
De leitura e escrita desde o PRG, PLC e INT.

Quando os spindles se sincronizam em velocidade, o spindle escravo gira à mesma


velocidade que o spindle mestre (considerando a relação). Se superamos o valor definido
nesta variável, o sinal SYNSPEED se coloca a nível lógico baixo; não se detém o movimento
nem se mostra nenhum erro.

O seu valor padrão é o do parâmetro máquina DSYNCVELW.

CNC 8060 (V.)[n].A.SYNCVELOFF.Xn


CNC 8065 De leitura e escrita desde o PRG, PLC e INT.

Offset de velocidade sobre a sincronização do spindle escravo.

(REF: 1901)

·458·
Manual de program a çã o.

Sincronização em posição

(V.)[n].A.SYNCPOSW.Xn
De leitura e escrita desde o PRG, PLC e INT.

Quando os spindles se sincronizam em posição, o spindle escravo segue o mestre


mantendo a defasagem programada (considerando a relação). Se superamos o valor
definido nesta variável, o sinal SYNCPOSI se coloca a nível lógico baixo; não se detém o
movimento nem se mostra nenhum erro.

O seu valor padrão é o do parâmetro máquina DSYNCPOSW.

(V.)[n].A.SYNCPOSOFF.Xn
26.

Sincronização dos spindles


INSTRUÇÕES DE PROGRAMAÇÃO.
De leitura e escrita desde o PRG, PLC e INT.

Offset de posição.

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·459·
Manual de programação.

26.8 Seleção do laço para um eixo ou spindle. Laço aberto ou laço


fechado.

Esta funcionalidade não está disponível para reguladores Sercos Posição (eixo ou spindle). Neste
i caso, não se permite que o CNC abra ou feche o laço, sendo que é o regulador o que controla o laço.

Quando se trabalha com laço aberto, a instrução não depende do feedback. Quando se
trabalha com o laço fechado, se tem em consideração o feedback para gerar a instrução.

26. O spindle trabalha normalmente em laço aberto quando está em M3 ou M4 e em laço


fechado quando está em M19. Na sincronização de spindles, o escravo sempre trabalha
em laço fechado, mas o mestre pode trabalhar em laço aberto ou fechado, dependendo dos
parâmetros de programação da instrução #SYNC. Entretanto, se permite trabalhar em laço
Seleção do laço para um eixo ou spindle. Laço aberto ou laço
INSTRUÇÕES DE PROGRAMAÇÃO.

fechado.

fechado com as funções M3 e M4 para realizar os seguintes ajustes num spindle:


• Ajustar um laço para M19.
• Ajustar um laço para quando o spindle for mestre de uma sincronização.

Os eixos trabalham habitualmente em laço fechado. Também se permite trabalhar em laço


aberto para controlar um eixo rotativo como se fosse um spindle.

Para abrir e fechar os laços se dispõe das seguintes instruções, válidas tanto para eixos
como para spindles.
#SERVO ON - Ativa o modo de funcionamento de laço fechado.
#SERVO OFF - Ativa o modo de funcionamento do laço aberto.

#SERVO ON
Ativa o modo de funcionamento de laço fechado

Depois de programar esta instrução, o eixo ou spindle passa a trabalhar com laço fechado.

No caso do spindle, antes de passar a trabalhar em laço fechado deve-se ter efetuado uma
busca de referência; pois caso contrário, não se fechará o laço e se mostrará um warning.

O formato de programação é o seguinte:


#SERVO ON [eixo/spindle]

Parâmetro Significado

eixo/spindle Nome de eixo ou spindle.

Para cada eixo ou spindle se deve fechar o laço em separado.

#SERVO ON [S]
Fecha o laço do spindle S.
#SERVO ON [S2]
Fecha o laço do spindle S2.
#SERVO ON [X]
Fecha o laço do eixo X.

#SERVO OFF
Ativa o modo de funcionamento de laço aberto

Depois de programar esta instrução, o eixo passa a trabalhar com laço aberto. No caso de
um spindle, se anula a situação de laço fechado programada com #SERVO ON,
recuperando desta forma a situação na que se encontrava o spindle antes de fechar o laço.
CNC 8060
• Se o spindle estava em M19, depois de programar esta instrução se continua com o laço
CNC 8065 fechado.
• Numa sincronização de spindles, não se permite programar a instrução #SERVO OFF
para o spindle escravo; se o programar, o CNC mostrará um erro.

(REF: 1901) Se a sincronização foi definida com o spindle mestre trabalhando em laço fechado, este
continua com o laço fechado depois de programar #SERVO OFF. Se a sincronização
foi definida com o spindle mestre trabalhando em laço aberto e posteriormente foi
fechado com #SERVO ON, depois de programar #SERVO OFF se abrirá o laço do
spindle mestre.
• Se o spindle estava em M3, M4 ou M5 sem sincronização ativa, se abre o laço.

·460·
Manual de program a çã o.

O formato de programação é o seguinte:


#SERVO ON [eixo/spindle]

Parâmetro Significado

eixo/spindle Nome de eixo ou spindle.

Para cada eixo ou spindle se deve abrir o laço em separado.

#SERVO OFF [S]


Se anula o laço fechado do spindle S.
#SERVO OFF [Z2]
O eixo Z2 passa a trabalhar com laço aberto.
26.

Seleção do laço para um eixo ou spindle. Laço aberto ou laço


INSTRUÇÕES DE PROGRAMAÇÃO.

fechado.
Considerações à programação dos laços
A função M19 requer trabalhar sempre em laço fechado. As funções M3, M4 e M5 padrão
trabalham em laço aberto, porém também podem trabalhar em laço fechado se é
programada uma sincronização de spindles ou a instrução #SERVO ON .

Quando um spindle passa a ser eixo C ou se interpola com o restante de eixos (por exemplo,
rosqueamento rígido) não perde a condição que tivesse de laço aberto ou fechado. Ao
finalizar estas instruções, se recupera a situação anterior.

No arranque, o spindle se coloca em laço aberto. Depois de executar M30 ou um reset, se


abre o laço e se anula a instrução #SERVO ON, exceto se o reset é para o spindle mestre
de uma sincronização (que pode estar num canal diferente do escravo), nesse caso nem
se anula a sincronização nem se passa a laço aberto. Neste caso se dá um warning.

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·461·
Manual de programação.

26.9 Detecção de colisões

A detecção de colisões analisa com antecedência as trajetórias de usinagem com o objetivo


de detectar e evitar interseções do perfil consigo mesmo, ou colisões com o perfil
programado. Esta função não leva em conta as dimensões da ferramenta, mas apenas as
trajetórias. O número de blocos a ser analisado pode ser definido pelo usuário, até um
máximo de 200 blocos (40 em um 8060).

26.
INSTRUÇÕES DE PROGRAMAÇÃO.
Detecção de colisões

O exemplo mostra erros de usinagem (E)


devidos a uma colisão no perfil programado.
Este tipo de erros se pode evitar mediante a
detecção de colisões.

O exemplo mostra erros de usinagem (E) devidos a uma colisão no perfil programado. Este tipo de
erros se pode evitar mediante a detecção de colisões.

Quando se detecta uma volta ou uma colisão, os blocos que os originam não serão
executados e, na tela se mostrará um aviso para advertir ao usuário que o perfil programado
foi modificado. Se mostrará um aviso por cada volta ou colisão eliminada. A informação
contida nos blocos eliminados, e que não seja o movimento no plano ativo, será executada
(incluindo os movimentos de outros eixos).

Considerações ao processo de detecção de colisões.


• A detecção de colisões poderá ser aplicada mesmo se a compensação do raio da
ferramenta não estiver ativa, mas somente detectará os trechos nos quais a trajetória
é cortada.
• Estando ativo o processo de detecção de colisões, se permite efetuar deslocamentos
de origens, pré-seleções de coordenadas e trocas de ferramenta. Pelo contrário, não
se permite realizar buscas de zero nem medições.
• Se mudamos o plano de trabalho, se interromperá o processo de detecção de choques.
O CNC analisa os choques nos blocos armazenados até o momento, e reinicia o
processo com o novo plano a partir dos novos blocos de movimento.
• O processo de detecção de choques será interrompido se se programa uma instrução
(explícita ou implícita) que requeira sincronizar a preparação e a execução de blocos
(por exemplo #FLUSH). O processo iniciará novamente depois a execução da referida
instrução.
• Não se permite ativar a detecção de choques se existe algum eixo hirth ativo formando
parte do plano principal. Da mesma forma, estando ativo o processo de detecção de
choques não se permitirá ativar um eixo como Hirth nem mudar o plano de trabalho se
algum dos eixos resulta ser Hirth.

#CD ON
Ativar a detecção de colisões

Ativa o processo de detecção de colisões. Estando a detecção de choques já ativa, permite


modificar o número de blocos a analisar.
CNC 8060
O formato de programação é o seguinte:
CNC 8065
#CD ON [<blocos>]

Parâmetro Significado
(REF: 1901) <blocos> Opcional. Número de blocos a analisar.

A definição do número de blocos a analisar é opcional. Se não estiver definido, o CNC


assume o máximo. O horizonte de blocos pode ser modificado em qualquer momento,
inclusive com a detecção de choques ativa.

·462·
Manual de program a çã o.

#CD OFF
Anula a detecção de colisões

Desativa o processo de detecção de colisões.

O processo também ficará desativado automaticamente depois de executar uma das


funções M02 ou M30, e depois de um erro ou um reset.

Exemplo de perfil com uma volta.


#CD ON [50]

26.
G01 X0 Y0 Z0 F750
X100 Y0
Y-50
X90

INSTRUÇÕES DE PROGRAMAÇÃO.
Detecção de colisões
Y20
X40
Y-50
X0
Y0
#CD OFF

Exemplo de choque de perfis.


#CD ON
G01 G41 X0 Y0 Z0 F750
X50
Y-50
X100
Y-10
X60
Y0
X150
Y-100
X0
G40 X0 Y0
#CD OFF
M30

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·463·
Manual de programação.

26.10 Interpolação de splines (Akima)

Este tipo de usinagem adapta o contorno programado a uma curva em forma de spline, a
qual passa por todos os pontos programados.

26.
INSTRUÇÕES DE PROGRAMAÇÃO.
Interpolação de splines (Akima)

Em traço descontínuo se mostra o perfil programado. Em traço contínuo se mostra o Spline.

O contorno que se quer adaptar, se define por meio de trajetórias retas (G00/G01). Se
definimos uma trajetória curva (G02/G03), o Spline se interrompe durante a usinagem da
mesma e se reinicia na seguinte trajetória reta. As transições entre a trajetória curva e o
spline se realizam tangencialmente.

#SPLINE ON
Ativar à adaptação do spline.

Quando se executa esta instrução, o CNC entende que os pontos programados a seguir
formam parte de uma spline e começa a adaptação da curva.

O formato de programação é o seguinte:


#SPLINE ON

Não se permite ativar a usinagem de splines se está ativa a compensação de raio (G41/G42)
com transição linear entre blocos (G137) nem vice-versa.

#SPLINE OFF
Anular à adaptação do spline.

Quando se executa esta instrução, finaliza a adaptação da curva e a usinagem continua


conforme as trajetórias programadas.

O formato de programação é o seguinte:


#SPLINE OFF

Só poderemos desativar o spline se programamos um mínimo de 3 pontos. Se definimos


as tangentes inicial e final do spline, somente será necessário definir 2 pontos.

#ASPLINE MODE
Seleção do tipo de tangente.

Esta instrução estabelece o tipo de tangente inicial e final do spline, o qual determina como
se realiza a transição entre o spline e a trajetória anterior e posterior. A sua programação
é opcional; se não se define, a tangente se calcula automaticamente.

O formato de programação é o seguinte:


#ASPLINE MODE [<inicial>,<final>]

CNC 8060 Parâmetro Significado


CNC 8065 <inicial> Tangente inicial.

<final> Tangente final.

A tangente inicial e final do spline pode adquirir um dos seguintes valores . Se não se
(REF: 1901) programa, se toma o valor 1.

·464·
Manual de program a çã o.

Valor Significado

1 A tangente se calcula automaticamente.


2 Tangencial ao bloco anterior/posterior.
3 Conforme a tangente especificada.

Se definimos com valor ·3·, a tangente inicial se define mediante a instrução #ASPLINE
STARTTANG e a tangente final mediante a instrução #ASPLINE ENDTANG. Se não se
definem, se aplicam os últimos valores utilizados.
26.
#ASPLINE STARTTANG

INSTRUÇÕES DE PROGRAMAÇÃO.
Interpolação de splines (Akima)
Tangente inicial

#ASPLINE ENDTANG
Tangente final

Por meio destas instruções se define a tangente inicial e final do spline. A tangente se
determina mostrando vectorialmente a sua direção nos diferentes eixos.

O formato de programação é o seguinte:


#ASPLINE STARTTANG <eixos>
#ASPLINE ENDTANG <eixos>

X1 Y1 X1 Y-1

X-5 Y2 X0 Y1

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·465·
Manual de programação.

26.
INSTRUÇÕES DE PROGRAMAÇÃO.
Interpolação de splines (Akima)

N10 G00 X0 Y20


N20 G01 X20 Y20 F750 (Ponto inicial do spline)
N30 #ASPLINE MODE [1,2] (Tipo de tangente inicial e final)
N40 #SPLINE ON (Seleção do spline)
N50 X40 Y60
N60 X60
N70 X50 Y40
N80 X80
N90 Y20
N100 X110
N110 Y50 (Último ponto do spline)
N120 #SPLINE OFF (Retirada da seleção do spline)
N130 X140
N140 M30

N10 G00 X0 Y20


N20 G01 X20 Y20 F750 (Ponto inicial do spline)
N30 #ASPLINE MODE [3,3] (Tipo de tangente inicial e final)
N31 #ASPLINE STARTTANG X1 Y1
N32 #ASPLINE ENDTANG X0 Y1
N40 #SPLINE ON (Seleção do spline)
···
N120 #SPLINE OFF (Retirada da seleção do spline)
N130 X140
N140 M30
CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·466·
Manual de program a çã o.

26.11 Interpolação polinómica

O CNC permite a interpolação de retas e círculos e por meio da instrução #POLY também
podemos interpolar curvas complexas, como por exemplo uma parábola.

#POLY
Interpolação polinómica

Este tipo de interpolação permite a usinagem de uma curva expressa por meio de um
polinômio até ao quarto grau, onde o parâmetro de interpolação é o comprimento do arco.

O formato de programação é o seguinte:


26.

Interpolação polinómica
INSTRUÇÕES DE PROGRAMAÇÃO.
#POLY [<eixo1>[a,b,c,d,e] <eixo2>[a,b,c,d,e] .. SP<sp> EP<ep>]

Parâmetro Significado

<eixo> Eixo a interpolar.

a,b,c,d,e Coeficientes do polinômio.


<sp> Parâmetro inicial da interpolação.

<ep> Parâmetro final da interpolação.

Os coeficientes definem a trajetória do eixo como uma função para cada eixo.
#POLY [X[ax,bx,cx,dx,ex] Y[ay,by,cy,dy,ey] Z[az,bz,cz,dz,ez] .. SP<sp> EP<ep>]
X(p) = ax+bx*p+cx*p²+dx*p³+ex*p4
Y(p) = ay+by*p+cy*p²+dy*p³+ey*p4
Z(p) = az+bz*p+cz*p²+dz*p³+ez*p4

Sendo "p" o mesmo parâmetro em todos os eixos. Os parâmetros sp e ep definem os valores


inicial e final de "p", como os extremos entre os quais será gerada a trajetória para cada eixo.

Programação de uma parábola. O polinômio poderá ser representado da seguinte maneira:


• Coeficientes do eixo X: [0,60,0,0,0]
• Coeficientes do eixo Y: [1,0,3,0,0]
• Parâmetro inicial: 0
• Parâmetro final: 60
O programa peça fica da seguinte maneira.
G0 X0 Y1 Z0
G1 F1000
#POLY [X[0,60,0,0,0] Y[1,0,3,0,0] SP0 EP60]
M30

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·467·
Manual de programação.

26.12 Controle da aceleração

A aceleração e o jerk (variação da aceleração) que se aplicam nos deslocamentos se


encontram definidos nos parâmetros de máquina. Entretanto, estes valores podem ser
modificados desde o programa por meio das seguintes funções.
G130 o G131 Percentagem de aceleração e desaceleração a aplicar.
G132 o G133 Percentagem de jerk de aceleração e desaceleração a aplicar.

26.
A figura seguinte mostra, para cada um dos casos, os gráficos de velocidade (v), aceleração
(a) e jerk (j).

LINEAR TRAPEZOIDAL SQUARE SINE


Controle da aceleração
INSTRUÇÕES DE PROGRAMAÇÃO.

v v v

t t t
a a a

t t t
j j j

t t t

Como exemplo se mostra a dinâmica da aceleração trapezoidal.

v 3 4 5
6
7
2
1
t
a
ACCEL

t
DECEL

j
ACCJERK
DECJERK
t
ACCJERK

1 O eixo começa a mover-se com uma aceleração uniformemente crescente, com uma
inclinação limitada pela percentagem do jerk de aceleração indicado por meio das
funções G132 ou G133, até alcançar a percentagem de aceleração indicada por meio
das funções G130 ou G131.
2 A aceleração passa a ser constante.
3 Antes de alcançar a velocidade programada existe uma aceleração uniformemente
CNC 8060 decrescente, com uma inclinação limitada pela percentagem do jerk de aceleração.
CNC 8065 4 Continua com o avanço programado e com aceleração 0.
5 Quando se deseja diminuir a velocidade ou parar o eixo, se aplica uma desaceleração,
com uma inclinação limitada pela percentagem do jerk de desaceleração.

(REF: 1901)
6 A desaceleração passa a ser constante e o seu valor é a percentagem de desaceleração.
7 Antes de alcançar a velocidade programada ou parar, existe uma desaceleração com
uma inclinação limitada pela percentagem do jerk de aceleração.

·468·
Manual de program a çã o.

#SLOPE
Estabelece o comportamento da aceleração

Esta instrução determina a influência, no comportamento da aceleração, dos valores


definidos por meio das funções G130, G131, G132 e G133.

O formato de programação é o seguinte:


#SLOPE [<tipo>,<jerk>,<acel>,<mov>]

Parâmetro Significado

<tipo>

<jerk>
Tipo de aceleração.

Opcional. Determina a influência do jerk.


26.

Controle da aceleração
INSTRUÇÕES DE PROGRAMAÇÃO.
<acel> Opcional. Determina a influência da aceleração.

<mov> Opcional. Afeta aos movimentos em G00.

#SLOPE [1,1,0,0]
#SLOPE [1]
#SLOPE [2,,,1]

Não é necessária a programação de todos os parâmetros. Os valores que pode tomar cada
parâmetro são os seguintes.
• O parâmetro <tipo> determina o tipo de aceleração.

Valor Significado
0 Aceleração linear.

1 Aceleração trapezoidal.

2 Aceleração seno quadrado.

Padrão , assume o valor ·0·.


• O parâmetro opcional <jerk> determina a influência do Jerk definido por meio das
funções G132 e G133. Só se considerarão nos tipos de aceleração trapezoidal e seno
quadrado.

Valor Significado

0 Modifica o jerk da fase de aceleração e desaceleração.


1 Modifica o jerk da fase de aceleração.

2 Modifica o jerk da fase de desaceleração.

Padrão , assume o valor ·0·.


• O parâmetro opcional <acel> determina a influência da aceleração definida mediante
as funções G130 e G131.

Valor Significado

0 Se aplica sempre.
1 Só se aplica na fase de aceleração.

2 Só se aplica na fase de desaceleração.

Padrão , assume o valor ·0·.


• O parâmetro opcional <mov> determina se as funções G130, G131, G132 e G133
afetam os deslocamentos em G00.

Valor Significado CNC 8060


0 Afetam os deslocamentos em G00. CNC 8065
1 Não afetam os deslocamentos em G00.

Padrão , assume o valor ·0·.


(REF: 1901)

·469·
Manual de programação.

26.13 Definição de macros

As macros permitem definir um bloco de programa, ou parte dele, por meio de um nome,
da forma "NomeDeMacro" = "BlocoCNC". Depois de definida a macro, quando se programe
"NomeDeMacro" será equivalente a programar "BlocoCNC". Quando desde o programa (ou
MDI) se execute uma macro, o CNC executará o bloco de programa que tem associado.

As macros definidas desde um programa (ou MDI) se armazenam numa tabela no CNC;
desta maneira estão disponíveis desde o resto de programas sem necessidade de voltar
a defini-las. Esta tabela se inicializa ao arrancar o CNC e também pode ser inicializada desde

26. o programa de usinagem por meio da instrução #INIT MACROTAB, apagando dessa forma
todas as macros armazenadas.
INSTRUÇÕES DE PROGRAMAÇÃO.
Definição de macros

#DEF
Definição de macros

Podemos ter definidas até 50 macros diferentes no CNC. As macros definidas são
acessíveis desde qualquer programa. Se tentamos definir mais macros das permitidas, o
CNC mostra o erro correspondente. A tabela de macros pode ser iniciada (apagando todas
as macros) por meio da instrução #INIT MACROTAB.

A definição da macro deve ser programada sozinha no bloco.

O formato de programação é o seguinte:


#DEF "NomeDeMacro" = "BlocoCNC"

Parâmetro Significado

NomeDeMacro Nome identificativo da macro no programa. Poderá


ter um comprimento de até 30 caracteres e estar
formado por letras e números

BlocoCNC Bloco de programa. Poderá ter um comprimento de


até 140 caracteres.

Podemos definir várias macros num mesmo bloco, da seguinte maneira.


#DEF "Macro1"="Bloco1" "Macro2"="Bloco2" ...

(Definição de macros)
#DEF "READY"="G0 X0 Y0 Z10"
#DEF "START"="SP1 M3 M41" "STOP"="M05"
(Execução de macros)
"READY" (é equivalente a programar G0 X0 Y0 Z10)
P1=800 "START" F450 (é equivalente a programar S800 M3 M41)
G01 Z0
X40 Y40
"STOP" (é equivalente a programar M05)

Definição de operações aritméticas nas macros.

Quando se incluam operações aritméticas na definição da macro, se deverá incluir a


operação aritmética completa.

Definição correta de uma macro.


#DEF "MACRO1"="P1*3"
#DEF "MACRO2"="SIN [\"MACRO1\"]"

CNC 8060
A definição das seguintes macros é incorreta.
CNC 8065
#DEF "MACRO1"="56+"
#DEF "MACRO2"="12"
#DEF "MACRO3="\"MACRO1\"\"MACRO2\""

(REF: 1901) #DEF "MACRO4"="SIN["


#DEF "MACRO5"="45]"
#DEF "MACRO6="\"MACRO4\"\"MACRO5\""

·470·
Manual de program a çã o.

Sequenciamento de macros. Incluir macros na definição de outras macros.

A definição de uma macro poderá ao mesmo tempo incluir outras macros. Neste caso, cada
uma das macros incluídas na definição deverá estar delimitada por meio dos caracteres \"
(\"macro\").

Exemplo 1
#DEF "MACRO1"="X20 Y35"
#DEF "MACRO2"="S1000 M03"

26.
#DEF "MACRO3"="G01 \"MA1\" F100 \"MA2\""
Exemplo 2
#DEF "POS"="G1 X0 Y0 Z0"
#DEF "START"="S750 F450 M03"

INSTRUÇÕES DE PROGRAMAÇÃO.
Definição de macros
#DEF "MACRO"="\"POS\" \"START\""

#INIT MACROTAB
Inicialização da tabela de macros

Quando se define uma macro desde um programa (ou MDI), se armazena numa tabela no
CNC de maneira que está disponível para os outros programas. Esta instrução inicializa a
tabela de macros, apagando as macros que se encontrem armazenadas na mesma.

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·471·
Manual de programação.

26.14 Comunicação e sincronização entre canais

Cada canal pode executar o seu próprio programa de forma paralela e independente de
outros canais. Porém, além disto também pode comunicar-se com outros canais, passar
informação ou sincronizar-se em determinados pontos.

A comunicação se realiza baseando-se numa série de marcas que se monitoram desde os


programas de usinagem de cada canal. Estas marcas estabelecem se o canal está à espera
de ser sincronizado, se é possível sincronizar, etc.

26. Possuímos dois métodos diferentes de sincronização, cada um dos quais oferece uma
solução diferente.
• Mediante a instrução #MEET.
INSTRUÇÕES DE PROGRAMAÇÃO.
Comunicação e sincronização entre canais

O método mais simples de sincronização. Detém a execução em todos os canais


implicados para realizar a sincronização.
O conjunto de marcas que se utilizam se inicializam depois de executar-se M02 ou M30,
depois de um reset e no ato da ligação.
• Mediante as instruções #WAIT - #SIGNAL - #CLEAR.
É um método um pouco mais complexo que o anterior porém mais versátil. Não é
necessário deter a execução em todos os canais para realizar a sincronização.
O conjunto de marcas que se utilizam se mantêm depois de executar-se M02 ou M30,
depois de um reset e no ato da ligação.

As marcas de sincronização de ambos os métodos são independentes entre si. As marcas


controladas pela instrução#MEET nem afetam nem se vêm afetadas pelo resto das
instruções.

Outros modos de sincronizar canais

Os parâmetros aritméticos comuns também podem ser utilizados para a comunicação e


sincronização de canais. Por meio da escrita desde um canal e posterior leitura desde outro
de um determinado valor, podemos estabelecer a condição para seguir a execução de um
programa.

O acesso desde um canal às variáveis de outro canal também serve como via de
comunicação.

O intercâmbio de eixos entre canais também permite sincronizar processos, já que o canal
não pode agarrar um eixo até que não tenha sido cedido por outro.

CANAL 1 CANAL 2 CANAL 3


G1 F1000 X1=0 Y1=0 Z1=0 G1 F1000
S3000 M3 G1 F1000 X2=20 Z2=10
#FREE AX [Z] #FREE AX[Z1] #FREE AX[Z2]
(Libera o eixo Z) (Libera o eixo Z1) (Libera o eixo Z2)
X30 Y0 G2 X1=-50 Y1=0 I-25 X2=100 Y2=50
#CALL AX [Z1,Z2] #CALL AX [Z] #CALL AX[Z2]
(Acrescenta os eixos Z1 e Z2) (Acrescenta o eixo Z) (Recupera o eixo Z2)
X90 Y70 Z1=-30 Z2=-50 G1 X1=50 Z20 G0 X2=0 Y2=0 Z2=0
#FREE AX [Z1,Z2] #FREE AX[Z] M30
(Libera os eixos Z1 e Z2) (Libera o eixo Z)
X0 X1=20
#CALL AX [Z] #CALL AX [Z1]
(Recupera o eixo Z) (Recupera o eixo Z1)
G0 X0 Y0 Z0 G0 X1=0 Y1=0 Z1=0
CNC 8060 M30 M30
CNC 8065
Variáveis de consulta

A informação sobre o estado das marcas de sincronização podem ser consultadas por meio
das seguintes variáveis.
(REF: 1901)
• Marca de tipo MEET ou WAIT que espera o canal "n" do canal "m".
V.[n].G.MEETCH[m]
V.[n].G.WAITCH[m]
Substituir os caracteres "n" e "m" pelo número do canal.

·472·
Manual de program a çã o.

• Estado da marca "mk" de tipo MEET ou WAIT no canal "n".


V.[n].G.MEETST[m]
V.[n].G.WAITST[m]

#MEET
Ativa a marca indicada no canal e espera que se ative no resto de
canais programados

Esta instrução depois de ativar a marca no seu próprio canal, espera que esteja também
ativa nos canais programados e desta forma continuar com a execução. Cada canal possui
100 marcas numeradas de 1 a 100. 26.
Programando a mesma instrução em vários canais, todos param e esperam que os demais

INSTRUÇÕES DE PROGRAMAÇÃO.
Comunicação e sincronização entre canais
cheguem ao ponto indicado, para retomar a execução todos ao mesmo tempo, a partir desse
ponto.

O formato de programação é o seguinte:


#MEET [<marca>, <canal>,...]

Parâmetro Significado

<marca> Marca de sincronização que se ativa no canal próprio e que


se deve ativar no resto de canais para continuar.

<canal> Canal ou canais nos quais se deve ativar a mesma marca.

Incluir em cada instrução o número do canal próprio é irrelevante, já que a marca se ativa
ao executar a instrução #MEET. Não obstante se recomenda a sua programação para
facilitar a compreensão do programa.

Funcionamento

Programando a mesma instrução em cada canal, todos se sincronizam nesse ponto


retomando a execução a partir desse momento. O funcionamento é o seguinte.
1 Ativa a marca selecionada no canal próprio.
2 Espera que a marca se ative nos canais indicados.
3 Depois de sincronizar os canais, apaga a marca no canal próprio e continua com a
execução do programa.

Cada canal se detém no #MEET. Quando o último deles alcance o comando e verifique que
todas as marcas estão ativas, se desbloqueia o processo para todos ao mesmo tempo.

No seguinte exemplo se espera que a marca ·5· esteja ativa nos canais ·1·, ·2· e ·3· para
sincronizar os canais e continuar com a execução.

CANAL 1 CANAL 2 CANAL 3


%PRG_1 %PRG_2 %PRG_3
··· ··· ···
··· #MEET [5,1,2,3] ···
#MEET [5,1,2,3] ··· ···
··· ··· ···
··· ··· #MEET [5,1,2,3]
M30 M30 M30

#WAIT
Espera que a marca se ative no canal definido CNC 8060
A instrução #WAIT espera que a marca indicada esteja ativa nos canais assinalados. Se CNC 8065
a marca já está ativa ao executar o comando, não se detém a execução e se continua com
o programa.

Cada canal possui 100 marcas numeradas de 1 a 100.


(REF: 1901)
O formato de programação é o seguinte:
#WAIT [<marca>, <canal>,...]

·473·
Manual de programação.

Parâmetro Significado

<marca> Marca de sincronização a ativar.

<canal> Canal ou canais nos quais se deve ativar a marca.

Não obstante a instrução #MEET, não ativa a marca indicada do seu próprio canal. As marcas
do canal se ativam mediante a instrução #SIGNAL.

26. #SIGNAL
Ativa a marca no canal próprio

A instrução #SIGNAL ativa as marcas indicadas no canal próprio. Cada canal possui 100
INSTRUÇÕES DE PROGRAMAÇÃO.
Comunicação e sincronização entre canais

marcas numeradas de 1 a 100. Essas marcas são aquelas correspondentes às instruções


#WAIT.

Esta instrução não realiza nenhuma espera; continua com a execução. Depois de realizar
a sincronização as marcas se desativam, se assim se deseja, por meio da instrução
#CLEAR.

O formato de programação é o seguinte:


#SIGNAL [<marca>,...]

Parâmetro Significado

<marca> Marca de sincronização que se ativa no canal.

#CLEAR
Apaga as marcas de sincronização do canal

Esta instrução apaga as marcas indicadas no canal próprio. Se não se programa nenhuma
marca, apaga todas.

O formato de programação é o seguinte:


#CLEAR
#CLEAR [<marca>,...]

Parâmetro Significado

<marca> Marca de sincronização que se apaga no canal.

No exemplo seguinte , os canais ·1· e ·2· esperam que a marca ·5· esteja ativada no canal
·3· para sincronizar-se. Quando no canal ·3· se ativa a marca ·5· continua a execução dos
três canais.

CANAL 1 CANAL 2 CANAL 3


%PRG_1 %PRG_2 %PRG_3
··· ··· ···
··· #WAIT [5,3] ···
#WAIT [5,3] ··· ···
··· ··· #SIGNAL [5]
··· ··· ···
··· ··· #CLEAR [5]
M30 M30 M30
CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·474·
Manual de program a çã o.

26.15 Movimentos de eixos independentes

Esta funcionalidade dispõe de um manual específico. Neste manual, que você está lendo, só se
oferece informação a título de orientação sobre esta funcionalidade. Consulte a documentação
específica para obter mais informação a respeito dos requisitos e do funcionamento dos eixos
independentes.

O CNC dispõe da possibilidade de executar posicionamentos e sincronizações

26.
independentes. Para este tipo de movimentos, cada eixo do CNC possui um interpolador
independente que mantém a sua própria contagem de posição atual, sem depender da
contagem de posição do interpolador geral do CNC.

INSTRUÇÕES DE PROGRAMAÇÃO.
Movimentos de eixos independentes
É permitida a execução de um movimento independente e um movimento geral simultâneo.
O resultado será a soma dos dois interpoladores.

O CNC armazena até um máximo de duas instruções de movimento independente por eixo.
O resto das instruções enviadas quando já existem duas pendentes de execução, presume
uma espera do programa de usinagem.

Tratamento de um eixo rotativo como um eixo infinito.

A sincronização de eixos permite tratar um eixo rotativo como um eixo infinito e assim poder
contar de forma indefinida o aumento do eixo, independentemente do valor do módulo. Este
tipo de eixo se ativa no momento da programação, acrescentando o prefixo ACCU ao nome
do eixo mestre. A partir desta programação, o CNC utiliza a variável V.A.ACCUDIST.xn, que
se pode inicializar em qualquer momento, para realizar o seguimento do eixo.

Esta ajuda é útil, por exemplo, no caso de um eixo rotativo ou codificador que move uma
correia transportadora infinita sobre a qual está a peça. O tratamento de eixo infinito permite
sincronizar a cota da correia transportadora com um acontecimento externo, e contar dessa
forma o deslocamento da peça em valores superiores ao módulo do eixo rotativo que move
a correia.

Restrições dos eixos independentes.

Qualquer eixo do canal poderá ser movido de forma independente utilizando as instruções
associadas. Entretanto, esta funcionalidade apresenta as seguintes restrições.
• Um spindle unicamente poderá mover-se de maneira independente se for por meio de
uma instrução #CAX se coloca em modo eixo. Não obstante, sempre poderá exercer de
eixo mestre de uma sincronização.
• Um eixo rotativo poderá ser de qualquer módulo, porém o limite inferior deverá ser zero.
• Um eixo Hirth não poderá mover-se de maneira independente.

Sincronização dos interpoladores

Para que os movimentos incrementais considerem a cota real da máquina, é necessário


que cada interpolador se sincronize com esta cota real. A sincronização se realiza desde
o programa de usinagem utilizando a instrução #SYNC POS.

Por meio de um reset no CNC se sincronizam as cotas teóricas dos dois interpoladores com
a cota real. Estas sincronizações somente serão necessárias se intercalamos instruções
dos dois tipos de interpoladores.

Com cada início de programa ou bloco de MDI também se sincroniza a cota do interpolador
geral do CNC e com cada nova instrução independente (sem nenhuma inclinação) também
se sincroniza a cota do interpolador independente.

Influência dos movimentos na preparação de blocos CNC 8060


Todos estes blocos não provocam uma parada de preparação de bloco mas sim da CNC 8065
interpolação. Portanto, não se realizará uma junção de dois blocos existindo entre eles um
independente .

(REF: 1901)

·475·
Manual de programação.

Movimento de posicionamento (#MOVE)


Os diferentes tipos de posicionamento se programam por meio das seguintes instruções.
#MOVE - Movimento de posicionamento absoluto.
#MOVE ADD - Movimento de posicionamento incremental.
#MOVE INF - Movimento de posicionamento sem-fim

O formato de programação para cada uma delas é o seguinte. Entre os caracteres <> se
indicam os parâmetros opcionais.

26. #MOVE <ABS> [Xpos <,Fn> <,enlace>]


#MOVE ADD [Xpos <,Fn> <,enlace>]
#MOVE INF [X+/- <,Fn> <,enlace>]
INSTRUÇÕES DE PROGRAMAÇÃO.
Movimentos de eixos independentes

[ Xpos ] Eixo e posição a ser atingida

Eixo e posição a ser atingida. Com #MOVE ABS se definirá em coordenadas absolutas e
com #MOVE ADD em coordenadas incrementais.

O sentido de deslocamento vem determinado pela cota ou aumento programado. Para os


eixos rotativos, o sentido de deslocamento está determinado pelo tipo de eixo. Se é normal,
pelo percurso mais curto; se é unidirecional, no sentido preestabelecido.

[ X+/- ] Eixo e sentido de deslocamento

Eixo (sem cota) a posicionar. O sinal indica o sentido de deslocamento.

Se utiliza com #MOVE INF, para executar um movimento sem fim até alcançar o limite do
eixo ou até que o movimento seja interrompido.

[ Fn ] Velocidade de posicionamento

Avanço para o posicionamento.

Velocidade de avanço em mm/min, polg/min ou graus/min.

Parâmetro opcional. Se não se define, se aceita o avanço definido no parâmetro de máquina


POSFEED.

[ enlace ] Enlace dinâmico com o bloco seguinte

Parâmetro opcional. O avanço com o qual se alcança a posição (enlace dinâmico com o
bloco seguinte) virá definida por parâmetro opcional.

A velocidade com a qual é alcançada a posição virá definida por um destes elementos:

[enlace] Tipo de enlace dinâmico

PRESENT Alcançamos a posição indicada a velocidade de posicionamento especificada


para o próprio bloco.

NEXT Alcançamos a posição indicada a velocidade de posicionamento especificada


no seguinte bloco.

NULL Alcançamos a posição indicada a velocidade nula.

WAITINPOS Alcançamos a posição indicada a velocidade nula e espera estar em posição


para executar o bloco seguinte.

A programação deste parâmetro é opcional. Se não se programa, o enlace dinâmico se


realiza conforme o parâmetro de máquina ICORNER, da seguinte maneira.

ICORNER Tipo de enlace dinâmico


CNC 8060
G5 Conforme o definido para o valor PRESENT.
CNC 8065
G50 Conforme o definido para o valor NULL.

G7 Conforme o definido para o valor WAITINPOS.

(REF: 1901)

·476·
Manual de program a çã o.

P100 = 500 (avanço)


#MOVE [X50, FP100, PRESENT]
#MOVE [X100, F[P100/2], NEXT]
#MOVE [X150, F[P100/4], NULL]

500

250
26.

INSTRUÇÕES DE PROGRAMAÇÃO.
Movimentos de eixos independentes
125

50mm 100mm 150mm Pos

Movimento de sincronização (#FOLLOW ON)


A ativação e anulação dos diferentes tipos de sincronização se programam por meio das
seguintes instruções.
#FOLLOW ON - Ativa o movimento de sincronização (cotas reais).
#TFOLLOW ON - Ativa o movimento de sincronização (cotas teóricas).
#FOLLOW OFF - Anula o movimento de sincronização.

O formato de programação para cada uma delas é o seguinte. Entre os caracteres <> se
indicam os parâmetros opcionais.
#FOLLOW ON [master, slave, Nratio, Dratio <,synctype>]
#TFOLLOW ON [master, slave, Nratio, Dratio <,synctype>]
#FOLLOW OFF [slave]

A execução da instrução #FOLLOW OFF requer eliminar a velocidade de sincronização do


escravo. A freada do eixo demorará algum tempo em realizar-se permanecendo a instrução
em execução durante este tempo. Quando a sincronização é ativada a partir do programa,
é necessário programar a instrução #FOLLOW OFF antes de M30, já que esta última não
cancela a sincronização.

[ master ] Eixo mestre

Nome do eixo mestre.

Para considerar um eixo rotativo como um eixo infinito e desta maneira poder contar de
forma indefinida o aumento do eixo, independentemente do valor do módulo, programar o
eixo mestre com o prefixo ACCU. Desta maneira o CNC realiza o seguimento do eixo através
da variável V.A.ACCUDIST.xn.

[ slave ] Eixo escravo

Nome do eixo escravo.

[ Nratio ] Relação de transmissão (eixo escravo)

Numerador da relação de transmissão. Rotações do eixo escravo.

[ Dratio ] Relação de transmissão (eixo mestre)


CNC 8060
Denominador da relação de transmissão. Rotações do eixo mestre. CNC 8065
[ synctype ] Tipo de sincronização

Parâmetro opcional. Indicador que determina se a sincronização se realiza em velocidade


ou em posição. (REF: 1901)

[ synctype ] Tipo de sincronização

POS A sincronização se realiza em posição.


VEL A sincronização se realiza em velocidade.

·477·
Manual de programação.

Sua programação é opcional. Se não se programa, se executa uma sincronização em


velocidade.

#FOLLOW ON [X, Y, N1, D1]


#FOLLOW ON [A1, U, N2, D1, POS]
#FOLLOW OFF [Y]
#FOLLOW ON [ACCUX, Y, N1, D1]

26.
INSTRUÇÕES DE PROGRAMAÇÃO.
Movimentos de eixos independentes

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·478·
Manual de program a çã o.

26.16 Ressaltos eletrônicos.

Esta funcionalidade dispõe de um manual específico. Neste manual, que você está lendo, só se
oferece informação a título de orientação sobre esta funcionalidade. Consulte a documentação
específica para obter mais informação a respeito dos requisitos e do funcionamento dos ressaltos
eletrônicos.

O modo de ressalto eletrônico permite gerar o movimento de um eixo escravo definido, a

26.
partir de uma tabela de posições ou de um perfil de ressalto. Se durante a execução de um
perfil de ressalto, se executa um segundo perfil de ressalto, este segundo perfil fica
preparado e à espera que finalize a execução do perfil atual. Alcançado o final do perfil de
ressalto atual, daremos início à execução do segundo ressalto, enlaçando-se ambos os

Ressaltos eletrônicos.
INSTRUÇÕES DE PROGRAMAÇÃO.
perfis de modo similar ao enlace de dois blocos de posicionamento. A execução da instrução
de terminação da sincronização de ressalto (#CAM OFF) fará com que finalize a execução
do ressalto atual, porém não de forma imediata, mas sim no seu próximo passo pelo final
do perfil de ressalto.

Depois da execução da sincronização do ressalto não se admitem movimentos de


posicionamento de eixo independente (MOVE). Não faz sentido sobrepor ao movimento de
sincronização do ressalto um movimento adicional que provoque uma ruptura com a
sincronização estabelecida.

Ressalto posição - posição

Neste tipo de ressalto podem obter-se relações não lineares de sincronização eletrônica
entre dois eixos. Assim, a posição do eixo escravo se sincroniza com a posição do eixo
mestre mediante um perfil de ressalto.

Ressalto posição - tempo

Neste tipo de ressalto podem obter-se outros perfis de movimento diferentes dos perfis
trapezoidais ou em forma de S.

Editor de ressalto eletrônico.


Antes de ativar um ressalto eletrônico, este deve estar corretamente definido no editor de
ressaltos, ao qual se acessa desde os parâmetros de máquina. Este editor oferece uma fácil
assistência para analisar o comportamento do ressalto projetado através das facilidades
gráficas de edição de valores de velocidade, aceleração e jerk.

É da responsabilidade do usuário a escolha dos parâmetros e funções que intervêm no


desenvolvimento do desenho de um ressalto eletrônico, quem deverá comprovar
rigorosamente que o desenho realizado é coerente com as especificações exigidas.

Ativar e anular uma ressalto de arquivo desde o programa peça


Os dados do ressalto podem estar definidos num arquivo, o qual se pode carregar desde
o CNC ou o PLC. Ao executar um ressalto desde um arquivo, o CNC lê seus dados de
maneira dinâmica, pelo que não há limite de pontos às horas de definir o ressalto. Após
selecionar um ressalto de arquivo, este permanece disponível até que se valide a tabela
de ressaltos dos parâmetros máquina ou se desligue o CNC.

Para selecionar ou anular um ressalto de arquivo, utilizar as seguintes instruções. As


seguintes instruções somente definem a localização do came; para ativá-la, utilizar a
instrução #CAM ON. CNC 8060
#CAM SELECT - Selecionar um ressalto de arquivo. CNC 8065
#CAM DESELECT - Anular o ressalto dum arquivo.

O formato de programação para cada um deles é o seguinte.


#CAM SELECT [cam, file]
(REF: 1901)

·479·
Manual de programação.

#CAM DESELECT [cam]

Parâmetro. Significado.

cam Número de ressalto.

#PATH ["path"] Nome e direção (path) do arquivo com os dados do ressalto.

#CAM SELECT [6, "C:\USERCAM\cam.txt"]


(O CNC utiliza para o ressalto ·6· os dados definidos no arquivo cam.txt)
#CAM DESELECT [6]

26. (O CNC deixa de utilizar para o ressalto ·6· os dados definidos num arquivo)
Ressaltos eletrônicos.
INSTRUÇÕES DE PROGRAMAÇÃO.

Ativação e anulação do ressalto eletrônico (#CAM).


Ativar e cancelar um ressalto eletrônico se programa por meio das seguintes instruções.
#CAM ON - Ativa o ressalto (Cotas reais).
#TCAM ON - Ativa o ressalto (cotas teóricas)
#CAM OFF - Cancelar o ressalto eletrônico.

O formato de programação para cada um deles é o seguinte. Entre os caracteres <> se


indicam os parâmetros opcionais.
#CAM ON [cam, master/"TIME", slave, master_off, slave_off, range_master,
range_slave <,type>]
#TCAM ON [cam, master/"TIME", slave, master_off, slave_off, range_master,
range_slave <,type>]
#CAM OFF [slave]

A execução da instrução #CAM OFF requer eliminar a sincronização do ressalto. Depois de


programada esta instrução, o ressalto termina quando se alcança o final de seu perfil.

[cam] Número de ressalto.

Para ativar um ressalto, este deve ter sido previamente definido no editor de ressaltos,
dentro dos parâmetros de máquina.

[master/"TIME"] Eixo mestre.

Nome do eixo mestre, quando se trata de um ressalto de posição. Se em vez de programar


um nome de eixo se programa o comando "TIME", o ressalto se interpreta como um ressalto
em tempo.

Num ressalto de posição, para considerar um eixo rotativo como um eixo infinito e desta
maneira poder contar de forma indefinida o aumento do eixo, independentemente do valor
do módulo, programar o eixo mestre com o prefixo ACCU. Desta maneira o CNC realiza
o seguimento do eixo através da variável V.A.ACCUDIST.xn.

#CAM ON [1, X, Y, 30, 0, 100, 100]


#CAM ON [1, ACCUX, Y, 30, 0, 100, 100]
#CAM ON [1, TIME, A2, 0, 0, 6, 3, ONCE]
#CAM OFF [Y]

[slave] Eixo escravo.

Nome do eixo escravo.

[master_off] Offset do eixo mestre ou offset de tempo.


CNC 8060
Num ressalto de posição, este offset estabelece a posição na qual se ativa o ressalto. O
CNC 8065 offset se diminui à posição do eixo mestre para calcular a posição de entrada da tabela do
ressalto.

Num ressalto de tempo, este offset permite estabelecer um tempo para o disparo do ressalto.
(REF: 1901)
[slave_off] Offset do eixo mestre.

Os valores de slave_off e range_slave permitem deslocar as posições do eixo escravo fora


da classificação de valores estabelecidos pela função do ressalto.

·480·
Manual de program a çã o.

[Range_master] Escala a categoria de ativação do eixo mestre.

Um ressalto de posição se ativa quando o eixo mestre se encontra entre as posições


"master_off" e "master_off + range_master". O ressalto somente regula a posição do eixo
escravo dentro desta classificação.

Num ressalto de tempo, este parâmetro define a classificação de tempo ou a duração total
do ressalto.

[Range_slave] Escala ou categoria de aplicação para o eixo escravo.

O ressalto aplica ao eixo escravo quando este se encontra entre "slave_off" e "slave_off +
range_slave". 26.

Ressaltos eletrônicos.
INSTRUÇÕES DE PROGRAMAÇÃO.
[type] Tipo de ressalto.

Considerando o modo de execução, tanto os ressaltos de tempo como os de posição podem


ser de dois tipos diferentes; isto é , ressalto periódico ou não periódico. A seleção se realiza
mediante os seguintes comandos.

[type] Significado.

ONCE Ressalto não periódico.


Neste modo se mantém a sincronização para a classificação definida do eixo mestre.
Se o eixo mestre retrocede ou se é módulo, o eixo escravo continuará executando o perfil
de ressalto enquanto não se programe a desativação.

CONT Ressalto periódico.


Neste modo, ao chegar ao final da classificação do eixo mestre se recalcula o offset para
voltar a executar o ressalto, deslocado na referida classificação. Isto é, vamos
executando ressaltos iguais ao longo do percurso do eixo mestre.

Se o eixo mestre é de módulo rotativo e a classificação de definição do ressalto é o referido


módulo, os dois modos de execução são equivalentes. Nos dois modos se mantém a
sincronização até à execução da instrução #CAM OFF. Alcançada a referida instrução, a
execução do ressalto finalizará na próxima vez que seja alcançado o final do perfil de
ressalto.

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·481·
Manual de programação.

26.17 Alterar online a configuração da máquina nos gráficos HD


(arquivos xca).

O CNC dispõe de diferentes arquivos xca, um por modelo, nos quais encontra-se a definição
e a configuração da máquina para os gráficos HD. Na partida do CNC, este assume o último
arquivo utilizado. Estes arquivos cobrem a maioria das configurações, razão pela qual
somente será necessário gerar novos arquivos xca quando a máquina possuir algum
requisito especial que afete os gráficos.

26.
Se durante a execução é alterada a configuração física da máquina (por exemplo, troca de
spindle com diferente número de eixos), deve-se carregar o arquivo xca correspondente
para que as alterações se reflitam nos gráficos. Os arquivos xca podem ser carregados tanto
a partir do menu de softkeys como a partir do programa por meio da instrução #DEFGRAPH.
xca).
INSTRUÇÕES DE PROGRAMAÇÃO.
Alterar online a configuração da máquina nos gráficos HD (arquivos

Em uma alteração da configuração da máquina, o CNC salva a peça da tela


automaticamente como LastPiece.stl na pasta ../Users/Grafdata, e a recupera após a nova
configuração.

Programação.
Esta instrução deve ser programada sozinha no bloco. No momento de programar esta
instrução, deve-se definir o nome do arquivo e, opcionalmente, poderá se indicar a sua
localização.

Formato de programação.

O formato de programação é o seguinte; entre chaves se mostra a lista de argumentos e


entre colchetes angulares os que são opcionais.
#DEFGRAPH ["<{path\}>{file.xca}"]
{path\} Opcional. Localização do arquivo.
{file.xca} Nome do arquivo.

#DEFGRAPH ["Machine.xca"]
#DEFGRAPH ["c:\FagorCnc\MTB\Grafdata\Machine.xca"]

Definição do path.

A definição do path é opcional. Se for definido, o CNC buscará o arquivo somente nesta
pasta; se não for definido, o CNC buscará o arquivo na pasta ..\MTB\Grafdata. Se o arquivo
não existe, o CNC apresenta o erro correspondente.

Observações
Os arquivos de configuração da máquina fornecidos pela Fagor são constituídos por um
único arquivo, o xca. Quando um OEM cria seus próprios arquivos de configuração, para
cada arquivo xca deve criar um arquivo com o mesmo nome e extensão def que completa
a configuração dos eixos envolvidos na cinemática. Para guardar o arquivo de configuração
em outra pasta, deve-se copiar os dois arquivos.

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·482·
27
27. VARIÁVEIS DO CNC.

Todas as informações sobre as variáveis do CNC estão no manual "Variáveis do CNC",


disponível no site corporativo da Fagor Automation. O nome do documento eletrônico é
man_8060_8065_var.pdf.

http://www.fagorautomation.com/en/downloads/

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·483·
Manual de programação.

27.
VARIÁVEIS DO CNC.

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·484·
Manual de program a çã o.

Notas de usuário:

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·485·
Manual de programação.

Notas de usuário:

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·486·
Manual de program a çã o.

Notas de usuário:

CNC 8060
CNC 8065

(REF: 1901)

·487·
Fagor Automation S. Coop.
Bº San Andrés, 19 - Apdo. 144
E-20500 Arrasate-Mondragón, Spain
Tel: +34 943 719 200
+34 943 039 800
Fax: +34 943 791 712
E-mail: info@fagorautomation.es
www.fagorautomation.com

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