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Palhoça
2020
FILIPE SANTIAGO RODRIGUES
Palhoça
2020
FILIPE SANTIAGO RODRIGUES
_________________________________________________
Orientador: Prof. Marcos Fernando Severo de Oliveira, Esp.
Universidade do Sul de Santa Catarina
___________________________________________________
Prof. Antônio Carlos Vieira de Campos, Esp.
Universidade do Sul de Santa Catarina
AGRADECIMENTOS
- Albert Einstein.
RESUMO
Até meados da Segunda Guerra Mundial, a ideia de se fazer um VANT ou veículo aéreo não
tripulado, tinha sido colocado em prática poucas vezes, até que se passou o tempo e
consequentemente essas ideais foram sendo aprimoradas e ao chegar da Guerra, a ideia de usar
um equipamento autônomo que não colocasse a vida de soldados e pilotos em risco, ficou cada
vez mais próxima da realidade, começando com os projetos V-1 e V-2 da Alemanha, esses
projetos no período pós Guerra, foram utilizados pelo Estados Unidos, Reino Unido e União
Soviética para o desenvolvimento de veículos autônomos, inclusive foi utilizado como base
para começar a corrida espacial na Guerra Fria. A partir desse momento houve um salto no
desenvolvimento dos VANTs, com aprimoramento de seus sistemas. Apenas no ano de 2005,
se usou um VANT com fim não militar, que foi utilizado pela NASA para monitoramento
meteorológico. Em 2010 esse produto chegou ao mercado para os consumidores e desde então
foi se tornando uma ferramenta importante em diversas áreas. Então, com o crescente número
de VANTs no mercado civil, sendo utilizados para diversas tarefas, consequentemente, houve
um aumento do número desses veículos no espaço aéreo, o órgão responsável pelo controle do
espaço aéreo, DECEA (Departamento de Controle do Espaço Aéreo), confeccionou diversos
documentos com premissas a serem seguidas pelos operadores de aeronaves remotamente
tripuladas, afim de garantir a segurança de todos que trafegam pelo espaço aéreo. Conhecer a
história e a trajetória dos VANTs é fundamental para entender a importância desses veículos
que tem feito parte do cotidiano das pessoas cada vez mais, seja de forma direta ou indireta.
O trabalho foi elaborado por pesquisa exploratória e explicativa, com procedimento
bibliográfico e documental, com abordagem qualitativa. A coleta de dados se deu através de
relatos e dados, disponibilizados por meio eletrônico oficial, livro didático e sites especializados
em VANTs. A Análise dos dados se deu através de leitura criteriosa dos materiais
disponibilizados, assim, julgando sua relevância para a pesquisa. Como resultado, é possível
dizer que a trajetória desses equipamentos, passou por diversos momentos importantes da
história, se desenvolvendo até o jeito que o conhecemos atualmente. Atuando em diversas
aéreas civis, desde uma produção agrícola a entregas de produtos comprados pela internet.
Possui um alto potencial de crescimento, com o surgimento de diversas ideias e adaptação de
uso dos VANTs em diversos setores.
Until the middle of World War II, the idea of making an UAV or unmanned aerial vehicle, had
been put into practice a few times, until time passed and consequently these ideals were being
improved and when the War came, the idea of using autonomous equipment that did not put the
lives of soldiers and pilots at risk, became increasingly closer to reality, starting with Germany's
V-1 and V-2 projects, these projects in the post-war period, were used by the United States ,
The United Kingdom and the Soviet Union for the development of autonomous vehicles, was
even used as a base to start the space race in the Cold War. From that moment on, there was a
leap in the development of UAVs, with the improvement of their systems. Only in 2005, a UAV
was used for non-military purposes, which was used by NASA for meteorological monitoring.
In 2010 this product hit the market for consumers and has since become an important tool in
several areas. So, with the growing number of UAVs in the civilian market, being used for
various tasks, consequently, there was an increase in the number of these vehicles in the
airspace, the body responsible for the control of airspace, DECEA (Airspace Control
Department), made several documents with premises to be followed by the operators of
remotely manned aircraft, in order to guarantee the safety of all who travel through the airspace.
Knowing the history and trajectory of UAVs is essential to understand the importance of these
vehicles that have been part of people's daily lives more and more, either directly or indirectly.
The work was elaborated by exploratory and explanatory research, with bibliographic and
documentary procedure, with qualitative approaches. Data collection took place through reports
and data, made available through official electronic means, textbooks and websites specialized
in UAVs. Data analysis took place through a careful reading of the materials available, thus
judging their relevance to the research. As a result, it is possible to say that the trajectory of this
equipment has gone through several important moments in history, developing even the way
we know it today. Acting in several civil airlines, from agricultural production to deliveries of
products purchased over the internet. It has a high growth potential, with the emergence of
several ideas and adaptation of the use of UAVs in different sectors.
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 10
1.1 PROBLEMA DA PESQUSIA............................................................................................ 14
1.2 OBJETIVOS ....................................................................................................................... 14
1.2.1 Objetivo Geral ................................................................................................................. 14
1.2.2 Objetivos Específicos ...................................................................................................... 14
1.3 JUSTIFICATIVA ............................................................................................................... 14
1.4 METODOLOGIA ............................................................................................................... 15
1.4.1 Natureza e Tipo da Pesquisa ............................................................................................ 15
1.4.2 Materiais e Métodos ........................................................................................................ 15
1.4.3 Procedimento de Coleta de Dados ................................................................................... 16
1.4.4 Procedimento de Análise de Dados ................................................................................. 16
1.5 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO ................................................................................. 17
2. REFERENCIAL TEÓRICO ............................................................................................. 19
2.1 DEFINIÇÃO ....................................................................................................................... 19
2.2 HISTÓRIA.......................................................................................................................... 19
2.2.1 Abraham Karem "Drone Daddy" .................................................................................... 21
2.3 USO MILITAR................................................................................................................... 22
2.3.1 General Atomics MQ-1B Predator .................................................................................. 23
2.3.2 Northrop Grumman, RQ-4 Global Hawk ........................................................................ 24
2.3.3 Reaper MQ-9 ................................................................................................................... 25
2.4 MERCADO INTERNACIONAL ....................................................................................... 27
2.5 VANTS NO BRASIL ......................................................................................................... 29
2.5.1 História ........................................................................................................................... 29
2.5.2 Uso atual no brasil ........................................................................................................... 31
2.6 USO CIVIL DOS VANTS ................................................................................................. 33
2.6.1 DECEA ............................................................................................................................ 36
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................................. 39
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 41
10
1. INTRODUÇÃO
Os mitos tiveram uma função social e cultural bastante destacada. Séculos antes de
Cristo, o pensamento mítico ajudou os homens a afugentarem seus medos e
inseguranças. De certa forma, os mitos revelavam os desejos humanos de dominar as
forças da natureza. Eram percepções da realidade; formas espontâneas do homem
situar-se no mundo. Podemos pensá-los como uma tentativa humana de entender o
passado. Basicamente, a narração mitológica envolve acontecimentos supostos,
relativos a épocas primordiais, geralmente ocorridos antes do surgimento dos homens
(LEMOS, 2012, p. 19).
Até que em meados de 1900, depois de muitos pioneiros como Leonardo da Vinci,
Padre Bartolomeu Lourenço de Gusmão, Joseph Montgolfier, Étienne Montgolfier, Otto
Lilienthal e muitos outros que inclusive deram suas vidas realizando algumas experiências. Os
irmãos Wright e Santos Dumont tiveram a proeza de voar com o mais pesado que o ar, com
isso dando o passo inicial para a aviação chegando até como a conhecemos hoje (LEMOS,
2012).
Algumas décadas antes do primeiro voo com um equipamento mais pesado que o
ar, já se tinha a ideia de um veículo que de certa forma fosse autônomo. Em 1849 a Áustria
enviou para Veneza, região norte da Itália, balões que continham bombas acopladas que seriam
liberadas após certo tempo, porém, devido aos fortes ventos na região, o plano fracassou, foi
uma ideia pioneira sobre um equipamento autônomo (NARDINI, 2016).
Em 1898, os Estados Unidos, com o objetivo de reconhecimento geográfico,
utilizaram pipas com câmeras instaladas para realizar fotografias e assim ter um panorama do
terreno, as fotografias saiam com baixa qualidade, considerando que a tecnologia da época era
rudimentar (BUZZO, 2015).
Na Segunda Guerra Mundial a força aérea da Alemanha foi a primeira a tentar
desenvolver uma bomba que quando lançada, fosse controlada remotamente. Era construído a
11
partir de uma fuselagem que foi projetada para o transporte de uma bomba, no qual era
impulsionada por um motor pulso-jato. Conhecida como V-1, sendo pouco precisa e barulhenta,
o projeto foi abandonado, alguns anos depois, o projeto serviu de base para que se iniciasse a
corrida espacial entre Estados Unidos e União Soviética, que resultou em um dos maiores feitos
da humanidade, levar o homem à Lua (BUZZO, 2015).
O Pentágono em parceria com FAA Federal Aviation Administration
(Administração Federal de Aviação), estava tentando desenvolver uma aeronave não tripulada,
assim, originou-se o projeto Aquilla. Esse projeto necessitava de 30 pessoas para que a aeronave
pudesse operar, sempre após 20 horas de voo a aeronave caia, até que Abraham Karem mudou
a história desses veículos, abrindo caminho para o jeito que o conhecemos atualmente
(WHITTLE, 2013).
Desde então, esses veículos autônomos, hoje também conhecidos como UAV
(Unmanned Aerial Vehicle/Veículo aéreo não tripulado) evoluíram de uma forma exponencial,
com a criação de novas tecnologias, mais desenvolvimento, sendo que maior parte dessa
evolução foi no âmbito militar.
No ano de 2005, a NASA National Aeronautics and Space Administration
(Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço), NOAA National Oceanic and Atmospheric
Administration (Administração Oceânica e Atmosférica Nacional) e Aerosonde North America,
criaram o Aerosonde, que consiste em um veículo aéreo não tripulado, com fins não militares,
sendo uma novidade para a época, já que o desenvolvimento desses equipamentos era fofocado
ao âmbito militar. O intuito desse desenvolvimento para fins não militares era fazer a captura
de imagens e dados meteorológicos de lugares de difícil acesso ou perigosos (NASA, 2005).
Qual a contribuição dos VANTs para os diversos segmentos em que são utilizados?
1.2 OBJETIVOS
1.3 JUSTIFICATIVA
A partir do momento em que se alcançou o sonho de voar e ter a liberdade que tanto
admirávamos nos pássaros, foram criadas ideias a partir deste feito. Com a junção destas ideias,
ter um equipamento que consegue se sustentar no ar e que de certa forma fosse autônomo,
assim, facilitando diversas tarefas e diminuindo a força de trabalho. Foram atribuídos diversos
papéis para esses equipamentos: reconhecimento de território inimigo em caso de uma guerra,
lançar bombas, fazer entregas de cargas, fazer monitoramento de lavoura ou até utilizar para
filmagens.
Muitas das ideias citadas acima, hoje já são colocadas em prática e auxilia diversos
segmentos. É notável que esse aparelho, atualmente tem muitas utilidades e participa
15
indiretamente do dia a dia das pessoas, seja em um filme que está assistindo ou no legume
escolhido no supermercado, assim, mostrando a exponencial contribuição para diversos
segmentos.
Dessa forma, o presente trabalho se justifica pela enorme contribuição que os
VANTs oferecem para diversos setores, assim, cada vez mais esses equipamentos ganham
importância nesse mercado. Devido a gama de funcionalidades que podem ser adaptadas ao
veículo, gera também, uma grande taxa de crescimento para a indústria de aeronaves não
tripuladas. O foco do trabalho foi mantido em apresentar os principais pilares que formam essa
grande contribuição desses equipamentos aos diversos segmentos. Dentre esses pilares: Mostrar
a história e trajetória dos VANTs até os dias atuais, identificar a importância dos VANTs e
como eles chegaram a esse patamar.
1.4 METODOLOGIA
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 DEFINIÇÃO
2.2 HISTÓRIA
A história desses veículos aéreos não tripulados, até os dias de hoje, pode ser
comparada com a da internet. Nos tempos em que não havia essa integração da rede mundial
de computadores, era necessário sair de casa para pagar uma conta ou mesmo para ir comprar
um lanche.
A internet se tornando popular, contribuiu como um dos pilares para que toda essa
globalização ocorresse e hoje para muitos serviços, há uma dependência exclusivamente dela,
seja para pagar um boleto ou para interagir com pessoas do outro lado do mundo através de
mensagens e muitas outras funções disponíveis.
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Como é notável, esses equipamentos por mais que tenham sido criados com o
objetivo de destruição nas guerras, contribuíram notoriamente em diversas áreas da sociedade,
inclusive para a corrida espacial, assim, auxiliando no desenvolvimento de tecnologias que
possibilitaram levar o homem à Lua.
até 56 horas no ar sem que nenhuma recarga fosse necessária em suas baterias e necessitava de
apenas 3 pessoas para operar ele, contra 30 pessoas do VANT rival Aquilla (WHITTLE, 2013).
Abraham recebeu financiamento de 40 milhões de dólares da DARPA Defense
Advanced Research Projects Agency (Agência de Projetos de Pesquisa Avançada de Defesa)
que é uma instituição militar do governo dos Estados Unidos, especializada em projetos
avançados de defesa. Com o patrocínio para o protótipo, Abraham desenvolveu o programa
Amber (WHITTLE, 2013).
“Eu só queria que aviões robôs operassem com os mesmos padrões de segurança,
confiabilidade e desempenho que aviões tripulados” diz Abraham Karem (SILVA, 2017).
Abraham Karem, contribuiu nitidamente para o desenvolvimento da tecnologia
desses aparelhos, assim, em vez de precisar de 30 pessoas para manter o equipamento em
operação, essa quantidade diminui para apenas 3. Tornando-se o uso desses aparelhos mais
acessíveis para o âmbito militar, consequentemente, popularizando o aparelho e permitindo que
fosse conhecido do jeito que é atualmente.
Em 1994 veio uma grande revolução com o General Atomics MQ-1B, mais
conhecido também como Predator, além de ser equipado com câmeras, carrega dois mísseis
AGM 114 Hellfire, que utilizam mira a laser para identificar e marcar o alvo. Em vez de ser
substituído ao longo dos anos, foi aprimorado e ganhou até um mecanismo anticongelante. Pode
voar numa altitude de até 25.000 pés a uma velocidade de aproximadamente 100 mph, com
uma autonomia de até 14 horas, custeando um total de US $ 20 milhões de dólares (USAF,
2015).
A USAF United States Air Force (Força Aérea dos Estados Unidos), conta com
uma frota de 150 MQ-1B. O MQ-1B Predator é uma aeronave armada, multimissão, altitude
média e longa duração, pilotada remotamente, empregada principalmente como um ativo de
coleta de informações e, secundariamente, contra alvos de execução dinâmicos. Dado seu
tempo de espera significativo, sensores de amplo alcance, suíte de comunicações multimodo e
armas de precisão, ele fornece uma capacidade única de executar ataques, coordenação e
reconhecimento (SCAR) contra alvos de alto valor, sensíveis ao tempo. O Predator também
pode executar as seguintes missões e tarefas: inteligência, vigilância, reconhecimento, apoio
aéreo próximo, busca e salvamento em combate, ataque de precisão, vigilância, comboio e
invasão (USAF, 2015).
Um mês após o 11 de Setembro, em outubro de 2001, o Predator foi utilizado pela
primeira vez em um ataque armado, assassinando um líder do Talibã no Afeganistão. Mudando
completamente o cenário de guerras, sendo utilizado menos ataques envolvendo soldados
humanos e envolvendo mais VANTs operados remotamente via satélite (USAF, 2015).
24
Em 1998 foi criado com incentivo da DARPA, o Nothrop Grumman RQ-4 Global
Hawk. É o modelo de reconhecimento mais autônomo até o momento, conta com sensores que
podem superar obstáculos como tempestades de areia, nuvens e neblina. A transmissão de dados
e imagens dos locais sobrevoados é de alto desempenho, com capacidade para cobrir até
100.000 Km² de terreno por dia, pode voar a uma altitude de até 60.000 pés, com velocidade de
357 mph, tem uma autonomia de 34 horas. A USAF tem uma frota de 63 equipamentos desse
tipo (USAF, 2014).
O RQ-4 Global Hawk é uma aeronave pilotada remotamente de alta altitude e longa
duração, com um conjunto de sensores integrado que fornecem recursos globais para qualquer
clima, inteligência diurna ou noturna, vigilância e reconhecimento (ISR). A missão do Global
Hawk é fornecer um amplo espectro de capacidade de coleta de ISR para apoiar forças conjuntas
de combatentes em operações de tempo de paz, contingência e operações de guerra em todo o
mundo. O Global Hawk fornece cobertura persistente quase em tempo real, usando sensores de
inteligência de imagem (IMINT), inteligência de sinais (SIGINT) e indicador de alvo móvel
(MTI) (USAF, 2014).
25
Em 2018, com a aposentaria do Predator, foi criado o Reaper MQ-9, sendo maior,
mais pesado, mais veloz e com uma capacidade de armamento maior. O MQ-9 pode voar numa
altitude de até 50.000 pés a uma velocidade de 230 mph, o seu armamento conta com uma
combinação de mísseis AGM-114 Hellfire, Grupo de Munições GBU-12 Paveway II e GBU-
38 de Munição de ataque direto. Um dos diferenciais deste equipamento é o seu motor
turbohelice Honeywell TPE331-10GD que fornece 900 HP e uma autonomia de 27 horas. Tem
um custeio de US $ 64.2 milhões de dólares e a força aérea dos Estados Unidos conta com 93
MQ-9 em sua frota (USAF, 2015).
O MQ-9 Reaper é uma aeronave armada, de missão múltipla, altitude média e longa
duração, pilotada remotamente e empregada principalmente contra alvos de execução
dinâmicos e secundariamente, como um ativo de coleta de informações. Dada a sua autonomia
significativa, sensores de amplo alcance, suíte de comunicações multimodo e armas de precisão,
ele fornece uma capacidade única de realizar ataques, coordenação e reconhecimento contra
alvos de alto valor sensíveis ao tempo. Atualmente a Força Aérea do país treina mais pilotos de
VANTs do que de bombardeiros (USAF, 2015).
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possuem e a força de combate, devido ao poder bélico, possibilitado pelas armas instaladas,
ajudando no combate ao terrorismo e outras operações dessa mesma natureza.
Tanto para o mercado de veículos aéreos não tripulados no âmbito civil e no militar,
crescem a cada ano conforme a popularidade do equipamento aumenta, devido suas inúmeras
funcionalidades, movimentando bilhões de dólares por ano, assim, se tornando um pilar para a
economia de países que produzem esses veículos.
Os Estados Unidos, além de fabricarem esses equipamentos para si mesmos,
também é realizada a venda para países com que tenham aliança. Atrás dos Estados Unidos,
temos Israel ocupando o lugar de segundo maior fabricante e desenvolvedor desses
equipamentos, que também são exportados para várias partes do planeta (FOLHA DE SÃO
PAULO, 2019).
Quando foi eleito o atual governador Wilson Witzel, no Rio de Janeiro, Witzel
viajou até Israel com a intenção de saber mais sobre pequenos equipamentos que contenham
armas de fogo, a ideia do governador era de incorporar esses equipamentos ao BOPE (Batalhão
de Operações Policiais Especiais), houve críticas e elogios sobre a ideia. O estado se encontra
refém de altos índices de violência, em especial, a capital, atualmente em 2020, não se tem
notícia de que essa tecnologia tenha sido incorporada no estado (O GLOBO, 2018).
A Elbit Systems, fundada em 1996, com sede em Haifa, Israel, é uma empresa
estratégica na produção e exportação de tecnologia militar, responsável, por exemplo, pela
maior parte dos armamentos bélicos do país, incluindo os veículos aéreos não tripulados. A
empresa oferece um leque de opções a seus clientes, desde VANTs portáteis para usos mais
simples, até VANTs de última geração para uso militar, dentre eles destacam-se a linha Hermes,
que como modelo principal, conta com o Hermes 900 StarLine e o Hermes 450. O Hermes 900
incorpora configurações bastantes flexíveis, de ponta e com várias cargas úteis, assim, podendo
ser usado em variáveis missões. O sistema emprega sistemas EO / IR / laser padrão e de longo
alcance, SAR / GMTI e MPR, COMINT / DF, COMINT GSM, COMMJAM, ELINT, EW,
sistemas hiperespectrais, sistemas de varredura de grandes áreas, vigilância persistente em áreas
amplas e outras cargas úteis (ELBIT SYSTENS, 2020).
O gerenciamento da missão é realizado de maneira quase que totalmente autônoma
por meio do sistema de controle de solo Hermes (GCS), projetado para controlar as missões
combinadas entre o Hermes 900 e o Hermes 450. O Hermes 900 pode executar duas missões
simultâneas do mesmo sistema de controle de solo, usando dois terminais de dados terrestres
(GDT) (ELBIT SYSTENS, 2020).
Abaixo uma imagem que mostra um panorama de veículos aéreos não tripulados
armados espalhados pelo mundo:
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Esse é um mercado que fatura bilhões de dólares ao ano, os países como Estados
Unidos, Israel, China, Canadá, França e Inglaterra, tem a concentração dos principais números
desses equipamentos não tripulados. O setor no ano de 2019, movimentou aproximadamente
US $ 9,62 bilhões de dólares, segundo estimativa da Acute Market Reports, que também prevê
um crescimento anual médio de 6,6% até o ano de 2025 (FOLHA DE SÃO PAULO, 2019).
É notável que esse mercado é mundial, é de grande importância econômica,
representando um grande faturamento não só para a indústria bélica, mas também para
fabricantes desses aparelhos de menor porte para uso civil.
2.5.1 História
No Brasil, a história com VANTs começa na década de 80, com a CBT (Companhia
Brasileira de Tratores) sediada na cidade de São Carlos no interior do estado de São Paulo. O
projeto começou com o CTA (Centro Tecnológico da Aeronáutica) que encomendou a CTB o
desenvolvimento de um pequeno motor a jato que possuísse cerca de 30Kg de empuxo para ser
instalado em projeto de VANT.
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O motor recebeu o nome ´´Tietê TJ-2`` pelo CTA, consiste em um turbo jato
utilizando componentes rotativos de turbo alimentadores de motores a diesel escolhidos no
mercado nacional e todas as outras peças que consideradas principais para o projeto, foram
desenvolvidas pelo centro de pesquisas da Aeronáutica, deste motor foram construídos apenas
dois protótipos, um ficou em posse do CTB e o outro ficou com o CTA em seu banco de testes
que foram construídos especialmente para seu desenvolvimento. O motor funcionou e os
resultados que foram obtidos nos testes foram bastantes satisfatórios, alcançando um
desempenho bem próximo do que já tinha sido previsto no projeto. Uma curiosidade sobre esse
motor é que poderia funcionar com vários tipos de combustíveis, incluindo o querosene
aeronáutico, o álcool hidratado e até o gás natural (AEROJR, 2018).
O VANT era composto de uma estrutura metálica que pesava 92,5kg na decolagem,
com 3,89m de comprimento, 28cm de diâmetro e 3,38m de envergadura, era lançado por uma
catapulta com auxílio de um foguete. Alcançava até 530km/h e chegava a um teto de 6500
metros de altura e tinha uma autonomia estimada de 45minutos de voo. Antes mesmo de realizar
o primeiro voo, o projeto foi arquivado. Entretanto, o projeto levou fôlego ao mercado de
VANTs no Brasil, o que levou a impulsão de investimentos de outras empresas nessa
tecnologia. Logo após a falência da CTB, a antiga TAM adquiriu as antigas instalações da CTB
e lá encontrou o primeiro e único protótipo do BQM1BR, que se encontra preservado até os
dias de hoje, a empresa criou o museu Asas de Um Sonho, no qual é aberto ao público para
apreciar esse e vários outros artefatos de nossa indústria nacional (AEROJR, 2018).
Segundo o site Aerojr:
O Brasil, em relação a fabricação dos VANTs não avançou muito, porém, adquiriu
alguns equipamentos de empresas estrangeiras, assim, concluindo um passo importante para a
implementação dessa tecnologia no país.
A FAB, Força Aerea Brasileira, fez um contrato com Israelense Elbit Systems, para
ter o fornecimento de VANT, do modelo Hermes 900, que foi utilizado também para
patrulhamento do Espaço Aéreo Brasileiro durante a Copa do Mundo em 2014 e as Olimpíadas
de 2016, antes da aquisição desse modelo, a FAB já operava modelos menores como o Hermes
450. O Contrato foi custeado pelo valor de US $ 8 Milhões de dólares, que foi garantido o
suporte logístico e garantia de um ano do equipamento (BRASIL, 2014).
Além dos recursos do Hermes 450, entre as principais vantagens operacionais do
Hermes 900 está o SkyEye, um conjunto de 10 câmeras de alta resolução que permitem a
vigilância de uma região inteira. O software que processa o conjunto de imagens oferece
visualização independente e permite monitorar diferentes alvos simultaneamente dentro de uma
mesma área. São necessárias 10 pessoas para operar a nova ferramenta, dependendo da natureza
da missão (ELBIT SYSTEMS, 2020).
32
histórico de uso armado desses aparelhos aqui no Brasil, ainda assim, continua sendo um grande
passo para a implementação dessa tecnologia no país.
Em 2010 uma empresa francesa chamada Parrot, que até o momento era
desconhecida, apresentou o Ar Drone, um pequeno VANT com quatro motores elétricos,
também conhecido como quadricoptero, que poderia ser controlado até mesmo a partir de um
celular, isso foi uma novidade para a época e acabou se popularizando, dando início a era dos
VANTs no âmbito civil, deixando de ser exclusivo no uso militar. Esses equipamentos para uso
civil são muito mais simples do que no uso militar, sem armas e outros dispositivos, mas, isso
não o impediu de conquistar diversas áreas e se provar muito útil em determinadas tarefas,
desde então não para de aparecer novas utilidades a esses equipamentos, hoje temos VANTs
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que são utilizados desde monitorar uma fazenda até capturar imagens de filmes na indústria
Hollywoodiana. (WEBSTER, 2011).
Por volta dos anos de 2013/2014, esses veículos aéreos não tripulados se tornaram
a mais nova atração na terra do cinema, assim se tornou uma ferramenta fundamental para a
gravação de takes aéreos em Hollywood, devido sua funcionalidade excelente e também ao
baixo custo de operação, comparado com os meios que eram utilizados antes da chegada dessas
novas ´´câmeras``, pois para fazer a maioria das cenas que envolvia imagens aéreas, utilizavam
helicópteros, os quais o custo de operação eram bastantes elevados, pois tinha-se que arcar com
custos de piloto, combustível, equipamentos cinematográficos e muitos outros; o qual havia
certa complexidade para fazer um voo rasante ou outras manobras de helicóptero para obter
certas cenas para os filmes, assim trazendo um certo risco caso algo saísse do script (ITARC,
2018).
Desde então esses equipamentos se tornaram a solução ideal para satisfazer as
vontades técnicas e estéticas das produtoras da indústria cinematográfica, os métodos mais
utilizados nessa indústria são: o abrande, consiste na movimentação lenta do equipamento, é
usado para dar sensação de filmagem a partir de uma plataforma alta em movimento,
movimento lateral que captura imagens incríveis de acordo com o movimento do equipamento,
movimento em dois eixos (quando o equipamento é configurado para voar para trás e para baixo
simultaneamente, dando um efeito muito comum em grandes produções Hollywoodianas), em
órbita e alguns outros mais precisos para determinadas produções (ITARC, 2018).
Os VANTs para captura de imagens, os quais estão presentes em maior número, já
que essa é uma das principais funções, contam com o gimbal, que é o sistema que mantém a
câmera estável e permite a captura de imagens de alta resolução mesmo que aja deslocamento
repentino do equipamento, assim fazendo com que as imagens fiquem extremamente estáveis.
Câmera: os primeiros VANTs domésticos precisavam de uma câmera auxiliar (geralmente uma
GoPro) para a captura de imagens, entretanto, os modelos mais recentes já apresentam
eficientes câmeras, sem a necessidade de utilizar dispositivos auxiliares. Com uma câmera
estável, o usuário consegue ter mais qualidade na hora de capturar imagens. As câmeras
presentes nos VANTs são otimizadas em diversos aspectos, em que muitas delas são capazes
de registrar imagens até na qualidade 4K com 120 fps (ITARC, 2018).
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Um assunto também muito cobiçado na área de VANT, é sua utilização para fazer
entregas, como por exemplo um delivery ou algum pedido realizado online. Em 2013 o CEO
Jeff Bezos da Amazon, uma das maiores empresas de logística e comercio eletrônico do mundo,
apresentou essa visão de praticidade em realizar entregas, segundo a própria empresa: ´´trata-
se de um VANT elétrico autônomo que poderia voar a uma distância máxima de 24 quilômetros,
com capacidade para entregar pacotes de até dois quilos - o que representa a maior parte dos
itens vendidos em seu site`` (O GLOBO, 2019).
A tecnologia estaria disponível para clientes do serviço prime, e as entregas seriam
feitas em até 30 minutos. Esse serviço ainda não está disponível, ainda passa por teste para
poder ser colocado em prática. Até mesmo a Uber, na qual também é detentora dos serviços do
Uber Eats, um aplicativo de delivery de comidas, também planeja colocar essa ideia na prática
(O GLOBO, 2019).
2.6.1 DECEA
Figura 2 - Parâmetros.
Há regulamentos para cada tipo de área, é importante que o piloto de aeronave RPA,
esteja ciente das regulamentações para cada tipo de ambiente em que esteja voando, já que todas
essas normas foram confeccionadas para justamente garantir a segurança de todos que transitam
no espaço aéreo.
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3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
ANAC. O que são drones. 2017: Agência Nacional de Aviação Civil. Disponível em:
https://www.anac.gov.br/perguntas-frequentes/drones/aeronaves/o-que-sao-drones. Data do
acesso: 03/02/2020.
BRASIL. Capacidade operacional, Hermes 900 reforça segurança. 2014: Força Aérea
Brasileira. Disponível em:
http://www.fab.mil.br/noticias/mostra/18093/REAPARELHAMENTO-%E2%80%93-
Hermes-900-refor%C3%A7a-capacidade-operacional-da-FAB-no-reconhecimento-
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