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Oceanografia Operacional
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FRONTEIRAS DO
CONHECIMENTO EM
CIÊNCIAS DO MAR
ORGANIZADORES
PAULO DA CUNHA LANA &
JORGE PABLO CASTELLO
Organizadores
Paulo da Cunha Lana &
Jorge Pablo Castello
Colaboradores
Antônio Olinto Ávila-da-Silva • Aurea Maria Ciotti • Bernardo A. P. da Gama • Carina Catiana Foppa •
Carlos Augusto Schetini • Carlos Roberto Soares • Dante Queirolo Palma • Eduardo Marone •
Eduardo Siegle • Gustavo Goulart Moreira Moura • José Angel Alvarez Perez • Juliano Coletto •
Katya Regina Isaguirre • Lauro A. S. P. Madureira • Lauro Júlio Calliari • Luciano Ponzi
Pezzi • Luís Felipe Niencheski • Maikon Di Domenico • Marcelo P. De Pinho • Marcelo Visentini
Kitahara • Mauricio Almeida Noernberg • Paulo C. Abreu • Renato C. Pereira • Ronald Buss de
Souza • Segen Farid Estefen • Sónia Cristina da Silva Andrade • Stefan Weigert • Xavier Castello
Diagramação
Mariana Martins de Andrade
ISBN: 978-65-5754-019-0
CDU: 551.46
CAPÍTULO 1
OCEANOGRAFIA
OPERACIONAL (OO)
E. MARONE1
C.A.F. SCHETINI2
E. SIEGLE3
L.F. NIENCHESKI4
L.A.S.P. MADUREIRA5
S. WEIGERT4
M.P. DE PINHO4
J.L. COLETTO4
1
Laboratório de Processos Costeiros e Estuarinos, Centro de Estudos
do Mar, Universidade Federal do Paraná.
2
Departamento de Oceanografia, Universidade Federal de Pernam-
buco.
3
Departamento de Oceanografia Física, Química e Geológica, Institu-
to Oceanográfico da Universidade de São Paulo.
4
Instituto de Oceanografia, Universidade Federal do Rio Grande.
5
Laboratório de Tecnologia Pesqueira e Hidroacústica, Instituto de
Oceanografia da Universidade Federal do Rio Grande.
6
INCT-Mar Centro de Oceanografia Integrada, Instituto de Oceano-
grafia, Universidade Federal do Rio Grande.
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OCEANOGRAFIA OPERACIONAL
Satélite de
Satélite de comunicação
posicionamento
Avião autônomo
Navio de
oportunidade
Radar Plataforma Fundeios
Acústica especial
em terra
Derivador Navio
superficial Oceanográfico
Tripé de
fundo
Perfilador
Glider Submarino
AUV
ROV
Submersível Derivador de
sub-superfície
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FRONTEIRAS DO CONHECIMENTO EM CIÊNCIAS DO MAR
Devemos destacar alguns pontos desta definição que são muito rele-
vantes, já que diferenciam a essência da Oceanografia Operacional em rela-
ção à Oceanografia como Ciência do Mar. Em primeiro lugar, a Oceanografia
Operacional é sistemática e de rotina, não tendo como objetivo gerar ou tes-
tar hipóteses, como se faz nas ciências do mar, mas pode dar às pesquisas
científicas um forte suporte através de seus produtos. Assim como o restante
da sociedade, os pesquisadores e as instituições de pesquisa são parte do
grupo amplo de usuários desses produtos.
Por outro lado, sendo uma atividade direcionada a satisfazer as neces-
sidades de usuários muito variados, todos eles formando subgrupos dentro
da sociedade como um conjunto, a OO requer que os produtos sejam perso-
nalizados para cada tipo de usuário. Isso implica, por exemplo, que a previ-
são e o estado da agitação marítima (ondas), mesmo originados dos mesmos
instrumentos de medição e dos mesmos modelos de previsão, deverão ser
fornecidos como produtos diferentes para a segurança da navegação (usuá-
rio Autoridade Portuária, por exemplo) e para as atividades de lazer (usuários
Surfistas, por exemplo). Não apenas os mesmos dados e modelos levam a
produtos em formatos diferentes, mas esses produtos devem ser interpre-
tados e fornecidos no tempo necessário para serem úteis. Para tal, devem
ser redigidos de maneira a serem devidamente entendidos pelos respectivos
usuários; isso exige que sejam “amigáveis” e forneçam ferramentas claras e
cientificamente bem sustentadas para o tipo de operações e necessidades
de cada usuário. A base científica e tecnológica na qual se sustenta a Oceano-
grafia Operacional é garantia fundamental de que os produtos por ela ofereci-
dos sejam da melhor qualidade possível, devendo se atualizar continuamente.
A Oceanografia Operacional, como atividade específica bem definida
e formatada, é muito recente. Sua consolidação começou no final do século
XX (Flather, 2000; Awidson et al., 2000; Flemming et al., 2002; Hansen, 2002),
mesmo que algumas atividades com objetivos similares sejam realizadas
desde o início daquele século. Em geral, as atividades de observação siste-
mática e rotineira dos oceanos começaram com fins científicos e militares,
mas a academia foi pioneira na livre disponibilização dos dados e resultados
das suas observações e modelos.
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PROBLEMAS
DEFINIÇÃO DE REQUISITOS
O QUE MEDIR
ROVs AUVs
Navios de (Veículos (Veículos
Radar de alta oportunidade Operados Submarinos
frequência Remotamente) Autônomos)
Flutuador, derivador de
sub-superfície
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água em função do tempo. Tal qual podemos prever eclipses, podemos pre-
ver as marés. Como as marés não são iguais em todos os lugares, uma tabua
de maré é específica para o local onde foi gerada. Atualmente as tábuas de
marés para o Brasil são oficialmente geradas pela Marinha por meio do pro-
grama PACMARE de análise e previsão de marés (http://www.mar.mil.br/dhn/
chm/box-previsao-mare/tabuas/). Aplicativos como o WXTide (http://www.
wxtide32.com/) fornecem a previsão da maré para qualquer parte do mundo.
Entretanto, variações do nível do mar não se devem somente aos efei-
tos dos movimentos astronômicos (e periódicos). O vento também pode pro-
duzir oscilações significativas no nível do mar. Casos extremos foram o ciclo-
ne extratropical/subtropical Catarina, no Brasil, em 2004, o furacão Katrina
que devastou a costa do estado do Mississipi nos Estados Unidos da América
em 2005, ou o furacão Sandy que inundou a cidade de Nova York em 2012.
Tais eventos estão associados com o quadro sinótico atmosférico, em espe-
cial com a distribuição da pressão atmosférica, que por sua vez determina os
ventos. A pressão atmosférica depende grandemente da temperatura do ar,
e esta depende da radiação solar e das trocas de calor com a superfície (terra
ou água). As trocas de calor se dão por irradiação, condução ou transferência
de calor latente (evaporação). Enfim, há diversas variáveis que determinam
o vento, e muitas delas têm comportamento caótico, como a cobertura de
nuvens ou as chuvas. Então, uma diferença conceitual em relação às varia-
ções das marés astronômicas (determinísticas) é que o vento e os seus efei-
tos sobre o oceano são tratados como tendo uma natureza aleatória (proba-
bilística), mesmo que também existam causas associáveis (determinísticas).
Fenômenos que combinam essas duas naturezas são chamados de “estocás-
ticos”, e requerem avançadas ferramentas para seu entendimento e previ-
são incluindo, em particular, a Modelagem Numérica. Adicionalmente, vento
e correntes implicam escoamento de fluidos, que são em geral turbulentos.
Talvez você já tenha lido ou ouvido a expressão de que o bater de asas de uma
borboleta na Amazônia pode produzir um furacão na costa do Atlântico dos
Estados Unidos. Isso exemplifica a complexidade dos processos turbulentos.
Conceitualmente, turbulência é o processo pelo qual o movimento dos flui-
dos perde energia, produzindo vórtices cada vez menores até a escala de mi-
límetros onde ocorre a dissipação do movimento mecânico e sua conversão
em energia térmica. Dois dos efeitos mais importantes da turbulência são a
transferência de movimento através do fluido e a dispersão de propriedades
escalares.
Para fins operacionais, o que importa é que, ainda que estejamos inte-
ressados em movimentos na escala horizontal da ordem de quilômetros, estes
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OCEANOGRAFIA OPERACIONAL
serão afetados por processos em escala muito menor. Nisso reside o grande
problema para se prever o futuro das condições atmosféricas e oceânicas.
Dada a natureza aleatória da turbulência e sua escala reduzida, ela ainda não
pode ser modelada em uma escala apropriada para fins operacionais com os
recursos computacionais atualmente disponíveis (e diga-se, ainda por um
bom tempo no futuro!). Um exemplo prático disso é a previsão do tempo. Se
hoje é sexta-feira, por exemplo, podemos planejar nosso final de semana dan-
do uma olhada na previsão meteorológica, com boa segurança para sábado
e nem tanto para domingo. Não seria recomendável, em absoluto, fazer uma
consulta para o próximo final de semana, pois a probabilidade de a previsão
errar é muito maior do que a de acertar. Isso se deve à natureza aleatória dos
escoamentos dos fluidos geofísicos.
A modelagem numérica é a ferramenta que utilizamos para prever os
ventos, ondas e correntes, que, juntamente com o nível da água, constituem
as principais variáveis de interesse operacional. Para as plataformas conti-
nentais, se conseguirmos prever bem o vento, poderemos prever razoavel-
mente bem as ondas e correntes. Em estuários, ainda que as correntes de-
pendam principalmente das marés e da descarga fluvial, os efeitos do vento
sobre a plataforma podem produzir variações que se propagam para dentro
deles.
Um modelo numérico é uma simplificação da realidade, no qual o
mundo físico é discretizado em uma matriz tridimensional de pontos. Para
esses pontos tentamos descrever a variação da velocidade e direção do ven-
to e correntes e outras propriedades (e.g., temperatura) em função de per-
turbações nas bordas ou limites da área modelada. Quanto mais próximos os
pontos entre si, melhor será nossa representação da realidade. Contudo, con-
siderando um volume, isso implica que para aumentar a resolução espacial é
necessário o aumento de número de pontos ao cubo. Várias equações precis-
am ser resolvidas para cada ponto do modelo, e o aumento da resolução es-
pacial do modelo implica um proporcional aumento do número de equações
a serem resolvidas, e logo, um maior requerimento computacional. Isso le-
vanta o problema do tempo para se efetuar as simulações preditivas em tem-
po hábil. Digamos que com um determinado modelo tridimensional sejam
necessárias cinco horas de computação para simular cinco dias no futuro.
Dobrar a resolução do modelo nas três dimensões acarretaria um aumento
do tempo computacional para 125 horas (simplisticamente falando). Quan-
do a simulação ficar pronta, ela representará o futuro de cinco dias atrás, o
que, de fato, será passado e não terá utilidade para fins operacionais. Porém,
os processos no plano horizontal são muito mais intensos do que na vertical
(na coluna de água), e isso simplifica muito a representação espacial. A dis-
tribuição de pontos no plano horizontal pode ser muito mais espaçada do que
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3.1.1 VÍDEO
Até recentemente, informações sobre a morfodinâmica costeira eram
obtidas através de levantamentos de campo tradicionais, com observações no
local. Apesar de a maior parte do conhecimento atual dos processos costeiros
ter se originado desses experimentos de campo, eles são limitados em uma
escala de tempo observacional, são condicionados pelas condições climáti-
cas e hidrodinâmicas e seu custo é relativamente alto. Técnicas recentes de
monitoramento, baseadas em observações de vídeo da zona costeira, são
boas alternativas aos experimentos de campo tradicionais. A aplicação de
técnicas de imageamento com vídeo permite conhecer melhor a dinâmica
costeira através da obtenção de informações úteis sobre a hidrodinâmica e
morfodinâmica da zona costeira. Adicionalmente, a aplicação dessas técni-
cas permite a obtenção de dados ao longo de escalas temporais e espaciais
maiores, variando de eventos de tempestades (horas – dias) à evolução de
ambientes costeiros em médio prazo (anos – décadas).
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FIGURA 4: Exemplo de imagem oblíqua combinada (topo) e retificada com base em pontos
de controle. Exemplos do sistema de videoimageamento Argus na praia de Massaguaçu (SP).
Fonte: Laboratório de Dinâmica Costeira/IOUSP.
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3.1.2 DRONES
Nos últimos anos temos visto um grande número de drones (classifi-
cados como aeromodelos) e veículos aéreos não tripulados (VANTs – classi-
ficados como sendo de uso comercial ou de pesquisa científica) pelos céus
do país. Esses sistemas são constituídos de uma aeronave autônoma ou con-
trolada remotamente, equipada com GPS e uma câmera ou outros sensores
remotos. Pesquisadores têm utilizado drones para o monitoramento barato
e preciso de variáveis ambientais, com boa cobertura e resolução espacial.
Capazes de atingir locais de difícil acesso e permitindo a visão panorâmica
a partir de grandes altitudes, esses veículos têm se mostrado também im-
portantes ferramentas para a observação e monitoramento de ambientes
marinhos e costeiros. Diversas são as suas aplicações em ciências ocean-
ográficas: monitoramento de erosão costeira, incluindo levantamentos rápi-
dos após a passagem de tempestades; observação da zona de quebra das
ondas e espraiamento; mapeamento de correntes de retorno; monitoramen-
to de manguezais e marismas; monitoramento de espécies marinhas e seus
hábitats; observação de costões rochosos; identificação e análise de lixo
marinho; observação de movimentos de organismos planctônicos, sedimen-
tos e poluentes, etc.
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FIGURA 7: Esquema simplificado dos processos que operam na bacia de drenagem e meca-
nismos associados que governam o fluxo do material dissolvido para o oceano. Fonte: Walling
e Webb, 1986.
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FIGURA 10: Configuração do sistema EK80 com seus componentes principais. Fonte: Manual
de operação EK80 SIMRAD Inc.
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Cardumes de
peixes
FIGURA 11: Desenho ilustrativo dos lobos, ou cones acústicos, gerados com as transmissões
do sonar, indicando a possibilidade de varreduras laterais (PAN) ou verticais (TILT) com o ob-
jetivo de detectar cardumes posicionados na coluna d´água. Fonte: adaptado de Mitson, R.B.
(1983) Fisheries sonar. Fishinhg news Books Ltd., Farham.
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FIGURA 12: Transdutor da sonda de rede. Fonte: Laboratório de Tecnologia Pesqueira e Hidroa-
cústica - Instituto de Oceanografia, FURG.
FIGURA 13: Esquema de embarcação equipada com ecossonda científica e rede de arrasto
pelágico monitorada por sonda de rede. Fonte: Estudos oceanográficos: do instrumental ao
prático / organizador Danilo Calazans; colaboradores André Colling [et al.]. Pelotas: Ed. Textos,
2011. 464 p.; il.; color; 17,2 x 25cm. ISBN: 978-85-99333-06-8.
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FIGURA 14: Exemplo de imagem gerada pela sonda de rede mostrando o formato da boca da
rede e cardume entrando na rede. Fonte: Laboratório de Tecnologia Pesqueira e Hidroacústica
- Instituto de Oceanografia, FURG.
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FIGURA 15: Produtos fornecidos pelo programa Catsat no dia 04/12/2017. Temperatura da su-
perfície do mar (a), plâncton (b), altimetria (c) e gradiente de plâncton (7 dias). Fonte: adaptado
do Software CATSAT 5.0
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A B
FIGURA 16: Tartaruga com marca satelital (A) e mapa com a trajetória dos animais rastreados
(B). Fonte: Projeto TAMAR.
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17 mm 124 mm
71 mm
A
38 mm
Modelo: TDR-Mk9-286D Modelo: MiniPat-348
Peso: 32 g Peso: 60 g
Dados: Profundidade Dados: Profundidade
Temperatura Temperatura
Luminosidade Luminosidade
Aceleração
B
FIGURA 17: Marca satelital implantável (A). Marca satelital pop-up (B). Fonte: WildlifeCompu-
ters.com
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