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INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIA E EDUCAÇÃO A DISTANCIA

ISCED – NAMPULA
Departamento de Economia e Gestão
Curso de Licenciatura em Gestão Ambiental

TRABALHO DE CAMPO

MARÉS NEGRAS - O ACIDENTE DEEP WATER HORIZON

Gestão Ambiental de Petróleo e Gás

Rafael Virgílio Sithoe

Nampula: Maio de 2021


MARÉS NEGRAS - O ACIDENTE DEEP WATER HORIZON

Rafael Virgílio Sithoe

Curso de Gestão Ambiental 3º Ano 2021

Gestão Ambiental de Petróleo e Gás

Trabalho de Campo apresentado no


Instituto Superior de Ciências e
Educação à Distancia, de carácter
avaliativo da cadeira Gestão
Ambiental de Petróleo e Gás,
orientado pelos tutores: Mestre Elton
Sitoe & Mestre Samuel Chifuco

Nampula: Maio de 2021

2
Índice
RESUMO .............................................................................................................................. 4
INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 5
Tema ..................................................................................................................................... 6
OBJECTIVOS DA PESQUISA ............................................................................................ 6
Objectivo Geral ................................................................................................................. 6
Objectivos Específicos ...................................................................................................... 6
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ............................................................................................. 7
HISTÓRICO DA PLATAFORMA DEEP WATER ............................................................ 7
O que é a maré negra? ........................................................................................................... 7
Operação do Poço e o que Causou o Problema .................................................................... 7
Acessórios Utilizados na Perfuração .................................................................................... 8
Centralizadores ..................................................................................................................... 8
Registro de aderência da cimentação .................................................................................... 8
O procedimento conhecido como fundo para cima .............................................................. 8
DESASTRE ........................................................................................................................ 10
Vazamento .......................................................................................................................... 10
Explosão.............................................................................................................................. 11
Procedimentos de Emergencia e Retencao Utilizados no Acidente na Costa da Louisiania
............................................................................................................................................. 11
Como evitar esse fenómeno? .............................................................................................. 12
Formação em matéria de segurança .................................................................................... 12
Conclusão............................................................................................................................ 13
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................................ 14

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RESUMO

Este Trabalho de visa apresentar numa ordem cronológica todos os fatos que fizeram com
que a sonda deep water horizon, uma das maiores exploradoras ou descobridoras de
petróleo da época, em 2010 no golfo do méxico, viesse a explodir devido a uma sucessão
de erros que colocaram em risco a vida de várias pessoas com a morte de 11 destas,
causando um dos maiores desastres de todos os tempos. Esse tipo de acidente vem
aumentando dia após dia mesmo depois de 2010 com uma adopção de varias medidas de
segurança, pois muitos proprietários visam, somente em sua grande maioria, o dinheiro
que irão receber e não se preocupam tanto com o que pode acontecer de grave com suas
plataformas ou unidades, deixando de gastar dinheiro com o que há de mais moderno e
seguro. O presente estudo tem como objectivo demonstrar como era o trabalho dessa
sonda e os efeitos ocasionados por esse tipo de acidente com seu foco exclusivo na deep
water horizon mas relacionando com outros acidentes históricos e tentando mostrar o que
poderia ter sido feito pra evitar um dos maiores acidentes com unidades relacionadas a
exploração de petróleo de todos os tempos.

Palavra- chave: Deep water horizon. Acidente. Segurança.

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INTRODUÇÃO

A Deep water Horizon era um sonda semissubmersível de posicionamento dinâmico de


aguas ultra – profundas construída em 2001, na qual suas brocas perfuravam o leito
marinho , cujo objectivo da torre era perfurar poços de petróleo no subsolo marinho, sendo
deslocada segundo requerido conforme o contrato de trabalho e essas torres tinham 121
metros de comprimento por 78 metros de largura. Uma vez que se terminava de perfurar, a
extracção era realizada por outra equipe, ou seja, o único trabalho da sonda era encontrar
lugares que poderiam ser propícios para serem excelentes poços de exploração e que
visava a detecção de hidrocarbonetos em quantidade economicamente viável para
conseguirem ter mais lucro do que despesas , segundo sua construtora Hyundai Heavy
Industries .

A sonda era de propriedade da transocean e estava alugada a British Petroleum ( BP ) de


Janeiro de 2009 até Setembro de 2013, em Setembro de 2009 perfurou o poço petroleiro
mais profundo da história. Podia operar em águas de até 2400 metros de profundidade e
tinha uma profundidade máxima de perfuração de 9100 metros. A torre podia alojar até
130 membros da tripulação e navegava até a posição de perfuração onde se estabelecia e
começava o processo para saber se o local tinha ou não probabilidade de ser viável. Ela
contava com pontões e quatro colunas que se submergiam parcialmente quando a torre era
lastreada e também era equipada com um moderno sistema de posicionamento dinâmico (
DP ) classe 3 que fornecia uma grande estabilidade e a possibilidade de ter uma operação
com grande sucesso sem a plataforma ficar balançando muito mesmo em condições
adversas, como mau tempo.

A plataforma estava na fase final da perfuração de um poço no Canion do Mississipi, no golfo


do México, quando o ultimo revestimento havia sido cimentado com pasta nitrogenada, uma
solução não convencional oferecida pela empresa terceirizada Halliburton. Este é um processo
delicado, pois há possibilidade de os fluidos do poço serem liberados descontroladamente. No
dia 20 de Abril de 2010, por volta de 21h, aconteceu uma explosão na torre devido a liberação
de gases vindo do poço e que chegou a plataforma, e esta incendiou-se, morreram onze
pessoas em consequência deste acidente, sete trabalhadores foram evacuados para a estação
aérea naval em Nova Orleans e levados para o hospital.

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Tema
Segundo LAKATOS e MARCONI (1994, p. 59) Tema é um assunto que pretende provar
ou desenvolver, é uma dificuldade ainda sem solução, que é instar e terminar com precisão
para integrar em seguida sem exame, a avaliação crítica.

Tema que se pretende desenvolver: MARÉS NEGRAS - O ACIDENTE DEEP WATER


HORIZON

OBJECTIVOS DA PESQUISA
Segundo PILETTI, (1999 p.80) objectivo é uma descrição clara dos resultados que
desejamos alcançar com a nossa actividade. É sinónimo de meta e pode ser geral e
específico.

Objectivo Geral
 Demonstrar como era o trabalho dessa sonda e os efeitos ocasionados por esse tipo
de acidente com seu foco exclusivo na deep water horizon mas relacionando com
outros acidentes históricos.

Objectivos Específicos
Segundo LAKATOS & MARCONI (2001:102) os objectivos específicos apresentam um
carácter concreto, tem a função intermediária e instrumental permitindo de um lado
atingir o objectivo geral e de aplicar as situações particulares, sendo assim, constituem-
se objectivos específicos da pesquisa:
 Demonstrar como era o trabalho dessa sonda
 Identificar efeitos ocasionados por esse acidente
 Mostrar o que poderia ter sido feito pra evitar um dos maiores acidentes com
unidades relacionadas a exploração de petróleo de todos os tempos.

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REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

HISTÓRICO DA PLATAFORMA DEEP WATER

O que é a maré negra?

A maré negra é um fenómeno artificial (criado pelo homem) que ocorre quando muito
petróleo é encontrado em águas marinhas. Quando o petróleo entra em contacto com a
água podemos ver gigantes manchas negras, sinal de uma grave poluição ao ecossistema
aquático.

Antes de toda a operação começar na área do golfo do México que era e continua sendo
muito rica na área de exploração de petróleo, a BP iniciou a operação e consequentemente
a perfuração do poço em 7 de Outubro de 2009 pois, não era conhecido a não ser por
estudo se o local seria uma grande área propicia para a extracção e produção de petróleo e
gás, porem foi iniciada, nesse período ainda como plataforma Mariana no campo de
Mississipi Canyon, bloco 252, chamado de Macondo.

Operação do Poço e o que Causou o Problema

Poços em águas profundas são perfurados em sessões. O processo básico consiste em


perfurar através da rocha, instalar e cimentar o revestimento para garantir o furo do poço,
para então perfurar mais fundo e repetir o processo. O relatório da Comissão de Energia
do Congresso afirmou que, quando terminou a

última sessão do poço, estava a cerca de 6.500 metros abaixo do nível do mar e 420
metros abaixo do último revestimento. Nesse ponto foi feita um processo conhecido como
Perfilagem para identificar as zonas produtoras de petróleo.

Uma opção era ancorar um tubo de aço chamado camisa (liner) a partir de um suporte
existente no final da coluna de revestimento, já existente no poço, e então inserir um outro
tubo-camisa conhecido como suspensor (tie-back) no topo da camisa para uma futura
instalação de equipamentos de fundo. A outra envolvia a instalação de uma única coluna
de tubos de revestimento, desde o leito marinho, até o fundo do poço. A camisa oferece
vantagens sobre a opção de uma única coluna de tubos de revestimento por permitir
barreiras extras de proteção mas exige mais tempo para ser instalada, o que no caso da BP
não seria ideal pois já estavam atrasados e demorar mais tempo para colocar um
equipamento que não era rápido de instalar e que geraria uma perda financeira muito
grande para os proprietários.

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A BP estava ciente dos riscos de uma opção pela coluna única de tubos de revestimento
mas para economizar tempo e dinheiro, decidiu instalar a coluna única de tubos de
revestimento ao invés de um modo mais seguro porem, mais caro o que não seria bom
para ela em termos de economia. Em 15 de Abril de 2010, estimou que usar uma
camisa/suspensor em lugar de uma única coluna de revestimento iria adicionar entre 7 e
10 milhões de dólares ao custo de completação.

Acessórios Utilizados na Perfuração

Centralizadores

São acessórios que são posicionados em torno do revestimento à medida que este vai
sendo baixado no poço, para manter o revestimento no centro do orifício de perfuração. Se
o poço não estiver correctamente centralizado antes do processo de cimentação, passa a
haver um risco ampliado de que se formem canais no cimento que vão permitir a
passagem para cima, através do espaço anular em volta do revestimento.

O relatório da Comissão afirmou que o engenheiro da Halliburton, Jesse Gagliano,


recomendou o uso de 21 centralizadores mas o engenheiro da BP Morel, Brian (2010)
respondeu que: “ Nós temos 6 centralizadores (…) é tarde demais para que tenhamos mais
desses acessórios a bordo, nossa única opção é rearranjar o posicionamento desses
centralizadores”. Esta operação foi considerada pela empresa uma questão
risco/recompensa na qual o que pesava mais era o fato de ter que gastar menos e obter o
mesmo resultado do que se tivesse utilizando o que foi sugerido pelo engenheiro da
Halliburton. O poço passou a ter risco de severos problemas para o escoamento de gás.

Registro de aderência da cimentação

É um teste acústico realizado pela inserção de uma ferramenta no interior do revestimento


após a cimentação ter sido concluída. O registro de aderência da cimentação determina se
o cimento está aderido ao revestimento e à formação adjacente. Se for encontrado algum
canal que permita o fluxo de gás, o revestimento pode ser perfurado e uma quantidade
adicional de cimento é injetada no espaço anular para reparar o serviço de cimentação,
porem caso não seja feito os riscos de acontecer uma explosão devido a passagem de gás
para a plataforma é muito grande e sério ao mesmo tempo. A BP contratou a
Schlumberger para que esta estivesse disponível para executar um registro de aderência do
cimento.

O procedimento conhecido como fundo para cima

Envolve a circulação de lama de perfuração desde o fundo do poço, percorrendo todo o


caminho até a superfície. O “fundo para cima” permite aos trabalhadores na sonda testar a
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lama quanto à presença de gás e verificar uma liberação controlada de bolsões de gás que
possam ter penetrado na lama, garantindo a remoção de resíduos e outros detritos do fundo
do poço, evitando a contaminação do cimento.

Novamente de acordo com o relatório, a BP não fez a circulação plena da lama. O


procedimento final da BP apelava para a circulação de apenas 262 barris de lama, apenas
uma pequena fracção da lama existente no poço. Não fez o correto para acelerar o
programa, circular plenamente poderia acrescentar mais 12 horas à operação oque nao
seria bom para a empresa, cujo principal objectivo era obter um maior lucro sem precisar
gastar demais .

A BP também decidiu não instalar um acessório para bloquear a cabeça do poço e o


revestimento no conjunto de selagem ao nível do mar. Para evitar que o revestimento
flutuasse, elevando a cabeça do poço e criando a fuga de hidrocarbonetos pelo selo da
cabeça do poço foi instalada uma luva de bloqueio do suspensor do revestimento. A BP
não instalou esta luva segundo relatório final emitido pelos investigadores do acidente.

Em virtude disso a Comissão de investigação pós sub judice as decisões tomadas pela BP
mas apontou que a BP tomou decisões que ampliaram o risco de um blow-out para poupar
o tempo da empresa ou reduzir custos.

Horas antes do Acidente


Após a conclusão de toda a operação de cimentação, instalação dos equipamentos e de
tubos submarinos foi realizado o teste da pressão negativa para verificar a integridade do
poço e se a operação de explorar o petróleo poderia ser inicializada, pois ela confirma que
o cimento bloqueará o fluxo do reservatório. Este processo consiste em retirar a lama por
outro fluido mais leve, água do mar por exemplo, fechando o BOP e deixando somente
uma rede especifica, a linha kill ( uma rede especifica do BOP para acesso directo ao
interior do poço no caso de necessidade de acção de controle mais eficaz ) aberta em caso
de querer verificar o fluxo do sistema.

Caso haja a entrada de hidrocarbonetos no poço, o fluxo na kill liner será detectado
constatando que não está integro nem seguro para operar, com isso se não houver ingresso
significa que esta pronto para a próxima etapa, pois a cimentação foi correta e não correr
risco de acontecer algum problema na operação.

Segundo o relatório que foi emitido pela BP, responsável pelo teste de pressão negativa,
consideraram satisfatório o teste de pressão negativa, sendo mal interpretado, e que
poderiam prosseguir para a próxima fase, na qual seria a instalação de um plugue de
cimento próximo ao reservatório e instalar um equipamento no fundo conhecido como
Locking Sleeve, uma barreira no topo do reservatório, visando o isolamento do

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reservatório de maneira segura e para poder retirar o BOP e consequentemente fazer o
encerramento do poço .

Como tentativa de conseguir obter êxito, mesmo com tantas adversidades foi preciso ser
feito diversas mudanças no plano original pela BP, o que pode ter comprometido em
grande parte para o acidente, como : redução na profundidade do poço, mudanças
consideráveis na coluna do poço, uso de uma razão mais baixa de circulação do que os
parâmetros especificados para trocar o colar de flutuação, reduzir a cimentação com
espuma de nitrogénio e usar um quantidade menor de cimento do que aquelas
especificadas em procedimentos da própria BP.

Segundo Henrique, Luis (2012 ) consultor sénior sobre petróleo e gás , a principal má
interpretação dos resultados do teste foi a decisão, da BP, em monitorar a kill line ao invés
da tubulação de perfuração quando conduziram o teste de pressão negativa pois a equipe
de perfuração não continuou monitorando a tubulação, uma vez que tivessem, seria
facilmente detectado e corrigido a tempo de poderem verificarem e corrigirem o problema
antes de ocorrer o desastre.

DESASTRE

Todas as tentativas da BP para conter o vazamento falharam e diversas fainas foram feitas
para tentar solucionar o problema que estava acontecendo como por exemplo: a empresa
tentou injectar uma mistura de lama e cimento na tubulação, colocar uma capa de protecção,
sugar o petróleo com mangueiras e cavar poços ao lado da plataforma submersa, porem não
obteve êxito nessa etapa de tentar conter de imediato o vazamento da plataforma

Vazamento

A mancha negra que se estendeu sobre o oceano atlântico, numa área equivalente a onze
vezes a cidade do Rio de Janeiro, era imagem da maior catástrofe ambiental da história
dos EUA. O vazamento de petróleo cru e de gás no golfo do México causou, além de
danos ao meio ambiente, perdas económicas e politicas para o governo de Barack Obama
na época , já que a plataforma era de bandeira de registro americana e como todas as
tentativas de conter o vazamento falharam, a mancha se alastrou por mais de 1 mês com
consequências gravíssimas até hoje em diversos pontos como fauna e flora.

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Desde o desastre, o óleo foi prejudicando a fauna marinha, turismo e a pesca na região
pois com o acidente a região deixou de receber muitos turistas uma vez que toda a costa da
Louisiana foi afectada pelo vazamento descontrolado impedindo principalmente a pratica
de qualquer actividade naquelas águas.

O acidente também obrigou o governo norte-americano a revisar as políticas de energia e a


regulamentação do sector petrolífero que explora o óleo mineral em águas profundas. É
uma discussão que também interessa ao brasil, na qual após o acidente com a sonda, foi
feita a revisão e começou a ter um maior aperto do cerco às regras de exploração do
petróleo na camada do pré sal.

Pela sua extensão, este foi considerado o pior vazamento de petróleo da história dos EUA. A
quantidade acumulada foi quase três vezes maior que o vazamento do navio petroleiro Exxon
Valdez, ocorrido no Alasca em 24 de Março de 1989, até então o mais grave em águas norte
americanas.

Explosão

A sonda estava na fase final da perfuração de um poço no Canion do Mississipi no golfo


do México, quando o ultimo revestimento havia sido cimentado com pasta nitrogenada,
uma solução não convencional oferecida pela empresa terceirizada Halliburton,
responsável apenas pela parte da cimentação .Este é um processo delicado, pois há
possibilidade de os fluidos do poço serem liberados descontroladamente.

No dia 20 de Abril de 2010 aconteceu uma explosão na torre, e esta incendiou-se,


morreram onze pessoas em consequência deste acidente, sete trabalhadores foram
evacuados para a estação aérea naval em Nova Orleans elevados para o hospital. Essa
explosão foi causada por uma bolha de metano que se desprendeu do poço na qual não
estava totalmente seguro e cimentado como achavam e disparou para cima, pela coluna de
perfuração, expandindo-se rapidamente ao eclodir de diversos lacres e barreiras antes de
explodir, segundo alguns funcionários que foram interrogados.

Procedimentos de Emergencia e Retencao Utilizados no Acidente na Costa da


Louisiania

Para começar a reverter o quadro causado por esse desastre ambiental e toda a sujeira das
aguas poluídas, a BP desenvolveu um robô especial para essa missão e o enviou ate o

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equipamento de controle de uma válvula do sistema de segurança do poço, para que fosse
bloqueado qualquer possível derramamento.

Na época da explosão, essa mesma ação poderia ter sido feita com um pequeno controle
remoto, porem a ação não pode ser concluída porque o óleo concentrado na agua e a
profundidade final ao qual chegou o poço ficava impossibilitado de isso acontecer.

Com a barreira já instalada pelo robô da BP, a limpeza começou a acontecer e para
agilizar ainda mais essa acção, a empresa ainda colocou aviões para dispersar o óleo que
estava na superfície desses mares.

Como evitar esse fenómeno?

A melhor maneira (talvez não seja a mais fácil) é diminuir a nossa necessidade de
petróleo, uma coisa que se faz consumindo menos plástico, e utilizando materiais mais eco
inteligentes, por dizê-lo assim.

Formação em matéria de segurança

A indústria de extracção de petróleo e de gás no mar pode vangloriar-se de uma melhoria


dos resultados em matéria de saúde e segurança para os respectivos trabalhadores. No
entanto, a ênfase na segurança dos trabalhadores deve ser compatível com a ênfase
colocada nos procedimentos, em especial no âmbito da prevenção e da gestão de desastres.

Uma sólida formação nos cenários de gestão de desastres reveste-se de vital importância.
Por exemplo, a nível mundial, já constitui um norma-padrão para todos os operadores de
perfuração participar em cursos de controlo de poços (que incluem formação na resposta
às situações de desastre).

Muitas das falhas de segurança no acidente de Deepwater Horizon pareceram resultar de


aspectos culturais dessa operação.

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Conclusão

Conclui-se nesta pesquisa que a BP, considerada por muitos a grande culpada pelo
desastre, no momento crucial não fez nada para conter o vazamento de óleo. A companhia
despachou seis submarinos remotamente controlados ao leito oceânico para tentar fechar
uma válvula chamada preventor de explosão, ou BOP, pois esta válvula deveria ter
fechado quando a plataforma explodiu, mas isso não ocorreu naquele momento.

Segundo o Wall Street jornal, Noruega e brasil exigem que plataformas marítimas tenham
um dispositivo de desligamento chamado válvula acústica que as equipes podem accionar
de um navio, fora do local, para bloquear o fluxo de óleo, mas o dispositivo não era
obrigatório nos EUA. Uma operação rotineira da sonda provavelmente deveria ter sido
mais elaborada e planejada, e o treinamento da equipe de perfuração ser melhorado, com o
objectivo de identificar com rapidez possíveis falhas e acontecimentos no poço.

O acidente da Depp water Horizon acendeu um alerta no sector offshore de acordo com o
sindicato dos petroleiros do Rio de Janeiro, em especial no golfo do México e aqui no
Brasil, onde os poços caminham cada vez mais para águas profundas e com o aumento da
profundidade os riscos e a segurança em prevenir esses riscos cada vez mais aumentam. O
grande investimento que ocorre no avanço e desenvolvimento tecnológico de novos e
melhores equipamentos, plataformas que possam ser mais efectivas no processo de
perfuração e engenharia de poço avançada, também deve ocorrer na manutenção custosa
que essa tecnologia carrega.

Segundo Diego Tavares Bonfim, oficial de náutica e coordenador geral do centro de


simulação aquaviaria: “necessitamos de profissionais mais bem treinados e capacitados,
com maior qualificação para ocupar determinadas posições. Entende-se que a experiência
é fundamental, mas ela deve vir acompanhada de uma sólida base técnica do trabalho
realizado. Falta o investimento humano no sector, comprometimento com as pessoas que
estão trabalhando para atingir resultados, não somente com os resultados. “

Actualmente para uma boa prestação de serviços e segurança de toda uma tripulação não
basta saber somente como operar o equipamento, deve-se saber seus princípios de
funcionamento principalmente, conhecer e saber interpretar o manual das pecas para tentar
saber o que fazer. Não basta olhar indicadores e medidores e agir conforme uma regra
programada antes, deve-se entender o que aqueles valores estão querendo dizer e a
implicação de um factor no total da engenharia do poço.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ECODESENVOLVIMENTO. Golfo do México é palco de um dos piores desastres


ambientais da história.
Disponível em: http://www.ecodesenvolvimento.org/noticias/golfo-do-mexico-e-palco-de-
um-dos-piores-desastres>. Acesso em: 12 jul. 2017.
G1.GLOBO. Entenda os riscos da exploração do petróleo. Disponível em:
<http://g1.globo.com/economia-e-negocios/noticia/2010/07/entenda-os-riscos-da-
exploracao-de-petroleo.html>. Acesso em: 12 jul. 2017.
GREENPEACE. Pior vazamento de petróleo completa cinco anos. Disponível em:
<http://m.greenpeace.org/brasil/pt/high/Noticias/Pior-vazamento-de-petroleo-completa-
cinco-anos/>. Acesso em: 15 jul. 2017.
LAKATOS, Eva Maria e MARCONI, Mariana de Andrade. (1992), Metodologia do
Trabalho Cientifico, 4ª ed. São Paulo, Atlas SA.
___________________(2001), Metodologia do Trabalho Cientifico, 2ª ed, São Paulo,
Editora Atlas SA.
LUIZHENRIQUEOILEGAS.BLOGSPOT. Relatório final do acidente do poço.
Disponível em: <http://luizhenriqueoilegas.blogspot.com.br/2011/06/relatorio-final-do-
acidente-do-poco.html?m=1>. Acesso em: 15 jul. 2017.
MEIOAMBIENTE.CULTURAMIX. Vazamento de óleo no golfo do México.
MUNDOMERGULHO.BLOGSPOT. Explosão na plataforma de perfuração. Disponível
em: <http://mundomergulho.blogspot.com.br/2014/01/explosao-na-plataforma-de-
perfuracao.html?m=1>. Acesso em: 15 jul. 2017.
PENSAMENTOVERDE. O vazamento golfo México e suas consequências. Disponível
em: <http://www.pensamentoverde.com.br/meio-ambiente/o-vazamento-golfo-mexico-e-
suas-consequencias/>. Acesso em: 25 jul. 2017.
ULTIMOSEGUNDO.IG. Acidente no golfo do México teria sido erro humano.
Disponível em: <http://ultimosegundo.ig.com.br/ciencia/meioambiente/acidente-no-golfo-
do-mexico-teria-sido-erro-humano/n1237600542783.html>. Acesso em: 25 jul. 2017.

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