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INSTITUTO 

FEDERAL DE SANTA CATARINA 
DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE SAÚDE E SERVIÇOS 
CURSO TÉCNICO DE METEOROLOGIA 
PROF. ORIENTADOR (A): MICHEL MUZA 
 
 
 
ADAIR CARDOSO 
KRISHNANDA KROHN 
MAURICIO GRANZOTTO MELLO 
 
 
 
 
 
 
 

DESLIZAMENTOS DE TERRA EM CHUVAS DE LONGOS PERÍODOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FLORIANÓPOLIS 
MAIO/2011

 

AGRADECIMENTOS

Ao professor Michel Muza, pela orientação e ajuda na pesquisa do tema e na


elaboração do trabalho, assim como a paciência desprendida.
À professora Eliane S. Bareta Gonçalves, pelo apoio e orientação na
elaboração do trabalho conforme as normas metodológicas.
Aos demais professores do curso técnico de Meteorologia, por nos
transmitirem o conhecimento necessário para a construção do trabalho.
À coordenação do curso técnico de Meteorologia, pela compreensão por
eventual não comprimento de prazo estabelecido para a entrega da monografia. O
grupo enfrentou adversidades devido a saída de dois colegas e integrantes. O
primeiro se desvinculou do curso após um mês de aula e o segundo, assumindo a
vaga daquele, ingressou no grupo, porém desistiu no segundo mês de aula,
ocasionando dificuldades na integração do grupo e no início da elaboração da
pesquisa.

 

"Esse é o melhor dia que o mundo já viu. Amanhã será melhor."

R. A. Campbell

 

RESUMO

O presente trabalho tem como principal objetivo estudar as possíveis causas de


deslizamentos de terra na região da Serra do Mar. Para tanto, foram investigadas as
causas de precipitações, levando em consideração as formações de nuvens, os
fenômenos meteorológicos, a absorção de água nos diversos tipos de solos
saturados, escoamento e as características morfológicas da Serra do Mar. Deste
modo, aborda-se o fenômeno meteorológico da precipitação, definido como
decantação d’água em suspensão na atmosfera. Como o volume de água
precipitável em determinado local pode causar deslizamento de terra, tornou-se
importante conhecer os tipos de nuvens precipitantes, a altura de bases das nuvens,
os períodos dos altos índices pluviométricos e as características do relevo, sendo
que estes últimos favorecem a passagem das massas de ar. Levando-se em
consideração que o tipo de solo e a ação do homem são fatores relevantes no
processo de deslizamento, são analisados dados em relação à erosão e às
potencialidades do homem sobre o ambiente.

Palavras-Chave: Serra do Mar. Deslizamentos. Precipitação. 



 

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .........................................................................................................6
1.1 OBJETIVOS ..........................................................................................................7
1.1.1 Objetivo geral ....................................................................................................7
1.1.2 Objetivos específicos .......................................................................................7
2 PRECIPITAÇÃO ......................................................................................................8
2.1 TIPOS DE NUVENS PRECIPITANTES ................................................................9
2.1.1 Tipos de nuvens ...............................................................................................9
2.1.2 Nuvens precipitantes .....................................................................................10
2.2 FENÔMENOS METEOROLÓGICOS E CHUVAS DE LONGO PERÍODO .........12
3 O QUE É DESLIZAMENTO? .................................................................................13
3.1 SERRA DO MAR E RELEVO ..............................................................................14
3.2 CICLO HIDROLÓGICO E SOLOS DA REGIÃO DA SERRA DO MAR ..............15
3.2.1 Ciclo hidrológico ............................................................................................15
3.2.2 Solos e serra do mar ......................................................................................16
3.2.2.1 Classes de solos ...........................................................................................17
3.2.3 Precipitação de longo período na Serra do Mar e deslizamento de terra..17
4 CONCLUSÃO ........................................................................................................19
REFERÊNCIAS .........................................................................................................20
BIBLIOGRAFIA .........................................................................................................22
ANEXO A - CICLO HIDROLÓGICO .........................................................................23
ANEXO B - ESTRUTURA DO SOLO .......................................................................24
ANEXO C - IMAGEM DE DESLIZAMENTO DE TERRA .........................................25
ANEXO D - MAPA DE RELEVO CONFORME JURANDYR ROSS ........................26

 

1 INTRODUÇÃO

O deslizamento de terra é um fato natural em terrenos acidentados,


essencialmente em encostas, podendo ser agravado pela ocupação humana. Tem
sua ocorrência intensificada nas regiões de serra, como consequência do relevo
presente e de longos períodos de chuva nos meses de dezembro a abril.
O deslizamento de terra, como um processo de erosão, está conectado com
algum fator externo, neste caso à água, em decorrência da precipitação e do ciclo
hidrológico. Então, o trabalho aborda os fenômenos meteorológicos que propiciam
chuvas com duração superior a cinco dias, visando diferenciar os deslizamentos que
ocorrem quando há chuva intensa em curto período temporal daqueles
deslizamentos que ocorrem devido a longo período de precipitação, objetivo da
pesquisa.
A precipitação está diretamente ligada à condensação do vapor d'água e à
formação de nuvens. Apontar os tipos de nuvens que precipitam é fundamental para
identificar fatores relacionados às possíveis causas de deslizamentos de terra.
Nuvens precipitantes são, de maneira geral, as nuvens que possuem maior
desenvolvimento vertical, como as Cumulosnimbos (Cb). Estudando o processo de
formação de nuvens pode-se determinar situações de risco.
A Serra do Mar se estende do Espírito Santo ao sul de Santa Catarina, é
denominada de planalto de cinturões orogênicos. Foi originado da ação da erosão
sobre os antigos dobramentos, sendo constituído por rochas cristalinas. Esta região
litoral do Brasil tem grande concentração demográfica. Deve ser salientado que
grande parte das indústrias localiza-se no eixo Rio - São Paulo e próximas ao litoral,
onde se encontram os portos de Santos, Paranaguá e outros.
Este estudo é de suma importância, visto que ao longo da Serra do Mar
existem áreas urbanizadas e o deslizamento é um fator de risco para a população
em geral. Este evento tem como consequências problemas no abastecimento de
água, no fornecimento de energia, podendo desabrigar muitas pessoas. Há a
necessidade de orientar a população quanto a alguns fatores como, por exemplo,
não retirar a vegetação das encostas, não depositar lixo em terrenos íngremes, pois
interrompem o escoamento de água, desestabilizando o solo. A população deve
estar ciente da importância de acionar a Defesa Civil assim que averiguar indícios de

 

deslizamento de terra. Para uma melhor compreensão do deslizamento de terra, o


trabalho abordará as possíveis relações entre períodos de precipitação que
extrapolem cinco dias e o relevo e classificação dos solos na Serra do Mar.

1.1 OBJETIVOS

O objetivo geral e os objetivos específicos deste trabalho constam a seguir.

1.1.1 Objetivo geral

Estudar as possíveis causas de deslizamentos de terra na região da Serra do Mar.

1.1.2 Objetivos específicos

Os objetivos específicos deste trabalho sâo:

a) investigar as causas da precipitação, abordando a formação de nuvens e


os fenômenos meteorológicos;
b) estudar os tipos de solos e sua relevância no absorção da água, saturação
do solo e escoamento;
c) analisar períodos de precipitação em 5 dias ou mais e sua consequência
para o solo;
d) abordar o relevo e as características geomorfológicas da Serra do Mar.

 

2 PRECIPITAÇÃO

A precipitação é o termo técnico utilizado na Meteorologia para denominar o


fenômeno de condensação do vapor d'água suspenso na atmosfera. De acordo com
o dicionário escolar da língua portuguesa da Academia Brasileira de Letras
(simplificadamente), é a "queda de água no solo em forma de chuva, neve, orvalho
ou granizo". Já o Instituto Nacional de Meteorologia, no Manual de Observações
Meteorológicas (1999, p. 34) denomina a precipitação "como o conjunto de
partículas líquidas ou sólidas da condensação do vapor d'água que caem das
nuvens". Portanto, é da queda de água em diferentes estados físicos: líquido como a
chuva e o chuvisco, e sólidos como a neve ou o granizo.
O processo para ocorrência de precipitação acontece através do fenômeno
meteorológico de convergência de umidade na atmosfera e, consequentemente, a
sua condensação para água no estado líquido na atmosfera de maneira que haja a
precipitação em diferentes formas e graduações. Também pode ser caracterizada,
ainda de acordo com o Manual de Observações Meteorológicas (1999, p. 35), "como
partículas mais ou menos suspensas na atmosfera (nevoeiro e bruma) e como
partículas depositadas (geada, orvalho e escarcha)". A precipitação é mensurada em
milímetros (mm) e, no caso de partículas sólidas, espera-se que o gelo se funda
para que seja feita a leitura pluviométrica.
O conteúdo do vapor de água disperso na atmosfera é parte determinante no
ciclo hidrológico, ou seja, da quantidade de água evaporada dos solos e da
superfície em decorrência da radiação solar obtida durante o período de insolação
diária e de alta na temperatura. Este conteúdo de vapor d'água na atmosfera pode
ser denominado de água precipitável, ou seja,

É o conteúdo de vapor d'água existente na atmosfera em uma coluna


de seção horizontal unitária e na vertical da superfície até o topo.
Expressa normalmente em mm representa a quantidade de água que
potencialmente pode precipitar caso todo vapor condense. (UFCG-
CTRN-UACA, 2011).

A água precipitável está diretamente relacionada à umidade relativa, pois nos


dois índices estão relacionados ao vapor d'água na atmosfera. A precipitação ocorre
quando acontece a saturação atmosférica (sob uma determinada temperatura),
havendo o máximo de água precipitável em suspensão.

 

Isto ocorre em áreas suscetíveis à evaporação da água da superfície,


formando o vapor d'água na atmosfera. Quando a pressão de vapor, sob uma
determinada temperatura, extrapola o ponto de saturação ou se a temperatura
decresce e alcança a temperatura de orvalho, pode-se afirmar que o ar está
saturado. Este é um indício de precipitação.
A água precipitável e a relação entre a temperatura do ar e a temperatura do
ponto de orvalho, são dois potenciais indicadores de futuras precipitações, por
apontar o volume de água que pode precipitar em um determinado local. Pode
indicar riscos de deslizamentos em decorrência da quantidade de vapor d'água
suspenso na atmosfera.

2.1 TIPOS DE NUVENS PRECIPITANTES

As nuvens são compostas de núcleos de condensação e água em forma de


minúsculas gotas, que se desenvolvem por meio da mudança de estado físico (pela
condensação do vapor d'água - perda de calor latente) nas baixas temperaturas
encontradas na atmosfera. Pode-se encontrar também nuvens compostas de gelo,
elas são encontradas em grandes altitudes. Cada tipo de nuvem possui
características e particularidades, elas identificam sua predisposição ou não, para
ocorrer a precipitação.
A seguir, serão descritos os tipos de nuvens que ocasionam precipitação.

2.1.1 Tipos de nuvens

As nuvens são agregados de gotículas de água muito pequenas, de cristais


de gelo ou de ambos. As nuvens geralmente são classificadas pelo aspecto ou pela
aparência; a altura na qual a nuvem se encontra na atmosfera é outro fator de
identificação do seu tipo.
Utilizando o primeiro critério, podem ser classificados os tecidos dos principais
tipos de nuvens:
a) nuvens cirriformes: com aparência fibrosa;
10 
 

b) nuvens estratiformes: que se apresentam em camadas;


c) nuvens cumuliformes: que aparecem empilhadas.
Utilizando o segundo do critério, podemos identificar as nuvens médias, altas,
e baixas. A altura da base da nuvem, contudo, varia com a latitude aparência e
forma.
Os dez tipos básicos que são reconhecidos de acordo com a altura e forma
são eles:
a) nuvens altas: Cirrus (Ci), Cirroscumulos (Cc), Cirrostratus (Cs);
b) nuvens médias: Altocumulos (Ac), Altostratus (As);
c) nuvens baixas: Stratoculmus (Sc), Stratus (St), Nimbostratus (Ns), Cumulos
(Cu), Cumulosnimbus (Cb).

2.1.2 Nuvens precipitantes

A teoria de Bergerom-Findeisen (1930) diz que os cristais de gelo dentro da


nuvem tendem a ficar pesados devido as gotas de água e acabam caindo, ao
encontrarem o ar quente derreterão chegando a terra em forma líquida. Pode
ocorrer, caso não haja a fusão do gelo, precipitação de partículas sólidas de água.

A explicação da origem dos produtos de precipitação em nuvens frias


foi desenvolvida por T. Bergeron e aperfeiçoada por F. Findeisen
(Berry et al..1945).A teoria de Bergeron-Findeisen se fundamenta no
fato da pressão da saturação sobre o gelo ser menor que sobre a
água sobrefundida. Assim em uma nuvem fria, onde coexistem gotas
d’água e cristais de gelo a temperaturas bem abaixo de 0 graus
célsius, estes crescem ás custas daquelas. Atingindo a um tamanho
suficiente o cristal de gelo iniciaria sua queda em direção à
superfície. (VAREJÃO-SILVA, 2006 p. 342).

A quantidade de nuvens na atmosfera e a precipitação não é um indicativo


correto de previsão de precipitação. Se as nuvens são do tipo estratiformes e/ ou
são finas demais, pouca ou nenhuma precipitação será produzida. As áreas
costeiras da Namíbia, Marrocos ou Peru, por exemplo, apresentam elevadas
quantidades de nuvens, mas essas áreas recebem pouca precipitação. Estas
regiões estão localizadas em regiões de alta pressão, locais onde há a subsidência
de ar. O ar úmido comprimido se aquece, distanciando-se da temperatura do ponto
de orvalho, neste caso a umidade se evapora e não há precipitação.
11 
 

Notáveis quantidades de chuva normalmente encontram-se nos trópicos,


proveniente das nuvens cumulonimbus (Cb), enquanto que nas regiões temperadas
há uma precipitação considerável das nuvens nimbostratus (Ns) e, no verão dos
cumulosnimbos (Cb).
A teoria de Bergerom-Findeisen é apoiada pela observação e pelas
experiências de laboratório, por exemplo, nas áreas extratropicais quase sempre se
observa que precipitação significante sempre provém das nuvens cujos topos se
estendem até o ponto de congelamento na atmosfera, ao passo que as nuvens mais
baixas não produzem nada mais que chuvisco. A teoria de Bergerom-Findeisen não
pode no entanto ser usada para explicar o processo de formação de gotas de chuva
em nuvens tropicais, as quais são normalmente quentes, visto que não se estendem
até o ponto de congelamento da atmosfera. Essas nuvens são compostas
basicamente por gotas de água e caem pelo processo de coalescência, em que as
gotas maiores caem primeiro se juntando as gotas menores ao longo do percurso,
essas nuvens produzem abundante precipitação.

Em tais nuvens, as gotas d’água aumentam pelo processo de


coalescência. As gotas d’água maiores caem das nuvens mais
rapidamente do que as menores, alcançando e absorvendo as
menores ao longo de seu percurso. As gotículas maiores também
arrastam ou embarcam as menores e as absorvem. Os resultados
experimentais indicam que o processo de coalescência permite um
crescimento mais rápido das gotas de chuva que a simples
condensação, embora ele seja inicialmente bastante lento. Julga-se
que o processo de coalecência ocorra em nuvens nas massas de ar
tropicais marítimas na latitudes temperadas, particularmente no
verão. (AYOADE, 1986).

As nuvens baixas na região tropical não ultrapassam 2Km de altura de base,


em relação ao solo. A família de nuvens mais comuns são aquelas de
desenvolvimento vertical com aparência semelhante a uma bigorna no topo,
denominada Cumulosnimbus (Cb). Esse tipo de nuvem provoca fortes chuvas,
trovoadas e granizo, pode chegar de 6 a 10 Km de extensão vertical. Da mesma
família, as cumulos (Cu) são conhecidas como nuvens de bom tempo, se
apresentam dispersas pela atmosfera. Também da família das nuvens baixas, há as
nuvens estratificadas, denominadas Stratus (St) e Nimbostratus (Ns), responsáveis
por chuviscos e neve, nas regiões temperadas e glaciais. Os stratocumulos (Sc), por
sua vez, são as nuvens baixas, responsável pela “chuva rala”. Presentes na baixa
12 
 

troposfera, geralmente formadas junto ao solo ou perto dele, tem-se as nuvens


estratiformes, conhecidas como névoa ou nevoeiro.
As nuvens de média altitude estão situadas entre 2 e 7 quilômetros de
altitude. Nesse patamar são encontrados o Altostratos (As) e o Altocumulos (Ac),
essas nuvens respondem pelas chuvas fracas e pelas coroas lunares, que são anéis
de cores difusas e suaves que se formam à volta da lua.
As nuvens cuja base está a mais de 7 mil metros da superfície terrestre se
situam na troposfera superior, são conhecidas como nuvens altas: Cirrus (Ci),
Cirrocumulos (Cc), Cirrostratos (Cs), este responsável pelo halo solares e pelo halo
lunar. Não há precipitação no caso de nuvens altas.

2.2 FENOMÊNOS METEOROLÓGICOS E CHUVAS DE LONGO PERÍODO

Na costa leste da região sul do Brasil, há significativa contribuição do efeito


orográfico para a formação de nuvens. Chamadas de chuvas orográficas, são
produzidas pelo efeito da topografia, o qual força a ascensão do ar em direção à
parte superior dos terrenos íngremes.
Há a possibilidade da associação de outros fatores além do efeito orográfico.
Pode haver a atuação de uma massa de ar de baixa pressão no Oceano Atlântico
(movimento ciclônico com ventos convergindo para o centro da baixa) trazendo
umidade para as regiões costeiras. Outra possibilidade é a atuação de anticiclone no
Oceano Atlântico, trazendo umidade do norte do continente sul-americano, sendo
mais um fator de precipitação. Porém, neste caso é possível identificar período de
estabilidade atmosférica, podendo haver a lestada (ventos de leste na superfície).
Um importante sistema meteorológico que deve ser citado é a Zona de
Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), fenômeno que se caracteriza por haver uma
convergência de ar quente e de umidade em baixos níveis. No caso da Zona de
Convergência do Atlântico Sul (ZCAS) esses períodos ultrapassam os cinco dias de
precipitação, por definição.
A intensidade da precipitação é um fator decisivo para os fenômenos de
deslizamento de terra, de tal maneira que o grau de saturação do solo (capacidade
de campo) é alcançada, diminuindo sua resistência, e desenvolve pressões
hidrostáticas, mediante o preenchimento dos vazios do solo.
13 
 

3 O QUE É DESLIZAMENTO?

O deslizamento é um acontecimento provocado pelo escorregamento de


solo, rochas e vegetação, ocorrendo basicamente em locais com relevo acidentado,
principalmente nas encostas de morros, de colinas e de montanhas - ver anexo C:
imagem de deslizamento de terra. Pode ocorrer em locais com ou sem ocupação
humana, porém são mais comuns onde a ocupação humana retirou a vegetação
local para diversos fins (pecuária, agricultura e construção civil), modificando a
composição do solo (SECRETARIA NACIONAL DA DEFESA CIVIL, 2011).
Em regiões de terreno íngreme, como ao longo da Serra do Mar, a vegetação
local cedeu espaço para construção e para a ocupação humana, elevando a
possibilidade e o risco dos deslizamentos de terra e de suas consequências para o
ser humano.
A vegetação é muito importante para amenizar o processo de erosão causado
pelas precipitações, através da interceptação vegetal (barreira física imposta pelas
plantas e absorção de água), da retenção superficial (ocasionada pelas raízes das
plantas na superfície do solo) e pela percolação eficiente do solo.
No Brasil, devido a predominância do clima tropical, existem grandes índices
pluviométricos no verão, aumentando o risco de deslizamentos, visto que as águas
escoadas e infiltradas vão desestabilizar as encostas. Na região sul, observa-se o
clima subtropical, região com temperaturas inferiores ao clima tropical, porém em
decorrência do efeito orográfico, o litoral possui índice pluviométrico considerável.
Quando ocorrem a precipitação, o solo absorve uma parcela da água, no
entanto, outra parte escoa sobre a superfície do terreno, a parte de água que se
infiltra no solo se confronta com alguns tipos de rochas impermeáveis, com isso a
água não encontra passagem e começa acumular-se em único local, tornando,
dessa forma, o solo (com sua capacidade de campo atingida) não consegue
suportar e se rompe, desencadeando o deslizamento de terras nas encostas até a
base dos morros.
Os motivos que desencadeiam esse processo estão ligados ao tipo de solo,
declividade da encosta, e a água de embebição. Deve ser salientado que
precipitação acima da média climatológica é mais um fator de agravamento do risco
de deslizamento.
14 
 

3.1 SERRA DO MAR E RELEVO

A Serra do Mar é um importante fator geográfico do relevo brasileiro.


Geograficamente, muitas cidades se situam ao longo da Serra do Mar. É de
fundamental importância estudar as características de relevo e de solo para se
compreender as causas de deslizamentos nas bacias hidrográficas localizadas junto
a Serra do Mar.
O geógrafo brasileiro Jurandyr Ross, em 1989, propôs uma nova classificação
sobre o relevo brasileiro
(ver anexo D - mapa de relevo conforme Jurandyr Ross). A Serra do Mar é
denominada de planalto de cinturões orogênicos, estende-se por 1500Km, do estado
de Espírito Santo até o sul de Santa Catarina. Originam-se da ação da erosão sobre
os antigos dobramentos (neste caso, formada por rochas cristalinas) sofridos na era
Pré-Cambriana pelo território brasileiro (ALMEIDA, 2005).
De acordo com Aziz Nacib Ab'Saber, na teoria dos domínios morfoclimáticos
brasileiros, a Serra do Mar (assim como a serra da Mantiqueira) pertence aos
domínio dos mares de morros (áreas mamelonares tropical-atlânticas florestadas),
(ALMEIDA, 2005).
Como visto acima, uma das características dos planaltos de cinturões
orogênicos distribuídos ao longo do litoral atlântico brasileiro é a altitude acima de
200 metros e superfície irregular, constituído de morros erodidos, porém com a
presença de vegetação. A vegetação encontrada nesta área é a Mata Atlântica, é
uma floresta perene foliada em decorrência de sua proximidade com o Oceano
Atlântico, com alta taxa de pluviosidade devido as chuvas orográficas.
Um aspecto importante sobre o relevo e regiões com terreno elevado,
ocasionado pela diferença entre a planície e a serra, é a sua influência no vento
(vento catabático e anabático). Pode ocorrer, nestes casos, o bloqueio físico de uma
nuvem, não permitindo a passagem da massa de ar. O vapor d'água é direcionado
a se elevar, se expande resfriando e muda de estado físico por meio da perda de
calor latente, ocasionando a precipitação ao longo da serra. Este tipo de precipitação
é denominada de chuva orográfica e pode ocorrer a barlavento (na ascensão da
massa de ar), muitas vezes do outro lado da barreira física não há precipitação.
15 
 

3.2 CICLO HIDROLÓGICO E SOLOS DA REGIÃO DA SERRA DO MAR

O estudo do ciclo hidrológico é necessário para a identificação dos fatores


que causam a precipitação. Este balanço hídrico, pode indicar as bacias onde há
maior incidência de umidade na atmosfera e a possibilidade de ocorrência de
precipitação, como no caso da Serra do Mar. Com relação aos solos típicos da Serra
do Mar, este tópico irá descrever as suas características.

3.2.1 Ciclo hidrológico

É um fenômeno global de circulação fechada da água (ver anexo A - ciclo


hidrológico), entre a superfície terrestre e a atmosfera, impulsionado
fundamentalmente pela energia solar associada à gravidade e a rotação terrestre.
A água que infiltra no solo está sujeita à evaporação direta para a atmosfera
enquanto que a água absorvida pela vegetação, a devolve a atmosfera através da
transpiração. Este processo chamado evapotranspiração também ocorre no topo da
zona não saturada do solo, ou seja, na zona onde os espaços entre as partículas de
solo contêm tanto ar como água.
O vapor d’ água penetra na atmosfera quando a água, em forma líquida,
absorve energia do sol e evapora (muda de líquido para gás), ou quando o gelo
sublima (muda de sólido para gás).
O ar somente pode reter uma específica quantidade de vapor d’água a uma
determinada temperatura. Quando o ar absorve o máximo de vapor que pode, ele
fica saturado. Se o vapor d’água for adicionado ao ar saturado, ou se o ar for
resfriado, ocorrerá a condensação do excesso de vapor d'água. Se a temperatura
resfriar o bastante, a água irá se transformar em cristais de gelo. A temperatura em
que o ar começa a condensar é chamada de ponto de orvalho.
Quando o ar é resfriado até o ponto de orvalho e o vapor d’água se condensa,
normalmente se formam nuvens compostas de gotículas de água ou de gelo.
O processo de condensação libera calor latente originalmente absorvida do
sol durante a evaporação. A cada instante em que uma gotícula de água se
condensa, uma pequena quantidade de calor é liberada para a atmosfera.
16 
 

Essa energia, chamada de calor latente, aquece o ar adjacente, causando a


sua ascensão. Como esse ar recentemente aquecido sobe, ele pode aumentar as
correntes verticais de uma determinada nuvem e intensificá-la. Quando gotas de
chuva, pedras de gelo ou flocos de neve ficam pesados para permanecerem
suspensos na atmosfera, eles caem como precipitação, trazendo água resfriada
para a superfície terrestre. Uma parte penetra no solo, outra se desloca em direção
aos corpos d’água e o restante vai para o ar novamente, sob a forma de vapor d’
água. Desse modo, o ciclo se completa e se renova. Segundo o engenheiro
ambiental Eduardo Eduardo Gobbi Sena (apud Brito, 2011):

A umidade na Serra do Mar nos últimos anos contribuiu para as


proporções do atual desastre “o encharcamento” não acontece do dia
para a noite. Demora longos períodos como na Serra do Mar tem alto
declive, quando a chuva intensa encontra o solo encharcado, produz
um efeito devastador, principalmente em áreas de ocupação
irregulares.

3.2.2 Solos e Serra do Mar

O solo funciona como alicerce da vida terrestre, o solo corresponde à


decomposição de rochas, que podem estar em vários estágios. Contudo, em seu
processo de formação, atuam também outros fatores, como o clima, o relevo além
de processos erosivos provenientes da ação dos ventos, chuva e seres vivos,
principalmente pela ação do homem.
A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA) identifica e
cartografa os diferentes tipos de solos, encontrados no Brasil, reúne informações e
conhecimentos produzido ao longo dos 50 anos de ciência e utiliza pela primeira
vez a nomeclatura e as especificações. Sistema Brasileiro de classificação (SIBCS)-
(1999)
O Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE), incluiu os mapas do solo
do Brasil (em uma escala 1: 5.000.000). Isto também complementa a série, os
mapas e murais de relevo, vegetação, geologia, fauna e clima do Brasil, fornecendo
uma visão panorâmica da grande diversidade. Assim, permite visualizar a
distribuição espacial das principais classes de solos planejamentos territorial, planos
17 
 

setoriais de conservação dos recursos hídricos, corredores de desenvolvimento,


sistemas viários e outros.

3.2.2.1 Classes de solos

Abaixo serão apontados os principais tipos de solos encontrados no Brasil e


ao longo da Serra do Mar:
a) latossolos – antigos e profundos, com baixa disposição à erosão. Encontra-
se na Região Centro-Oeste, no Triângulo mineiro, no Nordeste e menos em
outras regiões;
b) neossolos litólicos – jovens, típicos de serras e de relevos mais
movimentados. Localizam-se em áreas do Sul e do Nordeste brasileiro, tem
pouca profundidade, baixa retenção de água e predisposição à erosão;
c) nitossolos - idade intermedária, originários de rochas basálticas, e liberam
nutrientes (cálcio, magnésio, potássio). São solos com boa fertilidade.
Localizados no interior de São Paulo, na região Sul, no estado do Paraná,
no Pará, no Maranhão e no Tocantins. Solo utilizado no cultivo de soja,
trigo e milho,
d) argissolos - de ocorrência mais frequente. Moderada a alta suscetibilidade
á erosão;
e) vertissolos – Vale São Francisco e Petrolina – Pe;
f) cambissolos - chapada, Rio Grande do Norte, Ceará, fruticultura;
g) planossolos - extremo sul do pais, solo para irrigação;
No anexo B (estrutura do solo), pode-se observar a diferença de diferentes
solos e sua capacidade de retenção e percolação da água.

3.2.3 Precipitação de longo período na Serra do Mar e deslizamento de terra

A relação entre as condições de solo e relevo encontrados ao longo da Serra


do Mar e a precipitação de longo período é, evidentemente, um forte fator de
deslizamento de terra.
A associação entre precipitação e deslizamento na Serra do Mar é agravada
pela ocupação irregular do solo. Esta região, devido a sua proximidade ao Oceano
18 
 

Atlântico é um dos grandes eixos econômicos do Brasil, sendo um local de grande


concentração demográfica.
A ocupação irregular do solo, ao longo da Serra do Mar, acelera a erosão do
solo, aumentando o risco de deslizamento de terra. Atualmente, se observa que o
problema dos deslizamentos não afeta somente as populações carentes da periferia,
mas também algumas localidades valorizadas de cidades brasileiras, como no caso
de Petrópolis (RJ) em 2011 e Blumenau (SC) em 2008. Estes locais, com
susceptibilidade de deslizamentos, não possuem um sistema de escoamento e
drenagem de água capaz de suportar chuvas acima da média. É necessário que o
Poder Público tenha políticas para os casos de deslizamentos de terra e planos de
urbanização dessas áreas.
19 
 

4 CONCLUSÃO

Esta monografia teve como objetivo estudar as causas de deslizamentos de


terra. A pesquisa visou investigar as possíveis correlações entre a geomorfologia e
os fenômenos meteorológicos que possam ser determinantes em casos de
deslizamentos de terra. Primeiramente, foram tratados os assuntos ligados à
meteorologia, como a precipitação e sua ligação com a umidade relativa e a taxa de
água precipitável.
Em seguida, foram verificados que a formação de nuvens é outra condição
que pode estar ligada ao relevo, em que o vapor d'água ao ascender a maiores
altitudes se resfria, muda de estado físico (forma as nuvens) e pode vir a precipitar.
Portanto, os tipos de nuvens são ótimos indicativos prognóstico de precipitação.
Foram estudados possíveis fenômenos meteorológicos ligados à precipitação,
contínua, superior a cinco dias. A relação com frentes frias e uma possível
associação com a concentração de umidade advinda do oceano que é barrada em
relevos mais altos, como no caso da Serra do mar. Nesses casos é possível
observar a formação de nuvens de alto desenvolvimento vertical, com grande
quantidade de água precipitável, devido ao mecanismo de ascensão do ar que o
relevo provoca. A zona de convergência do Atlântico Sul (ZCAS) foi outro sistema
citado que pode provocar tais chuvas de longo período.
No caso de deslizamentos, a pesquisa focou o relevo de regiões mais
propícias a ocorrência de deslizamentos de terra. O relevo encontrado na Serra do
mar, com uma geomorfologia composta de rochas cristalinas formadas no Pré-
Cambriano que sofreram intemperismo ao longo dos séculos, é uma região onde se
encontra um solo fragmentado, suscetível à erosão.
Com relação à erosão do solo, o estudo do ciclo hidrológico é de fundamental
importância para se conhecer a causa do deslizamento; a retenção e a absorção de
água e a saturação do solo.
Concluindo, os assuntos pesquisados visaram ampliar os conhecimentos nas
áreas da Meteorologia e da Geociência, no intuito de compreender os riscos ligados
aos deslizamentos de terra. 
20 
 

REFERÊNCIAS

ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS. Dicionário escolar da língua portuguesa.


2. ed. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2008.

ALMEIDA, Lúcia Marina Alves de. Geografia: geografia geral e do Brasil. São Paulo:
Ática, 2005. (Volume único).

AYOADE, J.O. Introdução à climatologia para os trópicos. São Paulo: Difel, 1986.

INSTITUTO NACIONAL DE METEOROLOGIA (Brasil). Manual de observações


meteorológicas. 3. ed. Brasília, 1999.

VAREJÃO-SILVA, Mário Adelmo. Meteorologia e climatologia. 2 versão digital.


Recife: 2006.

BRITO, Danielle. Situação do solo no Litoral do PR é semelhante a da região


serrana do Rio de Janeiro. Disponível em:
<http://www.gazetamaringa.com.br/online/conteudo.phtml?tl=1&id=1105328&tit=Situ
acao-do-solo-no-Litoral-do-PR-e-semelhante-ao-da-regiao-serrana-do-Rio-de-
Janeiro>. Acesso em: 26 maio 2011.

EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA. Embrapa e IBGE


lançam mapa de solos do Brasil. Disponível em:
<http://www.embrapa.br/imprensa/noticias/2003/setembro/bn.2004-11-
25.7940653175/>. Acesso em: 28 abril 2011.

ESPÍRITO SANTO 3D. A relação entre a estrutura e a drenagem do solo. Tipo de


estrutura de solo. Disponível em:
<http://cciviles.blogspot.com/2011/01/relacao-entre-estrutura-e-drenagem-do.html>.
Acesso em: 03 julho 2011

EVANS, John M. Ciclo da água. imagem ilustrativa sobre o ciclo da água.


Disponível em: <http://ga.water.usgs.gov/edu/watercycleportuguesehi.html>. Acesso
em: 26 maio 2011

PLANETA DO ALAN. Mapa de relevo: Jurandyr Ross. Disponível em:


<http://planetadoalan.blogspot.com/2011/05/mapa-de-relevo-jurandyr-ross.html>.
Acesso em: 03 jul. 2011

R7 NOTÍCIAS. Deslizamentos de terra em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro,


causam mortes e destruição. Vista do local onde estava localizada a Pousada
Sankay, atingida pelo deslizamento de uma grande encosta, na Praia do Bananal,
em Ilha Grande, litoral sul do Estado do Rio de Janeiro, nesta sexta-feira (1).
Disponível em:
<http://noticias.r7.com/cidades/fotos/deslizamentos-de-terra-em-angra-dos-reis-no-
rio-de-janeiro-causam-mortes-e-destruicao.html>. Acesso em: 03 jul. 2011
21 
 

SECRETARIA NACIONAL DE DEFESA CIVIL. Deslizamento: conheça o desastre.


Disponível em:
http://www.defesacivil.gov.br/desastres/recomendacoes/deslizamento.asp>. Acesso
em: 26 abr. 2011.

FREITAS, Eduardo de. Deslizamentos de encostas. Disponível em:


<http://www.brasilescola.com/geografia/deslizamentos-encostas.htm>. Acesso em:
30 abr. 2011.

MAIA, Diego Corrêa. A utilização dos ditos populares e a observação do tempo


e do clima. Disponível em:
<http://geografia.uol.com.br/geografia/mapas-demografia/34/artigo194428-3.asp>.
Acesso em: 21 abr. 2011.

UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE. Centro de Tecnologia e


Recursos Naturais. Unidade Acadêmica de Ciências Atmosféricas. Água
precipitável mensal (mm) 2008-2010. Apresenta dados sobre água precipitável e
vapor d'água. Disponível em:
<http://www.dca.ufcg.edu.br/vapordagua/produtos.html>. Acesso 20 abril 2011.
22 
 

BIBLIOGRAFIA

CENTRO DE PREVISÃO DE TEMPO E ESTUDOS CLIMÁTICOS. ZCAS provoca


chuvas intensas em parte do Brasil. Disponível em:
<http://www.cptec.inpe.br/noticias/noticia/9857>. Acesso em: 03 jul. 2011.

REBOUÇAS, Antônio et al. Influências da poluição industrial, da precipitação e


da ocupação indevida das encostas de Cubatão sobre os deslizamentos de
terra. Disponível em: <http://pt.scribd.com/doc/42915697/Serra-Do-Mar>. Acesso
em: 01 jul. 2011.

VIEIRA, Elsa; MORAIS, Mafalda; SOARES, Rita. Universidade de Aveiro.


Departamento de Física. Dinâmica do Clima. Água precipitável. Disponível em:
<http://torre.fis.ua.pt/presentations/lectures/climate_dinamics/Balanco/Baln%C3%A7
o%20de%20massa%20-%20%C3%81gua%20Precipit%C3%A1vel.pdf>. Acesso em:
21 abril 2011.
23 
 

ANEXO A - CICLO HIDROLÓGICO

(Fonte: EVANS, John M.. Ciclo da água. imagem ilustrativa sobre o ciclo da água.
Disponível em: <http://ga.water.usgs.gov/edu/watercycleportuguesehi.html>. Acesso
em: 26 maio 2011)
24 
 

ANEXO B - ESTRUTURA DO SOLO

(Fonte: ESPÍRITO SANTO 3D. A relação entre a estrutura e a drenagem do solo.


Tipo de estrutura de solo. Disponível em:
<http://cciviles.blogspot.com/2011/01/relacao-entre-estrutura-e-drenagem-do.html>.
Acesso em: 03 julho 2011).
25 
 

ANEXO C - IMAGEM DE DESLIZAMENTO DE TERRA

(Fonte: R7 NOTÍCIAS. Deslizamentos de terra em Angra dos Reis, no Rio de


Janeiro, causam mortes e destruição. Vista do local onde estava localizada a
Pousada Sankay, atingida pelo deslizamento de uma grande encosta, na Praia do
Bananal, em Ilha Grande, litoral sul do Estado do Rio de Janeiro, nesta sexta-feira
(1). Disponível em:
<http://noticias.r7.com/cidades/fotos/deslizamentos-de-terra-em-angra-dos-reis-no-
rio-de-janeiro-causam-mortes-e-destruicao.html>. Acesso em: 03 jul. 2011).
26 
 

ANEXO D - MAPA DE RELEVO CONFORME JURANDYR ROSS

(Fonte: PLANETA DO ALAN. Mapa de relevo: Jurandyr Ross. Serra do Mar é


representada pela região 7. Disponível em:
<http://planetadoalan.blogspot.com/2011/05/mapa-de-relevo-jurandyr-ross.html>.
Acesso em: 03 jul. 2011).

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