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Estabilidade Global de Edifícios

Com o aumento significativo na altura das edificações a atenção não deve ser dada
apenas nas cargas verticais nos pilares, mas também a instabilidade global da edificação de
tal forma que os pilares possam resistir a esforços horizontais. O comportamento linear da
estrutura exige a existência do comportamento linear do material e de uma geometria
adequada da estrutura quando uma dessas condições não é satisfeita a estrutura apresenta
um comportamento não linear, podendo existir ou não linearidade geométrica ou uma não
linearidade física.

 Não linearidade geométrica


A não Linearidade Geométrica está relacionada com o deslocamento horizontal dos
nós da estrutura ao receber carregamentos devendo ser analisadas, então, o arranjo estrutural
na condição deformada, e não apenas na condição geométrica inicial. Esta análise é necessária
em razão do surgimento dos efeitos de ‘’segunda ordem’’. O deslocamento horizontal da
estrutura causa excentricidades nas cargas verticais recebidas pelos pilares, gerando
solicitações (momentos) que não existiam na condição anterior às deformações.
 Não linearidade física

A não linearidade física está relacionada com a variabilidade das propriedades do


concreto. Esta situação ocorre devido à curva tensão-deformação não ser linearidade, logo o
valor do módulo de elasticidade não permanece constante. Outro aspecto diz respeito à
fissuração do concreto, que ocorre com o aumento das solicitações, fazendo com que o
momento de inércia se reduza. Assim o valor da rigidez não permanece constante. Uma das
formas de levar em consideração essa variação das propriedades se dá por meio de processos
interativos atualizando as relações momento-curvatura correspondentes a força axial atuante,
porém, a NBR 6118 adota um método simplificado. Em estruturas reticuladas, com mínimo 4
andares, a não linearidade física pode ser considerada de forma aproximada nas análises dos
esforços globais de 2 ordem calculando o valor da rigidez.

Seguindo as seguintes fórmulas:

Ei = 0,3 . Eci . Ic  Lajes Ei = 0,5 . Eci . Ic  Viga com As'=As

Ei = 0,4 . Eci . Ic  Vigas com o As’ ≠ As Ei = 0,8 . Eci . Ic  Pilares

Ei = Rigidez

Eci = Módulo de deformação tangente inicial

Ic = Momento de inércia da seção

Quando a estrutura for contra ventada apenas com vigas e pilares, tendo ɣz < 1,3 :

Ei = 0,7 . Eci . Ic0

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