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Resistência dos Materiais II

Não Linearidade Física e Geométrica


Universidade Federal do Piauí
Departamento de Estruturas
Resistência dos Materiais II – Engenharia Civil
Prof. Francisco José Soares Fernandes

Linearidade Física e Geométrica


 Conceito de Linearidade e Não Linearidade.
Diz respeito ao tipo de comportamento das estruturas,
quando submetidas a carregamentos, em decorrência
das suas propriedades físicas e geométricas.
Relaciona-se a forma como surgem as deformações nas
estruturas quando carregadas e seus efeitos nas
solicitações resultantes do comportamento de suas
propriedades físicas e de sua geometria.
Universidade Federal do Piauí
Departamento de Estruturas
Resistência dos Materiais II – Engenharia Civil
Prof. Francisco José Soares Fernandes

Análise linear x Análise não-linear


Estrutura submetida a um carregamento P Estrutura submetida a um carregamento adicional
somando 2.P

Análise possíveis dos deslocamento resultantes

(Kimura, 2007)
Universidade Federal do Piauí
Departamento de Estruturas
Resistência dos Materiais II – Engenharia Civil
Prof. Francisco José Soares Fernandes

Análise linear x Análise não-linear


• Se for realizada uma análise linear, o deslocamento resultante seria proporcional ao
acréscimo de carga, ou seja 2.d. A resposta da estrutura em termos de deslocamentos
teria um comportamento linear à medida que o carregamento fosse aplicado;
• Se for realizada uma análise não linear, o deslocamento resultante não seria proporcional
ao acréscimo de carga, seria um valor diferente de 2.d. A resposta da estrutura, em
termos de deslocamentos, teria um comportamento não-linear à medida que o
carregamento fosse aplicado.

• Fatores que geram o comportamento não-linear de uma estrutura:


 Alteração das propriedades dos materiais que compõem a estrutura, designada
“não-linearidade física (NLF);
 Alteração da geometria da estrutura, designada “não-linearidade geométrica” (NLG).

(Kimura, 2007)
Universidade Federal do Piauí
Departamento de Estruturas
Resistência dos Materiais II – Engenharia Civil
Prof. Francisco José Soares Fernandes

Linearidade Física e Geométrica


 Linearidade Física:
5.1- Linearidade Física e Geométrica

 Na análise linear:
– Os deslocamentos e os esforços nos elementos são proporcionais
às ações aplicadas;
– A matriz de rigidez da estrutura é constante durante o carregamento;
– É válida a superposição de efeitos das ações.
5.1- Não Linearidade Física e Geométrica
 Na análise Não-Linear:
– Os deslocamentos e os esforços nos elementos NÃO
são proporcionais às ações aplicadas;
– Vários sistemas de equações são solucionados;
– A matriz de rigidez da estrutura se altera durante o
Carregamento;
– NÃO é válida a superposição de efeitos das ações.
5.1- Não Linearidade Física e Geométrica
 Na análise não-linear
– A solução deve ser obtida por método iterativo incremental
5.1- Não Linearidade Física (NLF)
 O Engenheiro, quando na elaboração de projetos estruturais
deve levar em conta o comportamento dos materiais
constituintes da estrutura.
 De forma exemplificativa, tem-se que o concreto armado não
é elástico perfeito.
 Isso porque, o efeito da fissuração, da fluência, o
escoamento das armaduras, bem como outros fatores de
menor importância conferem ao mesmo um comportamento
não linear, a chamada não linearidade física.
 A não linearidade física das estruturas é decorrente da
variação das propriedades físicas dos materiais
constituintes da seção.
5.1- Não Linearidade Física (NLF)

 Não Linearidade Física – Diagrama


– Características mecânica dos materiais utilizados

– A consideração desta não linearidade física invalida a


Lei de Hooke
5.1- Não Linearidade Física (NLF)
 Não Linearidade Física – Relação Momento x Curvatura ( M x 1/r)
5.1- Não Linearidade Física (NLF)

 Não Linearidade Física – Fissuração


– Na posição de equilíbrio a peça já pode estar fissurada e não mais
obrigatoriamente íntegra.

– Esta não linearidade invalida a hipótese de material contínuo e


homogêneo!!
5.1- Não Linearidade Geométrica (NLG)

 Deslocamento de uma estrutura em decorrência da


atuação de cargas verticais e horizontais;
 Estes deslocamentos provocam o aparecimento de
efeitos adicionais na estrutura, que são chamados de
“efeitos de segunda ordem”;
 Constituem-se em deslocamentos e esforços
adicionais que solicitam a estrutura, acrescendo-se
aos esforços originais.
5.1- Não Linearidade Geométrica (NLG)
 Não Linearidade Geométrica:
– na estrutura real o equilíbrio sempre ocorre na posição deformada
5.1- Não Linearidade Geométrica (NLG)
Configuração de uma estrutura, considerando-se a não linearidade
Geométrica.
6.1- Estabilidade de Sistemas Mecânicos Elásticos
 Estabilidade global
Conceito Fundamental:
– Efeitos de 2º Ordem são aqueles que se somam aos efeitos de
1º ordem quando se considera a posição deformada da
estrutura
6.1- Estabilidade de Sistemas Mecânicos Elásticos
 Quanto maior a sensibilidade aos efeitos de segunda
ordem menos estável é a estrutura
6.1- Estabilidade de Sistemas Mecânicos Elásticos
 Parâmetros para avaliar a sensibilidade aos efeitos de segunda
ordem:

– Processos Rigorosos: Constantes modificações na matriz de


rigidez e vetores de carga.

– Processos iterativos PΔ: Processo iterativo.


A estabilidade global avaliada considerando a NLG por meio de
método iterativo incremental

– Processos simplificados γz, α: Boa Precisão


6.1- Estabilidade de Sistemas Mecânicos Elásticos

(NBR 6118/2014, item 15.5.3)


6.1- Estabilidade de Sistemas Mecânicos Elásticos

Prof. Eng. Alexandre Luis Sudano. UNILIns – Centro de Pós-Graduação UNILins.

, – é a soma dos produtos de todas as forças verticais atuantes na


estrutura, com seus valores de cálculo, pelos deslocamentos horizontais de
seus respectivos pontos de aplicação, obtidos em primeira ordem.
, , – e o memento de tombamento, ou seja a soma dos momentos de todas
as forças horizontais, com seus valores de cálculo, em relação à base da
estrutura. Kimura, Alio (2007).
6.1- Estabilidade de Sistemas Mecânicos Elásticos
 Estabilidade global

Parâmetro γz –Avaliação de resultados obtidos:

– Valores inferiores a 1 : efeitos de 2ª ordem quase


inexistentes;
– Valores inferiores a 1,1: estrutura com nós fixos (10%);
– Valores inferiores a 1,2 são os ideais (20%);
– Valores da ordem de 1,3 indicam alto grau de instabilidade
em edifícios de Concreto Armado (30%);
– Valores superiores a 1,5 indicam estrutura instável.
6.1- Estabilidade de Sistemas Mecânicos Elásticos

Htot : altura total da estrutura a partir da fundação ou um


nível pouco deslocável;
Nk: somatória das cargas verticais atuantes na estrutura;
Eci.Ic : rigidezes à flexão do sistema de contraventamento
6.1- Estabilidade de Sistemas Mecânicos Elásticos
 Parâmetro α:
Cálculo do EI:
6.1- Estabilidade de Sistemas Mecânicos Elásticos
 Parâmetro α:
Análise de Resultados (NBR 6118/2014, item 15.5)
Referências:

Apresentação baseada nos trabalhos dos seguintes pesquisadores:

- Prof. Eng. Alexandre Luis Sudano. UNILIZ. Apresentação Aula 3B. PUS – Centro de
Pós-Graduação UNILins.

- Eng. Sérgio Santurian. Trabalho de Conclusão de Curso de Engenharia Civil.


Universidade Anhembi Murimbi.

- Kimura, Alio (2007). Informática Aplicada em Estruturas de Concreto Armado –


Cálculo de Edifícios com o Uso de Sistemas Computacionais. Pini. São Paulo, 2007.

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