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MANUAL TÉCNICO

DE RECUPERAÇÃO DE ESTRUTURAS
DE OBRAS DE ARTE ESPECIAIS

É necessário um constante monitoramento nas manifestações patológi-


cas, por meio de inspeções, evitando que a estrutura chegue a um nível
de criticidade elevado.
Governador do Estado do Paraná
Carlos Roberto Massa Júnior

Secretário de Infraestrutura e Logística do Paraná


Sandro Alex

Diretor Geral do DER/PR


Fernando Furiatti Saboia

Diretor Técnico do DER/PR


Luiz Carlos de Cristo

Diretor de Operação do DER/PR


Alexandre Castro Fernandes

Fiscalização do Contrato
Victor Rene Mazepas de Oliveira

Realização: Strata Engenharia LTDA


Paulo Romeu Assunção Gontijo
Bernar D’Assis Granja Campos
Rodrigo Pereira
Vitor Araújo Martins
Myrelle Yasmine de Freitas Câmara
Renan Carvalho Quadros
Dianine Duarte
Igor Aparecido Lemes de Souza
SUMÁRIO

04
APRESENTAÇÃO
06
TIPOS DE OAEs
09
COMPOSIÇÃO
DAS OAEs

12
INSPEÇÕES EM
16
CAUSAS PATOLÓ-
17
MANIFESTAÇÕES
OAES GICAS PATOLÓGICAS

21
NECESSIDADE DE
22
MANUTENÇÃO
48
ESPECIFICAÇÕES
INSPEÇÃO PARTICULARES
APRESENTAÇÃO

O
Departamento de Estra- çamentos, locação, construção, re-
das de Rodagem do Para- construção, melhoramentos e pavi-
ná (DER/PR) é o órgão exe- mentação das estradas compreendi-
cutor da política de trans- das no Plano Rodoviário Estadual, in-
portes determinada pelo Governo Es- clusive pontes e demais obras com-
tadual do Paraná. Criado pelo Decreto plementares.
-Lei n.º 547/1946, regulamentado pelo Sendo assim, o DER/PR, buscando
Decreto nº 2458/2000 e complemen- identificar os investimentos capazes
tado pelo Decreto nº 4475/2005, sob o de gerar a maior eficiência nas ações
regime de autarquia vinculada atual- de manutenção da malha rodoviária
mente à Secretaria de Estado de Infra- sob sua administração, mantém o sis-
estrutura e Logística (SEIL), foi implan- tema de Obras de Arte Especiais
tado em dezembro de 1946 para de- (OAEs), a fim de executar as defini-
sempenhar as funções relativas à ções e intervenções necessárias.
construção, manutenção e operação
de infraestrutura dos segmentos do O presente Volume I corresponde ao
Sistema Rodoviário Estadual (SRE) do Manual Técnico de Recuperação de
Paraná. estruturas de Obras de Arte Especiais,
Edital Pregão nº 019/2020, Contrato nº
Compete ao DER/PR, em sua esfera 004/2021 de Prestação de Serviços
de atuação, executar e fiscalizar todos Técnicos Especializados para Inspeção
os serviços técnicos e administrativos em Obras de Arte Especiais da Malha
concernentes a estudos, projetos, or- Rodoviária Estadual.

OAE0067 - Ponte sobre o Rio Negro - Divisa (PR-151) - km 483,20

4
“As pontes e viadutos são obras de infraestrutura conhecidas como Obras de Arte Es-
peciais (OAEs), assim como as demais estruturas da construção civil elas são projeta-
das com uma determinada vida útil e, de modo a assegurar e prolongar essa vida, as
OAEs devem passar por processos contínuos de preservação”.

PARANÁ
O estado conta com 936
Obras de Arte Especiais inspe-
cionadas no Contrato
004/2021, distribuídas em cin-
co Superintendências Regio-
nais e dezoito Escritórios Regi-
onais.

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TIPOS DE OAE’s
OAE EM LAJE

Tal sistema estrutural é destituído de


qualquer vigamento, sendo adotado
para o caso de pequenos vãos. Apre-
sentam pequena altura de constru-
ção, grande resistência à torção e fis-
suramento, simplicidade e rapidez de
construção, além de representarem
boa solução para obras esconsas.
Conforme relação entre a extensão
do vão e a sua espessura, determina-
central.
se a necessidade da protensão do ele-
mento. Possui como desvantagem o As pontes em vigas contínuas são sis-
elevado peso próprio, situação que temas hiperestáticos, em que o ele-
pode ser mitigada com a utilização mento possui seção única distribuída
de lajes ocas com formas tubulares sobre múltiplos apoios, possuindo co-
perdidas. mo maior vantagem a questão estéti-
ca. Já as pontes em vigas Gerber tra-
tam-se de sistemas isostáticos, em
que os dentes substituem a utilização
de pilares e fundação naquela seção,
possibilitando a execução de maiores
vãos livres. Por outro lado, possui co-
mo desvantagem a maior necessida-
de de manutenção devido às articula-
ções e juntas.

OAE EM VIGA

Podem ser simplesmente apoiadas,


contínuas ou associadas a dentes ger-
ber. As pontes em vigas simplesmen-
te apoiadas se constituem de um mo-
delo de fácil execução, sendo muito
utilizadas para vencer vãos únicos de
pequeno porte ou grandes vãos a
partir de apoios sucessivos. O sistema
OAE EM CAIXÃO CELULAR
ainda é utilizado com extremos em
balanços, criando uma relação de
São formadas por lajes superiores e
equilíbrio entre os momentos negati-
inferiores, interligadas por vigas longi-
vos dos balanços e positivos do vão
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OAE ESTAIADA

Nesse sistema estrutural, o tabuleiro é


suspenso diretamente por cabos incli-
nados e fixados aos apoios verticais.
Assim como as pontes pênseis, são
pontes que apresentam movimentos
vibratórios elevados, criando a neces-
sidade da utilização de tabuleiro com
tudinais e transversais, formando uma grande rigidez à torção.
estrutura com seção celular e não ma-
ciça. Esse tipo de estrutura possui
grande rigidez à torção, sendo indica-
da para pontes curvas, com pilares
isolados ou com pequena altura para
as vigas principais.

OAE PÊNSIL

São compostas por cabos parabólicos


portantes e cabos de suspensão do
vigamento que transmitem os esfor-
ços das vigas para os apoios verticais.
OAE EM GRELHA Devido aos movimentos vibratórios
transversais, as vigas devem possuir
Trata-se de um sistema em que as vi- grande resistência à flexão e torção, o
gas longitudinais trabalham em con- que inviabiliza a utilização de vigas de
junto com as vigas transversais. Dessa concreto e prioriza a utilização de ele-
forma, as transversinas regulam a dis- mentos metálicos.
tribuição de cargas entre as longari-
nas.

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OAE EM ARCO OAE EM PÓRTICOS

Foi muito utilizado no passado diante Trata-se um sistema estrutural em


da dificuldade de execução de apoios que as vigas são executadas engasta-
intermediários em vales e cursos d’á- das com os encontros ou pilares, ou
gua profundos. Embora privilegie a até mesmo ambos. A continuidade
questão estética, trata-se de um siste- dos elementos substitui a necessida-
ma estrutural em desuso devido ao de de articulações.
avanço das técnicas construtivas e do
concreto protendido.

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COMPOSIÇÃO DAS OAE’s
SUPERESTRUTURA

 Tabuleiro

Laje que suporta diretamente a estru-


tura do pavimento e as cargas do trá-
fego acima dela.

 Vigas

Elementos estruturais que transmi-


tem a carga do tabuleiro para os apoi-
os laterais ou intermediários.

 Juntas de dilatação

Elementos que permitem movimen-


tos relativos entre duas partes da es-
trutura. Podem ser classificados em
juntas de vedação e juntas estrutu-
rais.

 Laje de transição
Vigas sob tabuleiro
Utilizadas para abranger a área pro-
blemática entre a zona de aproxima-
ção da obra e o encontro da estrutura.

 Sistema de segurança

Garantem a proteção de veículos e


pessoas. Por exemplo: refúgios, guar-
da corpo, guarda rodas, defensas me-
tálicas e barreiras de concreto.

 Faixas especiais Juntas de dilação

Garantem a separação entre os fluxos


de veículos e pessoas.

 Sinalização e iluminação

Elementos que identificam a obra, in-


formam carga máxima permitida, ga-
baritos, velocidade máxima, condu-
zem o tráfego dentro da obra e sepa-
ram os fluxos.
Faixa de pedestres
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 Sistemas de drenagem MESOESTRUTURA
Elementos projetados para coletar  Travessas
água pluvial do tabuleiro.
Elementos que junto aos pilares con-
formam um sistema tipo pórtico. Per-
mitem a ligação entre a cabeça dos
pilares, transmitindo solicitações
(cargas), que recebem das vigas de
suporte sob o tabuleiro.

 Pilares

Recebem os esforços da superestru-


Pingadeiras no tabuleiro
tura e os transmitem à infraestrutura
conjuntamente com os esforços rece-
bidos diretamente de outras forças
solicitantes da OAE.

 Aparelhos de apoio

Transmitem as reações de apoio e


permitem movimentos da superes-
trutura.

 Encontros
Travessa e pilares Possibilitam boa transição entre OAEs
e as rodovias. Ao mesmo tempo que
são apoios extremos, são também
elementos de contenção e estabiliza-
ção dos aterros de acesso. No caso de
pontes em balanço, são colocadas
cortinas, alas e laje de transição.

INFRAESTRUTURA

 Fundações
Aparelho de apoio elastomérico
Elementos estruturais com a função
de transmitir as cargas da mesoestru-
tura ao terreno onde elas são apoia-
das.

As fundações podem ser classificadas


como rasas, tipo blocos ou saparas, e
profundas, tipo estacas ou tubulões.

 Taludes de aterros

Encontro Os aterros são estruturas que servem


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de suporte aos encontros e na maio-
ria dos casos, são executados com
material selecionado.

 Obras de controle de cursos de


água

Os cursos d’água são acidentes da


natureza, dinâmicos e ativos que, al-
terando seus níveis, volumes e leitos,
podem causar inundações e sérias
modificações topográficas, devendo
ser avaliados e monitorados em toda
a sua vida útil.

Acúmulo de materiais nos pilares

Infraestrutura da obra

encontros
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INSPEÇÕES EM OAE’s
As prescrições normativa da NBR 9452 (ABNT, 2019) e norma DNIT 010/PRO
(DNIT, 2004), preveem quatro tipos de inspeções nas Obras de Arte Especiais
que são as inspeções cadastrais, rotineiras, especiais e extraordinárias.

É a primeira inspeção realizada na obra e Inspeção de acompanhamento periódi-


deve ser efetuada imediatamente após co, visual, com ou sem a utilização de
sua conclusão, instalação ou integração equipamentos e/ou recursos especiais
a um sistema de monitoramento e para análise ou acesso, em geral, realiza-
acompanhamento viário. Deve também da entre um a dois anos. Na inspeção ro-
ser realizada quando houver alterações tineira deve ser verificada a evolução de
na configuração da obra, como anomalias já observados em ins-
alargamento, acréscimo de peções anteriores, bem co-
comprimento, reforço, mo novas ocorrências,
mudança no sistema reparos e/ou recupe-
estrutural. rações efetuadas no
período.

A inspeção especial A inspeção extraordi-


deve ter uma periodi- nária é gerada por
cidade de cinco anos, uma das demandas
podendo ser postergada não programadas a se-
para até oito anos, desde guir, associadas ou não:
que se enquadre concomitantemente a) Necessidade de avaliar com mais
nos seguintes casos: critério um elemento ou parte da obra
a) Obras com classificação de longo pra- de arte, podendo ou não ser gerada por
zo (notas de classificação 4 e 5); inspeção anterior;
b) Obras com total acesso a seus ele- b) Ocorrência de impacto de veículo,
mentos constituintes na inspeção roti- trem ou embarcação;
neira. c) Ocorrência de eventos da natureza,
como inundações, vendaval, sismo ou
outros.

A inspeção visual é o
20% 80%
método de melhor
relação custo/
20%
benefício. 80%

Volume de informações Custos de inspeção


Inspeção visual
relevantes
Testes e métodos de medição

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Análise de dados Controle das OAEs
adicionais
Solicitação de
Inspeção
Inspeção cadastral
- Análise estrutural;
- Prova de carga; Ocorrência de even-
Análise dos
- Ensaios tecnológicos; tos imprevisíveis
dados
- Inspeção subaquática; disponíveis Classificação
- Etc.
Ações imediatas/
inspeção
Sim extraordinária
Nota
Sim Recomen- 1
dações pre-
liminares? Providências neces-
Relatório final de Não sárias:
inspeção Interdição;
Reforço ou reparo de
Relatório pre- Sim emergência;
Inspeção Nota
liminar e/ou Alteração de sobre-
especial 2
providência carga;
Não
Limite de velocidade;
Sim
Não Observação perma-
Inspeção da nente;
Não obra Inspeção Rotineira Controle rápido (solo,
Necessida- recalque, etc.);
des de dados Demolição;
adicionais? Controle de tráfego.
Dados Sim
A situação Sim novos?
é emergen- Inspeção especial
cial? Não
Não

Suspensão eventual de me- Não Prazo limite para Há inspe-


didas anteriores à solicita- inspeção especial ção espe-
ção de inspeção e/ou intervenção cial?

Classificação Intervenções Registro Sim

Com a inspeção e monitoramento é possível detectar


inconformidades nas pontes. A partir disso, é preciso
tomar medidas cabíveis para o cenário encontrado.

Estabelecer critérios, me-


todologia e plano de ação
na identificação das OAEs
Identificação das estrutu- que necessitam de manu- Dar ciência ao DER/PR a
ras em situação crítica tenção preventiva periódi- todos os fatos e procedi-
que necessitam de inter- ca das estruturas menos mentos nos trabalhos em
venção imediata; comprometidas.; campo.

01 ————— 02 ————— 03
PRINCIPAIS ATIVIDADES DE CAMPO
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PARÂMETROS
ESTRUTURAIS PARÂMETROS
FUNCIONAIS PARÂMETROS
DURABILIDADE
Relacionados à segu-
rança estrutural da
obra de arte, ou seja, Os parâmetros funcio-
referentes à sua estabi- nais também devem Estão vinculados à re-
lidade e capacidade levar em conta o con- sistência da estrutura
portante, sob o critério forto e a segurança do frente a ataques de
de seus estados limites usuário, considerando, agentes ambientais
último e de serviço, re- por exemplo, a integri- agressivos. Exemplifi-
comendados pelas dade dos guarda- cam-se como anomali-
normas técnicas nacio- corpos, existência de as associadas à durabi-
nais aplicáveis a cada depressões e/ou bura- lidade, ausência de co-
caso. cos na pista de rola- brimento de armadu-
mento e a sinalização. ra, corrosão, fissuração
excessiva, danos ao
tratamento superficial
e erosões nos taludes.

As obras de arte devem ser classificadas segundo os parâmetros estrutural, fun-


cional e de durabilidade. A classificação de uma obra de arte consiste da atribui-
ção de uma nota de avaliação, variando de 1 até 5, correlacionada à sua condição
de estabilidade e conservação – que pode ser excelente, boa, regular, ruim ou
crítica – e a cada um dos parâmetros de caracterização.

Nota Danos no elemento/Insuficiência Condição de Classificação das


Ação corretiva
Técnica estrutural estabilidade condições da OAE

Não há danos nem insuficiência Obras sem


5 Manutenção preventiva. Boa.
estrutural. problemas.

Há alguns danos mas não há sinais de


Manutenção preventiva e Obras sem
4 que eles estejam gerando insuficiência Boa.
corretiva. problemas sérios.
estrutural.

Há danos gerando alguma insuficiência A recuperação pode ser pos- Boa ou boa Obras
3 estrutural, mas não há sinais de com- tergada. Colocar o problema aparentemen- potencialmente
prometimento da estabilidade da obra. em observação sistemática. te. problemáticas.

Há danos gerando significativa insufici-


ência estrutural, porém ainda não há, A intervenção deve ser feita Obras
2 Sofrível.
aparentemente, risco tangível de no curto prazo. problemáticas.
colapso da estrutura.

Há danos gerando grave insuficiência


estrutural na OAE, o elemento em ques- A intervenção deve ser feita
1 Precária. Obras críticas.
tão encontra-se em estado crítico, sem tardar.
havendo risco tangível de colapso.

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O banco de dados pode ser definido do tempo e o acesso a todas as infor-
como a correlação dos dados básicos mações por parte da equipe técnica e
das Obras de Arte Especiais e das in- gerencial da agência responsável pelo
formações requeridas para dar supor- sistema. É um elemento fundamental
te e facilitar os processos de inspeção, do sistema, e é constituído por diver-
manutenção e reabilitação, a previsão sos módulos como pode ser represen-
da evolução da deterioração ao longo tado pela figura abaixo:

A preservação das OAEs é definida co- qual se encontre a OAEs. Estas ações
mo ação ou estratégias de prevenção, têm como objetivo retardar a necessi-
retardo ou redução da deterioração das dade de ações de reconstrução ou de
pontes e viadutos ou dos elementos substituição, fazendo uso de estraté-
constituintes. Realizada também para gias e ações de preservação nas pontes
manter em boas condições pontes e viadutos, enquanto eles ainda estão
existentes, e prolongar a vida útil. Po- em boa ou razoável condição, e antes
dem ser ações de caráter preventivo ou do início de deterioração grave.
orientado, dependendo da condição na

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CAUSAS EXTRÍNSECAS DAS PATOLOGIAS
 Modelização inadequada da Estrutura;
 Má avaliação das cargas;
FALHAS HUMANAS DURANTE O  Detalhamento errado ou insuficiente;
PROJETO  Inadequação ao ambiente;
 Incorreção na interação Solo-Estrutura;
 Incorreção na consideração de juntas de dilatação.

FALHAS HUMANAS DURANTE A  Alterações estruturais;


 Sobrecargas exageradas;
UTILIZAÇÃO  Alteração das condições do terreno de fundação.

 Choques de veículos;
AÇÕES MECÂNICAS  Recalque de fundações;
 Acidentes (ações imprevisíveis).

 Variação de temperatura;
AÇÕES FÍSICAS  Insolação;
 Atuação da água.

AÇÕES QUÍMICAS

AÇÕES BIOLÓGICAS

CAUSAS INTRÍNSECAS DAS PATOLOGIAS


 Transporte;
 Lançamento;
Deficiências de con-  Juntas de concretagem;
cretagem  Adensamento;
 Cura.
Inadequação de escoramento e fôrmas

 Má interpretação dos projetos;


 Insuficiência de armaduras;
FALHAS HUMANAS DU-  Mau posicionamento das armaduras;
Deficiências nas ar-  Cobrimento de concreto insuficiente;
RANTE A CONSTRUÇÃO maduras  Dobramento inadequado das barras;
 Deficiência nas ancoragens;
 Deficiências nas emendas;
 Má utilização de anticorrosivos.
 Fck inferior ao especificado;
 Aço diferente do especificado;
Utilização incorreta  Solo com características diferentes;
dos materiais de cons-  Utilização de agregados reativos;
trução  Utilização inadequada de aditivos;
 Dosagem inadequada do concreto.

Inexistência de controle de qualidade

FALHAS HUMANAS DURANTE A UTILIZAÇÃO (ausência de manutenção)


Causas próprias à estrutura porosa do concreto

 Reações internas ao concreto;


 Expansibilidade de constituintes do cimento;
 Presença de cloretos;
Causas químicas  Presença de ácidos e sais;
 Presença de anidrido carbônico;
CAUSAS NATURAIS  Presença de água;
 Elevação da temperatura interna do concreto.
 Variação de temperatura;
Causas físicas  Insolação;
 Vento;
 Água.
Causas biológicas

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MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS
 Nicho de concretagem

Deficiência na concreta-
gem da peça que acaba por
separar os materiais pre-
sentes no concreto. Ocorre
devido ao lançamento do
concreto em alturas eleva-
das, por excesso de vibra-
ção, dosagem inadequada,
incoerência para com o diâ-
metro dos agregados. Em
alguns casos pode deixar a
armadura exposta, que o
incita o início de outras pa-
tologias.

 Manchas

Causadas pela contamina-


ção de fungos ou mofos,
principalmente em áreas
externas e que estão sujei-
tas a maior exposição a
umidade e/ou luz solar.

 Eflorescência

Manchas esbranquiçadas
na superfície do concreto
(carbonato de cálcio). Ocor-
rem devido a dissolução
dos sais (hidróxido de cál-
cio) presentes no concreto
devido a infiltração de
águas e reações com o CO2 do meio. devido a choques ou processos quí-
Por um processo de Lixiviação e de micos e/ou biológicos, ou ainda por
evaporação estes sais são depositados reações expansivas inertes. Geralmen-
na superfície. Após as reações inter- te causa uma perda de engrenamen-
nas, os outros elementos constituin- to entre os agregados e da capacida-
tes do concreto terminam expostos a de aglomerante da pasta.
decomposição química.
 Desagregação
 Esfoliação
Perda da capacidade aglomerante do
Lascas que se descolam do concreto concreto, ocasionando destacamento

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dos agregados e consequentemente acúmulo de água. A água reage qui-
a exposição da armadura da peça. micamente com a armadura de ma-
Ocorre geralmente por efeitos de ata- neira a formar pontos de ferrugem.
ques químicos, fatores externos e/ou Essas reações a longo prazo tendem a
agravação de um estado de Esfoliação diminuir a resistência original da peça.
prévio.
 Flechas
 Cobrimento deficiente
Flechas são desvios de geometria
Desacordo do cobrimento existente causados por carregamentos inapro-
com o especificado em norma (NBR priados para a peça. A NBR 6118:2014
6118:2014). É recomendado um cobri- prescreve limites para deslocamento
mento nominal da camada de con- de peças de estruturas de concreto,
creto sobre armaduras de aço com a de maneira a não ocorrerem sensa-
função de protegê-las. Ocorre, geral- ções desagradáveis aos usuários e ao
mente, devido a realização indevida mesmo tempo garantir o não com-
do serviço. prometimento da estrutura.

 Corrosão  Fissuras

Manchas marrom-avermelhadas apa- Estas podem ocorrer por vários fato-


rentes na superfície devido à corrosão res, fatores estes que diferenciam ca-
da ferragem presente na peça. Ocor- da uma e como se comportam. A
rem em ambientes sujeitos a umida- exemplo de fissuras tem-se: fissura-
de e/ou em falhas de concretagem ção por cura mal executada; fissura-
que geram um ambiente propicio ao ção por recalque diferencial; fissura-

18
ção por expansão do material; entre  Carbonatação
outros. O surgimento de fissuras gera
um desconforto ao usuário e também Reação entre CO2 presente na atmos-
uma falha no sistema de proteção dos fera que penetra pelos poros do con-
constituintes internos do concreto creto e reage com os constituintes al-
(principalmente armadura), um meio calinos do mesmo. A carbonatação da
de entrada para fatores externos co- Cal reduz o Ph do concreto e provoca
mo agua, CO2, fungos; que por sua a despassivação das armaduras. Pode
vez dão inicio a um processo de de- ser identificada de maneira simples:
gradação. com a aplicação de uma solução de
fenolftaleína na superfície do concre-
 Infiltração to.

Entrada de água no interior da peça  Presença de cloretos


de concreto dado por exposição direta
a chuva, área de contato maior devido Contaminação do concreto por em-
a fissuras, acumulo de água em can- prego de aditivos a base de cloretos,
tos ou pontos mais baixos; umidade ou pela penetração de cloretos devido
do proveniente do solo por capilarida- ao ambiente. Ocorrem geralmente
de, entre outros. A presença de água em áreas litorâneas e/ou em peças
na estrutura tende a incitar processos pré-moldadas onde pretende-se ace-
patológicos, para tanto enfatiza-se a lerar a cura com aditivos a base de
importância dos processos de drena- cloretos. Os danos variam entre fissu-
gem. ras próximas as armaduras e manchas
devido a retenção de umidade.

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Patologias na estrutura:

 Defeitos construtivos (falhas na


montagem, desaprumo ou desali-
nhamento dos elementos, armadu-
ras aparentes, falhas de concreta-
gem, juntas frias, falhas nas condi-
ções superficiais do concreto, ausên-
cia ou má instalação de parafusos,
soldas mal executadas, etc.);
 Danos causados por acidentes, co-
mo impacto ou incêndios;
 Deslocamento linear ou angular;
 Deformações excessivas;
 Desaprumo de pilares; Patologias nos aparelhos de apoio e en-
 Estado de fissuração dos elementos; torno:
 Exposição de armaduras;
 Corrosão de armaduras;  Ausência de aparelho de apoio;
 Condições superficiais do concreto;  Bloqueio;
 Esborcinamento (quebra) de concre-  Posicionamento inadequado;
to;  Acúmulo de detritos, ocorrência de
 Esmagamento do concreto; agentes agressivos;
 Deterioração por agentes agressi-  Ruptura;
vos;  Fissuras;
 Falhas de acabamento dos nichos de  Trincas;
ancoragens das armaduras protendi-  Esmagamentos;
das, se visíveis;  Deformações laterais excessivas;
 Drenos de injeção não arrematados;  Deslocamentos;
 Pontos de corrosão nos elementos  Distorção excessiva;
de aço;  Peças de aço oxidadas;
 Falhas no tratamento superficial  Descolamentos da fretagem;
(pintura, galvanização, etc.) dos ele-  Assentamento irregular com con-
mentos de aço; centração de esforços;
 Trincas e fissuras, inclusive nos ele-  Deterioração do berço de assenta-
mentos de aço. mento e de nivelamento superior.

Patologias nas juntas de dilatação: Patologias nas pistas e seu entorno:

 Ausência do perfil de vedação;  Fuga de material, existência de ero-


 Falta de estanqueidade; são e indícios de instabilidade no ta-
 Saliência ou depressão causando lude;
desconforto ao usuário ou impacto  Desgaste superficial, espessura ex-
na obra; cessiva, ondulações e cavidades no
 Deterioração dos lábios poliméricos; pavimento;
 Deterioração dos berços;  Deficiência e/ou ausência de sinali-
 Acúmulo de detritos, ocorrência de zação horizontal, vertical ou aérea;
agentes agressivos;  Descontinuidade de greide;
 Perfil elastomérico com descola-  Deficiência no sistema de drenagem
mento, rasgos, ressecamento ou es- (entupimento, vazamento, conduto
magamento; rompido, mau posicionamento do
 Abertura excessiva. buzinote e empoçamento).
20
A
contratação dos serviços
de Manutenção das Obras
de Arte Especial é motivada
pela obrigação legal do
DER em promover boas condições
de segurança aos usuários e a garan-
tia da trafegabilidade nas rodovias
sob sua responsabilidade. Além disso,
torna-se essencial que sejam empre-
gados continuamente os serviços de
manutenção rodoviária para preser-
vação do patrimônio público evitan-
do que degradações precoces one-
rem ainda mais o erário.

As condições funcionais e estruturais


das OAE estão reunidas em um siste-
ma que classifica qual tipo de inter-
venção é necessária. No intuito de se
unificar as fontes de informações das
diversas bases de dados do Departa-
mento de Estradas de Rodagem do
Estado do Paraná (DER), desenvolveu
-se um trabalho de consolidação do
quantitativo e localização das Obras
de Arte Especiais. A iniciativa reuniu
dados para o Gerenciamento das
OAEs e propriedades para priorida-
des de serviços técnicos especializa-
dos nas intervenções de Manutenção
e Conserva das estruturas.

As OAEs classificadas como Boa até


Regular são aquelas que ainda é viá-
vel a adoção de ações de manuten-
ção. A necessidade da contratação
da manutenção é essencial para re-
cuperar a plena funcionalidade des-
tas estruturas proporcionando sua
utilização de forma segura, contribu-
indo ainda para a preservação do pa-
trimônio público. As ações de manu-
tenção propostas contribuem para
melhoria nas condições de seguran-
ça e trafegabilidade da Rodovia, pro-
piciando aos usuários segurança na
utilização de pontes e viadutos. OAE0065 - Ponte sobre o Rio da Vargem (PR-151) - km 423,12

21
O propósito dos Sistemas Gerenciais se denomina inspeção ou vistoria.
de Pontes é combinar os conheci- De modo geral, as vistorias das obras
mentos da engenharia de materiais, de Arte Especiais devem ser constituí-
engenharia estrutural, engenharia de das das seguintes etapas: exame local
pontes, teorias da decisão, teorias eco- da obra, análise do projeto original (ou
nômicas e análise de sistemas para das modificações, se for o caso) e rela-
determinar as ações de manutenção, tório final.
reparo, reabilitação e substituição em
todas as pontes de uma rede rodoviá- De acordo com o Manual de Manu-
ria ao longo do tempo. tenção de Obras de Arte Especiais
(DNIT, 2016), a manutenção de pontes
Conceitualmente, a conservação de pode ser definida como o conjunto de
uma estrutura, é definida pelo con- atividades que permitem manter a in-
junto de ações necessárias para que tegridade estrutural em um nível ade-
ela se mantenha com as característi- quado de uso, sendo a conservação
cas resistentes, funcionais e estéticas dessas OAEs uma das atividades mais
para as quais foi projetada e construí- importantes a ser executada pelos se-
da. A primeira fase dessas ações é re- tores responsáveis na rodovia, de ad-
presentada pelo conjunto de procedi- ministração pública ou privada. Pode-
mentos técnicos, realizados de acordo se dividir manutenção em basica-
com um planejamento prévio, que mente três tipos: manutenção prediti-
fornece todos os dados sobre a obra va, manutenção preventiva e manu-
em um determinado instante. É o que tenção corretiva.

PREVENTIVA
A manutenção preven-
tiva, como o próprio
PREDITIVA nome já diz, atua de CORRETIVA
É baseada numa ins- forma antecipada. Ela É a mais indesejada
peção sistemática e na é prevista no programa dentre os tipos de ma-
observância quanto à básico de utilização do nutenção. Quando ela
modificação dos parâ- sistema construtivo. O ocorre, significa que
metros ou condições seu processo ocorre algum elemento da es-
de desempenho. Isso mediante a situação de trutura teve o seu de-
significa que a manu- cada elemento estru- sempenho comprome-
tenção preditiva leva tural. tido e perdeu sua fun-
em consideração as cionalidade em parte,
condições reais quan- ou por completo.
to ao funcionamento Quando ocorre neces-
dos elementos das sita que parte da OAE
OAEs, não sendo reali- ou ela inteira seja inter-
zada necessariamente ditada, gerando sérios
com base em crono- impactos para os des-
gramas ou índices de locamentos.
funcionamento.

22
É fato que quanto mais cedo forem tendem a ser descobertas e tratadas
tomadas as decisões de correções de sem o agravamento ou a urgência. A
manifestações patológicas que ocor- demonstração mais clara e expressiva
rem nas estruturas de concreto, elas desta constatação é a famosa Lei de
também serão mais eficientes e durá- Sitter ou Lei dos 5 que formula através
veis, terão soluções de execução viá- de uma PG (Progressão Geométrica)
veis e muito mais econômicas, pois de razão 5 a escalada de custos de re-
paros através do tempo.

As patologias nas Obras de Arte Espe- projetadas para suportar carregamen-


ciais fazem com que ocorra um pro- tos cujos valores se encontram defa-
cesso de deterioração cuja evolução sados com relação aqueles transmiti-
pode acarretar na ruína estrutural de dos pelos veículos atuais.
significativa parte delas. Elas estão di- Além disso, muitas obras estão com o
retamente relacionadas com as diver- gabarito insuficiente para as condi-
sas etapas de produção e uso dessas ções atuais de tráfego, tornando-se
obras. pontos críticos de estrangulamento
Tal situação é ainda mais grave no ca- do fluxo de veículos e de ocorrência
so das obras mais antigas, que foram de acidentes.

23
MANUTENÇÃO DA SUPERESTRUTURA
f) Remover os detritos, material ve-
TABULEIRO
getativo e materiais estranhos,
As atividades de manutenção que de- com ferramentas manuais ou me-
vem ser realizadas sobre os pavimen- cânicas, evitando a danificação dos
tos das pontes, consistem na selagem outros elementos, especialmente
de fissuras e a aplicação de camadas de concreto, e a necessidade de re-
finas a base de asfalto, que regene- paros maiores.
rem as características superficiais e
melhorem a impermeabilização das
lajes.

Em outros casos é necessário eliminar


o pavimento existente mediante fre-
sagem ou demolição, aplicando, pos-
teriormente, uma camada de mistura
asfáltica nova, previa renovação ou
implantação da camada de imperme-
abilização correspondente.

 Limpeza das superfícies expostas


do tabuleiro e/ou da superfície de
rolamento g) Retirar da área deste elemento co-
lônias de insetos, morcegos ou ni-
MANUTENÇÃO PROGRAMADA nhos de aves, que podem afetar a
estrutura, segurança e comodida-
a) Realizar uma inspeção geral do de dos usuários.
elemento em que serão executa-
dos os trabalhos, identificando os h) Retirar os anúncios publicitários,
serviços necessários e os quantita- especialmente aqueles que atrapa-
tivos dos mesmos. lham a visibilidade da sinalização.
b) Estabelecer um plano de ação e ta- i) Realizar a limpeza da parte dos sis-
refas com responsabilidades para temas de drenagem visíveis nos ta-
todo o pessoal. buleiros (sumidouros, caixas, etc.),
c) Proteger os pontos dos sistemas j) Limpar todas as superfícies expos-
de drenagem, para evitar tampo- tas com água limpa a jato, regulan-
namentos. do a pressão para que ela não da-
nifique o concreto, o reboco, as tin-
d) Proteger as bordas da ponte para tas ou outros materiais.
evitar contaminação de corpos de
água com resíduos da lavagem ou k) Complementar a limpeza das su-
danos em estruturas vizinhas. perfícies de concreto expostas,
com as indicações contidas na
e) Proteção de elementos e/ou super- NORMA DNIT 081/2006-ES.
fícies das faixas especiais (se preci-
sarem). l) Em eflorescências pode-se proce-

24
der inicialmente com limpeza com tando um contorno geométrico li-
escova e água. Caso não se obte- near da área a ser recuperada, se-
nha sucesso, pode-se executar la- gundo indicações da inspeção.
vagem da área com escova e ácido
clorídrico HCl, diluído em propor- d) Cortar com serra circular de seg-
ção 1:10, sem exceder a quantidade mentos adiamantados a área deli-
de HCl de 150g/m². mitada e marcada, garantindo cor-
tes retos.
m)No processo de corte e remoção
da vegetação das áreas ao redor da e) Remover todo o concreto contami-
mesoestrutura e aproximações, nado ao redor da armadura com
deve procurar-se minimizar o im- corrosão, utilizando jateamento
pacto ambiental, perdas por ero- abrasivo (granalha de aço, óxido de
são e sedimentação. alumínio, microesferas de vidro, hi-
drojateamento a ultra pressão, etc.)
n) O material retirado deverá ser dis- ou ferramentas adequadas
posto em local autorizado e ade- (martelos mecânicos, ponteiros,
quado para esse fim. Materiais co- etc.) para não induzir microfissuras
mo areia, brita ou cascalho podem no concreto e para não prejudicar
ser dispostos em áreas próximas ainda mais a armadura ou sua ade-
da ponte, sem que eles ocasionem rência ao concreto.
deslizamentos ou contaminem
corpos de água. f) Deverá ser realizado o retiro de to-
do material ao longo das laterais
o) Nos processos de lavagem com ja- das barras da armadura corroída,
to, ter precaução com lascas de garantindo que a sua extensão não
tinta que possam se soltar. Elas de- se encontre imersa no concreto
vem ser coletadas e descartadas contaminado, o que poderia ocasi-
corretamente. Além disso, prevenir onar um processo de corrosão ain-
que os sedimentos e materiais pro- da mais rápido e agressivo.
duzidos na limpeza descarreguem
diretamente em rios ou outros cor- g) Garantir na remoção, um espaço
pos de água. livre do concreto situado ao redor
das barras expostas de no mínimo
 Limpeza e restauração de concreto 2cm, visando garantir o acesso pa-
atacado pela corrosão ra limpeza das barras da armadura,
assim como, permitir um adequa-
MANUTENÇÃO CORRETIVA do comprimento de ancoragem.
a) Realizar uma inspeção geral do h) Limpar cuidadosamente as barras
elemento em que serão executa- corroídas, com escova de aço para
dos os trabalhos, identificando os pequenas áreas ou jateamento
serviços necessários e os quantita- abrasivo para grandes áreas.
tivos dos mesmos.
i) Examinar cuidadosamente as bar-
b) Estabelecer um plano de ação e ras corroídas e já limpas, para avali-
tarefas com responsabilidades pa- ação da perda da sua capacidade
ra todo o pessoal. resistente; se a perda for superior a
10%, as barras devem ser suple-
c) Definir a área a ser tratada, delimi-

25
mentadas.

j) Após a remoção de todos os detri-


tos, a armadura tratada e a suple-
mentar, se esta for necessária, de-
vem ser pintadas com tinta especi-
al anti-ferruginosa.

k) Deverão realizar-se os procedimen-


tos necessários para garantir a ade-
rência entre o concreto in loco e o
concreto novo.

l) O concreto de reforço deverá apre- limpeza descarreguem diretamen-


sentar resistência característica su- te em rios ou outros corpos de
perior ao concreto do substrato em água.
no mínimo 5 MPa, porém, não de-
 Remendos de concreto
ve ser 20% superior à do concreto
existente. MANUTENÇÃO PREVENTIVA
m)Quando não forem necessárias fôr- a) Realizar uma inspeção geral do
mas, a seção pode ser recomposta elemento em que serão executa-
com concreto convencional, mol- dos os trabalhos, identificando os
dado no local e aditivado; havendo serviços necessários e os quantita-
necessidade de fôrmas, é preferível tivos dos mesmos.
utilizar o concreto projetado, aditi-
vado e desempenado; em ambos b) Estabelecer um plano de ação e
os casos, há que se levar em conta tarefas com responsabilidades.
as vibrações provocadas pelo tráfe-
go. c) Identificar e marcar a área danifi-
cada, a qual deverá corresponder
n) Garantir a cura mínima de sete di- com um retângulo ou quadrado. A
as, por médio de processos con- área deverá incluir pelo menos
vencionais ou com adição de pro- 15cm a mais da fissura ou patologia
dutos químicos, se necessário. detectada.

o) Outras indicações a serem atendi- d) Cortar com serra circular de seg-


das estão contidas na NORMA mentos adiamantados a área dani-
DNIT 084/2006-ES, para tratamen- ficada e marcada, garantindo cor-
to de corrosão. tes retos, evitando realizar cortes
na armadura existente.
p) O material retirado deverá ser dis-
posto em local autorizado e ade- e) Retirar o material deteriorado
quado para esse fim. usando martelos pneumáticos e
ferramentas manuais até 2,5 – 3,0
q) Nos processos de lavagem com ja- cm por baixo da armadura existen-
to, ter precaução com partículas ou te.
elementos que possam se soltar.
Além disso, prevenir que os sedi- f) Revisar periodicamente o estado
mentos e materiais produzidos na do concreto remanente. Pode ser

26
utilizada uma técnica sonora para em inspeção especial ou interme-
determinar se existem materiais diária.
soltos.
r) O remendo deve garantir que seja
g) Limpar a área utilizando jato de mantido o nível da superfície origi-
água. nal do elemento. Quando são apre-
sentadas protuberâncias, a circula-
h) Limpar o aço exposto com jatea- ção normal do tráfego pode gerar
mento abrasivo ou com escova impacto no tabuleiro e danificar
metálica para remover a ferrugem outros elementos da estrutura.
ou outros contaminantes.
 Selagem de trincas e fissuras em
i) Dispor armadura adicional, para concreto
recuperar perdas de seção se estas
foram superiores ou iguais ao 20%. MANUTENÇÃO PREVENTIVA

j) Dispor forma na parte inferior do a) Realizar uma inspeção geral do


tabuleiro se o reparo atinge a es- elemento em que serão executa-
pessura total. dos os trabalhos, identificando os
serviços necessários e os quantita-
k) Aplicar material ligante ou umede- tivos dos mesmos.
cer a superfície de concreto rema-
nente para garantir a adesão com b) Estabelecer um plano de ação e ta-
o novo. refas com responsabilidades para
todo o pessoal.
l) Colocar o novo concreto ou materi-
al de remendo (p. e. epóxi), segun- c) Para o tratamento das fissuras, é
do o reparo seja parcial ou na es- importante determinar as causas
pessura total do tabuleiro. que levaram ao seu aparecimento,
classificando-as nas inspeções roti-
m)Nivelar o concreto e realizar o aca- neiras e com base na NORMA DNIT
bamento adequado, liso ou corru- 083-2006-ES. Recomenda-se esta-
gado, segundo a superfície de rola- belecer mecanismos para o acom-
mento a dispor. panhamento das fissuras, avalian-
do sua movimentação, abertura e
n) Providenciar adequada cura para o
extensão.
concreto, evitando rachaduras.
d) São consideradas fissuras as aber-
o) A recomendação deste é apresen-
tada para reparos menores nos
quais não é observado comprome-
timento estrutural do tabuleiro.

p) Outras indicações a serem atendi-


das estão contidas na NORMA
DNIT 081/2006-ES, para remoções
superficiais com corte.

q) Reparos maiores, deverão ser avali-


ados por especialista estrutural,

27
turas com até 0,5 mm, as maiores material selante, retirando o so-
de 0,5 mm e menores de 1,0 mm brante.
são chamadas de trincas.
n) Processos de reparação de fissuras
e) O procedimento aqui detalhado maiores, requererem técnicas es-
aplica para reparo de fissuras e peciais de reparo, as quais farão
trincas passivas, para outros tipos parte de processos de recuperação
de aberturas deverão ser atendidas ou reforço.
as indicações específicas da NOR-
MA DNIT 083-2006-ES. o) Nos processos de aplicação deve-
rão ser verificadas as condições
f) Soltar e retirar depósitos de sujeira ambientais recomendadas pelo fa-
ou materiais depositados e limpar bricante para a aplicação dos ma-
com ar comprimido, evitando o teriais.
uso de água que pode diminuir a
capacidade selante do material a p) O procedimento pode ser utilizado
utilizar. tanto em fissuras longitudinais
quanto em transversais.
g) Realizar a abertura das trincas ou
fissuras, preferentemente com sul- q) O material retirado deverá ser dis-
cos em forma de V sobre toda a ex- posto em local autorizado e ade-
tensão das fissuras e nas duas fa- quado para esse fim.
ces da peça.
r) Instalar as proteções necessárias,
h) Limpar a área e retirar os escom- tanto nas bordas da ponte, quanto
bros do processo de abertura da nos dispositivos de drenagem, para
fissura. evitar a queda dos materiais utiliza-
das para a selagem, em corpos de
i) Preparar as trincas ou fissuras a ser água.
reparadas utilizando jateamento
abrasivo.  Inclusão de superfície de desgaste
(ou rolamento)
j) Limpar de novo toda a superfície
da trinca ou fissura, antes de apli- MANUTENÇÃO CORRETIVA
car o material selante, garantindo
a) Realizar uma inspeção geral do
que tenha sido dissipado o calor
elemento em que serão executa-
gerado no processo de corte.
dos os trabalhos, identificando os
k) Aplicar o material selante, de acor- serviços necessários e os quantita-
do com as instruções do fabricante, tivos dos mesmos.
e da NORMA DNIT 083-2006-ES,
b) Estabelecer um plano de ação e ta-
garantindo especialmente os tem-
refas com responsabilidades para
pos de secagem ou curado.
todo o pessoal.
l) Adicionar areia imediatamente no
c) Verificar a capacidade de carga da
caso de uso de selantes que não
estrutura para garantir que a ponte
penetrem na superfície do concre-
possa suportar com segurança a
to.
carga adicional.
m)Evitar a aplicação em excesso do

28
d) Realizar projeto que contemple a
sobrecarga gerada por esta cama-
da, com aprovação de Engenheiro
Especialista.

e) Realizar a limpeza das superfícies


expostas do tabuleiro.

f) Proteger os pontos de coleção da


água dos sistemas de drenagem,
para evitar tamponamentos. Caso
necessário, realizar a extensão des-
tes elementos para uniformizar o
nível da superfície final. ra todo o pessoal.

g) Realizar a colocação da superfície c) Retirar a superfície de desgaste ou


de desgaste (ou rolamento), se- rolamento existente por métodos
gundo as indicações particulares mecanizados (fresagem ou outros)
do projeto, garantindo o abaula- e/ou métodos manuais, sem dani-
mento necessário para a drena- ficar a estrutura do tabuleiro.
gem.
d) Retirar o material do local usando
h) Realizar o retiro dos materiais so- carregador e caminhões de balan-
brantes e sua correta disposição. ço.

i) Instalar a sinalização horizontal res- e) Remover a sujeira e detritos meno-


pectiva. res por varrido e equipamento ma-
nual.
j) As sobrecapas ou superfícies de
desgaste, podem ser de cimento f) Limpar a superfície com ar compri-
hidráulico, camadas de areia ou ca- mido e preparar a superfície com
madas de asfalto, com membra- jateamento abrasivo.
nas impermeabilizantes.
g) Realizar os reparos necessários no
k) Evitar a queda em corpos de água tabuleiro, segundo os trabalhos es-
do material sobrante da instalação. pecificados na manutenção do
mesmo.
 Substituição da superfície de rola-
mento ou de desgaste h) Realizar preparo com jateamento
abrasivo das áreas reparadas e rea-
MANUTENÇÃO CORRETIVA lizar nova limpeza do tabuleiro pa-
ra eliminar poeira.
a) Realizar uma inspeção geral do
elemento em que serão executa- i) Construir, reinstalar ou estender os
dos os trabalhos, identificando os elementos de drenagem necessá-
serviços necessários e os quantita- rios.
tivos dos mesmos.
j) Aplicar material de imprimação ou
b) Estabelecer um plano de ação e ligação, se a camada a colocar é a
tarefas com responsabilidades pa- pista de rolamento, ou colocar o

29
material selante ou a camada de
desgaste, segundo os trabalhos es-
tabelecidos.

k) Colocar e compactar a camada de


pavimento asfáltico, com espessu-
ra máxima igual a aquela que foi
retirada para evitar as sobrecargas,
ou colocar o material que confor-
mará a superfície de desgaste.

l) A substituição total da camada as-


fáltica deverá ser feita em áreas
f) Preparar as fissuras a ser reparadas
que apresentem patologias tipo
utilizando jateamento abrasivo ou
couro de jacaré e trilhas de roda. As
corte com equipamento mecânico
outras patologias (panelas, trincas
se necessário.
longitudinais, etc.) poderão ser re-
paradas mediante selado, segundo g) Limpar de novo toda a superfície
a área a intervir. da fissura, antes de aplicar o mate-
rial selante.
m)Atender todas as recomendações
de instalação de estruturas de pa- h) Aplicar o material selante, preferi-
vimentos asfáltico contidas na velmente líquido com base poli-
NORMA DNIT 031-2006-ES. mérica ou asfáltica, de acordo com
as instruções do fabricante, garan-
 Selagem de fissuras na superfície
tindo especialmente os tempos de
de rolamento
secagem ou curado.
MANUTENÇÃO PROGRAMADA
i) Evitar a aplicação em excesso do
a) Realizar uma inspeção geral do material selante, retirando o exces-
elemento em que serão executa- so.
dos os trabalhos, identificando os
 Cobertura de selagem em todo o
serviços necessários e os quantita-
tabuleiro
tivos dos mesmos.
MANUTENÇÃO PREVENTIVA
b) Estabelecer um plano de ação e ta-
refas com responsabilidades para a) Realizar uma inspeção geral do
todo o pessoal. elemento em que serão executa-
dos os trabalhos, identificando os
c) Soltar e retirar depósitos de sujeira
serviços necessários e os quantita-
ou materiais depositados.
tivos dos mesmos.
d) Limpar a superfície mediante varri-
b) Estabelecer um plano de ação e ta-
do ou com o uso de ar comprimi-
refas com responsabilidades para
do.
todo o pessoal.
e) Limpar as fissuras com ar compri-
c) Limpar, soltar e remover depósitos
mido.
de detritos ou sujeira.

30
d) Limpar o tabuleiro com água, vas- da água aos pontos de coleção.
soura e jato de ar.
p) Todas as camadas dos sistemas
e) Realizar aplicação de jateamento impermeabilizantes e de rolamen-
abrasivo, para garantir aderência to de pontes e viadutos, devem ser
dos novos materiais a instalar. aderidas umas às outras.

f) Realizar a selagem das fissuras. q) Para aplicação do selante poderão


ser usados métodos como bombas
g) Realizar regularização da superfí- manuais de pulverização, bombas
cie, se necessário. mecânicas de maior capacidade,
distribuidores, etc., segundo as in-
h) Realizar o tratamento das juntas,
dicações do fornecedor.
se necessário.
r) Elementos em concreto do siste-
i) Verificar que a superfície a tratar
ma de proteção deverão se cobrir
esteja limpa, seca e a temperatura
com este tipo de materiais selan-
correta, além de ser necessário
tes.
proteger contra o vento a área a
ser tratada.  Pintura de elementos metálicos
j) Aplicar o material selante MANUTENÇÃO PREVENTIVA
(polímero) de acordo com as ins-
truções do fornecedor controlando a) Realizar uma inspeção geral do
a taxa de aplicação, para evitar per- elemento em que serão executa-
da de nivelamento. dos os trabalhos, identificando os
serviços necessários e os quantita-
k) Aplicar uma segunda demão se tivos dos mesmos.
necessário.
b) Estabelecer um plano de ação e ta-
l) Adicionar areia imediatamente no refas com responsabilidades para
caso de uso de selantes que não todo o pessoal.
penetrem na superfície do tabulei-
ro, o que permite criar uma super- c) Realizar limpeza mecânica das su-
fície rugosa e garantir o atrito. perfícies, removendo cascas de la-
minação ou impurezas, com o uso
m)Garantir o suficiente tempo de cu- de aparelhos mecânicos, lixadoras,
rado para dar abertura ao tráfego. escovas metálicas. As rebarbas e
resíduos de solda devem ser retira-
n) Atender as recomendações do fa-
das com equipamento mecânico
bricante na aplicação de material
(talhadeira).
selante, especialmente no preparo
da superfície, a condição de tem- d) Remoção de óleo ou graxa utilizan-
peratura do ar e do tabuleiro e a do soluções químicas adequadas e
taxa de aplicação. não toxicas, se necessário. Aplicar
jateamento abrasivo (granalha de
o) Para mantas aplicadas na superfí-
aço, oxido de alumínio, microesfe-
cie de concreto, recomenda-se ga-
ras de vidro, hidrojateamento a ul-
rantir a continuidade até os guarda
tra pressão, etc.). Eliminar a poei-
-rodas e que permita a condução
ra residual com jato de ar, escova

31
ou aspirador de pó. m)Pode ser utilizada a técnica de pro-
teção catódica nos elementos me-
e) Aplicar a primeira demão da pintu- tálicos. A proteção catódica tem
ra, formando uma capa dura e re- como princípio a instalação de
sistente que serve de base para a anodos de sacrifício, constituídos
pintura definitiva. por metais menos nobres do que o
aço (ex.: zinco) para sofrerem de-
f) Permitir a secagem adequada, se-
gradação por corrosão galvânica
gundo especificações do fabrican-
em detrimento do aço (que funcio-
te.
na como catodo, sem sofrer degra-
g) Aplicar a pintura de revestimento, dação por corrosão).
garantindo a aderência com a ca-
SISTEMA DE DRENAGEM DO
mada anterior, em até duas mãos.
TABULEIRO
A segunda mão deverá ser aplica-
da após 72 horas, salvo recomen-
O sistema de drenagem tem por ob-
dação do fabricante.
jetivo garantir a rápida evacuação e
h) Evitar o uso de métodos abrasivos condução da água aos sistemas de
de limpeza, os quais podem au- coleção, além de evitar a infiltração
mentar a perda de área efetiva dos nos elementos de concreto, o que
materiais. constitui o principal motivo de dimi-
nuição da vida útil das OAEs.
i) Com anterioridade ao início dos
trabalhos deverá ser estabelecido e  Limpeza do sistema de drenagem
aprovado o sistema de contenção
MANUTENÇÃO PREVENTIVA
ou fechamento da área de pintura,
com o objetivo de evitar que sub- a) Realizar uma inspeção geral do
produtos do processo sejam trans- elemento em que serão executa-
portados pelas correntes de vento dos os trabalhos, identificando os
ou que possam contaminar corpos serviços necessários e os quantita-
de água. tivos dos mesmos.
j) O planejamento dependerá do ti- b) Estabelecer um plano de ação e ta-
po do elemento que vai ser pinta- refas com responsabilidades para
do, da área que requer a pintura, todo o pessoal.
da proximidade dos corpos de
água e das zonas de circulação e c) Em todos os elementos do sistema,
da ubiquação da ponte (urbana ou proceder a retirada de materiais
rural). alheios, solo, vegetação, etc., medi-
ante o emprego de ferramentas
k) A aplicação da pintura não deverá manuais. Dependendo da dificul-
ser executada em dia chuvoso. dade poderão ser utilizados furado-
res e raspadores, sem que sejam
l) As tintas para pintura de primeira
danificadas as estruturas ou outros
demão e de revestimento poderão
elementos.
ser feitas a base de esmaltes sinté-
ticos, à base de borracha clorada d) Limpar as caixas coletoras e de
ou epóxi. passagem com o uso de pás e en-

32
xadas, se necessário.

e) Complementar a limpeza com ja-


tos de água limpa, evitando que
ela descarregue diretamente em
corpos de agua.

f) Empilhar o material coletado e re-


tirar adequadamente do local da
OAE.

g) Reparar ou recolocar os elementos


em falta: tampões, grelhas, etc.
ções no solo (erosão) ou nas funda-
h) Terminar a limpeza garantindo a ções.
varredura da pista.
o) Selar ou reparar as juntas do tabu-
i) Revisar as conexões das pingadei- leiro para evitar vazamentos e da-
ras, caixas e desagues ao sistema nos na mesoestrutura e infraestru-
de condução, e realizar os reparos tura, visando que a água evacue
necessários para evitar vazamen- pelo sistema de drenagem e con-
tos, especialmente nas uniões. dução da ponte.

j) Para sistema de condução em PVC p) Para pontes urbanas, garantir que


realizar os reparos e substituição a descarga seja feita no sistema de
das peças no local. Sistemas metá- drenagem urbana e evitar descar-
licos podem requerer a fabricação gas sobre veículos que transitem
de peças para substituição. sob a ponte, o que pode ocasionar
acidentes.
k) Realizar a pintura de elementos
metálicos.  Construção de elementos do siste-
ma de drenagem
l) O material retirado deverá ser dis-
posto em local autorizado e ade- MANUTENÇÃO CORRETIVA
quado para esse fim.
a) Realizar uma inspeção geral do
m)Nos processos de lavagem com ja- elemento em que serão executa-
to, ter precaução com partículas dos os trabalhos, identificando os
ou elementos que possam se sol- serviços necessários e os quantita-
tar. Elas devem ser coletadas e tivos dos mesmos.
descartadas corretamente. Além
disso, prevenir que os sedimentos b) Estabelecer um plano de ação e ta-
e materiais produzidos na limpeza refas com responsabilidades para
descarreguem diretamente em todo o pessoal.
rios ou outros corpos de água.
c) Determinar a necessidade de ele-
n) Os pontos adequados para descar- mentos de drenagem tais como
ga dos sistemas de drenagem de- pingadeiras, caixas de coleção, sar-
verão ser selecionados para garan- jetas, bordas e sistema de condu-
tir que não se apresentem afeta- ção, mediante a elaboração do pla-

33
no de construção e instalação do
sistema de drenagem da ponte,
elaborado por Engenheiro Especia-
lista.

d) Realizar as atividades detalhadas


no plano elaborado e aprovado.

e) No projeto deverá ser contempla-


da a necessidade de passos trans-
versais às barreiras de proteção ou
separação.

f) O projeto não deverá contemplar a serviços necessários e os quantita-


descarga direta em corpos de tivos dos mesmos.
água, sendo necessário como míni-
b) Estabelecer um plano de ação e ta-
mo, o tratamento prévio de remo-
refas com responsabilidades para
ção de partículas sólidas.
todo o pessoal.
g) Evitar a descarga sobre elementos
c) Limpar com jato de ar as juntas pa-
da mesoestrutura e infraestrutura,
ra retirar poeira, areia ou material
tais como vigas e pilares taludes, e
estranho.
sobre taludes, o que produz pro-
cessos erosivos que comprometem d) Realizar limpeza manual, se preci-
a estabilidade tanto do talude, sar, para o retiro de materiais não
quanto da própria Obra de Arte. eliminados com o jato de ar.
h) Atender as considerações ambien- e) Garantir durante o processo de
tais determinadas no plano de limpeza do tabuleiro, que as juntas
construção e instalação. sejam limpas também, sem afetar
sua conformação.
JUNTAS DE DILATAÇÃO EM OBRAS
DE ARTE ESPECIAIS f) Apertar as fixações, se existirem.

As juntas de dilatação são usadas pa- g) Recolocar as selagens, segundo o


ra permitir tanto a rotação quanto a tipo de junta.
expansão de elementos do tabuleiro,
tendo como função garantir que pela h) A limpeza das juntas, deverá ser re-
movimentação dos elementos da alizada em conjunto com a limpe-
ponte, não sejam geradas sobre ten- za do tabuleiro.
sões que poderão comprometer o
i) Segundo o tipo de junta poderá ser
comportamento estrutural da ponte.
necessário aplicação de lubrifican-
 Limpeza de juntas do tabuleiro te. Esta atividade poderá ser feita
seguindo as indicações do fornece-
MANUTENÇÃO PREVENTIVA dor ou fabricante.

a) Realizar uma inspeção geral do j) O material retirado deverá ser dis-


elemento em que serão executa- posto em local autorizado e ade-
dos os trabalhos, identificando os quado para esse fim.

34
g) Preparar es elementos da nova
junta, elementos de nivelação, per-
furação, ancoragem. Ângulo de
proteção, segundo o tipo de junta
a ser instalada.

h) Preparar a caixa para instalação do


novo sistema, limpando com jato
de areia todas as superfícies.

i) Instalar todos os elementos da jun-


ta, sem incluir o material selante,
com ajuda de fôrma, guias e apoios
k) Nos processos de lavagem com ja-
necessários.
to, ter precaução com partículas
ou elementos que possam se sol- j) Aplicar o concreto ou elastómeros
tar. Elas devem ser coletadas e e permitir a cura.
descartadas corretamente. Além
disso, prevenir que os sedimentos k) Instalar o material selante dentro
e materiais produzidos na limpeza da junta.
descarreguem diretamente em
rios ou outros corpos de água. l) Atender os procedimentos especí-
ficos que sejam indicados, segun-
 Reparação / substituição de juntas do o fabricante do elemento.

MANUTENÇÃO CORRETIVA m)Limpar a área do reparo, retirando


todo o material em excesso.
a) Realizar uma inspeção geral do
elemento em que serão executa- n) No processo de substituição das
dos os trabalhos, identificando os juntas deverão ter preferência na
serviços necessários e os quantita- colocação aqueles sistemas que te-
tivos dos mesmos. nham comprovada garantia de
manter a estanqueidade da junta e
b) Estabelecer um plano de ação e a maior vida útil da mesma.
tarefas com responsabilidades pa-
ra todo o pessoal. o) O material residual produzido du-
rante o processo construtivo deve-
c) A sede da junta deverá estar seca, rá ser coletado e disposto no local
isenta de produtos graxos, livres de autorizado e adequado para esse
elementos sólidos no seu interior. fim.
d) A abertura da junta deverá ser re- ELEMENTOS DE PROTEÇÃO E
parada se apresentar esborcina- FAIXAS EXPECIAIS
mento.
As faixas especiais garantem a circula-
e) Remover o sistema de junta exis-
ção de pedestres e ciclistas sobre a
tente.
estrutura, sendo necessário que estas
f) Realizar corte com serra e desbas- sejam mantidas para que os usuários
tar o concreto próximo da junta (se circulem sem tropeçar e em seguran-
necessário). ça. Nestas calçadas é importante que

35
as fissuras sejam seladas, a superfície ção horizontal.
esteja nivelada e continua (sem esca-
lonamentos), as juntas estejam sela- i) Nas atividades de cobertura e sela-
das e niveladas e seja garantida a dre- gem do tabuleiro, os elementos de
nagem para não apresentar empoça- proteção em concreto, deverão ser
mentos. cobertos com o material selante.

 Limpeza e manutenção de elemen- j) As faixas especiais (ciclo faixas e de


tos de proteção circulação de pedestres) deverão
ser limpas em conjunto com o ta-
MANUTENÇÃO PROGRAMADA buleiro, observando se elas apre-
sentam pinturas especiais ou ele-
a) Realizar uma inspeção geral do mentos que devam ser protegidos.
elemento em que serão executa-
dos os trabalhos, identificando os SISTEMAS DE SINALIZAÇÃO
serviços necessários e os quantita-
tivos dos mesmos.
É obrigação do responsável pela OAE
b) Estabelecer um plano de ação e ta- a sinalização e correta manutenção
refas com responsabilidades para de todos os dispositivos implantados,
todo o pessoal. tanto no que se refere a limpeza para
sua boa visualização, quanto a imedi-
c) Os trabalhos a realizar deverão ser ata reposição dos dispositivos danifi-
programados em conjunto com as cados ou furtados. Para tanto, devem
atividades de limpeza do tabuleiro. ser mantidos nos locais de armazena-
mento adequados (canteiro de obras
d) Os processos de reparos no con-
durante a construção), dispositivos de
creto e reparo de fissuras devem
reserva para rápida reposição, assim
seguir os itens já apresentados.
que houver detecção de algum pro-
e) Os elementos de proteção tipo de- blema.
fesa metálica deverão ser limpos e
 Limpeza de sinalização
pintados.
MANUTENÇÃO PREVENTIVA
f) Substituir, reinstalar ou corrigir o
posicionamento dos elementos a) Realizar uma inspeção geral do
que precisarem, sempre que pre- elemento em que serão executa-
servada a funcionalidade do ele- dos os trabalhos.
mento (especificamente nos casos
de correção do posicionamento de b) Estabelecer um plano de ação e ta-
elementos metálicos). Atender as refas com responsabilidades para
indicações contidas na NORMA todo o pessoal.
DNIT 088/2006-ES e na NORMA
DNER 144/85-ES. c) Proteger os pontos de coleção da
água dos sistemas de drenagem,
g) Manter ou garantir a rugosidade para evitar tamponamentos.
nas calçadas de pedestres.
d) Proteger as bordas da ponte para
h) Para as faixas especiais realizar os evitar contaminação de corpos de
trabalhos necessários de sinaliza- água com resíduos da lavagem ou

36
danos em estruturas vizinhas.

e) Proteção de elementos e/ou super-


fícies das faixas especiais (se preci-
sarem).

f) Remover os detritos, material ve-


getativo e materiais estranhos,
com ferramentas manuais ou me-
cânicas.

g) Retirar os anúncios publicitários


colocados sobre os elementos de
sinalização. realizando os reparos necessários e
recolocando as lâmpadas ou lumi-
h) Limpar todas as superfícies dos si- nárias danificadas.
nais com escova e sabão. Pode ser
utilizada água a jato regulando a d) Aplicar pintura refletiva se necessá-
pressão para que ela não danifique rio nos locais detalhados nas inspe-
o sinal ou elemento, especialmen- ções.
te a tinta.
e) Substituir os sinais e dispositivos
i) Realinhar ou reparar os sinais e dis- danificados.
positivos que permitam que ela
f) Instalar elementos necessários de
volte a funcionar adequadamente.
sinalização, especialmente em vias
j) O material retirado deverá ser dis- urbanas.
posto em local autorizado e ade-
g) Os processos de atualização da si-
quado para esse fim.
nalização deverão ser incorporados
k) Nos processos de lavagem com ja- nestas atividades de recolocação
to, ter precaução com lascas de de sinalização.
tinta que possam se soltar. Elas de-
h) Os sinais retirados deverão ser co-
vem ser coletadas e descartadas
letados e dispostos em local apro-
corretamente.
priado, com a possibilidade de rea-
 Recolocação de sinalização proveitamento dos elementos do
sinal.
MANUTENÇÃO CORRETIVA

a) Realizar uma inspeção geral do


elemento em que serão executa-
dos os trabalhos, identificando os
serviços necessários e os quantita-
tivos dos mesmos.

b) Estabelecer um plano de ação e


tarefas com responsabilidades pa-
ra todo o pessoal.

c) Manter o sistema de iluminação,

37
MANUTENÇÃO DA MESOESTRUTURA
VIGAS elemento em que serão executa-
dos os trabalhos, identificando os
As vigas como elemento estrutural re- serviços necessários e os quantita-
cebem a carga da superestrutura e a tivos dos mesmos.
transmitem à infraestrutura. Assim, o
b) Estabelecer um plano de ação e ta-
processo de manutenção deverá ga-
refas com responsabilidades para
rantir sua funcionalidade e manter
todo o pessoal.
sua resposta estrutural. As vigas sob
juntas, dreno e bordas, possuem mai- c) Proteger as áreas laterais da ponte
or probabilidade de apresentar corro- para evitar contaminação de cor-
são, eflorescências e outros proble- pos de água com resíduos da lava-
mas associados à corrosão e a deteri- gem ou danos em estruturas vizi-
oração por forças mecânicas ou quí- nhas.
micas. Portanto é recomendado nes-
tes casos, realizar limpeza, recobri- d) Em áreas urbanas, isolar a área sob
mento e garantir o adequado funcio- a ponte com uma adequada cana-
namento dos sistemas de drenagem. lização do tráfego.
Também poderão ser realizados repa-
ros relacionados com a selagem de e) Remover os detritos, material ve-
trincas e fissuras e proteção contra a getativo e materiais estranhos,
corrosão, especialmente para ele- com ferramentas manuais ou me-
mentos metálicos. cânicas, evitando a danificação dos
outros elementos, especialmente
Uma condição importante nos pro- de concreto, e a necessidade de re-
cessos de manutenção de vigas está paros maiores.
relacionada com a avaliação de sobre-
cargas geradas por tubos de serviços f) Retirar da área deste elemento co-
e cabos anexados às vigas. Estes tu- lônias de insetos, morcegos ou ni-
bos e cabos às vezes são nhos de aves, que podem afetar a
“pendurados” nas vigas sem uma estrutura.
adequada avaliação estrutural. Tam-
g) Retirar os anúncios publicitários.
bém deve ser atendado aos golpes
Pode ser utilizado jato de água ou
por trânsito sob a ponte requerem
ferramentas manuais, cuidando de
avaliação específica por Engenheiro
evitar a contaminação de corpos
Estrutural, avaliando-se em cada caso
de água.
o comprometimento estrutural e fun-
cional dos elementos e as necessida- h) Limpar todas as superfícies expos-
des de reparação, reforço ou substi- tas com jato de água, regulando a
tuição. pressão para que ela não danifique
o concreto, o reboco, as tintas ou
 Limpeza das superfícies expostas
outros materiais.
das vigas
i) Em elementos metálicos pode ser
MANUTENÇÃO PROGRAMADA
utilizada escova metálica para reti-
a) Realizar uma inspeção geral do rar a ferrugem ou jateamento

38
abrasivo (granalha de aço, oxido de MANUTENÇÃO PREVENTIVA
alumínio, microesferas de vidro, hi-
drojateamento a ultra pressão, a) Realizar uma inspeção geral do
etc.). elemento em que serão executa-
dos os trabalhos, identificando os
j) Realizar limpeza dos elementos de serviços necessários e os quantita-
conexão para estruturas metálicas. tivos dos mesmos.

k) Complementar a limpeza das su- b) Estabelecer um plano de ação e ta-


perfícies de concreto expostas, refas com responsabilidades para
com as indicações contidas na todo o pessoal.
NORMA DNIT 081/2006-ES, especi-
almente no que refere a remoções c) Limpar, soltar e remover depósitos
superficiais, manchas e eflorescên- de detritos ou sujeira.
cias.
d) Limpar o elemento com água, vas-
l) Em eflorescências pode-se proce- soura e jato de ar.
der inicialmente com uma limpeza
e) Realizar aplicação de jateamento
com escova e agua. Caso não se
abrasivo (granalha de aço, oxido de
obtenha sucesso, pode-se executar
alumínio, microesferas de vidro, hi-
lavagem da área com escova e áci-
drojateamento a ultra pressão,
do clorídrico HCl, diluído em pro-
etc.), para garantir aderência dos
porção 1:10, sem exceder a quanti-
novos materiais a instalar.
dade de HCl de 150g/m2.
f) Realizar a selagem das fissuras, se
m)O material retirado deverá ser dis-
necessário, com base no indicado
posto em local autorizado e ade-
neste Manual.
quado para esse fim, evitando a
contaminação de corpos de água. g) Realizar regularização da superfí-
cie, se necessário.
n) Nos processos de lavagem com ja-
to, ter precaução com lascas de h) Realizar o tratamento das juntas,
tinta que possam se soltar. Elas de- se necessário.
vem ser coletadas e descartadas
corretamente. Além disso, prevenir i) Verificar que a superfície a tratar
que os sedimentos e materiais pro- esteja limpa, seca e a temperatura
duzidos na limpeza descarreguem correta, além de ser necessário a
diretamente em rios ou outros cor- proteção contra o vento da área a
pos de água. ser tratada.

 Limpeza e restauração de concreto j) Aplicar o material selante


atacado pela corrosão e Selagem (polímero) de acordo com as ins-
de trincas e fissuras em concreto truções do fornecedor controlando
a taxa de aplicação.
a) Utilizar os procedimentos mencio-
nados anteriormente. k) Aplicar uma segunda demão se
necessário.
 Cobertura de selagem em vigas de
concreto l) Adicionar areia imediatamente no
caso de uso de selantes que não

39
penetrem na superfície do concre- ferrugem das superfícies, utilizan-
to. do escova metálica, lixadeira ou ja-
teamento abrasivo (granalha de
m)Garantir o suficiente tempo para o aço, oxido de alumínio, microesfe-
processo de curado. ras de vidro, hidrojateamento a ul-
tra pressão, etc.), verificando se o
n) Atender as recomendações apre-
apoio não está danificado pela fer-
sentadas anteriormente.
rugem ou pelo processo de remo-
 Pintura e proteção de vigas metáli- ção.
cas
d) Aplicar lubrificante ou óleo nas su-
a) Utilizar os procedimentos mencio- perfícies de desgaste do apoio, se
nados anteriormente. necessário, dependendo do tipo de
apoio.
APOIOS e) Preparar e pintar as superfícies que
não sejam susceptíveis de desgas-
Os aparelhos de apoio são dispositivos te, se necessário.
que fazem a transição entre a supe-
f) Os detritos provenientes de limpe-
restrutura e a mesoestrutura ou a in-
zas e dos eventuais jateamentos de
fraestrutura, nas pontes não aportica-
areia em aparelhos de apoio metá-
das. As atividades de manutenção, re-
licos podem ser coletados direta-
colocação ou troca de elementos de
mente nas plataformas de acesso,
apoio requerem um processo de ele-
suspensas.
vação da superestrutura desde os
pontos de apoio das vigas. Durante g) O material restante, proveniente
estes processos deve se garantir a de tratamentos ou excedente de
continuidade do tráfego, a segurança qualquer natureza, imediatamente
do pessoal que realiza os trabalhos e após a conclusão das obras deve
evitar o dano estrutural da ponte, o ser removido para locais previa-
que nem sempre é possível. mente determinados.
 Limpeza e lubrificação de apoios  Limpeza e lubrificação de apoios
MANUTENÇÃO PREVENTIVA MANUTENÇÃO CORRETIVA
a) Realizar uma inspeção geral do a) Realizar uma inspeção geral do
elemento em que serão executa- elemento em que serão executa-
dos os trabalhos, identificando os dos os trabalhos.
serviços necessários e os quantita-
tivos dos mesmos. b) Estabelecer um plano de ação e ta-
refas com responsabilidades para
b) Estabelecer um plano de ação e ta- todo o pessoal.
refas com responsabilidades para
todo o pessoal. c) Projetar um plano executivo de le-
vantamento e substituição, realiza-
c) Limpar os apoios com jato d’água a do e aprovado por Engenheiro Es-
pressão ou com jato de ar, para re- pecializado.
mover o material solto. Remover

40
gaste.

m)Para o levantamento deverão ser


identificados os pontos de apoio
para elevação, os quais deverão ser
resistentes, prumados e com capa-
cidade suficiente para suportar a
porção da ponte que será elevada.

n) Os equipamentos a utilizar no pro-


cesso de elevação do tabuleiro de-
verão considerar o espaço existen-
te para sua colocação.
d) Realizar a fabricação da peça de
elastómero na fábrica, segundo as o) O sistema de bombas para os ma-
especificações do plano de traba- cacos hidráulicos pode ser inde-
lho. pendente, cada macaco com cone-
xão a uma bomba hidráulica, ou
e) Realizar o levantamento da estru-
unificado, todos os macacos co-
tura mediante o posicionamento
nectados a uma bomba só. A sele-
de macacos hidráulicos nas zonas
ção dependerá do tipo de tabulei-
detalhadas, até alturas máximas
ro.
permitidas.
p) Os processos de levantamento de-
f) Inspeção minuciosa para identifi-
verão ser realizados preferencial-
car seu tipo: há aparelhos que per-
mente sem tráfego de veículos.
mitem deslocamentos e outros
não, há aparelhos que permitem q) Os materiais resultantes do proces-
rotação unidirecional e outros que so devem ser coletados diretamen-
permitem rotações multidirecio- te nas plataformas de acesso, sus-
nais. pensas.
g) Realizar o retiro do apoio antigo e  Recuperação de apoios
realizar a recomposição do vaso de
contenção. MANUTENÇÃO CORRETIVA

h) Retirar todos os detritos e sujeira. a) Realizar uma inspeção geral do


elemento em que serão executa-
i) Perfurar o pedestal e instalar novas
ancoragens.

j) Instalar todo o sistema de apoio,


incluindo as placas de confina-
mento ou de recheio, se precisar.

k) Descer a estrutura, segundo o pla-


no estabelecido, controlando a ve-
locidade de descida.

l) Pintar e proteger as superfícies


que não sejam suscetíveis de des-

41
dos os trabalhos, identificando os comenda-se realizar o tratamento
serviços necessários e os quantita- de corrosões superficiais com jate-
tivos dos mesmos. amento de areia e pintura anti-
corrosão. A aplicação de lubrifican-
b) Estabelecer um plano de ação e ta- tes para facilitar deslizamentos e
refas com responsabilidades para rolamentos não é uma solução du-
todo o pessoal. radoura visto que eles atraem poei-
ras, detritos e umidade, que acele-
Além dos processos de inspeção mi-
ram a corrosão.
nuciosa, verificação estrutural e lim-
peza dos aparelhos, com remoção de g) Para articulações metálicas de des-
detritos e liberação dos elementos pa- lizamento, o processo de recupera-
ra sua correta operação, deverão ser ção é difícil e temporário, sendo
atendidas as atividades a seguir preferível, se necessário, substituí-
(DNIT, 2006i), conforme o tipo de la por um apoio elastomérico.
apoio:
h) Para apoios pendulares de concre-
a) Desenvolver um plano de levanta- to deverá ser realizado o tratamen-
mento e substituição (elevação) to das eventuais quebras de cantos
aprovado por Engenheiro Especia- e de trincas e fissuras. A recupera-
lizado. ção dos apoios pendulares de con-
creto exige uma verificação da ver-
b) Atender as recomendações conti-
ticalidade do pêndulo e das solici-
das no projeto de substituição.
tações provocadas por uma even-
c) A articulação de chumbo não pode tual inclinação exagerada, sendo
ser recuperada e nem deve ser preferível substituir o apoio por
substituída por outra do mesmo uma articulação elastomérica.
material; a atitude a adotar depen-
i) Para apoios pendulares metálicos
derá exclusivamente de uma ins-
realizar o tratamento de corrosões
peção visual para decidir sobre sua
superficiais com jateamento de
substituição (DNIT 091/2006-ES)
areia e pintura anti-corrosão.
d) Para articulações tipo Freyssinet e
j) Atender as recomendações acima
tipo Mesnager deverá realizar-se o
citadas para os processos de levan-
tratamento das eventuais quebras
tamento.
de cantos e de trincas e fissuras e o
reforço da fretagem com encami-
samentos e cintamentos.

e) Para articulações de contato de su-


perfícies cilíndricas, realizar o trata-
mento de eventuais trincas e fissu-
ras.

f) Para articulações metálicas fixas


(tipo sem rolo metálico, com rolo
metálico ou para cargas verticais
reversíveis de compressão e tração)
e articulações metálicas móveis, re-

42
k) Igualmente, atender os requeri- de drenagem presentes nos ele-
mentos ambientais de disposição mentos dos encontros, ou na sua
de detritos e proteção das áreas ao área próxima.
redor da zona de trabalho, com es-
pecial proteção dos corpos de e) Remover os detritos, material ve-
água. getativo e materiais estranhos,
com ferramentas manuais ou me-
cânicas, evitando a danificação dos
ENCONTROS
outros elementos.

Os encontros, como mencionado, são f) Retirar os anúncios publicitários,


elementos estruturais que servem de especialmente aqueles que atrapa-
suporte a uma parte da superestrutu- lham a visibilidade da sinalização.
ra, e possibilitam uma boa transição Pode ser utilizado jato de água ou
entre as superfícies das OAEs e as ro- ferramentas manuais, evitando-se
dovias. As atividades de manutenção a contaminação de corpos de
estarão direcionadas a limpeza e ma- água.
nutenção das superfícies de concreto,
g) Limpar todas as superfícies expos-
e em garantir a adequada condução
tas com água limpa a jato, regulan-
das águas que escorregam pela zona
do a pressão para que ela não da-
próxima da estrutura e que não se-
nifique o concreto, o reboco, as tin-
jam conduzidas pelo sistema de dre-
tas ou outros materiais.
nagem da OAEs.
h) Complementar a limpeza das su-
 Limpeza e manutenção preventiva
perfícies de concreto expostas,
dos encontros
com as indicações contidas na
MANUTENÇÃO PROGRAMADA NORMA DNIT 081/2006-ES, especi-
almente no que se refere a remo-
a) Realizar uma inspeção geral do ções superficiais, manchas e eflo-
elemento em que serão executa- rescências.
dos os trabalhos, identificando os
serviços necessários e os quantita- i) Os procedimentos de reparos no
tivos dos mesmos. concreto e devem atender aos
itens anteriormente descritos.
b) Estabelecer um plano de ação e
tarefas com responsabilidades pa- j) Os elementos de proteção tipo de-
ra todo o pessoal. fesa metálica deverão ser limpos e
pintados.
c) Interditar a área a ser intervinda,
evitando que subprodutos dos tra- k) As lajes de transição não ficam ex-
balhos de limpeza possam cair em postas, portanto a recuperação
corpos de água, veículos ou pedes- destes elementos deverá ser reali-
tres que circulem pela área dos zada com base em projeto executi-
trabalhos. vo específico.

d) No processo de limpeza e manu- l) Sugere-se realizar atividades de co-


tenção destes elementos deverão bertura e selagem nos elementos
ser contemplados os dispositivos de concreto expostos.

43
 Manutenção corretiva de encontros

MANUTENÇÃO CORRETIVA

a) Realizar uma inspeção geral do


elemento em que serão executa-
dos os trabalhos.

b) Estabelecer um plano de ação e ta-


refas com responsabilidades para
todo o pessoal.

c) Recapeamento: deverão ser resul-


tado das Inspeções Rotineiras ou
Especiais. Poderá ser realizado o
recapeamento da superfície de ro-
lamento, se necessário, quando
apresentar recalques que não
comprometam a estabilidade es-
trutural deste elemento.

d) Construção de obras de drenagem:


quando necessário e identificado
nas inspeções.

e) Instalação de elementos de prote-


ção: para garantir a continuidade
dos elementos de proteção das
OAEs, será necessário, instalar ele-
mentos na parte superior dos en-
contros e aterros. Para instalação
de defesas metálicas deverão ser
atendidas as indicações da NOR-
MA DNER 144/85 ES.

f) Reparo ou construção de laje de


transição: a necessidade de instala-
ção ou reparo deste elemento de-
verá ser recomendada por Enge-
nheiro Especialista, sendo necessá-
rio o planejamento e projeto desta
atividade.

g) Tarefas de reconstrução parcial ou


total dos encontros, obedecerão a
Inspeções Especiais ou Intermediá-
rias, e requererão de planejamento
e projeto por Engenheiro Especia-
lista.

44
MANUTENÇÃO DA INFRAESTRUTURA
PILARES E FUNDAÇÕES com ferramentas manuais ou me-
cânicas, evitando a danificação dos
Como a maioria dos elementos da in- outros elementos, especialmente
fraestrutura são construídos em con- de concreto, e a necessidade de re-
creto, a manutenção está relacionada paros maiores.
com a manutenção já especificada de
f) Retirar os anúncios publicitários.
elementos construídos neste tipo de
Pode ser utilizado jato de água ou
material. Uma condição especial é
ferramentas manuais, cuidando de
apresentada pelos elementos de fun-
evitar a contaminação de corpos
dação em concreto que se encon-
de água.
tram colocados no leito marinho, os
quais são submetidos a processos g) Limpar todas as superfícies expos-
corrosivos pela água salgada, reque- tas com água limpa a jato, regulan-
rendo tratamento especializado e lim- do a pressão para que ela não da-
peza adequada. nifique o concreto, o reboco, as tin-
tas ou outros materiais.
 Limpeza das superfícies expostas
dos pilares e as fundações, incluin- h) Complementar a limpeza das su-
do blocos perfícies de concreto expostas,
com as indicações contidas na
MANUTENÇÃO PROGRAMADA
NORMA DNIT 081/2006-ES, especi-
a) Realizar uma inspeção geral do almente no que se refere a remo-
elemento em que serão executa- ções superficiais, manchas e eflo-
dos os trabalhos, identificando os rescências.
serviços necessários e os quantita-
i) O material retirado deverá ser dis-
tivos dos mesmos.
posto no local autorizado e ade-
b) Estabelecer um plano de ação e ta- quado para esse fim.
refas com responsabilidades para
j) Em todo o processo deverá evitar-
todo o pessoal.
se que materiais sólidos ou materi-
c) Proteger os pontos de coleção da ais contaminantes produzidos na
água dos sistemas de drenagem, limpeza descarreguem diretamen-
para evitar tamponamentos. te em rios ou outros corpos de
água.
d) Para processos de limpeza em cor-
pos de água, deverá ser protegida  Limpeza e restauração de concreto
a zona de lavagem por meio de atacado pela corrosão; Selagem de
malha inferior que evite a queda trincas e fissuras em concreto; Co-
direta de material sólido, permitin- bertura de selagem em elementos
do somente o passo da água. Nes- de concreto; Pintura e proteção de
tes casos deverá evitar-se o uso de superfícies metálicas expostas.
produtos químicos.
a) Utilizar os procedimentos mencio-
e) Remover os detritos, material ve- nados anteriormente.
getativo e materiais estranhos,

45
LIMPEZA DE CURSOS DE ÁGUA E f) A manutenção programada deverá
PROTEÇÃO DE ENCOSTAS E ser feita quando o nível de água es-
TALUDES teja nos limites inferiores.

g) Os detritos ou material vegetativo


Os processos de preservação das mar-
deve ser removido com ferramen-
gens dos cursos de água ou canais
tas manuais, sem limitações de
sob a ação da erosão, dependem prin-
tempo, para impedir danificação
cipalmente das velocidades dos fluxos
dos elementos de concreto e a ne-
ao longo de seção transversal. A ação
cessidade de reparos maiores.
hidráulica dos cursos de água depen-
de da velocidade de fluxo máxima, h) Devem ser tomadas medidas adi-
que por sua vez depende dos materi- cionais para minimizar impactos
ais que sejam transportados, os quais, para a vida aquática e qualidade da
podem ocasionar danos nos elemen- água, durante os processos de lim-
tos de suporte da estrutura. peza.
 Limpeza de cursos de água na área i) A possibilidade de uso de defleto-
de influência das OAEs res de detritos deverá ser contem-
plada como uma alternativa a ser
MANUTENÇÃO PREVENTIVA-
implementada. Alguns tipos de de-
CORRETIVA
fletores incluem: Modificação es-
a) Realizar uma inspeção geral do trutural: elementos com acaba-
elemento em que serão executa- mentos redondeados reduzem a
dos os trabalhos. acumulação de detritos; Defletores
de detritos: estruturas construídas
b) Estabelecer um plano de ação e ta- antes dos pilares e que através de
refas com responsabilidades para aletas desviam os materiais para
todo o pessoal. evitar sua acumulação.

c) Remover os detritos, entulhos, ve-  Limpeza e manutenção de elemen-


getação, lixo, solo ou material gra- tos de proteção de encostas e talu-
nular depositado, da área sob a des
ponte, das zonas dos pilares, da
área dos encontros e das zonas a MANUTENÇÃO PREVENTIVA-
montante e jusante em pelo me- CORRETIVA
nos 100m, procurando a conserva-
a) Realizar uma inspeção geral do
ção da área hidráulica livre, e reti-
elemento em que serão executa-
rando qualquer material que impe-
dos os trabalhos, identificando os
ça o percurso regular da água.
serviços necessários e os quantita-
d) Carregar todo o material retirado tivos dos mesmos.
em veículo adequado, segundo o
b) Estabelecer um plano de ação e ta-
volume produzido.
refas com responsabilidades para
e) Transportar e dispor o material reti- todo o pessoal.
rado no local aprovado para esta
c) Remover os detritos, entulhos, ve-
atividade.
getação, lixo, solo ou material gra-
nular depositado, da área sobre o

46
elemento. o trabalho sobre fluxos de água.

d) Carregar todo o material retirado h) Nos taludes, realizar a limpeza de


em veículo adequado, de acordo elementos de drenagem, retirando
com o volume produzido. todos os materiais estranhos.

e) Transportar e dispor o material re- i) Realizar os processos de selagem


tirado no local aprovado para esta de fissuras nas estruturas de con-
atividade. Estas áreas deverão estar creto.
afastadas do bueiro e situadas a ju-
sante do dispositivo, sem compro- j) Os detritos e material vegetativo
meter o escoamento das águas su- deverão ser removidos sem altera-
perficiais. ção dos elementos que confor-
mam a estrutura de proteção.
f) Realizar inspeção do estado das
obras de proteção e programar
inspeção especial se necessário.

g) Se não se observar o comprometi-


mento estrutural ou processos ero-
sivos que afetem a estrutura de
proteção, realizar a substituição de
elementos desprendidos como
blocos ou sacos, tomando as medi-
das de segurança adequadas para

47
ESPECIFICAÇÃO PARTICULAR - EP01/OAE
Plataforma de Trabalho
Prefácio Brasília, 2017.

A presente Especificação foi prepara- f) MINISTÉRIO DO TRABALHO E EM-


da para servir como documento base PREGO – NR – 18, Norma Regulamen-
na definição da sistemática para ser tadora N° 18 Condições e Meio Ambi-
empregada na execução de platafor- ente de Trabalho na Indústria da
mas de trabalho para serviços de ma- Construção (18.15 - Andaimes e Plata-
nutenção, reforço e alargamento de formas de Trabalho).
obras de arte especiais.
g) NEW YORK STATE DEPARTAMENT
OF TRANSPORTATION – NYSDOT.
Objetivo Fundamental of Bridge Maintenance
Esta Especificação tem como objetivo and Inspection. 2008.
estabelecer os procedimentos a se-
rem seguidos na execução das plata- Definições
formas de trabalho necessárias para
Neste documento, entende-se por
alcançar as áreas a serem trabalha-
andaime ou plataforma de trabalho
das, com facilidade e segurança, na
uma área plana e horizontal, susten-
face inferior e faces laterais das obras
tada por uma estrutura provisória, cu-
de arte especiais.
ja finalidade é permitir o acesso de
materiais, mão de obra e equipamen-
Referências tos a pouca distância da superfície a
ser trabalhada.
a) ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE
NORMAS TÉCNICAS. NBR 6118: Proje-
to de estruturas de concreto: Procedi-
Condições Gerais
mento. Rio de Janeiro, 2014. Quando for economicamente viável,
podem ser utilizadas plataformas de
b) ______. NBR 7190: Projeto de estru- madeira, apoiadas em estruturas
turas de madeira. Rio de Janeiro, 1997. também de madeira ou tubulares de
aço, apoiadas diretamente no terreno.
c) ______. NBR 8681: Ações e seguran-
ça nas estruturas: Procedimento. Rio Quando for economicamente inviável
de Janeiro, 2003. ou estruturalmente desaconselhável
a plataforma de trabalho suportada
d) DEPARTAMENTO NACIONAL DE
por estrutura diretamente apoiada no
INFRAESTRUTURA DE TRANSPOR-
terreno, utiliza-se a plataforma sus-
TES. Norma 079/2006 – ES – Platafor-
pensa na própria obra de arte a ser
mas de trabalho. Rio de Janeiro, 2006.
trabalhada; esta plataforma pode ser
e) ______. Manual de Custos de Infra- de madeira, metálica ou mista, sendo,
estrutura de Transportes – Sistema de entretanto, obrigatória a utilização de
Custos Referenciais de Obras – SICRO. tirantes metálicos.

48
As plataformas podem ser fixas, As peças de madeira verticais
quando abrangem toda a área a ser (montantes) são compostas por cai-
trabalhada, ou móveis, quando abran- bros de 7,5 x 7,5 cm e o travamento
gem apenas parte da área a ser traba- horizontal e diagonal é feito com pe-
lhada, devendo sofrer deslocamentos ças de madeira de 2,5 cm x 7,5 cm,
horizontais, conforme a necessidade. formando com as peças verticais qua-
dros triarticulados.
A construção de andaimes e platafor-
mas, mesmo as mais simples, deverão A base é apoiada diretamente no solo
ser materializadas em estrita obedi- e no topo são colocadas tábuas de
ência a projetos esquemáticos, sub- madeira de 2,5 x 30 cm. *(SICRO, 2017).
metidos à apreciação da Fiscalização.
b) Nas plataformas apoiadas no solo,
O acesso à plataforma de trabalho de- podem ser utilizados montantes de
ve ser feito com segurança, da mes- madeira roliça, desde que constituí-
ma forma que a movimentação e os dos de peças retilíneas e com diâme-
trabalhos sobre a plataforma, que de- tro mínimo de 12 cm.
ve estar totalmente protegida por dis-
positivos laterais. c) Podem ser utilizados também, ma-
teriais reaproveitáveis, como estrutu-
Após a conclusão dos serviços, estru- ras de aço, tubulares ou não, e pisos
turas, plataformas, tirantes e dispositi- metálicos.
vos de fixação devem ser totalmente
removidos.

Condições Específicas
 Plataformas apoiadas no terreno

Todas as peças devem ser dimensio-


nadas para uma sobrecarga de 500
Kgf/m² (5000 N/m²);

Os vigamentos, os contraventamen-
tos, as fixações e as amarrações de- Plataformas apoiadas no solo
vem ser em número e disposição tais
que minimizem vibrações e desloca-  Plataformas suspensas
mentos; os montantes devem estar
confiavelmente fixados em terreno As plataformas suspensas são monta-
firme. das com a finalidade de permitir o
trabalho sob o tabuleiro da ponte. To-
a) Plataformas de trabalho em madei- das as peças devem ser dimensiona-
ra* das para uma sobrecarga de 500 Kgf/
m²(5000 N/m²).
São compostas de peças e tábuas de
madeira devidamente contraventa- Os vigamentos, os contraventamen-
das, formando módulos superpostos tos, as fixações e as amarrações de-
de 1 x 1 x 1 m. vem ser em número e disposição tais

49
que minimizem vibrações e desloca-  Verificações mínimas
mentos; os tirantes devem ser dimen-
sionados com folga e estar segura- Os andaimes/plataformas de trabalho
mente ancorados por dispositivos são dispositivos provisórios e auxilia-
confiáveis sendo usual aproveitar os res, mas deles depende a segurança
furos dos drenos para passagem dos da mão de obra, dos materiais e dos
tirantes. equipamentos, assim como, as condi-
ções de acesso seguro até os locais
onde serão executados os serviços de
manutenção, devendo a Fiscalização
efetuar as seguintes verificações, mí-
nimas:

a) Inspeção preliminar;

b) Atendimento ao manejo ambien-


tal;
Plataformas suspensas c) Flexibilidade e segurança das plata-
formas e estruturas de suporte;

d) Apoios e ligações das plataformas


Manejo Ambiental apoiadas;
Durante a construção das platafor- e) Tirantes, dispositivos de ancoragem
mas de trabalho deverão ser preser- e ligações das plataformas suspensas.
vadas as condições ambientais, exi-
gindo-se, dentre outros, os seguintes  Condições de conformidade e não-
procedimentos: conformidade
a) Durante o desenvolvimento dos Os serviços estarão conformes quan-
trabalhos devem ser evitadas, ou mi- do atenderem às exigências desta Es-
nimizadas, aberturas de clareiras e pi- pecificação Particular; em caso con-
cadas e o tráfego desnecessário de trário, serão refeitos ou complemen-
equipamentos ou veículos por terre- tados, de forma a atenderem ao pre-
nos naturais, de modo a evitar sua visto nesta Especificação.
desfiguração;

b) Deve ser dada preferência à utiliza- Critérios de Medição


ção de materiais reaproveitáveis, tais
Os serviços de fornecimento, monta-
como estruturas de aço, tubulares ou
gem e desmontagem do andaime/
não, em lugar de montantes e vigas
plataforma, bem como todos os dis-
de madeira roliça;
positivos auxiliares, devem ser medi-
c) Todo o material excedente, imedia- dos conforme indicado a seguir:
tamente ou após a conclusão dos ser-
a) Plataformas suspensas: por m² de
viços, deve ser removido para locais
área construída;
previamente determinados.
b) Plataformas apoiadas no solo: por
Inspeção m³ construído.
50
ESPECIFICAÇÃO PARTICULAR - EP02/OAE
Limpeza do Tabuleiro
Prefácio e) ______. Manual de Custos de Infra-
estrutura de Transportes – Sistema de
A presente Especificação Particular Custos Referenciais de Obras – SICRO.
foi preparada para servir como docu- Brasília, 2017.
mento base na definição da sistemá-
tica a ser empregada na execução de f) MINISTÉRIO DO TRABALHO E EM-
serviços de limpeza do tabuleiro de PREGO – NR – 18, Norma Regulamen-
pontes, incluindo a via e os dispositi- tadora No 18. Condições e Meio Ambi-
vos básicos de proteção, a saber, as ente de Trabalho na Indústria da
barreiras de concreto e/ou os guarda- Construção.
corpos/guarda-rodas.
g) NEW YORK STATE DEPARTAMENT
OF TRANSPORTATION – NYSDOT.
Objetivo Fundamental of Bridge Maintenance
and Inspection. 2008.
Esta Especificação tem como objetivo
estabelecer os procedimentos para a
execução dos serviços de limpeza da
Definições
via e dos dispositivos básicos de pro- Para efeito desta Especificação a lim-
teção: barreiras rígidas de concreto e peza do tabuleiro consiste na limpeza
guarda- corpos/guarda-rodas. Os dis- da via e dos dispositivos de proteção.
positivos de proteção poderão, tam- Estes dispositivos poderão receber
bém, receber pintura de cal ou de na- pintura de cal ou de nata de cimento,
ta de cimento. após a limpeza.

Referências O acúmulo de detritos sobre a pista


de rolamento, passeios e/ou acosta-
a) ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE mentos, pode causar a retenção de
NORMAS TÉCNICAS. NBR 6118: Proje- umidade, o entupimento dos siste-
to de estruturas de concreto: Procedi- mas de drenagem e o crescimento da
mento. Rio de Janeiro, 2014. vegetação (inclusive nas fendas, fres-
tas) com consequências indesejáveis
b) ______. NBR 7187: Projeto de pontes
no funcionamento e na durabilidade
de concreto armado e de concreto
da estrutura. Inclui-se neste item os
protendido: Procedimento. Rio de Ja-
elementos
neiro, 2003.
básicos de
c) DEPARTAMENTO NACIONAL DE proteção:
INFRAESTRUTURA DE TRANSPOR- as barreiras
TES. Norma DNIT 080/2006 – ES – rígidas de
Preparação de superfícies de concre- concreto e/
to. Rio de Janeiro, 2006. ou os guar-
da-corpos/
d) ______. Manual de conservação ro- guarda- Crescimento de vegetação na pista de rolamento
doviária. 2ª. ed. Rio de Janeiro, 2005. rodas.
51
Condições Gerais Poderá ser executada a pintura ma-
nual de nata de cimento ou caiação
 Seleção de métodos de limpeza de nos dispositivos básicos de proteção:
superfícies guarda-corpos/guarda-rodas ou bar-
reiras rígidas de concreto, após a lim-
A escolha do método de limpeza de peza.
superfícies depende, basicamente, do
tipo de sujeira presente e da acessibi-
lidade da área a limpar.
Manejo Ambiental
A limpeza do tabuleiro envolve uma
 Métodos de limpeza de superfícies série de atividades distintas, cada
uma com restrições particulares.
a) Limpeza manual das superfícies e
remoção dos detritos; a) Caso necessário à construção de
plataformas de trabalho, devem ser
b) Jateamento d’água sob pressão, evitadas, ou minimizadas, aberturas
para limpeza e remoção de materiais de clareiras e picadas e o tráfego des-
aderentes, manchas de sujeira e man- necessário de equipamentos ou veí-
chas escuras. culos por terrenos naturais, de modo
a evitar sua desfiguração;
Procedimentos b) os jateamentos d’água produzem
Deverá ser feita a limpeza da pista de águas misturadas com sujeiras e de-
rolamento, passeios e/ou acostamen- tritos, que devem ser conduzidas para
tos, removendo-se terra, lama, poeira, locais adequados, definidos pela fis-
vegetação e todos os detritos que calização;
possam comprometer a segurança
do tráfego. Essa limpeza é manual, c) todo o material, proveniente da
procedendo-se a varredura em toda a limpeza ou excedente de qualquer
superfície, e se as camadas na pista natureza, imediatamente após a con-
forem espessas, deverá ser feita a ras- clusão dos serviços, deve ser removi-
pagem com pá e enxada, removendo do para locais previamente determi-
-se o material solto com carrinho de nados.
mão. Pode ser usado jato d’água no
caso de sujeira aderente.

Os guarda-corpos/guarda-rodas ou
barreiras rígidas deverão receber lim-
peza manual (c/escova de aço), que
poderá ser complementada com jate-
amento d’água sob pressão. Em to-
dos os casos, usar a pressão adequada
(entre 10 e 25 MPa), para não danificar
as superfícies. Deverá ser efetuada a
remoção manual de vegetação dani-
nha incrustada em fendas ou em jun-
tas entre elementos.
Jateamento d’água sob pressão

52
Inspeção f) Pintura manual com nata de ci-
mento: por m²;
 Verificações mínimas
g) Caiação com fixador de cal: por m²;
A limpeza de superfícies deve ser
acompanhada durante o seu desen- h) Plataformas suspensas: por m² de
volvimento, para que não sejam co- área construída;
metidos excessos ou insuficiências.
i) Plataformas apoiadas no solo: por
Em um ciclo completo, as inspeções m³ construído.
abrangeriam as seguintes atividades:

a) Inspeção preliminar;

b) Verificação de equipamentos:
compressores, bombas, mangueiras,
bicos e depósitos;

c) Dispositivos para recolhimento de


detritos.

 Condições de conformidade e não


conformidade
Os serviços estarão conformes quan-
do atenderem às exigências desta Es-
pecificação Particular; em caso con-
trário, serão refeitos ou complemen-
tados, de forma a atenderem ao pre-
visto nesta Especificação.

Critérios de Medição
Os serviços, diferenciados, devem ser
medidos conforme indicado a seguir:

a) Limpeza de ponte: por m;

b) Limpeza manual (c/escova de aço)


em superfície: por m² de área tratada;

c) Limpeza em superfície com jatea-


mento d’água sob pressão: por m² de
área tratada;

d) Remoção manual de vegetação


daninha: por m²;

e) Remoção manual de vegetação da-


Limpeza manual
ninha em frestas: por m;
53
ESPECIFICAÇÃO PARTICULAR - EP03/OAE
Limpeza das superfícies horizontais e
verticais
Prefácio TES. Norma DNIT 080/2006 – ES –
Preparação de superfícies de concre-
A presente Especificação Particular to. Rio de Janeiro, 2006.
foi preparada para servir como docu-
mento base na definição da sistemá- d) _______. Manual de conservação ro-
tica para ser empregada na execução doviária. 2ª. ed. Rio de Janeiro, 2005.
de serviços de limpeza das superfícies
horizontais e verticais onde mais facil- e) ______. Manual de Custos de Infra-
mente se acumulam detritos e sujei- estrutura de Transportes – Sistema de
ras. Custos Referenciais de Obras – SICRO.
Brasília, 2017.
Objetivo f) MINISTÉRIO DO TRABALHO E EM-
PREGO – NR – 18, Norma Regulamen-
Esta Especificação tem como objetivo
tadora No 18 Condições e Meio Ambi-
estabelecer os procedimentos para a
ente de Trabalho na Industria da
execução dos serviços de limpeza das
Construção.
superfícies horizontais e verticais das
pontes. Considera as superfícies dos
seguintes elementos: Definições
 Parte inferior das lajes do tabuleiro, Para efeito desta Especificação consi-
vigas e transversinas; • pilares e tra- dera-se a limpeza das superfícies ho-
vessas; rizontais e verticais dos elementos a
seguir: a parte inferior das lajes do ta-
 Encontros em concreto ou alvena- buleiro, as vigas e as transversinas, os
ria de pedra; pilares e as travessas, os encontros
em concreto ou alvenaria de pedra e
 Blocos de fundação.
os blocos de fundação.

Referências O desempenho e a durabilidade des-


tes elementos são muito prejudica-
a) ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE dos pelo acúmulo em suas superfí-
NORMAS TÉCNICAS. NBR 6118: Proje- cies de detritos, poeira, sujeiras, que
to de estruturas de concreto: Procedi- favorecem a retenção e a absorção
mento. Rio de Janeiro, 2014. de umidade, com a formação de
manchas, manchas escuras, man-
b) ______. NBR 7187: Projeto de pontes
chas esverdeadas (fungos) e o cresci-
de concreto armado e de concreto
mento de vegetação (inclusive nas
protendido: Procedimento. Rio de Ja-
neiro, 2003. fendas e frestas). Causam a redução
do pH do concreto, com as conse-
c) DEPARTAMENTO NACIONAL DE quentes, corrosão das armaduras e
INFRAESTRUTURA DE TRANSPOR- desagregação do concreto.

54
Manchas nas superfícies Sujeira e manchas na travessa

Material acumulado na estrutura Material retido na estrutura

Condições Gerais poderá ser feita de duas maneiras:


uma com a utilização da escova de
 Seleção de métodos de limpeza de aço e outra com jato de água. Em
superfícies ambos os casos deverá ter-se o cuida-
do para não danificar as superfícies
A escolha do método de limpeza de ou desgastá-las além do admissível
superfícies depende, basicamente, do (máximo aprox. 1 mm).
tipo de sujeira presente e da acessibi-
lidade da área a limpar.
Manejo Ambiental
 Métodos de limpeza de superfícies A limpeza de superfícies envolve uma
série de atividades distintas, cada
a) Limpeza manual das superfícies e uma com restrições particulares.
remoção dos detritos;
a) Quando forem necessárias platafor-
b) Jateamento d’água sob pressão, mas de trabalho, devem ser evitadas,
para limpeza e remoção de materiais ou minimizadas, aberturas de clarei-
aderentes, manchas de sujeira e man- ras e picadas e o tráfego desnecessá-
chas escuras. rio de equipamentos ou veículos por
terrenos naturais, de modo a evitar
Procedimentos sua desfiguração;
A limpeza das superfícies de concreto
55
b) Os jateamentos d’água produzem a) Plataformas de trabalho suspensas:
águas misturadas com sujeiras e de- por m² de área construída;
tritos, que devem ser conduzidas para
locais adequados, definidos pela fis- b) Plataformas de trabalho apoiadas
calização; no solo: por m³;

c) Todo o material, proveniente dos c) Limpeza manual (c/escova de aço)


tratamentos ou excedente de qual- em superfície: por m² de área tratada;
quer natureza, imediatamente após a
d) Limpeza manual de material acu-
conclusão dos serviços, deve ser re-
mulado nos encontros, blocos e tra-
movido para locais previamente de-
vessas em terra firme: por m³;
terminados.
e) Limpeza em superfície com jatea-
Inspeção mento d’água sob pressão: por m² de
 Verificações mínimas área tratada;

f) Remoção manual de vegetação da-


A limpeza de superfícies deve ser
ninha: por m²;
acompanhada durante o seu desen-
volvimento, para que não sejam co- g) Remoção manual de vegetação
metidos excessos ou insuficiências. daninha em frestas: por m;
Em um ciclo completo, as inspeções h) Pintura manual com nata de ci-
abrangeriam as seguintes atividades: mento: por m²;
a) Inspeção preliminar; i) Caiação com fixador de cal: por m².
b) Construção de plataformas de
acesso;

c) Verificação de equipamentos: com-


pressores, bombas, mangueiras, bicos
e depósitos;

 Condições de conformidade e não


conformidade

Os serviços estarão conformes quan-


do atenderem às exigências desta Es-
pecificação Particular; em caso con-
trário, serão refeitos ou complemen-
tados, de forma a atenderem ao pre-
visto nesta Especificação.

Critérios de Medição
Os serviços, diferenciados, devem ser
medidos conforme indicado a seguir:

56
ESPECIFICAÇÃO PARTICULAR - EP04/OAE
Limpeza e desobstrução de Juntas de
dilatação
Prefácio estrutura de Transportes – Sistema de
Custos Referenciais de Obras – SICRO.
A presente Especificação foi prepara- Brasília, 2017.
da para servir como documento base
g) DEPARTAMENTO NACIONAL DE
na definição da sistemática para ser
ESTRADAS DE RODAGEM. Manual de
empregada na execução dos serviços
construção de obras-de-arte especi-
de limpeza e desobstrução de juntas
ais. 2. ed. Rio de Janeiro, 1995.
de dilatação em obras de arte especi-
ais. h) _______. Manual de projeto de obras
de arte especiais. Rio de Janeiro, 1996.
Objetivo
i) MINISTÉRIO DO TRABALHO E EM-
Esta Especificação tem como objetivo PREGO – NR – 18, Norma Regulamen-
estabelecer os procedimentos a se- tadora N° 18 Condições e Meio Ambi-
rem seguidos na execução dos servi- ente de Trabalho na Indústria da
ços de limpeza e desobstrução de Construção.
juntas de dilatação em obras de arte
especiais. Definições
Referências Neste documento, entende-se por
junta de dilatação a separação física
a) ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE entre duas partes de uma estrutura,
NORMAS TÉCNICAS. NBR 6118: Proje- para que estas partes possam se mo-
to de estruturas de concreto: Procedi- vimentar sem transmissão de esforço
mento. Rio de Janeiro, 2014. entre elas.

b) ______. NBR 7187: Projeto de pontes A presença de material rígido, de ve-


de concreto armado e de concreto getação ou de material de preenchi-
protendido: Procedimento. Rio de Ja- mento que tenha perdido a sua elas-
neiro, 2003. ticidade produz tensões indesejáveis
na estrutura.
c) DEPARTAMENTO NACIONAL DE
INFRA-ESTRUTURA DE TRANSPOR- Procedimento
TES. Manual de inspeção de pontes
rodoviárias. 2. ed. Rio de Janeiro, 2004. A limpeza das juntas de dilatação de-
ve ser feita com ar comprimido, esco-
d) ______. Norma 092/2006 – ES – Jun- vação manual e água com pressão
tas de dilatação. Rio de Janeiro, 2006. adequada (40 a 50 bar); mas se pe-
dras, detritos ou vegetação (ervas da-
e) ______. Manual de conservação ro- ninhas), ficarem presos às juntas, usa-
doviária. 2ª. ed. Rio de Janeiro,2005. se uma vara de madeira para deslocá-
f) ______. Manual de Custos de Infraes- las e não danificar o material de veda-
ção.
57
Deve ser removida a vegetação de-
senvolvida ou de porte mais robusto.

Na remoção da vegetação pontual ou


de pequeno porte, ou na comple-
mentação de trabalhos de remoção
mecânica ou manual de vegetação,
procede-se à aplicação de herbicida
sobre as raízes.

Poderão ser utilizadas plataformas de


trabalho para acessar as áreas abaixo Sujeira na junta de dilatação
do tabuleiro.

Manejo Ambiental
A limpeza e desobstrução de juntas
de dilatação, envolve uma série de ati-
vidades distintas, cada uma com res-
trições particulares.

a) Caso seja necessária a construção


de plataformas de trabalho, devem
ser evitadas, ou minimizadas, abertu-
Crescimento de vegetação na junta
ras de clareiras e picadas e o tráfego
desnecessário de equipamentos ou
veículos por terrenos naturais, de mo-
do a evitar sua desfiguração;

b) O jateamento d’água produz águas


misturadas com sujeiras e detritos,
que devem ser conduzidas para locais
adequados, definidos pela fiscaliza-
ção;

c) Todo o material proveniente dos


tratamentos ou excedente de qual- Vegetação na junta do encontro
quer natureza deve ser removido para
locais previamente determinados,
imediatamente após a conclusão dos
serviços.

Inspeção
 Verificações mínimas
A Fiscalização deverá efetuar as se-
guintes verificações, mínimas:

a) Inspeção preliminar; Arbusto na junta

58
b) Plataformas de trabalho (quando Critérios de Medição
necessário);
Os serviços devem ser medidos con-
c) Verificação dos equipamentos: forme indicado a seguir:
compressores, bombas, mangueiras,
bicos, bicos, depósitos; a) Plataformas de trabalho suspensas:
por m² de área construída;
d) Flexibilidade e segurança das pla-
taformas e estruturas de suporte; b) Plataformas de trabalho apoiadas
no solo: por m³ construído;
e) Dispositivos para recolhimento de
detritos. c) Limpeza em junta de dilatação – m;

 Condições de conformidade e não d) Limpeza e remoção de vegetação


conformidade nas juntas de dilatação com uso de
herbicida – m; e) remoção manual de
vegetação daninha – m²;
Os serviços estarão conformes quan-
do atenderem às exigências desta Es- f) Remoção manual de vegetação da-
pecificação Particular; em caso con- ninha em frestas – m.
trário, serão refeitos ou complemen-
tados, de forma a atenderem ao pre-
visto nesta Especificação.

59
ESPECIFICAÇÃO PARTICULAR - EP05/OAE
Limpeza e desobstrução dos dispositi-
vos de drenagem (Drenos)
Prefácio Rio de Janeiro, 2006.

A presente Especificação foi prepara- f) ______. Manual de Custos de Infraes-


da para servir como documento base trutura de Transportes – Sistema de
na definição da sistemática para ser Custos Referenciais de Obras – SICRO.
empregada na execução dos serviços Brasília, 2017.
de limpeza e desobstrução dos dispo-
sitivos de drenagem (drenos) do ta- g) DEPARTAMENTO NACIONAL DE
buleiro e das partes internas da estru- ESTRADAS DE RODAGEM. Manual de
tura em obras de arte especiais. construção de obras-de-arte especi-
ais. 2. ed. Rio de Janeiro, 1995.
Objetivo h) ______. Manual de projeto de obras
de arte especiais. Rio de Janeiro, 1996.
Esta Especificação tem como objetivo
estabelecer os procedimentos a se- i) MINISTÉRIO DO TRABALHO E EM-
rem seguidos na execução dos servi- PREGO – NR – 18, Norma Regulamen-
ços de limpeza e desobstrução dos tadora N° 18 Condições e Meio Ambi-
dispositivos de drenagem do tabulei- ente de Trabalho na Indústria da
ro e das partes internas da estrutura Construção.
em obras de arte especiais.
Definições
Referências Neste documento, entende-se por
a) ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE dispositivos de drenagem do tabulei-
NORMAS TÉCNICAS. NBR 6118: Proje- ro e das partes internas da estrutura
to de estruturas de concreto: Procedi- em obras de arte especiais, os ele-
mento. Rio de Janeiro, 2014. mentos de captação d’água sobre o
tabuleiro, e em partes internas da es-
b) ______. NBR 7187: Projeto de pontes trutura. Recebem também a deno-
de concreto armado e de concreto minação de drenos ou, ainda, de bu-
protendido: Procedimento. Rio de Ja- zinotes.
neiro, 2003.
A obstrução total ou parcial dos dre-
c) DEPARTAMENTO NACIONAL DE nos com detritos, areia, lama, prejudi-
INFRA-ESTRUTURA DE TRANSPOR- ca o escoamento d’água incidente
TES. Manual de inspeção de pontes sobre o tabuleiro (alagamento), colo-
rodoviárias. 2. ed. Rio de Janeiro, 2004. cando em risco a segurança dos usu-
ários. Na parte inferior do balanço da
d) ______. Manual de conservação ro- laje, a água escoa arrastando sujeira
doviária. 2ª. ed. Rio de Janeiro, 2005. que inicia o processo de degradação
e) ______. Norma 086/2006 – ES – Re- da estrutura.
cuperação do sistema de drenagem. O acúmulo de água nas partes inter-
60
Drenos obstruídos

nas da estrutura favorece a absorção


da umidade e a corrosão das armadu-
ras, além da formação de limo e sujei-
ra.

Procedimento
Os drenos deverão ser limpos e de-
sobstruídos com jato d’água na pres-
são adequada (10 a 25 MPa). Caso ne-
cessário poderá ser utilizada uma vara
de madeira para afrouxar a sujeira,
Drenos na estrutura em caixão
prosseguindo a limpeza do tubo até
que esteja totalmente limpo, permi-
locais adequados, definidos pela fis-
tindo livre escoamento das águas.
calização;

Manejo Ambiental c) Todo o material excedente, imedia-


tamente ou após a conclusão dos ser-
Na limpeza e desobstrução dos dispo- viços, deve ser removido para locais
sitivos de drenagem as condições previamente determinados.
ambientais deverão ser preservadas,
exigindo-se, entre outros, os seguin-
tes procedimentos:
Inspeção
 Verificações mínimas
a) Se necessária a construção de pla-
taformas de trabalho, devem ser evi- A Fiscalização deverá efetuar as se-
tadas, ou minimizadas, aberturas de guintes verificações, mínimas:
clareiras e picadas e o tráfego desne-
cessário de equipamentos ou veículos a) Inspeção preliminar;
por terrenos naturais, de modo a evi-
tar sua desfiguração; b) Construção de plataformas de tra-
balho (quando necessário);
b) Os jateamentos d’água produzem
águas misturadas com sujeiras e de- c) Verificação dos equipamentos:
tritos que devem ser conduzidos para compressores, bombas, mangueiras,
bicos, bicos, depósitos;
61
d) flexibilidade e segurança das plata- Critérios de Medição
formas e estruturas de suporte;
Os serviços devem ser medidos con-
e) dispositivos para recolhimento de forme indicado a seguir:
detritos.
a) Plataformas suspensas: por m² de
 Condições de conformidade e não área construída;
conformidade
b) Plataformas apoiadas no solo: por
Os serviços estarão conformes quan- m³ construído;
do atenderem às exigências desta Es-
c) Limpeza e desobstrução de disposi-
pecificação Particular; em caso con-
tivos de drenagem de OAE: un.
trário, serão refeitos ou complemen-
tados, de forma a atenderem ao pre-
visto nesta Especificação.

62
ESPECIFICAÇÃO PARTICULAR - EP06/OAE
Manutenção de aparelhos de apoio em
Obras de Arte Especiais
Prefácio estrutura de Transportes – Sistema de
Custos Referenciais de Obras – SICRO.
A presente Especificação foi prepara- Brasília, 2017.
da para servir como documento base
g) DEPARTAMENTO NACIONAL DE
na definição da sistemática para ser
ESTRADAS DE RODAGEM. Manual de
empregada na execução dos serviços
construção de obras de arte especiais.
de manutenção de aparelhos de
2. ed. Rio de Janeiro, 1995.
apoio em obras de arte especiais.
h) _______. Manual de projeto de obras
Objetivo de arte especiais. Rio de Janeiro, 1996.
Esta Especificação tem como objetivo
i) MINISTÉRIO DO TRABALHO E EM-
estabelecer os procedimentos a se-
PREGO – NR – 18, Norma Regulamen-
rem seguidos na execução dos servi-
tadora N° 18 Condições e Meio Ambi-
ços de serviços de manutenção de
ente de Trabalho na Indústria da
aparelhos de apoio em obras de arte
Construção.
especiais.
Definições
Referências
Os aparelhos de apoio de concreto
a) ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE (Freyssinet), metálicos, neoprene - são
NORMAS TÉCNICAS. NBR 6118: Proje- dispositivos que tem por finalidade
to de estruturas de concreto: Procedi- transferir cargas, acomodar deforma-
mento. Rio de Janeiro, 2014. ções, diminuir vibrações na estrutura.
b) ______. NBR 7187: Projeto de pontes A acumulação de sujeira e detritos
de concreto armado e de concreto prejudica o funcionamento como
protendido: Procedimento. Rio de Ja- previsto no projeto, causando esfor-
neiro, 2003. ços indesejáveis na estrutura.
c) DEPARTAMENTO NACIONAL DE Pode ocorrer a fixação e crescimento
INFRAESTRUTURA DE TRANSPOR- de vegetação de pequeno porte junto
TES. Manual de inspeção de pontes aos aparelhos.
rodoviárias. 2. ed. Rio de Janeiro, 2004.

d) ______. Manual de conservação ro-


doviária. 2. ed. Rio de Janeiro, 2005.

e) ______. Norma 091/2006 – ES – Tra-


tamento de aparelhos de apoio: con-
creto, neoprene e metálicos. Rio de
Janeiro, 2006.

f) ______. Manual de Custos de Infraes- Aparelho de apoio de neoprene

63
Procedimento Inspeções
A limpeza consiste na retirada de to-  Verificações mínimas
dos os detritos, vegetação e elemen-
tos estranhos aos aparelhos de apoio, A Fiscalização deverá efetuar as se-
com meios que não lhes causem da- guintes verificações, mínimas:
nos (escovas de aço) e posterior lim-
peza com ar comprimido e jato d’á- a) Inspeção preliminar;
gua com pressão adequada (40 – 50
bar) das superfícies expostas dos apa- b) Construção de plataformas de tra-
relhos. balho (quando necessário);

No caso dos aparelhos metálicos, de- c) Verificação dos equipamentos:


vem ser protegidos da oxidação por compressores, bombas, mangueiras,
pintura e/ou camada de óleo inerte. bicos, bicos, depósitos;

Poderão ser utilizadas plataformas de d) Flexibilidade e segurança das pla-


trabalho para acessar as áreas na par- taformas e estruturas de suporte;
te inferior do tabuleiro, caso necessá-
e) Dispositivos para recolhimento de
rio.
detritos;

 Condições de conformidade e não


conformidade
Manejo Ambiental
Os serviços estarão conformes quan-
Na manutenção de aparelhos de do atenderem às exigências desta Es-
apoio as condições ambientais deve- pecificação Particular; em caso con-
rão ser preservadas, exigindo-se, den- trário, serão refeitos ou complemen-
tre outros, os seguintes procedimen- tados, de forma a atenderem ao pre-
tos: visto nesta Especificação.
a) se necessária à construção de pla-
taformas de trabalho, devem ser evi- Critérios de Medição
tadas, ou minimizadas, aberturas de
clareiras e picadas e o tráfego desne- Os serviços devem ser medidos con-
cessário de equipamentos ou veículos forme indicado a seguir:
por terrenos naturais, de modo a evi-
tar sua desfiguração; a) limpeza de aparelhos de apoio em
obras de arte especiais: un;
b) os jateamentos d’água produzem
águas misturadas com sujeiras e de- b) limpeza e remoção de vegetação
tritos devem ser conduzidas para lo- junto aos aparelhos de apoio de OAE
cais adequados, definidos pela fiscali- com uso de herbicida – un;
zação;
c) plataformas suspensas: por m² de
c) todo o material excedente, imedia- área construída;
tamente ou após a conclusão dos ser-
d) plataformas apoiadas no solo: por
viços, deve ser removido para locais
m³ construído.
previamente determinados.

64
ESPECIFICAÇÃO PARTICULAR - EP07/OAE
Limpeza do leito do Rio
Prefácio 2. ed. Rio de Janeiro, 1995.

g) _______. Manual de projeto de obras


A presente Especificação foi prepara-
de arte especiais. Rio de Janeiro, 1996.
da para servir como documento base
na definição da sistemática para ser h) MINISTÉRIO DO TRABALHO E EM-
empregada na execução dos serviços PREGO – NR – 18, Norma Regulamen-
de limpeza e desobstrução do leito do tadora N° 18 Condições e Meio Ambi-
rio. ente de Trabalho na Industria da
Construção.
Objetivo
Esta Especificação tem como objetivo Definições
estabelecer os procedimentos a se- Troncos e galhos de árvores e outros
rem seguidos na execução dos servi- materiais sólidos presos à estrutura,
ços de limpeza e desobstrução do lei- principalmente depois de chuvas in-
to do rio. tensas, provocam a obstrução do cur-
so d’água, comprometendo a seção
Referências de vazão e introduzindo esforços hori-
zontais adicionais na estrutura.
a) ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE
NORMAS TÉCNICAS. NBR 6118: Proje-
to de estruturas de concreto: Procedi-
mento. Rio de Janeiro, 2014.

b) ______. NBR 7187: Projeto de pontes


de concreto armado e de concreto
protendido: Procedimento. Rio de Ja-
neiro, 2003.

c) DEPARTAMENTO NACIONAL DE
INFRA-ESTRUTURA DE TRANSPOR-
TES. Manual de inspeção de pontes
rodoviárias. 2ª. ed. Rio de Janeiro, Galhos sobre bloco/pilar
2004.

d) ______. Manual de conservação ro-


doviária. 2ª. ed. Rio de Janeiro, 2005. e)
______. Manual de Custos de Infraes-
trutura de Transportes – Sistema de
Custos Referenciais de Obras – SICRO.
Brasília, 2017.

f) DEPARTAMENTO NACIONAL DE
ESTRADAS DE RODAGEM. Manual de
construção de obras de arte especiais.
Troncos/galhos presos à estrutura

65
Inspeções
 Verificações mínimas

A Fiscalização deverá efetuar as se-


guintes verificações, mínimas:

a) Inspeção preliminar;

Vegetação sobre os blocos de fundação b) Verificação dos equipamentos: bar-


co, ferramentas manuais;
Procedimento c) Dispositivos para recolhimento de
Depois de chuvas intensas, principal- detritos.
mente, devem ser removidos os detri-
tos e restos de vegetação depositados  Condições de conformidade e não
sobre a estrutura - pilares, travessas, conformidade
blocos de fundação e encontros.
Os serviços estarão conformes quan-
Deve ser feita a limpeza do leito do do atenderem às exigências desta Es-
rio, incluindo a retirada de detritos e pecificação Particular; em caso con-
material preso nas fundações e de trário, serão refeitos ou complemen-
troncos e galhos de árvores, retidos tados, de forma a atenderem ao pre-
normalmente a montante da ponte. visto nesta Especificação.

Devem ser utilizadas pequenas em-


barcações e ferramentas manuais pa- Critérios de Medição
ra a execução dos serviços.
Os serviços devem ser medidos con-
Manejo Ambiental forme indicado a seguir:

a) Limpeza de material retido em fun-


Deverão ser preservadas as condições dações submersas, blocos de funda-
ambientais, exigindo-se, dentre ou-
ção, travessas e pilares na calha do rio
tros, os seguintes procedimentos:
(obras de arte especiais): m³;
a) Durante o desenvolvimento dos b) Corte e remoção de árvores: m³.
trabalhos devem ser evitadas, ou mi-
nimizadas, aberturas de clareiras e pi-
cadas e o tráfego desnecessário de
equipamentos ou veículos por terre-
nos naturais, de modo a evitar sua
desfiguração;

b) Todo o material, proveniente da


limpeza do leito do rio ou excedente
de qualquer natureza, imediatamen-
te ou após a conclusão dos serviços,
deve ser removido para locais previa-
mente determinados.

66
ESPECIFICAÇÃO PARTICULAR - EP08/OAE
Roçada sob a OAE e no seu entorno
Prefácio d) ______. Manual de conservação ro-
doviária. 2ª. ed. Rio de Janeiro, 2005.
A presente Especificação foi prepara-
da para servir como documento base e) ______. Manual de Custos de Infra-
na definição da sistemática para ser estrutura de Transportes – Sistema de
empregada na execução dos serviços Custos Referenciais de Obras – SICRO.
de roçada sob a ponte e no seu entor- Brasília, 2017.
no.
f) DEPARTAMENTO NACIONAL DE
ESTRADAS DE RODAGEM. Manual de
Objetivo construção de obras de arte especiais.
Esta Especificação tem como objetivo 2. ed. Rio de Janeiro, 1995.
estabelecer os procedimentos a se-
g) _______. Manual de projeto de obras
rem seguidos na execução dos servi-
de arte especiais. Rio de Janeiro, 1996.
ços de roçada sob a ponte e no seu
entorno. h) MINISTÉRIO DO TRABALHO E EM-
PREGO – NR – 18, Norma Regulamen-
Referências tadora N° 18 Condições e Meio Ambi-
ente de Trabalho na Indústria da
a) ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE
Construção.
NORMAS TÉCNICAS. NBR 6118: Proje-
to de estruturas de concreto: Procedi-
mento. Rio de Janeiro, 2014. Definições
Nas áreas sob a obra de arte especial
b) ______. NBR 7187: Projeto de pontes
podem se desenvolver vegetação de
de concreto armado e de concreto
pequeno porte e até pequenas árvo-
protendido: Procedimento. Rio de Ja-
res. O mesmo pode ocorrer nos en-
neiro, 2003.
contros com taludes gramados, re-
c) DEPARTAMENTO NACIONAL DE vestidos com elementos pré-
INFRA-ESTRUTURA DE TRANSPOR- fabricados, com pedras arrumadas,
TES. Manual de inspeção de pontes gabiões, etc... Tudo isso favorece a ab-
rodoviárias. 2. ed. Rio de Janeiro, 2004. sorção de umidade pela estrutura,

Arbustos sob a ponte Capim sob a ponte e no seu entorno

67
com o aparecimento de manchas, a
ocorrência de fogo e, ainda dificulta o
Inspeções
acesso e as inspeções na sua parte in-  Verificações mínimas
ferior. Nas áreas laterais da ponte po-
de se desenvolver vegetação mais ro- A Fiscalização deverá efetuar as se-
busta, como árvores de maior porte. guintes verificações, mínimas:

Procedimento a) inspeção preliminar;

Deve ser efetuada a roçada da vege- b) verificação dos equipamentos: ro-


tação de menor porte; poda, corte e çadeiras, motosserras, trator de pneus
remoção de árvores, devendo se es- com roçadeira, depósitos;
tender, de preferência, até os limites
c) dispositivos para recolhimento de
da faixa de domínio.
detritos; 6.2 Condições de conformi-
No caso dos encontros, deve ser feita: dade e não-conformidade

 A remoção de ervas daninhas em Os serviços estarão conformes quan-


taludes gramados ou revestidos do atenderem às exigências desta Es-
com elementos pré-fabricados; pecificação Particular; em caso con-
trário, serão refeitos ou complemen-
 O arrancamento de vegetação nos tados, de forma a atenderem ao pre-
taludes em pedra arrumada ou em visto nesta Especificação.
gabiões.
Critérios de Medição
Manejo Ambiental Os serviços devem ser medidos con-
Deverão ser preservadas as condições forme indicado a seguir:
ambientais, exigindo-se, entre outros, a) Roçada com roçadeira costal: ha;
os seguintes procedimentos:
b) Roçada manual: ha;
a) durante o desenvolvimento dos tra-
balhos devem ser evitadas, ou mini- c) Roçada manual de capim colonião:
mizadas, aberturas de clareiras e pica- ha;
das e o tráfego desnecessário de
equipamentos ou veículos por terre- d) Roçada mecanizada: ha;
nos naturais, de modo a evitar sua
desfiguração; e) Poda de árvores com até 5 m de al-
tura: un;
b) todo o material excedente, imedia-
tamente ou após a conclusão dos ser- f) Poda de árvores com 5 a 7,5 m de
viços, deve ser removido para locais altura: un;
previamente determinados. g) Corte e remoção de árvores: m³;

h) Remoção e limpeza manual de


material retido em terra firma em
OAE’s – m³.

68
ESPECIFICAÇÃO PARTICULAR - EP09/OAE
Recomposição de Enrocamento
Prefácio f) ______. Manual de Custos de Infraes-
trutura de Transportes – Sistema de
A presente Especificação foi prepara- Custos Referenciais de Obras – SICRO.
da para servir como documento base Brasília, 2017.
na definição da sistemática para ser
empregada na execução dos serviços g) DEPARTAMENTO NACIONAL DE
de recomposição de taludes e de en- ESTRADAS DE RODAGEM. Manual de
rocamentos dos aterros de acesso de construção de obras de arte especiais.
obras de arte especiais. 2. ed. Rio de Janeiro, 1995.

h) _______. Manual de projeto de obras


Objetivo de arte especiais. Rio de Janeiro, 1996.
Esta Especificação tem como objetivo i) MINISTÉRIO DO TRABALHO E EM-
estabelecer os procedimentos a se- PREGO – NR – 18, Norma Regulamen-
rem seguidos na execução dos servi- tadora N° 18 Condições e Meio Ambi-
ços de recomposição de taludes e de ente de Trabalho na Indústria da
enrocamento dos aterros de acesso Construção.
de obras de arte especiais.
Definições
Referências
O enrocamento tem a função de pro-
a) ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE teger o talude e a base contra a ero-
NORMAS TÉCNICAS. NBR 6118: Proje- são e os efeitos do rebaixamento rápi-
to de estruturas de concreto: Procedi- do do lençol freático. Pode ocorrer de
mento. Rio de Janeiro, 2014. parte do enrocamento ser removido
pela correnteza e ocorrer o escorrega-
b) ______. NBR 7187: Projeto de pontes mento do solo e das pedras.
de concreto armado e de concreto
protendido: Procedimento. Rio de Ja-
neiro, 2003.
Procedimentos
Quando ocorrem escorregamentos
c) DEPARTAMENTO NACIONAL DE
de pequena dimensão de taludes,
INFRA-ESTRUTURA DE TRANSPOR-
erosão da superfície, remoção de ma-
TES. Manual de inspeção de pontes
terial pela correnteza ou que sejam
rodoviárias. 2. ed. Rio de Janeiro, 2004.
necessários pequenos trabalhos de
d) ______. Manual de conservação ro- movimentos de terra (<2m³) pode ser
doviária. 2ª. ed. Rio de Janeiro, 2005. executada a recomposição manual
do aterro, com a deposição de materi-
e) DEPARTAMENTO NACIONAL DE al selecionado em camadas e a com-
INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES pactação com soquete vibratório.
– DNIT. Manual de Custos de Infraes-
trutura de Transportes – Sistema de No caso em que sejam necessários
Custos Referenciais de Obras – SICRO, movimentos de terra em volumes
Brasília, 2017. maiores (>2m³), pode ser executada a

69
Enrocamento removido Escorregamento de solo e pedras

recomposição mecanizada de aterro.


Manejo Ambiental
A proteção dos taludes pode ser exe-
Deverão ser preservadas as condições
cutada com os seguintes serviços:
ambientais, exigindo-se, entre outros,
a) Enrocamento com pedra de mão: os seguintes procedimentos:
com espalhamento e compactação
a) durante o desenvolvimento dos tra-
mecânica; e de pedra arrumada ma-
balhos devem ser evitadas, ou mini-
nualmente.
mizadas, aberturas de clareiras e pica-
b) Contenção com mistura de materi- das e o tráfego desnecessário de
al natural e cimento, ensacada: - solo- equipamentos ou veículos por terre-
cimento ensacado; areia-cimento en- nos naturais, de modo a evitar sua
sacada. desfiguração;

b) todo o material excedente, imedia-


tamente ou após a conclusão dos ser-
viços, deve ser removido para locais
previamente determinados.

Inspeção
 Verificações mínimas

A Fiscalização deverá efetuar as se-


guintes verificações, mínimas:
Contenção com solo-cimento ensacado
a) Inspeção preliminar;
c) Gabião: caixa e colchão.
b) Verificação dos equipamentos:
compactador manual com soquete
vibratório, compactador, trator, cami-
nhão tanque, carregadeira, retroesca-
vadeira de pneus, depósitos;

c) Dispositivos para recolhimento de


Gabião caixa no encontro e gabião colchão no leito do rio detritos.

70
 Condições de conformidade e não aterro – material de jazida: m³;
conformidade c) Enrocamento de pedra arrumada
manualmente com pedra de mão co-
Os serviços estarão conformes quan- mercial: m³;
do atenderem às exigências desta Es-
pecificação Particular; em caso con- d) Enrocamento de pedra jogada
trário, serão refeitos ou complemen- com pedra de mão comercial: m³;
tados, de forma a atenderem ao pre-
visto nesta Especificação. e) Gabião colchão com pedra de mão
comercial: m²;

Critérios de Medição f) Gabião caixa com pedra de mão co-


mercial: m³;
Os serviços devem ser medidos con-
forme indicado a seguir: g) Contenção em areia-cimento ensa-
cada: m³;
a) Recomposição manual do aterro –
material de jazida: m³; h) Contenção em solo-cimento ensa-
cado: m³.
b) Recomposição mecanizada de

71
ESPECIFICAÇÃO PARTICULAR - EP10/OAE
Preparo e limpeza do substrato
Prefácio e) ______. Norma 080/2006 – ES – Pre-
paração de superfícies de concreto.
A presente Especificação foi prepara- Rio de Janeiro, 2006.
da para servir como documento base
f) ______. Norma 081/2006 – ES – Re-
na definição da sistemática a ser ob-
moções no concreto. Rio de Janeiro,
servada na execução de serviços de
2006.
preparação de superfícies de concre-
to, para a recuperação de obras de ar- g) ______. Norma 090/2006 – ES – Pa-
te especiais, por meio de apicoamen- tologias do concreto. Rio de Janeiro,
to manual ou mecanizado, jateamen- 2006.
to de ar e jateamento de água.
h) ______. Manual de Custos de Infra-
Objetivo estrutura de Transportes – Sistema de
Custos Referenciais de Obras – SICRO.
Esta Especificação tem como objetivo Brasília, 2017.
estabelecer os procedimentos a se-
rem seguidos na execução dos servi- i) DEPARTAMENTO NACIONAL DE
ços de preparação de superfícies de ESTRADAS DE RODAGEM. Manual de
concreto, para simples limpeza ou pa- construção de obras-de-arte especi-
ra aplicação de materiais de reparo ais. 2. ed. Rio de Janeiro, 1995.
em obras de arte especiais, por meio
de apicoamento manual ou mecani- j) _______. Manual de projeto de obras
zado, jateamento de ar e jateamento de arte especiais. Rio de Janeiro, 1996.
de água.
k) MINISTÉRIO DO TRABALHO E EM-
Referências PREGO – NR – 18, Norma Regulamen-
tadora N° 18 Condições e Meio Ambi-
a) ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ente de Trabalho na Indústria da
NORMAS TÉCNICAS. NBR 6118: Proje- Construção.
to de estruturas de concreto: Procedi-
l) SOUZA, Vicente Custódio Moreira
mento. Rio de Janeiro, 2014.
de; RIPPER, Thomaz. Patologia, recu-
b) ______. NBR 7187: Projeto de pontes peração e reforço de estruturas de
de concreto armado e de concreto concreto. São Paulo: PINI, 2001.
protendido: Procedimento. Rio de Ja-
neiro, 2003. Definições
c) DEPARTAMENTO NACIONAL DE A preparação de superfície é a aplica-
INFRAESTRUTURA DE TRANSPOR- ção de um processo para obtenção, a
TES. Manual de inspeção de pontes partir de um elemento estrutural que
rodoviárias. 2. ed. Rio de Janeiro, 2004. necessita de tratamento, de superfí-
cies onde o concreto seja são, limpo e
d) ______. Manual de conservação ro- adequadamente áspero para receber
doviária. 2ª. ed. Rio de Janeiro, 2005. camadas de pintura (nata de cimen-
to, caiação), de selantes ou de refor-
72
ços de concreto. Nos reparos superfi-  Jateamento de ar
ciais generalizados, efetuar a limpeza
com jateamento d’água sobre pres- O jateamento de ar não causa danos
são, complementando com outros às estruturas e somente deve ser utili-
métodos, caso necessário, obtendo-se zado para expulsão de resíduos natu-
uma superfície adequada para rece- rais ou resultantes de outras prepara-
ber concreto projetado. ções de superfície.
No caso de remendos profundos e lo-  Jateamento de água
calizados, com a ferragem exposta e
oxidada, a remoção do concreto dete- O jateamento de água, dependendo
riorado deverá ir além das armaduras, da pressão com que a água é lançada,
pelo menos 2 cm ou o diâmetro das pode ser utilizado como simples pre-
barras, considerando a situação mais paração de limpeza ou como proces-
desfavorável, utilizando jateamento so de remoção de concreto.
d’água sob muito alta pressão. Com
esse procedimento obtém-se uma Jateamento de água com baixa pres-
superfície texturada e também, uma são
limpeza completa das armaduras oxi-
dadas. a) utilizado a pressões baixas, inferio-
res a 35 MPa ou 5.000 psi, é indicado
Condições Específicas para remover detritos ou materiais
soltos e que se esfacelam facilmente;
Métodos de preparo de superfícies de
concreto indicados: b) para os trabalhos de limpeza, as
pressões entre 10 e 25 MPa, são ade-
 Apicoamento quadas para não danificar as superfí-
cies.
O apicoamento manual é adequado
para áreas pequenas e locais de difícil Jateamento de água com alta ou mui-
acesso para os equipamentos maio- to alta pressão
res; o apicoamento mecanizado é in-
a) o jateamento de água com pres-
dicado para áreas maiores, onde de-
sões entre 40 MPa e 250 MPa é indi-
verão ser utilizadas ferramentas elétri-
cado para remoção de concreto dete-
cas ou pneumáticas.
riorado, com desprendimentos, con-
taminado por cloretos, por sulfatos,
Apicoamento mecanizado carbonatado, incrustações de detritos
e algumas pinturas protetoras;

b) o jateamento de água com pres-


sões muito altas é adequado para re-
moção de concreto são, quando é ne-
cessário espaço para determinados
processos de intervenção, como re-
composição de armaduras e reparos
nas seções de concreto;
Apicoamento manual
c) o processo promove a remoção do

73
concreto em volta das barras de aço,
bem como a camada oxidada, elimi-
nando o serviço adicional de jatea-
mento de areia, deixando as barras in-
tactas, limpas e livres da possível con-
centração de cloretos;

d) os agregados ficam expostos, lava-


dos e intactos e a pasta (cimento e
areia), parte do concreto que oferece
menor resistência, fica com a superfí-
cie rugosa, mas sem os danos na su-
perfície como os causados habitual- Hidrodemolição c/ equipamento manual
mente por métodos de elevado im-
pacto (martelos, marteletes, marre-
tas...), em condições ideais para rece-
ber a camada de reparo.

Manejo Ambiental
Na preparação de superfícies, as con-
dições ambientais deverão ser preser-
vadas, exigindo-se, dentre outros, os
seguintes procedimentos:

a) se necessária a construção de pla- Hidrodemolição automatizada


taformas de trabalho, devem ser evi-
tadas, ou minimizadas, aberturas de
após a conclusão dos serviços, deve
clareiras e picadas e o tráfego desne-
ser removido para locais apropriados,
cessário de equipamentos ou veículos
definido pela fiscalização.
por terrenos naturais, de modo a evi-
tar sua desfiguração;

b) o jateamento de ar provoca poeiras


e detritos que devem ser coletados;

c) os jateamentos d’água produzem


barulho reduzido com ausência de
poeira;

d) os jateamentos d’água produzem


águas misturadas com sujeiras e de-
tritos que devem ser conduzidas para
locais adequados, definidos pela fis-
calização;

e) todo o material, proveniente dos


tratamentos ou excedente de qual- Hidrodemolição com equipamento manual – na parte inferior da figura, à
esquerda amostra de corte do concreto com rompedores pneumáticos; à
quer natureza, imediatamente ou direita com hidrodemolição

74
Inspeção Critérios de Medição
 Verificações mínimas Os serviços devem ser medidos con-
forme indicado a seguir:
A Fiscalização deverá efetuar as se-
guintes verificações, mínimas: a) Plataformas de trabalho suspensas:
por m2 de área construída;
a) inspeção preliminar;
b) Plataformas de trabalho apoiadas
b) construção de plataformas de tra- no solo: por m³ construído;
balho (quando necessário);
c) Apicoamento: por m² de área trata-
c) verificação de equipamentos: com- da;
pressores, bombas, mangueiras, bi-
cos, depósitos; d) Jateamento de água com baixa
pressão: por m² de área tratada;
d) flexibilidade e segurança das plata-
formas e estruturas de suporte; e) Remoção de concreto com jatea-
mento de água sob muito alta pres-
e) dispositivos para recolhimento de são: m³.
detritos.

 Condições de conformidade e não


conformidade
Os serviços estarão conformes quan-
do atenderem às exigências desta Es-
pecificação Particular; em caso con-
trário, serão refeitos ou complemen-
tados, de forma a atenderem ao pre-
visto nesta Especificação.

75
ESPECIFICAÇÃO PARTICULAR - EP11/OAE
Tratamento de trincas e fissuras
Prefácio trutura de Transportes – Sistema de
Custos Referenciais de Obras – SICRO.
A presente Especificação foi prepara- Brasília, 2017.
da para servir como documento base
na definição da sistemática a ser ob- g) DEPARTAMENTO NACIONAL DE
servada na execução dos serviços de ESTRADAS DE RODAGEM. Manual de
tratamento de trincas e fissuras nas construção de obras-de-arte especi-
estruturas de concreto de obras de ais. 2. ed. Rio de Janeiro, 1995.
arte especiais, visando reconstituir a h) _______. Manual de projeto de obras
integridade das peças danificadas e de arte especiais. Rio de Janeiro, 1996.
proteger as armaduras.
i) MINISTÉRIO DO TRABALHO E EM-
Objetivo PREGO – NR – 18, Norma Regulamen-
tadora N° 18 Condições e Meio Ambi-
Esta Especificação tem como objetivo ente de Trabalho na Indústria da
estabelecer os procedimentos a se- Construção.
rem seguidos na execução dos servi-
ços de tratamento de trincas e fissu- j) SOUZA, Vicente Custódio Morei-
ras em elementos de concreto de ra de; RIPPER, Thomaz. Patologia, re-
obras de arte especiais. cuperação e reforço de estruturas de
concreto. São Paulo: PINI, 2001.
Referências
Definições
a) ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE
NORMAS TÉCNICAS. NBR 6118: Proje- A fissuração em elementos estrutu-
to de estruturas de concreto: Procedi- rais de concreto armado é inevitável,
mento. Rio de Janeiro, 2014. devido à grande variabilidade e à bai-
xa resistência do concreto à tração;
b) ______. NBR 7187: Projeto de pontes mesmo sob as ações de serviço
de concreto armado e de concreto (utilização), valores críticos de tensões
protendido: Procedimento. Rio de Ja- de tração são atingidos. Visando obter
neiro, 2003. bom desempenho relacionado à pro-
teção das armaduras quanto à corro-
c) DEPARTAMENTO NACIONAL DE
são e à aceitabilidade sensorial dos
INFRAESTRUTURA DE TRANSPOR-
usuários, busca-se controlar a abertu-
TES. Manual de inspeção de pontes
ra dessas fissuras.
rodoviárias. 2. ed. Rio de Janeiro, 2004.
Nas estruturas com armaduras ativas
d) ______. Manual de conservação ro-
(concreto protendido), existe tam-
doviária. 2. ed. Rio de Janeiro, 2005. e)
bém, com menor probabilidade, a
______. Norma 083/2006 – ES – Trata-
possibilidade de aparecimento de fis-
mento de trincas e fissuras. Rio de Ja-
suras. Nesse caso as fissuras podem
neiro, 2006.
ser mais nocivas, pois existe a possibi-
f) ______. Manual de Custos de Infraes- lidade de corrosão sobtensão das ar-

76
maduras.

De maneira geral, a presença de fis-


suras com aberturas que respeitem
os limites dados em 13.4.2, em estru-
turas bem projetadas, construídas e
submetidas às cargas previstas na
normalização, não implicam em per-
da de durabilidade ou perda de segu-
rança quanto aos estados-limites últi-
mos. (ABNT NBR 6118:2014).

O adequado tratamento das trincas e


fissuras depende, inicialmente, de
uma correta classificação em trincas
ativas ou passivas e do conhecimento
de suas causas. Em ambos os casos, o
objetivo do tratamento é criar uma
barreira ao transporte nocivo de
agentes agressivos para dentro das
trincas e fissuras, impedindo a conta-
minação do concreto e das armadu-
ras.

 Trincas e Fissuras ativas Trincas e fissuras

As causas das trincas e fissuras ativas rais afetados. A injeção com adesivo
em obras de arte, em princípio, de- estrutural de base epóxi de baixa vis-
vem ser eliminadas através de obras cosidade é uma solução adequada.
de reforço estrutural do elemento afe-
tado. Essas obras devem ser objeto de Procedimentos
projeto específico. Poderão ser utilizados andaimes ou
Se a causa não for eliminada, as trin- plataformas de trabalho para a aces-
cas e fissuras ativas devem ser trata- sar as áreas na parte inferior do tabu-
das como junta móvel. O tratamento leiro, caso necessário.
adequado é a vedação com selante O tratamento de trincas e fissuras se-
elástico e, se necessário, o preenchi- gue normalmente as seguintes eta-
mento com material elástico e não re- pas:
sistente. Desse modo, é criada uma
barreira à penetração de agentes  Limpeza da superfície do concreto
agressivos, que impede a degradação na região da fissura com escova de
do concreto. aço e/ou com jato d’água sob pres-
são;
 Trincas e Fissuras passivas
 Executar furos a seco em ambos
A injeção de trincas e fissuras passivas lados das fissuras ou trincas, alter-
tem como finalidade restabelecer o nadamente ao longo de toda a sua
monolitismo dos elementos estrutu- extensão, com ângulo de 45° em

77
direção às fissuras ou trincas e es-  A pressão de injeção deve ser deve
paçados de 5,0 a 25,0 cm; ser adequada à espessura a ser in-
jetada;
 Efetuar a limpeza das trincas e fis-
suras - e dos furos, com jato d’água  Após 24 horas, retirar os tubos e o
sob pressão seguida de secagem material de selagem e dar acaba-
com jato de ar; mento superficial.

 Fixar os tubos ou bicos para inje-


ção nos furos, que podem ser: tu-
Manejo Ambiental
bos plásticos fixados com resina No tratamento de trincas e fissuras,
epóxi de alta viscosidade as condições ambientais deverão ser
(tixotrópica); ou bicos mecânicos preservadas, exigindo-se, dentre ou-
que deverão ser apertados nos fu- tros, os seguintes procedimentos:
ros.
a) se necessária a construção de pla-
 Deve-se colmatar a trinca ou fissu- taformas de trabalho, devem ser evi-
ra em toda a sua extensão com re- tadas, ou minimizadas, aberturas de
sina epóxi de alta viscosidade clareiras e picadas e o tráfego desne-
(tixotrópica), em geral aplicada cessário de equipamentos ou veículos
com espátula ou colher de pedrei- por terrenos naturais, de modo a evi-
ro; tar sua desfiguração;

 Antes de se iniciar a injeção, deve b) a abertura de furos no concreto


ser verificada a intercomunicação provoca poeiras e detritos que devem
entre os tubos com a aplicação de ser confinados e coletados.
ar comprimido;
c) todo o material excedente, imedia-
 Deve ser observado o tempo míni- tamente ou após a conclusão dos ser-
mo de 8 horas da colmatação das viços, deve ser removido para locais
fissuras e fixação dos tubos com previamente determinados.
resina epóxi tixotrópica para a apli-
cação de material de injeção, a sa- Inspeção
ber: resina epóxi de baixa viscosi-
dade nas fissuras passivas
 Verificações mínimas
(monolitismo); e selante elástico a
base de poliuretano nas fissuras A Fiscalização deverá efetuar as se-
ativas (impermeabilização). guintes verificações, mínimas:

 A injeção deve ser feita tubo a tu- a) inspeção preliminar;


bo, escolhendo-se normalmente b) verificação de equipamentos: com-
como primeiros pontos aqueles si- pressores, bombas, mangueiras, bicos
tuados em cotas mais baixas; e depósitos;
quando o material de injeção esco-
ar para fora do segundo bico, o pri- c) flexibilidade e segurança das plata-
meiro bico será tamponado e a in- formas e estruturas de suporte;
jeção continuará no segundo;
d) dispositivos para recolhimento de
 O procedimento deve ser repetido detritos.
bico a bico;
78
 Condições de conformidade e não
conformidade
Os serviços estarão conformes quan-
do atenderem às exigências desta Es-
pecificação Particular; em caso con-
trário, serão refeitos ou complemen-
tados, de forma a atenderem ao pre-
visto nesta Especificação.

Critérios de Medição
Aplicação de bicos de perfuração em
Os serviços devem ser medidos con- fissuras passantes com juntas fungen-
forme indicado a seguir: band.
a) plataformas de trabalho suspensas:
por m2 de área construída;

b) plataformas apoiadas no solo: por


m3 construído;

c) limpeza em superfície de concreto


com escova de aço: m²;

d) limpeza em superfície de concreto


com jateamento d’água: m²;

e) limpeza das trincas e fissuras: por


metro de trinca ou fissura;

f) injeção de fissuras em estruturas de


Aplicação de bicos de perfuração em
concreto com adesivo estrutural de
trincas e fissuras passantes.
base epóxi de baixa viscosidade: por
kg de material;

g) limpeza da superfície tratada: por


m².

Aplicação de bicos de adesão para re- Aplicação de bicos de perfuração para


paro estrutural. reparo estrutural.

79
ESPECIFICAÇÃO PARTICULAR - EP12/OAE
Concreto projetado – execução e aca-
bamento
Prefácio f) ______. Norma 087/2006 – ES – Exe-
cução e acabamento do concreto
A presente Especificação foi prepara- projetado. Rio de Janeiro, 2006.
da para servir como documento base
na definição da sistemática a ser ob- g) ______. Manual de Custos de Infra-
servada na execução e acabamento estrutura de Transportes – Sistema de
de concreto projetado para a recupe- Custos Referenciais de Obras – SICRO.
ração de obras de arte especiais. Brasília, 2017.

h) DEPARTAMENTO NACIONAL DE
Objetivo ESTRADAS DE RODAGEM. Manual de
construção de obras-de-arte especi-
Esta Especificação tem como objetivo ais. 2ª. ed. Rio de Janeiro, 1995.
estabelecer os procedimentos a se-
rem seguidos nos serviços de recupe- i) _______. Manual de projeto de obras
ração de obras de arte especiais onde de arte especiais. Rio de Janeiro, 1996.
se faz necessária a aplicação de con-
creto projetado, com ou sem acaba- j) MINISTÉRIO DO TRABALHO E EM-
mento. PREGO – NR – 18, Norma Regulamen-
tadora N° 18 Condições e Meio Ambi-
Referências ente de Trabalho na Industria da
Construção.
a) ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE
NORMAS TÉCNICAS. NBR 6118: Proje- k) NEW YORK STATE DEPARTAMENT
to de estruturas de concreto: Procedi- OF TRANSPORTATION – NYSDOT.
mento. Rio de Janeiro, 2014. Fundamental of Bridge Maintenance
and Inspection. 2008.
b) ______. NBR 7187: Projeto de pontes
de concreto armado e de concreto l) SOUZA, Vicente Custódio Moreira
protendido: Procedimento. Rio de Ja- de; RIPPER, Thomaz. Patologia, recu-
neiro, 2003. peração e reforço de estruturas de
concreto. São Paulo: PINI, 2001.
c) _______. NBR 14026: concreto proje-
tado: Especificação. Rio de Janeiro,
2012.
Definições
Concreto Projetado
d) DEPARTAMENTO NACIONAL DE
INFRAESTRUTURA DE TRANSPOR- Concretos que utilizam agregados
TES. Manual de inspeção de pontes graúdos com dimensão máxima ca-
rodoviárias. 2ª. ed. Rio de Janeiro, racterística igual a 9,5mm, transporta-
2004. do através de uma tubulação e proje-
tado sob pressão sobre uma superfí-
e) ______. Manual de conservação ro-
cie, com compactação simultânea.
doviária. 2ª. ed. Rio de Janeiro, 2005.
80
Concreto projetado Regularização do material projetado

Argamassa Projetada d) melhor aderência a um substrato


adequadamente preparado;
Argamassas que utilizam agregados
com dimensão máxima característica e) aplicação rápida e econômica de
inferior a 9,5mm, transportada através grandes volumes;
de uma tubulação e projetada sob f) redução ou eliminação do custo de
pressão sobre uma superfície, com formas;
compactação simultânea.
g) facilidade de acesso a áreas restri-
Processo por via seca tas.
Processo no qual os agregados so-
mente podem se apresentar úmidos
Condições Específicas
e a maior parte da água é adicionada Materiais, Requisitos de Projeto, Re-
no mangote ou no bico de projeção. É quisitos de execução, Controle de
o processo mais utilizado no Brasil. qualidade
Processo por via úmida Verificar NBR 14026/2012.

Processo no qual todos os ingredien- Diretrizes complementares


tes, incluindo a água, são misturados
antes de serem introduzidos no equi- a) em geral, o concreto projetado por
pamento de projeção. via seca é o mais adequado para re-
cuperação de concreto em pontes;
Condições Gerais b) o cimento Portland comum, que
O concreto projetado apresenta van- obedece às especificações-padrão, é
tagens que o tornam adequado para adequado para o concreto projetado;
a recuperação de pontes:
c) a areia, que obedece às especifica-
a) baixa relação água/cimento; ções-padrão, deve ter uma granulo-
metria contínua, porém não muito
b) alta resistência e rápido ganho de fina, para não aumentar o slump, e
resistência; nem muito grossa, para não aumen-
tar a reflexão;
c) alta resistência e baixa permeabili-
dade; d) a relação água-cimento deve vari-
81
ar entre 0,35 e 0,50, e o concreto a c) o recebimento e a preparação dos
projetar deve ser úmido bastante pa- materiais;
ra reduzir a reflexão.
d) verificação da calibragem e do es-
Manejo Ambiental tado dos equipamentos; e) a experi-
ência e a suficiência da equipe;
Na aplicação de concreto projeto na
recuperação de obras de arte especi- f) dispositivos para recolhimento de
ais, as condições ambientais deverão detritos; g) controle da qualidade do
ser preservadas, exigindo-se, dentre produto final;
outros, os seguintes procedimentos:
h) supervisão de todo o processo por
a) se necessária a construção de pla- engenheiro experiente.
taformas de trabalho, devem ser evi-
tadas, ou minimizadas, aberturas de
 Condições de conformidade e não
clareiras e picadas e o tráfego desne- conformidade
cessário de equipamentos ou veículos
Os serviços estarão conformes quan-
por terrenos naturais, de modo a evi-
do atenderem às exigências desta Es-
tar sua desfiguração;
pecificação Particular; em caso con-
b) a preparação das superfícies com trário, serão refeitos ou complemen-
apicoamentos, jateamentos de água tados, de forma a atenderem ao pre-
e de ar, provoca poeiras e detritos que visto nesta Especificação.
devem ser confinados e coletados;
Critérios de Medição
c) equipamentos e instalações devem
ser colocados a uma distância segura a) Plataformas suspensas: por m²;
das poeiras e detritos gerados;
b) Plataformas apoiadas no terreno:
d) a aplicação do concreto projetado por m³ construído;
é, por si só, um processo gerador de
c) Apicoamento: por m² de área;
ruídos, poeiras e sobras de material
não aproveitado em virtude da refle- d) Jateamento de ar: por m² de área
xão; tratada;
e) todo o material excedente, imedia- e) Jateamento de água com baixa
tamente ou após a conclusão dos ser- pressão: por m² de área tratada;
viços, deve ser removido para locais
previamente determinados. f) Remoção de concreto com jatea-
mento de água sob muito alta pres-
Inspeção são: m3;
 Verificações mínimas g) Armadura complementar: por kg
A Fiscalização deverá efetuar as se- de aço;
guintes verificações, mínimas:
h) concreto projetado: por m³ de con-
a) inspeção preliminar; creto aplicado;

b) construção de plataformas de tra- i) regularização de superfície de con-


balho (quando necessário); creto projetado: por m² de superfície.

82
ESPECIFICAÇÃO PARTICULAR - EP13/OAE
Recomposição de dispositivos de dre-
nagem em Obras de Arte Especiais
f) ______. Manual de Custos de Infraes-
Prefácio trutura de Transportes – Sistema de
A presente Especificação foi prepara- Custos Referenciais de Obras – SICRO.
da para servir como documento base Brasília, 2017.
na definição da sistemática a ser em-
g) DEPARTAMENTO NACIONAL DE
pregada na execução dos serviços de
ESTRADAS DE RODAGEM. Manual de
recomposição de dispositivos de dre-
construção de obras de arte especiais.
nagem (drenos) do tabuleiro e das
2. ed. Rio de Janeiro, 1995.
partes internas das estruturas de
obras de arte especiais. h) _______. Manual de projeto de obras
de arte especiais. Rio de Janeiro, 1996.
Objetivo
i) MINISTÉRIO DO TRABALHO E EM-
Esta Especificação tem como objetivo PREGO – NR – 18, Norma Regulamen-
estabelecer os procedimentos a se- tadora N° 18 Condições e Meio Ambi-
rem seguidos na execução dos servi- ente de Trabalho na Industria da
ços de recomposição de dispositivos Construção.
de drenagem (drenos) do tabuleiro e
das partes internas das estruturas de
obras de arte especiais.
Definições
Neste documento, entende-se por
Referências dispositivos de drenagem em obras
de arte especiais, os elementos de
a) ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE captação d’água no tabuleiro e em
NORMAS TÉCNICAS. NBR 6118: Proje- partes internas da estrutura, sempre
to de estruturas de concreto: Procedi- que houver possibilidade de alaga-
mento. Rio de Janeiro, 2014. mento da pista. Recebem também a
b) ______. NBR 7187: Projeto de pontes denominação de drenos ou, ainda, de
de concreto armado e de concreto buzinotes.
protendido: Procedimento. Rio de Ja-
neiro, 2003.

c) DEPARTAMENTO NACIONAL DE
INFRA-ESTRUTURA DE TRANSPOR-
TES. Manual de inspeção de pontes
rodoviárias. 2. ed. Rio de Janeiro, 2004.

d) ______. Manual de conservação ro-


doviária. 2ª. ed. Rio de Janeiro, 2005. e)
______. Norma 086/2006 – ES – Recu-
peração do sistema de drenagem. Rio
de Janeiro, 2006. Drenos inadequados

83
A inexistência ou a insuficiência dos Na drenagem das vigas caixão ou de
dispositivos de captação de água po- áreas onde possa haver acúmulo de
de comprometer o escoamento da água, o Manual de Projetos de OAEs,
água do tabuleiro, provocando alaga- recomenda a adoção de drenos com
mento e colocando em risco o usuá- diâmetro mínimo de 75 mm, nos
rio da via. A deficiência ou o mau po- pontos de cada bacia de captação.
sicionamento dos drenos existentes Em todos os casos deverão ser utiliza-
permitem que a água escoe pela su- dos tubos de aço galvanizado.
perfície do concreto, propiciando a
formação de manchas. O mesmo se Poderão ser utilizados andaimes ou
aplica às vigas caixão, que devem plataformas de trabalho para acessar
possuir drenos para o escoamento da as áreas na parte inferior do tabuleiro,
água que se infiltra no seu interior. caso necessário.
O acúmulo de água nas partes inter-
nas da estrutura favorece a absorção Manejo Ambiental
da umidade e a corrosão das armadu- Na execução dos serviços, as condi-
ras, além da formação de limo e sujei- ções ambientais deverão ser preser-
ra. vadas, exigindo-se, dentre outros, os
seguintes procedimentos:

a) Se necessária a construção de pla-


taformas de trabalho, devem ser evi-
tadas, ou minimizadas, aberturas de
clareiras e picadas e o tráfego desne-
cessário de equipamentos ou veículos
por terrenos naturais, de modo a evi-
tar sua desfiguração;

b) a abertura ou retificação de furos


no concreto provoca poeiras e detri-
Dreno de diâmetro insuficiente tos que devem ser confinados e cole-
tados.
Procedimento c) o jateamento d’água produz água
No caso de inexistência deverá ser fei- misturada com sujeiras e detritos,
ta a instalação de novos drenos e no que deve ser captada e conduzida
caso de insuficiência, a recomposição para locais apropriados definidos pela
dos existentes. O seu dimensiona- fiscalização;
mento deve ser feito em função da
área de captação. No caso do tabulei- d) todo o material excedente, imedia-
ro, de acordo com o Manual de Proje- tamente ou após a conclusão dos ser-
to de OAEs: “Em geral, diâmetros de viços, deve ser removido para locais
100 mm, espaçados de 4,0 m, forne- previamente determinados.
cem soluções bastantes conservado-
ras”. Os tubos com pontas em bisel,
devem ficar salientes da estrutura de
10 a 15 cm.

84
pecificação Particular; em caso con-
Inspeção trário, serão refeitos ou complemen-
 Verificações mínimas tados, de forma a atenderem ao pre-
visto nesta Especificação.
A Fiscalização deverá efetuar as se-
guintes verificações, mínimas:
Critérios de Medição
a) Inspeção preliminar; Os serviços devem ser medidos con-
b) Construção de plataformas de tra- forme indicado a seguir:
balho (quando necessário); a) plataformas suspensas: por m2 de
c) Verificação dos equipamentos: área construída;
compressores, mangueiras, bicos, de- b) plataformas apoiadas no terreno:
pósitos; por m3 construído;
d) Flexibilidade e segurança das pla- c) recomposição de dreno em tubo
taformas e estruturas de suporte; de aço galvanizado D= 100 mm e L =
e) Dispositivos para recolhimento de 50 cm em OAE – fornecimento e ins-
detritos. talação – un;

d) recomposição de dreno em tubo


 Condições de conformidade e não
de aço galvanizado D= 80 mm e L =
conformidade 50 cm em OAE – fornecimento e ins-
talação – un.
Os serviços estarão conformes quan-
do atenderem às exigências desta Es-

85
ESPECIFICAÇÃO PARTICULAR - EP14/OAE
Execução de pingadeiras por colagem
de perfis de elastômero
d) ______. Norma 089/2006 – ES – Exe-
Prefácio cução de pingadeiras. Rio de Janeiro,
A presente Especificação foi prepara- 2006.
da para servir como documento base
e) ______. Manual de conservação ro-
na definição da sistemática para ser
doviária. 2ª. ed. Rio de Janeiro, 2005.
empregada na execução de pingadei-
ra de elastômero perfil 40 x 40 mm, f) ______. Manual de Custos de Infraes-
com aba inclinada e fixada com ade- trutura de Transportes – Sistema de
sivo estrutural, em obras de arte espe- Custos Referenciais de Obras – SICRO.
ciais. Brasília, 2017.

Objetivo g) DEPARTAMENTO NACIONAL DE


ESTRADAS DE RODAGEM. Manual de
Esta Especificação tem como objetivo construção de obras de arte especiais.
estabelecer os procedimentos a se- 2. ed. Rio de Janeiro, 1995.
rem seguidos nos serviços de manu-
tenção corretiva de pontes que não h) _______. Manual de projeto de obras
possuam pingadeiras ou onde elas de arte especiais. Rio de Janeiro, 1996.
não funcionam adequadamente; as
pingadeiras serão constituídas por i) MINISTÉRIO DO TRABALHO E EM-
perfil de elastômero 40 x 40 mm com PREGO – NR – 18, Norma Regulamen-
aba inclinada e fixada com adesivo tadora N° 18 Condições e Meio Ambi-
estrutural nas extremidades laterais ente de Trabalho na Industria da
das obras de arte especiais. Construção.

Referências Definições
O Manual de Inspeção de Pontes Ro-
a) ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE doviárias do DNIT apresenta a evolu-
NORMAS TÉCNICAS. NBR 6118: Proje- ção das pontes rodoviárias na malha
to de estruturas de concreto: Procedi- federal. Por meio desse histórico é
mento. Rio de Janeiro, 2014. possível identificar a época em que a
OAE foi construída em função das su-
b) ______. NBR 7187: Projeto de pontes
as características. De acordo com o
de concreto armado e de concreto
referido manual, somente a partir de
protendido: Procedimento. Rio de Ja-
1975 foram utilizadas barreiras tipo
neiro, 2003.
New Jersey com pingadeiras.
c) DEPARTAMENTO NACIONAL DE
As pingadeiras evitam que a água es-
INFRA-ESTRUTURA DE TRANSPOR-
coe pela superfície do concreto, im-
TES. Manual de inspeção de pontes
pedindo assim a ocorrência de man-
rodoviárias. 2a. ed. Rio de Janeiro,
chas. Além da questão estética, as
2004.

86
manchas escuras podem provocar a fissuras ou irregularidades a fim de
redução do pH, desagregação do con- que garantir a estanqueidade da pin-
creto superficial e a consequente cor- gadeira. As superfícies deverão ser
rosão das armaduras. Outro fator a ser limpas e preparadas com jateamento
considerado é o carreamento de ma- d’água. Caso necessário, usar jatea-
teriais solúveis do concreto, também mento d’água com muito alta pres-
conhecido como lixiviação, que deixa são para remover o concreto deterio-
o concreto mais poroso e mais sus- rado e a ferrugem das armaduras ex-
ceptível ao acesso de agentes agressi- postas.
vos. O escoamento da água para a
parte inferior da estrutura pode com- Deve ser aplicado concreto projetado
prometer a durabilidade da OAE. em grandes áreas e argamassa estru-
tural em pequenas áreas, observando
a espessura de cobrimento prevista
na NBR 6118.

Deverão ser utili-


zadas platafor-
mas de trabalho
para a acessar as
áreas inferiores
do tabuleiro, caso
necessário.

Manejo Ambiental
Dreno de diâmetro insuficiente
Na instalação de pingadeiras de perfil
elastomérico, as condições ambien-
tais deverão ser preservadas, exigindo
-se, dentre outros, os seguintes proce-
dimentos:

a) Se necessária a construção de pla-


taformas de trabalho, devem ser evi-
tadas, ou minimizadas, aberturas de
clareiras e picadas e o tráfego desne-
cessário de equipamentos ou veículos
por terrenos naturais, de modo a evi-
tar sua desfiguração;
Armadura exposta e oxidada

b) A preparação das superfícies como


Procedimento apicoamento, jateamento de água e
jateamento de ar, provoca poeiras e
Pode ser utilizada a pingadeira de
detritos que devem ser confinados e
elastômero perfil 40 x 40 mm com
coletados;
aba inclinada e fixada com adesivo
estrutural e pinos. c) Todo o material excedente, imedia-
tamente ou após a conclusão dos ser-
Para a perfeita aplicação do perfil, as
viços, deve ser removido para locais
superfícies devem estar limpas e sem
87
previamente determinados.  Condições de conformidade e não
conformidade
Inspeção
Os serviços estarão conformes quan-
 Verificações mínimas do atenderem às exigências desta Es-
A Fiscalização deverá efetuar as se- pecificação Particular; em caso con-
guintes verificações, mínimas: trário, serão refeitos ou complemen-
tados, de forma a atenderem ao pre-
a) Inspeção preliminar; visto nesta Especificação.

b) Construção de plataformas de Critérios de Medição


acesso (quando necessário);
Os serviços devem ser medidos con-
c) Verificação dos equipamentos: forme indicado a seguir:
compressores, bombas, mangueiras,
bicos, bicos, depósitos; a) Plataformas de trabalho suspensas:
por m² de área construída;
d) Flexibilidade e segurança das pla-
taformas e estruturas de suporte; b) Plataformas de trabalho apoiadas
no solo: por m³ construído;
e) Dispositivos para recolhimento de
detritos. c) Apicoamento: por m² de área trata-
da;

d) Jateamento de ar: por m² de área;

e) Jateamento de água com baixa


pressão: por m² de área tratada;

f) Remoção de concreto com jatea-


mento de água sob muito alta pres-
são: m³;

g) Argamassa estrutural: m³;

h) Concreto projetado e acabamento:


m³;

88
ESPECIFICAÇÃO PARTICULAR - EP15/OAE
Recuperação/substituição de juntas de
dilatação
g) DEPARTAMENTO NACIONAL DE
Prefácio ESTRADAS DE RODAGEM. Manual de
A presente Especificação foi prepara- construção de obras-de-arte especi-
da para servir como documento base ais. 2. ed. Rio de Janeiro, 1995.
na definição da sistemática a ser em-
h) _______. Manual de projeto de obras
pregada na recuperação/substituição
de arte especiais. Rio de Janeiro, 1996.
de juntas de dilatação em obras de
arte especiais. i) MINISTÉRIO DO TRABALHO E EM-
PREGO – NR – 18, Norma Regulamen-
Objetivo tadora N° 18 Condições e Meio Ambi-
Esta Especificação tem como objetivo ente de Trabalho na Industria da
estabelecer os procedimentos a se- Construção.
rem seguidos nos serviços de manu-
tenção corretiva das juntas de dilata- Definições
ção em obras de arte especiais.
Neste documento, entende-se por
Referências junta de dilatação a separação física
entre duas partes de uma estrutura,
a) ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE para que estas partes possam se mo-
NORMAS TÉCNICAS. NBR 6118: Proje- vimentar sem transmissão de esforço
to de estruturas de concreto: Procedi- entre elas.
mento. Rio de Janeiro, 2014.
A presença de material rígido, de ve-
b) ______. NBR 7187: Projeto de pontes getação ou de material de preenchi-
de concreto armado e de concreto mento que tenha perdido a sua elas-
protendido: Procedimento. Rio de Ja- ticidade produz tensões indesejáveis
neiro, 2003. na estrutura. Muitas vezes, os berços
se apresentam quebrados e os lábios
c) DEPARTAMENTO NACIONAL DE poliméricos trincados.
INFRA-ESTRUTURA DE TRANSPOR-
TES. Manual de inspeção de pontes
rodoviárias. 2. ed. Rio de Janeiro, 2004.

d) ______. Norma 092/2006 – ES – Jun-


tas de dilatação. Rio de Janeiro, 2006.

e) ______. Manual de conservação ro-


doviária. 2ª. ed. Rio de Janeiro, 2005.

f) ______. Manual de Custos de Infraes-


trutura de Transportes – Sistema de
Custos Referenciais de Obras – SICRO.
Brasília, 2017. Elastômero danificado

89
 Construção ou recomposição dos
berços dos berços em concreto ar-
mado (concreto com fck=40 MPa);

 Instalação de lábios poliméricos


conforme as especificações dos fa-
bricantes;

 Instalação do perfil extrudado de


borracha vulcanizada na junta de
dilatação (Jeene ou similar).

Manejo Ambiental
Na recuperação/substituição de jun-
Junta obstruída tas de dilatação em obras de arte es-
peciais, as condições ambientais de-
verão ser preservadas, exigindo-se,
dentre outros, os seguintes procedi-
mentos:

a) se necessária a construção de pla-


taformas de trabalho, devem ser evi-
tadas, ou minimizadas, aberturas de
clareiras e picadas e o tráfego desne-
cessário de equipamentos ou veículos
por terrenos naturais, de modo a evi-
tar sua desfiguração;
Berços e lábios poliméricos danificados
b) a preparação das superfícies com
Procedimento apicoamentos e jateamentos de ar,
provoca poeiras e detritos que devem
Com o objetivo de se evitarem os pro- ser confinados e coletados; c) todo o
blemas relacionados no parágrafo an- material excedente, imediatamente
terior, as juntas são preenchidas com ou após a conclusão dos serviços, de-
materiais que impedem a passagem ve ser removido para locais previa-
de líquidos e detritos. Os materiais de mente determinados.
vedação mais utilizados são comu-
mente denominados de perfis elasto- Inspeção
méricos.
 Verificações mínimas
Serviços normalmente utilizados para
a correção: A Fiscalização deverá efetuar as se-
guintes verificações, mínimas:
 Remoção manual de revestimento
betuminoso; a) Inspeção preliminar;

 Remoção de concreto simples b) Construção de plataformas de


com martelete; acesso (quando necessário);

c) Verificação dos equipamentos:


90
compressores, bombas, mangueiras,
bicos, bicos, depósitos;

d) Flexibilidade e segurança das pla-


taformas e estruturas de suporte;

e) Dispositivos para recolhimento de


detritos.

 Condições de conformidade e não


conformidade

Os serviços estarão conformes quan-


do atenderem às exigências desta Es-
pecificação Particular; em caso con-
trário, serão refeitos ou complemen-
tados, de forma a atenderem ao pre-
visto nesta Especificação.

Critérios de Medição
Os serviços devem ser medidos con-
forme indicado a seguir:

a) Plataformas de trabalho suspensas:


por m² de área construída;

b) Plataformas apoiadas no solo: por


m³ construído;

c) Remoção manual do pavimento


betuminoso: m³;

d) Demolição de concreto simples


com martelete: m3;

e) Concreto, fck = 40 MPa: por m³;

f) Formas de compensado: por m²;

g) Armação, Aço CA 50: por kg;

h) Colocação dos lábios poliméricos:


m;

i) Instalação dos perfis extrudados de


borracha vulcanizada: m.

91
ESPECIFICAÇÃO PARTICULAR - EP16/OAE
Recuperação/substituição de juntas de
dilatação
Prefácio molição e remoção de pavimentos:
asfáltico ou concreto. Rio de Janeiro,
A presente Especificação foi prepara-
2006.
da para servir como documento base
na definição da sistemática a ser em- f) ______. Manual de Custos de Infraes-
pregada na execução dos serviços de trutura de Transportes – Sistema de
recuperação do pavimento em obras Custos Referenciais de Obras – SICRO.
de arte especiais. Brasília, 2017.
Objetivo g) DEPARTAMENTO NACIONAL DE
ESTRADAS DE RODAGEM. Manual de
Esta Especificação tem como objetivo
construção de obras de arte especiais.
estabelecer os procedimentos a se-
2. ed. Rio de Janeiro, 1995.
rem seguidos nos serviços de recupe-
ração do pavimento de obras de arte h) ______. Manual de projeto de obras
especiais. O pavimento existente de de arte especiais. Rio de Janeiro, 1996.
concreto ou de asfalto deverá ser to-
talmente removido, a laje estrutural i) MINISTÉRIO DO TRABALHO E EM-
será recuperada/reforçada e o novo PREGO – NR – 18, Norma Regulamen-
pavimento deverá ser em material tadora N° 18 Condições e Meio Ambi-
betuminoso. ente de Trabalho na Industria da
Construção.
Referências
Definições
a) ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE
NORMAS TÉCNICAS. NBR 6118: Proje- O revestimento sobre as OAEs pode
to de estruturas de concreto: Procedi- ser selecionado dentre três alternati-
mento. Rio de Janeiro, 2014. vas: camada de desgaste; concreto
asfáltico; revestimento em concreto
b) ______. NBR 7187: Projeto de pontes de cimento Portland – CCP. Na pri-
de concreto armado e de concreto meira alternativa, menos usada, a ca-
protendido: Procedimento. Rio de Ja- mada de desgaste deve ser concreta-
neiro, 2003. da junto com o tabuleiro e com es-
pessura de aproximadamente 2,5 cm.
c) DEPARTAMENTO NACIONAL DE
Assim, não há uma junta fria entre a
INFRA-ESTRUTURA DE TRANSPOR-
laje da OAE e o revestimento (DNER,
TES. Manual de inspeção de pontes
1996).
rodoviárias. 2. ed. Rio de Janeiro, 2004.
Muito utilizado no passado, o revesti-
d) ______. Manual de conservação ro-
mento em concreto, denominado so-
doviária. 2ª. ed. Rio de Janeiro, 2005.
brelaje exige controle cuidadoso du-
e) ______. Norma 085/2006 – ES – De- rante todo o processo, além de ativi-

92
Pavimento de concreto quebrado Fissuras no pavimento betuminoso

dades de execução demorada, como o tabuleiro deverá receber uma pintu-


a o tratamento da superfície, confec- ra de ligação e revestimento betumi-
ção de juntas e uma cura adequada. noso, como por exemplo, micro reves-
Como alternativa ao revestimento de timento a frio com emulsão modifica-
concreto, tem sido usado largamente da com polímero. Poderão ser utiliza-
o revestimento em concreto asfáltico. das plataformas para os trabalhos sob
Este apresenta vantagens em relação o tabuleiro.
ao revestimento em concreto de ci-
mento Portland por ser executado
em um menor tempo e por apresen-
Manejo Ambiental
tar um desempenho superior. Nas diferentes atividades envolvidas
na recuperação, demolição e reconsti-
Tendo em vista a substituição do pavi- tuição do pavimento, as condições
mento em CCP ser demorada e cau- ambientais deverão ser preservadas,
sar grandes transtornos ao tráfego, exigindo-se, dentre outros, os seguin-
tem sido usada a prática do recapea- tes procedimentos:
mento em concreto asfáltico. Entre-
tanto, a experiência com as OAEs em a) Se necessária a construção de pla-
rodovias federais tem demonstrado taformas de trabalho, devem ser evi-
que o revestimento em CCP não tem tadas, ou minimizadas, aberturas de
apresentado desempenho adequado, clareiras e picadas e o tráfego desne-
mostrando, principalmente, fissura- cessário de equipamentos ou veículos
ção das placas de concreto. por terrenos naturais, de modo a evi-
tar sua desfiguração;
Procedimento
b) o entulho produzido pela remoção
Deve ser executada a remoção de to- dos pavimentos danificados devem
do o pavimento existente. ser removidos para locais previamen-
te determinados;
A laje estrutural deverá ser tratada
com a correção de todos os defeitos e c) todo o material excedente, imedia-
anomalias, como fissuras, trincas, tamente ou após a conclusão dos ser-
concreto danificado, armaduras cor- viços, deve ser removido para locais
roídas, irregularidades geométricas, previamente determinados.
dentre outros. Depois de recuperado,
93
Inspeção Critérios de Medição
 Verificações mínimas Os serviços devem ser medidos con-
forme indicado a seguir:
A Fiscalização deverá efetuar as se-
guintes verificações, mínimas: a) Plataformas suspensas: por m² de
área construída;
a) Inspeção preliminar;
b) Plataformas apoiadas no solo: por
b) Construção de plataformas de m3 construído;
acesso (quando necessário); c) verifi-
cação dos equipamentos: equipa- c) Demolição e remoção de pavimen-
mentos para demolição de concreto, to asfáltico: por m³;
demolição do pavimento asfáltico,
d) Demolição e remoção de pavimen-
mangueiras, bicos, depósitos;
to de concreto: por m³;
d) Flexibilidade e segurança das pla-
e) Concreto projetado fck= 30 MPa via
taformas e estruturas de suporte;
seca - m³;
e) Dispositivos para recolhimento de
f) Argamassa para reparos estruturais
detritos.
e grauteamento com adição de 30%
de pedrisco – m³;
 Condições de conformidade e não
conformidade g) Argamassa para reparos e grautea-
mento – m³;
Os serviços estarão conformes quan- h) Injeção de fissuras com resina epó-
do atenderem às exigências desta Es- xi de baixa viscosidade – kg;
pecificação Particular; em caso con-
trário, serão refeitos ou complemen- i) Micro revestimento a frio com
tados, de forma a atenderem ao pre- emulsão modificada com polímero
visto nesta Especificação. 2,5 cm com brita comercial – m²;

j) Recomposição de revestimento
(tapa buraco) com mistura betumi-
nosa usinada à frio com agregados
comerciais - m³.

94
ESPECIFICAÇÃO PARTICULAR - EP17/OAE
Dispositivos básicos de proteção: guar-
da-corpos, guarda-rodas e barreiras
e) ______. Manual de conservação ro-
Prefácio doviária. 2ª. ed. Rio de Janeiro, 2005. f)
A presente Especificação foi prepara- DEPARTAMENTO NACIONAL DE ES-
da para servir como documento base TRADAS DE RODAGEM. Manual de
na definição da sistemática a ser em- construção de obras-de-arte especi-
pregada na execução de serviços de ais. 2. ed. Rio de Janeiro, 1995.
recomposição ou recuperação dos
g) _______. Manual de projeto de obras
sistemas de proteção lateral das obras
de arte especiais. Rio de Janeiro, 1996.
de arte especiais, a saber, guarda-
corpos, guarda-rodas e barreiras rígi- h) MINISTÉRIO DO TRABALHO E EM-
das. PREGO – NR – 18, Norma Regulamen-
tadora N° 18 Condições e Meio Ambi-
Objetivo ente de Trabalho na Industria da
Construção.
Esta Especificação tem como objetivo
estabelecer os procedimentos a se-
rem seguidos nos serviços de recupe- Definições
ração ou recomposição dos dispositi- Nas pontes e viadutos mais antigos,
vos básicos de proteção em obras de construídos até 1975, era utilizado um
arte especiais: guarda-corpos, guarda sistema de contenção dos veículos
-rodas e barreiras rígidas. composto por um guarda-rodas,
sempre acompanhado de um siste-
Referências ma de segurança para pedestres, o
guarda-corpo. Nas OAEs mais recente
a) ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE
(após 1975) foi introduzido o uso das
NORMAS TÉCNICAS. NBR 6118: Proje-
barreiras rígidas, tipo New Jersey, eli-
to de estruturas de concreto: Procedi-
minando a necessidade do guarda-
mento. Rio de Janeiro, 2014.
rodas. Os guarda-corpos continuam a
b) ______. NBR 7187: Projeto de pontes ser utilizados apenas onde se faz ne-
de concreto armado e de concreto cessária a construção de passeios pa-
protendido: Procedimento. Rio de Ja- ra pedestres.
neiro, 2003.
Na maior parte dos casos, os danos
c) DEPARTAMENTO NACIONAL DE nos dispositivos de proteção são pro-
INFRA-ESTRUTURA DE TRANSPOR- vocados por colisões de veículos, re-
TES. Manual de inspeção de pontes sultando na destruição completa ou
rodoviárias. 2. ed. Rio de Janeiro, 2004. parcial do elemento. Danos como
desplacamentos e armaduras expos-
d) ______. Norma 088/2006 – ES – Dis- tas e oxidadas ocorrem em conse-
positivos de segurança lateral. Rio de quência da má execução dos servi-
Janeiro, 2006. ços .

95
Manejo Ambiental
Na recomposição ou recuperação dos
dispositivos básicos de proteção, as
condições ambientais deverão ser
preservadas, exigindo-se, dentre ou-
tros, os seguintes procedimentos:

a) Se necessária a construção de pla-


taformas de trabalho, devem ser evi-
tadas, ou minimizadas, aberturas de
clareiras e picadas e o tráfego desne-
cessário de equipamentos ou veículos
Guarda corpos destruídos por terrenos naturais, de modo a evi-
tar sua desfiguração;

b) A preparação das superfícies com


apicoamentos e jateamentos de ar,
provoca poeiras e detritos que devem
ser confinados e coletados;

c) Todo o material excedente, imedia-


tamente ou após a conclusão dos ser-
viços, deve ser removido para locais
previamente determinados.

Desplacamento na barreira rígida Inspeção


Procedimento  Verificações mínimas
No caso dos guarda-corpos, a recom-
A Fiscalização deverá efetuar as se-
posição é o tipo de intervenção a ser
guintes verificações, mínimas:
adotado.
a) Inspeção preliminar;
No caso das barreiras rígidas, as su-
perfícies deverão ser limpas e prepa- b) Construção de plataformas de
radas com jateamento d’água. Caso acesso (quando necessário); c) verifi-
necessário, usar jateamento d’água cação dos equipamentos: compresso-
com muito alta pressão para remover res, bombas, mangueiras, bicos, bicos,
o concreto deteriorado e a ferrugem depósitos;
das armaduras expostas. Deve ser
aplicado concreto projetado em gran- d) Flexibilidade e segurança das pla-
des áreas e argamassa estrutural em taformas e estruturas de suporte;
pequenas áreas, observando a espes-
sura de cobrimento prevista na NBR e) Dispositivos para recolhimento de
6118. detritos.

96
 Condições de conformidade e não
conformidade

Os serviços estarão conformes quan-


do atenderem às exigências desta Es-
pecificação Particular; em caso con-
trário, serão refeitos ou complemen-
tados, de forma a atenderem ao pre-
visto nesta Especificação.

Critérios de Medição
Os serviços devem ser medidos con-
forme indicado a seguir:

a) Plataformas suspensas: por m² de


área construída;

b) Plataformas apoiadas no solo: por


m³ construído;

c) Recomposição de guarda-corpo: m;

d) Remoção de concreto com jatea-


mento d’água sob muito alta pressão:
m³;

e) Argamassa estrutural: m³;

f) Concreto projetado: m³;

g) Regularização superfície concreto


projetado: m².

97
ESPECIFICAÇÃO PARTICULAR - EP18/OAE
Falhas construtivas - Recuperação
Prefácio
A presente Especificação foi prepara- doviária. 2ª. ed. Rio de Janeiro, 2005.
da para servir como documento base
e) ______. Norma 080/2006 – ES – Pre-
na definição da sistemática a ser ob-
paração de superfícies de concreto.
servada nos serviços de recuperação
Rio de Janeiro, 2006.
do concreto de obras de arte especi-
ais afetado por falhas de execução f) ______. Norma 081/2006 – ES – Re-
que resultam em ninhos de concreta- moções no concreto. Rio de Janeiro,
gem, cobrimento insuficiente das ar- 2006.
maduras, desplacamento do concreto
com exposição e corrosão das arma- g) ______. Norma 090/2006 – ES – Pa-
duras, dentre outras patologias. tologias do concreto. Rio de Janeiro,
2006.
Objetivo h) ______. Manual de Custos de Infra-
Esta Especificação tem como objetivo estrutura de Transportes – Sistema
estabelecer os procedimentos a se-
rem seguidos nos serviços de recupe- i) DEPARTAMENTO NACIONAL DE
ração das estruturas de concreto, afe- ESTRADAS DE RODAGEM. Manual de
tados por erros de execução que re- construção de obras-de-arte especi-
sultam em ninhos de concretagem, ais. 2. ed. Rio de Janeiro, 1995.
cobrimento insuficiente das armadu- j) _______. Manual de projeto de obras
ras, desplacamento do concreto com de arte especiais. Rio de Janeiro, 1996.
exposição e corrosão das armaduras,
dentre outras patologias. k) MINISTÉRIO DO TRABALHO E EM-
PREGO – NR – 18, Norma Regulamen-
Referências tadora N° 18 Condições e Meio Ambi-
ente de Trabalho na Industria da
a) ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE
Construção.
NORMAS TÉCNICAS. NBR 6118: Proje-
to de estruturas de concreto: Procedi- l) SOUZA, Vicente Custódio Moreira
mento. Rio de Janeiro, 2014. de; RIPPER, Thomaz. Patologia, recu-
peração e reforço de estruturas de
b) ______. NBR 7187: Projeto de pontes
concreto. São Paulo: PINI, 2001.
de concreto armado e de concreto
protendido: Procedimento. Rio de Ja-
neiro, 2003. Definições
Falhas de concretagem (ninhos ou ni-
c) DEPARTAMENTO NACIONAL DE
chos de concretagem)
INFRA-ESTRUTURA DE TRANSPOR-
TES. Manual de inspeção de pontes Ocorre basicamente por duas razões:
rodoviárias. 2. ed. Rio de Janeiro, 2004. trabalhabilidade inadequada ou exe-
cução deficiente. Pode-se dizer que a
d) ______. Manual de conservação ro-
98
Falhas de concretagem Cobrimento deficiente - desplacamento

trabalhabilidade é uma propriedade rios, principalmente sobre as arma-


que contém dois componentes prin- duras das lajes e armaduras aparen-
cipais, que são a fluidez (facilidade de tes.
mobilidade) e a coesão (resistência à
exsudação e à segregação) (MEHTA e O resultado destas falhas de execu-
MONTEIRO, 2008). ção são ausência de cobrimento ou
pequeno cobrimento, fissuração pa-
Em grande parte dos casos, o com- ralela às armaduras, facilita a perda
prometimento da trabalhabilidade do cobrimento (desplacamento) e
está associado ao excesso de armadu- apresentam armaduras aparentes
ra em uma determinada região.

Cobrimento Deficiente

Cobrimento insuficiente, armaduras


expostas, com processo de corrosão
adiantado.

Ocorre por deficiência no posiciona-


mento da armadura, pela falta de co-
locação de espaçadores, utilização de
diferentes bitolas misturadas ou des-
locadas devido ao trânsito de operá- Cobrimento deficiente

Falhas de concretagem Emenda por luva

99
Deve ser verificada a necessidade de
reconstituição ou substituição das ar-
maduras.

Recompor o cobrimento, procurando


seguir as espessuras previstas na
ABNT NBR 6118, com a utilização de
argamassa estrutural em pequenas
áreas e concreto projetado em gran-
des áreas.

Obs: No SICRO 2017, em vigor, está


Falhas de concretagem previsto o serviço: 3806414 – Remo-
ção de concreto com jateamento d’á-
no momento da retirada das formas.
gua sob muito alta pressão – m3, que
Facilitam a carbonatação e a corrosão
prevê a utilização de jato d’água com
das armaduras.
pressões de até 250 MPa. A literatura
Procedimento especializada faz referência a pres-
sões entre 40 e 250 MPa
Consultar a Especificação Particular (dependendo da quantidade de
EP-10/OAE – Preparo e limpeza do água) e ressalta tratar-se de método
substrato. de preparação mais eficaz e superior
tecnicamente, uma vez que a superfí-
Nos reparos superficiais generaliza- cie de concreto fica limpa, texturada
dos, efetuar a limpeza com jateamen- e saturada, mas sem danos na super-
to d’água sob pressão, complemen- fície como os causados normalmente
tando com outros métodos, caso ne- por métodos de elevado impacto co-
cessário, obtendo-se uma superfície mo os martelos, marteletes, marretas
onde o concreto seja são, limpo e e etc...
adequadamente áspero para receber
o material de reparo, que deve ser Manejo Ambiental
concreto projetado.
Na instalação e recomposição de dre-
No caso de remendos profundos e lo- nos, as condições ambientais deverão
calizados, com a ferragem exposta e ser preservadas, exigindo-se, dentre
oxidada, a remoção do concreto dete- outros, os seguintes procedimentos:
riorado deverá ir além das armaduras,
pelo menos 2 cm ou o diâmetro das a) Se necessária a construção de pla-
barras, considerando a situação mais taformas de trabalho, devem ser evi-
desfavorável (Figura 4.1), utilizando ja- tadas, ou minimizadas, aberturas de
teamento d’água sob muito alta pres- clareiras e picadas e o tráfego desne-
são. Com esse pro- cessário de equipamentos ou veícu-
cedimento obtém- los por terrenos naturais, de modo a
se uma superfície evitar sua desfiguração;
texturada e tam-
b) A abertura ou retificação de furos
bém, uma limpeza
no concreto provoca poeiras e detri-
completa dos pro-
tos que devem ser confinados e cole-
dutos de corrosão
tados.
das armaduras.
100
c) Todo o material excedente, imedia- d) Apicoamento mecanizado, por m²
tamente ou após a conclusão dos ser- de área tratada;
viços, deve ser removido para locais
previamente determinados. e) Jateamento de ar: por m² de área
tratada;
Inspeção f) Jateamento de água com baixa
 Verificações mínimas pressão: por m² de área tratada;

g) Remoção de concreto com jatea-


A Fiscalização deverá efetuar as se-
guintes verificações, mínimas: mento de água sob muito alta pres-
são: m³;
a) Inspeção preliminar;
h) Formas de compensado plastifica-
b) Construção de plataformas de do: m²;
acesso (quando necessário); c) verifi-
i) Formas de tábuas de pinho: m²;
cação dos equipamentos: marteletes,
compressores, mangueiras, bicos, de- j) Armação de aço: kg;
pósitos;
k) Argamassa estrutural: m³;
d) Flexibilidade e segurança das pla-
taformas e estruturas de suporte; l) Concreto projetado: m³;

e) Dispositivos para recolhimento de m) Regularização de superfície con-


detritos. creto projetado: m³.

 Condições de conformidade e não


conformidade

Os serviços estarão conformes quan-


do atenderem às exigências desta Es-
pecificação Particular; em caso con-
trário, serão refeitos ou complemen-
tados, de forma a atenderem ao pre-
visto nesta Especificação.

Critérios de Medição
Os serviços devem ser medidos con-
forme indicado a seguir:

a) Plataformas suspensas: por m² de


área construída;

b) Plataformas apoiadas no solo: por


m³ construído;

c) Apicoamento manual: por m² de


área tratada;

101
ESPECIFICAÇÃO PARTICULAR - EP19/OAE
Eflorescências em superfícies de
concreto
trutura de Transportes – Sistema de
Prefácio Custos Referenciais de Obras – SICRO.
A presente Especificação foi prepara- Brasília, 2017.
da para servir como documento base
g) DEPARTAMENTO NACIONAL DE
na definição da sistemática a ser em-
ESTRADAS DE RODAGEM. Manual de
pregada na execução de serviços de
construção de obras-de-arte especi-
recuperação de áreas afetadas pela
ais. 2. ed. Rio de Janeiro, 1995.
patologia denominada eflorescência,
em elementos de concreto de obras h) _______. Manual de projeto de obras
de arte especiais. de arte especiais. Rio de Janeiro, 1996.

Objetivo i) MINISTÉRIO DO TRABALHO E EM-


PREGO – NR – 18, Norma Regulamen-
Esta Especificação tem como objetivo tadora N° 18 Condições e Meio Ambi-
estabelecer os procedimentos a se- ente de Trabalho na Indústria da
rem seguidos nos serviços de recupe- Construção.
ração de áreas afetadas por eflores-
cências em obras de arte especiais. Definições
Referências Eflorescências em superfícies de con-
creto
a) ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE
NORMAS TÉCNICAS. NBR 6118: Proje- Hidrólise da pasta de cimento e disso-
to de estruturas de concreto: Procedi- lução dos produtos de cálcio pela
mento. Rio de Janeiro, 2014. ação de águas puras e brandas. Teori-
camente, a hidrólise da pasta conti-
b) ______. NBR 7187: Projeto de pontes nua até que a maior parte do hidróxi-
de concreto armado e de concreto do de cálcio tenha sido retirada por
protendido: Procedimento. Rio de Ja- lixiviação; isto expõe os outros consti-
neiro, 2003. tuintes cimentícios à decomposição
química. O processo produz géis de
c) DEPARTAMENTO NACIONAL DE
sílica e alumina com pouca ou ne-
INFRA-ESTRUTURA DE TRANSPOR-
nhuma resistência e perda significati-
TES. Manual de inspeção de pontes
va da resistência da pasta de cimento
rodoviárias. 2. ed. Rio de Janeiro, 2004.
pela lixiviação da cal (Mehta, 1994). O
d) ______. Norma 090/2006 – ES – Pa- fenômeno causa o aumento da poro-
tologias do concreto. Rio de Janeiro, sidade do concreto, sendo similar à
2006. osteoporose do osso humano, e pode
levar, em um espaço de tempo relati-
e) ______. Manual de conservação ro- vamente curto, o elemento estrutural
doviária. 2ª. ed. Rio de Janeiro, 2005. à ruína (Souza, 1999). Quando o pro-
duto lixiviado interage com o CO2
f) ______. Manual de Custos de Infraes-
102
presente no ar, resulta na precipita-  Limpeza em superfície de concre-
ção de crostas brancas de carbonato to com jateamento de água sob
de cálcio na superfície do concreto. O pressão;
pesquisador russo Skrylnikov (1933)
chamava, figuradamente, esta forma  Limpeza das armaduras;
de deterioração de “a morte branca
 Caso a situação das armaduras exi-
do concreto” (Moskvin, 1980).
ja: complemento ou substituição;

 Recomposição:

 Em pequenas áreas com ar-


gamassa para reparos e
grauteamento;

 Concreto projetado em áreas


maiores.

Manejo Ambiental
Na recuperação das áreas afetadas
Eflorescências em viga pela patologia denominada eflores-
cência, as condições ambientais de-
verão ser preservadas, exigindo-se,
dentre outros, os seguintes procedi-
mentos:

a) se necessária a construção de pla-


taformas de trabalho, devem ser evi-
tadas, ou minimizadas, aberturas de
clareiras e picadas e o tráfego desne-
cessário de equipamentos ou veícu-
los por terrenos naturais, de modo a
evitar sua desfiguração;
Eflorescências em laje
b) a preparação das superfícies com
Procedimento apicoamentos e jateamentos, provo-
ca poeiras e detritos que devem ser
No caso de cicatrização autógena da confinados e coletados;
fissura, não intervir.
c) todo o material excedente, imedia-
A fonte de água que penetra o con- tamente ou após a conclusão dos ser-
creto deverá ser eliminada. viços, deve ser removido para locais
previamente determinados.
Reparo superficial:

 Limpeza superficial do concreto


Inspeção
 Verificações mínimas
 Selamento superficial das fissuras
A Fiscalização deverá efetuar as se-
Reparo profundo:
guintes verificações, mínimas:
103
a) Inspeção preliminar; h) Argamassa estrutural: m³;

b) Construção de plataformas de tra- i) Concreto projetado: m³;


balho (quando necessário);
j) Regularização de superfície concre-
c) Verificação dos equipamentos: to projetado: m².
compressores, bombas, mangueiras,
bicos, depósitos;

d) Flexibilidade e segurança das pla-


taformas e estruturas de suporte;

e) Dispositivos para recolhimento de


detritos.

 Condições de conformidade e não


conformidade

Os serviços estarão conformes quan-


do atenderem às exigências desta Es-
pecificação Particular; em caso con-
trário, serão refeitos ou complemen-
tados, de forma a atenderem ao pre-
visto nesta Especificação.

Critérios de Medição
Os serviços devem ser medidos con-
forme indicado a seguir:

a) Plataformas suspensas: por m² de


área construída;

b) Plataformas apoiadas no solo: por


m³ construído;

c) Limpeza de superfície de concreto


com jateamento d’água sob pressão:
por m²;

d) Remoção de concreto com jatea-


mento d’água sob muito alta pressão:
m³;

e) Apicoamento: por m²;

f) Apicoamento mecanizado de con-


creto: m²;

g) Jateamento de ar: por m² de área


tratada;
104
ESPECIFICAÇÃO PARTICULAR - EP20/OAE
Corrosão de armaduras – tratamento
ESTRADAS DE RODAGEM. Manual de
Prefácio construção de obras-de-arte especi-
A presente Especificação foi prepara- ais. 2. ed. Rio de Janeiro, 1995.
da para servir como documento base
h) _______. Manual de projeto de obras
na definição da sistemática a ser em-
de arte especiais. Rio de Janeiro, 1996.
pregada no tratamento da corrosão
das armaduras e do concreto das i) MINISTÉRIO DO TRABALHO E EM-
obras de arte especiais. PREGO – NR – 18, Norma Regulamen-
tadora N° 18 Condições e Meio Ambi-
Objetivo ente de Trabalho na Indústria da
Esta Especificação tem como objetivo Construção.
estabelecer os procedimentos a se-
rem seguidos no tratamento da cor- Definições
rosão das armaduras e do concreto
A corrosão é um processo físico-
em obras de arte especiais.
químico gerador de óxidos e hidróxi-
dos de ferro, produtos que ocupam
Referências um volume significativamente supe-
a) ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE rior (em até 6 vezes) ao volume corroí-
NORMAS TÉCNICAS. NBR 6118: Proje- do das armaduras, sujeitando o con-
to de estruturas de concreto: Procedi- creto a elevadas tensões de tração (de
mento. Rio de Janeiro, 2014. até 15 MPa). Essas tensões ocasionam
a fissuração e o posterior lascamento
b) ______. NBR 7187: Projeto de pontes do cobrimento do concreto (Cánovas,
de concreto armado e de concreto 1988). No início, a corrosão se manifes-
protendido: Procedimento. Rio de Ja- ta com o aparecimento de manchas
neiro, 2003. marrom avermelhadas ou esverdea-
das na superfície do elemento estru-
c) DEPARTAMENTO NACIONAL DE tural, devido à lixiviação dos produtos
INFRA-ESTRUTURA DE TRANSPOR- de corrosão e evoluindo com o tem-
TES. Manual de inspeção de pontes po, podendo chegar até à perda total
rodoviárias. 2. ed. Rio de Janeiro, 2004. da seção da armadura.
d) ______. Manual de conservação ro-
doviária. 2ª. ed. Rio de Janeiro, 2005. e)
______. Norma 084/2006 – ES – Trata-
mento da corrosão. Rio de Janeiro,
2006.

f) ______. Manual de Custos de Infraes-


trutura de Transportes – Sistema de
Custos Referenciais de Obras – SICRO.
Brasília, 2017.

g) DEPARTAMENTO NACIONAL DE Manchas de corrosão

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cies onde o concreto seja são, limpo e
adequadamente áspero para receber
os reforços de concreto.

Remover todo concreto deteriorado e


limpar os produtos de corrosão das
armaduras.

Nos reparos superficiais generaliza-


dos, efetuar a limpeza com jateamen-
to d’água sobre pressão, complemen-
tando com outros métodos, caso ne-
Desplacamento (pilar) cessário, obtendo-se uma superfície
adequada para receber concreto pro-
jetado.

No caso de remendos profundos e lo-


calizados, com a ferragem exposta e
oxidada, a remoção do concreto dete-
riorado deverá ir além das armaduras,
pelo menos 2 cm ou o diâmetro das
barras, considerando a situação mais
desfavorável, utilizando jateamento
d’água sob muito alta pressão. Com
esse procedimento obtém-se uma
superfície texturada e também, uma
Armaduras oxidadas
limpeza completa das armaduras oxi-
dadas.

Verificar a necessidade de reconsti-


tuição ou substituição das armaduras.
As emendas devem ser, preferencial-
mente, por transpasse. Recompor o
cobrimento, procurando seguir as es-
pessuras indicadas na ABNT NBR
6118, com a utilização de argamassa
estrutural em pequenas áreas e con-
creto projetado em grandes áreas.

Armaduras oxidadas Manejo Ambiental


Procedimento Na recuperação das áreas afetadas
pela patologia denominada eflores-
Preparo e limpeza do substrato: con- cência, as condições ambientais de-
sultar a Especificação EP-10/OAE. verão ser preservadas, exigindo-se,
dentre outros, os seguintes procedi-
A preparação de superfície é a aplica-
mentos:
ção de um processo para obtenção, a
partir de um elemento estrutural que a) se necessária a construção de pla-
necessita de tratamento, de superfí- taformas de trabalho, devem ser evi-
106
tadas, ou minimizadas, aberturas de  Condições de conformidade e não
clareiras e picadas e o tráfego desne- conformidade
cessário de equipamentos ou veículos
por terrenos naturais, de modo a evi-
tar sua desfiguração; Os serviços estarão conformes quan-
do atenderem às exigências desta Es-
b) a preparação das superfícies com pecificação Particular; em caso con-
apicoamentos e jateamentos, provoca trário, serão refeitos ou complemen-
poeiras e detritos que devem ser con- tados, de forma a atenderem ao pre-
finados e coletados; visto nesta Especificação.

c) todo o material excedente, imedia- Critérios de Medição


tamente ou após a conclusão dos ser-
viços, deve ser removido para locais Os serviços devem ser medidos con-
previamente determinados. forme indicado a seguir:

Inspeção a) Plataformas suspensas: por m² de


área construída;
 Verificações mínimas
b) Plataformas apoiadas no solo: por
A Fiscalização deverá efetuar as se- m³ construído;
guintes verificações, mínimas:
c) Apicoamento: por m² de área trata-
a) Inspeção preliminar; da;

b) Construção de plataformas de tra- d) Jateamento de ar: por m² de área


balho (quando necessário); tratada;

c) Verificação dos equipamentos: e) Jateamento de água com baixa


equipamentos de percussão, com- pressão: por m² de área tratada;
pressores, mangueiras, bicos, depósi-
tos; f) Remoção de concreto com jatea-
mento d’água sob muito alta pressão:
d) Flexibilidade e segurança das pla- m³;
taformas e estruturas de suporte;
g) Armação de aço: kg;
e) Dispositivos para recolhimento de
detritos. h) Argamassa estrutural: m³;

i) Concreto projetado: m³;

j) Regularização de superfície de con-


creto projetado: m².

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ESPECIFICAÇÃO PARTICULAR - EP21/OAE
Erosão do concreto em
Obras de Arte Especiais
trutura de Transportes – Sistema de
Prefácio Custos Referenciais de Obras – SICRO.
A presente Especificação foi prepara- Brasília, 2017.
da para servir como documento base
g) DEPARTAMENTO NACIONAL DE
na definição da sistemática a ser em-
ESTRADAS DE RODAGEM. Manual de
pregada na execução e serviços de re-
construção de obras-de-arte especi-
cuperação, dos elementos estruturais
ais. 2. ed. Rio de Janeiro, 1995.
afetados pela erosão da massa de ci-
mento e dos agregados. h) _______. Manual de projeto de obras
de arte especiais. Rio de Janeiro, 1996.
Objetivo
i) MINISTÉRIO DO TRABALHO E EM-
Esta Especificação tem como objetivo PREGO – NR – 18, Norma Regulamen-
estabelecer os procedimentos a se- tadora N° 18 Condições e Meio Ambi-
rem seguidos nos serviços de recupe- ente de Trabalho na Industria da
ração, de elementos estruturais dani- Construção.
ficados por efeito de erosão em suas
superfícies.
Definições
Referências Erosão é a perda progressiva de mas-
sa de uma superfície de concreto pela
a) ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE
ação abrasiva de fluídos contendo
NORMAS TÉCNICAS. NBR 6118: Proje-
partículas sólidas em suspensão
to de estruturas de concreto: Procedi-
(Mehta e Monteiro, 2008). Nas obras
mento. Rio de Janeiro, 2014.
de arte ocorre principalmente nos pi-
b) ______. NBR 7187: Projeto de pontes lares, nas fundações e nos blocos de
de concreto armado e de concreto fundação.
protendido: Procedimento. Rio de Ja-
Ocorre à remoção da pasta de cimen-
neiro, 2003.
to e a exposição dos agregados, surgi-
c) DEPARTAMENTO NACIONAL DE mento de grandes falhas, exposição e
INFRA-ESTRUTURA DE TRANSPOR- corrosão das barras da armadura.
TES. Manual de inspeção de pontes
rodoviárias. 2. ed. Rio de Janeiro, 2004. Procedimento
d) ______. Norma 090/2006 – ES – Pa- A preparação das superfícies deverá
tologias do concreto. Rio de Janeiro, ser feita, de preferência, com jatea-
2006. mento d’água sob muito alta pressão:

e) ______. Manual de conservação ro-  Remoção do concreto deteriorado;


doviária. 2ª. ed. Rio de Janeiro, 2005.
 Limpeza dos produtos de corrosão
f) ______. Manual de Custos de Infraes- das armaduras expostas e oxida-
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Erosão no pilar e no bloco Erosão no pilar

das, se for o caso. feita com jateamento d’água sob


muito alta pressão, obtendo-se a re-
Consultar Especificação Particular EP moção de sujeira (incrustações, algas)
-10/OAE – Preparo e limpeza do subs- e de partes de concreto soltas ou da-
trato. Deverá ser verificada a necessi- nificadas e uma superfície limpa e
dade de reconstituição da armadura texturizada, pronta para receber o
original. material de reparo.
Recompor o cobrimento, seguindo as Devem ser colocadas as formas, que
espessuras previstas na Norma ABNT devem ser estanques; o lançamento
NBR 6118, com a utilização de arga- de concreto submerso ou de arga-
massa estrutural em pequenas áreas massa, pode ser por gravidade ou por
e concreto projetado em grandes bombeamento.
áreas.
Ensecadeiras:
Em condições severas de erosão ou
abrasão, é recomendado o uso de No caso de necessidade de área de
agregados de alta dureza e o concre- trabalho seca, para a execução dos
to deve ser dosado para desenvolver trabalhos de recuperação, podem ser
resistência à compressão aos 28 dias utilizadas ensecadeiras, que são es-
de no mínimo 40 MPa e curado ade- truturas provisórias estanques. Consi-
quadamente antes da exposição ao dera-se nesta especificação, a sua uti-
ambiente agressivo. O Comitê 201 da lização em cursos d’água com peque-
ACI recomenda pela menos 7 dias de nas lâminas e para a execução de ser-
cura úmida contínua depois do lança- viços de pequeno porte. Neste caso,
mento do concreto (Mehta e Montei- podem ser usadas pranchas de ma-
ro, 2008). deira ou sacos de areia, para a cons-
trução das ensecadeiras. Deve ser uti-
Reparos submersos: lizada bomba submersa para esgota-
mento de água acumulada no interi-
Elementos estruturais submersos ou
or da ensecadeira.
parcialmente submersos, podem ne-
cessitar de serviços de recuperação
dos danos causados pela erosão.

A preparação da superfície deve ser

109
Inspeção e) Jateamento de água com baixa
pressão: por m² de área tratada;
 Verificações mínimas
f) Remoção de concreto com jatea-
A Fiscalização deverá efetuar as se- mento d’água sob muito alta pressão:
guintes verificações, mínimas: m³;

a) Inspeção preliminar; g) Formas de tábua de pinho – utiliza-


ção de 3 vezes: m²;
b) Construção de plataformas de tra-
balho (quando necessário); h) Contenção em areia-cimento ensa-
cada: m³;
c) Verificação dos equipamentos:
equipamentos de percussão, com- i) Contenção em solo-cimento ensa-
pressores, mangueiras, bicos, depósi- cado: m³;
tos;
j) Esgotamento de água com bomba:
d) Flexibilidade e segurança das pla- h;
taformas e estruturas de suporte;
k) Concreto submerso: m³;
e) Dispositivos para recolhimento de
l) Lançamento do concreto com
detritos.
bomba: m³;
 Condições de conformidade e não m) Armação de aço: kg;
conformidade
n) Argamassa estrutural: m³;
Os serviços estarão conformes quan- o) Concreto projetado: m³;
do atenderem às exigências desta Es-
pecificação Particular; em caso con- p) Regularização superfície concreto
trário, serão refeitos ou complemen- projetado: m².
tados, de forma a atenderem ao pre-
visto nesta Especificação.

Critérios de Medição
Os serviços devem ser medidos con-
forme indicado a seguir:

a) Plataformas suspensas: por m² de


área construída;

b) Plataformas apoiadas no solo: por


m³ construído;

c) Apicoamento: por m² de área trata-


da;

d) Jateamento de ar: por m² de área


tratada;

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111
Este Manual Técnico de Recuperação
de Estrutura de Obras de Arte Especi-
ais, objetiva principalmente as ações
diretas a serem tomadas nas estrutu-
ras, relacionando um formato padro-
nizado de catálogo de soluções técni-
cas para serem seguidas conforme a
identificação das patologias encontra-
das.
Além disso, traz um direcionamento
às ações diretas relacionadas à manu-
tenção/conservação/recuperação das
estruturas, atentando-se, principal-
mente, as seguintes características
patológicas: fissuras, segregações de
concreto, erosões em encontros e
apoios, armaduras expostas, corrosões
de armadura, carbonatação, mancha
de umidade, infiltrações e defeitos
nos aparelhos de apoio.

Novembro, 2021

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