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Arte como linguagem: A tríade pintura, escultura e arquitetura.

Antes mesmo da escrita e da formulação da linguagem complexa, a arte foi a


primeira maneira que nossos ancestrais encontraram de transmitir seu conhecimento,
contar histórias e se comunicar. E essa intrínseca relação foi evoluindo com a
passagem do tempo. Com o crescimento das cidades, e suas novas relações vemos
as ramificações que a arte passou a ter, sendo as principais: a pintura, escultura e a
arquitetura.
Por todos os períodos, da arte paleocristã até a contemporânea, sempre foram
associadas e usadas para criar atmosferas, para passar ao observador a intenção da
época. É interessante notar que nesses momentos, novas características surgem para
definir um tema comum, e os artistas tem a liberdade criativa para criar suas obras a
sua maneira.
Um exemplo claro de artista que usou da liberdade e criatividade para dar voz
ao seu pensamento foi Michelangelo, sendo um conhecido pintor, escultor e arquiteto,
considerado um gênio que obversava o mundo sob uma ótica diferente, usou e
também subverteu as regras dos estilos em seus trabalhos.
Quando pensamos em uma obra de Michelangelo, nos vem a mente grandes
edificações religiosas como igrejas, basílicas e capelas e nesses projetos é impossível
desassociar a construção, da decoração das pinturas e afrescos e das esculturas.
Para a composição do ambiente e das sensações que se buscavam, era necessário
que esses elementos caminhassem juntos.
Vemos essas sutilezas na concepção dos elementos para a Sacristia Nova na
Capela Médici, desde a formulação do espaço com as paredes em planos, a
utilização dos elementos clássicos: arcos, colunas e capitéis em diferentes esquemas,
até mesmo a cúpula foi uma novidade. Na escolha das esculturas, as características
do maneirismo se destacam, com proporções alongadas e torções. Os afrescos e o
mosaico do chão fazem uso das cores para compor o ambiente.
Toda a intenção foi de criar algo novo e inesperado, utilizando os elementos
arquitetônicos para evidenciar a luz e a sombra, que junto as pinturas com cortes frias
e as representações da figura humana na escultura e na pintura constituem esse
exemplo do modo de utilizar a arte como linguagem. As infinitas possibilidades que ela
proporcionam e acima de tudo a conexão que a arte faz com as pessoas, suas
ramificações encontram diferentes maneiras de contar a mesma história.
REFERENCIAS

IMBROISI, Margaret; MARTINS, Simone. Maneirismo. História das Artes, 2021.


Disponível em: <https://www.historiadasartes.com/nomundo/arte-
renascentista/maneirismo/>. Acesso em 26 de Março de 2021.
RUHMKE, Adriana. Capela dos Médici: Uma joia no meio de Florença. 2015.
Disponível em: <https://www.falandodeviagem.com.br/viewtopic.php?t=12556>.
Acesso em 26 de Março de 2021.

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