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Quando eu tinha 11 anos, uma pessoa muito importante na minha linhagem veio a falecer.
Essa pessoa foi a minha avó. A minha avó era uma mulher com M grande, foi uma pessoa
super trabalhadora, cuidadora e muito mais. Por volta dos seus 60, 63 anos foi lhe
diagnosticada a doença de Alzheimer e desde esse dia, em diante ela nunca mais foi a mesma.
À medida que esta patologia foi evoluindo, a minha avó foi ficando cada vez irreconhecível e
dependente de outros para a ajudarem. Por isso, e desde que me lembro, que esta doença
suscita muita curiosidade em mim e assim, resolvi que o artigo científico que irei apresentar-
vos hoje iria ser sobre a doença de Alzheimer.
A doença de Alzheimer
A doença de Alzheimer foi descoberta em 1906, pelo médico alemão Alois Alzheimer. Esta
doença é caracterizada pela perda sináptica e pela morte neuronal nas regiões cerebrais com
funções cognitivas. Esta demência não tem uma cura e os poucos medicamentos que
conseguem retardar a doença trazem consigo consequências graves.
Artigo
o artigo que vos irei apresentar hoje irá falar sobre esta doença, tanto a nível fisiopatológico,
como a nível farmacológico. Este artigo foi escrito pela Adriana Sereniki e pela Maria Vital.
Neste artigo, relativamente aos aspetos fisiopatológicos houve a formulação de duas hipóteses
para tentar explicar a etiologia da doença. A hipótese da cascata amiloidal diz que a neuro
degeneração nesta doença inicia-se com a clivagem proteolítica da proteína precursora
amiloide (APP) e resulta na produção, agregação e deposição da substância β-amilóide (Aβ) e
placas senis. Quanto à hipótese colinérgica, refere que a disfunção do sistema colinérgico é
suficiente para produzir uma deficiência de memória em modelos animais, a qual é
semelhante à doença de Alzheimer, nos seres humanos.
Os aspetos fisiopatológicos também referem que a genética, muitas vezes, também tem um
papel importante para o desenvolvimento e para o contágio desta doença. Alem do
componente genético, foram apelidados como agentes etiológicos a toxidade a agentes
infeciosos, o que pode levar a mutações somáticas nos tecidos.
Quanto à inflamação na doença de Alzheimer é referido que foram realizados estudos que
questionam a terapia anti-inflamatória onde se utilizam drogas não-esteroidais para o
tratamento da neuro inflamação.
No caso dos anti-inflamatórios, e com base nas evidências de que os processos inflamatórios
estejam envolvidos na patogénese da doença de Alzheimer, as pesquisas têm observado o uso
de drogas anti-inflamatórias não-esteroidais e glicocorticóides esteroidais como opção de
tratamento para pacientes portadores da doença de Alzheimer. Evidências epidemiológicas
indicaram que as drogas anti-inflamatórias não-esteroidais foram capazes de reduzir o risco de
desenvolvimento da doença de Alzheimer.
O ibuprofeno e a indometacina demonstraram reduzir os níveis de Aβ. Mas, como nem todos
os anti-inflamatórios não-esteroidais apresentaram esse efeito, acredita-se que essa redução
ocorreu por um processo independente da atividade anti-inflamatória sobre a COX (isoforma
ciclooxigenase)
No caso dos aspetos farmacológicos irão ser apresentados alguns medicamentos e tentativas
de cura.