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Brazilian Journal of Development 23330

ISSN: 2525-8761

Fatores humanos na segurança operacional de ambiente civil de


navegação aérea no Brasil

Human factors in the operational safety of civil aviation environment in


Brazil
DOI:10.34117/bjdv7n3-174

Recebimento dos originais: 08/02/2021


Aceitação para publicação: 01/03/2021

Lisia Maria Espinola da Silva Pacheco Cabral


Graduação em Psicologia pela Universidade Federal Fluminense (UFF); Curso de
Especialização Superior em Ergonomia Contemporânea (CESERG), Mestrado no
Programa de Engenharia Civil (PEC) / Área Interdisciplinar e Doutorado no Programa de
Engenharia de Produção (PEP) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) /
Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-graduação e Pesquisa em Engenharia (COPPE)
Instituição de atuação atual: Associação Brasileira de Psicologia da Aviação
(ABRAPAV)
Endereço: R. marques de Abrantes no. 95 / 701, Flamengo, Rio de Janeiro, RJ, Brasil,
CEP 22230-060
E-mail: lisiacabral@gmail.com

Marcos Pereira Estellita Lins


Especialização no International Atomic Energy Agency (IAEA) com o Course of Energy
Demand Forecast no Argonne National Laboratory (ANL), Illinois, USA; Graduação em
Engenharia Elétrica / Nuclear, Mestrado em Engenharia Elétrica / Planejamento
Energético e Doutorado em Engenharia de Produção / Pesquisa Operacional pela
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) / Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-
graduação e Pesquisa em Engenharia (COPPE); Pós-doutorado em Operational Research
pela University of Bath, UK
Instituição de atuação atual: Membro do Conselho da Associação Brasileira de Psicologia
da Aviação (ABRAPAV)
Endereço: Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) / Instituto Alberto Luiz
Coimbra de Pós-graduação e Pesquisa em Engenharia (COPPE), Centro de Tecnologia
(CT), Sala 105, Cidade Universitária, Fundão, Rio de Janeiro, RJ, Brasil, CEP 21945-
970.
E-mail: marcos.estellita.lins@gmail.com

RESUMO
Trata-se de estudo em Fatores Humanos na segurança operacional de ambiente civil de
Navegação Aérea de empresa brasileira de economia mista, com fins preventivos e
abordagem qualitativa. Como demanda gerencial, identificou o Treinamento em
Gerenciamento de Recursos de Equipes (Team Resource Management - TRM) e, a partir
de sua implantação, levantou demandas globais que justificaram a realização de pesquisa
de doutorado, em complementação e suporte ao TRM. Esta empregou Multimetodologia,
tendo: o Mapa Conceitual como principal instrumento, com base em Métodos de
Estruturação de Problemas em Pesquisa Operacional (MEP-PO) Soft; e o Pensamento
Sistêmico como principal fundamentação teórica, com base em Complexidade e Sistemas

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Complexos. Propôs-se a promover iterações e interações interdisciplinares e


interdependentes para identificar, estruturar, analisar e monitorar problemas, sob diferentes
perspectivas, voltados para os objetivos de sua conscientização, representação e
formalização. Dentre os resultados, há indícios de: maior alcance dos objetivos de
conscientização e representação de aspectos restritivos e positivos encontrados em relação
aos objetivos de formalização; adoção de métodos proativo e reativo em segurança
operacional; e prática de cultura organizacional burocrática. Assim, o estudo contribuiu
para entender as características da complexidade sistêmica, requerendo ampliar os debates
de níveis intrasetoriais e intersetoriais para níveis organizacionais e institucionais, bem
como adotar método preditivo em segurança operacional e migrar para cultura
organizacional generativa, com participação de todos os agentes, sob propósitos comuns.

Palavras chave: Multimetodologia. Mapa Conceitual. Fatores Humanos. TRM (Team


Resource Management). Segurança Operacional.

ABSTRACT
This is a study on human factors in the operational safety of the civil air navigation
environment of a brazilian company with mixed economy, with preventive purposes and a
qualitative approach. As a managerial demand, it identified the training in team resource
management (trm) and, from its implementation, it raised global demands that justified the
realization of doctoral research, in complementation and support to trm. This employed
multimethodology, with: the concept map as the main tool, based on problem structuring
methods in operations research (mep-po) soft; and systemic thinking as the main theoretical
foundation, based on complexity and complex systems. It proposed to promote
interdisciplinary and interdependent iterations and interactions to identify, structure,
analyze, and monitor problems, from different perspectives, aimed at the goals of their
awareness, representation, and formalization. Among the results, there are indications of:
greater achievement of the objectives of awareness and representation of restrictive and
positive aspects found in relation to the formalization objectives; adoption of proactive and
reactive methods in operational security; and practice of bureaucratic organizational
culture. Thus, the study contributed to understand the characteristics of systemic
complexity, requiring to expand the debates from intrasectoral and intersectoral levels to
organizational and institutional levels, as well as to adopt predictive method in operational
safety and migrate to generative organizational culture, with participation of all agents,
under common purposes.

Key words: Multimethodology. Conceptual map. Human factors. Trm (team resource
management). Operational security.

1 INTRODUÇÃO
Segundo estatísticas, aspectos relacionados a Fatores Humanos englobam
contribuição elevada para ocorrências aeronáuticas (Cabral, 2015, p. 2, § 1º.), o que foi
determinante para o surgimento do Treinamento em Gerenciamento de Recursos de
Equipes na história mundial da aviação (Corporate Resource Management - CRM / TRM)
(Brasil, 2005 apud Cabral, p. 301, § 2º.), visando melhorias em habilidades

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comportamentais de equipe – Comunicação, Consciência Situacional, Dinâmica de Equipe


e Liderança, Gerenciamento do Estresse e da Saúde, Processo Decisório – em
complementação a habilidades técnicas (Cabral, 2015, p. 164, § 3º.; p. 118, § 1º. e p. 146,
§ 4º.), e, assim, na segurança operacional.
Trata-se de estudo em Fatores Humanos na segurança operacional de 6 Órgãos de
Navegação Aérea (ONAs) da Regional-RJ de dada empresa de economia mista, com fins
preventivos e abordagem qualitativa, baseado em pesquisa de doutorado (Cabral, 2015),
cujos resultados de um deles – ONA 1 (G), serão ressaltados neste artigo. Para facilitar,
foi adotado o termo ONA, embora, em 2013, este fora substituído por Estações Prestadoras
de Serviços de Telecomunicações e de Tráfego Aéreo (EPTAs) (Cabral, 2015, p. 97, § 3º.).
A princípio, foi levantada a demanda gerencial da empresa referente à implantação
do Treinamento em Gerenciamento de Recursos de Equipes (Team Resource Management
- TRM) (Cabral, 2015, p. 6, § 1º.), em atendimento à exigência normativa (Cabral, 2015, p.
68, § 3º.) por parte da autoridade aeronáutica – Departamento de Controle do Espaço Aéreo
Brasileiro (DECEA), restringindo sua aplicação a agentes que desempenham a atividade
de Gerenciamento e Controle de Tráfego Aéreo. Assim, após tratativas da Gerência de
Navegação Aérea da Regional-RJ com o DECEA, tal demanda foi atendida (Cabral, 2015,
p. 70, § 1º.), quando, em abril de 2009, este Órgão ministrou 2 turmas do Treinamento de
Facilitador em TRM para a Navegação Aérea da empresa, visando à formação de
facilitadores orgânicos que, depois disso, passaram a ministrar o TRM neste âmbito. A
Figura 1 mostra a Construção Social do TRM (Vidal, 2001 apud Cabral, 2015, p. 72).

Figura 1 - Construção Socia do TRM

A Construção Social do TRM (Fig. 1) pode ser entendida, conforme descrição, a


seguir:

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• Consultoria – Buscou instruções do DECEA e orientou a Navegação Aérea da


Regional-RJ da empresa na implantação do Treinamento em TRM: (i) pesquisadora, como
psicóloga de Navegação Aérea da Regional-RJ, que elaborou Projeto do TRM e minuta da
norma interna (Brasil, 2012d apud Cabral, 2015, p. 70, § 3º.), iniciando a implementação
do Treinamento de Facilitador em TRM.
• Grupo de Suporte - Deu suporte à implantação do Treinamento em TRM na
Navegação Aérea da Regional-RJ da empresa: (i) Gerente de Navegação Aérea e
Coordenador de Serviços de Tráfego Aéreo, ambos da Regional-RJ, que autorizaram a
visita da pesquisadora à autoridade aeronáutica (DECEA) para tratar da implantação do
TRM neste âmbito, a começar pelo Treinamento de Facilitador em TRM; (ii) Chefe do
Subdepartamento de Apoio Administrativo (SDAD), que autorizou a realização do
Treinamento de Facilitador em TRM na Navegação Aérea da empresa, e Chefe da Divisão
de Apoio ao Homem (DAH), que deu apoio para ministrá-lo neste âmbito, ambos do
DECEA; e (iii) representantes da Superintendência de Navegação Aérea (DONA) e do
Departamento de Recursos Humanos (DARH), ambos da Sede da empresa, que ajustaram
o Projeto e a minuta da norma do TRM, ora elaborados pela pesquisadora, para viabilizar
a implantação do Treinamento em TRM na Navegação Aérea, como treinamento
corporativo da empresa.
• Grupo de Acompanhamento - Monitorou a implantação do Treinamento em TRM
na Navegação Aérea da empresa: (i) pesquisadora, como psicóloga de Navegação Aérea
da Regional-RJ, que coordenou e acompanhou a sua implantação neste âmbito até a
implementação do Treinamento de Facilitador em TRM; e (ii) representantes da DONA /
Sede, responsáveis pela implantação, coordenação, acompanhamento e avaliação do
Treinamento em TRM, a partir daí.
• Grupo de Trabalho – Contribuiu para a implantação do Treinamento em TRM na
empresa: (i) Facilitadores do DECEA, que ministraram o Treinamento de Facilitador em
TRM na Navegação Aérea da Regional-RJ (abril / 2009); (ii) Chefias da Navegação Aérea
da Regional-RJ e seus Órgãos de Navegação Aérea (ONAs) jurisdicionados, que indicaram
o público-alvo com perfil para participar do Treinamento de Facilitador em TRM; (iii)
representantes da DONA / Sede, que indicaram participantes da Sede, demais Regionais e
respectivos ONAs jurisdicionados para o referido Treinamento; (iv) representantes do
DARH / Sede, que deram suporte administrativo-financeiro para a realização do
Treinamento de Facilitador em TRM e do Treinamento em TRM, passando a caracterizá-

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los como corporativos da empresa; (v) Facilitadores da Navegação Aérea, que realizaram
o Treinamento de Facilitador em TRM do DECEA e depois passaram a atuar como
facilitadores do Treinamento em TRM; e (vi) participantes do Treinamento em TRM da
Sede, Regional-RJ e seus ONA´s, demais Regionais e seus ONAs.
A implementação do Treinamento de Facilitador em TRM na Navegação Aérea
precedeu a implantação do Treinamento em TRM, passando ambos a constituir
treinamentos corporativos da empresa, baseados em norma interna, sob a coordenação da
DONA e do DARH / Sede. Assim, a demanda gerencial do Treinamento em TRM foi
considerada atendida, indo além da exigência normativa do DECEA, ao englobar, além de
Controladores de Tráfego Aéreo (CTAs), também agentes de outras atividades
operacionais: (a) Meteorologia Aeronáutica, operada por Profissionais Técnicos em
Meteorologia (PMETs) e Meteorologistas (MEGs); (b) Informações Aeronáuticas,
operadas por Técnicos de Informações Aeronáuticas (TIAs); (c) Telecomunicações
Aeronáuticas, operadas por Operadores de Telecomunicações Aeronáuticas (OEAs); e (d)
outras – chefias (gerentes e coordenadores da Navegação Aérea), Especialistas em
Navegação Aérea (ENAs) e Profissionais de Segurança Aeroportuária (PSAs) (Cabral,
2015, p. 73, § 1º.).
Após atendida a demanda gerencial do TRM, o estudo teve sua continuidade,
primeiramente, com o uso de questionários e entrevistas, por meio de visitas aos ONAs da
Regional-RJ, a seguir: (a) Visitas de Investigação de incidentes de tráfego aéreo (Cabral,
2015, p. 77, § 1º.), realizadas em 2009 e 2010; e (b) Visitas de Prevenção (Cabral, 2015, p.
87, § 3º.), realizadas no 1º. semestre / 2011. Tais visitas apontaram para demandas globais,
dentre as quais destacam-se, especificamente, as referentes ao TRM (Cabral, 2015, p. 78,
§ 1º.; Cabral, 2015, p. 82, § 1º.): (i) aplicar o Treinamento em TRM aos chefes – chefias
da DONA, Gerentes, Coordenadores e Encarregados Regionais, Gerentes, Coordenadores
e Encarregados dos ONAs, antes dos operadores propriamente ditos; (ii) realizar
diagnóstico organizacional anual, como retroalimentação para a atualização do conteúdo
do referido Treinamento; (iii) designar os facilitadores das próprias Regionais e respectivos
ONAs sob sua jurisdição para a aplicação periódica do Treinamento em TRM neste âmbito,
com base em resultados do diagnóstico organizacional anual; e (iv) aplicar o TRM na
modalidade de Gerenciamento do Perigo e do Erro (Threat and Error Management - TEM),
em substituição à de Gerenciamento do Erro (Error Management - EM), adotada pela
empresa, por prescrição da norma do DECEA (Brasil, 2005 apud Cabral, 2015, p. 68, §
3º.). Tais demandas globais confirmaram as premissas básicas contidas no Projeto do TRM,

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inicialmente, elaborado pela pesquisadora, que, contudo, não foram inseridas na revisão e
confecção da norma interna, e, portanto, não foram colocadas em prática.
Assim, em 2011, a pesquisadora buscou apoio do Programa de Engenharia de
Produção (PEP) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) para ampliar o estudo
além dos moldes do TRM adotados pela Navegação Aérea da empresa, formalizando-o
como pesquisa de doutorado, sob autorização do Gerente de Navegação Aérea da Regional-
RJ.

2 BASE CONCEITUAL E METODOLOGIA


A partir do 2º. semestre de 2011, então, se deu a Construção Social do Estudo
(Vidal, 2001 apud Cabral, 2015, p. 98), cuja representação gráfica encontra-se na Fig. 2,
abaixo.

Figura 2 - Construção Social do Estudo

Pode-se entender a Construção Social do Estudo (Fig. 2) por sua descrição, a seguir:
• Consultoria - Responsável pela análise das demandas e elaboração do projeto de
pesquisa, sendo constituída por: (i) pesquisadora, como psicóloga de Navegação Aérea da
Regional-RJ da empresa, que elaborou a proposta do estudo “Uma Análise Qualitativa da
Segurança Operacional no Contexto Organizacional Envolvendo as Interações de um Elo
Civil do Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB)”; e (ii) seu orientador
de doutorado do PEP / Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-graduação e Pesquisa de
Engenharia (COPPE) / UFRJ, coautor do artigo, que aprovou a referida proposta, ajustando
o título para “Uso de Multimetodologia para Estudo de Ambientes Civis de Navegação
Aérea”.

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• Grupo de Suporte - Responsável pela autorização e suporte ao desenvolvimento do


estudo, com vistas a contribuir para melhorias em Fatores Humanos na segurança
operacional da Navegação Aérea da Regional-RJ da empresa, sendo constituído por: (i)
Superintendente da Regional-RJ; (ii) Gerente de Navegação Aérea da Regional-RJ; (iii)
chefe da Coordenação de Serviços de Tráfego Aéreo da Regional-RJ, setor inicial de
lotação da pesquisadora; e (iv) chefe da Coordenação de Segurança Operacional da
Regional-RJ, para onde a pesquisadora foi realocada a partir de 2011.
• Grupo de Acompanhamento - Responsável pelo desenvolvimento, condução e
orientação do estudo, sendo constituído pelos mesmos componentes da Consultoria: (i)
pesquisadora, como psicóloga de Navegação Aérea da Regional-RJ da empresa; e (ii) seu
orientador do PEP / COPPE / UFRJ.
• Grupo de Trabalho - Composto pelo efetivo de Navegação Aérea dos ONAs da
Regional-RJ, dos seguintes cargos: (i) CTAs; (ii) OEAs; (iii) TIAs; (iv) PMETs; (v) MEGs;
(vi) ENAs; (vii) PSAs com lotação na Navegação Aérea; e (viii) chefias – gerentes,
coordenadores e encarregados.
O estudo buscou fundamentação na seguinte base conceitual, conforme a seguir:
• Enfoques em Fatores Humanos – (1) Teoria “Z”, voltada para o equilíbrio das
variabilidades externa e interna no desempenho humano, por meio de antecipação na
detecção de ameaças e atualização de procedimentos, antes que erros causem danos ao
sistema como um todo (Hollnagel, 2007 apud Cabral, 2015, p. 15, § 5º.); e (2) Engenharia
de Resiliência, voltada para o desenvolvimento das habilidades de flexibilização e
adaptação a mudanças frente a variabilidades (Woods & Cook, 2002; apud Cabral, 2015,
p. 16, § 2º.), por meio de múltiplas técnicas e “Segundas Histórias” (Woods & Cook, 2002
apud Cabral, 2015, p. 17, § 1º. e § 2º.).
• Metagovernança, voltada, principalmente, para a intensificação do diálogo top-
down e botton-up (Requisite Variety) acerca das regras vigentes, questionando as relações
de poder (Jessop, 2002 apud Cabral, 2015, p. 23, § 3º.).
• Cultura – (1) Método Preditivo em Segurança Operacional, voltado para ações
mitigatórias com antecipação, a partir da compreensão do trabalho como praticado (ICAO,
2013, 2009, 2005c apud Cabral, 2015, p. 28, § 4º.); e (2) Cultura Organizacional do Tipo
Generativo, voltada para corresponsabilidades e novas ideias (ICAO, 2006; ICAO, 2013,
2009 e 2005c apud Cabral, 2015, p. 29, § 5º.).

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• Métodos de Estruturação de Problemas - MEP (Problems Structuring Methods -


PSM) (Rosenhead, 1989 e 2001apud Cabral, 2015, p. 31, § 1º.) em Pesquisa Operacional
- PO (Operational Research - OR) Soft (Estellita Lins & Arêas, 2009 apud Cabral, 2015,
p. 31, § 1º.) para lidar com objetivos conflitantes em situações complexas – (1)
Multimetodologia (Mingers, 2006 apud Cabral, 2015, p. 32, § 4º.), voltada para melhorar
problemas via diálogo entre diversos atores sob diferentes perspectivas; e (2) Mapa
Conceitual (Estellita Lins, Antoun Netto et al, 2010 apud Cabral, 2015, p. 36, § 2º.), voltado
para preservar e compartilhar o conhecimento organizacional, ao “questionar hipóteses,
reconhecer novos padrões, estabelecer novas conexões e visualizar o desconhecido”
(Wandersee, 1990 apud Cabral, 2015, p. 36, § 2º.).
• Complexidade e Sistemas Complexos (ICAO, 2002 e Hollnagel, 2007 apud Cabral,
2015, p. 37, § 3º.) – (1) Pensamento Sistêmico, voltado para interações interdependentes,
por meio de “loops iterativos” e entendimento da “bagunça” (Gharajedaghi, 2011 apud
Cabral, 2015, p. 39, § 1º. e 2º.; p. 40, § 1º.-3º.); (2) Paradoxos da Complexidade (Estellita
Lins, 2011; Estellita Lins, 2014 apud Cabral, 2015, p. 44, § 1º.-p. 50, § 4º.), voltados para
relações dialogais sistêmicas, funcionais e compreensivas em conflitos; e (3) Metáforas
Organizacionais, voltadas para entender valores organizacionais e lidar com suas incertezas
(Souza, 2009; Monteiro, 2011 apud Cabral, 2015, p. 51, § 3º.-p. 53 § 4º.).
• Teoria Psicológica de Abraham Maslow, voltada para as necessidades básicas
humanas (Costa, 1980; Neves, 2009 apud Cabral, 2015, p. 54, § 3º.).
Assim, o estudo em Fatores Humanos na segurança operacional do sistema
complexo de Navegação Aérea da Regional-RJ da empresa, a considerar as peculiaridades
de suas partes, teve fins preventivos e abordagem qualitativa, se propondo a identificar,
estruturar, analisar e monitorar problemas, de forma contínua, sob diferentes perspectivas,
em complementação e suporte ao TRM. Aproveitou-se a aplicação do Programa de
Acompanhamento Psicológico, prescrito em norma interna (Brasil, 2010b e 2012e apud
Cabral, 2015, p. 99, § 3º.), composto por entrevistas e testes psicológicos, para também
viabilizar o levantamento de problemas e seus impactos negativos no desempenho
operacional, por meio de visitas anuais – Visitas Internas da Psicologia (VIPs), aos 6 (seis)
ONAs da Regional-RJ (Cabral, 2015, p. 102, § 1º.), do 2º. semestre de 2011 a 2014.
Aplicou-se Multimetodologia, de periodicidade anual, visando estimular o
Pensamento Sistêmico para promover iterações e interações interdisciplinares e
interdependentes entre os diversos agentes de Navegação Aérea da Regional-RJ.

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Fundamentada na base conceitual descrita, a Tab. 1 mostra o emprego da Multimetodologia


com suas fases, objetivos e instrumentos, em que se destaca o Mapa Conceitual (Cabral,
2015, p. 101).

Tabela 1 - Fases, Objetivos e Instrumentos da Multimetodologia

A referida Multimetodologia consistiu de 4 fases: (i) 1 ª. Fase / 2º. Semestre de 2011


– Conscientização, Representação e Formalização dos Problemas; (ii) 2 ª. Fase / 2012 –
Primeira Atualização da Conscientização, Representação e Formalização dos Problemas;
(iii) 3ª. Fase / 2013 – Segunda Atualização da Conscientização, Representação e
Formalização dos Problemas; e (iv) 4ª. Fase / 2014 – Terceira Atualização da
Conscientização, Representação e Formalização dos Problemas.
Foram utilizados múltiplos instrumentos em cada fase da Multimetodologia, dentre
eles Dinâmicas de Grupo, Videos, Palestras, Trabalhos Grupais, Mapas Conceituais,
Relatórios e Debriefings, visando aos objetivos de: (a) conscientização dos problemas, com
ênfase em variabilidade e emergência – Dinâmicas de Grupo, Resumo do Video e Palestras;

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(b) representação dos problemas, com ênfase em interações / percepções – Exercícios


Grupais (Registro por Brainstorm, Registro por Símbolos e Simulação sujeito à
Autorização para Filmagem, Debate, Apresentação Oral); e (c) formalização dos
problemas, com ênfase em novos paradigmas / paradoxos – Mapa Conceitual, Relatório e
Debriefing.
A maioria das equipes que participou dos Exercícios Grupais preencheu o
Formulário de Autorização para Filmagem, a exemplo do ONA 1 (G), onde, na 1ª. Fase /
2º. Semestre de 2011, apenas 5 das 20 equipes participantes não a autorizaram. Ademais,
após cada fase da Multimetodologia, foi aplicada Pesquisa de Opinião, bem como
elaborados Mapa Conceitual e Relatório pela pesquisadora, enviados às chefias da DONA,
Regional-RJ e seus ONAs jurisdicionados, como feedback referencial para a continuidade
das fases subsequentes e contribuição para melhorias. Por indisponibilidade das chefias, o
Debriefing só foi realizado na 1ª. Fase / 2º. Semestre de 2011, embora tenha feito falta nas
demais.

3 RESULTADOS
O estudo teve maior abrangência de resultados, mas este artigo se limitará a
descrever aqueles: (a) quantitativos referentes à Participação nos 6 ONA; e (b) qualitativos
referentes à Pesquisa de Opinião e Análise Compatibilizada de Mapas Conceituais no ONA
1 (G).
A princípio, a Tab. 2 mostra o índice de participação no estudo, do 1º. Semestre /
2011 a 2014, em todos os ONAs da Regional-RJ, seguida de sua análise quantitativa.

Tabela 2 - Índice de Participação no Estudo em todos os ONAs da Regional-RJ

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Tomando-se como referência o índice total de participação nos 6 ONAs da


Regional-RJ, tanto nas Visitas de Prevenção (1º. Semestre / 2011) quanto nas VIPs, durante
a realização das fases da Multimetodologia (do 2º. Semestre / 2011 a 2014), destaca-se que:
(i) ONA 3 (C) e ONA 4 (S) apresentaram maior percentual total de participação em relação
aos demais, respectivamente de 84,12% (53 do total de efetivo = 62) e 76,92% (30 do total
de efetivo = 39), sendo os de menor número de efetivo; (ii) ONA 2 (M) e ONA 5 (J)
apresentaram menor índice de participação, respectivamente de 43,88% (219 do total de
efetivo = 499) e 45,24% (138 do total de efetivo = 305), sendo os de maior número de
efetivo e, mesmo assim, com participação expressiva, considerando o total de efetivo de
cada um.
Ademais, os períodos com maior e menor percentual total de participação em todos
os ONAs foram, respectivamente: (a) Visitas de Prevenção – 1º. Semestre / 2011, com
76,10% do total de participação (223 do efetivo total = 293), sendo o ano com menor
quantidade total de efetivo; e (b) VIP – 2ª. Fase da Multimetodologia / 2012, com 33,66%
do total de participação (102 do efetivo total = 303), mas ainda expressivo comparado às
demais VIPs.
Além disso, a Tab. 2 indica: (i) índice de participação abaixo de 70% com letra
vermelha; (ii) decréscimo do índice de participação com seta vermelha e aumento deste
índice com seta verde, ano após ano, por ONA. Ressalta-se que, da 3ª. Fase / 2013 para a
4ª. Fase / 2014 da Multimetodologia, houve aumento no índice de participação dos ONAs,
exceto no ONA 1 (G), com diferença sutil. Apesar da variação no percentual de
participação anual dos ONAs, este se mostrou expressivo em relação ao efetivo total de
cada um.
Embora não mostrado na Tab. 2, o resultado do índice de participação por cargo,
especificamente, no ONA 1 (G), destaca a existência de: (i) maior quantitativo de
participantes de PMETs (42), PSAs (34), TIAs (25) e MEGs (21), sendo os cargos de maior
efetivo local; e (ii) menor quantitativo de participantes de OEAs (8), chefias (6) e ENAs
(1), sendo os cargos de menor efetivos na localidade. Cabe esclarecer que não há CTAs no
ONA 1 (G), pois, naquele aeroporto, estes são militares, lotados no DECEA.
A partir de agora, a Tab. 3 mostra os resultados qualitativos da Pesquisa de Opinião
no ONA 1 (G).

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Tabela 3 - Pesquisa de Opinião em todas as Fases da Multimetodologia / 2º. Semestre de 2011 a 2014

Cabe reforçar que a Pesquisa de Opinião foi aplicada após cada fase da
Multimetodologia, cujos comentários acerca dos resultados no ONA 1 (G), mostrados na
Tab. 3, seguem (Cabral, 2015, p. 212-213): (i) importância da interação entre diferentes
cargos e setores, incluindo chefias (Itens i1-i2), principalmente, durante a 2ª.Fase (Itens a1-
a3), que teve o menor índice de participação, o que contribuiu para a promoção da
interdisciplinaridade e interdependência; (ii) sinais de melhorias na comunicação e
interação entre operadores e chefias (Itens g1-g5), bem como na integração dos
funcionários na empresa como um todo, tanto na parte humana quanto empresarial (Itens
c1-c17); (iii) demanda por maior ênfase em situações reais do trabalho (Itens d1-d2); (iv)
expectativa de feedback (Item b1), bem como de maiores periodicidade (Item e1), tempo
(Item h2) e abrangência (Itens l1-l2); (v) anseio por maior tempo para debate de problemas
e conscientização de rotinas de trabalho (Item h1), bem como para atividades de grupo

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(Itens n1-n2); (vi) expectativa de divulgação do Mapa Conceitual e de obtenção de


respostas por níveis superiores da empresa aos problemas levantados (Itens j1-j4); (vii)
demandas por supressão de certas transparências conceituais (Item m1), indicando
preferência por aplicações práticas, em detrimento de teorias; e (viii) ampliação do
Treinamento em TRM (Item o1), reforçando demanda pelo TRM-TEM, em
complementação à metodologia usada. De um modo geral, os resultados da Pesquisa de
Opinião indicam maior prevalência de comentários positivos comparados aos negativos
(Cabral, 2015, p. 214, § 2º.) e, embora não conste do artigo, de respostas “acima das
expectativas” e “satisfatório” (Cabral, 2015, p. 271, § 3º.).
Por fim, a Tab. 4 mostra os resultados qualitativos da Análise Compatibilizada de
Mapas Conceituais (Cabral, 2015, p. 215-225) do ONA 1 (G), que foi dividida em 5
categorizações (Cabral, 2015, p. 2, § 1º.): (i) Aspectos Positivos; (ii) Problemas
Operacionais; (iii) Problemas Materiais / Organizacionais; (iv) Problemas Gerais; e (v)
Problemas Humanos / Grupais. Estas categorizações foram classificadas por tipos, a seguir:
(a) Iniciais em Preto; (b) Novos em Azul; (c) Reincidentes em Vermelho; e (d) Sujeitos a
Confirmação em Marrom.

Tabela 4 - Resultado da Análise Compatibilizada de Mapas Conceituais nas Fases da Multimetodologia

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Seguem alguns comentários acerca dos resultados da referida análise no ONA 1


(G), mostrados na Tab. 4 (Cabral, 2015, p. 223-225): (a) Aspectos Positivos, novamente,
como os de maior representatividade, simbolizados pela Metáfora Organizacional do
Aprendizado e da Arte de Análise (Souza, 2009; Monteiro, 2011 apud Cabral, 2015),
principalmente, referente aos PSAs como elos de ligação entre os demais cargos e setores,
denotando surpreendentes iniciativa, criatividade e gentileza (ex: 4ª. Fase / 2014 –
confecção de blocos de rascunho com papel reaproveitado e preparo do “cafezinho”),
entendidas como “Segundas Histórias” (Woods & Cook, 2002 apud Cabral, 2015); (b)
Problemas Operacionais requerendo a atualização de normas com o referencial do trabalho
real (Vidal, 2001 apud Cabral, 2015) e debates entre as diversas partes do sistema complexo
sobre objetivos comuns em segurança; (c) índice elevado de Problemas Materiais /
Organizacionais do tipo Reincidente em relação às demais categorizações provavelmente
devido à tendência da alta administração em tomar decisões sem verificar as reais
demandas operacionais, o que, sem o prévio gerenciamento, pode trazer riscos; (d)
Problemas Gerais que indicam Paradoxos da Complexidade requerendo equilíbrio para o
lado da Metacognição, Distribuição Sistêmica da Informação, Transcendência de
Processos Aberta a Mudanças e Multiplicidade do Sujeito (Estellita Lins, 2011; Estellita
Lins, 2014 apud Cabral, 2015), bem como Metáforas Organizacionais Mecanicista e de
Dominação (Souza, 2009; Monteiro, 2011 apud Cabral, 2015) tendendo à burocracia e
relações de poder, assim como descompensação da Necessidade Fisiológica do Sono
(Costa, 1980; Neves, 2009 apud Cabral, 2015) sujeitas à atenção provavelmente por
mudança na escala operacional à época; e (d) Problemas Humanos / Grupais sinalizando
dificuldades na comunicação explícita em debater situações e tendência à busca de
“culpados”, ao invés de fortalecer as diferentes habilidades de equipes e feedback contínuo.

4 CONCLUSÃO
O artigo aborda estudo em Fatores Humanos na segurança operacional de 6 ONAs
da Regional-RJ de dada empresa, com fins preventivos e abordagem qualitativa, baseado
em pesquisa de doutorado (Cabral, 2015). Adotou Multimetodologia, em complementação
e suporte ao TRM, por meio de VIPs, em 4 fases anuais (2o. Sem. 2011-2014), compostas
por múltiplos instrumentos, sendo Mapa Conceitual o elo integrador dos demais e
Pensamento Sistêmico a principal base teórica (Cabral, 2015, p. 250, § 2º.). Promoveu
iterações e interações interdisciplinares e interdependentes para identificar, estruturar,
analisar e monitorar problemas, com vistas aos objetivos de sua conscientização,

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representação e formalização, destacando-se os resultados qualitativos no ONA 1 (G): (i)


detecção de problemas e aspectos positivos, com maior alcance dos objetivos de sua
conscientização e representação do que de sua formalização (Cabral, 2015, p. 251, § 2º. e
p.259, § 3º.); (ii) cultura organizacional burocrática requerendo mudança para a generativa,
e extensão de debates aos níveis organizacionais e institucionais (Cabral, 2015, p. 255, §
2º.); (iii) métodos proativo e reativo em segurança operacional requerendo mudança para
o preditivo para antecipar ameaças potenciais; e (iv) restrições do TRM-EM requerendo
ajuste para o TRM-TEM e diagnósticos organizacionais contínuos. Contribuiu para o
entendimento do sistema complexo de Navegação Aérea no seu todo, exercício do papel
integrado das partes na gestão conjunta de problemas, e reforço de aspectos positivos.

TERMO DE RESPONSABILIDADE
Os autores são os únicos responsáveis pelas informações incluídas neste trabalho e
autorizam a sua publicação nos canais de divulgação científica do ABERGO/2020.

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