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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS E SOCIAIS


CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

APLICAÇÃO DE PROCESSOS DE MONITORAMENTO POR TELEMETRIA


PARA MELHORIA DAS OPERAÇÕES: UM ESTUDO DE CASO EM UMA
EMPRESA DE TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE PASSAGEIROS

JOÃO PAULO BONIFÁCIO DA SILVA

TRÊS RIOS
2021
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS E SOCIAIS
CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

APLICAÇÃO DE PROCESSOS DE MONITORAMENTO POR TELEMETRIA


PARA MELHORIA DAS OPERAÇÕES: UM ESTUDO DE CASO EM UMA
EMPRESA DE TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE PASSAGEIROS

JOÃO PAULO BONIFÁCIO DA SILVA

Sob a Orientação do Professor


Robson Tavares da Silva

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado ao Curso de Administração, da
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro,
Instituto Três Rios, como requisito parcial para
obtenção do título de Bacharel em
Administração.

Três Rios, RJ
Agosto de 2021
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ................................................................................................. 4
2. OBJETIVOS...................................................................................................... 5
2.1. Objetivo Geral ..................................................................................................... 5
2.2. Objetivos específicos ........................................................................................... 5
3. HIPOTESES ...................................................................................................... 5
4. JUSTIFICATIVA .............................................................................................. 6
4.1. Importância ......................................................................................................... 6
4.2. Viabilidade .......................................................................................................... 6
4.3. Originalidade ....................................................................................................... 6
5. REVISÃO DA LITERATURA .......................................................................... 7
5.1. Monitoramento do Desempenho ........................................................................... 7
5.2. Qualidade na Operação do Serviço ....................................................................... 8
5.3. Monitoramento por Telemetria ........................................................................... 12
6. METODOLOGIA ........................................................................................... 13
7. CRONOGRAMA............................................................................................. 15
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS ............................................................ 16
1. INTRODUÇÃO

O início do transporte rodoviário no Brasil foi a partir das instalações das malhas
ferroviárias que surgiram no século XIX, logo após sendo ampliada devido a política naquela
época e instalações das indústrias automobilísticas. A partir desse aumento, também ampliou
de forma significativa a rede rodoviária de nosso país, se tornando então até hoje a principal via
de escoamento de cargas e passageiros do país.
De acordo com o CNTTL (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transporte e
Logística) o transporte rodoviário hoje representa aproximadamente 60% das cargas
transportadas em todo os país e o transporte público é encarregado pelo deslocamento de 59
milhões de passageiros diariamente, atendendo por mais de 60% dos deslocamentos
mecanizados nas cidades brasileiras.
Com o aumento das frotas e de funcionários envolvidos na operação, se faz necessário
ferramentas para maior controle. Visando a segurança, controle e a qualidade do serviço
prestado para os clientes, as empresas de transporte vem adotando ferramentas tecnológicas de
monitoramento da operação, onde consegue auxiliar o condutor de veículo em tempo real,
mesmo em longa distância, na condução correta do veículo, com o objetivo de gerar mais
satisfação para os passageiros, além de reduzir o desgaste da frota e auxilia na melhoria
continua.
Com o atual cenário que estamos vivenciando nos dias de hoje, ganha quem melhor
entregar seu produto/serviço com qualidade para seu cliente. Hoje a qualidade no serviço
prestado tem sido utilizada como “arma” para aumentar a competitividade entre as
organizações. Logo, a adoção desse tipo de tecnologia, vem impactar diretamente na satisfação
do cliente quanto a qualidade do serviço prestado.
Com aumento de toda essa preocupação com o cliente, controle da operação e visando
a melhoria continua, hoje temos como ferramenta a telemetria, que nos permite monitorar a
operação, mesmo em longa distância. Essa ferramenta hoje é utilizada por diversas empresas,
não apenas com o intuito de gerar maiores índices de segurança, mas também focado na
qualidade do serviço prestado, elevando sua competitividade diante a diferenciação do serviço
oferecido quando comparado a outras empresas.
Conforme os pontos abordados, o presente trabalho busca identificar dentro de uma
empresa de transporte de passageiros rodoviários, de que maneira essas ferramentas
tecnológicas e quais os efeitos elas podem causar na operação do serviço prestado. Diante do
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atual cenário que vivenciamos e dos conceitos de livros de autores renomados, iremos
identificar como a telemetria pode e consegue influenciar na qualidade e melhoria da operação
dos veículos da empresa, gerando maiores índices de qualidade e segurança, impactando
diretamente na satisfação dos clientes.

2. OBJETIVOS

2.1. Objetivo Geral

Abordar os efeitos relacionados ao sistema de telemetria com foco na operação, tendo


como estudo de caso a empresa Viação Águia Branca, garagem de Três Rios/RJ.

2.2. Objetivos específicos

• Identificar de que maneira o sistema de telemetria pode auxiliar as empresas na


melhoria continua de seus serviços prestados.
• Analisar dados da empresa Viação Águia Branca.
• Identificar como o sistema de telemetria pode influenciar na qualidade e
segurança do serviço prestado

3. HIPOTESES

Cervo e Bervian (1983) definem hipótese com a suposta verdade ou explicação


conhecida sobre o que se busca, onde no decorrer do projeto será testada e pode ser comprovável
ou degenerável pelos fatos. O que decidira sobre a verdade ou falsidade dos fatos serão os dados
recolhidos e processados. O Autor ainda afirma que as hipóteses podem ser tidas por dedução
dos resultados já conhecidos ou por experiência própria.
Dessa maneira, com o intuito de reforçar a solução dos objetivos específicos, temos as
seguintes hipóteses elaboradas para serem testadas:

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H₁: O sistema de telemetria consegue auxiliar a empresa a colocar em prática a melhoria
continua apontando e ajudando a compreender os pontos onde se devem mais atenção e
melhoria.
H₂: A adoção pelo sistema de telemetria influencia diretamente na qualidade, segurança
e controle do serviço prestado.

4. JUSTIFICATIVA

Conforme Kauark (2010) enaltece a importância de o tema ser estudado e explica a


vontade intensa de levar a efeito tal ação. Para melhor entender a justificativa do projeto, foi
desdobrado em impotência, viabilidade e originalidade.

4.1. Importância

Adquirir e fornecer conhecimentos na aplicação de instrumentos tecnológicos na área


de operação do transporte.
Apresentar a importância de utilizar equipamentos tecnológicos voltado para melhoria
da qualidade e com isso aumentar a competitividade.
Colaborar para os estudos na área de operações com o foco na utilização da tecnologia
para melhoria da qualidade.

4.2. Viabilidade

O pesquisador é colaborador efetivo da Viação Águia Branca, dedicando-se em escalas


de 12/36 horas em períodos diurnos, com disponibilidade diurna e noturna durante as folgas
para realização das atividades para a pesquisa.
A empresa utiliza equipamentos tecnológicos no qual serão estudados os dados e
resultados disponibilizados.

4.3. Originalidade

O tema escolhido ainda não é muito encontrado em literaturas de autores conceituados.


É abordado ferramentas tecnológicas na área da operação com o intuito de auxiliar na qualidade
dos serviços prestados, porém esse tema irá abordar a aplicação desse instrumento em uma
empresa de transportes e assim fomentando o conhecimento mais aprofundado.

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5. REVISÃO DA LITERATURA

5.1. Monitoramento do Desempenho

A cada dia que passa a competitividade entre as empresas está cada vez mais acirrada.
Devido a esse aumento da competitividade as empresas buscam diferenciar-se de seus
concorrentes em termos de qualidade, serviço, disponibilidade de produtos personalizados,
inovação e eficiência nas respostas. Adotam essa estratégia para não só competir no preço de
mercado praticado por seus produtos/serviços, mas também de acordo com o valor oferecido
(CORRÊA E CORRÊA, 2007). Quando a empresa decide concorrer nesses pontos não
financeiro é necessário que tenham informações sobre o desempenho em todos esses outros
fatores, não apenas focando no custo. De acordo com Corrêa e Corrêa (2007) esse foco em
outros fatores começou a chamar a atenção dos gestores para as relações entre medidas de
desempenho e a estratégia competitiva.
Conforme Neely et al (1995), a medição de desempenho é o método de avaliar a ação,
em que a medição é o método de avaliação da ação que conduz ao desempenho. Analisando o
mercado de uma forma competitiva podemos verificar que as empresas, para conseguir alcançar
seus objetivos, procuram satisfazer seus clientes de uma maneira mais eficiente e eficaz que
seus concorrentes (CORRÊA e CORRÊA, 2007).
O grau de desempenho de uma operação é o encargo dos níveis de eficiência e eficácia
que suas ações têm e para a sua medição temos a medição de desempenho, medidas de
desempenho e sistema de medição de desempenho. Corrêa e Corrêa (2007) define medição de
desempenho como o procedimento de quantificar a eficiência e eficácia de suas ações usadas
por uma operação. Já medidas de desempenho é definida como as medidas utilizadas para
quantificar a eficiência e eficácia de ações. Um sistema de medição de desempenho é um grupo
lógico de medidas utilizadas para quantificas tanto a eficiência quanto à eficácia das ações
(CORRÊA e CORRÊA, 2007).
Com o aumento da competitividade as empresas estão cada vez mais utilizando a
medição de desempenho como fator competitivo. Passaram a adotar ferramentas para esse
controle e também como forma de se manterem no mercado onde atuam, e até mesmo como
forma de juntar capital para conquistar novos mercados (MENEZES, Cícero de et al).
Com a adoção de um bom e adequado sistemas de avaliação de desempenho, não apenas
avalia o desempenho, como também atua como fator importante em induzir condutas desejadas
nas pessoas e nos sistemas de operação, com o intuito de que as estratégias tenham maior chance
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de realmente se tornaram ações niveladas com a estratégia pretendida (CORRÊA e CORRÊA,
2007).

5.2. Qualidade na Operação do Serviço

Com a maior preocupação hoje no desempenho e o objetivo de entregar o cliente não


apenas o produto em si, mas juntamente com o produto a qualidade vinda de um bom
desempenho, as organizações vêm investindo cada vez mais em tecnologias para melhorar seus
processors. Corrêa e Corrêa (2007) define produto com um bem físico, uma informação ou
serviço, ou seja, o resultado de qualquer processo. Assim como a qualidade é definida por
alguns com a compatibilidade com algum padrão pré-definido (especificações, procedimento
ou requisitos). Os padrões são fundamentais para assegurar as responsabilidades dos integrantes
no desenvolvimento em termos de qualidade, mas não responsabilidade da organização
(JURAN apud CORRÊA E CORRÊA, 2007). Os padrões devem ser determinados em termos
de alcançar as necessidades do cliente e inexistência de deformidades. Cliente é definido por
Corrêa e Corrêa (2007) como alguém que é atingido pelo produto, seja ele interno ou externo.
De acordo com Slack et al. (2002) quando bem exercido a qualidade dentro de uma
operação, não há satisfação apenas dos clientes externos, mas também há satisfação de todas as
pessoas que estão envolvidas nesse processo, onde satisfazer os clientes internos se torna
importante para pode manter a qualidade dos serviços oferecidos aos clientes externos.
Com o foco no cliente e na entrega do serviço com a inexistência de deformidades, é
necessário que seja realizado também o controle da qualidade das operações. Gaither e Frazier
(2002) diz que, administrar a qualidade das operações da prestação de serviços é tão importante
quanto administrar a qualidade das operações de produção, pois na prestação de serviços não
apenas a qualidade do produtos e serviços oferecidos são verificadas pelos clientes, mas
também a qualidade da maneira como os serviços são executados.
Geralmente a qualidade dos produtos e serviços é definida pelos clientes e não pela
empresa que produzem o produto, pois a qualidade é a percepção do cliente quanto ao grau de
suas expectativas que o produto atende (GAITHER e FRAZIER, 2002).
Para melhor compreender a Qualidade, Gaither e Frazier (2002), abordam a dimensões
da qualidade. Quando os clientes analisam a qualidade, eles levam em consideração diversos
aspectos diferentes dos produtos e serviços. As organizações precisam buscar os clientes para
definir os padrões de medida de qualidade. As pesquisas e sugestões feitas aos clientes podem

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ser usados como dados que dizem a respeito da qualidade. Desempenho, característica,
confiabilidade, utilidade, durabilidade, aparência, atendimento ao cliente e segurança são
algumas dimensões da qualidade do produto (GAITHER e FRAZIER, 2002).
Slack et al. (2002) define a qualidade coma a resistente compatibilidade com o que os
consumidores esperam do produto, onde ela necessita ser compreendida a partir do ponto de
vista do consumidor, pois para os consumidores, a qualidade de um produto ou serviço é o que
ele mesmo compreende como qualidade.
Gaiter e Frazier (2002) dizem que a expectativa dos clientes com a qualidade pode
mudar com o passar do tempo e também pode ser atingida por diversos fatores, incluído
produtos da concorrência. Assim como a expectativas dos clientes podem mudar com o decorrer
do tempo, os produtos e serviços também podem e devem ser aperfeiçoado com o tempo para
melhor atender essas mudanças que ocorrem em seus clientes.
De acordo com os níveis ou classes diferentes de produtos, as expectativas de qualidade
dos clientes são diferentes, pois irá depender sua necessidade e percepção diante o produto.
Hoje diversas empresas têm como objetivo se tornar empresa de classe mundial, que em termos
de qualidade que expressa que cada um seus produtos e serviços sejam considerados pelos
clientes o melhor da categoria, o que significar ser o melhor em determinada categoria de
produto ou serviço (GAITHER e FRAZIER, 2002).
Para obter a qualidade são necessárias diversas tarefas ou realizações, para isso Gaither
e Frazier (2002, p. 490) geraram os determinantes da qualidade:
• Qualidade do projeto: antes de uma empresa elaborar e exibir seus
produtos para atender às expectativas dos clientes, ela deve primeiro
identificar que são seus clientes, depois definir o que eles querem dos
produtos e serviços, para então elaborar e exibir.
• Capacidade dos processos de produção: é necessário que seja desenvolvido
um processo de produção capaz de produzir produtos com traços
necessários para atender às expectativas dos clientes
• Qualidade de conformidade: Os locais de produção devem ser conduzidos
para executar produtos e serviços que respondam às especificações de
projeto e desempenho voltados para as expectativas dos clientes.
• Qualidade do atendimento ao cliente: Todos os clientes que entrarem em
contato com a empresa tem que sentirem que foram tratados de forma
justa e educada, atendendo suas necessidades imediatamente e com
interesse.
• Cultura e qualidade da empresa: Todos devem dedicar-se com persistência
afim de fazer o necessário para projetar, produzir e dar assistência técnica
aos produtos e serviços que sirvam às expectativas dos clientes.
Recomenda-se então reforçar instrumentos para melhorar constantemente
cada uma das particularidades da empresa com a finalidade de prover um
nível cada vez mais de satisfação dos clientes.

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Como a qualidade está ligada diretamente a produção e satisfação das necessidades e
expectativas dos clientes, gera-se também custo para que ela seja desempenhada em cada dos
produtos e serviços. De acordo com Gaiter e Frazier (2002) alguns custos com a qualidade
surgem para evitar a má-qualidade e outros surgem após a má-qualidade ocorrer.
Conforme abordado por Gaiter e Frazier (2002), a antiga visão de controle da qualidade
era de que custa mais adquirir um produto de maior qualidade, porém essa visão hoje mudou.
A qualidade impulsiona a produtividade, pois quando se realiza a tarefa da maneira certa uma
vez e produz produtos e serviço sem falhas, o desperdício é eliminado e o custo de produção
reduzido. Os custos diminuem de acordo com que qualidade do produto aumenta, pois gera
menos sucata, menos produtos são devolvidos em forma de garantia e não muitas paradas na
produção. Então hoje, a maioria dos programas de gerência da qualidade são tidos por muitas
organizações como aplicação para aperfeiçoar a produtividade (GAITHER e FRAZIER, 2002).
Conforme abordado por Slack et al. (2002) é necessário que cada seção da operação seja
monitorada para garantir que as tarefas planejadas estejam de fato acontecendo e com isso,
qualquer tipo de desencaminhamento dos planos pode ser corrigido por algum tipo de ação na
operação, onde envolvera algum outro tipo de planejamento.
Com a maior ênfase hoje da qualidade no momento da produção, a responsabilidade de
produzir produtos de alta qualidade não é do controle da qualidade, mas sim das próprias
pessoas que o produzem, onde cada funcionário para passa a operação seguindo produtos de
perfeita qualidade e a próxima operação é considerada um cliente interno (GAITHER e
FRAZIER, 2002).
No processo de produção, ligado a qualidade, podem haver obstáculos, que são os
fatores controláveis e incontroláveis, no qual são definidos por Gaiter e Frazier (2002). Fatores
controláveis: mal funcionamento das máquinas, material ruim e métodos de trabalho incorretos,
esses fatores podem anulados com a dedicação de toda a equipe, inclusive a gerência. Fatores
incontroláveis: temperatura, atrito, vibração, variação ocasional e outras formas naturais, que
só são capazes de ser reduzidos se redesenhar a planta ou substituir os processos de fabricação
existentes. Todo processo de produção possui fatores incontroláveis e que afetam a qualidade
e causam variações no produto, se faz necessário que todas elas sejam revistas, pois se gerar
variações grandes no produto, acaba não correspondendo às expectativas dos clientes.
Procurando reduzir as variações na qualidade dos produtos, hoje as empresas se veem
na necessidade de colocar em prática a melhoria continua, que nada mais é que mudanças
pequenas e continuas no processo de produção com intuito de melhoria. Essa abordagem

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concede as organizações começos moderado e realiza pequenas mudanças em rumo da
excelência. Como vantagem temos os resultados que tendem a ser superados quando
comparados no começo moderado da empresa, evitando decepção e afastamento, com pequenos
atos de melhorias, traz para a organização um sentimento de que sempre podem ser melhores.
As ações da organização, dificilmente serão suficientemente boas, fazendo com que elas sempre
lutem por categorias de desempenho cada vez mais elevados (GAITHER e FRAZIER, 2002).
O melhoramento continuo é tido como um ponto de vista de melhoramento de
desempenho que pressupõe mais passos, porém menores de melhoramento acrescido. Nessa
abordagem conforme Slack et al. (2002), não importa se o melhoramento que acontece é
pequeno, o que realmente importa é que a cada período tenha ocorrido algum tipo de melhoria.
Devido a maioria dos serviços serem intangíveis, a aplicação da melhoria continua
expõe algumas dificuldades para determinar sua qualidade. Em alguns serviços prestados não
há medidas para medir o desempenho do serviço recebido, então os clientes produzem seus
próprios padrões, equiparando o serviço que foi recebido com o serviço que desejariam receber.
Para a maioria dos serviços, o artificio competitivo é a qualidade percebida do serviço, pois os
preços, rapidez, entre outros, podem não ser diferentes dos concorrentes, mas qualidade do
serviço prestado sim, então acaba se tornando objetivo principal na estratégia operacional
(GAITHER e FRAZIER, 2002).
Para Gaiter e Frazier (2002) a qualidade não começa e termina no momento que o
serviço está sendo prestado, a qualidade começa desde a produção das matérias-primas,
preparação, peças e suprimentos que devem ser de alta qualidade antes de ser utilizados. É
necessário examinar cada composição do processo para assegurar sua qualidade, de acordo que
for examinado e aprovado, vai passando para as próximas etapas. Esse controle tem o objetivo
de aprimorar a qualidade do produtor e serviço e identificar possíveis erros, para então adotar
medidas corretivas. Depois de pronto, os produtos e serviços são estudados com o intuito de
saber se estão de acordo com as expectativas dos clientes.
A ideia de que a produção de bens e serviços de alta qualidade são capazes de oferecer
as organizações uma importante vantagem competitiva, vem aumentando cada vez mais, pois
a boa qualidade fornece cliente satisfeitos e hoje muitos gerentes concordam com a ideia de
que, a longo prazo, a qualidade será um fator de suma importância isolado que influenciara o
desempenho de uma organização em comparação a seus concorrentes. (SLACK et al., 2002)

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5.3. Monitoramento por Telemetria

Em busca da melhoria continua, satisfação das expectativas e fidelização dos clientes,


as empresas hoje vêm investimento em novas tecnologias com o intuito de controlar a qualidade
do serviço prestado aos seus clientes. Algumas empresas hoje, especialmente no ramo do
transporte, estão adotando o sistema de Telemetria, que consiste em um sistema de
monitoramento utilizado para rastrear, medir e enviar informações de algum veículo ou
equipamento que esteja distante ou inacessível (FERREIRA; ZULLINO; BRIANEZ, 2018
apud LINO, 2019).
Essas máquinas, equipamentos e dispositivos que auxiliam a produção a modificar
materiais, informações e consumidores de maneira que acresça mais valor e atinja os objetivos
estratégicos da produção, são definidos por Slack et al. (2002) como tecnologias de processo.
O Conceito de Telemetria chegou por volta de 1845, no qual o termo de origem grega,
tele representa “remoto”, e metron significa “medida”, significa transmissão e recepção de
dados a distância, no qual as informações são recolhidas em bases remotas. Essa comunicação
é realizada através de uma rede sem fio, as informações são transportadas a um equipamento
receptor onde é realizado o controle. Esse controle permite que seja analisado e manipulado os
dados a distância (FERREIRA; ZULLINO; BRIANEZ, 2018 apud LINO, 2019).
De acordo com a figura a seguir um sistema de telemetria é constituído pelos seguintes
componentes: componente a ser analisado, sensores para extração de dados, meio de
comunicação dos dados, receptor e software para análise dos dados (FERREIRA; ZULLINO;
BRIANEZ, 2018 apud LINO, 2019).
Figura 1 – Pontos de um sistema de telemetria geral

Fonte: LINO (2019)

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De acordo com Trekken (2018) apud Lino (2019), diante as várias formas de aplicação
da telemetria, a principal aplicação é em veículo, com o objetivo de assegurar a segurança e
qualidade do transporte, onde vem auxiliando a minimizar riscos com acidentes de trânsito e a
redução dos custos com manutenção e combustível. Como exemplo de dados que são adquiridos
em telemetria empregue a veículo são os dados de rastreamento, que consiste em monitorar a
localização de um veículo em tempo real.
Uma das principais vantagens na utilização dos sistemas de telemetria é a segurança,
esses sistemas permitem o controla de padrões de direção que devem ser usados pelos
motoristas dos veículos da empresa, sendo então um agente de suma importância no foco de
diminuição de infrações, acidentes e gasto de combustíveis. Os sistemas de telemetria liberam
um aviso para a equipe que possui o software de monitoramento quando o motorista do veículo
ultrapassa a velocidade autorizada e quando um veículo de desloca da rota planejada, também
é emitido um alerta para a equipe de monitoramento (SILVA, et al 2019).
Como benefício na utilização desse equipamento é a diminuição e controle dos custos,
que hoje são uns dos maiores objetivos das empresas e gestores, a telemetria é capaz de
conseguir comunicações sobre abastecimento e assegurar que os condutores o utilizem de forma
adequada, em se tratando de veículos de transporte. A telemetria incentiva os funcionários
tenham atitudes de acordo com as políticas da empresa de redução de velocidade e redução no
consumo de combustível. Pode também administrar as manutenções periódicas diminuindo as
corretivas e elevando as práticas preventivas, espelhando diretamente na depreciação dos
veículos que compõe a frota (SILVA, et al 2019).

6. METODOLOGIA

Para realizar esse presente trabalho, foi determinado a estratégia da pesquisa, foi
adotado uma metodologia do tipo qualitativa de caráter exploratório e aplicado, pois considera
a análise dos fatos, características do cenário, mais adequado ao objetivo deste trabalho.
Para Kauark, Manhães e Medeiros (2010), a pesquisa de caráter qualitativo diz que os
pontos básicos deste tipo de pesquisa são a interpretação dos fenômenos e a atribuição de
significados, onde o ambiente natural é a origem direta para coleta de dados e o pesquisador é
o dispositivo-chave, no qual o processo e o seu significado são os pontos principais de
abordagem.

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Para o alcance dos dados necessário para o desenvolvimento e conclusão deste estudo,
algumas metodologias foram utilizadas e que segundo Kauark, Manhães e Medeiros (2010) a
escolha do instrumento ideal é de dever do pesquisador para que possa atingir os resultados
ideais. São eles: Pesquisa bibliográfica, pesquisa documental e estudo de caso.
Segundo GILL (1991 apud Kauark, Manhães e Medeiros 2010) a pesquisa bibliográfica
quando desenvolvida a partir de material já publicado, formado principalmente de livros, artigos
de periódicos e, hoje em dia, material disponibilizado na Internet. Esse instrumento foi utilizado
para realizar a pesquisa bibliográfica no presente estudo através de pesquisa no “Google
Acadêmico” e obras de autores conceituados dentro da administração de operações.
Ainda GILL (1991 apud Kauark, Manhães e Medeiros 2010) define a pesquisa
documental que é formada a partir de matérias que não ainda não receberam uma abordagem
analítica. Então esse tipo de pesquisa foi realizado através de dados obtidos em fontes como
dados da própria empresa da qual o estudo está sendo aplicado.
Como método de investigação foi adotado o estudo de caso conforme Cervo e Bervian
(1983), consiste na pesquisa de um determinado individuo, família, grupo ou comunidade para
pesquisa questões variadas de sua vida, onde busca explorar, descrever, explicar, avaliar e/ou
transformar uma dada realidade ou situação.
Yin (2001) discorre que o estudo de caso contribui para o entendimento que temos dos
fenômenos individuais, organizacionais, sociais e políticos. Ainda Yin (2001, p. 21) diz que:
O estudo de caso permite uma apuração para se manter as características holísticas e
significativas dos acontecimentos da vida real – tais como ciclo de vida individuais,
processor organizacionais e administrativos, mudanças ocorridas em regiões urbanas,
relações internacionais e maturação de alguns setores.

A pesquisa de campo será realizada através de dados que serão fornecidos pela empresa
Viação Águia Branca, no qual são coletados através do sistema de telemetria e reproduzidos
em software, onde são gerados os índices de segurança e qualidade. Após coletados, esses dados
serão analisados e realizado a redação do presente estudo. Os índices serão analisados com o
intuído de saber como a tecnologia envolvida na operação do transporte está auxiliando a
empresa em seu melhoramento continuo.

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7. CRONOGRAMA

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8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

CERVO, Amado Luiz; BERVIAN, Pedro Alcino. Metodologia cientifica. São Paulo,
MCGraw-Hill. 1983.

CNTTL, Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transporte e Logística. Modal


Rodoviário: História do transporte Rodoviário no Brasil. Disponível em <
https://cnttl.org.br/modal-rodoviario> Acesso em 28 de jun. 2021.

CORRÊA, Henrique L.; CORRÊA, Carlos A. Administração de produção e operações:


Manufatura e serviços: uma abordagem estratégica. São Paulo, Atlas. 2007.

GAITHER, Norman; GRAZIER, Greg. Administração de produção e operações. São Paulo,


Thomson. 2002.

KAUARK, Fabiana da Silva; MANHÃES, Fernanda Castro; MEDEIROS, Carlos Henrique.


Metodologia da Pesquisa: Um Guia Prático. Itabuna - Bahia, Via Lietterarum. 2010.

LINO, Matheus Rodrigues. Sistema de telemetria e rastreamento de veículos. 2019.


Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Engenharia de Computação) - Universidade
Tecnológica Federal do Paraná, Toledo, 2019.

MENEZES, Cícero Borges de et al. Gestão de processos logísticos para otimização de


resultados em empresas de transporte rodoviário de cargas. Trabalho de Conclusão de
Curso (Especialização em Gestão do Negócio) - Fundação Dom Cabral; Instituto de Transporte
e Logística, Rio de Janeiro, 2017.

SILVA, Bruna Cristina Ramos et al. Telemetria: um estudo sobre a gestão de informações
como fator de vantagem competitiva no Grupo JCA. Trabalho de Conclusão de Curso
(Especialização em Gestão do Negócio) - Fundação Dom Cabral; Instituto de Transporte e
Logística, São Paulo, 2019.

SLACK, Nigel et al. Administração da Produção. 2 ed. São Paulo, Atlas. 2002.

YIN, Robert. Estudo de Caso: Planejamento e Métodos. 2 ed. Porto Alegre, Bookman. 2001.

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