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O Gênero
Comentário
no PAS 1 da UEM
Universidade Estadual de Maringá
Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes
Departamento de Língua Portuguesa
Projeto de extensão
LEAL - Laboratório de ensino e aprendizagem de língua da
UEM
Equipe docente
Prof. Dr. Helcius Batista Pereira (Coordenador geral)
Equipe discente
Amanda Caroline Françoso
Eduarda Carlos Comar
Gabriela Fujita Lopes
Gabriele Clara Previato Barboza
Gabrielle Rodrigues dos Santos
Isabella de Mira Sola
Lucas Enrique Abreu de Araujo
Maria Eduarda Florenço da Silva
Raul Alexandre dos Santos Medina
LEAL O Gênero Comentário no PAS 1 da UEM
Apresentação
Boa leitura!
Equipe LEAL
LEAL O Gênero Comentário no PAS 1 da UEM
Orientações teóricas
Orientações para a produção da proposta
1. Utilize como fonte para busca das postagens-tema as redes sociais: Twitter; Instagram,
Facebook.
2. As contas devem ser públicas e/ou institucionais. Jamais use contas privadas.
3. Selecione postagens que envolvam temas sociais, comportamentais, ambientais. Evite
temas estritamente políticos.
4. Escolhida a postagem-tema, busque os textos de apoio para fornecer repertório para o
aluno escrever.
5. A estrutura da proposta deve seguir: a) textos de apoio; b) postagem-tema; c) contexto e
comando de produção.
Teste piloto
Observações
O teste piloto foi realizado em 2021, com a aplicação da proposta de produção do
gênero comentário a seguir, sem trabalho prévio sobre os aspectos constitutivos do
gênero.
Todos os textos produzidos pertencem ao banco de dados do Projeto de Extensão
Laboratório de ensino e aprendizagem de língua (LEAL) e ao Projeto de Pesquisa
Estudos dialógicos da linguagem e ensino de língua portuguesa (Processo 4353/2021).
A aplicação do teste, bem como os textos produzidos não possuem nenhum vínculo com
a Central Unificada do Vestibular (CVU) da Universidade Estadual de Maringá (UEM).
Proposta
TEXTO(S) DE APOIO
Após as discussões sobre a atitude da juíza que induziu uma criança a desistir do aborto, ela solicitou
que você escrevesse um COMENTÁRIO, para ser publicado na conta do jornal, no Instagram. Não
esqueça de: a) iniciar contextualizando o fato; b) apresentar sua opinião/julgamento; c) apresentar
seus argumentos e d) fazer uma pequena conclusão. Assine como LEITOR ou LEITORA. Seu texto
deve conter o mínimo de 15 e o máximo de 22 linhas. Não deixe linhas em branco.
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Além disso não ficou muito claro se realmente a questão foi um estupro pois a mídia colocou que a
gravidez foi decorrente de um namoro. Quem fala a verdade? Tem que se tomar cuidado para que
vidas não sejam perdidas quando a questão nem é estupro. (FATOS E OPINIÕES, SEM
ARGUMENTO).
Assim, parabenizo a juíza pela conduta ética que teve nesse caso. (CONCLUSÃO COM
RETOMADA DA POSIÇÃO)
LEITORA
A juíza Joana Ribeiro induziu uma menina de 11 anos a evitar o aborto. Morei um tempo na
Argentina e lá desde 2020 o aborto foi legalizado e mais é bem acessível a toda e qualquer
mulher em qualquer idade. O aborto é muito polemico pois de um lado tem a opinião da
sociedade, da religião e de outro da mulher que nem sempre deseja levar aquela vida
adiante.
TEXTO 5 - dissertação
Hoje em dia o aborto e um tema muito polemico, ainda mais agora com esse fato
envolvendo a menina de 11 anos. Em alguns países, como estados Unidos, já e legalizado mas
aqui ainda causa muita polemica.
De um lado estão aqueles que acreditam que a vida é um dom divino e nunguem tem o
direito de tirá-la, é uma questão de moral. Pesquisas também apontam que dependendo do
tempo o feto também pode sentir dor, assim não seria um crime mata-lo também?
De outro lado há problemas de saúde a serem considerados por abortos ilegais, nos quais as
mulheres sofrem sequelas físicas e emocionais, que precisam ser pensadas, ate porque
envolvem quase sempre a população mais pobre.
Sendo assim a solução é repensar pela legislação o problemas, fazer com que todas suas
variáveis sejam levadas em cota para se chegar a uma decisão justa para todos.
ANOTAÇÕES
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A atitude da juíza Joana ribeiro em induzir uma menina de 11 anos a esperar para abortar foi cruel
e incoerente. Cruel por se tratar de um caso envolvendo uma menor de idade e incoerente por ser
ela uma juíza e ter que ponderar melhor sobre os efeitos de se manter a gravidez.
(CONTEXTUALIZAÇÃO E OPINIÃO)
Primeiramente estamos falando de um caso de estupro e de uma gravidez de uma menina de 11
anos. Uma gravidez precoce provoca problemas físicos e emocionais de grande impacto. Físicos
porque o corpo ainda não tem o preparo para gerar bem a criança, visto que o tamanho do útero
de uma menina de 11 anos ainda é muito pequeno par isso. Psicológicos porque a maternidade
exige maturidade para ser exercida o que é muito difícil quando se tem 11 anos e, por isso, a
legislação brasileira, coloca essa menina como “vulnerável”, ou seja, pessoas que não real
discernimento sobre o que fazem. (ARGUMENTO LEGITIMADO)
Além disso, se realmente houve o estupro os danos para se levar adiante a gravidez são ainda
piores, desde a baixa auto-estima, o stress, o afastamento dos colegas e da vida de uma pré-
adolescente que simplesmente pula a fase da adolescência para entrar na fase adulta sem
qualquer preparo para isso. (ARGUMENTO NÃO LEGITIMADO)
Logo, sem duvida alguma, não apoio a decisão da juíza. (REFORÇO DA OPINIÃO/JULGAMENTO
DO FATO)
LEITOR
ANOTAÇÕES
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LEITORA. A conduta da juíza Joana Ribeiro Zimmer, em induzir uma menina de 11 anos, vítima de estupro,
a manter a gravidez é , no mínimo, um absurdo, tendo em vista a própria posição que representa.
(CONTEXTUALIZAÇÃO E OPINIÃO)
Além de ter experienciado o estupro, essa menina, isolada em um abrigo, longe da família não conseguiu
ver cumprir o que diz o código Penal brasileiro, que permite a interrupção da gravidez em qualquer
período. Ainda que defensores dessa juíza imputem argumentos de proteção ao feto ou de caráter
religioso os mesmos não se sustentam na medida em que o caso envolve uma criança que, além de
tudo, corre risco de vida, pela sua idade, em dar continuidade à gravidez. (ARGUMENTO E CONTRA-
ARGUMENTO)
Também, mesmo sendo um possível namorado, conforme noticiado, desde que ela não tenho
consentido continua sendo um estupro de menor e, portanto, com direito à interrupção, até porque se o
código penal brasileiro é claro quando afirma que se houver risco de vida à mãe o aborto é permitido e
aqui se trata de um menina de 11 anos, cujo corpo nem tem, ainda, preparo para uma gestação. É uma
questão, portanto de saúde pública, pois, conforme pesquisas divulgadas pela mídia, nesses casos
podem se desenvolver problemas como anemia, hipertensão, entre outros. (ARGUMENTO
LEGITIMADO)
Logo, é realmente triste ver alguém que representa a justiça sendo parcial, colocando suas próprias
convicções acima do bem-estar da vítima. (P.A.F, 16 anos) (CONCLUSÀO COM
JULGAMENTO/REFLEXÃO DO FATO)
NOME (ASSINATURA)
ANOTAÇÕES
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LEAL
Referências
BAKHTIN, M. Estética da criação verbal. 4. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2003.