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1. INTRODUÇÃO
PALISCA, 2001). Segundo Paz (1990) o que mais caracteriza o sistema modal
é a multiplicidade de escalas, de configurações sonoras resultantes da
distribuição de tons e semitons no contexto escalar.
Na catequese dos índios brasileiros, empreendida pelos jesuítas, a
prática musical foi um instrumento de grande importância, sendo bastante
provável que várias das peças musicais utilizadas nessa finalidade fossem
gregorianas, portanto modais. Souza (1959) postula que essa prática foi uma
das origens do modalismo na música folclórica brasileira e salienta que, após
diligente pesquisa, pode-se afirmar que existem no populário musical brasileiro
exemplos escritos em todos os modos gregorianos.
É nessa perspectiva que, no folclore musical do Brasil, Siqueira
(1981) sustenta a hipótese da influência gregoriana na formação do sistema
modal. Todavia, na música folclórica nordestina, que foi seu campo de estudo,
reconhece somente três modos maiores: o lídio, o mixolídio e um que resulta
da mistura destes dois. No Brasil, a ocorrência destas escalas seria a
implicação dos expedientes utilizados pelos Jesuítas para evitar o trítono,
intervalo visto pela Igreja como o “diabo na música”. Assim, a fim de modificar
tal intervalo, nas escalas costumava-se baixar o sétimo grau ou elevar o quarto
grau. O uso destas alterações teria se tornado um hábito, o que resultou na
origem dos modos.
Apesar de o estudo da música europeia ocupar posição de destaque
no Brasil, já existe a preocupação de inserir a música nacional na grade
curricular das escolas de música. Nesse sentido, nota-se que nas aulas de
teoria e percepção musical os estudantes têm grande contato com o sistema
tonal, restrito aos modos maiores e menores. Por outro lado, o sistema modal,
um importante elemento da música brasileira, ainda é pouco explorado pelos
programas de estudos das escolas de música.
Em pesquisas realizadas no Centro de Educação Profissional em
Artes Basileu França, na cidade de Goiânia, percebe-se que as diferentes
possibilidades sonoras geradas pelo sistema modal, além de despertar a
curiosidade dos alunos, os desafia a criar e apreciar o resultado de uma música
antes nunca explorada. Nesse contexto, Sena (1990) argumenta:
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Com base no que foi visto, este trabalho teve como meta investigar,
entender e divulgar a importância do modalismo no ensino-aprendizagem de
música, levando em conta a grande variedade sonora nele encontrada que
muito enriqueceu o processo de criação musical.
2. RESULTADOS
3. REFERÊNCIAS
GEST, Ian. Harmonia, 1: método prático. São Paulo: Irmãos Vitale, 2010.