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DIÁRIO DA REPÚBLICA
SUMÁRIO
ASSEMBLEIA NACIONAL
ASSEMBLEIA NACIONAL
3. Quando se tratar da atribuição do uso de veículos
Lei n.º 11/2009 automóveis pela entidade patronal, o rendimento anual
corresponde ao produto de 0,50% do valor aduaneiro ou
Primeira Alteração ao Código do Imposto Sobre o do valor da aquisição nos casos em que a viatura é adqui-
Rendimento de Pessoas Singulares (IRS), aprovado rida no mercado interno, pelo número de meses de utili-
pela Lei n.º 17/2008, de 31 de Dezembro. zação da mesma.
4. …
Tendo sido recentemente publicado o Código do Im- a) …
posto Sobre o Rendimento de Pessoas Singulares (IRS); b) …
São alterados os artigos 20.°, 21.°, 43.°, 49.°, 66.°, 5. Quando o sujeito passivo utilizar viatura própria ao
68.°, 70.°, 75.°, 77.°, 78.º, 79.º e 91.° do Código do Im- serviço da actividade, os encargos dedutíveis com ela
posto Sobre o Rendimento de Pessoas Singulares (IRS), conexos não poderão ultrapassar 3% do total dos provei-
que passam a ter as seguintes redacções: tos contabilizados.
Artigo 43.º 2. …
…
1. …
a) …
b) …
c) …
2. ...
N.º 68 – 8 de Outubro de 2009 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA 1055
«Artigo 10.ºA
Isenção Anexo
Republicação do Código do Imposto Sobre o Ren-
Ficam isentos de IRS 50% dos rendimentos proveni- dimento de Pessoas Singulares (IRS), aprovado pela
entes de actividade exclusivamente agro-pecuária, relati- Lei n.º 17/2008, de 31 de Dezembro
vamente a cada exercício, após dedução dos eventuais
prejuízos. CÓDIGO DO IMPOSTO SOBRE O
RENDIMENTO DE PESSOAS SINGULARES (IRS)
Artigo 11.ºA
Facto gerador do imposto TÍTULO I
Incidência
O facto gerador do imposto considera-se verificado no
último dia do período de tributação. CAPÍTULO I
Incidência Real
Artigo 135.º
Fixação do salário mínimo nacional Secção I
Disposição introdutória
Para efeitos de aplicação do presente Código o valor
do salário mínimo nacional deve ser fixado por Despacho
do Ministro do Plano e Finanças». Artigo 1.º
Caracterização do imposto
Artigo 3.º
Norma revogatória 1. O Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Singula-
res (IRS) incide sobre o valor dos rendimentos tal como
1. São revogados a alínea k) do n.º1 do artigo 3.º e determinado nos termos deste Código.
o artigo 67.º do Código de Imposto sobre o Rendimento
de Pessoas Singulares (IRS). 2. Os rendimentos a que se refere o número anterior
2. Após a publicação é revogada toda a legislação provêm das Categorias seguintes:
que contrarie o presente Diploma.
a) Categoria A: rendimentos do trabalho dependente e
Artigo 4.º de pensões;
Republicação b) Categoria B: rendimentos empresariais e profis-
sionais;
1. É republicada, em anexo, com a redacção actual, o c) Categoria C: rendimentos de capitais;
Código do Imposto Sobre o Rendimento de Pessoas d) Categoria D: incrementos patrimoniais.
Singulares, aprovado pela Lei n.º17/2008, de 31 de De-
zembro. 3. Os rendimentos, quer em dinheiro, quer em espécie,
e mesmo quando provenientes de actos ilícitos, ficam
2. Para efeitos de republicação é alterada a numeração sujeitos à tributação, nos termos definidos neste Código,
dos artigos 67.º a 134.º. seja qual for a moeda e a forma por que sejam auferidos.
indirectamente de elementos patrimoniais, bens ou direi- a) Os rendimentos contáveis desde a data do úl-
tos, cuja titularidade seja do sujeito passivo e não se timo vencimento ou emissão, primeira colocação ou
encontrem afectos a actividades empresariais ou profis- endosso, se ainda não tiver ocorrido qualquer vencimen-
sionais realizadas pelo mesmo. to, até à data de transmissão, bem como a diferença entre
o valor de reembolso, amortização ou vencimento e o
2. Incluem-se nos rendimentos de capitais: preço de emissão, no caso de títulos cuja remuneração
seja constituída, total ou parcialmente, por essa diferen-
a) Os provenientes dos bens móveis e, em geral, ça;
dos restantes bens ou direitos de que seja titular o sujeito b) Os juros e qualquer outra forma de remunera-
passivo que não se encontrem afectos a actividades em- ção acordada como contraprestação pela cessão temporá-
presariais ou profissionais do mesmo; ria a terceiros de capitais próprios e que não estejam
b) Os provenientes dos bens imóveis, rústicos, ur- compreendidos na alínea a);
banos ou mistos, que não se encontrem afectos a activi- c) O rendimento proveniente da propriedade in-
dades empresariais ou profissionais do sujeito passivo. dustrial ou da prestação de informações respeitante a uma
experiência adquirida no sector industrial, comercial ou
Artigo 14.º científico, que não se encontre afecta a actividades em-
Rendimentos de capital mobiliário presariais ou profissionais realizadas pelo sujeito passi-
vo;
São rendimentos de capital mobiliário os frutos e de- d) O rendimento proveniente da propriedade in-
mais vantagens económicas, qualquer que seja a sua telectual, quando o sujeito passivo não seja o seu autor;
natureza ou denominação, sejam pecuniários ou em espé- e) O rendimento derivado da prestação de assis-
cie, procedentes, directa ou indirectamente, de elementos tência técnica ou do uso, ou da concessão do uso de
patrimoniais, bens, direitos ou situações jurídicas, de equipamento agrícola, industrial, comercial ou científico,
natureza mobiliária, tais como: a não ser que tenham lugar no âmbito de uma actividade
a) Rendimentos obtidos pela participação no capi- empresarial.
tal de qualquer tipo de entidades;
b) Rendimentos obtidos pela cessão temporária a Artigo 17.º
terceiros de capitais próprios; Rendimento de capital imobiliário
c) Outros rendimentos que provenham do capital
mobiliário e em geral dos restantes bens ou direitos tal 1. São rendimentos de capital imobiliário, os proveni-
como definido no n.º 1 do artigo 13.°, e alínea a) do n.º 2. entes da titularidade de bens imóveis rústicos, urbanos ou
mistos ou de direitos reais que recaiam sobre os mesmos,
Artigo 15.º tais como as rendas dos prédios rústicos ou urbanos pa-
Rendimentos obtidos pela participação no capital gas ou colocadas à disposição dos respectivos titulares,
de qualquer tipo de entidades bem como os provenientes da cessão de exploração de
estabelecimentos comerciais ou industriais, incluindo a
Para efeitos do disposto na alínea a) do n.º 2 do artigo dos bens móveis naqueles existentes.
13.° estão incluídos nos rendimentos obtidos pela parti-
cipação no capital de entidades, entre outros, os dividen- 2. São havidas como rendas, independentemente do
dos e quaisquer participações nos lucros das sociedades, momento e do modo de pagamento:
incluindo os adiantamentos por conta de lucros e os apu-
rados na liquidação, bem como qualquer outra utilidade a) As importâncias relativas à cedência do uso do pré-
recebida por um sujeito em virtude da sua condição de dio ou de parte dele e aos serviços relacionados com
sócio, accionista, associado, membro de uma fundação, aquela cedência;
de uma cooperativa, ou de outra qualquer entidade de b) As importâncias relativas ao aluguer de máquinas e
direito público ou privado. mobiliário instalado no imóvel locado;
c) A diferença, auferida pelo sublocador, entre a renda
Artigo 16.º recebida do subarrendatário e a paga ao senhorio;
Rendimentos obtidos pela cessão temporária a ter- d) As importâncias relativas à cedência do uso, total
ceiros de capitais próprios ou parcial, de bens imóveis, para publicidade ou outros
fins especiais;
Para efeitos do disposto na alínea b) do n.º 2 do artigo e) As importâncias relativas à cedência do uso de par-
13.° estão incluídos nos rendimentos obtidos pela cessão tes comuns de prédios em regime de propriedade hori-
temporária a terceiros de capitais próprios, as contrapres- zontal;
tações de qualquer tipo, qualquer que seja a sua denomi- f) As importâncias relativas à constituição, a título
nação, em dinheiro ou em espécie, obtidas por essa ces- oneroso, de direitos reais de gozo temporários, ainda que
são, tais como: vitalícios, sobre prédios rústicos, urbanos ou mistos.
N.º 68 – 8 de Outubro de 2009 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA 1061
Ficam compreendidos na Categoria D os incrementos Para a determinação dos incrementos patrimoniais su-
patrimoniais. jeitos a IRS, considera-se montante efectivo da aquisição
dos elementos patrimoniais, o valor determinado segundo
Artigo 20.º os artigos seguintes.
Incrementos patrimoniais
Artigo 24.º
1. São incrementos patrimoniais as variações positivas Valor de aquisição a título gratuito
no valor do património do sujeito passivo que ocorram
por ocasião de qualquer alteração na composição daque- No caso de elementos patrimoniais adquiridos a título
le, salvo o disposto no n.º 2. gratuito, o valor de aquisição é igual ao custo da aquisi-
ção do bem pelo transmitente do mesmo a título gratuito.
2. São também considerados incrementos patrimoniais
os prémios de quaisquer lotarias, rifas e apostas mútuas, Artigo 25.º
totoloto, jogos do loto e bingo, bem como as importân- Valor de aquisição a título oneroso de bens imóveis
cias ou prémios atribuídos em quaisquer sorteios ou
concursos, efectivamente pagos ou postos à disposição. 1. No caso de aquisição onerosa de direitos reais sobre
bens imóveis, considera-se valor de aquisição o que tiver
3. Não são considerados incrementos patrimoniais as servido para efeitos de liquidação da sisa.
variações no valor do património do sujeito passivo que
sejam considerados para efeitos de outras categorias tal 2. Não havendo lugar à liquidação da sisa, considera-
como definidas neste Código. se o valor que lhe serviria de base, caso fosse devido,
determinado de harmonia com as regras próprias daquele
Artigo 21.º imposto.
Avaliação dos incrementos patrimoniais
3. O valor de aquisição de imóveis construídos pelos
O montante dos incrementos patrimoniais correspon- próprios sujeitos passivos corresponde ao valor patrimo-
de: nial inscrito na matriz, acrescido dos custos de constru-
ção devidamente comprovados, se superior àquele.
a)No caso de transmissão onerosa, à diferença entre o
valor de aquisição e de transmissão dos elementos patri- Artigo 26.º
moniais; Valor de aquisição de transferência entre patrimó-
b)Nos demais casos, ao valor de transmissão dos ele- nios
mentos patrimoniais ou partes proporcionais, consoante o
caso. No caso de transferência para o património particular
do titular de rendimentos da Categoria B de quaisquer
bens afectos à actividade empresarial e profissional,
1062 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 68 – 8 de Outubro de 2009
considera-se valor de aquisição o valor de mercado à data d) Nos demais casos, o valor da respectiva contra-
da transferência. prestação.
Artigo 35.º por entidades que nele tenham residência, sede, direcção
Âmbito da sujeição efectiva ou estabelecimento estável a que deva imputar-
se o pagamento;
1. O IRS devido pelas pessoas residentes em território c) Os rendimentos de trabalho prestado a bordo de
São-tomense, incide sobre a totalidade dos seus rendi- navios e aeronaves, desde que os seus beneficiários este-
mentos, incluindo os obtidos fora desse território. jam ao serviço de entidade com residência, sede ou di-
recção efectiva nesse território.
2. Tratando-se de não residentes, o IRS incide unica-
mente sobre os rendimentos obtidos em território São- Artigo 38.º
tomense. Co-titularidade de rendimentos
3. Para efeitos do disposto neste Código, o território Os rendimentos que pertençam em comum a várias
são-tomense compreende também as zonas onde, em pessoas são imputados a estas na proporção das respecti-
conformidade com a legislação são-tomense e o direito vas quotas, que se presumem iguais quando indetermina-
internacional, a República Democrática de São Tomé e das, e tendo em conta as seguintes regras:
Príncipe tem direitos soberanos relativamente à prospec- a) Tratando-se de rendimentos da Categoria A, ca-
ção, pesquisa e exploração dos recursos naturais do leito da co-titular engloba os rendimentos ilíquidos e as dedu-
do mar, do seu subsolo e das águas sobrejacentes. ções legalmente admitidas;
b) Tratando-se de rendimentos da Categoria B, ca-
Artigo 36.º da co-titular engloba a parte do lucro tributável que lhe
Residência couber;
c) Tratando-se dos restantes rendimentos, a cada
1. São residentes em território São-tomense os sujeitos co-titular são imputados os rendimentos ilíquidos que
passivos em relação aos quais, o ano a que respeitem os lhes couberem.
rendimentos ocorra alguma das seguintes situações:
Artigo 39.º
a) Hajam nele permanecido mais de 180 dias, Imputação especial
seguidos ou interpolados;
b) Aí disponham em 31 de Dezembro desse ano 1.Constitui rendimento dos sócios ou membros das en-
de habitação em condições que façam supor a intenção tidades referidas no artigo 12.º do Código do IRC, que
de a manter e ocupar como residência permanente; sejam pessoas singulares, o resultante da imputação efec-
c) Se situe em território São-tomense o núcleo tuada nos termos e condições dele constantes.
principal ou a base das suas actividades profissionais ou 2.Para efeitos do disposto no número anterior, as res-
empresariais ou dos seus interesses económicos; pectivas importâncias integrar-se-ão como rendimento
d) Desempenhem no estrangeiro funções ou co- líquido na Categoria B.
missões de carácter público, ao serviço da República
Democrática de São Tomé e Príncipe; TÍTULO II
e) Em 31 de Dezembro, sejam tripulantes de na- Determinação do Rendimento Colectável
vios ou aeronaves, desde que aqueles estejam ao serviço
de entidades com residência, sede ou direcção efectiva no CAPÍTULO I
território São-tomense. Regras Gerais
1. Sem prejuízo do disposto no número seguinte, aplica-se o a) A entidade para a qual é transmitido o património seja
regime simplificado de determinação do lucro tributável nos uma sociedade e tenha a sua sede e direcção efectiva em territó-
casos previstos no Código do IRC, com as necessárias adapta- rio São-tomense;
ções. b) A pessoa singular transmitente fique a deter pelo menos,
50% do capital da sociedade e a actividade exercida por esta
2. Ficam excluídos do regime simplificado de determinação seja substancialmente idêntica à que era exercida a título indi-
do lucro tributável, os sócios ou membros das entidades abran- vidual;
gidas pelo disposto no artigo 12.º do Código do Imposto sobre c) Os elementos activos e passivos objecto da transmissão
Rendimento de Pessoas Colectivas (IRC). sejam tidos em conta para efeitos desta com os mesmos valores
por que estavam registados na contabilidade ou nos livros de
Artigo 49.º escrita da pessoa singular, ou seja, os que resultam da aplicação
Encargos não dedutíveis para efeitos fiscais das disposições do presente Código ou de reavaliações feitas ao
abrigo de legislação de carácter fiscal;
1. Para além das limitações previstas no Código do IRC, não d) A sociedade referida na alínea a) se comprometa, através
são dedutíveis para efeitos de determinação do rendimento da de declaração, a respeitar o disposto no artigo 80.º do Código
Categoria B, mesmo quando contabilizados como custos ou do IRC, a qual deve ser junta à declaração anual de rendimentos
perdas do exercício as despesas de deslocações, viagens e da pessoa singular relativa ao exercício da transmissão.
estadas do sujeito passivo ou membro do seu agregado familiar,
que com ele trabalham, na parte que exceder, no seu conjunto, 2. As partes de capital recebidas em contrapartida da trans-
10% do total dos proveitos contabilizados, sujeitos e não isen- missão devem ser valorizadas, para efeito de tributação dos
tos deste imposto. ganhos ou perdas relativos à sua ulterior transmissão, pelo valor
líquido correspondente aos elementos do activo e do passivo
2. Quando o sujeito passivo afecte à sua actividade empresa- transferidos, valorizados nos termos da alínea anterior.
rial e profissional parte do imóvel destinado à sua habitação, os
encargos dedutíveis com ela conexas, designadamente amorti- 3. Os ganhos resultantes da transmissão onerosa, qualquer
zações, juros, rendas, energia, água e um número de telefone, que não seja o seu título, e das partes de capital recebidas em
não podem ultrapassar 10% do total dos proveitos contabiliza- contrapartida da transmissão referida no n.º1 são considerados,
dos, sujeitos e não isentos deste imposto. antes de decorridos cinco anos a contar da data desta, como
rendimentos empresariais e profissionais.
3. Se o sujeito passivo exercer a sua actividade em conjunto
com outros profissionais, os encargos dedutíveis são rateados Artigo 52.º
em função da respectiva utilização dos respectivos serviços ou Deduções de perdas
meios de trabalho ou, na falta de elementos que permitam o
rateio, proporcionalmente aos rendimentos brutos auferidos. Se, nos termos das disposições anteriores relativas ao cálcu-
lo, for apurado um resultado líquido negativo, o seu montante é
4. Não são dedutíveis as remunerações dos titulares dos ren- dedutível ao resultado líquido positivo do conjunto dos rendi-
dimentos desta categoria, bem como as atribuídas a membros mentos nos cinco anos seguintes.
do seu agregado familiar que com eles trabalhem, assim como
outras prestações a título de ajudas de custo, subsídios de refei- CAPÍTULO IV
ção e outras de natureza remuneratória. Rendimentos de Capitais e Incrementos Patrimoniais
Artigo 61.º
Aplicação de métodos indiciários
Rendimentos Colectá- Taxas Parcela a
Sempre que a administração tributária verificar a existência veis Anuais (2) abater
de rendimentos, bens ou direitos cuja detenção ou aquisição ou (1) (3)
o seu valor não corresponda ao rendimento ou património Até Dbs. 11.700.000,00 0
declarado do sujeito passivo, aplicam-se os métodos indiciários De Dbs. 11.700.001,00 10% Dbs.
nos termos previstos no código do IRC, com as necessárias até Dbs. 50.000.000,00 881.250,00
adaptações. De Dbs. 50.000.001,00 13% Dbs.
até Dbs. 100.000.000,00 1.380.000,00
Artigo 62.º
Alterações dos elementos declarados De Dbs. 100.000.001,00 15% Dbs.
até Dbs. 150.000.000,00 1.875.000,00
Nos casos do artigo 60.°, a Administração Tributária pode De Dbs. 150.000.001,00 20% Dbs.
proceder à alteração dos elementos declarados sempre que, até Dbs. 240.000.000,00 5.625.000,00
sendo apresentada a declaração dentro do prazo legal e não se Superior a Dbs. 25% Dbs.
verificando os pressupostos para aplicação dos métodos indiciá- 240.000.000,00 9.000.000,00
rios, devam ser efectuadas correcções decorrentes de erros
evidenciados nas próprias declarações, de omissões nelas prati-
cadas ou correcções decorrentes de divergência na qualificação 2. O rendimento colectável anual dentro de cada escalão de
dos actos, factos ou documentos com relevância para a liquida- rendimento da coluna 1 é multiplicado pelas percentagens
ção do imposto. indicadas na coluna 2, deduzindo-se depois a parcela indicada
na coluna 3.
Artigo 63.º
Competência para o apuramento ou alteração do rendi- Artigo 67.º
mento colectável Taxas de retenção por conta dos rendimentos da Catego-
ria A
A competência para a prática dos actos de apuramento, fixa-
ção ou alteração referidos nos artigos 60.° a 62.° é exercida 1. Estão sujeitos às seguintes taxas de retenção na fonte, os
pelo Director dos Impostos ou pelo Chefe da Delegação do rendimentos da Categoria A, quando não são devidos por uma
Príncipe consoante o domicílio fiscal dos sujeitos passivos. única entidade.
Artigo 66.º
Taxas de englobamento aplicáveis às Categorias A, B e D Artigo 69.º
Taxa liberatória sobre rendimentos ilíquidos
1. As taxas do imposto aplicáveis às Categorias A, B e D,
após o englobamento, são as constantes da tabela seguinte: 1. Estão sujeitos a retenção na fonte, a título definitivo, à ta-
1068 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 68 – 8 de Outubro de 2009
a) Os incrementos patrimoniais líquidos ficam sujeitos a 4. As deduções previstas no n.º 1 aplicam-se apenas aos su-
englobamento, às taxas do artigo 66.º, se o sujeito jeitos passivos residentes em território são-tomense.
passivo for residente e optar por apresentá-los na de-
claração anual, comprovando as deduções admitidas 5. A dedução prevista na alínea e) não pode exceder a im-
por esta lei. portância de Dbs. 15.000.000,00.
Artigo 71.º a) 10% do salário mínimo anual por cada sujeito passi-
Competência para a liquidação vo;
b) 15% do salário mínimo anual, quando exista um de-
1. A liquidação do IRS é da competência: pendente, existindo dois deduz-se o montante de 20% do salário
mínimo anual e sendo três ou mais, o montante é de 25% do
a) Do Director dos Impostos ou outros funcionários por salário mínimo anual, desde que não sejam sujeitos passivos
ele indicados; deste imposto.
b) Dos titulares de rendimentos da Categoria B no caso
dos sujeitos passivos do Grupo 1, sendo facultativa para os 2. Os limites previstos nas alíneas a) e b) do número anterior
restantes, quando a declaração anual de rendimentos seja apre- são elevados à 50% quando se trate de sujeitos passivos ou
sentada dentro do prazo legal, e devendo, em qualquer caso, ser dependentes a seu cargo cujo grau de invalidez permanente,
efectuada nas respectivas declarações. devidamente comprovada pela entidade competente, seja igual
ou superior a 60%.
2. Havendo lugar a autoliquidação de imposto e não sendo
efectuado o pagamento deste e de juros de mora devidos até ao
dia em que é ou deve ser apresentada a declaração periódica de
rendimentos, a liquidação e cobrança do imposto são promovi-
das pela Direcção dos Impostos ou pelos seus serviços, nos Artigo 75.º
termos dos artigos 98.º e 99.°. Dupla tributação internacional
Artigo 84.º 2. As quantias retidas devem ser entregues nos locais de co-
Revisão oficiosa brança legalmente estabelecidos, consoante o domicílio fiscal
do sujeito passivo, nos prazos indicados nos números seguintes.
1. Sempre que, por motivos imputáveis aos serviços ou por
duplicação de colecta, da liquidação tenha resultado imposto 3. As quantias retidas nos termos dos artigos 89.° a 91.° de-
superior ao devido, proceder-se-á à revogação total ou parcial vem ser entregues até ao dia 10 do mês seguinte àquele em que
da liquidação. foram deduzidas.
2. Revogado o acto de liquidação, é emitida a corresponden- 4. Sempre que se verifiquem incorrecções nos montantes re-
te nota de crédito. tidos, devidas a erros imputáveis à entidade devedora dos ren-
dimentos, deve a sua rectificação ser feita na primeira retenção
3. O crédito ao reembolso de importâncias indevidamente a que deva proceder-se após a detecção do erro, sem porém,
cobradas pode ser satisfeito por ordem de pagamento ou por ultrapassar o último período de retenção anual, e sem prejuízo
compensação nos termos previstos na Lei. dos juros compensatórios devidos.
Não há lugar a cobrança ou reembolso quando, em virtude 1. As entidades devedoras de rendimentos de trabalho de-
de liquidação, ainda que adicional, reforma ou revogação de pendente e de pensões são obrigadas a reter o imposto sobre os
liquidação, a importância a cobrar ou a importância a restituir referidos rendimentos líquidos de que sejam devedoras.
seja inferior a 1/12 do valor mensal do salário mínimo nacional.
2. As entidades devedoras, e os titulares de rendimentos do
Artigo 86.º trabalho dependente e de pensões residentes em território são-
Restituição oficiosa do imposto tomense, são obrigados, respectivamente:
1. A diferença entre o imposto devido a final e o que tiver a) A solicitar ao sujeito passivo, no início do exercício
sido entregue nos Cofres do Estado em resultado de retenção na de funções ou antes de ser efectuado o primeiro pagamento ou
fonte ou de pagamentos por conta, favorável ao sujeito passivo, colocados à disposição, os dados indispensáveis relativos à sua
deve ser restituída até ao fim do terceiro mês seguinte ao termo situação;
do prazo previsto no n.º 1 do artigo 87.°. b) A prestar a informação a que se refere a alínea ante-
rior, em declaração apresentada em dois exemplares, sendo um
2. Se, por motivos imputáveis aos serviços, não for cumpri- destinado à entidade patronal e o outro a ser entregue na Direc-
do o prazo previsto no número anterior, são devidos juros in- ção dos Impostos ou na Delegação do Príncipe, consoante o
demnizatórios, à taxa prevista para os juros compensatórios no domicílio fiscal dos titulares dos rendimentos.
artigo 38.º do Código Geral Tributário, contados dia-a-dia,
desde o termo do prazo previsto para o reembolso até à data em
que for emitida a correspondente nota de crédito.
1. No caso previsto nas alíneas b) e c) do artigo 56.°, a enti- cada pagamento até à data em que, por lei, a liquidação deva
dade devedora dos rendimentos deve retê-los na fonte às taxas ser feita.
previstas no artigo 66.° e deduzindo ao montante de retenção
mensal a efectuar 1/12 do montante de dedução à colecta a que Artigo 93.º
se refere o artigo 74.°. Juros compensatórios nos casos de retenção na fonte
2. Se a situação referida na alínea b) ou alínea c) do artigo 1. Quando a retenção na fonte tenha a natureza de imposto
56.º se alterar, o sujeito passivo deve informar imediatamente o por conta e a entidade que a deva efectuar a não tenha feito,
empregador, para que este passe a aplicar as taxas de retenção total ou parcialmente, são por ela devidos juros compensatórios
do artigo 67.°. sobre as respectivas importâncias, contados, desde o dia ime-
diato àquele em que deviam ter sido entregues até ao termo do
Artigo 91.º prazo da entrega da declaração anual de rendimentos pelo
Retenção sobre rendimentos de outras Categorias sujeito passivo, ou desde aquela mesma data até à data do
pagamento ou da liquidação, se esta ocorrer antes do termo
As entidades que disponham ou devam dispor de contabili- desse prazo, sem prejuízo da responsabilidade que ao caso
dade organizada, incluindo entidades e organismos públicos, e couber.
organizações internacionais e não governamentais, são obriga-
das a reter o imposto, sobre os rendimentos ilíquidos de que 2. Quando a retenção na fonte tenha a natureza de imposto
sejam devedores, tratando-se de rendimentos das Categorias B, por conta e a entidade que a deva efectuar a tenha feito, mas
C e D, e dos restantes rendimentos, obtidos em território são- não tenha entregue o imposto ou o tenha entregue fora do pra-
tomense, por não residentes sem estabelecimento estável neste zo, são por ela devidos juros compensatórios sobre as respecti-
território, mediante aplicação das taxas referidas nos artigos vas importâncias, contados desde o dia imediato àquele em que
68.° e 69.°. deviam ter sido entregues até à data do pagamento ou da liqui-
dação.
Artigo 92.º
Pagamentos por conta 3. Sempre que a retenção na fonte tenha carácter definitivo,
e a entidade que a deva efectuar a não tenha feito, total ou
A titularidade de rendimentos da Categoria B determina, pa- parcialmente, ou, tendo-a feito, não tenha entregue o imposto
ra os respectivos sujeitos passivos, a obrigatoriedade de efectu- ou o tenha entregue fora do prazo, são por ela devidos juros
arem três pagamentos por conta do imposto devido a final, até compensatórios sobre as respectivas importâncias, contados
ao último dia dos meses de Junho, Setembro e Dezembro. desde o dia imediato àquele em que deviam ter sido entregues
até à data do pagamento ou da liquidação, sem prejuízo da
A totalidade dos pagamentos por conta é igual a 75% do responsabilidade que ao caso couber.
montante calculado de conformidade com as regras previstas no
Código do IRC, para cada grupo de tributação, com as necessá- 4. Os juros compensatórios devem ser pagos:
rias adaptações.
a) Conjuntamente com as importâncias retidas, quando
Cessa a obrigatoriedade de serem efectuados os pagamentos estas sejam entregues fora do prazo legalmente estabelecido;
por conta quando: b) Autonomamente, no prazo de 30 dias a contar do
termo do período em que são devidos, quando, tratando-se de
a) Os sujeitos passivos verifiquem, pelos elementos de que retenção com a natureza de imposto por conta, esta não tenha
disponham, que os montantes das retenções que lhes tenham sido efectuada.
sido efectuadas sobre os rendimentos da Categoria B, acresci-
dos dos pagamentos por conta eventualmente já feitos e relati- Artigo 94.º
vos ao próprio ano, sejam iguais ou superiores ao imposto total Responsabilidade do substituto por quantias não retidas
que é devido;
b) Deixem de ser auferidos rendimentos da Categoria B que 1. Quando a retenção for efectuada meramente a título de
os tornam obrigatórios. pagamento por conta do imposto devido a final, cabe ao substi-
tuído a obrigação originária pelo imposto não retido e ao substi-
Os pagamentos por conta podem ser reduzidos pelos sujeitos tuto a responsabilidade subsidiária, ficando este ainda sujeito
passivos quando o pagamento por conta a efectuar for superior aos juros compensatórios nos termos do n.º 1 e da alínea b) do
à diferença entre o imposto total que os sujeitos passivos julga- n.º 4 do artigo 93.º.
rem devido e os pagamentos já feitos.
2. Quando o dever de retenção tenha carácter definitivo, e o
Verificando-se, pela declaração de rendimentos do ano a que tributo não tenha sido retido, cabe ao substituto a responsabili-
respeita o imposto, que, em consequência da cessação ou redu- dade solidária pelo pagamento do tributo não retido e respecti-
ção dos pagamentos por conta, deixou de pagar-se uma impor- vos juros compensatórios nos termos do n.º 3 e alínea a) do n.º
tância superior a 25% da que, em condições normais, teria sido 4 do artigo 93.º.
entregue, há lugar a juros compensatórios desde o termo do
prazo em que cada entrega deveria ter sido efectuada até ao 3. Quando a retenção do tributo tiver sido apenas parcial em
termo do prazo para a apresentação da declaração ou até à data relação ao montante devido, a obrigação ou a responsabilidade
da autoliquidação, se anterior. referidas nos números anteriores dizem respeito ao pagamento
da diferença entre as importâncias que deveriam ter sido dedu-
Os juros compensatórios referidos no número anterior são zidas e as que efectivamente o foram.
calculados nos termos do artigo 38.° do Código Geral Tributá-
rio, contando-se dia a dia desde o termo do prazo fixado para Artigo 95.º
1072 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 68 – 8 de Outubro de 2009
Responsabilidade do substituto por quantias retidas e 1. Nos casos de retenção na fonte, bem como nos casos em
não entregues que sejam devidos pagamentos por conta a entregar nos cofres
do Estado, a Administração Tributária, independentemente do
1. A entidade obrigada à retenção é responsável pelas impor- procedimento de transgressões ou criminal que no caso couber,
tâncias retidas e não entregues nos cofres do Estado, ficando o notifica as entidades devedoras para efectuarem o pagamento
substituído desonerado de qualquer obrigação quanto ao seu do imposto e juros compensatórios devidos, no prazo de trinta
pagamento. dias a contar da notificação.
2. O processo de execução fiscal pode, porém, reverter con- 2. Decorrido o prazo referido no n.º 1, sem que se mostre
tra o substituído, desde que se prove que este tinha conheci- efectuado o referido pagamento, há lugar a cobrança coerciva
mento de que o montante do tributo retido não foi declarado
como a lei o exige, e não informou atempadamente a Adminis- Artigo 101.º
tração Tributária do facto. Neste caso, o substituto e substituído Modalidades de pagamento
são sujeitos passivos solidários, podendo a administração fiscal
escolher o património a executar. 1. O pagamento do IRS deve ser efectuado em moeda cor-
rente, numerário, cheque visado, vale de correio ou transferên-
Artigo 96.º cia bancária.
Responsabilidade do substituto por registo incorrecto na
contabilidade 2. Se o pagamento for efectuado por meio de cheque, a ex-
tinção da obrigação do imposto só se verifica com o recebimen-
Se o substituto tributário registar incorrectamente o montan- to efectivo da respectiva importância, não sendo, porém, devi-
te de remunerações pagas, principais ou acessórias, compreen- dos juros de mora pelo tempo que mediar entre a entrega ou
didas nos rendimentos de trabalho dependente, e qualquer que expedição do cheque e aquele recebimento, salvo se não for
seja a sua designação, ele é subsidiariamente responsável pela possível fazer a cobrança integral da dívida por falta de provi-
diferença resultante entre o montante de tributo que o substituí- são.
do deveria ter pago sobre estes montantes e o montante de
tributo efectivamente pago. 3. Tratando-se de vale do correio, a obrigação do imposto
considera-se extinta com a sua entrega ou expedição.
Artigo 97.º
Regras de pagamento dos rendimentos da Categoria B Artigo 102.º
Local de pagamento
Os sujeitos passivos com rendimentos da Categoria B ficam
sujeitos às regras de pagamento do Código do IRC. 1. O pagamento do IRS, quando efectuado por conta ou no
prazo de cobrança voluntária, pode ser feito nos postos de
Artigo 98.º cobrança e outros locais de recepção a definir em legislação
Falta de pagamento do imposto autoliquidado própria.
Havendo lugar a autoliquidação de imposto e não sendo 2. No caso de cobrança coerciva o pagamento deve ser efec-
efectuado o pagamento deste e de juros de mora devidos até ao tuado nas recebedorias que funcionem junto dos serviços fiscais
dia em que é ou deve ser apresentada a declaração anual de que emitiram o título executivo.
rendimentos, a liquidação e cobrança do imposto são promovi-
das pela Direcção dos Impostos ou pelos seus serviços nos Artigo 103.º
termos do artigo 63.°, e o pagamento é feito no prazo do artigo Impressos de pagamento
seguinte e sem prejuízo das sanções aplicáveis.
Os pagamentos previstos neste Código são efectuados medi-
Artigo 99.º ante a apresentação dos impressos de modelo aprovado.
Pagamento do imposto anual liquidado pelos serviços
Artigo 104.º
a) Nos casos da liquidação do imposto anual efectuada Compensação
pelos serviços, o sujeito passivo é notificado para pagar o im-
posto anual devido, no prazo de trinta dias a contar da notifica- A obrigação de IRS pode extinguir-se por compensação, to-
ção e bem assim dos juros de mora que devam ser liquidados. tal ou parcial, com crédito do devedor ao reembolso de IRS.
b) As notificações são feitas nos termos do Código Ge- A compensação opera-se com a entrega pelo sujeito passivo
ral Tributário. da respectiva nota de crédito.
c) Quando a liquidação do imposto anual não puder ser
paga de uma só vez, podem requerer no prazo de quinze dias a
contar da notificação, o pagamento até três prestações mensais,
com limite de pagamento em Dezembro.
a) Decorrido o prazo referido no n.º 1 ou no n.º 3, con-
soante o caso, sem que se mostre efectuado o referido paga- Artigo 105.º
mento, há lugar a cobrança coerciva. Juros de mora
dos nos termos legais. tos passivos com rendimentos da Categoria B (declaração de
mudança de grupo ou regime).
Artigo 106.º
Privilégios creditórios 2. Aplica-se à Categoria B o conceito de cessação de activi-
dade do Código do IRC.
Para o pagamento do imposto sobre o rendimento liquidado
sobre os últimos cinco anos, o Estado goza de privilégio mobi- Artigo 109.º
liário geral e privilégio imobiliário sobre os bens existentes no Prazos de apresentação das declarações
património do sujeito passivo à data da penhora ou outro acto
equivalente. 1. As declarações a que se refere esta Secção devem ser
apresentadas nos prazos a seguir indicados:
Artigo 107.º
Transferência de rendimentos para o estrangeiro a) A declaração de início de actividade, no prazo de quinze
dias antes do início de qualquer das actividades referidas na
1. As entidades devedoras dos rendimentos sujeitos à reten- alínea a) do artigo anterior, não se considerando verificado esse
ção na fonte, bem como quaisquer outras entidades, não podem início com a prática dos actos preparatórios impostos por lei ou
realizar transferências para o estrangeiro nem autorizar essas de uso corrente;
transferências quanto a rendimentos sujeitos a imposto sobre o b) A declaração anual de rendimentos, no caso dos sujeitos
rendimento obtidos em território são-tomense por não residen- passivos com rendimentos da Categoria A e ou D, quando neste
tes, sem que se mostre pago ou assegurado o imposto que for último caso optem pela tributação dos rendimentos líquidos,
devido. durante o mês de Fevereiro do ano seguinte àquele a que os
rendimentos respeitam;
2. Sem prejuízo da responsabilidade tributária aplicável e c) A declaração anual de rendimentos e a declaração anual
dos juros devidos, a não observância do disposto no n.º 1 fica de informação contabilística e fiscal, no caso dos sujeitos passi-
sujeita à sanção do n.º 10 do artigo 81.° do Código Geral Tribu- vos com rendimentos da Categoria B, pertencentes ao Grupo 1,
tário. existam ou não outros rendimentos a englobar, até 30 de Abril
do ano seguinte àquele a que os rendimentos respeitam;
TÍTULO VII d) A declaração anual de rendimentos, no caso dos sujeitos
Obrigações Acessórias passivos com rendimentos da Categoria B pertencentes ao
Grupo 2 com escrituração simplificada, existam ou não outros
Artigo 108.º rendimentos a englobar, durante o mês de Fevereiro do ano
Obrigações declarativas seguinte àquele a que os rendimentos respeitam;
e) A declaração de alterações, no prazo de 30 dias a contar
1. Os sujeitos passivos de IRS, residentes e não residentes da data da alteração ocorrida;
com estabelecimento estável em território são-tomense, estão f) A declaração de cessação de actividade, nos 30 dias a se-
obrigados a declarar perante a Direcção dos Impostos, nos guir ao facto que determina a cessação no impresso próprio da
termos, prazos e condições do presente Código, os factos a declaração anual de rendimentos;
seguir mencionados: g) A mudança de grupo ou de regime, no caso de sujeitos
passivos com rendimentos da Categoria B (declaração de mu-
a) O início de uma ou várias das actividades susceptíveis dança de grupo ou regime), no prazo de 30 dias a contar da data
de produzir rendimentos da Categoria B, incluindo o exercício da alteração ocorrida.
acidental ou temporário das mesmas (declaração de início de
actividade); 2. A declaração anual de rendimentos dos sujeitos passivos
b) A informação contabilística e fiscal relativa ao ano da Categoria B é acompanhada dos documentos referidos no
anterior, no caso de sujeitos passivos com rendimentos da Código do IRC, consoante o Grupo a que pertençam e o regime
Categoria B do Grupo 1 (declaração anual de informação con- aplicável.
tabilística e fiscal);
c) O rendimento tributável a determinar segundo as re- 3. A declaração anual deve ser ainda apresentada nos 30 dias
gras definidas neste Código, no caso dos sujeitos passivos com imediatos à ocorrência de qualquer facto que determine altera-
rendimentos da Categoria A, com rendimentos da Categoria B ção dos rendimentos já declarados ou implique, relativamente a
do Grupo 1 e do Grupo 2 com escrituração simplificada (decla- anos anteriores, a obrigação de os declarar, sem prejuízo de
ração anual de rendimentos) e ou com rendimentos da Catego- multa aplicável nos termos do Código Geral Tributário.
ria D quando neste último caso o sujeito passivo opte pela
tributação dos rendimentos líquidos; Artigo 110.º
d) A alteração de ramo de actividade e da designação no Local de apresentação das declarações
caso de sujeitos passivos com rendimentos da Categoria B
(declaração de alterações); As declarações devem ser entregues na Direcção dos Impos-
e) A mudança de localização do domicílio fiscal no caso tos ou na Delegação do Príncipe, consoante o domicílio fiscal
de sujeitos passivos com rendimentos da Categoria B (declara- do sujeito passivo.
ção de alterações);
f) A cessação parcial da actividade comercial, industrial, O cumprimento das obrigações declarativas estabelecidas
ou agrícola, de ofício ou profissão liberal não sujeito a tributa- neste Código pode ainda ser efectuado através dos meios dis-
ção pela Categoria A (declaração de cessação de actividade); ponibilizados no sistema de transmissão electrónica de dados,
g) A cessação total das actividades referidas na alínea para o efeito autorizado.
anterior (declaração de cessação de actividade);
h) A mudança de grupo ou de regime, no caso de sujei- Artigo 111.º
1074 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 68 – 8 de Outubro de 2009
Emissão de recibos e facturas dentes aos rendimentos em espécie que lhes hajam sido atribuí-
dos, do imposto retido na fonte e das deduções a que eventual-
Os titulares dos rendimentos da Categoria B são obrigados: mente haja lugar;
c) Entregar à Administração Tributária uma declaração
a) A passar recibo, em impresso de modelo oficial, de todas relativa àqueles rendimentos, que faz parte integrante da decla-
as importâncias recebidas dos seus clientes, ainda que a título ração a que se refere a alínea c) do n.º 1 do artigo 108.°.
de provisão, adiantamento ou reembolso de despesas, pelas
prestações de serviço referidas nas alíneas b), c) e d) do n.º 2 do
artigo 9.º;
b) A emitir factura ou documento equivalente por todas as 2. As entidades devedoras de rendimentos que estejam obri-
operações efectuadas, e a emitir documento de quitação de gadas a efectuar a retenção de rendimentos de sujeitos passivos
todas as importâncias recebidas, nos casos não abrangidos pela não residentes são obrigadas a entregar à Administração Tribu-
alínea a). tária, até ao último dia útil do mês de Junho, uma declaração
relativa àqueles rendimentos em impresso de modelo a aprovar
Artigo 112.º por despacho da Ministro das Finanças ou em suporte informá-
Obrigações contabilísticas tico.
Artigo 132.º
Sempre que, neste Código, não se exija a utilização de im- Classificação das actividades
pressos de modelo oficial, podem as declarações, relações,
requerimentos ou outros documentos ser apresentados em papel As actividades exercidas pelos sujeitos passivos do IRS são
comum de formato A4, ou em suporte que, com os requisitos classificadas, para efeitos deste imposto, de acordo com a Clas-
estabelecidos pela Administração Tributária, permita tratamen- sificação das Actividades Económicas são-tomenses por Ramos
to informático. de Actividade (CAE), do Instituto Nacional de Estatística ou de
acordo com os códigos mencionados na tabela de actividades.
Artigo 130.º
Envio de documentos pelo correio Artigo 133.º
Actualização de valores
1. As declarações e outros documentos que, nos termos deste
Código, devam ser apresentados em qualquer serviço da Admi- Os valores em moeda nacional fixados neste Código são ob-
nistração Tributária podem ser remetidos pelo correio, sob jecto de actualização anual mediante aplicação do coeficiente
registo postal, acompanhados de um sobrescrito, devidamente calculado nos termos do artigo 107.° do Código Geral Tributá-
endereçado, para a devolução imediata dos duplicados ou dos rio.
documentos, quando for caso disso.
Artigo 134.º
2. No caso previsto no número anterior, considera-se que a Fixação do salário mínimo nacional
remessa foi efectuada na data constante do carimbo dos Correi-
os de São Tomé e Príncipe ou na data do registo. Para efeitos de aplicação do presente Código, o valor do sa-
lário mínimo nacional deve ser fixado por Despacho do Minis-
3. Ocorrendo extravio, a Administração Tributária pode exi- tro do Plano e Finanças.
gir 2.a via, que, para todos os efeitos, se considera como reme-
tida na data em que, comprovadamente, o tiver sido o original.
Artigo 131.º
Registo dos sujeitos passivos
DIÁRIO DA REPÚBLICA
AVISO