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DIÁRIO DA REPÚBLICA
SUMÁRIO
ASSEMBLEIA NACIONAL
São alterados os artigos 20.°, 21.°, 43.°, 49.°, 66.°, 5. Quando o sujeito passivo utilizar viatura própria ao
68.°, 70.°, 75.°, 77.°, 78.º, 79.º e 91.° do Código do serviço da actividade, os encargos dedutíveis com ela
Imposto Sobre o Rendimento de Pessoas Singulares conexos não poderão ultrapassar 3% do total dos provei-
(IRS), que passam a ter as seguintes redacções: tos contabilizados.
Artigo 43.º 2. …
…
1. …
a) …
b) …
c) …
N.º 68 – 8 de Outubro de 2009 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA 1055
3. ...
Artigo 91.º
Artigo 75.º …
… 1. No caso previsto nas alíneas b) e c) do artigo 56.°, a
1. … entidade devedora dos rendimentos deve retê-los na fonte
a) 10% do salário mínimo anual por cada sujeito às taxas previstas no artigo 66.° e deduzindo ao montante
passivo; de retenção mensal a efectuar 1/12 do montante de dedu-
b) 15% do salário mínimo anual, quando exista um ção à colecta a que se refere o artigo 75.°.
dependente, existindo dois deduz-se o montante de 20%
do salário mínimo anual e sendo três ou mais, o montante 2. Se a situação referida na alínea b) ou alínea c) do
será de 25% do salário mínimo anual, desde que não artigo 56.º se alterar, o sujeito passivo deve informar
sejam sujeitos passivos deste imposto. imediatamente o empregador, para que este passe a apli-
car as taxas de retenção do artigo 68.°».
2. Os limites previstos nas alíneas a) e b) do número
anterior são elevados à 35% quando se trate de sujeitos Artigo 2.º
passivos ou dependentes a seu cargo cujo grau de invali- Aditamento dos artigos 10.ºA, 11.ºA e 135.º
dez permanente, devidamente comprovada pela entidade
competente, seja igual ou superior a 60%. São aditados os artigos 10.°A, 11.ºA e 135.° ao Códi-
go do Imposto Sobre o Rendimento de Pessoas Singula-
Artigo 77.º res com a seguinte redacção:
…
1. São dedutíveis à colecta 10% das seguintes impor-
tâncias:
a)….
1056 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 68 – 8 de Outubro de 2009
«Artigo 10.ºA
Isenção Anexo
Republicação do Código do Imposto Sobre o Ren-
Ficam isentos de IRS 50% dos rendimentos prove- dimento de Pessoas Singulares (IRS), aprovado pela
nientes de actividade exclusivamente agro-pecuária, Lei n.º 17/2008, de 31 de Dezembro
relativamente a cada exercício, após dedução dos even-
tuais prejuízos. CÓDIGO DO IMPOSTO SOBRE O
RENDIMENTO DE PESSOAS SINGULARES (IRS)
Artigo 11.ºA
Facto gerador do imposto TÍTULO I
Incidência
O facto gerador do imposto considera-se verificado no
último dia do período de tributação. CAPÍTULO I
Incidência Real
Artigo 135.º
Fixação do salário mínimo nacional Secção I
Disposição introdutória
Para efeitos de aplicação do presente Código o valor
do salário mínimo nacional deve ser fixado por Despacho
do Ministro do Plano e Finanças». Artigo 1.º
Caracterização do imposto
Artigo 3.º
Norma revogatória 1. O Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Singula-
res (IRS) incide sobre o valor dos rendimentos tal como
1. São revogados a alínea k) do n.º1 do artigo 3.º e determinado nos termos deste Código.
o artigo 67.º do Código de Imposto sobre o Rendimento
de Pessoas Singulares (IRS). 2. Os rendimentos a que se refere o número anterior
2. Após a publicação é revogada toda a legislação provêm das Categorias seguintes:
que contrarie o presente Diploma.
a) Categoria A: rendimentos do trabalho dependente e
Artigo 4.º de pensões;
Republicação b) Categoria B: rendimentos empresariais e profis-
sionais;
1. É republicada, em anexo, com a redacção actual, o c) Categoria C: rendimentos de capitais;
Código do Imposto Sobre o Rendimento de Pessoas d) Categoria D: incrementos patrimoniais.
Singulares, aprovado pela Lei n.º17/2008, de 31 de
Dezembro. 3. Os rendimentos, quer em dinheiro, quer em espécie,
e mesmo quando provenientes de actos ilícitos, ficam
2. Para efeitos de republicação é alterada a numeração sujeitos à tributação, nos termos definidos neste Código,
dos artigos 67.º a 134.º. seja qual for a moeda e a forma por que sejam auferidos.
considera-se valor de aquisição o valor de mercado à data d) Nos demais casos, o valor da respectiva contra-
da transferência. prestação.
Artigo 35.º por entidades que nele tenham residência, sede, direcção
Âmbito da sujeição efectiva ou estabelecimento estável a que deva imputar-
se o pagamento;
1. O IRS devido pelas pessoas residentes em território c) Os rendimentos de trabalho prestado a bordo de
São-tomense, incide sobre a totalidade dos seus rendi- navios e aeronaves, desde que os seus beneficiários este-
mentos, incluindo os obtidos fora desse território. jam ao serviço de entidade com residência, sede ou
direcção efectiva nesse território.
2. Tratando-se de não residentes, o IRS incide unica-
mente sobre os rendimentos obtidos em território São- Artigo 38.º
tomense. Co-titularidade de rendimentos
3. Para efeitos do disposto neste Código, o território Os rendimentos que pertençam em comum a várias
são-tomense compreende também as zonas onde, em pessoas são imputados a estas na proporção das respecti-
conformidade com a legislação são-tomense e o direito vas quotas, que se presumem iguais quando indetermina-
internacional, a República Democrática de São Tomé e das, e tendo em conta as seguintes regras:
Príncipe tem direitos soberanos relativamente à prospec- a) Tratando-se de rendimentos da Categoria A,
ção, pesquisa e exploração dos recursos naturais do leito cada co-titular engloba os rendimentos ilíquidos e as
do mar, do seu subsolo e das águas sobrejacentes. deduções legalmente admitidas;
b) Tratando-se de rendimentos da Categoria B,
Artigo 36.º cada co-titular engloba a parte do lucro tributável que lhe
Residência couber;
c) Tratando-se dos restantes rendimentos, a cada
1. São residentes em território São-tomense os sujeitos co-titular são imputados os rendimentos ilíquidos que
passivos em relação aos quais, o ano a que respeitem os lhes couberem.
rendimentos ocorra alguma das seguintes situações:
Artigo 39.º
a) Hajam nele permanecido mais de 180 dias, Imputação especial
seguidos ou interpolados;
b) Aí disponham em 31 de Dezembro desse ano 1.Constitui rendimento dos sócios ou membros das
de habitação em condições que façam supor a intenção entidades referidas no artigo 12.º do Código do IRC, que
de a manter e ocupar como residência permanente; sejam pessoas singulares, o resultante da imputação efec-
c) Se situe em território São-tomense o núcleo tuada nos termos e condições dele constantes.
principal ou a base das suas actividades profissionais ou 2.Para efeitos do disposto no número anterior, as res-
empresariais ou dos seus interesses económicos; pectivas importâncias integrar-se-ão como rendimento
d) Desempenhem no estrangeiro funções ou líquido na Categoria B.
comissões de carácter público, ao serviço da República
Democrática de São Tomé e Príncipe; TÍTULO II
e) Em 31 de Dezembro, sejam tripulantes de Determinação do Rendimento Colectável
navios ou aeronaves, desde que aqueles estejam ao servi-
ço de entidades com residência, sede ou direcção efectiva CAPÍTULO I
no território São-tomense. Regras Gerais
1. Sem prejuízo do disposto no número seguinte, aplica-se o a) A entidade para a qual é transmitido o património seja
regime simplificado de determinação do lucro tributável nos uma sociedade e tenha a sua sede e direcção efectiva em territó-
casos previstos no Código do IRC, com as necessárias adapta- rio São-tomense;
ções. b) A pessoa singular transmitente fique a deter pelo menos,
50% do capital da sociedade e a actividade exercida por esta
2. Ficam excluídos do regime simplificado de determinação seja substancialmente idêntica à que era exercida a título indi-
do lucro tributável, os sócios ou membros das entidades abran- vidual;
gidas pelo disposto no artigo 12.º do Código do Imposto sobre c) Os elementos activos e passivos objecto da transmissão
Rendimento de Pessoas Colectivas (IRC). sejam tidos em conta para efeitos desta com os mesmos valores
por que estavam registados na contabilidade ou nos livros de
Artigo 49.º escrita da pessoa singular, ou seja, os que resultam da aplicação
Encargos não dedutíveis para efeitos fiscais das disposições do presente Código ou de reavaliações feitas ao
abrigo de legislação de carácter fiscal;
1. Para além das limitações previstas no Código do IRC, não d) A sociedade referida na alínea a) se comprometa, através
são dedutíveis para efeitos de determinação do rendimento da de declaração, a respeitar o disposto no artigo 80.º do Código
Categoria B, mesmo quando contabilizados como custos ou do IRC, a qual deve ser junta à declaração anual de rendimentos
perdas do exercício as despesas de deslocações, viagens e da pessoa singular relativa ao exercício da transmissão.
estadas do sujeito passivo ou membro do seu agregado familiar,
que com ele trabalham, na parte que exceder, no seu conjunto, 2. As partes de capital recebidas em contrapartida da trans-
10% do total dos proveitos contabilizados, sujeitos e não isen- missão devem ser valorizadas, para efeito de tributação dos
tos deste imposto. ganhos ou perdas relativos à sua ulterior transmissão, pelo valor
líquido correspondente aos elementos do activo e do passivo
2. Quando o sujeito passivo afecte à sua actividade empresa- transferidos, valorizados nos termos da alínea anterior.
rial e profissional parte do imóvel destinado à sua habitação, os
encargos dedutíveis com ela conexas, designadamente amorti- 3. Os ganhos resultantes da transmissão onerosa, qualquer
zações, juros, rendas, energia, água e um número de telefone, que não seja o seu título, e das partes de capital recebidas em
não podem ultrapassar 10% do total dos proveitos contabiliza- contrapartida da transmissão referida no n.º1 são considerados,
dos, sujeitos e não isentos deste imposto. antes de decorridos cinco anos a contar da data desta, como
rendimentos empresariais e profissionais.
3. Se o sujeito passivo exercer a sua actividade em conjunto
com outros profissionais, os encargos dedutíveis são rateados Artigo 52.º
em função da respectiva utilização dos respectivos serviços ou Deduções de perdas
meios de trabalho ou, na falta de elementos que permitam o
rateio, proporcionalmente aos rendimentos brutos auferidos. Se, nos termos das disposições anteriores relativas ao cálcu-
lo, for apurado um resultado líquido negativo, o seu montante é
4. Não são dedutíveis as remunerações dos titulares dos ren- dedutível ao resultado líquido positivo do conjunto dos rendi-
dimentos desta categoria, bem como as atribuídas a membros mentos nos cinco anos seguintes.
do seu agregado familiar que com eles trabalhem, assim como
outras prestações a título de ajudas de custo, subsídios de refei- CAPÍTULO IV
ção e outras de natureza remuneratória. Rendimentos de Capitais e Incrementos Patrimoniais
Artigo 61.º
Aplicação de métodos indiciários
Rendimentos Colectá- Taxas Parcela a
Sempre que a administração tributária verificar a existência veis Anuais (2) abater
de rendimentos, bens ou direitos cuja detenção ou aquisição ou (1) (3)
o seu valor não corresponda ao rendimento ou património Até Dbs. 11.700.000,00 0
declarado do sujeito passivo, aplicam-se os métodos indiciários De Dbs. 11.700.001,00 10% Dbs.
nos termos previstos no código do IRC, com as necessárias até Dbs. 50.000.000,00 881.250,00
adaptações. De Dbs. 50.000.001,00 13% Dbs.
até Dbs. 100.000.000,00 1.380.000,00
Artigo 62.º
Alterações dos elementos declarados
De Dbs. 100.000.001,00 15% Dbs.
até Dbs. 150.000.000,00 1.875.000,00
Nos casos do artigo 60.°, a Administração Tributária pode De Dbs. 150.000.001,00 20% Dbs.
proceder à alteração dos elementos declarados sempre que, até Dbs. 240.000.000,00 5.625.000,00
sendo apresentada a declaração dentro do prazo legal e não se Superior a Dbs. 25% Dbs.
verificando os pressupostos para aplicação dos métodos indiciá- 240.000.000,00 9.000.000,00
rios, devam ser efectuadas correcções decorrentes de erros
evidenciados nas próprias declarações, de omissões nelas prati-
cadas ou correcções decorrentes de divergência na qualificação 2. O rendimento colectável anual dentro de cada escalão de
dos actos, factos ou documentos com relevância para a liquida- rendimento da coluna 1 é multiplicado pelas percentagens
ção do imposto. indicadas na coluna 2, deduzindo-se depois a parcela indicada
na coluna 3.
Artigo 63.º
Competência para o apuramento ou alteração do rendi- Artigo 67.º
mento colectável Taxas de retenção por conta dos rendimentos da Catego-
ria A
A competência para a prática dos actos de apuramento, fixa-
ção ou alteração referidos nos artigos 60.° a 62.° é exercida 1. Estão sujeitos às seguintes taxas de retenção na fonte, os
pelo Director dos Impostos ou pelo Chefe da Delegação do rendimentos da Categoria A, quando não são devidos por uma
Príncipe consoante o domicílio fiscal dos sujeitos passivos. única entidade.
Artigo 64.º
Notificação e fundamentação dos actos
Artigo 69.º das pela Direcção dos Impostos ou pelos seus serviços, nos
Taxa liberatória sobre rendimentos ilíquidos termos dos artigos 98.º e 99.°.
a) Os incrementos patrimoniais líquidos ficam sujeitos a 4. As deduções previstas no n.º 1 aplicam-se apenas aos
englobamento, às taxas do artigo 66.º, se o sujeito sujeitos passivos residentes em território são-tomense.
passivo for residente e optar por apresentá-los na
declaração anual, comprovando as deduções admiti- 5. A dedução prevista na alínea e) não pode exceder a
das por esta lei. importância de Dbs. 15.000.000,00.
Artigo 71.º a) 10% do salário mínimo anual por cada sujeito passi-
Competência para a liquidação vo;
b) 15% do salário mínimo anual, quando exista um
1. A liquidação do IRS é da competência: dependente, existindo dois deduz-se o montante de 20% do
salário mínimo anual e sendo três ou mais, o montante é de
a) Do Director dos Impostos ou outros funcionários por 25% do salário mínimo anual, desde que não sejam sujeitos
ele indicados; passivos deste imposto.
b) Dos titulares de rendimentos da Categoria B no caso
dos sujeitos passivos do Grupo 1, sendo facultativa para os 2. Os limites previstos nas alíneas a) e b) do número anterior
restantes, quando a declaração anual de rendimentos seja apre- são elevados à 50% quando se trate de sujeitos passivos ou
sentada dentro do prazo legal, e devendo, em qualquer caso, ser dependentes a seu cargo cujo grau de invalidez permanente,
efectuada nas respectivas declarações. devidamente comprovada pela entidade competente, seja igual
ou superior a 60%.
2. Havendo lugar a autoliquidação de imposto e não sendo
efectuado o pagamento deste e de juros de mora devidos até ao
dia em que é ou deve ser apresentada a declaração periódica de
rendimentos, a liquidação e cobrança do imposto são promovi-
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TÍTULO VI
4. Os juros compensatórios devidos são liquidados conjun- Pagamento
tamente com:
Artigo 87.º
a) O imposto devido; Pagamento do imposto
b) O imposto retido ou que o deveria ter sido, sempre
que as entidades devedoras cumpram as obrigações de entrega, 1 O IRS, acrescido de eventuais juros compensatórios
fora dos prazos legalmente estabelecidos; devidos, deve ser pago até 30 de Setembro do ano seguin-
c) O imposto por conta que autonomamente deva ser te àquele a que respeitam os rendimentos.
liquidado e entregue nos cofres do Estado, sempre que os con-
tribuintes cumpram as obrigações de entrega fora dos prazos 2. As importâncias efectivamente retidas ou pagas a
legalmente estabelecidos, ou não as cumpram. título de pagamentos por conta, nos termos dos artigos
88.° a 92.° são deduzidas ao valor do imposto respeitante
Artigo 83.º ao ano em que ocorreu a retenção ou pagamento.
Prazo de caducidade
Artigo 88.º
1. A liquidação do IRS, ainda que adicional, só pode efec- Retenção na fonte - regras gerais
tuar-se no prazo de caducidade devendo, dentro do mesmo
prazo, ser notificada ao sujeito passivo. 1. Nos casos previstos nos artigos 86.° a 88.° e noutros esta-
belecidos na lei, a entidade devedora dos rendimentos sujeitos à
2. A propositura da acção de liquidação do imposto, no caso retenção na fonte é obrigada, no acto do pagamento, do venci-
de rendimentos litigiosos, determina a suspensão da contagem mento, ainda que presumido, da sua colocação à disposição, da
do prazo de caducidade até ao trânsito em julgado da decisão. sua liquidação ou do apuramento do respectivo quantitativo,
consoante os casos, a deduzir-lhes as importâncias correspon-
3. Em caso de ter sido efectuado reporte de resultado líquido dentes às taxas de imposto aplicáveis respeitantes ao ano em
negativo, o prazo de caducidade é o do exercício desse direito. que esses actos ocorrem.
2. Revogado o acto de liquidação, é emitida a corresponden- 4. Sempre que se verifiquem incorrecções nos montantes
te nota de crédito. retidos, devidas a erros imputáveis à entidade devedora dos
rendimentos, deve a sua rectificação ser feita na primeira reten-
3. O crédito ao reembolso de importâncias indevidamente ção a que deva proceder-se após a detecção do erro, sem porém,
cobradas pode ser satisfeito por ordem de pagamento ou por ultrapassar o último período de retenção anual, e sem prejuízo
compensação nos termos previstos na Lei. dos juros compensatórios devidos.
Não há lugar a cobrança ou reembolso quando, em virtude 1. As entidades devedoras de rendimentos de trabalho
de liquidação, ainda que adicional, reforma ou revogação de dependente e de pensões são obrigadas a reter o imposto sobre
liquidação, a importância a cobrar ou a importância a restituir os referidos rendimentos líquidos de que sejam devedoras.
seja inferior a 1/12 do valor mensal do salário mínimo nacional.
2. As entidades devedoras, e os titulares de rendimentos do
Artigo 86.º trabalho dependente e de pensões residentes em território são-
Restituição oficiosa do imposto tomense, são obrigados, respectivamente:
1. A diferença entre o imposto devido a final e o que tiver a) A solicitar ao sujeito passivo, no início do exercício
sido entregue nos Cofres do Estado em resultado de retenção na de funções ou antes de ser efectuado o primeiro pagamento ou
fonte ou de pagamentos por conta, favorável ao sujeito passivo, colocados à disposição, os dados indispensáveis relativos à sua
deve ser restituída até ao fim do terceiro mês seguinte ao termo situação;
do prazo previsto no n.º 1 do artigo 87.°. b) A prestar a informação a que se refere a alínea ante-
rior, em declaração apresentada em dois exemplares, sendo um
2. Se, por motivos imputáveis aos serviços, não for cumpri- destinado à entidade patronal e o outro a ser entregue na Direc-
do o prazo previsto no número anterior, são devidos juros ção dos Impostos ou na Delegação do Príncipe, consoante o
indemnizatórios, à taxa prevista para os juros compensatórios domicílio fiscal dos titulares dos rendimentos.
no artigo 38.º do Código Geral Tributário, contados dia-a-dia,
desde o termo do prazo previsto para o reembolso até à data em
que for emitida a correspondente nota de crédito.
N.º 68 – 8 de Outubro de 2009 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA 1071
A titularidade de rendimentos da Categoria B determina, 3. Sempre que a retenção na fonte tenha carácter definitivo,
para os respectivos sujeitos passivos, a obrigatoriedade de e a entidade que a deva efectuar a não tenha feito, total ou
efectuarem três pagamentos por conta do imposto devido a parcialmente, ou, tendo-a feito, não tenha entregue o imposto
final, até ao último dia dos meses de Junho, Setembro e ou o tenha entregue fora do prazo, são por ela devidos juros
Dezembro. compensatórios sobre as respectivas importâncias, contados
desde o dia imediato àquele em que deviam ter sido entregues
A totalidade dos pagamentos por conta é igual a 75% do até à data do pagamento ou da liquidação, sem prejuízo da
montante calculado de conformidade com as regras previstas no responsabilidade que ao caso couber.
Código do IRC, para cada grupo de tributação, com as necessá-
rias adaptações. 4. Os juros compensatórios devem ser pagos:
Cessa a obrigatoriedade de serem efectuados os pagamentos a) Conjuntamente com as importâncias retidas, quando
por conta quando: estas sejam entregues fora do prazo legalmente estabelecido;
b) Autonomamente, no prazo de 30 dias a contar do
a) Os sujeitos passivos verifiquem, pelos elementos de que termo do período em que são devidos, quando, tratando-se de
disponham, que os montantes das retenções que lhes tenham retenção com a natureza de imposto por conta, esta não tenha
sido efectuadas sobre os rendimentos da Categoria B, acresci- sido efectuada.
dos dos pagamentos por conta eventualmente já feitos e relati-
vos ao próprio ano, sejam iguais ou superiores ao imposto total Artigo 94.º
que é devido; Responsabilidade do substituto por quantias não retidas
b) Deixem de ser auferidos rendimentos da Categoria B que
os tornam obrigatórios. 1. Quando a retenção for efectuada meramente a título de
pagamento por conta do imposto devido a final, cabe ao substi-
Os pagamentos por conta podem ser reduzidos pelos sujeitos tuído a obrigação originária pelo imposto não retido e ao substi-
passivos quando o pagamento por conta a efectuar for superior tuto a responsabilidade subsidiária, ficando este ainda sujeito
à diferença entre o imposto total que os sujeitos passivos julga- aos juros compensatórios nos termos do n.º 1 e da alínea b) do
rem devido e os pagamentos já feitos. n.º 4 do artigo 93.º.
Verificando-se, pela declaração de rendimentos do ano a que 2. Quando o dever de retenção tenha carácter definitivo, e o
respeita o imposto, que, em consequência da cessação ou redu- tributo não tenha sido retido, cabe ao substituto a responsabili-
ção dos pagamentos por conta, deixou de pagar-se uma impor- dade solidária pelo pagamento do tributo não retido e respecti-
tância superior a 25% da que, em condições normais, teria sido vos juros compensatórios nos termos do n.º 3 e alínea a) do n.º
entregue, há lugar a juros compensatórios desde o termo do 4 do artigo 93.º.
prazo em que cada entrega deveria ter sido efectuada até ao
1072 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 68 – 8 de Outubro de 2009
3. Quando a retenção do tributo tiver sido apenas parcial em soante o caso, sem que se mostre efectuado o referido paga-
relação ao montante devido, a obrigação ou a responsabilidade mento, há lugar a cobrança coerciva.
referidas nos números anteriores dizem respeito ao pagamento
da diferença entre as importâncias que deveriam ter sido dedu- Artigo 100.º
zidas e as que efectivamente o foram. Falta de pagamento de retenções na fonte e de pagamen-
tos por conta
Artigo 95.º
Responsabilidade do substituto por quantias retidas e 1. Nos casos de retenção na fonte, bem como nos casos em
não entregues que sejam devidos pagamentos por conta a entregar nos cofres
do Estado, a Administração Tributária, independentemente do
1. A entidade obrigada à retenção é responsável pelas impor- procedimento de transgressões ou criminal que no caso couber,
tâncias retidas e não entregues nos cofres do Estado, ficando o notifica as entidades devedoras para efectuarem o pagamento
substituído desonerado de qualquer obrigação quanto ao seu do imposto e juros compensatórios devidos, no prazo de trinta
pagamento. dias a contar da notificação.
2. O processo de execução fiscal pode, porém, reverter con- 2. Decorrido o prazo referido no n.º 1, sem que se mostre
tra o substituído, desde que se prove que este tinha conheci- efectuado o referido pagamento, há lugar a cobrança coerciva
mento de que o montante do tributo retido não foi declarado
como a lei o exige, e não informou atempadamente a Adminis- Artigo 101.º
tração Tributária do facto. Neste caso, o substituto e substituído Modalidades de pagamento
são sujeitos passivos solidários, podendo a administração fiscal
escolher o património a executar. 1. O pagamento do IRS deve ser efectuado em moeda cor-
rente, numerário, cheque visado, vale de correio ou transferên-
Artigo 96.º cia bancária.
Responsabilidade do substituto por registo incorrecto na
contabilidade 2. Se o pagamento for efectuado por meio de cheque, a
extinção da obrigação do imposto só se verifica com o recebi-
Se o substituto tributário registar incorrectamente o montan- mento efectivo da respectiva importância, não sendo, porém,
te de remunerações pagas, principais ou acessórias, compreen- devidos juros de mora pelo tempo que mediar entre a entrega
didas nos rendimentos de trabalho dependente, e qualquer que ou expedição do cheque e aquele recebimento, salvo se não for
seja a sua designação, ele é subsidiariamente responsável pela possível fazer a cobrança integral da dívida por falta de provi-
diferença resultante entre o montante de tributo que o substituí- são.
do deveria ter pago sobre estes montantes e o montante de
tributo efectivamente pago. 3. Tratando-se de vale do correio, a obrigação do imposto
considera-se extinta com a sua entrega ou expedição.
Artigo 97.º
Regras de pagamento dos rendimentos da Categoria B Artigo 102.º
Local de pagamento
Os sujeitos passivos com rendimentos da Categoria B ficam
sujeitos às regras de pagamento do Código do IRC. 1. O pagamento do IRS, quando efectuado por conta ou no
prazo de cobrança voluntária, pode ser feito nos postos de
Artigo 98.º cobrança e outros locais de recepção a definir em legislação
Falta de pagamento do imposto autoliquidado própria.
Havendo lugar a autoliquidação de imposto e não sendo 2. No caso de cobrança coerciva o pagamento deve ser efec-
efectuado o pagamento deste e de juros de mora devidos até ao tuado nas recebedorias que funcionem junto dos serviços fiscais
dia em que é ou deve ser apresentada a declaração anual de que emitiram o título executivo.
rendimentos, a liquidação e cobrança do imposto são promovi-
das pela Direcção dos Impostos ou pelos seus serviços nos Artigo 103.º
termos do artigo 63.°, e o pagamento é feito no prazo do artigo Impressos de pagamento
seguinte e sem prejuízo das sanções aplicáveis.
Os pagamentos previstos neste Código são efectuados
Artigo 99.º mediante a apresentação dos impressos de modelo aprovado.
Pagamento do imposto anual liquidado pelos serviços
Artigo 104.º
a) Nos casos da liquidação do imposto anual efectuada Compensação
pelos serviços, o sujeito passivo é notificado para pagar o
imposto anual devido, no prazo de trinta dias a contar da notifi- A obrigação de IRS pode extinguir-se por compensação,
cação e bem assim dos juros de mora que devam ser liquidados. total ou parcial, com crédito do devedor ao reembolso de IRS.
b) As notificações são feitas nos termos do Código A compensação opera-se com a entrega pelo sujeito passivo
Geral Tributário. da respectiva nota de crédito.
c) Quando a liquidação do imposto anual não puder ser
paga de uma só vez, podem requerer no prazo de quinze dias a
contar da notificação, o pagamento até três prestações mensais,
com limite de pagamento em Dezembro.
a) Decorrido o prazo referido no n.º 1 ou no n.º 3, con-
N.º 68 – 8 de Outubro de 2009 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA 1073
susceptíveis de produzir rendimentos sujeitos a IRS, mediante 2. A designação a que se refere o n.º 1 é feita na declaração
impresso de modelo aprovado oficialmente ou por suporte de início de actividade ou de registo de número de contribuinte,
informático. devendo nela constar expressamente a sua aceitação pelo repre-
sentante.
Artigo 120.º
Sociedades corretoras e sociedades financeiras de corre- 3. Na falta de cumprimento do disposto no n.º 1 e indepen-
tagem dentemente da sanção que ao caso couber, não há lugar às
notificações previstas neste Código, sem prejuízo de os sujeitos
As sociedades corretoras, as sociedades financeiras de corre- passivos poderem tomar conhecimento das matérias a que as
tagem e as outras instituições financeiras devem comunicar à mesmas respeitariam junto do serviço que, para o efeito, seja
Administração Tributária, até ao final do mês de Fevereiro de competente.
cada ano, relativamente a cada sujeito passivo, mediante mode-
lo aprovado oficialmente ou por suporte informático: Artigo 124.º
Pluralidade de obrigados
a) O número total de acções e outros valores mobiliários
alienados com a sua intervenção, bem como o respectivo valor; Se a obrigação acessória impender sobre várias pessoas, o
b) O número de contratos de instrumentos financeiros deri- cumprimento por uma delas exonera as restantes.
vados, bem como o respectivo valor, adquiridos ou vendidos
com a sua intervenção e, bem assim, aqueles em que se verifi- Artigo 125.º
quem situações de vencimento, exercício ou outras formas de Alienação de valores mobiliários
extinção do contrato.
Os adquirentes de acções e outros valores mobiliários cujas
Artigo 121.º mais-valias estejam sujeitas a IRS não podem exercer quaisquer
Documentos comprovativos de encargos direitos, conferidos pela sua titularidade, directamente ou por
intermédio de instituição financeira, sem comprovarem, perante
1. As instituições de crédito e as companhias de seguros a entidade respectiva, que:
devem entregar aos sujeitos passivos, até 20 de Janeiro, docu-
mento comprovativo de juros, prémios de seguros de vida e a) Foi efectuada por si ou pelos alienantes a correspondente
outros encargos, pagos por aqueles no ano anterior e que pos- comunicação à Administração Tributária, quando essa aquisi-
sam ser deduzidos ou abatidos aos seus rendimentos, nos casos ção tenha sido realizada sem a intervenção das entidades referi-
previstos neste Código. das nos artigos 119.° e 120.° deste Código; ou
b) A aquisição foi realizada com a intervenção das referidas
2. Dentro do mesmo prazo, as restantes entidades que rece- entidades.
bam juros ou paguem quaisquer despesas susceptíveis de dedu-
ção ou abatimento nos rendimentos, devem entregar aos sujei- Artigo 126.º
tos passivos documento comprovativo de tais pagamentos. Depósito de acções e outros valores mobiliários
Artigo 131.º
Registo dos sujeitos passivos
DIÁRIO DA REPÚBLICA
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