Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
23
REGINA CELIA GONÇALVES
24
GUERRA E AÇÚCAR
25
REGINA CELIA GONÇALVES
26
GUERRA E AÇÚCAR
27
REGINA CELIA GONÇALVES
28
GUERRA E AÇÚCAR
29
REGINA CELIA GONÇALVES
30
GUERRA E AÇÚCAR
31
REGINA CELIA GONÇALVES
algnns lngares e, sendo a terra tão grande efe'rtil ), nernpor isso nai
ern anrnento, antes ern dirninniçeão.
Disto dão algnns a enlpa aos reis de Portngal, ontros aos povoadores:
aos reispeloponeo easo ane /oãofeito deste tão grande estado, ane nern o
tz'tnlo aniserarn dele, pois, intitnlando-se sen/oores de Gnine', por nina
earaoelin/oa ane lã nai e oern, eorno disse o rei do Congo, do Brasil não se
aniserarn intitnlar; nern depois da rnorte de el-rei D. joão HI, ane o
rnandonponoar e sonbe estinrã-lo, /oonoe ontro ane dele enrasse, senão
para eol/oer as snas rendas e direitos ,21.
O fato é que não apenas os problemas na península, mas também
as divergências entre os interesses da colônia, que podem ser entrevistos
nas queixas presentes nessas obras, e a política imperial metropolitana,
encontravam terreno fértil para a eclosão de conflitos em ambas as
margens do Atlântico; para não falar na guerra colonial, contra os
holandeses, que seria travada em todas as terras e mares onde o império
filipino se fizesse presente. A primeira guerra, de fato, mundial, no
dizer de Charles Boxer.
A distância física que separava metrópole e colônias, associada ao
grande número de burocratas e órgãos envolvidos na mediação entre
súditos e corte, tornava as situações de conflitos muito mais corriqueiras
nas áreas coloniais. No caso da organização e da realização das últimas
campanhas para a conquista do Paraíba, isso ficou bastante claro. A
conjunção das forças metropolitanas, que reunia soldados e autoridades
provenientes do reino (tanto espanholas quanto portuguesas),
autoridades coloniais (do Governo-Geral e das capitanias de
Pernambuco e Itamaracá), povoadores já estabelecidos nessas capitanias,
além de índios aldeiados e escravos (negros e índios), expressava bastante
claramente a divisão e a multiplicidade de interesses envolvidos na
empresa. Não poucas vezes, tais diferenças transformaram-se em
conflitos abertos que colocaram em risco o seu sucesso.
Em outubro de 1583, um apelo desesperado dos moradores de
Itamaracá e de Pernambuco chegou ã Bahia, levado por Frutuoso
Barbosa. Depois do seu segundo fracasso, no ano anterior, a guerra
dos Potiguara havia chegado a um ponto em que o abandono da ilha
de Itamaracá parecia inevitável. As providências tomadas, então, pelo
governador Manoel Telles Barreto, foram, no geral, bastante eficazes e
32
GUERRA E AÇÚCAR
33
REGINA CELIA GONÇALVES
34
GUERRA E AÇÚCAR
35
REGINA CELIA GONÇALVES
36
GUERRA E AÇÚCAR
37
REGINA CELIA GONÇALVES
38
GUERRA E AÇÚCAR
39
REGINA CELIA GONÇALVES
40
GUERRA E AÇÚCAR
41
REGINA CELIA GONÇALVES
42
GUERRA E AÇÚCAR
43
REGINA CELIA GONÇALVES
44
GUERRA E AÇÚCAR
45
REGINA CELIA GONÇALVES
46
GUERRA E AÇÚCAR
47
REGINA CÉLIA GONÇALVES
48
GUERRA E AÇÚCAR
49
REGINA CELIA GONÇALVES
50
GUERRA E AÇÚCAR
51
REGINA CELIA GONÇALVES
52
GUERRA E AÇÚCAR
Parece-nos que sua via de análise, bem como suas conclusões, são
aplicáveis ao caso da Paraiba, pois, nela, a elite local, formada na guerra
53
REGINA CELIA GONÇALVES
54
GUERRA E AÇÚCAR
55
REGINA CELIA GONÇALVES
56
GUERRA E AÇUCAR
57
REGINA CELIA GONÇALVES
***
Notas
1 A carta de doação da Capitania de Itamaracá a Pero Lopes de Sousa, por D. João
III, data de 1° de Setembro de 1554, e, o foral, de 6 de outubro de 1534. Os
limites estabelecidos para a capitania foram os seguintes: “e as trinta legnas )
oomessarão no rio ane terra em redondo a ilba de Tamaraea', ao anal rio en borapng nome
- Rio da Santa Crnz, e aoabarão na Bala/a da Trey/ƒão, ane esta' em altnra de seis grans
); e sera' sna [do donatdrio] a dita Ilba de Tamaraea' e toda a maisparte do dito Rio de
Santa Crnz ane m9/ ao norte; e bem assim serão snas anaesaner ontras Ilbas ane bonoerem
atbe dez legnas ao mar nafiontaria [da dita Capitania] ”. l\/Iaximiano Lopes l\/Iachado,
Histo'ria da Prom'neia da Para/gba. v.1 [1912] (João Pessoa: Ed. Universitária/
UFPB, 1977), p. 11-2.
2 Pero Lopes de Sousa participou da armada que foi enviada ao Brasil em 1550,
sob o comando de seu irmão, l\/Iartim Afonso de Sousa, e que tinha, entre
seus objetivos, o reconhecimento do litoral, o apresamento de navios franceses,
a exploração e descobrimento de metais preciosos e a fundação de povoações
litorâneas. Como capitão de uma parte da frota, foi bem sucedido ao expulsar
os franceses de Itamaracá e, em seguida, reconstruiu e fortificou a antiga feitoria
portuguesa que havia sido destruída pelos inimigos. Com a instituição do
sistema de capitanias, recebeu três lotes como recompensa pelos serviços
prestados a Coroa. Foram eles: Santo Amaro (com 10 léguas de costa), Santana
(com 40 léguas) e Itamaracá (com 30 léguas). Nenhuma das três alcançou
desenvolvimento.
3 Em carta de 20 de dezembro de 1546, Duarte Coelho reclama ao rei e pede
providências quanto a situação da Capitania de Itamaracá, onde, segundo ele,
havia a presença de contrab andistas de pau-brasil a carregarem a madeira, com
a anuência dos prepostos dos donatários, a quem chama de incompetentes.
58