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3.

Algumas datas e características da polis

No tópico três, intitulado "Algumas datas e características da polis", os autores


datam o período da Antiguidade clássica - expressão usada para se referir tanto ao
período clássico grego quanto ao período clássico romano - e conceituam o termo
"polis". A antiguidade clássica nas duas cidades, segundo os escritores, vai do
século VI a.C ao século I a.C. E o conceito de polis, eles colocam como "é mais que
um centro urbano. É um tipo de poder comunitário, um gênero singular do Estado."
A polis era toda como uma comunidade enorme, capaz de se sustentar e se
defender, com autonomia própria. Era um tipo de organização diferente de outros da
Antiguidade.

Diversas outras características sobre as "poleis" são abordadas ao longo do tópico,


como: baixo grau de estatalidade, pois não possuíam controle dos meios de coerção
no domínio de alguém superior. E em contrapartida, a polis era uma pluralidade
social, ou seja, era constituída por pessoas com diversas funções, como
agricultores, comerciantes, artesãos, etc. Essa pluralidade não se deve deixar
enganar, pois os conflitos, determinados pela desigualdade de posses, também
estavam presentes.

Os autores falam ainda sobre o conflito na polis, e afirmam que o principal motivo
dos conflitos é a briga entre "os que têm muito", os ricos, e "os que têm pouco", os
pobres. E ainda, o conflito possuía duas facetas: a interna, em que é apontada a
relação entre a polis e a sua população, e a externa, que dizia respeito às polis e a
outros tipos de estados.

Tendo em vista que as guerras e conflitos, na época da Antiguidade clássica, se


intensificaram e se tornaram grandes investimentos empreendimentos, as cidades-
estado (outro nome para "polis") começaram a "precisar mais da cooperação de
todas as camadas sociais na frente de batalha", pois antes só os mais ricos iam. E
como a população geral estava participando de guerras, era esperado que essa
população também fosse incluída nos órgãos decisórios da cidade. E assim, os
escritores encerram o tópico dizendo que "a polis pode ser entendida como uma
estrutura de poder estatal que incorporava em seu funcionamento o conflito de
classes."

5.A estrutura de poder em Esparta, Atenas e Roma

No tópico "A estrutura de poder em Esparta, Atenas e Roma", que é o quinto do


capítulo, é descrita a estrutura do poder público nas polis. Sendo assim, eram três
camadas: as assembléias, que reuniam o conjunto dos cidadãos, e ainda podiam
ser unificadas, como em Atenas, ou plurais, como em Roma; os conselhos e
tribunais, com parcelas menores de cidadãos; e um conjunto de magistrados, que
eram cargos individualizados. Essa estrutura é chamada de tripartite e remete,
inclusive, ao conceito grego de politeia.

Os autores, mais adiante na leitura, caracterizam o tipo de governo das três cidades
apontadas no título do tópico: Atenas, Esparta e Roma. Falando primeiramente de
Esparta, é apontado que foi estabelecido "um governo coletivo, embora oligárquico",
ou seja, todos votavam, mas quem tomava as decisões e apresentava ideias eram
apenas os de classe superior. Já em Atenas, a assembleia de cidadãos era muito
mais numerosa e plural, todos participavam e os cargos públicos eram sorteados. E
finalmente falando de Roma, com uma república que durou quase quinhentos anos,
e que "exibia uma estrutura emaranhada, resultante da longa trajetória de
acréscimos de instituições."

Nessa seção, as características do sistema político de três cidades-estado são bem


aprofundadas, principalmente da República romana, já que era a mais complexa e
com mais divisões. A democracia ateniense e a oligarquia espartana foram
abordadas de maneira sucinta e direta, com fácil compreendimento. E inclusive, o
tópico é encerrado indicando as diferenças entre Atenas, com sua democracia, e
Roma, com sua república.

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