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I.

INTRODUÇÃO

O presente trabalho, com o tema “Ideias Políticas na Idade Moderna”, pretende analisar o
pensamento político que marcou o período em referência.

O trabalho está dividido em sete partes essenciais, sendo a primeira a parte introdutora
(primeiro capítulo). A segunda está direccionada à revisão da literatura. Neste capítulo
destaca-se a discussão dos conceitos chaves, nomeadamente “política”. É também neste
capítulo onde se faz uma breve contextualização da temática em estudo.

No terceiro capítulo trazemos uma breve resenha sobre vida e obras dos principais autores da
Idade Moderna, destacando-se Maquiavel, Jean Bodin, Hobbes e Suárez.

O quarto capítulo aborda a questão de Cidade de Estado e as formas de estado presentes na


Idade Moderna. No quinto capítulo abordamos o Direito Natural na Idade Moderna.

No sexto capítulo temos as nossas conclusões e no sétimo capítulo as referências


bibliográficas que ajudaram na elaboração deste trabalho.
II. REVISÃO DA LITERATURA

Neste capítulo vamos apresentar o principal conceito que irá orientar o desenvolvimento
deste trabalho, nomeadamente política e ideias políticas. É ainda neste capítulo que faremos a
contextualização a Idade Moderna.

REZENDE (2012, p.8) considera a política se relaciona como sendo o estabelecimento de


princípios que organizam a vida colectiva, à fundação de uma sociedade, à escolha das regras
que permitirão que os homens vivam juntos. A política seria, portanto, o fundamento da vida
comum; sem ela, não seria possível viver em comunidade.

Já Phillippe Schmitter define ‘’política’’ como resolução de conflitos ou um conjunto de


procedimentos formais e informais que expressam relações de poder e que se destinam a
resolução pacífica dos conflitos quanto a bens públicos.

Segundo Platão, a ‘’Política’’ é a arte de governar os homens com o seu consentimento.

De maneira mais simples podemos definir Política como a ciência que estuda sobre a
governança de um Estado ou nação e também, uma arte de negociação para compatibilizar
interesses.

Ideias: Conjuntos de afirmações que o Homem elabora para caracterizar um objecto de


conhecimento, elas expressam uma noção ou significações.
II. 2 BREVE CONTEXTUALIZAÇÃO

De acordo com Elias (2022) a História considera como marco inicial do desenvolvimento das
sociedades o surgimento da escrita. Nesse momento, surge a Antiguidade Clássica, marcada
principalmente pela influência das culturas gregas e romanas.

A Antiguidade Clássica inicia, historicamente, com os registos das poesias escritas por
Homero, por volta do século VIII a.C. Por Antiguidade Clássica refere-se à Grécia e à Roma
antigas. No século XVIII a Europa Moderna constrói suas raízes no conceito de Antiguidade
Clássica. Já no século XIX o Egipto Antigo e a Mesopotâmia passaram a fazer parte do
conceito europeu de antiguidade Clássica, como refere Kauane Elias.

A teoria política clássica compreende o período situado entre a última década do século VI
a.C. e o último terço do século V d.C., abarcando as experiências que tiveram seu centro no
mundo grego e romano.

De acordo com Patrício Tierno dois eventos, de um modo algo arbitrário, marcam a duração
convencional da Antiguidade Clássica na Grécia e em Roma: o estabelecimento da
constituição democrática de Clístenes em Atenas (508-7 a.C.) e a destituição de Rómulo
Augusto, último imperador romano do Ocidente (475-6 d.C.), o que foi seguido pelo fim
deste período e início da Idade Média.

Segundo o autor ao longo do período, que não pode ser visto como temporalmente uniforme
nem espacialmente homogéneo, desenvolveu-se um rico corpus de ideias e modos de
pensamento político, toda uma literatura de géneros e registos diversos, em suma, teorias,
discursos, vocabulários e conceitos concernentes ao político e, portanto, a determinada
consciência de vida política, cuja caracterização adequada exige dirimir sua nominação
específica, seus traços particulares e, talvez, seu propósito comum.

O Período Clássico, que começou com a derrota militar da Pérsia, foi dominado por Atenas e
pela Liga Deliana até cerca de 400 aC. Depois disso, Sparta dominou por um período, antes
de a hegemonia mudar para Tebas e a Liga Beócia. A fase final foi dominada pela Liga de
Corinto liderada pela Macedónia. Antiguidade Clássica vai desde a morte de Alexandre, o
Grande até a vitória definitiva dos romanos na Batalha de Actium e a subsequente conquista
do Egipto ptolomaico, como refere Kauane Elias.

O mesmo autor considera que o fim deste período (Antiguidade Clássica) abrange o período
de cristianização até a morte de Antêmio (420-472), que foi o último imperador romano no
Ocidente.

Entretanto, a história da Grécia Antiga pode ser dividida em quatro períodos: pré-homérico,
homérico, arcaico e clássico. Eles compreendem os momentos de crescimento, apogeu e
declínio da civilização grega.

Período pré-homérico (XX a.C. – XII a.C.). Neste período a região grega foi ocupada por
povos indo-europeus, como os jónios, os eólicos, os aqueus, e os dórios. Esses últimos
tinham grande inspiração militar, que determinaram importantes acontecimentos na história
da civilização.

Período Homérico (XII a.C. – VIII a.C.). Este período é assim chamado porque as principais
informações encontradas provêm das poesias escritas por Homero - a Ilíada e a Odisseia.
Embora as obras tenham sido desenvolvidas no período arcaico (posterior), os
acontecimentos se passam na fase homérica.

Período arcaico: Na era arcaica da história grega, que vai de VIII a.C. até V a.C., os genos se
desenvolveram para a formação de pólis - as famosas cidades-estados gregas, que possuíam
autarquias, isto é, governo próprio.

É necessário ressaltar, ainda, que a Grécia não é uma nação com um território bem definido:
os gregos são um povo reconhecido pela linguagem utilizada e por um modo de vida política
peculiar para a vizinhança da época, afirma Kauane Elias.

Esparta, por sua vez, herdou o espírito guerreiro dos povos dóricos: a preparação militar
acontecia precocemente para os nascidos do sexo masculino — pesquisas apontam que desde
os sete anos os meninos eram treinados para a guerra.

O governo espartano era de cunho militar aristocrático. Enquanto isso, as mulheres se


dedicavam à fertilidade e à administração da cidade na ausência das figuras masculinas. Com
isso, contribuíram para o fortalecimento das ideias de expansão militar e a conquista
territorial.

Além de toda a contribuição geopolítica, os gregos também dominaram a intelectualidade,


filósofos como Platão, Aristóteles, Arquímedes, Demócrito, Leucipo, Tales de Mileto,
Heráclito, entre outros, estão nos fundamentos da filosofia, geografia, matemática, atomística,
astronomia e outras ciências, Kauane Elias.

A Roma, por sua vez, pode ser considerada como sendo uma civilização expansionista. Por
meio do seu lema “ mareNostrum “, os romanos se dedicaram à conquista dos territórios que
circundam o mar Mediterrâneo, refere Kauane Elias.

A principal qualidade histórico-cultural do Império Romano está na perpetuação dos


conhecimentos produzidos pelos gregos. A dominação de povos e territórios, somada à
valorização dos princípios da Grécia Antiga fez com que a cultura grega se difundisse na
região mediterrânea.
III. VIDA E OBRA DOS PERCURSORES CLÁSSICOS

Neste capítulo vamos apresentar alguns dos autores do período em análise.

Nesta época destacou-se como principais precursores dos pensamentos políticos os seguintes:

Péricles

Péricles (495-430): Foi um nobre ateniense que viveu no apogeu do desenvolvimento de


Atenas e aí governou a cidade durante cerca de 15 anos. Péricles compôs a figura do estadista
moderado e sábio, do patriarca cívico, do “Sage” do poder.

Segundo Duarte Canau Péricles dá-nos o ponto de vista de um governante bem-sucedido


acerca dos méritos do regime político em vigor no seu país. O aspecto fundamental da sua
escrita é a defesa da democracia. Péricles apresenta um brilhante elogio à democracia.
Péricles diz que na Grécia aqueles que morrem em defesa da Pátria, morrem em defesa de
algo que realmente o merece e é digna de respeito, a Grécia é digna de tal devido ao seu
costume, instituições e costumes.

Xenofonte

Xenofonte (430 a.C 355 a.C) nasceu em Erkhia, perto de Atenas na Grécia, no ano de 430
a.C. Filho de uma família abastada e influente, em sua juventude conviveu com Sócrates e se
tornou seu discípulo. Cresceu numa época em que as cidades Gregas viviam numa grave crise
interna procurando impor seu interesses económicos e suas concepções políticas.

Para Xenofonte a política é o conhecimento do que é preciso saber, o domínio da arte política
será pois o grau mais elevado. O poder é o comando exercido pelos mais capazes, refere
Duarte Canau.

Xenofonte escreveu um grande conjunto de obras nas quais mostrava preferência pela
ditadura e tinha um desejo pela aventura e pela guerra, defendia uma concepção autoritária e
aristocrática do poder. As obras são inestimáveis para a reconstituição histórica da época.
Além ‘’Anábase’’, Xenofonte escreveu: (Ciropédia, Helénica, Banquete, Hipárca, Apologia
de Sócrates), entre outras.
Os jovens são educados por funcionários do Estado e de harmonia com uma disciplina estrita
e austera;

O silêncio é de ouro (os adolescentes que andam nas ruas não podem falar);

O treino militar enquadra por completo este regime de educação espartana;

Esparta vive como sociedade fechada, em Esparta não só os estrangeiros são banidos como os
cidadãos são impedidos de viajar fora do seu país.

A defesa do modelo espartano, que corresponderia no regime que hoje chamamos totalitário,
Xenofonte diria que Esparta é o lugar onde se obedece melhor aos magistrados e às leis, a
obediência é um bem inestimável no Estado, como refere Duarte Canau.

O Estado tem de ser muito forte quanto mais as magistraturas forem poderosas, mas se
imporão aos cidadãos e os resolveram obedecer.

Platão

Platão nasceu em 429 a.C e morreu a 347 a.C. Natural de Atenas, de família nobre, descendia
do lado materno de Sólon, um dos fundadores da democracia ateniense. Desde cedo atraído
pela política, Platão sofreu um rude golpe quando aos 29 anos, presenciou o julgamento e a
morte de Sócrates (para ele “o maior e mais sábio dos homens”), o que o levou a desprezar
Atenas e a simpatizar com Esparta, tendo sido ele um verdadeiro génio do pensamento.
Dedicou-se ao ensino, fundando a Academia, a mais célebre universidade do mundo antigo.

Platão, que tem como obra mais importante “A República”, é o primeiro grande pensador
político a apresentar o que hoje chamamos um “projecto de sociedade”, delineando de um
modelo de sociedade ideal, uma sociedade mais justa e racional. Este estuda as diferentes
formas de governo, não apenas numa perspectiva estática, mas sobretudo numa análise
dinâmica em que regimes e sistemas diversos se sucedem uns aos outros.

Segundo Duarte Canau, Platão foi o primeiro grande defensor de uma sociedade colectivista,
concentrada e dominada pelo Estado, como forma de resolver o problema da justiça, em
busca do ideal de uma sociedade justa.
A primeira definição de Política surge da divergência entre ciência, teórica ou prática. Sendo
que a teórica se divide em comando e julgamento, a de comando abrange o comando directo
e indirecto e o comando directo inclui a arte de criar ou educar os seres animados e, dentro
desta, a arte de criar ou educar.

E ainda de acordo com Duarte Canau existem no entanto duas formas de falar em política:

 Forma de conhecimento, uma ciência útil à educação dos homens; e


 Arte de governar, conduzir, os homens em sociedade.

Platão acrescenta a precisão de que o governo assente em força é a tirania, só a arte de


governar pela persuasão tem o nome de política. A Política é pois “ a arte de governar os
homens com o seu consentimento”.

A política difere da:

Estratégia (sendo superior, são os governantes que decidem se há que fazer a guerra
ou não, os militares apenas a fazem quando tiver sido decidido fazê-lo);
Jurisprudência (compete à política fazê-las e mais tarde outros irão interpretá-la e
aplicá-la);
Eloquência (uma arte muito usada na política, porque o dom da palavra é essencial à
persuasão dos homens. Só a Política pode decidir se é preferível usar da persuasão ou
impor as decisões pela força, saindo assim fora do âmbito atribuído à Política);
Liturgia (tarefa meramente executiva, não há em Platão grande respeito pela religião,
nem sombra de concepção teocrática da Política);

O melhor governo é o da sabedoria, da razão, da inteligência. O governante ideal é o filósofo:


toda a sua obra está marcada pela defesa constante e vigorosa da entrega do poder ao Rei
Filósofo.

O poder deve pertencer àqueles que sabem, aos mais instruídos. Não basta ser um bom
governante, possuir uma grande soma e conhecimentos: são indispensáveis outras qualidades
de temperamento, os políticos não podem nem ser moderados (são incapazes de combater),
nem violentos (empurram o país para a guerra).
Cada instituição tem, pois, uma virtude própria, que a faz desempenhar bem a sua função,
que consiste em garantir a harmonia das várias partes ou elementos que a compõe: essa
virtude é na alma a Justiça.

Do plano individual passamos para o plano colectivo: a justiça deixa de ser uma virtude
individual para ser um atributo do Estado ideal- Estado Justo e Sociedade Justa.

De acordo com Duarte Canau Platão é o primeiro na Grécia Antiga, a formular uma tipologia
dos regimes políticos, apresentando:

Monarquia: Pode ser uma - sofiocracia (descrita como forma de governo da Cidade Ideal,
exercida pelo Rei Filósofo);

- Tirania (poder absoluto de um só homem, violento e sem luzes da filosofia); Oligarquia:


Pode ser Timocracia (se o poder for usurpado pela classe dos guardas e se instalar o
predomínio do espírito guerreiro sobre a sabedoria);

- Plutocracia (governo de uma minoria de ricos, baseado na prossecução dos interesses


pessoais, e voltado para os pobres);

- Democracia

De acordo com Platão considera que a melhor forma de governo é a monarquia sofiocrática
(a cargo do Rei-Filósofo), a pior é a tirania, sendo que mesmo não sendo defensor da
democracia a considera melhor que a tirania. Mais tarde no seu último livro Platão vem a
reconhecer a impossibilidade prática da sua “ Cidade” e admitiu uma sexta forma de governo
uma forma mista (entre oligarquia e democracia), a democracia “ aristocrática”.

Platão estabelece a teoria do paralelo entre a alma individual e a Cidade. A alma tem 3 partes:

A parte racional (corresponde à sabedoria, ao plano de ideias);


A parte irascível (associada à coragem, compreende os impulsos e afectos do ser
humano);
A parte sensual (associada ao desejo, integra, as necessidades elementares do
homem);

Aristóteles
Aristóteles (384- 322 a.C) nasceu na cidade de Estagira na Macedônia e è filho de Nicómaco,
médico da corte do rei, a sua primeira formação foi a de medicina e da biologia. Depois aos
18 anos, segue o ensino de Platão na Academia, até à morte do mestre. Em 335, em Atenas
abre uma escola superior que toma o nome de “ Liceu”.

Não sendo cidadão ateniense, mas meteco, não goza dos direitos próprios da cidadania: pode
ser um observador imparcial e desapaixonado. Aristóteles destaca-se sobretudo como
professor, como investigador e cientista da política. É de registar as suas obras: Constituição
de Atenas, a Ética e a Política.

Pensamento Político: Há no pensamento político grego um certo regresso aos ideais e valores
da democracia ateniense, em contraste com a orientação favorável a Esparta.

Aristóteles é partidário do bom senso, do equilíbrio, da moderação. Para ele o ideal a atingir
não é a Cidade justa, mas sim o bom cidadão (virtuoso, justo, orientado para a felicidade).
Não foi um político, mas sim um politólogo/ O seu tratado assenta na observação dos factos,
dos regimes, das constituições e extrai o material recolhido nesta análise.

Mesmo quando busca o ideal ele é um realista, o que ele propõe como melhor não o apresenta
como um visionário que preconiza o sonho intangível, mas como um grande conhecedor dos
homens. Os principais contributos de Aristóteles são:

- Apresentação de uma concepção acerca da natureza humana;

- Crítica directa da Cidade Ideal de Platão;

- Análise das classes sociais e o papel preponderante reconhecido às classes médias;

- Defesa do Primado da lei sobre a vontade dos homens;

- Classificação dos regimes políticos sãos e degenerados;

Aristóteles defende que “o homem é naturalmente, um animal político”, porque é feito para
viver em sociedade, para ele aquele que, pela sua natureza, não o for, ou é uma criatura
degrada ou um ente superior ao homem. O que distingue essencialmente o homem dos outros
animais é que ele tem o sentimento do bem e do mal, do justo e do injusto.
Está aqui, neste reconhecimento da tendência natural do homem para a vida em sociedade
(Aristóteles não é um contratualista, mas sim um naturalista).

Entretanto, de acordo com Duarte Canau Aristóteles defende o primado da lei sobre a
vontade dos homens, ele sustenta que um homem que difere tanto dos outros em excesso de
qualidade será como um deus entre os demais, não haverá qualquer lei a aplicar-lhe. Para ele
a regra geral é a do respeito pela lei.

IV. FORMAS DE GOVERNO

No Estado Grego o conceito de Estado era globalizante e abrangia vários aspetos (justiça,
impostos e defesa): era ao Estado que os filósofos pediam que regulasse os casamentos, a
educação dos filhos, o exercício das virtudes morais individuais, e até a prática da religião.

As cidades da Grécia não se uniram sob um poder imperial centralizador e conservaram sua
autonomia. Suas leis emanavam da vontade dos cidadãos e seu principal órgão de governo
era a assembleia de todos os cidadãos, responsáveis pela defesa das leis fundamentais e da
ordem pública. A necessidade da educação política dos cidadãos tornou-se, assim, tema de
pensadores políticos como Platão e Aristóteles.

Plantão descreve uma sociedade utópica dirigida pelos filósofos, únicos conhecedores da
autêntica realidade, que ocupariam o lugar dos reis, tiranos e oligarcas. Para este, a virtude
fundamental da polis é a justiça, pela qual se alcança a harmonia entre os indivíduos e o
estado. No sistema de Platão, o governo seria entregue aos sábios, a defesa aos guerreiros e a
produção a uma terceira classe, privada de direitos políticos.

Para Aristóteles, discípulo de Platão e mestre de Alexandre o Grande, a política está, pois, ao
serviço da moral: as leis devem conduzir do bom cidadão. O Estado é e deve ser, um Estado
ético, um fenómeno moral e religioso. Crítica das ideias de Platão.

Em Política, o primeiro tratado conhecido sobre a natureza, funções e divisão do estado e as


várias formas de governo é de Aristóteles que defendeu, como Platão, o equilíbrio e
moderação na prática do poder empírico, considerou impraticáveis muitos dos conceitos de
Platão e viu a arte política como parte da biologia e da ética.
Para Aristóteles, a “polis” é o ambiente adequado ao desenvolvimento das aptidões humanas.
Como o homem é, por natureza, um animal político, a associação é natural e não
convencional. Na busca do bem, o homem forma a comunidade, que se organiza pela
distribuição das tarefas especializadas.

Aristóteles dizia, de acordo com Duarte Canau, que “todas as cidades são uma espécie de
associação”, pois é para o seu bem que os homens fazem tudo o que fazem, de onde se segue
que também o Estado se propõe a um certo bem. E como o Estado é a comunidade perfeita, o
seu bem é o bem supremo (a realização de uma vida boa). O homem feliz será, segundo
sustenta, aquele que for capaz de dedicar a melhor parte a melhor parte da sua vida à
contemplação filosófica das verdades.

Para que os homens se tornem bons, é necessário que o governo e as leis do país sejam
orientadas para a consecução do bem. As leis são por isso muito necessárias, pois “ o
controlo público é plenamente efetuado pelas leis”.

Como Platão, Aristóteles admitiu a escravidão e sustentou que os homens são senhores ou
escravos por natureza e concebeu três formas de governo: a monarquia, governo de um só, a
aristocracia, governo de uma elite, e a democracia, governo do povo. A corrupção dessas
formas daria lugar, respectivamente, à tirania, à oligarquia e à demagogia. Considerou que
o melhor regime seria uma forma mista, no qual as virtudes das três formas se
complementariam e se equilibrariam.

Aristóteles consagra páginas de grande lucidez e modernidade ao tema das classes sociais e
da sua função ou influência na vida política e no funcionamento do Estado. Todo o Estado,
ou sociedade política compõe 3 partes: muito ricos, muito pobres e classe média.

A melhor forma de governo é a que for constituída em maioria, por cidadãos das classes
médias. Porquê?

- Os que pertencem à classe média integram-se harmoniosamente numa sociedade equilibrada


e sã (submetem-se facilmente à razão);

- Se a classe dos muito ricos ou a classe dos muito pobres forem predominantes, a Cidade
sofrerá graves inconvenientes;
- Os cidadãos da classe média são também os que se mantêm e conservam melhor, pois não
desejam os bens dos outros;

- É o único que está isento de perturbações e sedições (deve haver muito poucas desordens
dessas em toda a parte onde a classe média é numerosa).

Segundo Duarte Canau Aristóteles defende o primado da lei sobre a vontade dos homens. Ele
sustenta que um homem que difere tanto dos outros em excesso de qualidade será como um
deus entre os demais, não haverá qualquer lei a aplicar-lhe. Para ele a regra geral é a do
respeito pela lei.

O grande argumento a favor do governo dos homens, contra o governo das leis é o de que a “
lei é uma norma geral, é cega e não permite uma aplicação individual justa. No entanto
Aristóteles apresenta vários argumentos favoráveis nomeadamente:

- A lei delega o resto (há a possibilidade de atender às circunstâncias particulares de cada


caso);

- O primado da lei é muito preferível ao governo livre de qualquer cidadão, a lei será a razão
sem o apetite;

Entretanto, de acordo com Duarte Canau, Péricles dá-nos o ponto de vista de um governante
bem-sucedido acerca dos méritos do regime político em vigor no seu país. O aspecto
fundamental da sua escrita é a defesa da democracia.

Péricles elogiou a democracia, diz que na Grécia aqueles que morrem em defesa da Pátria,
morrem em defesa de algo que realmente o merece e é digna de respeito, a Grécia é digna de
tal devido ao seu costume, instituições e costumes.

Péricles caracteriza o regime vigente em Atenas como uma democracia isto porque o “
Estado é administrado no interesse do povo e não de uma minoria”. As regras fundamentais
serão: Igualdade (o facto de as leis assegurar a todos um tratamento idêntico no que respeita
aos conflitos particulares); Liberdade (é a regra no governo da república e das relações
quotidianas, sendo que a suspeição não deve ter lugar devendo esse lugar ser ocupado pela
liberdade individual e de opinião);
Já para Xenofonte o poder é o comando exercido pelo mais capaz, por isso defende que não é
chefe quem quer, é chefe, portanto, aquele que sabe mandar e por isso faz obedecer. O poder,
esse, pertence aos que possuem em si uma autoridade natural. Defende ainda que é preciso ter
também o dom da palavra para saber persuadir, apelar à razão e aos sentimentos dos
governados.

O poder é, para este, a faculdade de mandar e a capacidade de se fazer obedecer. Este (poder)
não é pois um fenómeno jurídico, mas psicológico. O poder merece-se e conquista-se, o que
importa aos governantes é a eficácia demonstrada no exercício do poder. É pelo exercício do
poder que este se torna bom e útil.

O melhor Governo seria para Xenofonte o que titulamos hoje de ditadura, sendo que o
mesmo não deve exercer o poder para interesse pessoal.

GRÉCIA E A CIDADE-ESTADO

Ramiro Marques considera que foram os gregos que inventaram a cidade-estado, entendida
como a organização política ideal, com uma dimensão que não excedia uma das poucas
centenas de milhares de almas a que se governavam a si mesmas, mantendo as suas
instituições políticas próprias, os seis ritos e os seus costumes.

Segundo Ciro Flamarion Cardoso, citado por Carlos Caxile e Weldech Rocha Júnior (2015, p.
49), as principais características das cidades-estados eram:

- A tripartição do governo em uma ou mais assembleias, conselhos, e um determinado


número de magistrados escolhidos – na maioria das vezes anualmente – entre os homens
elegíveis;

- A participação directa dos cidadãos no processo político: implicando a existência de


decisões colectivas, votadas depois de discussões (nos conselhos e/ou nas assembleias), que
eram obrigatórias para todos os cidadãos, ou seja, aqueles com plenos direitos;

- A inexistência de uma separação absoluta entre órgãos de governo e de justiça, ainda, a


religião e os sacerdócios integrava o Estado
A soberania dos cidadãos dotados de plenos direitos era imprescindível para a existência da
cidade-estado. A proporção desses indivíduos em relação á população total dos homens
livres, dependendo do regime político, variava bastante, sendo pequena nas aristocracias e
oligarquias e maior nas democracias. O lugar em que os cidadãos exerciam sua soberania
variava: em Atenas era a Assembleia Popular (a Eclésia), em Roma um conselho (o Senado)
como explica Carlos Caxile e Waldech Júnior (2015. p.50).
Ciro Flamarion Cardoso, citado por Carlos Caxile e Waldech Júnior (2015. p.50), afirma que
certas variáveis são essenciais quando se tenta comparar a trajectória das cidades-estados
antigas: população, extensão territorial, disponibilidade de recursos, grau de urbanização, etc.

Houve cidades-estados instáveis e efémeras. Porém, aquelas mais documentadas como


Atenas, Esparta, Roma e Corinto, por mais que atra vessassem momentos de conflitos sócio-
políticos muitas vezes graves e passando por muitas transformações, conheceram séculos de
estabilidade com forte sentimento de identidade entre os cidadãos. Mesmo nas cidades-
estados democráticas, como Atenas, os líderes políticos saíram das filas da aristocracia e, de
facto, elas não eram igualitárias. Houve, portanto, factores que garantiram a hegemonia dos
grupos sociais dominantes, de forma que a desigualdade social fosse tida por legitima – até
certo ponto pelo menos – pelas grandes massas da população, incluindo os não-cidadãos,
como refere Carlos Caxile e Waldech Júnior (2015. p.50).

Ainda de acordo com Cardoso, citado por Carlos Caxile e Waldech Júnior, os gregos algumas
vezes se estabeleceram por meio de acordos amigáveis com os nativos, outras vezes
explorando-os como servos. Também, existiu colónias que por sua vez fundaram colónias.
Grupos de colonos enviados por uma cidade iniciavam um estabelecimento e posteriormente
eram expulsos por recém-chegados.
As cidades-estados tanto as democráticas como as oligarcas tinham Assembleias populares,
conselhos e magistrados. Mas as condições de acesso à cidadania plena eram bem variadas.
Havia uma diferença entre os cidadãos passivos, excluídos dos direitos políticos tanto quanto
os estrangeiros residentes (metecos) e os escravos, e cidadãos activos, cujo número variava.
Geralmente era o critério de fortuna ou renda anual que faziam a diferença entre as duas
categorias de cidadãos. Nas oligarquias, frequentemente a assembleia popular tinha poderes
restritos, sendo o Conselho o órgão mais importante.
Entretanto, a primeira metade do século V a.C. foi marcada pela luta entre patrícios e
plebeus, travada num contexto de uma retomada do crescimento económico e da urbanização
em seguida à depressão e ruralização. Os plebeus pobres reivindicam a abolição das dívidas e
da servidão por dívidas e repartição das terras, já os ricos, almejavam o acesso às instâncias
do poder.
De acordo com Carlos Caxile e Waldech Júnior chegou-se a uma divisão censitária do corpo
dos cidadãos em várias categorias. Ocorreu também a abolição das dívidas e da servidão por
dívidas, possibilitando à expansão do escravismo, solidamente instalado no início do século
III a.C, ao deixarem de disponibilizarem-se como mão-de-obra dependente os camponeses
endividados.
Uma das iniciativas dos plebeus consistiu em criar instituições propriamente plebeias – o
tribunato da plebe, os edis da plebe e a assembleia dos plebeus. Os tribunos da plebe eram
dotados de inviolabilidade pessoal e residencial, adquiriram o direito de vetar as decisões dos
magistrados e outros órgãos republicanos e de impedir alguma acção, por ventura, contra
plebeu simplesmente posicionando-se desfavoravelmente.
Dessa forma, tornaram-se protectores eficazes da plebe. Com o tempo o concilium plebis deu
origem à assembleia das tribos (comitia tribuna), um dos órgãos legislativos de grande
importância na Roma republicana.
As classes dominantes, por sua vez, adoptaram métodos de controlo social e políticos muito
eficazes. Por exemplo: o complicado sistema de votação na assembleia do exército ou comitia
centuriata, principal assembleia dos primeiros tempos da República, de forma a
impossibilitar qualquer tipo de participação dos cidadãos menos abastados nelas presentes.
Outro método foi a institucionalização da clientela, que perdeu o sentido puramente
económico e adquiriu o de um apoio eleitoral. (Carlos Caxile e Waldech Júnior, 2015, p.62)
O patriciado com sua família extensa ou gens, e depois a própria plebe, constituíram
estamentos sociais com estruturação jurídica bem institucionalizada.
O Senado era constituído por trezentos membros vitalícios recrutados inicialmente entre os
ex-magistrados, votava e perdera o direito de recusar ou impedir as leis votadas nas
assembleias. Porém, nele encarnava-se a continuidade da República e os costumes dos
antepassados, como também uma forte autoridade moral. Era o centro da República e se
ocupava de todos os assuntos importantes.
As assembleias, a mais antiga a comitia curiata ou assembleia por cúrias, tiveram seus
poderes restringidos a concessão do imperium às magistraturas superiores e a certas questões
religiosas. As principais atribuições desta assembleia, no período considerado, eram eleitorais
– elegia os magistrados com imperium e os censores, decidiam quando começar ou terminar
uma guerra, e decidiam pelos apelos dos condenados à morte. As funções legislativas
passaram a pertencer, sobretudo à assembleia dos cidadãos repartidos nas 35 tribos de Roma
ou comitia tribuna, que elegia os magistrados inferiores, ratificava os tratados de paz e votava
muitas das leis; reuniam-se na sua forma original de concilim plebis ou assembleia da plebe,
elegia também os edis e tribunos da plebe. Tanto as assembleias das centúrias quanto a das
tribos reuniam-se apenas quando convocadas por um magistrado e somente podiam aceitar ou
rejeitar os projectos de resolução que lhes fossem submetidos, sem a possibilidade de
emendá-los, considera Cardoso, citado por Carlos Caxile e Waldech Júnior.

ORGANIZAÇÃO POLÍTICA DE ROMA

Os romanos passaram diferentes maneiras de organização política. Entre os anos de 800 a.C.
a 509 a.C., o regime era monárquico e patriarcal - onde a figura do Paterfamilias (pai de
família) era predominante.

Na época, o Paterfamilias era a figura de maior renome familiar - ele exercia controlo e
dominação sobre a mulher, filhos, servos, escravos. Além disso, as terras e todos os
patrimónios estavam sob sua autoridade.

Posteriormente, entre 509 a.C. até 27 a.C., foi instalada uma república Romana, na qual havia
um senado como grupo líder. Era composto pela elite proprietária de terras, também
conhecida como patrícios.

Diante das diferenças sociais, os indivíduos “comuns”, chamados de plebeus, se empenharam


em manifestações. Com isso, asseguraram direitos como o fim da escravidão por dívida, a
permissão do casamento entre plebeus e patrícios, etc.

Nesse mesmo sentido, pessoas como Tibério e Caio Graco propuseram uma reforma agrária
que alterasse a disposição de terras entre os romanos. As ideias não foram aceitas e os dois
foram assassinados, como refere Kauane Elias.

Entretanto, com as novas filosofias largamente difundidas pelo Cristianismo, a escravidão, a


distinção entre os povos e o politeísmo romano eram menos aceitos. As bases do Império
Romano se enfraqueceram lentamente.

Além disso, uma crise política, económica e agrária atingiu aquele povo. O tamanho do
império não era equivalente para a manutenção de todas as áreas sociais necessárias.
Uma “nova Roma” foi fundada, que seria posteriormente a cidade de Constantinopla, no
Império Bizantino. A partir de todos esses factores e com a invasão dos povos “bárbaros”, o
Império Romano do Ocidente entra em ruína e decai no ano de 476 d.C.

Tanto os gregos quanto os romanos perpetuaram ideias que são base para as sociedades
ocidentais da actualidade. Dessa maneira, fica evidente que a antiguidade clássica é um ponto
crucial na história da humanidade.

Através do seu governo Republicano, a Roma lançou as sementes do Estado Moderno. No


final do Império, a publicação do Código Justiniano, traçou, definitivamente, o modelo
jurídico que havia de influenciar quase todos os códigos europeus modernos, como refere o
professor Marques Ramiro.
V. DIREITO NATURAL E POLÍTICO

Sílvio Firmo do Nascimento considera que o Direito Natural é uma técnica de realização do
justo, enquanto expressão de uma ordem natural criada por Deus contrária ao Direito positivo
(pois adopta de um conteúdo de justiça ao realizá-lo historicamente).

O Direito Natural é um direito essencialmente moral; o direito natural, no sentido estrito,


reduz-se aos primeiros princípios de moralidade.

As primeiras manifestações do Direito Natural são encontradas na Antiga Grécia onde houve
o primeiro contexto histórico de desenvolvimento da doutrina do Direito Natural. O Direito
Natural da Antiguidade Clássica está presente em Platão e em Aristóteles.

O romano Cícero defende a existência de uma lei “verdadeira”, conforme a razão, imutável e
eterna, que não muda com os países e com os tempos. Acredita, ainda, que o homem não
pode violar a própria natureza humana.

As expressões: justo natural ou moral significam que as regras jurídicas vêm da natureza, do
logos que está contido, mesmo que em pequena parcela, em tudo aquilo que é: natura initium
júris, fundamento do direito, conforme o De Legibus I, 5, 16. Nesse sentido, pode-se dizer
com Cícero que o Direito provém da Natureza. Santo Agostinho, em sua obra Cidade de
Deus, apresenta a distinção e a hierarquia entre as leis Eterna e lei humana. Para ele, a lei
eterna inspira a lei humana, da mesma forma que a natureza divina inspira a natureza
humana. Em outras palavras, a fonte última de toda lei humana seria a própria lei eterna que
se manifesta na lei natural.

Nesta fase da história o direito de castigar era explicado por força da justiça natural e divina.
“Castiga-se para fazer justiça. Por outro lado, o injusto, também, não dependerá de valoração,
existirá por si, sem necessidade de referência ao outro. Ora, se o injusto é a violação da lei
natural e divina, e essa é eterna e imutável, o que é injusto hoje será injusto sempre,
independente da consideração humana. Assim, pode-se sustentar que, no mundo romano
surge a figura do direito natural identificada com a própria moral, servindo de pressuposto ao
direito positivo, expressando certos princípios gerais de conduta, como exigências imediatas
e necessárias da racionalidade humana, como refere Galvão de Sousa.
É importante apontar que foi elaborado na cultura grega, principalmente, pelos Estóicos, para
quem toda a natureza era governada por uma lei universal racional e imanente. Afirma
Jacques Leclercq que o Direito Natural é o resultado dos princípios mais gerais sobre a ordem
do mundo, usados para que se oponham aos governantes injustos.

O Direito Natural volta-se para o homem como centro do universo e portador de um conjunto
de direitos naturais inactos. Nesta perspectiva, temos uma ruptura com a compreensão
transcendente do mundo (divina/teológica) e uma grande valorização do ser humano diante
do poder da Igreja e do Estado.

A razão era vista como a fonte do Direito natural na Grécia pois acreditava-se que acima da
lei estava o “logos”, a razão, e as leis deveriam ser uma expressão da racionalidade humana.

Com a consolidação do Cristianismo, a vontade de Deus passou a ser considerada como fonte
do Direito natural, e isso é algo muito natural obrigando todos a acreditar em Deus o que foi
questionado com o tempo. E uma lei que contrariasse a razão, para os gregos, não seria
direito, por ser contrária ao Direito Natural.
VI. CONCLUSÃO

O período que é designado por Antiguidade Clássica historicamente inicia com as poesias
escritas por Homero e o fim dessa Era é marcada pela queda do Império Romano do Ocidente
e o surgimento da Idade Média.

A organização social da antiguidade romana variou de acordo com os períodos, que foram ser
divididos em três: Monarquia (753 a.C. – 509 a.C.); República (509 a.C. – 27 a. C.); e
Império (27 a.C. – 476 d.C.). Dentro da monarquia romana existiam diferentes classes
sociais: patrícios, plebeus, clientes e escravizado.

Em relação à Grécia desde o século VIII a.C. o estado era formado por diversas cidades
independentes que foram chamadas “poleis”. A sua organização política se dava mediante
condições geográficas e económicas, pois a divisão em cidades-Estados possibilitava a
divisão da sociedade em pequenas unidades económicas.

Tanto os gregos quanto os romanos perpetuaram ideias que são base para as sociedades
ocidentais da actualidade. Dessa maneira, fica evidente que a antiguidade clássica é um ponto
crucial na história da humanidade. E pode-se apontar alguns legados deixados pelos gregos
da Antiguidade Clássica e que se mantém na vida contemporânea. A primeira e mais
importante de todas é a concepção de democracia com a participação do voto universal e
como segunda é a promoção do espírito de confraternização por intermédio do desporto e de
jogos, tendo sido berço dos Jogos Olímpicos de Verão.

Da Grécia Antiga adoptamos os conceitos políticos como monarquia, tirania, democracia,


hegemonia e conceitos filosóficos como antropocentrismo, idealismo e racionalismo, da
Roma Antiga ficamos com os conceitos de cidadania e justiça, a língua latina e suas
derivações e o cristianismo.
VII. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

CARDOSO, Ciro Flamarion, Sociedades do Antigo Oriente Próximo. São Paulo: Ática,

1994.

CANAU, Duarte, História das Ideias Políticas.

CAXILE, Carlos Rafael Viera e ROCHA JUNIOR, Weldech César. História Antiga. Intaead.
1ª 2015.

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Disponível em https://vestibulares.estrategia.com/portal/historia/antiguidade-classica/.
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GALVÃO DE SOUSA, José Pedro. Direito natural, direito positivo e estado de direito. São

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Gonzanga, Álvaro de Azevedo, Direito natural e jusnaturalismo. In Tomo Teoria Geral e


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TIERNO, Patrício, Teoria Política Clássica: ramificações de Grécia e Roma. Disponível em
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