argumentos, raciocínios para justificar sua
Períodos da filosofia e
os Sofistas.
@yasresume
Período pré-socrático.
→ Período anterior ao Sócrates;
→ Vai do final do século VII ao final do
século V a.C.;
→ Os pensadores do período pré-socrático
também são chamados de naturalistas, físicos
ou filósofos da natureza;
→ Esses primeiros pensadores procuravam
entender o que é a natureza, que em grego se
escreve “physis”;
→ Os pré-socráticos foram os primeiros seres
humanos que tentaram explicar o como
funcionamento da natureza a partir da razão,
de argumentos, sem apelar para forças
sobrenaturais;
→ É justamente por essa diferença em relação
ao mito, por essa busca por explicações
racionais para a realidade, que os pré-
socráticos são considerados os primeiros
filósofos;
→ O que os pré-socráticos começaram a
buscar foram fundamentos, causas,
princípios racionais que pudessem explicar a
natureza e nos mostrar porque ela é assim, das
coisas mais simples às mais complexas;
→ Na sua busca por explicar a natureza, todos
os pré- socráticos defenderam a existência de
um princípio, de um elemento essencial,
primordial que seria capaz de explicar toda a
realidade;
→ O que diferencia os pré-socráticos entre si é
que, apesar de todos acreditarem que existe
um elemento essencial, cada um defendia um
elemento diferente. Um dizia que era o ar,
outro que era água, etc;
→ A divergência entre os pré-socráticos não
era à toa. Cada um procurava apresentar
visão e criticar a dos demais;
→ Na economia e na política, o período em
que viveram os pré-socráticos é uma época na
qual a Grécia está sendo dominada por
famílias aristocráticas, muito poderosas;
→ O poder dos aristocratas faz com que essa
seja uma época em que não valorizada a
participação política. Nesse momento, o
ideal é ser um grande guerreiro, forte e capaz
de defender a cidade;
→ Até hoje quando olhamos para a antiga arte
grega ou mesmo quando vemos filmes que se
passam na Grécia antiga, percebemos como os
gregos valorizam o heroísmo e a força física;
→ Esse período também foi chamado de
cosmológico, pois nele, os filósofos
procuraram explicar a natureza, o universo
um todo (em grego,
“cosmos”=universo);
→ Os filósofos pré-socráticos são os primeiros
filósofos da história, tendo vivido entre os
séculos VII e VI a.C., e contribuído
decisivamente para a ruptura entre o
pensamento mítico e o pensamento racional.
Eles são chamados de pré-socráticos por terem
precedido o grande filósofo Sócrates, cuja
importância é tão grande que dividiu a história
da filosofia entre os pensadores que lhe
precederam, e os que lhe sucederam, como
Platão e Aristóteles. A maior parte da obra
desses primeiros filósofos foi perdida,
restando-nos fragmentos e comentários feitos
por filósofos posteriores, o que chamamos de
doxografia. A grande genialidade desses
pioneiros foi ter, ao menos em parte,
abandonado as explicações mitológicas sobre
o mundo, para buscar uma explicação mais
lógica, mais racional, sem a presença de seres
sobrenaturais;
→ Assim, os pré-socráticos irão buscar uma
explicação do mundo através do Lógos (razão
ou explicação argumentativa) e não mais
através do mito, abandonando o recurso tão
usado pela poesia homérica ao divino e ao
transcendente. Dentre os filósofos pré-
socráticos podemos destacar Heráclito de
Éfeso, Parmênides de Eleia, Demócrito de
Abdera, Tales de Mileto, Empédocles de
Agrigento, entre outros. Uma das questões
centrais do pensamento pré-socrático era: qual
é o fundamento ou origem ( arché) de todas as
coisas que existem? Ou seja, qual é a arché
(princípio) que governa a existência de todas
as coisas? Segundo Heráclito, o primeiro
princípio de tudo é o fogo; para Tales é a água;
para Empédocles são os quatro elementos:
fogo, água, terra e ar; para Demócrito é o
átomo.
Período Socrático.
→ Vai do final do século V e dura todo o
século IV a.C.;
→ O período socrático é considerado o
período do esplendor grego, pois este é o
momento histórico em que a Grécia Antiga
chega ao seu auge nas artes, na política, na
economia, enfim, em todos os aspectos;
→ Na política, esse é o período no qual a
democracia surge em Atenas;
→ Não podemos esquecer que a democracia
ateniense era muito diferente da nossa. Ela era
uma democracia direta. Nela, os cidadãos
não elegiam representantes, mas participavam
diretamente na política;
→ Paralelamente ao surgimento da
democracia em Atenas, é também nesse
período que se dá a consolidação da pólis, ou
seja, das Cidades-Estados gregas;
→ Na democracia ateniense, se o sujeito fosse
um cidadão (ou seja, fosse homem, livre,
nascido em Atenas, com antepassados da
cidade e maior de idade) ele podia participar
diretamente das decisões políticas;
→ É justamente com o desenvolvimento da
pólis em toda a Grécia e com o surgimento da
democracia em Atenas que os gregos darão
origem a noção de cidadania;
→ A partir dessas mudanças políticas, o que
vai acontecer na Grécia e principalmente em
Atenas é uma valorização da participação
política, da capacidade de cada cidadão
argumentar e defender seu ponto de vista;
→ A partir desse momento, a ágora, ou seja, a
praça pública, que era onde aconteciam os
debates entre os cidadãos, passa a se tornar o
local mais importante da pólis;
→ As pólis, com seu modelo de maior
participação política, diminuíram o poder das
famílias aristocráticas e incentivaram aos
cidadãos um maior uso da capacidade de
raciocinar, de argumentar;
→ Se no domínio das famílias aristocráticas o
que se valorizava era a força física, a coragem
na batalha, agora, no regime das pólis, o que
se valoriza é a “areté”, ou seja, a virtude
cívica, relacionada à política;
→ O que o período socrático realizou foi um
maior desenvolvimento da racionalidade.
Agora a razão não estava voltada para a
explicação do universo, mas sim para a
política, para a própria vida do homem;
→ Esse período é chamado também de
antropológico, pois nele os filósofos
procuraram refletir sobre a política, as coisas
da vida humana (em grego,
“antropos”:homem).
Os Sofistas.
→ Os Sofistas foram os primeiros filósofos do
período Socrático, eles estavam
profundamente ligados ao novo cenário
político da Grécia;
→ As mudanças políticas do período socrático
trouxeram uma importância cada vez maior
para a argumentação, para o raciocínio e
para a capacidade de persuadir e de
convencer os outros;
→ Os Sofistas tiveram um papel essencial na
democracia ateniense, justamente porque eles
eram professores ambulantes da arte de falar
bem, da oratória, e cobravam por isso
(prostitutos do saber);
→ Sócrates foi um grande crítico dos Sofistas.
Segundo ele, os sofistas não estavam
preocupados com a verdade, mas apenas em
ganhar dinheiro com suas aulas;
→ Os sofistas não acreditavam que a função
da linguagem é dizer a verdade. Para eles, a
função do discurso é convencer, é exercer
poder dos outros, independentemente se o que
dizemos é verdadeiro ou falso;
→ Os Sofistas são considerados “relativistas”,
pois para eles não existe uma verdade
absoluta. A “verdade” é apenas o discurso que
foi mais convincente e se impôs sobre os
outros;
→ A importância dos Sofistas é tanta que, até
hoje, quando alguém usa um argumento
inválido apena para ganhar discussão, sem se
preocupar com a verdade, chamamos esse
argumento de sofisma.